Teoria e Prática No Trabalho Por Projetos
Teoria e Prática No Trabalho Por Projetos
Teoria e Prática No Trabalho Por Projetos
Coordenação Geral
Ana Lúcia Moreira de Jesus
Gerência Administrativa
Marco Antônio Gonçalves
Professor-autor
Esp. Marinez da Consolação Saraiva Souza
ATIVIDADES
Organização do conteúdo:
Profº Esp. Marinez da Consolação Saraiva Souza
EMENTA:
A sala de aula como espaço de realização de atividades produtivas, onde a
aprendizagem significativa deve ser construída por alunos e professores. O
Planejamento compartilhado das ações docentes. A ação pedagógica
contextualizada.
Estudo teórico e prático das diferentes possibilidades e situações de
participação em projetos interdisciplinares, favorecendo o agrupamento dos
alunos por eixos de interesse e aproximação dos mesmos aos diferentes
conhecimentos de maneira produtiva, abertos para o mundo, aprendendo pela
riqueza de relações que estabelecem
OBJETIVOS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ATIVIDADES
ATIVIDADES 45
08/01/2013
Objetivos
Em virtude de as atividades educativas serem elaboradas por alunos e
professores, um dos principais objetivos da Pedagogia de Projetos é promover a
integração e a cooperação entre docentes e discentes em sala de aula.
Principais características
Uma das principais características de um trabalho educativo realizado por
projetos é a intencionalidade. Todo projeto deve ser orientado por objetivos claros e
bem definidos. O que pretendo com a realização deste trabalho? Quais resultados
posso esperar? Em que sentido meus alunos serão modificados?
A Fundamentação Teórica
Apesar das teorias de Piaget, Vigotsky e seus
seguidores, que defenderam a aprendizagem baseada
na interação com o ambiente, os objetos do cotidiano, a
cultura socio-histórica e principalmente com outros
indivíduos, a cultura escolar ainda contempla uma série
de tradições que privilegiam determinados padrões de
aprendizagem, que têm sido questionados e exigem
mudanças com o objetivo de alcançar um processo
mais abrangente, plural e que atenda as diversidades
de cultura, comportamento, e características próprias
de cada aluno de uma sala de aula ou de uma classe.
A racionalidade exige que tudo seja organizado,
sintetizado, hierarquizado, explicado e o pensamento
lógico-matemático, dedutivo, quantificável, seqüencial,
demonstrável são padrões arraigados no cotidiano
escolar de forma já cristalizada que muitas vezes é
difícil até mesmo identificá-los e compreendê-los.
Jean Piaget
1896-1980 Ainda hoje e de um modo geral, as experiências, vozes
e histórias dos alunos, que dão sentido às suas
"A inteligência próprias vidas, não são levadas em consideração no
humana somente se processo de ensino-aprendizagem.
desenvolve no
indivíduo em função Segundo o Professor João Beauclair,
de interações
(em www.projetoeducar.com.br/)
sociais que são, em
geral,
demasiadamente "Na verdade, a presença dos alunos na escola se reduz
negligenciadas." a uma participação insossa, vinculada a um cotidiano
onde o que se pretende é apenas fazer valer os
processo de transmissão e imposição de um
conhecimento estanque, distanciado da realidade e,
principalmente, imposto pela cultura escolar vigente".
As práticas escolares tradicionais possuem duas
características que descrevem perfeitamente o modelo:
A Pedagogia de Projetos...
1 INTRODUÇÃO
construir sua autonomia e seu compromisso com o social. Hernández (1998, p67)
afirma que os Projetos devem ser considerados como uma prática educacional onde
explora alguns significados do Projeto que adquiriram em diferentes épocas.
Desde seu surgimento no movimento da Escola Nova em que Kilpatrick
levou as contribuições de Dewey para sala de aula e o objetivo principal estava
baseado no pensamento de Dewey que seria: O pensamento tem sua origem numa
situação problemática (DEWEY, 1979, p68). Kilpatrick nomeou de Método por
Projeto (LUZURIAGA, 1990, p247) onde foram introduzidos e disseminados no
mundo e no Brasil foi divulgado principalmente por Anísio Teixeira e Lourenço Filho.
O Movimento da Escola Nova (GADOTTI, 1998, p145) tinha como meta principal de
contrapor aos princípios e métodos da Escola Tradicional. As metodologias
tradicionais trabalham os conteúdos escolares de maneira fragmentada e cada
fragmento fica restrito nas disciplinas.
