Apostila Vestcon de Administrativo (J. Wilson Granjeiro
Apostila Vestcon de Administrativo (J. Wilson Granjeiro
Apostila Vestcon de Administrativo (J. Wilson Granjeiro
WILSON GRANJEIRO
CURSO
DIREITO ADMINISTRATIVO
Apresentação
Sucesso!
O autor
INTRODUÇÃO
GOVERNO, ESTADO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CONCEITO DE ESTADO
GOVERNO
Elementos do Estado
Poderes de Estado
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
– população indígena;
– águas, energia (inclusive nuclear), informática, telecomunicações e radiodifusão;
comércio exterior e interestadual;
– seguridade social;
– serviço postal;
– desapropriação.
– proteção dos bens de valor histórico, das paisagens naturais notáveis e dos sítios
arqueológicos;
– produção e consumo;
DIREITO ADMINISTRATIVO
CONCEITOS
OBJETO
José Cretella Júnior diz que o Direito Administrativo tem como objeto a
administração, isto é, “os serviços públicos são o objeto do Direito Administrativo”.
Regime Jurídico
Conjunto de regras, princípios e fundamentos que se identificam com o Direito
Público ou com o Direito Privado (Determinado por Lei)
Princípios Administrativos
1 - Basilares ou primados
A supremacia do interesse público sobre o interesse privado
A indisponibilidade do interesse público pela administração.
2 - Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
3 – Fundamentais
Planejamento
Coordenação
Descentralização
Delegação de competência
Controle
Conceitos
Fatos Administrativos
Competência
Finalidade
É o resultado que a Administração pretende atingir com a prática do ato e
efeito mediato, enquanto o objeto é imediato.
Não se confunde com o motivo porque este antecede a prática do ato,
enquanto a finalidade sucede a sua prática, já que é algo que a Administração
quer alcançar com sua edição.
Há duas concepções de finalidade: uma, em sentido amplo, que corresponde
à consecução de um resultado de interesse público (bem comum) outra, em
sentido estrito, é o resultado específico que cada ato deve produzir, conforme
definido em lei.
É o legislador que define a finalidade do ato, não existindo liberdade de
opção para o administrador.
Infringida a finalidade do ato ou a finalidade pública, o ato será ilegal, por
desvio de poder (ex.: desapropriação para perseguir inimigo político).
Forma
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§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será
exigido quando
houver dúvida de autenticidade.
§ 3º A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita
pelo órgão
administrativo.
§ 4º O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e
rubricadas.
(Lei nº 9.784/99)
Motivo ou Causa
Objeto ou Conteúdo
Presunção de Legitimidade
Imperatividade
Auto-Executoriedade
• Atos Gerais
São os que possuem caráter geral, abstratos, impessoais, com finalidade
normativa alcançando a todos quantos se encontrem na situação de fato
abrangida por seus preceitos.
Tais atos se assemelham às leis, revogáveis a qualquer tempo, não
ensejando a possibilidade de ser invalidados por mandado de segurança, através
do Poder Judiciário, salvo se de suas normas houver ato de execução violador de
direito líquido e certo.
Os atos gerais se sobrepõem aos individuais, ainda que emanados da
mesma autoridade.
Os efeitos externos de tais atos só se materializam com a sua publicação no
órgão de divulgação da pessoa jurídica que os editou, salvo nas prefeituras que
não os possua, hipótese em que a publicidade será alcançada com a sua afixação
em local acessível ao público.
• Atos Individuais
São os que se dirigem a destinatários certos e determinados, criando uma
situação jurídica particular.
Tais atos podem alcançar diversas pessoas, sendo que normalmente criam
direitos subjetivos, circunstância que impede a administração de revogá-los,
conforme resulta extreme de dúvida do verbete nº 473, da Súmula do STF.
Entretanto, a Administração pode anular atos individuais quando verificada a
ocorrência de ilegalidade na sua formação, uma vez que o ato nulo não gera
direitos.
Quando de efeitos externos, tais atos entram em vigor a partir de sua
publicação, podendo a publicidade limitar-se ao âmbito da Administração, quando
se tratar de atos de efeitos internos ou restrito a seus destinatários.
Exemplos de atos individuais: decreto de desapropriação, decreto de
nomeação.
Quanto ao Alcance
• Atos Internos
O ato administrativo interno é aquele cuja eficácia se limita e se restringe ao
recesso das repartições administrativas e, por isso mesmo, incide, normalmente,
sobre órgãos e agentes da Administração.
O ato interno pode ser geral ou especial, normativo, ordinatório, punitivo e
de outras espécies, conforme as exigências do serviço público.
Sua publicidade fica restrita à repartição, prescindindo, desta forma, de
publicação em órgão oficial, bastando a cientificação direta dos interessados.
Normalmente, não geram direitos subjetivos, por isso que, via de regra, são
insuscetíveis de correição através de mandado de segurança.
• Atos Externos
São todos aqueles que atingem administrados, contratantes, e, em casos
especiais, os próprios servidores públicos.
A característica de tais atos é que a publicidade se constitui em elementos
essenciais e indispensáveis à sua validade, por isso que só produzem efeitos após
a publicação no órgão oficial.
Quanto ao Objeto
• Atos de Império
São aqueles em que a Administração se vale de sua supremacia para impor
aos administrados e aos destinatários, em geral, o seu cumprimento obrigatório.
Tais atos podem ser gerais ou especiais, internos ou externos, mas sempre
unilaterais, expressando a vontade onipotente do Estado e o seu poder de
coerção.
Exemplos de atos de império: a desapropriação e a interdição de atividades.
