Histcomvol 3 Mar
Histcomvol 3 Mar
Histcomvol 3 Mar
MARANHÃO
1896+1934
SAOLUjS
)964
Jerônimo José de Viveiros
é nome sobejamente conhecido nos
meios intelectuais do Maranhão e do
Brasil.
Nasceu em São Luís do Mara-
nhão, aos 11 de agosto de 1884,
.
num
velho e formoso sobrado da Rua de
Santo Antônio, antigo solar de seus
avós maternos, os Barões de São
Bento,
Estudou as primeiras letras em
colégio particular e, nos preparató-
rios para ingresso no Liceu Mara-
nhense, foi discípulo de Antônio Lo-
bo e do professor Machadinho, (Do-
mingos Afonso Machado). Ao sair
do Liceu ingressou na Faculdade de
Ciências Jurídicas do Rio de Janeiro,
abandonando o curso no 4' ano.
Regressando à província natal,
dedicou-se ao magistério, regendo, na
qualidade de catedrático, a cadsira
de História Universal e do Brasil,
do Liceu. O
estudo dos aconteci-
mentos históricos despertou-lhe pro-
fundo interesse pela ciência de
Toynbec, interêsse que não mais o
abandonou. Os auditórios do país
possivelmente perderam mais um ba-
charel verboso e superficial como,
talvez, devera ter sido Jerônimo de
Viveiros se concluísse o curso de di-
reito, mas, em compensação ganhou
Brasil.
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HISTCÍRIA DO
MARANHÃO
J896+1934
PUBLICAÇÃO ^
coMeMORAnvA
DA PASSAGEM >
DO JJO^ANJVGRSARIO
DA FUNDAÇÃO
DA COMISSÃO
DA PRAÇA
1
Presidente da Astocia{ão Comercial do Maranhão
Este
aparece
terceiro volume da "Hislória do Comércio do Maranhão"
anos depois da publicação dos dois primeiros. È
oito
que o autor da obra entendeu, a princípio, ser demasiado cedo
para escrever a história de uma época cujos acontecimentos, na sua
maior parte, tiveram como protagonistas p.?ssoas que ainda hoje com-
põem o cenário da vida maranhense.
Realmente, os últimos capítulos do livro ocupam-se de fatos,
por assim dizer, de ontem, fatos que se conservam vivos na memória
dos prováveis leitores da obra. E essa proximidade, no tempo, sobre
nem sempre permitir uma apreciação desapaixonada dos homens e dos
eventos em tela, constitui, não raro, motivo de constrangimento para o
historiador, o qual se vê, assim, forçado a emitir julgamentos, que não
podem ser definitivos, sobre a conduta de personagens ainda atuantes
no meio.
Mas, apesar de tais inconvenientes, consegu u dar-nos o Autor,
nas, páginas que se vão lêr, uma nítida oisão do panorama económico
do Maranhão, nos derradeiros anos do século passado e nas três pri-
meiras décadas do atual.
Através dos 16 capítulos que formam o presente volume, pode-
mos, com efeito, acompanhar, como se estivéssemos vivendo a época
de que se ocupa a narrativa, o drama em que se tem debatido a nossa
economia, desde o tremendo golpe que lhe desferiu a lei de extinção do
elemento servil no país.
Numa linguagem simples, despretenciosa, às vêzes descuidada,
mas que encarj-ta pela sua singeleza, conla-nos o Autor a história do
abandono dos engenhos de cana, cujos proprietários, não mais poden-
do movimentá-los, à falta de braços e de recursos financeiros, se vi-
II
« * *
inestimável serviço.
CLODOALDO CARDOSO
.u|). Wll.
HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO 3
PRODUÇÃO DO ALGODÃO
1889 39 865
. sacas 1899 24.137 sacas
1890 41.629 1900 34.106
1891 57.981 1901 28.993
1892 39.490 1902 34.644
1893 48.810 1903 36.380
1894 39.090 1904 28.869
1895 34.616 1905 31 .744
1896 24.369 1906 43.874
1897 14.975 1907 31.111
1898 22.612 1908 24.110
na Parga".
4 JERÓNIMO DE VIVEIROS
(433)
(434)
HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO 5
i.ada".
"Câmbio.
"Animadoras noticias têm vindo, e que já dão ^'wis
esperanças aos consumidores, que até agora são os único»
sofredores com a baixa do câmbio e que elevou os
preços
das mercadorias a um tal ponto, impossível de imagi-
nar-se.
"Hoje foram recebidas noticias de cotação a 12
1/4
d. por mil réis.
"A éste câmbio a libra custa 19$594".
HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO 7
(437) — Fran Paxi-ro — "As^ qiii-stões. conuitiui»" — "Puiolillia" ilc 7 '.lo íi-
U-nil>ro ik- 190,1.
HISTÓRIA DO COMERCIO DO MARANHÃO 9
merecido em
mais de cento por cento em tão pouco tem-
po; outros,que se cotavam a 280$000, como Melhora-
mentos do Brasil, estão se vendendo por 50$000, duzen-
tos e cinquenta por cento menos do que outrora".
Lá, a desvalorização provinha do jôgo da bolsa,
tão bem
descrita no "Encilhamento", por Alfredo de
Taunay; aqui, o fenómeno revelava-se na solução irre-
fletida com que quisemos debelar uma profunda crise e-
conômica, que também teve a sua história esteriotipada
num romance Crise—A —
de Manoel de Bethencourt,
do qual vamos trasladar um trecho do primeiro capítu-
lo : (438)
zote magro, alto, olhos grandes, moreno, cabelo liso, buço pe-
vermelhas
queno, trajando terno de casimira cinzenta, botinas
de palha comum. Era o caixeiro que regressava
da
e chapéu
Intendência e logo disse ao Peixoto:
JFnÒMMO DE VIVEIROS
" —
Aquilo está uma balbúrdia. Quiz pagar e não achei
a quem. Disseram-me que ainda não era a hora do ex-
pediente e que voltasse mais tarde.
— Pois então, disse o Peixoto^ vá o senhor a casa de
Lopes Couto & Cia. e compre o que consta dêste pedido.
— Mas nós temos em casa estas mercadorias!
— Não se importe, faça o que lhe digo. Se carregarem
nos preços, discuta, mas emfim aceite
— Já entendi.
O rapazote saiu, procurando, mas debalde, confiar as
guias do bigode ausente.
O Peixoto novamente se assentou, olhando vagamen-
te^ pelo armazém. No semblante avermelhado e embaciado, ca-
& Irmão, Sousa & Burnett, Vinhas & Cia., Cunha San-
tos & Cia., Graça & Cia., Joaquim Marques Corrêa &
Cia., Manoel José Maia & Cia., Peixoto Dias & Cia. e
Jorge, Santos & Cia.
Lideravam o alto comércio Carlos Ferreira Coêlho,
Manoel Jorge, Cândido Ribeiro e João Batista Prado.
Mas de todos, a figura mais destacada era a do último.
De menino pobre de Alcântara, escalando pelos estágios
de caixeirinhos de um armazém em São Luís e outras
funções da carreira, chegou êle, em menos de vinte anos,
à alta posição de banqueiro da praça. Numa época de
crise, quando outros viam paralisados lucros ou perdidas
fortunas, J. B. Prado enriquecia, num jôgo de câmbio de
verdadeiro predestinado e especulações sagazmente diri-
gidas nas situações angustiosas das fábricas. Rico, explo-
rou o prestígio do fausto na vida dos argentários e passou
a viver num mar de ostentações. A
residência, um palá-
cio —
o palácio Cristo Rei dos nossos dias, escritório e
armazém numa casa principesca, que iôra moradia do
Visconde de Itacolumí (Rua Cândido Mendes canto com
José Augusto Corrêa), carruagem à porta, puxada por
parelhas de cavalos do rio da Prata, indumentária esme-
radamente cuidada, sempre com a mesma espécie de flor
na boutonnière, era uma figura que impressionava em
tudo nos hábitos do viver cotidiano, na generosidade
:
dos gestos e até nas festas que oferecia aos amigos. (440)
"Receiosos, caminhrvam, \
"Alerta estou! Brada ela,
Como se andassem à toa \
Quando a Manguda velhaca
Espreitando a sentinela, \
Passou-lhe diante dos olhos.
?ostada junto à Camhoa. j
Nas costas levando a "maca".
"
— E se o Ezequiel dando gostosas
lá foi gairgalhadas
na alegria de quem tem bons contecos na burra e um armazém
abarrotadu de mercadorias, que vende baratíssimas. Duvidai':?
E' só ir à Casa Brasileira, no Largo das Mercês".