Hernández (ibidem) cita algumas idéias que sustentaram a primeira versão
dos Projetos que seriam: partir de uma situação problemática, levando o processo
de aprendizagem ao mundo exterior e oferece uma alternativa aos conteúdos
fragmentados. Devemos unir também os quatros condições que Dewey (1979, p184-
185) denomina de ocupações construtivas que são caracterizado como parte de um
Projeto: A primeira condição seria o interesse do aluno como base fundamental para
desenvolver o Projeto. O segundo seria que o Projeto apresenta para o aluno um
valor intrínseco e que tenha um significado. O terceiro que no desenvolvimento do
Projeto apresentar-se problemas que despertassem novas curiosidades em buscar
informações e desenvolva a necessidade de continuar aprendendo. E a quarta
condição seria que um Projeto apresente uma margem de tempo para ser
desenvolvido.
A partir desses princípios, e segundo Dewey, o Método por Projetos
não é uma sucessão de atos desconexos e sim uma atividade
coerentemente ordenada, no qual um passo prepara a necessidade
do seguinte, e na qual cada um deles se acrescenta ao que já se fez
e o transcende de um modo cumulativo (HERNÁNDEZ, 1998c, p.
68).
Sainz (HERNÁNDEZ, 1998c, p. 80) afirma que os Projetos são uma reforma
metodológica em que o professor conduz a melhor maneira de obter o conhecimento
para o aluno. O interesse por Projetos é retomado a partir da metade da década de
60 com o nome de Trabalho por Temas que estabeleceu o ensino em conceitos
chaves a partir de estruturas das disciplinas. Bruner desenvolveu este conceito e
contribuiu para a idéia do Currículo em Espiral que seria o encontro do aluno com as
idéias chaves de maneira primitiva e no segundo momento seria reencontro durante
a escolaridade que será abordada de maneira mais complexa ensinando os
conceitos e estratégias sem perder a estrutura das disciplinas.
5. Passo: A Ação das Hipóteses. O quinto estágio é a prova final para a solução
proposta e esta solução pode ser a correta ou não. Em que deve ser
verificada de maneira científica caso a solução não seja a correta, busca nas
outras hipóteses soluções para o problema.
Hernández (1998, p62) afirma que os sentidos dos Projetos nas escolas
funcionam como um eixo que vincula as diferentes informações com as estruturas
cognitivas de cada aluno. Favorecendo uma criação de estratégias de organizações
dos conhecimentos escolares com os conhecimentos não escolares e a
transformação destes em conhecimentos próprios.
35%
30% Não soube
responder
25%
20% Determinar os
objetivos de um
15% projeto
10% Planejar junto
com a turma
5%
0%
Melhorar o
34% planejamento
34%
32%
Desenvolver
32% melhor as
atividades
31% interdisciplinare
s
interdisciplinares como português e matemática juntos numa mesma atividade
dentro de um projeto (entrevistada 10).
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS
esteja aprendendo possa ter uma finalidade para sua vida e percebendo que faz
parte de um todo. Nesta visão também sejam capazes de elaborar produtos que
tenham valores em seu ambiente cultural ou em outros ambientes culturais.
A escola apresenta uma visão mais aberta valorizando outros
conhecimentos que fazem parte de uma sociedade, mas não são considerados
como conhecimentos escolares. Fazendo uma ligação da escola com o mundo que
está presente na concepção escolar globalizado que busca interligar os diferentes
saberes através de uma prática interdisciplinar.
A interdisciplinaridade é um fator muito importante para esta visão de
educação, pois fazendo uma interligação entre as disciplinas escolares com outras
formas de conhecimentos estamos mostrando os conteúdos de forma completa e
não em partes como era ensinada anteriormente. E uma das possibilidades de
fazermos isto é através da Pedagogia de Projetos.
Os Projetos apresentam possibilidades de trabalhar com as disciplinas
escolares de forma que tenham um sentido e uma finalidade e que aquilo que estão
aprendendo irão utilizar no dia a dia de cada aluno como instrumentos para
resolverem problemas e de elaboraram produtos. Portanto, a escola deve buscar
uma educação centrada no aluno, nas necessidades que os precisam e a sociedade
necessita.
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GADOTTI, M. História das idéias pedagógicas. 6ª edição, São Paulo, Ática, 1998.
PILETTI, N. Psicologia educacional. 15ª edição. Série educação. São Paulo, Ática,
1997.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ROSA, Sanny Silva da. Construtivismo e Mudança. 9. Ed. São Paulo: Cortez, 1994
.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
3ª ed.
ZABALA, Antoni. A Prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998
“Se fizermos do projeto uma camisa de força para todas as atividades escolares,
estaremos engessando a prática pedagógica” (Almeida, 2001).