• Atos de Gestão
São os que a Administração pratica sem se valer da supremacia do Poder
Público.
Tais atos, em regra, são de natureza privada, em que as partes –
administração e administrados – se posicionam em um mesmo patamar, de
forma que inexiste superioridade entre eles.
Exemplo: contrato de locação; aquisição de imóvel.
Eventual procedimento administrativo que anteceda a prática do ato não lhe
retira esta característica, posto que na sua executoriedade a Administração
exterioriza sua vontade obedecendo aos ditames do Direito Privado.
• Atos de Expediente
São os atos que se destinam a impulsionar os processos administrativos,
com vistas à decisão da autoridade superior, da qual emana a vontade da
Administração.
A prática de tais atos está deferida a servidores subalternos, sem poder
decisório, os quais apenas fazem tramitar os papéis no âmbito da repartição, sem
serem vinculantes ou possuírem forma especial.
Classificação atos administrativos
Quanto ao Regramento
Quanto à Formação
• Atos Simples
São aqueles que decorrem da declaração de vontade de um único órgão,
seja ele singular ou colegiado. Ex.: licença de habilitação para dirigir automóveis
ou a deliberação de um conselho.
• Atos Complexos
São os que resultam da manifestação de dois ou mais órgãos
(independentes), cuja vontade se funde para formar um ato único. As vontades
são homogêneas e se unem para formar um só ato. Ex.: a nomeação de um
ministro do STF.
• Ato Composto
Por seu turno, resulta da manifestação da vontade de dois ou mais órgãos,
sendo a vontade de um instrumental em relação à de outro, que edita o ato
principal. Se no ato complexo, fundem-se vontades num só ato, no ato composto,
há dois atos, um principal e outro acessório.
Atos que dependem de autorização, aprovação, proposta, parecer, laudo
técnico, homologação, etc., são, geralmente, compostos.
Ex.: uma autorização que dependa do visto de uma autoridade superior.
Quanto ao Conteúdo
• Constitutivo
É o que cria uma situação jurídica individual para seus destinatários, em
relação à Administração. Ex: nomeação de funcionário.
• Ato Extintivo
Põe termo a situações jurídicas individuais. Exs.: cassação de autorização,
encampação de serviço de utilidade pública.
• Ato Declaratório
Visa a preservar direitos, reconhecer situações preexistentes, ou mesmo
possibilitar seu exercício. Exs.: expedição de certidão, apostila de título de
nomeação.
• Ato Alienativo
É o que opera a transferência de bens ou direitos de um titular a outro. Em
geral reclama autorização legislativa. Ex.: venda de imóvel da Administração a
particular.
• Ato Modificativo
É o que tem por fim alterar situações preexistentes, sem suprimir direitos ou
obrigações. Ex.: mudança de horário, de percurso ou de local de reunião.
• Ato Abdicativo
É aquele cujo titular abre mão de um direito. É irretratável e incondicional.
Ex.: a renúncia.
Quanto à Eficácia
• Ato Válido
É aquele que provém de autoridade competente para praticá-lo e contém
todos os requisitos necessários à sua eficácia.
• Ato Nulo
É o que nasce afetado de vício insanável por ausência ou defeito substancial
em seus elementos constitutivos ou no procedimento formativo.
A nulidade pode ser explícita – a lei comina expressamente, indicando os
vícios que lhe dão origem – e virtual, que decorre da infringência de princípios
específicos de direito público, reconhecidos por interpretação das normas
concernentes ao ato.
A nulidade tem efeito ex tunc, ou seja, alcança o ato desde o seu
nascimento, ressalvados, entretanto, direitos de terceiros de boa-fé.
O ato anulável (aquele com vício sanável e que não causou prejuízos a
terceiros ou ao erário) admite a convalidação.
• Ato Inexistente
É o que possui, apenas, a aparência de ato administrativo, mas não o é.
Normal-mente é praticado com usurpação de função pública ou assiste no campo
do impossível jurídico, na esfera dos comportamentos que o Direito normalmente
inadmite, isto é, dos crimes.
Ex.: instrução baixada por autoridade policial para que subordinados
torturem presos.
Espécies
Quanto à espécie, os atos administrativos se dividem em: normativos,
ordinatórios, negociais, enunciativos e punitivos.
Atos Normativos
Ordinatórios
Negociais
Enunciativos
Punitivos
Contêm uma sanção imposta pela Administração àqueles agentes que
infringem disposições disciplinares dos serviços públicos.
Exs.: multas, interdições, embargos de obras, interdições de atividades,
suspensão, etc.
Anulação
Convalidação
SINOPSE
ATO ADMINISTRATIVO
Conceito
a) Vinculados:
I – competência;
II – finalidade;
III – forma legal ou própria.
b) Discricionários:
IV – motivo ou causa; V – objeto ou
conteúdo.
Atributos ou características
Classificação
Quanto ao destinatário:
a) gerais; b) individuais.
Quanto ao alcance:
a) internos; b) externos.
Quanto ao objeto:
a) de império; b) de gestão; c) de
expediente.
Quanto ao regramento:
a) discricionário; b) vinculado.
Quanto à formação:
a) simples; b) composto; c)
complexo.
Quanto à validade:
a) válido;
b) nulo;
c) inexistente.
INVALIDAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CONCEITOS
NATUREZA
FINS
Legalidade
Moralidade
Impessoalidade ou Finalidade
Dispositivo Constitucional:
Art. 37.
..................................................................................................................
servidores públicos.