1
1910 1.683.906$000 9 054 000.$000 -1
1
1911 1.718.991$000 9 .548000$000 '
1
1912 1.594.577$000 9 .9860€0$000 1
I
1913 2.592.305$000 8 581 000$000 1
I
1915 2.538.337$000 4 996 000$.000 !
1
1916 3.580.599$000 5 387 000$000 '
7 424 OOOÍfíPOO 1
1 1 1
(442) — Fran Paxeco — "Geografia do Maranhão", págs. 281 o 202. Ti.-. TH-
xeira, Sao Luís, Maranhão — 1923.
16 JERÓNIMO DE VIVEIROS
1
1
1 i
HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO 27
êste capítulo
Antes, porém, de mostrá-lo, fechemos
dos preços corrantes daquêles tempos :
com a relação
9 de dezembro de 1890
GÉNEROS NACIONAIS
n A AAA r? r- AAA
Aguardente de 22° |
pipa <I*
YUÍpOOO a 75$000
cl»
Algodão 1
quilo $420 a $440
O U» A A A O AAA
Arroz em casca |
alqueire úíf>000 a 3$200
Cl*
Arroz pilado j
quilo $260 a $280
u
Açúçar branco |
$300 a $320
n
Dito somenos |
$200 a $240
Ulto mascavo purgado
C í
;
$160 a $180
n
Dito bruto 1
$070 a $100
Azeite de côco litro $500 a $600
íi
Azeite de carrapato \
$320 a $340
Cacáu 1
quilo $400 a $500
Cale de la. | $950 a 1$000
íi
Caie ae za. | $750 a $900
6t
v^aie ae oa. 1 $640 a Ç750
Camarão ]
íi
$240 a $440
Carne sêca U CAA
Cí*
j $500 a $600
a
Carrapato | $080 a $090
Caroço de algodão 15 quilos $300 a $320
Cêra de carnaúba quilo $400 a $440
ípZZO a M>Z40
Couro espichado |
((
$300 a $320
Couro verde |
Um 3$500 a 3$800
Couro de veado \ quilo í$700 a 1$750
Farinha sêca (<
$050 a $055
Farinha dágua (<
$040 a $070
Favas <<
$100 a $120
<<
Feijão frade $100 a $120
<(
Dito manteiga $120 a $140
Fumo de corda ((
1$000 a 2$500
Dito de molho-(Codó) arroba 15$000 a 25$000
Dito de molho-(Ana-
jatuba) 6$000 a 8$000
HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO 29
GÉNEROS ESTRANGEIROS
Alhos i
maço $060 a $070
Alfazema |
quilo j
$400 a $450
Alpiste I
$300 a $320
Arroz da índia j
1
$220 a $240
1 OAA
ti'
Azeite doce I
litro 1$000 a 1$200
Azeitona em latas
grandes lata 1$200 a l!t>400
Azeitonas em latas
u $450
pequenas $400 a
Bacalháu barrica 15$000 a 18$000
Dito (cx. de 20k) 9$000 a 10$000
Banha de porco quilo $600 a $700
Batatas em caixas de
30 quilos caixa 3$500 a 4$000
Cebolas em caixas de
C molhos 12$000 a 16$000
Chá Hisson quilo 3$500 a 5$000
Chouriços em latas i
arroba 27$000 a 30$000
Cominho quilo 1$000 a 1$100
Farinha de trigo ame-
ricana I
saco 16$000 a 18$000
" 18$000 a 20$000
Dita de Trieste i
Querosene em latas 1
3$800 a 4$000
de 5 galões 1
f
_
"Mas V. Exc. conhece, sr. Presidente, como conhecem todos
quão difíceis são as condições financeiras
do Estado.
"Se lançássemos mão dos dinheiros públicos, ari iscando
quantias avultadas (porque tal é o nosso estado que qualquer
quantia para nós é avultada), se procurássemos empreender em
grande escala reformas e melhoramentos, de certo nada con-
seguiríamos porque nos faltaria para isso o dinheiro necessá-
7in. F. se quiséssemos, por outro lado, deixar na ici medidas,
tivos do projeto tal como foi elaborado, disse que havia sido
êsse o maior empenho da comissão. Pois bem; repito hoji a
mesma coisa.
"A comissão o maior emppnho que teve no seu trabalho
foi calcular como cifra de receita uma soma que venha a ser
arrecadada e teve t- bom senco de estabelecer uma despesa
que não poderá ir além da receita votada.
"O Congresso aiX-itoic o plano apresentado pela comissão;
o orçamento foi nessa cofcrmidcde votado e eu estou ceito de
que, salvo algum caso extraordinário, que não podemos pre-
ver, o orçamento de 1896 há de corresponder à realidade.
"Ora, se consega rvi-: i por êsse meio acabar com o cancro
terrível do DEFICIT nc orçamento do Estado, pode o Congres-
so orgulhar-se de ter efetuado um grande benefício.
"O público aindr. nàr si ^ltr;^lf^stou acêrca da lei do or-
çamento, que aliás foi publicada, tendo a comissão convidado
todos os que quisessem fazer reclamações a vir diante dela
expôr o seu modo de pensar.
"Introduziu-se êste ano êsse sistema, que acho prefeita-
mente compatível com os nossos moldes de governo.
"Ao confecionar as suas tabelas de receita e despesa a co-
missão convidou todos os interessados a fazer as reclamações
'
'
Firmada assim a constitucionalidade do impôsto em ques-
tão, ficaipso facto firmada a procedência da taxa que O
Esíaiio do Maranhão lança ieôbre cs mercadorias nacionais
entradas para consumo no seu território.
"Em tôrno das questões levantadas por diferentes casas
Comerciais^ contra a fazenda de diversos Estados, a despeito do
modo claro e terminante porque pronunciou-se o Supremo
Tribunal Federal, levantou-se a grita de que os Estados esta-
vam invadindo a zona dos impostos reservados à União.
"Com
relação aos impostos de estatistica, patente comer-
c al e outros,não se dá a suposta invasão pois o Estado tam-
bém pode taxar a mercadoria estrangeira, quando destinada
ao consumo^ no seu território. O que se nota é que, em vez do
produto desta taxa ser entregue ao Tesouro Nacional, fica
como renda do Estado que a cobra. Vê-se claramente que não
há invasão, mas uma inconstitucionalidade, proveniente tal-
vez, de julgarem nacionais as mercadorias estrangeiras pelo
fato de se confundirem quando expostas no mercado para
consumo
"No entretando, nada se tem dito contra a União, estando
ela no domínio absoluto de impostos de sêlos e outros, a que
estão submetidos os navios de cabotagem e os que se empre-
gam na navegação dos rios interiores, que banham as terras
de um mesmo Estado.
um o que lhe compete; o restrinja cada um
"Tenha cada
suas despesas ao indispensável, que cessarão os choques e
itritos que, a continuarem, poderão trazer conseqiiências fa-
tais para o regime federativo."
46 JERÔNIMO DE VIVEIROS
os ergotis-
"Mcí cUes -.rihutos são inconstitucionais, dirão
Serão. Mas inconstitucional é igualmente
que num pais
tas.
Va-
com a Igreja separada do Estado tenha delegado junto ao
ticano —
e essa legação pompêia lá. Mas
inconstitucional é
1.200$000.
Os 56 municípios, em que, então, se dividia o Esta-
do do Maranhão, rendiam 499 contos de réis.
CAPÍTULO IV
Aliança 210.000$0C:'
" Fiação e Tecidos Mara-
nhenses ....... 1 :200.000$000
Fabril Maranhense ... 1: 700.000$000
Tecidos Rio Anil .. . . 1: 600 000$000
.
Progresso 700.000$000
Tecelagem 300.000$000
Industrial Caxiense .. 1: 000 000$000
.
União Caxiense .
,. . . 850 000$000
.
Industrial 300.000$000
Fábrica de Calçados . . 100.000$000
Fábrica de Roupas ... 50 000$000
.
Fábrica de Chumbo e
Pregos 150.000$000
'
Fábrica de Fósforos do
Norte 200.000$000
20: 226.160$000
"Que
o diretor-tesoureiro da diretoria passada havia em-
sem autorização da assemhléia geral, dos cofres da
prestado,
Cânhamo à Companhia de Tecidos Progresso, da qual era tam-
bém diretor-tesoureiro, a quantia de 26 contos de réis e a sua
própria casa comercial 25;
"Que este ato levado ao conhecimento dos outros direto-
res não merecera protesto algum;
"Que apesar de cobrados repetidas vezes, estes devedo-
res não tinham pago aqttelas importâncias à Cânhamo;
"Que já tendo a Companhia concluído os seus trabalhos
de alvenaria ainda comprava à Cerâmica 1 500 tijolos por
825$000".