Introdução
Conceito de projeto
A idéia de projeto envolve a ANTECIPAÇÃO de algo desejável que ainda não foi
realizado, traz a idéia de pensar uma realidade que ainda não aconteceu. O
processo de projetar implica analisar o presente como fonte de possibilidades
futuras (Freire e Prado, 1999). Tal como vários autores colocam, a origem da palavra
“projeto” deriva do latim projectus, que significa algo lançado para frente. A ideia de
projeto é própria da atividade humana, da sua forma de pensar em algo que deseja
tornar real, portanto, o PROJETO É INSEPARÁVEL DO SENTIDO DA AÇÃO
(Almeida, 2002). Neste sentido Barbier (In: Machado, 2000) salienta:
executado pelo aluno. Cabe ao professor elaborar projetos para viabilizar a criação
de situações que propiciem aos alunos desenvolverem seus próprios projetos. São
níveis de projetos distintos que se articulam nas interações em sala de aula. Por
exemplo, o projeto do professor pode descobrir estratégias para que os alunos
construam seus projetos tendo em vista discutir sobre uma problemática de seu
cotidiano ou de um assunto relacionado com os estudos de certa disciplina,
envolvendo o uso de diferentes mídias disponíveis no espaço escolar.
Isto significa que o PROJETO DO PROFESSOR pode ser constituído pela
própria prática pedagógica, a qual será antecipada (relacionando as referências das
experiências anteriores e as novas possibilidades do momento), colocada em ação,
analisada e reformulada. De certa forma esta situação permite ao professor assumir
uma postura REFLEXIVA e INVESTIGATIVA da sua ação pedagógica e, portanto,
caminhar para reconstruí-la com objetivo de integrar o uso das mídias numa
abordagem interdisciplinar.
Para isto é necessário compreender que no trabalho por projetos, as
pessoas se envolvem para descobrir ou produzir algo novo, procurando respostas
para questões ou problemas reais. “Não se faz projeto quando se têm certezas, ou
quando se está imobilizado por dúvidas” (Machado, 2000, p. 7). Isto significa que o
projeto parte de uma problemática e, portanto, quando se conhece, a priori, todos os
passos para solucionar o problema. Esse processo se constitui num exercício e
aplicação do que já se sabe (Almeida, 2002). Projeto não pode ser confundido com
um conjunto de atividades em que o professor propõe para que os alunos realizem a
partir de um tema dado, resultando numa apresentação de trabalho.
Na pedagogia de projetos é necessário “ter coragem de romper com as
limitações do cotidiano, muitas vezes auto-impostas” (Almeida e Fonseca Júnior,
2000, p. 22) e “delinear um percurso possível que pode levar a outros, não
imaginados a priori” (Freire e Prado, 1999, p. 113). Mas, para isto, é fundamental
repensar as potencialidades de aprendizagem dos alunos para a investigação de
problemáticas que possam ser significativas para eles e repensar o papel do
professor nesta perspectiva pedagógica, inclusive integrando as diferentes mídias
e outros recursos existentes no contexto da escola.
Algumas considerações
projeto que tenha começo-meio-fim, tratando esse fim como um momento provisório,
ou seja, que a partir de um fim possam surgir novos começos. A mportância desse
ciclo de ações é justamente que o professor possa criar momentos de
sistematização dos conceitos, estratégias e procedimentos utilizados no
desenvolvimento do projeto. A formalização pode propiciar a abertura para um novo
ciclo de ações num nível mais elaborado de compreensão dando, portanto, um
formato de uma espiral ascendente, representando o mecanismo do processo de
aprendizagem.
Referências Bibliográficas
FREIRE, F.M.P. & PRADO, M.E.B.B. Projeto Pedagógico: Pano de fundo para
escolha de um software educacional. In: J.A. Valente (org.) O computador na
Sociedade do Conhecimento. Campinas, SP: UNICAMP-NIED, 1999.
NOTAS:
2 - Tais como: Machado (2000); Freire & Prado (1999); Almeida (2002); Almeida &
Fonseca Junior (2000).
Este texto faz parte da Biblioteca do curso Gestão Escolar e Tecnologias e foi
extraído do site http://www.tvebrasil.com.br/salto - Boletim 2003 (acesso em
07/08/2004).
A questão da interdisciplinaridade
Os projetos de trabalho
Isto torna claro que, em nenhum momento, foi proposto um abandono dos
conhecimentos formais. Na proposta é claramente colocado que repensar os
conteúdos escolares não significa abandonar as disciplinas curriculares ou apenas
aglutinar a elas os temas atuais, mas sim, ressignificá-los. Entretanto, assim como a
proposta desencadeou uma adesão entusiasta em algumas escolas da rede, uma
adesão parcial em outras e total rejeição por parte de algumas, a adoção da
metodologia de projetos também não apresentou, à época da implantação do
Projeto, e nem apresenta, ainda, um panorama uniforme. Sua concepção e uso
variam de acordo com cada escola, cada turno, cada ciclo, cada "trio" de professores
e, até mesmo, de acordo com a cabeça de cada professor.