Publicidade
Eficiência
Continuidade
Indisponibilidade
Autotutela
Igualdade
Motivação
Planejamento
Coordenação
Descentralização
Delegação de Competência
Controle
a) o Conselho de Governo;
b) o Advogado-Geral da União;
a) o Conselho da República;
Poder-Dever de Agir
O poder tem para o agente público o significado de dever para com a comunidade e
para com os indivíduos, no sentido de que quem o detém está sempre na obrigação
de exercitá-lo.
Dever de Eficiência
Dever de eficiência é o que se impõe a todo agente público de realizar suas atri-
buições com presteza, perfeição e rendimento funcional.
Dever de Probidade
A prestação de contas não se refere apenas aos dinheiros públicos, à gestão finan-
ceira, mas a todos os atos de governo e de administração.
Uso do Poder
O uso do poder é lícito: o abuso, sempre ilícito. Daí por que todo ato abusivo énulo,
por excesso ou desvio de poder.
Abuso do Poder
• Excesso de poder
• Desvio de finalidade
Tais desvios ocorrem, por exemplo, quando a autoridade pública decreta uma
desapropriação alegando utilidade pública, mas visando, na realidade, a
satisfazer interesse pessoal próprio ou a favorecer algum particular com a
subseqüente transferência do bem expropriado; ou quando outorga uma
permissão sem interesse coletivo; ou, ainda, quando classifica um concorrente
por favoritismo, sem atender aos fins objetivados pela licitação.
O ato praticado com desvio de finalidade – como todo ato ilícito ou imoral – ou é
consumado às escondidas ou se apresenta disfarçado sob o capuz da legalidade e
do interesse público. Diante disto, há de ser surpreendido e identificado por
indícios e circunstâncias que revelem a distorção do fim legal substituído
habilidosamente por um fim ilegal ou imoral, não desejado pelo legislador. A
propósito, já decidiu o STF que: “Indícios vários e concordantes são prova”.
Dentre os elementos indiciários do desvio de finalidade, está a falta de motivo ou
a discordância dos motivos com o ato praticado. Tudo isso dificulta a prova do
desvio de poder ou de finalidade, mas não a torna impossível se recorrermos aos
antecedentes do ato e à sua destinação presente e futura por quem o praticou.
OS SETORES DO ESTADO
Para tornar a Administração Pública eficaz, fazendo com que seu foco de atenção
seja coerente com uma ação voltada para o cidadão, é preciso começar pelo
estabelecimento de um modelo conceitual que categorize os diversos segmentos
da ação do Estado.
Espécies e Atributos
• Administração Indireta
É composta por entidades que possuem personalidade jurídica própria, e são res-
ponsáveis pela execução de atividades de Governo que necessitam ser
desenvolvidas de forma descentralizada.
a) Autarquia
Entidade criada por lei específica, com personalidade jurídica de direito público,
patrimônio e receitas próprios, para executar atividades típicas da Administração
Pública de natureza administrativa, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
b) Fundação pública
Entidade dotada de personalidade jurídica de direito público ou de direito privado,
sem fins lucrativos, criada em virtude de lei autorizativa e registro em órgão
competente ou por lei específica, para o desenvolvimento de atividades que não
exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia
administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e
funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. Caberá à Lei
Complementar dizer a sua área de atuação (art. 37, XIX, CF).
c) Empresa pública
até industrial; V – seu pessoal é empregado público, regido pela CLT; VI – suas
causas trabalhistas são julgadas pela justiça do trabalho; VII – não se sujeitam a
falência.
A principal diferença entre elas está na formação do capital social. Enquanto nas
sociedades de economia mista a maioria absoluta, no mínimo, do capital votante
(50% + uma ação ordinária) pertence ao Poder Público; nas empresas públicas é de
Obs.: As sociedades de economia mista são criadas somente sob a forma de S.A.,
regidas por Estatuto Social.
Exs.:
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
DO ESTADO BRASILEIRO
DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
I – o Conselho de Governo;
VI – o Advogado-Geral da União;
I – o Conselho da República;
I – a Controladoria-Geral da União;
II – a Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social;
III – a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres;
IV – a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca;
V – a Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
DOS MINISTÉRIOS
Da Denominação
Os Ministérios são os seguintes:
IV – da Ciência e Tecnologia;
V – das Comunicações;
VI – da Cultura;
VII – da Defesa;
X – da Educação;
XI – do Esporte;
XII – da Fazenda;
XIV - da Justiça;
XV - do Meio Ambiente;
XX – da Saúde;
XXIII – do Turismo.
São Ministros de Estado os titulares dos Ministérios, o Chefe da Casa Civil, o Chefe do
Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria de Comunicação de Governo e
Gestão Estratégica, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Chefe da
Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais da Presidência da República,
o Advogado-Geral da União, o Ministro de Estado do Controle e da Transparência e o
Presidente do Banco Central.
Das Áreas de Competência
d) informação agrícola;
j) meteorologia e climatologia;
e) política espacial;
f) política nuclear;
d) serviços postais.