Móveis 561$540
Mananciais e canalização 10.249$604
Edifício 201.173$000
MaquirJsmos 184.624$493
Guindaste e materiais de locomo-
ção 6.839$075
Cais e ponte 2.740$000
Semoventes 100$000
406.287$712
Ribeiro Enes & Cia., Cardoso, Enes & Cia., Bessa & Cia.,
Sabóia de Albuquerque & Cia. e Francisco Aguiar & Cia.
que, definitivamente, fecharam as suas portas em 1959,
pagando de indenização aos operários cêrca de 16 mi-
lhões de cruzeiros.
Esta sucessão de nomes e o fato do encerramento
com o dispêndio de tão elevada importância dizem cla-
ramente da precariedade da indústria têxtil maranhen-
se. Mais não se fazia mister. Todavia, explanaremos o
assunto, oportunamente.
CAPÍTULO V
o "Banco Emissor do Norte" e sua agência em São
Luis. Ataques ã organização do novo estabelecimento ban-
cário. Seus projetos a respeito da Companhia de Navega-
ção a Vapor do Maranhão e o fracasso da transação. A ten-
tativa da incorporação do Banco Industrial e Mercantil".
COMPENSAÇÃO
"Anulação dos valores das apólices constituintes do
fundo capital, à proporção do aumento do fundo de reconstitui-
ção, formada de 2 l/2''/o do lucro bruta da empresa".
Em
verdade o programa empolgava qualquer cole-
tividade por mais próspera que fôsse.
Mas não era novo no Maranhão êsse tipo de estabe-
lecimento bancário com a faculdade de emissão. Tivemo-
lo desde 1846 e isto já mencionamos neste mesmo traba--
lho. (452) E ainda no último ano do regime monárquico,
"BANCOS EMISSORES"
"As ações dos" Bancos e Companhias tendem todas a bai-
xar mais ou menos; e as dos Bancos terão de sofrer um ahálo
formidável, se o Banco que o Governo projeta, aqui para o nor-
te, com sede no Pará, for levado a efeito, como está decretado.
"Êste Banco com certeza qfue servirá para aniquilar os
que cá temos, p^is, autorizado a bater moeda papel até o dobro
do seu depósito, em apólices, sendo o seu capital de 20 000
contos, certamente que nada lhe poderá resistir, e os nossos
atuais Bancos terão forçosamente de liquidar por não poderem
entrar em competência com um estabelecimento assim privile-
giado, que faz dinheiro de tiras de papel sem valor real, e as
quais o Governo já prometeu dar curso forçado !
"Isto é simplesmente monstruoso; e seremos fatalmente con-
duzidos a um estado de anarquia monetária, a uma banca rôta
geral, se o nobre^ Ministro da Fazenda não refletir que, com
suas medidas financeiras, referentes aos Bancos de emissão,
com base de apólices, em notas inconversíveis, está irremedia-
velmente cavando a ruína da nação.
"Parece-nos impossível tdnta cegueira da parte de um
homem ilustre como é o nobre Ministro da Fazenda, pois não
podemos crer que êle ignore que o papel-moeda inconversível
é condenado por todos os economistas, dignos dêsse nome e
que êle, uma vez espalhado em larga escala pelo país, sem um
valor real equivalente, fará descer o câmbio de uma maneira
HISTORIA DO COMERCIO DO MARANHÃO
ceita .
80 JERÔNIMO DE VIVEIROS
O Banco propunha-se :
g) Realizar
operações de câmbio;
h) Realizar tôdas as operações de crédito móvel.
2-° —Auxiliar, por meio de operações bancárias, a indús-
tria, o comércio e a lavoura no Estado do Maranhão;
3. ° —Explorar privilégios e concessões dos Govêrnos Fe-
deral, dos Estados e das Municipalidades.
"PIADA S"
de réis.
Decorridos dois dias após a sua instalação a 15 de
janeiro de 1891, o Dr. Aarão Reis telegrafava do Rio ao
Barão de Penalva no Maranhão :
HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO
MARANHÃO
Melhoramentos lançada sucesso
do rn^rr^'^ espUndu
"Ministro Agric^uXtura.
Viana Vaz
Vice-Governador
"Governador Maranhão:
"Estrada concedida engenheiro Aarão Reis, de Caxias o
Araguaia, faz parte integrante tronco principal norte plano ge-
ral viação férrea República, destinados ligar capitais Estados
Capital Federal. Ê, portantOi, competência exclusiva gover-
no federal em virtude parágrafo único artigo primeiro decreto
número 524 —
26 junho corrente ano. Concessão feita basea-
da nesse plano. Não há fundamento reclamação de interêssses
privados contrários aos gerais dêsse Estado e União.
"Concessionário oferece completa idoneidade para sucesso
empreendimento, para cuja realização organiza já grande
companhia nacional que será lançada qualquer destes dias.
Concessões feitas govêrno local não oferecem garantias sufi-
cientes para congregação tão avultados capitais.
"Publique esta resposta.
Glicério."
Ministro da Agricultura:
"Em vista vosso telegrama de ontem, devo declarar sem
nenhum efeito, como meio eficaz pôr têrmo reclamações, con-
cessões feitas meu antecessor, que são afetadas pela conces-
são feita Aarão Reis? Peço urgência resposta para publicá-la
com telegrama, como determinais."
"Viana Vaz
Vice-Governador."
Governador Maranhão:
"Ao vosso telegrama de ontem respondo que sim."
Glicério."
92 JERÔNIMO DE VIVEIROS
96 JERÔNIMO DE VIVEIROS
Despesa
Receita
921$720
31/12/1890.
Comissão Fiscal
tado
"É em demasia ponderável, como
Decreta
Cia. (Tíiglêsa) —
Moreira & Saraiva, Marcelino Gomes
de Almeida e Lázaro Moreira de Sousa & Filho (Portu-
guesas), Francisco Antônio c^e Lima & Cia., José Pedro
"Credo Caixeiral"
"Fechamento de portas"
"Logo no começo de seus trabalhos, quando acahava de
ser investido dòs poderes que lhe confiastes teve a Diretoria
de enjTontar a questão de fechamento de portas, que como
medonho espantalho, surgiu a emhargar-lhe os passos. Assim
foi que tendo sido a Diretoria empossada a 2 de março, teve
logo a 6 de representar ã. Intendência Municipal pedMdo a
manutenção da lei que alguns negociantes, apadrinhando-se
com a Associação ComercM, a qual, estretanto, não lhes fa-
voreceu os desígnios, pretendiam fôsse revogada. Mas manti-
da a lei, com uma pequena alteração, sugerida pela Associação
Come-f &al parecia morta a questão,
"Não aconteceu, porém, assim.
"A 20 de junho, estava de novo esta Diretoria à braços
com a interminável questão.
"A pedido de um negociante desta praça, alguns outros
ass'inu.ram uma representação à Intendência Municipal, em
que se pedia a revogação da postura.
"A Diretoria só teve conhecimento desta representação,
que fôrn urdida em segredo, no próprio dia em que ela tinha-
de ser levada Intendência.
ã,
1.
""
— A união da em tôdas
classe caixeiral as exi-
gências sociológicas;
2. ° — Auxiliar moralmente seus associados;
3. ° — Socorrê-los pecuniariamente;
4. ° — Difundir a instrução entre criando pa-
êles,
ra êsse fim cursos gratuitos.
Diretoria —
Artur Couto Lobão, Leôncio Jân-
sen de Medeiros e Raimundo Alves Tribuzi, cu-
jos suplenteseram —
João Martins do Rêgo
Andrade, João Alves dos Santos e Raimundo
H. Carneiro. Assembléia Geral Mariano —
Pompílio Alves, presidente; Antônio Otávio
Rodrigues Lima, vice; Aristides Seixas da Cu-
nha, 1.° secretário; Euclides Pereira de Sousa,
2.° secretário.Comissão Fiscal Horácio Jo- —
sé Corrêa, Mariano Gomes de Castro e Antônio
Francisco da Silva.
"
244
"
19
"
Existem 225
"
255
"
Retirados 19
"
Existem 236
Í!T
emcaso de necessidade, forçosamente,
cumprimos a
Acham-se atrasadls nos
pi-
Z
mentos 29 soczos, os qua:s contamos
venham y""-u/ coTaa
se com
quitar-se
maior brevidade,"
Além de ser relativamente pequeno,
acha-se em atraso
um bom numero de sócios, notando-se entre êles,
alguns que
pela sua posição no comércio,
jamais .deveram consentir a sua
eliminação. A êstes nossos consócios
solicitamos um pouco mais
de atenção para a nossa Associação,
que incontestàvelment»
presta grandes benefícios a seus
associados."
