Questões de Direito Tributário
Questões de Direito Tributário
Questões de Direito Tributário
Escala Hierárquica
Existem dois tipos de fontes do direito tributário: fontes reais e fontes formais.
FONTES FORMAIS
As fontes formais do direito, e por conseqüência do direito tributário, dividem-se em
dois grupos:
“em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir” – termo que a princípio
parece redundante, haja vista já ter o conceito falado que a tributo é prestação
pecuniária, ou seja, em moeda. Ponto que gera controvérsias é a última parte desta
expressão, ou seja, cujo valor nela se possa exprimir. Diz-se isto porque se pode dar a
impressão de que o pagamento às vezes poderia ser feito em bens, já que estes têm valor
que pode ser expresso em moeda. Só que em regra, o pagamento é em moeda. Há uma
situação esporádica em que se admite o pagamento em bem que não seja moeda, que é a
dação em pagamento do art. 156 do CTN.
(ii) FGTS?
R. É tributo. Tem como característica central a destinação específica a
um determinado fim, havendo menção a ela nos artigos 195, incisos I, II e III, e
§ 6º, e artigo 194, inciso VII, os quais demonstram-se os pilares de sustentação
desta subespécie de contribuição social.
IV. O artigo 153, §4º, III da Constituição Federal enuncia regra referente à
competência tributária ou capacidade tributária ativa.
R. Capacidade tributária ativa para fiscalizar e cobrar o imposto sobre
propriedade territorial rural, instituído pela União.
AULA 4: Espécies Tributárias (Artigos 145, 148, 149 da CF/88; Artigos 4º , 5º, 11,
16, 77 e 81 do CTN).
II. Explique com as suas próprias palavras o que você entende por vinculação,
destinação e devolução.
R. A taxa por exemplo geram uma contraprestação do Estado, portanto, vincula
o Estado a adimplir a obrigação. Não obstante, a Contribuição de melhoria, a destinação
é certa, ou seja, será para ressarcir o Estado no que foi gasto na obra; enquanto que, no
empréstimo compulsório, aquilo que foi pago, será devolvido ao contribuinte, na mesma
espécie que foi recebido, tendo o caráter de devolução.
Diretamente
Vinculada
Indiretamente
Vinculada
Questões Aulas 5 e 6
5.1. Explique o que você entende como sendo “limitação ao poder de tributar”?
R. A Constituição Federal impõe limites ao poder de tributar, ou seja, limites à
invasão patrimonial tendente à percepção estatal do tributo. Essas limitações advêm,
basicamente, dos princípios e das imunidades constitucionais tributárias e estão
inseridas nos arts. 150, 151 e 152 da Carta Magna.
6.2. Qual a diferença entre fonte formal e material ? Fonte primária e secundária ?
R. As fontes formais referem-se às normas jurídicas tomadas em seu sentido
amplo. Denominadas “veículo introdutor de normas”, por Paulo de Barros Carvalho,
aglutinam o conjunto de normas que compõem o ramo das ciências jurídicas. Tais
fontes corporificam-se nos atos normativos por meio dos quais a ciência jurídica ganha
vida, nascendo para o mundo jurídico. Fontes materiais (também chamadas REAIS) são
os fatos sociais, as próprias forças sociais criadoras do Direito. Constituem a matéria
prima da elaboração deste, pois são os valores sociais que informam o conteúdo das
normas jurídicas. As fontes materiais não são ainda o Direito pronto, perfeito, mas
concorrem para a formação deste sob a forma de fatos sociais econômicos, políticos,
religiosos, morais.
Sílvio de Salvo Venosa estabelece como fonte primária ou imediata ou formal a
Lei e os costumes. E como fontes mediatas ou secundárias, a doutrina, a jurisprudência,
a analogia, os princípios gerais do direito e a equidade (não há unanimidade entre os
juristas neste sentido). Por outro lado, uma outra parte da doutrina considera que a
analogia e a equidade necessariamente não são fontes de direito nem forma de
expressão, mas são recursos em que se vale o julgador para preencher as lacunas da lei,
quando não há norma jurídica em vigor para regular determinada situação. Auxiliando
ao juiz como uma forma de construir a jurisprudência, essa sim, considerada uma fonte
secundária do direito para alguns doutrinadores.