VI – Ministério da Cultura:
c) delimitação das terras dos remanescentes das comunidades dos quilombos, bem como
determinação as suas demarcações, que serão homologadas mediante decreto.
p) atuação das Forças Armadas, quando couber, na garantia da lei e da ordem, visando a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, bem como
sua cooperação com o desenvolvimento nacional e a defesa civil e ao apoio ao combate a
delitos transfronteiriços e ambientais;
q) logística militar;
r) serviço militar;
a) reforma agrária;
X – Ministério da Educação:
b) educação infantil;
XI – Ministério do Esporte:
h) defesa civil;
1) ordenação territorial;
b) política judiciária;
l) defesa dos bens e dos próprios da União e das entidades integrantes da Administração
Pública Federal indireta;
f) zoneamento ecológico-econômico.
c) mineração e metalurgia;
j) administração patrimonial;
a) previdência social;
b) previdência complementar.
a) política internacional;
XX – Ministério da Saúde:
d) informações de saúde;
e) insumos críticos para a saúde;
e) os critérios técnicos para cálculo do valor das tarifas e de outros preços públi-
cos, bem como para seu reajuste ou revisão; e
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
As OS tornam mais fácil e direto o controle social, por meio da participação nos
conselhos de administração dos diversos segmentos representativos da sociedade
civil, ao mesmo tempo que favorece seu financiamento via compra de serviços e
doações por parte da sociedade. Não obstante, gozam de uma autonomia
administrativa muito maior do que aquela possível dentro do aparelho do Estado.
Em compensação, seus dirigentes são chamados a assumir uma responsabilidade
maior, em conjunto com a sociedade, na gestão da instituição e na melhoria da
eficiência e da qualidade dos serviços, atendendo melhor o cidadão-cliente a um
custo menor.
Por outro lado, a desvinculação administrativa em relação ao Estado não deve ser
confundida com uma privatização de entidades da Administração Pública. As
Organizações Sociais não serão negócio privado, mas instituições públicas que
atuam fora da Administração Pública para melhor se aproximarem das suas
clientelas, aprimorando seus serviços e utilizando com mais responsabilidade e
economicidade os recursos públicos.
O Estado não deixará de controlar a aplicação dos recursos que estará transferin-
do a essas instituições, mas o fará por meio de um instrumento inovador e mais
eficaz: o controle por resultados, estabelecidos em contrato de gestão. Além
disso, a direção superior dessas instituições será exercida por um conselho de
administração, com participação de representantes do Estado e da sociedade.
Para evitar a oligarquização do controle sobre essas entidades, os mandatos dos
representantes da sociedade estarão submetidos a regras que limitam a
recondução e obrigam à renovação periódica dos conselhos.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
AGÊNCIAS REGULADORAS
Agências Reguladoras são pessoas jurídicas de direito público interno, criadas por
lei específica sob a forma de autarquia especial, integrante de Administração
indireta, para desempenharem atividades típicas de Estado. Integra o 2º setor
(serviços exclusivos), junto com as agências executivas.
Foram criadas, então, as Agências Reguladoras:
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Agências Executivas
– possibilitar o controle social, por resultados e por comparação com outras ins-
tituições.
• Conteúdo Básico
c) definição de meios e condições para execução das metas pactuadas: tais como
recursos (orçamentários, patrimônio, pessoal etc.), níveis de autonomia,
flexibilidades;
(...) a pessoa jurídica de direito privado que não distribui, entre os seus sócios ou
associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais
excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações,
participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de
suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo
objeto social.
As OSCIPs devem estar voltadas para o alcance de objetivos sociais que tenham
pelo menos uma das seguintes finalidades, conforme art. 3º da Lei nº 9.790/99:
TERMO DE PARCERIA
Para firmar o Termo de Parceria, o órgão estatal tem que manifestar interesse em
promover a parceria com OSCIPs. Além disso, o órgão estatal indicará as áreas
nas quais deseja firmar parcerias e os requisitos técnicos e operacionais para
isso, podendo realizar concursos para a seleção de projetos.
CONCURSO DE PROJETOS
O órgão estatal pode escolher a OSCIP com a qual irá celebrar um Termo de
Parceria por meio de concurso de projetos (Decreto nº 3.100/99, arts. 23 a 31),
que é a forma de seleção mais democrática, transparente e eficiente.
O julgamento é feito por uma comissão designada pelo órgão estatal, que avalia
o conjunto das propostas das OSCIPs. Não são aceitos como critérios de
julgamento quaisquer aspectos – jurídicos, administrativos, técnicos ou
operacionais – que não tenham sido estipulados no edital do concurso (Decreto
nº 3.100/99, arts. 23 a 31).
A entidade que deseja se qualificar como OSCIP deve fazer uma solicitação for-
mal ao Ministério da Justiça, na Coordenação de Outorga e Títulos da Secretaria
Nacional de Justiça, anexando ao pedido cópias autenticadas em cartório de
todos os documentos relacionados a seguir.
É importante destacar que a qualificação como OSCIP introduzida pela nova Lei
nº 9.790/99 não substitui a Declaração de Utilidade Pública Federal, fornecida
pelo Ministério da Justiça, e o Certificado de Fins Filantrópicos, fornecido pelo
Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). A legislação que rege essas
qualificações continuará vigorando concomitantemente à Lei nº 9.790/99.
SISTEMAS DE CONTROLE
Nos Ministérios Civis, a Secretaria Executiva exerce o papel de órgão setorial dos
Sistemas de Pessoal Civil – SIPEC, de Organização e Modernização Administrativa
Conceito de Sistema
Características
SISTEMAS DE CONTROLE
O órgão central é responsável pela formulação das diretrizes relativas à sua área
de atuação, pela elaboração das normas de funcionamento do sistema, pela
supervisão, coordenação e acompanhamento e avaliação da implementação das
diretrizes e aplicação das normas.
Finalidades
– exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União;
Finalidades
– órgãos setoriais;
– órgãos específicos.
Finalidades
Estrutura
Os órgãos seccionais são as unidades que atuam nas áreas de organização e mo-
dernização administrativa das Fundações e Autarquias.