"Ê relativamente pequeno o nosso ,quadro
social e acha-se
em atraso um número regular de sócios, entre
êles alguns que
pela sua posição no comércio desta praça
,
Recordemos o fato.
"Centro Caixeirctx.
Festa de Caridade.
Centro Caixeiral
Salão Nobre
25—1—1894
Grande soirêe musical promovida pelo
arUsta brasileiro —
Gervásio de Castro."
Em 94, O Centro,
sempre agindo com economia já
possuía o saldo de 7.173$578 réis. Nesse ano,
as suas
despesas foram :
beneficência 1.445$800,
curso 843í^330 ,
vega a Humanidade.
rães.
Mantém a
Escola de Comércio
Maranhão", meses de
presália, publicou no "Diário do
sentenças, que cons-
janeiro e fevereiro de 1896, as suas
138 JERÔNIMO DE VIVEIROS
"Sr. Redator :
"A
discordância isolada do caderno particular do Fiel com
os demais documentos oficiais; os vestígios de que fala o do-
cumento de fls. 4, induzem a crer que o volume encontrado no
arm.u:.ém n. 1 não é certamente o que foi recebido pelo Fiel,
mas sim um outro que o substituiu.
"E' fato significativo o achar-se a caixa encontrada em in-
tegro desacordo com os papeis e livros oficiais, onde os peri-
tos nenhum vício ou rasura encontraram, mas em perfeita e
completa harmonia com o caderno particular do Fiel, onde se
nota uma rasura indicativa do algarismo que foi substituído.
—
corre de znatczos veementes
somente, contra êles ioram
das provas seguras de ser antigo colhi-
hábito de evitar o pagamei
;r" ' «
A
esta sentença, qne foi datada a 11 de setembro de
1895, seguiram-se publicações de muitas outras, tôdas
versando casos vergonhosos de contrabando, repetindo o
mesmo processo de fraude —
diminuição do tamanho e
pêso do volume e substituição do conteúdo, conforme já
assinalámos.
O — Libanesa
estábelecmento da Colónia Síria
no comércio maranhense
(472) — Edward J. Byng — -El Mundo de los Árabes, Madrid — 1956, p. 74.
(473) — Vicem Monteil — "Os Árabes", cap. ITT. parágrafo 3.°.
HISTORIA DO COMERCIO DO MARANHÃO 110
A religião é um
mosaico: mulçumanos, cristãos,
orientais, protestantes e católicos.
Superior à Síria é a obra educacional libaneza. Com
uma população de 1.500.000 habitantes, como já nota-
mos, mantém 200.000 crianças em escolas e 4.500 ra-
pazes e moças nas duas universidades que possui.
Além da Capital, que é Beirute e possui 250.000
habitantes e pôrto de primeira ordem, o Líbano conta
duas outras cidades —
Tripoli e Sidon —
que são de co-
mércio movimentado por dar saída a duas pipes-lines do
Levante. Aliás, convém observar que vem da .antiguida-
de, dos tempos da velha Fenícia, a fama dessas cidades.
Há milénios, elas conquistaram e conservaram por sé-
culos, Sicília, Malta, a península Ibérica, o norte da
África, onde fundaram Cartago, o sul das Gálias, simpli-
ficaram o alfabeto, e fabricaram o bronze o material —
estratégico da época.
Sôbre as capitais do Líbano e da Síria, Plínio Sal-
gado tem um estudo que vale transcrever aqui:
"Beirute é uma cfdade de belíssimo; aspecto, assentada nu-
ma península que se apoia nos contrafortes do Lihano.O seu
pôrto, assim como a posição privilegiada em que se encontra,
exatamente no centro do litoral, dão-lhe grande importância
comercial^ Ê um centro industrial de fiação de sêda e algodão
e a porta natural para o escoamento das riquezas da
região,
cimen-
"O auto começa a subir a encosta, pela estrada de
to Beirute fulgura ao sol, diante do mar. A estrada se desato
paisagem vai ganhando
pela montanha verde. Em caracóis. A
interesse. Vejo bosques e bungalôs. Numa larga extensão al-
mais, pelu estrada de asfalto, larga,
pestre O automóvel sobe
E os panoramas se desenrolam maravilhosos.
magnífica.
JERÔNIMO DE VIVEIROS
(475) — Alfredo Elis Júnior — "Os Sírios", in. "As Vaiilagcns da Imigração
Síria para o Brasil", de Amarílio Júnior.
HISTORIA UO COMÉRCIO DO MARANHÃO 153
destino.
haviv. par-
"O surto de emigração se adensava. Da aldeia
Agora formava-se outro maior, que
tido um grande grupo.
seguiria dentro de um mês. Apenas dois
homens levaram as
Os outros aventuraram-se sós. Ou eram
esposas e os filhos.
solteiros ou deixavam as famUias para mandá-las buscar
melhor situçao. Nabira
mais tarde, quando estivessem em
com êsse grupo. As mulheres da al-
declarou que partiria
Consideravam-na uma inde-
deia não lhe dirigiam a palavra.
solta no
cente, uma perdida. O que faria,
era uma mulher. Era uma
que nela o sexo 'estava morto. Não
tecer sonho, de enriquecer
famiUa.
máquina de
metada para si, metade
"Ela dividiu o dinheiro da arca,
mais novo fi-
para o sogro. casa não ser u vendida. O filho
A
com o velho. Nabira rogou-lhe para educar a criança
caria
P--eteu que^o
ZZdZdo-a à escola o mais cedo possível. morte do avo. No
depois da
mandaria huscar o seu caçula
154 JERÔNIMO DE VIVEIROS
De 1854 a 1889, —
trinta e cinco anos —
o Império
Brasileiro, instalou no seu território 9.355 quilómetros
de linha férrea, o que dá uma média de 267 quilómetros.
Mas dêsse total nem um quilómetro havia tocado ao Ma-
ranhão. Nem mesmo quando se levantou, no mercado fi-
'o-/«rf-.«./o...-o . M.000.000 de
^al^l^::^'' tonela-
tidade cxaUi que loca a cada um deles, mus isso, em todo caso,
em muito pequena escala, de modo que não altera a ordem de
colocação em que êles se acham na mesma liola.
"O orador, entre outras cons'dcrações, diz que apresentan-
do o projeto, tem necessidade de declarar que não reputa a es-
trada de ferro de São Luís a Caxias a única de que carece seu
Estado, pois Ião convenientes quanto essa considera ele l-nhas
que ligue m oaho-sertão ao litoral. Sem dúvida a zona entre a
Capital e Caxias, oferece por suas condições atuais mais facilida-
de para a construção de uma linha férrea, porém é de nrcessi-
dade urgente, também, cuidar-se dêsse melhoramento no alto-
ser/.ão e, na inipossibilidade de consiruirem-se já estradas que
venham das margens do Tocantins ou mesmo a Caxias, seria de
!ôda conveniência ir lançando trechos, como do Tocantins ao rio
Balsas, de Grajaú a Pedreiras ou entre outros quaisquer ponlos
que ofereçam iguais vantagens, a fim de que mais tarde fossem
êsses trechos ligados à rede geral da viação do Estado.
"Sem isso, e se melhorarem as comunicações do Tocantins
para o Pará, dentro em algum tempo grande parle da região
sertaneja passará para o Estado vizinho as suas riquezas, fican-
do o Maranhão apenas com a compe'ência de nomear para ela
delegados e subdelegados de policia. O orador desde muito pen-
sa no traçado gera^ de viação do Estado, porém seria debalde,
até mesmo irrisório, tentar alguma coisa a êsse respeito, dadas
as c'rcunsf.âncias em que e tem achado o País, desde que ele,
orador, começou a intervir em política, pois ninguém ignora,
que tanto no qualriênio do Dr. Prudente de Moraes como no
do Dr. Campos Sales, era de todo impossível pensar em obras
dessa natureza, quando olé para a construção de linhas telegrá-
ficas o Congresso não votava verba e chegaram a ser suspen-
sas, obras importantes que se achavam iniciadas.
"OS TRANSPORTES-'
"Uma
empresa desta ordem, a que estão presos os mais vi-
tais interessesdo comércio maranhense não permite delongas. O
rio Itapecuru, que todos os anos seca, atingiu este ano o gráii
da mais desoladora estiagem. No próximo ano estará pior e —
por isso é urgentíssimo que as estações competentes curem deste
duro flagelo quanto antes." (479)
( (]ont.iiiu(i<^ão)
"Inauguração —
Nesse ínterim o dr. Niepce da Silva ata-
cava vigor a canstrução dos trechos Cantanhede-Coroatá e
com
São Luís-Rosário, inaugurando o tráfego entre Rosário e Caxias
em 30-10-920, e finalmente, entre^ São Luís e Teresina com a
partida do primeiro trem entre as duas capitais no dia 14 de
março de 1921, no qual tive a satisfação de fazer todo o percur-
so da estrada — 450 h.
seus contendores, que não eram simples adversários políticos mas ran-
corosos inimigos, acusado de um ato menos digno.