6.3. Quais são as fontes do direito tributário? O que você entende como sendo
prática reiterada ? Quais são as suas consequências ?
R. São as fontes materiais ou reais e as formais. As fontes reais referem-se aos
pressupostos ou suportes fáticos das imposições tributárias, ou seja, o patrimônio, a
renda e os serviços em geral, utilizados como incidência tributária. São conhecidas,
doutrinariamente, como “pressupostos de fato da incidência ou fatos imponíveis”. As
fontes formais correspondem ao conjunto das normas no Direito Tributário, estando
inseridas no art. 96 do CTN, sob o rótulo de “legislação tributária”. Observe o
dispositivo: Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados
e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no
todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
A prática reiterada é norma complementar, editada em desconformidade com
determinada lei tributária, foi estritamente observada pelo sujeito passivo.
Consequentemente, a alteração desta norma complementar pela administração
não permite a aplicação de penalidades, cobrança de juros de mora e nem mesmo
atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo. Evidentemente, a
obrigação de pagar tributo permanece intocável.
Questões Aulas 7 a 20
(iii) Quem aplica o direito? É possível aplicar o direito sem interpretar? Como se
dá o processo de positivação? Qual a diferença entre norma geral e abstrata e
individual e concreta? Pode-se afirmar que “a incidência é automática e infalível”?
R. A autoridade judiciária/tributária é quem aplica o Direito. Ao aplicar o
Direito, mesmo que o aplicador não queira interpretar a norma, aos menos a
interpretação literal do disposto na norma será obrigado a fazê-la para fundamentar sua
decisão.
O processo de positivação do direito conduz à delimitação das normas gerais e
abstratas e demarca o campo de atuação das normas individuais e concretas. As últimas
reportam-se ao passado, identificando os sujeitos da relação jurídica, bem como o objeto
dessa relação.
As normas jurídicas gerais guardam relação com o receptor normativo,
designando-se geral aquela significação que é dirigida a um conjunto de sujeitos
indeterminados. Neste contexto, o consequente normativo regula a conduta de pessoas
indeterminadas, sem individualizar o sujeito da relação jurídica à qual se pretende
estabelecer. Todavia, ocorrendo à individualização dos receptores normativos, tratar-se-
á de norma individual, cujos destinatários são determinados no consequente. Abstração
e concretude, referem-se ao modo como se toma o fato descrito no antecedente
normativo. “A tipificação de um conjunto de fatos realiza uma previsão abstrata, ao
passo que a conduta especifica no espaço e no tempo dá caráter concreto ao comando
normativo”. Noutras palavras, se denomina norma abstrata quando antecedente
normativo descreve um evento que não foi materializado, ou seja, não ocorreu o
fenômeno da subsunção do fato à norma, e concreta (a norma) quando a linguagem
positivada subsume a um fato juridicizado, condicionado pela coordenadas de espaço e
tempo.
A incidência é automática e infalível, segundo o qual, nos dizeres sempre atuais
de Pontes de Miranda: "A incidência da lei, pois que se passa no mundo dos
pensamentos e nele tem de ser atendida, opera-se no lugar, tempo e outros „pontos‟ do
mundo, em que tenha de ocorrer, segundo as regras jurídicas. É, portanto, infalível. Tal
o jurídico, em sua especificidade, frente aos outros processos sociais de adaptação. A
incidência ocorre para todos, posto que não a todos interesse: os interessados é que têm
de proceder, após ela, atendendo-a, isto é, pautando de tal maneira a sua conduta que
essa criação humana, essencial à evolução do homem e à sua permanência em
sociedade, continue de existir."