Finalidades
Estrutura
Os órgãos setoriais são as Secretarias Executivas dos Ministérios Civis por inter-
médio das Subsecretarias de Assuntos Administrativos e das Unidades de
Informática dos Ministérios Militares e órgãos da Presidência.
Finalidades
– material;
– transporte;
– comunicações administrativas;
– licitações e contratos.
Estruturas
Os órgãos setoriais são as Secretarias Executivas dos Ministérios Civis por inter-
médio das Subsecretarias de Assuntos Administrativos e das Unidades de
Serviços Gerais dos Ministérios Militares e dos órgãos da Presidência.
Finalidades
– remuneração;
– carreira;
– seguridade social;
– cadastro;
– auditoria pessoal;
– seleção e recrutamento.
Estrutura
Os órgãos setoriais são as Secretarias Executivas dos Ministérios Civis, por inter-
médio das Subsecretarias de Assuntos Administrativos das áreas de pessoal civil.
Finalidades
– órgãos setoriais.
Estruturas
Como partes das entidades que integram, os órgãos são meros instrumentos de
ação dessas pessoas jurídicas, preordenados ao desempenho das funções que
lhes forem atribuídas pelas normas de sua constituição e funcionamento. Para a
eficiente realização de suas funções, cada órgão é investido de determinada
competência, redistribuída entre seus cargos, com a correspondente parcela de
poder necessária ao exercício funcional de seus agentes.
* O tópico Classificação dos Órgãos e Agentes Públicos foi todo inspirado na doutrina do saudoso Hely Lopes
Meirelles.
a) Independentes
b) Autônomos
c) Superiores
São os que detêm poder de direção, controle, decisão e comando dos assuntos de
sua competência específica, mas sempre sujeitos à subordinação e ao controle
hierárquico de uma chefia mais alta. Não gozam de autonomia administrativa
nem financeira, que são atributos dos órgãos independentes e dos autônomos a
que pertencem.
d) Subalternos
São todos aqueles que se acham hierarquizados a órgãos mais elevados, com
reduzido poder decisório e predominância de atribuições de execução. Destinam-
se à realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos
administrativos, cumprimento de decisões superiores e primeiras soluções em
casos individuais, tais como os que, nas repartições públicas, executam as
atividades-meio e atendem ao público, prestando-lhe informações e
encaminhando seus requerimentos, como são as portarias e seções de
expediente.
• Quanto à Estrutura
São os que reúnem na sua estrutura outros órgãos menores, com função
principal idêntica (atividade-fim realizada de maneira desconcentrada) ou com
funções auxiliares diversificadas (atividades-meio atribuídas a vários órgãos
menores). Assim, uma Secretaria de Educação – órgão composto – tem na sua
estrutura muitas unidades escolares – órgãos menores com atividades-fim
idênticas – e órgãos de pessoal, de material, de transporte, etc. – órgãos
menores com atividades-meio diversificadas – que auxiliam a realização do
ensino, mas todos eles integrados e hierarquizados ao órgão maior.
São os que atuam e decidem por meio de um único agente, que é seu chefe e
representante. Esses órgãos podem ter muitos outros agentes auxiliares, como
normalmente os têm, mas o que caracteriza sua singularidade ou unipessoalidade
é o desempenho de sua função precípua por um só agente investido como seu
titular. São exemplos desses órgãos a Presidência da República, as Governadorias
dos Estados, as Prefeituras Municipais, que concentram as funções executivas das
respectivas entidades estatais, enfeixam-nas num só cargo de chefia suprema e
atribuem seu exercício a um único titular.
São todos aqueles que atuam e decidem pela manifestação conjunta e majoritária
da vontade de seus membros. Nos órgãos colegiados, não prevalece a vontade
individual de seu Chefe ou Presidente, nem a de seus integrantes isoladamente: o
que se impõe e vale juridicamente é a decisão da maioria, expressa na forma
legal, regimental ou estatutária.
AGENTES PÚBLICOS
CATEGORIAS OU ESPÉCIES
1. AGENTES POLÍTICOS
2. AGENTES ADMINISTRATIVOS
São todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas entidades por relações
profissionais, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico da entidade e
que servem ao público. São investidos em cargo ou emprego e com retribuição
pecuniária, em regra por nomeação e, excepcionalmente, por contrato de
trabalho.
Esses agentes ficam em tudo e por tudo sujeitos ao regime da entidade a que
servem e às normas específicas do órgão em que trabalham, e, para efeitos
criminais, são considerados funcionários públicos, nos expressos termos do art.
327 do Código Penal.
2.4 os comissionados:
AGENTES PÚBLICOS
CATEGORIAS OU ESPÉCIES
3. AGENTES HONORÍFICOS
4. AGENTES DELEGADOS
5. AGENTES CREDENCIADOS
Segundo Celso Antonio, os agentes públicos podem ser divididos em três grupos
a saber:
1. agentes políticos;
gos públicos;
Poderes Administrativos
A Administração dispõe de poderes administrativos distintos dos Poderes
políticos (Executivo, Legislativo e Judiciário) para o desempenho de suas funções.
Trata-se de poderes ditos instrumentais, pois consubstanciam ferramentas de
trabalho do Estado.
De acordo com a maior ou menor margem de liberdade que a lei atribua ao
administrador para a prática do ato administrativo, classificam-se os poderes
administrativos em discricionário e vinculado.
Poder Discricionário
Poderes Administrativos
Poder Hierárquico
É o poder de distribuir funções a diversos órgãos administrativos, com
escalonamento pelos diferentes níveis de planejamento, coordenação, controle e
execução. Por ele se estabelecem as relações de subordinação entre os
servidores impondo-lhes o dever de obediência aos superiores. A estes incumbem
o controle e a correção dos atos administrativos dos seus subordinados.