HISTÔRJA DO COMÉRCIO Do M\Ua\||AO 195
o projeto dl refe^l^:^
U. babm que isto demandaria muito tempo,
sobretudo a concor-
rcncia para a construc^clo, de
modo que procurei agir logo Dr
lalo, mais de dois anos se passaram
até a realização do contrato
em novembro de 1921. Enviados pela direção
da estrada os da-
dos e o ante-pro,eto da ponte, que era
de vão móvel, foram sub-
metidos, na Inspeloria das Estradas", a novos
estudos, que ter-
minaram por ser preferido um anle-projeto de
vão fixo. Este an-
le-projeto e os dados colh dos foram
enviados n mais de trinta
casas especialistas em construção de pontes,
quer dos Estados
Unidos, quer da Europa, pedindo-lhes a
"Insnetoria das Estra-
das" gue fizessem proposta de construção ao mesmo
tempo gue
apresenlnssem o projeto definitivo da ponte. Um ano
durou essa
concorrência, vindo, finalmente, três propostas, apresentadas
por
firmas americana, belga e alemã. Já no orçamento para 1921
f gurava uma disposição permiti-.do a emissão de apólices para
a construção da ponte, de modo que foi possível realizar o con-
trato logo após a conclusão do estudo feito sôbre as três propos-
tas, o qual terminou pela escolha da apresentada por Brom-
berg & Cia. Antes, porém, em março de 1921, quando o dr.
Niepce da Silva preparava a inauguração do trecho da ilha, ha-
via pedido permissão para dar à estação da Estiva o nome de
Benedito Léite, o nosso conterrâneo que com tanto critério e de-
dicação dirige a Inspetoria Federal das Estradas, o Dr. Palhann
de Jesus e que tão bem conhece a história da nossa estrada de
ferro, achou gue essa homenagem não condizia com os serviços
a. ela prestados por Benedito Leite e, em vez de dar o nome des-
te estadista à estação, propoz ao ministro da Viação fôsse dado
Mos quito por cujo falo peço aceite minhas felicitações de-
vidas ao çnipenho com que se dedicou a consecução desse
importante serviço".
ras 116,5, couros 87, café 68, milho, 64, tijolos e telhas
59, aguardente 59, carvão vegetal 52 e cêrca de 50 tone-
ladas do restante.
Em
relação aos déficits, vejam-se êste dados, com-
putados em contos de réis (mil cruzeiros)
!
1921 428 i
2.189 1
1.761 1
'
^
1924 845 2.928 2.083 1
!
1925 879 3.204 i
2.324 1
1
i i 1
:
1927 :
1 .213 3.535 í
2.322 1
1928 1 .229 i
2.933 !
1.704 1
1 1929 1
1 .219 3.387 !
2.174 1
1
1930 .131 3.237 [
2.106 !
;
1931 í
1..513 1i
2.495 i
981 i
A DESEJADA TOCANTINA
da a alma na pena."
É o que nos acontece, escrevendo êste capítulo. Fa-
zemo-lo com a alma na pena.
Em verdade que o problema é duplamente impor-
tante para o Maranhão, quer se considere o sudoeste do
nosso sertão, quer se figure o norte de Goiás que conos-
co se limita. Tratam-se das produções de opulentas zo-
nas, que, pelas suas posições geográficas, deveriam ser
incorporadas à economia do nosso comércio e que se des-
viam para outras paragens, ou lá ficam estagnadas, por
falta da estrada "Central do Maranhão".
É de fácil compreensão o problema e só porque é du-
plo, dividimo-lo em nosso estudo em região do sertão
maranhense e região do norte de Goiás.
200 JERÔNIMO DE VIVEIROS
No
primeiro caso, é intuitiva a necessidade que te-
mos de São Luís ao sertão, onde e-
ligar a nossa Capital
xistem no sudoeste núcleos importantes de populações
como Grajaú, Carolina, Imperatriz e Pôrto Franco, bem
assim campos infindos, que começam em Vargem Boni-
ta, perto do primeiro dêsses núcleos e se estendem até ao
rio Tocantins, entre os dois, últimos centros citados. São
campos em que se criam cêrca de 135 000 cabeças de bo-
—
.
O em
verdade, é o elemento essencial da pecuá-
sal,
que o sertanejo exprime nu-
ria, o seu fator principal, o
ma frase precisa —
"ou o dá aos gados, ou perde o fer-
ros". Daí procede o seu grande consumo 20.000 sacas :
A terceira via —
a do Maranhão —
não resolvia o
problema. Era uma extensa picada de muitos quilóme-
tros, pela qual não se tornava impossível o percurso, era,
sem dúvida, difícil e moroso. Assim, o caso não apresen-
tava solução natural e os produtos dos sertões maranhen-
se e goiano seriam dos compradores qué lá chegassem em
primeiro lugar
Por
— com boas estradas.
mesmo, não o menosprezaram os nossos ad-
isso
ministradores do passado, sem que, contudo, lhe tives-
sem dispensado o esforço devido.
A aspiração era velha, vinha do regime monárqui-
co, quando Augusto Olímpio Gomes de Castro, na Pre-
sidência da Província, em 1873, contratou com os enge-
nheiros Ernesto Diniz Etreet e Reinado von Kriger a in-
corporação de uma companhia para o fim de construir
uma estrada de ferro ligando Barra do Corda às margens
do Tocantins. Kriger foi ao sertão maranhense e levan-
tou o traçado, pedindo ao Govêrno do Império garantia
de juros para o capital a despender e um determinado
praso para uso e gôso da estrada a construir. Não o conse-
guindo, a empresa malogrou-se.
HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO
MARANHAo
Passados dezessete anos, já na República,
em 1390
associado ao comerciante de nossa praça
Fcnn \'rlie ê
ao dr. Almir Nina, o engenheiro Nicoláu
Vergueiro Le-
Cocq estudou novo traçado, partindo da Barra
do Corda
e terminando em Carolina, à margem, do
rio Tocantins
Este projeto ficou prejudicado, com a concessão
anterior-
mente dada ao dr. Aarão Reis, que a transferiu à Com-
panhia Geral de Melhoramentos do Maranhão, a qual,
como ficou dito no capítulo VI dêste volume, se íimitou a
abrir uma picada entre Caxias e Pedreiras.
—
"Talvez venhamos a calhar, perguntando-lhe se acha o-
portuna a construção do porto no presente momento.
culo XVIII."
» * »
tembro de 1922, o que foi realizado por Epitácio Pessoa: "Só en-
* * *
• • «
HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO MARAMiAO 313
« « *
— NOTA :
"Já estava escrita esta exposição quando foi sancionada a Iri n."
3.735, de 15 de março de 1960, que, autoriza a abfirtura de uni credito
especial de dois bilhões de cruzeiros para a conclusão das ligaçõe;-
prosperidade da praça.
A
prosperidade do comércio incrementou o prestí-
gio da Associação Comercial, como seu órgão represen-
tativo que o era.
Com o prestígio cresceram as atribuições da A.C.,
o que exigia um boletim de publicidade. De há muito,
desde 1908, tentara uma publicação desta espécie, malo-
grada apesar dos esforços de Raul Astolfo Marques, seu
fundador e que só a manteve até 1911. Desta segunda
vez, porém a publicação teve duração longa — vinte anos
— de julho de 1925 a junlio de 1945.
Dirigi-a Djalma Fortuna, diretor e arquivista da se-
cretaria da Associação, ern cuja sé de, à praça do Comér-
cio, 30, tinha a sua redação.
No seu primeiro número, que circulou em julho de
1925, dizia no expediente cobrar 12$000 por assinatura
mensal, 6$000 por semestral e 1$000 por número avulso
e, no artigo de apresentação êstes informes :
prensas.
226 JERÔNIMO DE VIVEIROS
Algodão em pluma
Arroz
Leão & Cia.
A. Lima & Irmão - Rua Cunha Machado, 26
Alves Nogueira & Cia. - Rua Cândido Mendes, 24
HISTÓn: V DO COMÉKCJO DO MARANHÃO 233
Adubos químicos
Produtos farmacêuticos
•
Artur Gois
Martins, Irmão & Cia.