No plano do discurso, enfatiza-se a metodologia e quando interrogados,
muitos professores afirmam trabalhar com projetos, embora nos registros oficiais das
escolas e nos diários só se encontrem aqueles que têm como temas efemérides ou
assuntos em evidência como: dengue, vacinação, violência, Copa do Mundo, etc. E
nesses "projetos" há uma preocupação em arrolar os conteúdos de todas as
disciplinas no interior dos mesmos, de modo a captar das disciplinas os conteúdos
que tenham algum "parentesco" com o tema proposto. Isto se assemelha mais aos
Centros de Interesse propostos por Decroly, do que a abordagem globalizadora
sugerida por Hernandez e Ventura e que serviu de referência para os Cadernos
Pedagógicos da SMED.
É bem verdade que a abordagem globalizadora a que se referem Hernandez
e Ventura, abraçada pelo Projeto Escola Plural, é mais fácil de se concretizar nas
séries iniciais, quando o aprofundamento disciplinar não se fez, ainda, necessário. A
própria formação dos professores dessas séries, polivalente, facilita o entendimento
de um trabalho mais global. Entretanto, mesmo nessas séries, o que ocorreu foi a
perda das referências curriculares e disciplinares, sem a devida utilização da
metodologia que deveria, globalmente, coordenar a apreensão dos conteúdos
básicos necessários.
A proposta pedagógica da rede, ao enfatizar a necessidade do trabalho
coletivo e globalizante, numa captação da realidade em sua totalidade, na verdade
não quis diminuir a importância dos conteúdos, mas, tão somente, resgatar uma
dimensão perdida. Houve uma má interpretação e os projetos foram entendidos
BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, E. Interdisciplinaridade é desafio maior da Ciência. Jornal da UFMG. Ano
1, no.3, ago. 1997. P.7.
DEWEY, John. The Child and the Curriculum. The School and Society. Chicago: The
Chicago University Press, 1956.
____. Vida e Educação. Trad. Anísio Teixeira. São Paulo: Nacional, 1959.
ATIVIDADES
COLUNA I
1. Projetos de intervenção
2. Projetos de pesquisa
3. Projetos de desenvolvimento (ou de produto)
4. Projetos de ensino
5. Projetos de trabalho
COLUNA II
() Ocorrem na esfera organizacional com o objetivo de produção de novos
serviços, atividades ou “produtos”.
a52413
b35124
c14352
d23541
b a intervenção estatal.
c a normatização da administração.
a 3, 2, 1, 5, 4.
b 4, 2, 1, 5, 3.
c 2, 5, 4, 3, 1.
d 5, 3, 2, 4, 1
a 2, 3 e 4.
b12e4
.
c1.2e3.
d 1,3 e 4.
e 3, 4.
Certo Errado
Certo Errado
Certo Errado
b o trabalho, na metodologia de projetos, deve ser visto apenas como uma opção
metodológica, e não como uma maneira de repensar a função da escola.
10. O trabalho com projetos deve partir de uma situação concreta. A respeito
desse tema, assinale a alternativa correta.
c O ponto de partida para o trabalho com projetos é sempre uma aula expositiva na
qual o professor explica todos os conceitos a serem desenvolvidos durante a
pesquisa.
COLUNA I
1. Problematização.
2. Desenvolvimento.
3. Síntese.
COLUNA II
( ) Nesse momento, os alunos têm que fazer uso de todos os conhecimentos que
possuem sobre o tema e enfrentar os conflitos, dúvidas que os conduzirão ao
desequilíbrio de suas suposições iniciais.
( ) O professor identifica o que os alunos já sabem e o que ainda não sabem sobre o
tema.
b 1 3 2.
c 2 1 3.
d 3 2 1.
.
( ) Decidir sobre o futuro da tarefa, bem como sobre a equipe de trabalho.
a 3, 2, 1, 5, 4.
b 4, 2, 1, 5, 3.
c. 2, 5, 4, 3, 1.
d 5, 3, 2, 4, 1.
c O grau máximo de relações entre as disciplinas, daí que supõe uma integração
global dentro de um sistema globalizador, com o propósito de explicar a realidade
sem parcelamento do conhecimento.
b V, F, V, F.
c F, V, F, V.
d F, F, V, V.
GABARITO