No poder hierárquico, estão ínsitas as faculdades de dar ordens e de
fiscalizar, bem assim as de delegar e avocar as atribuições e de rever os atos dos
que se encontram em níveis inferiores da escala hierárquica.
Delegação é a atribuição a outrem de funções originariamente cometidas
ao que delega. Em sentido contrário, situa-se a avocação, que consiste no
chamamento a si de atribuições originariamente cometidas a um subordinado.
Pela revisão, os superiores apreciam os atos de seus subordinados, para
mantêlos ou invalidá-los.
Poder Disciplinar
Poder Regulamentar
Poderes Administrativos
Poder de Polícia
Poderes Administrativos
Poder de Polícia
Condições de Validade
SERVIÇOS PÚBLICOS
• públicos;
• de utilidade pública;
• próprios do Estado;
• impróprios do Estado;
• administrativos;
• industriais;
• gerais;
• individuais.
Públicos
De Utilidade Pública
Próprios do Estado
Impróprios do Estado
São os de utilidade pública, que não afetam substancialmente as
necessidades da comunidade, isto é, não são essenciais. A Administração presta-
os diretamente ou por entidades descentralizadas (Autarquias, Empresas
Públicas, Sociedades de Economia Mista, Fundações Governamentais), ou os
delega a terceiros por concessão, permissão ou autorização. Normalmente são
rentáveis e são prestados sem privilégios, mas sempre sob a regulamentação e
controle do Poder Público. Exs.: serviço de transporte coletivo, conservação de
estradas, de fornecimento de gás, etc.
Administrativos
Industriais
São os que produzem renda, uma vez que são prestados mediante
remuneração (tarifa). Pode ser prestado diretamente pelo Poder Público ou por
suas entidades da Administração indireta ou transferidos a terceiros, mediante
concessão ou permissão.
Exs.: transporte, telefonia, correios e telégrafos.
Gerais
Individuais
Regulamentação e Controle
Sua outorga não é nem discricionária nem precária, pois obedece a normas
regulamentares e tem a estabilidade relativa dos contratos administrativos,
gerando direitos individuais e subjetivos para o concessionário, nos termos do
ajuste. Tal contrato confere ao titular da concessão de uso um direito pessoal de
uso especial sobre o bem público, privativo e intransferível sem prévio
consentimento da Administração, pois é realizado intuitu personae, embora
admita fins lucrativos. É o que ocorre com a concessão de uso remunerado de um
hotel municipal, de áreas em mercado ou de locais para bares e restaurantes em
edifícios ou logradouros públicos.
A concessão de uso, como direito real, é transferível por ato inter vivos ou por
sucessão legítima ou testamentária, a título gratuito ou remunerado, como os
demais direitos reais sobre coisas alheias, com a só diferença de que o imóvel
reverterá à Administração concedente se o concessionário ou seus sucessores
não lhe derem o uso prometido ou o desviarem de sua finalidade contratual.
“São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas
por esta Constituição”. Portanto, são da competência dos Estados a prestação dos
serviços que não sejam da União e do Município. Os Estados têm competência
residual. Competência dos Municípios (CF, art. 30)
Aos Municípios compete a prestação dos serviços públicos de interesse
local, incluindo o de transporte coletivo. Competem-lhe também os serviços de
educação pré-escolar e de ensino fundamental (com a cooperação técnica e
financeira da União e do Estado). Competem-lhe ainda os serviços de
atendimento à saúde da população (com a cooperação técnica e financeira da
União e do Estado).
Diz a Constituição Federal:
Art. 30. Compete aos Municípios:
..............................................................................
Formas de Prestação
Outorga
Delegação
Outorga
Delegação
• concessão;
• permissão;
• autorização.
Garantia do concessionário
Poderes do concedente
Remuneração
É feita através de tarifas e não por taxas. Esta tarifa deve permitir uma
justa remuneração do capital. A revisão das tarifas é ato exclusivo do poder
concedente e se faz por decreto.
Direito do concessionário
O concessionário tem, basicamente, dois direitos:
• o de que não lhe seja exigido o desempenho de atividade diversa daquela
que motivou a concessão;
• o da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro.
Para que o equilíbrio econômico-financeiro se mantenha, o Estado, cada
vez que impuser alterações nas obrigações do concessionário, deverá alterar a
sua remuneração, para que não tenha prejuízos.
Permissão
Permissão de serviço público é o ato unilateral, precário e discricionário,
através do qual o Poder Público transfere a alguém o desempenho de um serviço
público, proporcionando ao permissionário a possibilidade de cobrança de tarifa
aos usuários.
A permissão pode ser unilateralmente revogada, a qualquer tempo, pela
Administração, sem que deva pagar ao permissionário qualquer indenização,
exceto se tratar de permissão condicionada que é aquela em que o Poder Público
se autolimita na faculdade discricionária de revogá-la a qualquer tempo, fixando
em lei o prazo de sua vigência.
A permissão condicionada é usada geralmente para transportes coletivos.
Neste caso, se revogada ou alterada, dá causas a indenização.
São características da permissão:
Autorização
Características
• precário;
• discricionário;
• no interesse do particular;
• intuitu personae.
Cessação
Remuneração
Dá-se por tarifas.
Licitação
Exige-se se for para permissão de serviços públicos (CF, art. 175). Para a
realização de atividade pelo particular ou para a utilização de certos bens, como
regra não se exige a licitação, mas pode-se coletar seleção por outro sistema.