Onézimo Pianchão
J. C. Fernandes
Sabão
Sementes diversas
Sola
Tecidos de Algodão
Tecidos de Cânhamo
Tucum
me constitucional ?
"Resposta: —
Pode a Associação Comercial garantir que o
pensamento da maioria dos elementos que compõem as clas-
ses que representa é um único: —
A Constituinte deve vir
quanto antes, para evitar tantos males futuros quantos os
que se vêm verificando em todo o país. Essa é a opinião da
Diretoria âa Associação Comercial, que, tendo ouvido, em
reunião, os seus associados e várias outras firmas
que não
impres-
pertencem ao seu quadro social, colheu as seguintes
seguir:
sões, que, para juízo de V. Excia., transmite a
de
"Reunindo os sócios desta Associação, por meio
qual
uma Assembleia Geral, convocada pela imprensa, à
.
A Diretoria (498)."
veis.
1932.
242 JERÔNIMO DE VIVEIROS
margem.
(Continuação)
por que não nos honrou mais, a nós membros da comissão, com
um novo chamado para o estudo de vários casos que se não en-
quadram na modalidade a criar ? . .Tais as perguntas que de-
.
a esta
"Considerando ainda, que a resposta agora enviada
de acordo com o que ficou combi-
Diretoria, não está redigida
deixa bem clara-
nado, por quanto o Sr. Secretário da Fazenda
254 JERÔNIMO Di:. VIVEIROS
"Proponho :
" Desincumbindo-se
da missão que lhe foi confUida por Vs.
Sas., a comissão infra assinada depois de minucioso estudo do
projeto que nos apresentaram, concluiu que em vista das condi-
ções especiais que o nosso Estado atravessa, não é exequível a
continuação da cobrança do imposto de. Transações Mercantis,
de que tratam o atual, bem como o regulamento organizado pe-
lo dr. Diretor de Fazenda, porque viriam ambos, nos termos em
que foram redigidos, onerar os géneros de produção do Estado
na percentagem mínima de 9^ lo, inclusive exportação ou mesmo
sem ela, ou sejam, realmente, mais de 10" lo, o que redundaria,
infalivelmente, na falência completa das forças produtoras do
Estado, e, consequentemente, no do próprio Estado.
mais
tudo feito, que a interpretação da quase
totalidade dos nossos
colegas era e é de que somente se encontravam
as consignações
sujeitas ao pagamento de SVo de uma
única vez, doutrina essa
alias de autoria do ex Diretor de Fazenda,
que reconhecendo as
condições precárias dos 7iossos produtos, conforme
nos asseverou
a Diretoria da Associação Comercial, desde o início
das nego-
ciações para a efetivação da reforma tributária, se
declarou con-
trário à duplicidade de incidência, quando se tratasse
de géneros
de produção do Estado vindos do interior. Convém frisar que,
ainda assim adotado esse critério, na maioria dos casos
os
géneros exportados pelos negociantes da Capital ficam em con-
dições de inferioridade aos exportados diretamente do interior.
E', portanto, indispensável uma medida tendente a evitar, quan-
to possível, essa divergência. E isso talvez se consiga com o que
alvitramos nas emendas ao projeto em discussão.
* « »
a Diretoria da As-
"Melhor, talvez, que os signatários deste
mara-
Comercial conhece o ponto a que chegou a praça
sociação
:
se implantou a Revolução
que o Maranhão as-
'Desde que
siste coisas extraordinárias. Haja vista o decreto que mandava
262 JERÔNIMO DE VIVEIROS
abater discricionariamente 20 'lo nos aluguéis de casas para de-
pois, verificado o desastre dessa medida, voltarem atrás, emen-
dando a mão; haja vista, o abatimento do preço da água e luz,
para depois tudo voltar ao que era; haja vista a caravana Seroa
da Mota, que, com os seus técnicos, inaugurou o regime dos or-
çamentos falsos. Nunca se viu tantos desmandos.
Vicente Ráo."
• « *
BENEDITO LEITE —
"Discurso", in Anais do Congresso Legislati-
vo do Maranhão. Ano de 1895.
1902.
" " — "As questões comerciais", in "Pacotilha", ed.
J. CARNEIRO DE FREITAS —
"Relatório apresenlado ao governa-
dor Herculano Nina Parga". Mara.nhão. 1916.
Pacotilha —
A Cruzada A Campanha — O Federalista — —
Diário do Maranhão —
O Nacionalista C Globo— Revista da As- —
sociação Comercial do Maranhão —
Revi. ta do Centro Caixeiral —
Revista da Sociedade de Estudos Maranhenrc:-
Índices
DA MATÉRIA
DAS VINHETAS
DOS CAPÍTULOS
DAS FIRMAS COMERCIAIS
ONOMÂSTCIO
ÍNDICE DA MATÉRIA
ARROZ
Arroz —1 2 4 28 100 109 197 230 232
Arroz da índia —
29
Fábrica» de pilar arroz — 60 223 225
BABAÇU
Babaçu — 197 209 217 218 219 220 221 230
232 233
Quebrador mecânico de babaçu — 219 220
CANA DE AÇÚCAR
COMÉRCIO
Anúncios —
17 21 22 23
Anúncios em versos — 19 20 22 23 24
Armazéns — 80
gerais
Associação Comercial — 32 33 35 56 58 95 96
97 100 101 103 105 106
110 117 119 123 166
108
174 178 184 205 217
170
221 222 223 224 225
276 JERÔNIMO DE VIVEIROS
228 S>20 9^7 9^R
243 244 245 246 247 249
251 252 253 254 255
257 258. 259 260 263 264
265 266 267 268
y\íi«ociação dos Empregados no Comércio —
130
Caixeiros — 115 116 117 118 120
Centro Caixeiral — 113 117 118 119 120 121 122
123 124 125 126 127 128 129
130
Comércio de cabotagem —
42 43 44 45 100 107
110 111
Comércio internacional do Maranhão —
24 25
Companhia de Seguros Esperança 50 —
Companhia de Seguros Maranhense —
50
Companhia Popular Seguradora 50—
Contrabando — 17 19 20 133 134 135 137
138 139 140 141 142 143 144
145 146 250
Cooperativa de consumo —
8
Crise Exjonômica 4 5 9 17 19 21 24
25 27 32 33 35 36 51
53 67 109 ]10 170
Empresa Predial do Norte —
27 129
Farmácias — 17 114
Feriado dominical —-114 115 120 125
Ferragens — 201
Lojas — 17 19 21 22
Loterias — 46
Mercadorias estrangeiras — 29 30 42 44
Padarias — 17
Pólvora — 30
Quitandas —^17
Seguros — 50
Warrants — 80
ESCRAVIDÃO
Abolição do cativeiro — 4
1 33 672
Escravos africanos — 2 5 58
ESPECIARIAS
Baunilha— 230
Cacau — 28 230
Cominho — 29
Cravo — 24
HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO 277
ílrvadoce —
29
Pimenta da índia — 29
ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO
F I N A N Ç, A S
Companhia da Bolsa — 8
Crack —
81 88 228
Déficitorçamentário — 32 37 38 39 40 220
Dívida do Estado — 243
flutuante 250
Empréstimos — 31 89 203
estrangeiros
^Empréstimos —5
hipotecários
Empréstimo — 32
interno
Encilhamento — 9 53
Jôgo da Bolsa — 88 89
Juros de — 243
apólices
Orçamento — 241 242 243 244
estadual 245
Orçamento municipal — 222 223
Protecionismo — 109 110 111
MIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO
Colonização 68 — 69
Emigrantes (emigração) — 152 151 153 154 lo5
156 158 160
Imigrantes - 15 16 84 88 HO
Libaneses -
151 152 153 156 157 158 lo9
160 161
Sírios —151 152 156 157 160
278 JERÔNIMO DE VIVEIROS
INDÚSTRIA
Açúcar — 17
Atanados — 223 224
Calçados — 50
Cerâmica — 50 52
Cortumes — 224
Chumbo e pregos —8 50 54
Companhia Aliança — 50
Companhia Cerâmica São Luís 8— 50
Companhia de Destilação, Bebidas e Gêlo —8
Companhia de Fiação e Tecidos de Cânhamo —8 49 50 51
52 235
Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil —8 50 53 234
Companhia de Fiação e Tecidos Maranhense (Gamboa) — 49 50
57 58 62 63 64 65 66 234
Companhia Geral de Melhoramentos do Maranhão —83 86 87
88 89 90 92 94 95 100 165 166