Há que se observar que os serviços autorizados não se beneficiam da
prerrogativa de serviço público.
Os executores dos serviços autorizados não são agentes públicos, não
praticam atos administrativos e, portanto, não há responsabilidade da
Administração pelos danos causados a terceiros.
Tarifas
Convênios e consórcios
Convênios
Particularidades
Consórcios
Domínio público
A expressão domínio público significa o poder que o Estado exerce sobre os bens
próprios e alheios, ora designa a condição desses bens. A mesma expressão pode
ainda ser tomada como o conjunto de bens destinados ao uso público (direto ou
indireto – geral ou especial – pode designar o regime a que se subordina esse
complexo de coisas afetadas de interesse público).
O domínio eminente é o poder político pelo qual o Estado submete à sua vontade
todas as coisas de seu território.
Bens públicos
Todas as entidades públicas podem ter bens patrimoniais disponíveis, isto é, bens
não destinados ao povo em geral, nem empregados no serviço público, os quais
permanecem à disposição da Administração para qualquer uso ou alienação, na
forma que a lei autorizar.
Uso especial quer dizer uso com exclusividade. Também passam a ser de
uso especial os bens para cujo uso a Administração exige pagamento, impõe
restrições.
Todos os bens públicos, que não sejam de uso comum do povo e que não
estejam destinados a uso pela própria Administração Direta, Indireta e
Paraestatal, podem ser objeto de uso pelos particulares, com caráter de
exclusividade, a título gratuito ou oneroso. Ninguém tem direito natural a uso
especial de bem público, mas qualquer pessoa pode adquirir este direito
mediante contrato ou ato unilateral da Administração, por tempo certo ou
indeterminado.
• autorização de uso;
• permissão de uso;
• concessão de uso;
• concessão de direito real de uso;
• cessão de uso;
• enfiteuse ou aforamento;
• locação; contratos do Direito Civil.
• comodato.
Autorização de Uso
É ato revogável sumariamente. Não tem forma própria. Basta que seja
escrito. Dispensa a licitação e autorização legislativa.
Permissão de Uso
Cessão de Uso
Comodato e Locação
Terras públicas
“São bens da União:
Terras Devolutas
Plataforma Continental
Terrenos de Marinha
Terrenos Acrescidos
Terrenos acrescidos são todos aqueles que se formam com a terra carreada
pela caudal. Tais terrenos pertencem aos proprietários das terras marginais a que
aderirem.
Terrenos Reservados
Ilhas
As ilhas dos rios e lagos públicos interiores pertencem aos Estados-
membros e as dos rios e lagos limítrofes com Estados estrangeiros são do
domínio da União. É o que se infere do disposto no art. 20, IV, da CF, que,
embora não se refira às águas públicas internas, declara expressamente que se
incluem entre os bens da União “as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes
com outros países”. Essa reserva das ilhas das zonas limítrofes para a União
importa reconhecimento de que as demais, das águas públicas interiores,
permanecem no domínio dos Estados-Membros.
As ilhas marítimas classificam-se em costeiras e oceânicas. Ilhas costeiras
são as que resultam do relevo continental ou da plataforma submarina; ilhas
oceânicas são as que se encontram afastadas da costa e nada têm a ver com o
relevo continental ou com a plataforma submarina.
As ilhas costeiras, por se encontrarem no mar territorial, sempre foram
consideradas domínio da União, porque este mar e tudo o que nele se encontra é
bem federal.
Faixa de Fronteira
Águas Internas
Rios Públicos
Quedas-D’água
Águas Externas
Mar Territorial
Jazidas
A Constituição vigente estabelece que:
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os
potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para
efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.
§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos
potenciais a que se refere o caput deste artigo somente poderão ser efetuados
mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por
brasileiros ou empresa brasileira de capital nacional, na forma da lei, que
estabelecerá as condições específicas quando essas atividades se desenvolverem
em faixa de fronteira ou terras indígenas.
§ 2º É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da
lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.
§ 3º A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as
autorizações e concessões previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou
transferidas, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente.
§ 4º Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do
potencial de energia renovável de capacidade reduzida.
Só a União tem competência para legislar sobre “jazidas, minas, outros
recursos minerais e metalurgia” (CF, art. 22, XII), ficando, assim, concentrados
no Governo Federal todos os poderes normativos e executivos em tema de
mineração. Todavia, por lei complementar a União “poderá autorizar os Estados a
legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo” (art.
22, parágrafo único), dentre as quais incluem-se as jazidas, minas e outros
recursos minerais.
Petróleo
Minérios Nucleares
Florestas
Floresta é a forma de vegetação, natural ou plantada, constituída por um
grande número de árvores, com o mínimo espaçamento entre si. Pela nova
Constituição, a competência para legislar sobre florestas é concorrente entre a
União, os Estados e o Distrito Federal (art. 24, VI), e para “preservar as florestas,
a fauna e a flora” é comum entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios (art. 23, VII). Observamos que a Constituição distinguiu a legislação
sobre florestas (normativa) dos atos de preservação das florestas, estes cabendo,
indistintamente, a todas as entidades estatais, atendida a disposição do
parágrafo único do seu art. 23 (competência administrativa).
FAUNA
ESPAÇO AÉREO
Patrimônio Histórico
Tombamento
PROTEÇÃO AMBIENTAL
Controle da Poluição
O controle da poluição enquadra-se no poder de polícia administrativa de
todas as entidades estatais – União, Estados-Membros, Municípios, Distrito
Federal e Territórios – competindo a cada uma delas atuar nos limites de seu
território e de sua competência, e em conjunto colaborar nas providências de
âmbito nacional de prevenção e repressão às atividades poluidoras definidas em
norma legal.
Em sentido amplo, poluição é toda alteração das propriedades naturais do
meio ambiente, causada por agente de qualquer espécie prejudicial à saúde, à
segurança ou ao bem-estar da população sujeita aos seus efeitos.
A Constituição da República dispôs expressamente que “as condutas e
atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados” (art. 225, § 3º).
O principal instrumento de controle da poluição e da degradação ambiental é o
Licenciamento Ambiental. Este será exigido para a execução de obra ou o
exercício de qualquer atividade efetiva ou potencialmente poluidora.
O órgão competente (Ibama; órgão ambiental estadual e órgão ambiental
municipal – Res. nº 237/97, art. 4º, caput, §§ 1º e 2º; art. 5º) expedirá o
licenciamento ambiental mediante um prévio estudo de impacto ambiental.
O estudo de impacto ambiental passou a ser uma exigência constitucional
“para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente” (art. 225, IV).
Mandado de Segurança
• Individual
• Coletivo
I – Mandado de segurança individual: é o meio constitucional (art. 5º, LXIX)
posto à disposição de toda pessoa física ou jurídica, órgão com capacidade
processual ou universalidade reconhecida por lei para proteger direito individual,
próprio, líquido e certo, não amparada por habeas corpus, lesado ou ameaçado
de lesão por ato de qualquer autoridade, seja de que categoria for e sejam quais
forem as funções que exerça.
Ação Popular
Tais atos sujeitam-se à apreciação da Justiça que pode confrontar o ato praticado
com as prescrições constitucionais legais ou regimentais, verificando, pois, se há
inconstitucionalidade, legalidade ou infringências regimentais nos seus alegados
interna corporis, sem adentrar o conteúdo/mérito, de seus atos.
A Justiça não pode, por exemplo, substituir a deliberação da Câmara por um
pronunciamento judicial sobre o que é de exclusiva competência discricionária do
Plenário, da Mesa ou da Presidência.
Atos Legislativos
As leis não ficam sujeitas a anulação judicial pelos meios processuais comuns,
mas sim pela via especial da ação direta de inconstitucionalidade promovida pelas
pessoas e, órgãos indicados na Constituição Federal (art. 103), cabendo ao STF
declarar a inconstitucionalidade da lei ou de qualquer outro ato normativo.
Atos Políticos
São os praticados pelos agentes do Governo, no uso da competência
constitucional.
Devido ao seu elevado discricionarismo, provocam maiores restrições ao controle
judicial.
Quando argüidos de lesivos a direito individual ou ao patrimônio público vão à
apreciação da Justiça.
A Reparação do Dano
A reparação do dano causado pela Administração a terceiros obtém-se
amigavelmente ou por meio de ação de indenização, e, uma vez indenizada a
lesão da vítima, fica a entidade pública com o direito de voltar-se contra o
servidor culpado para haver dele o despendido, através da ação regressiva
autorizada pelo § 6º do art. 37 da Constituição Federal.
O legislador constituinte bem separou as responsabilidades: o Estado indeniza a
vítima; o agente indeniza o Estado, regressivamente.
Ação de Indenização
Ação Regressiva
Como ação civil, que é, destinada à reparação patrimonial, a ação regressiva (Lei
nº 8.112/90, art. 122, § 3º) transmite-se aos herdeiros e sucessores do servidor
culpado, podendo ser instaurada mesmo após a cessação do exercício no cargo
ou na função, por disponibilidade, aposentadoria, exoneração ou demissão.
A ação repressiva (ação do Estado contra o servidor) é imprescritível.
Por fim, diga-se que, se tais teorias obedeceram a essa cronologia, não quer isso
dizer que hoje só vigore a última a aparecer no cenário jurídico dos Estados, isto
é, a teoria da responsabilidade patrimonial objetiva do Estado ou teoria do risco
administrativo.
O SERVIDOR E AS REFORMAS
PRINCÍPIOS BÁSICOS
1 – legalidade
a) Art. 5°, II – “ ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei” – onde exige-se do administrador público que faça
apenas o que a lei e o Direito permitirem ou obrigarem;
2 – impessoalidade
Este princípio pode ser ilustrado através da exigência de que sempre haja
licitação pública, nos termos do art. 175 “(Incumbe ao Poder Público, na formada
lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de
licitação, a prestação de serviços públicos”, ou frente à exigência de que a
publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, não
podendo constar nomes, imagens, que caracterizem promoção pessoas de
autoridade ou servidores públicos. Art. 37, § 1° – “A publicidade dos atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos”).
3 – moralidade
4 – publicidade
b) Art. 5°, XXXIII – “todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que
serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.
Assegura a todos o direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, no prazo da lei, sob pena
de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
– para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo”. Assegura o conhecimento de informações relativas à
pessoa do impetrante, constantes de registros ou banco de dados de entidades
governamentais ou de caráter público ou para retificação de dados, caso não se
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
5 – Eficiência
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
complementar;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
AULA 5
DA NECESSIDADE DE LICITAÇÃO
Art. 5°,
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento)
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Artigo 37
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial
e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003)
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas
com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente
da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
AULA 8
SISTEMA REMUNERATÓRIO DO SERVIDOR PÚBLICO
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial
e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003)
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este
artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores
fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
41, 19.12.2003)
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência de caráter contributivo, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial
e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003)
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência de caráter contributivo, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de
inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos
públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime
geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de
inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição,
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo
eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral,
de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
ESTABILIDADE DO SERVIDOR
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)