191 194 203
Companhia de Panificação 8—
Companhia de Peçca de Tubarões 8 —
Companhia de Tecelagem 49— 50 52
Companhia de Tecidos Progresso 49 — 50 52 53 60
Companhia Fabril Maranhense 8 — 50 55 234
Companhia Industrial Caxiense 50 —
Companhia Industrial Maranhense —
129
Companhia Lanifícios Maranhense —
50
Companhia Manufatora Caxien=e 50—
Companhia Manufatora do Codó —
50
Companhia Maranhense Industrial Ltda. —
50 54 234
Companhia Predial Edificadora 8 —
Companhia União Caxiense —
50 129
Empresa Industrial Artur Koblitz 234—
Empresa Maranhense de Cortume Ltda. —
234
Enxofre —41
Fábrica de óleo — 160 161 219
Fábrica de pilar arroz— 160 16L 251
Fábrica de sabão — 160 161 233
Fábrica de roupas — 50
Fio para rêdes —231
Fósforos — 8 51 54 240 242
Louças — 201
Produtos farmacêuticos —
233
Uuerosene — 29 104 197 201
Tecidos de lã —8 50
Tecidos de malha —
8
HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO
LAVOURA
Adubos químicos — 233
Agricultura — 1 2 4
Companhia Cultora de Cururupu —8
Companhia Exploração Agrícola — 50
Companhia Progresso Agrícola — 50
Êxodo rural 15— 16
Guano —41
Irrigação — 69
Sociedade Auxiliadora da Lavoura e Indústria — 58
Usina Castelo 50—
MEIO CIRCULANTE
Câmbio —6 7 21 34 35 51 53 í
70 71 72 77
Casimiros (Vide Debêntures)
Debêntures —7 36 49 55 56 57 58
Papel fiduciário — 34 72
Papel moeda — 34 53 70 71 72
Eeports — 89
Apólices —6 70 71 74 75 76 77
Empréstimos hipotecários — 68
Letras hipotecárias 68 — 69 74
PECUÁRIA
— 172
Feiras de gado
Gado caprino— 42
Gado — 42
cavalar
Gado — 42
lanígero
Gado muar — 42
Gado — 42
suíno
Gado vacum — 42
Pecuária — 200
PRODUTOS ECONÓMICOS
Alfazema —29
Araruta —230
Azeite de andiroba — 230
Azeite de carrapato — - 28 230
Azeite de côco 28 — 218 230
280 JERÔNIMO DE VIVEIROS
Azeite de gergelim — 230
Banha de porco 29 —230
Borracha —15 41
Bucho de peixe 42 —
230
Café — 28 41 100 108 109 198 230
Camarão — 28 230
Cânhamo — 49 50 51 100 235
Carne de porco — 230 -
— 28 230
•
Carne sêca
Carvão — 198
vegetal
Caucho — 201
Cêra de carnaúba — 28 100 230
Chá — 29 41
Chifres de — 24 42 230
boi
Couros — 24 28 42 198 201 218 223 224
225 230
Crina animal — 230
Cumaru — 230
Farinha d'agua — 28 230
Farinha — 24 28 219 230
sêca
Favas — 28 230
Feijão — 28 100 109
Fumo — 28 42 100 231
Gergelim — 29 231 233
Madeiras — 197
Mamona — 231 233
Mandioca — 241
rJangabeira — 201 230
Maniçoba — 24 100
Milho — 29
1 100 109 198 231
Ópio — 41
Óleo de copaiba — 42 201 231
Ossos — 24 42 231
Ouro — 250
Peixe — 231
sêco
— 231
Peles silvestres
Penas de ema — 201
Resinas — 231
Resina de — 24
jatobá
Sabão de andiroba — 29 197 231
Sagu — 218
Sal — 100 197 200 231
Saladeiros — 84 87 92
Sêbo — 29 231
Sola — 42 231 234
Tapiocas — 24 29 218 221 231 234
HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO 2R1
Tiquira— 231
Tucum — 231 — 235
Xarque — 84 87
TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES
Imposto de importação — 41 42 43 44 45 46 47
68 263
Imposto de — 255 257 259 261
indústrias e profissões
263 264
Imposto vendas
s/ consignações
e — 255
(transações mercantis)
256 257 258 259 260
Impostos — 46
intermunicipais
Imposto — 68
predial
Imposto de produção consumo — (Vide imposto
e cabotagem) de
Imposto sôbré usados — 241
sacos 242
Imposto de — 45 105 106
sêlo
Sêlo proporcional — 105 106
Taxas sôbre — 240 242
fósforos
é
VIDA CULTURAL E SOCIAL
Abastecimento d'agua — 50
Açudes — 86
Cais da Sagração — 94
Conselho Consultivo do Estado — 241 242 245
Drenagem — 69
Inflamáveis — 104
Iluminação a gaz — 50
Interventoria Federal —238 239 240 241 242 243
245 246 247 249 251 252
253 255 259 260 262 263
264 265 266 267 268
Junta Governativa —
114
Limpesa dos rios —
242
Secas — 168 169 00 182 184
ALGODÃO
Algodão — 1 2 24 28 42 84 100
182 197 217 218 225 226 227
228 229 232 261
Algodão hidrófilo -- 219 229 232
Caroço de algodão — 28 197 230
Prensa de algodão — 225 226 227 250 261
Serviço do algodão — 225 226 228 250
ÍNDICE DAS VINHETAS
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPITULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
conhecido como
Recanto da praia do Genipapeiro, outr'ora
pôrto de desembarque de contrabando
286 JERÔNIMO DE VIVEIROS
CAPÍTULO VII
CAPITULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
Carros de bois empregados no transporte de cana de açúcar
para os bangu^s 117
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XV
Submersão de raizes de mandioca, em águas de lagoa, para o
preparo de farinha d'água 231
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO I
A
economia maranhense no primeiro quartel da Repú-
blica. A repercussão na literatura da terra. O ro-
crise e sua
mance de Manoel de Béthencourt
CAPÍTULO II
O
corpo comercial do Maranhão no tempo da crise. Os
lideres da classe. Os grandes retalhistas. Os anúncios pelo
Natal. O contrabando no fantasma do Genipapeiro. A exporta-
ção e a importação. Preços correntes da época
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
- t
.
A
Associação Comercial do Maranhão, seu grande se-
cretárioManoel Fran Paxeco e suas representações perante os
Poderes da República 95
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
O estabelecimento da colónia sírio-libanês no Mara-
nhão 147
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XVI
B
BARÃO DE PENALVA — 86
BARÃO DO MEARIM — 86
BARÃO FOUCHTORELEBEN - 102
BARBOSA. Ruy 43 — 67 74 78 81
BARRADAS, Joaquim 137 —
138
BARRETO, Cândido Floriano da Costa — 114
BARRETO, José 101 —
BASTANI. Tanus Jorge — 160
BASTIAT — 72
BASTOS. Henrique 100 —
BELFORT. Lourenco de Castro 224 —
BELISÁRIO (pseudónimo) 74 77 —
BELTRÃO. Pedro da Cunha 80 —
BENA. Alfredo 229— 233
BENEVIDES. E-lário C. de Sá e 192 —
BERNARDES, Artur — 206
BESSA, Eden Saldanha — 159 256 260 262 263
264
265 266 267
BESSA. Pacífico —127
BETTENCOURT. Manuel de — 1 2 5 9 15
BOGÉA. Protásio —227
BORGES. da
Jo=é — 251
Silva
BOTÃO, — 128
Inácio
BRACK. Emily — 19
BRAGA. — 101
Teófilo
BRAGANÇA, Simão de — 99
Carlos
BRAZ — 58
BRITO, Correa de — 204
BRITO, Pinheiro —
Garibaldi 121
BULL. John (pseudónimo) — 1 5
BURNETT. Eduardo — 224
(Júnior) 228
BYNG. Edward — 148 151
J.
CARNEIRO, — 165
Francisco Dias
CARNEIRO, — 96
Jaime Pinto
CARNEIRO, Raimundo H. — 121
CARVALHO, Caio de — 130
José
CARVALHO, Francisco Xavier de — 114 7
CASTRO, A. O. Gomes de — 31 32 70 137 138
165 181 184 202
CASTRO, A. O. — 133 134 135 137 146
Viveiros de
CASTRO, Augusto de — 126
Viveiros
CASTRO, Fausto de — 267
Freitas (Dr.)
CASTRO, Gervásio — 127
CASTRO, Mariano Gomes de — 121
CAVALCANTI, André — 43
CHAGAS, Licurgo — 129
CHALK. William — 64
CHAMES — 161
CHERMONT. — 118
Justo
CINCINATUS, Quintinus (pseudónimo) — 58
COBDEN (pseudónimo) — 4
COELHO, Carlos —
Ferreira 18 527
COELHO, Duarte Egas Pinto — 99
CONDE D'EU — 113
CORÇAO, Gustavo — 207
CORREIA, Arnaldo — 265 266
CORREA. Horácio — 121
José
CORREA, Joaquim — 18
Júlio
CORREA, José Augusto — 18 127 137 143
COSTA, Cássio Reis — 200
COSTA, Franklin da — 59
COSTA, H. — 234
F.
COSTA, Frazão — 59
Inácio
COSTA, Franklin da — 233
J.
COSTA, José Simeão — 61 62
COSTA, Nicolau José da — 11
CRUZ, — 174
Cristino
CRUZ, Osvaldo — 21 159
CUNHA, Seixas da -
Aristides 121
CUNHA, Euclides da — 207
CUNHA, Lassance — 187
D
DIAS, Gonçalves 94
DIAS, M. Nunes 218
DIEGUEZ. Pedro 251
DINIZ, Fabrício 121 128
298 JERÔNIMO DE VIVEIROS
DECAUVILLE —182
DOMINGUES, Luís — 20 79 203
DOM PEDRO II —
157 163
DUARTE, Francisco de Paula Belfort — 15 70 114
DUAILIBE, Salim — 262
FACURE, — 159
Rosa
FARIA, — 251 256
Avelino Ribeiro de
FARIA, —
Euclides 93
FERNANDES, Edmundo — 130
FERNANDES, Eugênia de Almeida — 101
Isabel
FERNANDES, — 233
J. C.
FERNANDES, Joaquim Alfredo — 129
FERNANDES, — 97
José Inácio
FERREIRA, Benjamin Constâncio — 142
FERREIRA, Arnaldo — 252 253 255 256
Jesus 262
263 265 266
FERREIRA, Hermenegildo Jânsen — 7 32 117
FERREIRA, Jurandir — 197
Pires
FERREIRA, Jânsen — 126
Justo
FERREIRA, Manuel Jânsen — 126
FERREIRA, Raimundo Damasceno — 129
FERREIRA, Salomcão Damasceno — 129
FIGUEIREDO, Antônio Pereira de — 129
FIGUEIREDO, Conde de — 70
FIQUENE, Roque — 251
FONSECA, Deodoro da — 136
FORTUNA, Djalma — 221
FREIRE, Pedro — 100
FREIRE, Vicente Sucupira da Cunha — 78 79
FREITAS. Carneiro de — 3
J.
FRONTIN, Paulo de — 188 189
FURTADO, Francisco — 85 José
GAIOSO — 173
GALVÃO, Brissos (nseudônimo) — - 99
GLICÉRIO, Francisco — 86 91
HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO 299
H
HAICK, AdeHa — 159
HOYER, Martinus — 4 97 165
HYDE, Thomas — 63
J
LAPEMBERG — 79
LEAL, Pedro Nunes — 52 85 88
300 JERÔNIMO DE VIVEIROS
M
MACEDO, Manuel Buarque — 86
MACHADO, Eduardo Olímpio — 218
MACHADO, Francisco de Carvalho — 119
MACHADO, Frederico Gonçalves — 191
MACHADO, Lino —192
MACHADO, Marcelino Rodrigues — 188 191 192 193
194 195 196 203
205 215
MACHADO. Torquata Rordigues — 191
MACIEL, Antunes 245—
MAGALHÃES, Almeida 191 —
MAGALHÃES. Couto de 184 — 202
MAGALHÃES, Domingos de — 133
MAIA, Manuel José — 59 63
MAIA, Raimundo de Castro — 86
HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO 301
O
OLÍMPIA (pseudónimo) — 115
OLIVEIRA, Pedro —224
OLIVEIRA, Alberto de —102
OLIVEIRA, José Alexandre — 251 256
OLIVEIRA, Marcírio —
96
OTONI, Júlio Benedito —86
Q
QUEIRÓS, Antônio Abrnches de 99
QUEIRÓS, Tenente —15
R
RABELO, — 121
Joaquim Ferreira
RAIOL, A.— 126
RAMOS, Leontino Francisco — 59 90
RAMOS, Manuel de Azevedo — 60
RÁO, Vicente Dr. — 268
RÊGO, Cândido Bordeaux — 129
RÊGO, Fábio de Moraes —
Hostílio 88 90 93 164
RÊGO, Genésio — 192
REIS, A. — 127
REIS, Agostinho — 101
REIS, Aarão — 85 86 87 88 90 91 178 203
REIS, Epifânio José dos —63
REIS, Fábio Alexandrino de Carvalho — 85 164 165
REIS, Francisco Gonçalves dos 32 —
REIS, — 64
José Cândido dos
REIS, — 129
Luís Gonzaga dos
REIS, Manuel José dos — 60
RIBEIRO, Bento. Wenescop — 62
RIBEIRO, Cândido José — 18 63 7 100 221 228
RIBEIRO. Demétrio — 78
RIBEIRO. Francisco José — 86
RIBEIRO, José Pedro — 7 52 56 59 67 80
90 97
RIOS, Cândido César da — 59 80
Silva
RIO. José Pires do — 190 191
RODRIGUES. Ezequiel Antônio — 21 22 23
RODRIGUES. Francisco da Costa — 64 65
7 51
RODRIGUES, Manuel Bernardino da Costa — 80 81
ROSA. Nestor — 126
ROURE, Agenor — 245
TAUNAY, Alfredo de — 9
TAVARES, Filomeno 121—
TAVARES, Jerônimo José —7
TAVARES, João Luís —
114
TAVARES, Pedro Augusto (Júnior) - 63 116
TÁVORA, Juarez —
213 23-^ 238 239 243 245
246
TEIXEIRA, Alfredo Pinto 121 —
TEIXEIRA, Serafim 121—
TORRES, Luso —
101 102
TRIBUZI. Raimundo Alves 117 — 121 126 128
V
VALE, Libânio — 126
VALE, Raimundo Ferreira — 54
VALE, Ricardo — 54
55 56 57
VALENTE, Manuel Rodrigues 96 —
VARELA, Eleutério Muniz 31 116—
VARGAS, Getúlio —
212 213 267
VASCONCELOS, Amarílio 86 —
VASCONCELOS, José Maria de Freitas 59 —
VASCONCELOS, Pedro 130 —
VAZ, Jo?é Caetano — 136
VAZ, José Viana — 91 136 137 138 144
VELOSO, Pedro Leão (Filho) — 80
VIANA, Cipriano José Veloso — 7 59 63 86
VIANA, Raimundo Gabriel 129 —
VIEIRA, Antônio (Pe.) 199 —
VIEIRA, Belfort —31 43 55 184
VIEIRA, João Pedro Belfort — 43 137 138 181
VIEIRA, José Zoroastro —251
VIEIRA, Manuel Inácio Dias — 100
VIEIRA, Manuel Lima —62
VISCONDE DE ITACOLOMI — 18
VIEIROS. Jerônimo de —
2 41 69 210 219 223
VIVEIROS, José Francisco de — 7 88 90 114
VIVEIROS. Manuel João Coqueiro de — 121
VINHAES, José Manoel — 97
306 JERÔNIMO DE VIVEIROS
WALE, John — 63
WALKER — 212
ZULMIRA — 126
YUSSEF — 154
siderávcl de fatos e documentos colo-
cam-no ao lado dos maiores sabedo-
res da história do Maranhão, per-
tencendo à estirpe famosa dos Cân-
dido Mendes, João Lisboa e César
Marques.
Possuidor de um estilo inconfun-
dível de simplicidade, quando escre-
ve o faz sem retoques, sem paradas
bruscas para medir. As idéias já estão
ordenadas, é homem que só trans-
põe para o papel o que já está p>er-
feitamente delineado e amadurecido
no pensamento, o que toma sua prosa
límpida, impressiva, liberta de man-
chas informes, dos borrões anódinos
qu fazem a tortura dos ruins ofi-
ciais do ofício. E cm história não
se quer improvisação, a pressa que
nada constrói.
Raro prazer intelectual portanto
é ler êsse historiador sempre bem
informado, sempre vivo e preciso no
comentar os fatos, fixar os eventos.
Esta "História do Comércio"
abrange os anos de 1612, com a
França Equinoxial, até 1895, nos
albores da República, época que o
A. chama da "loucura industrial" e
que se seguiu à extinção da escra-
vatura e consequente desorganização
da economia maranhense.
Agora, dez anos depois, aparece
o terceiro volume da obra, compreen-
dendo o período que vem de 1896
a 1934.
Aparece em comemoração à pas-
sagem do 110' ano de fundação da
antiga Casa da Praça, órgão de classe
que, em 1878, se transformou na
atual Associação Comercial do Ma-
ranhão, i