Educacao e Pedagogia Sistemica
Educacao e Pedagogia Sistemica
Educacao e Pedagogia Sistemica
Segundo nossa noção tradicional, que nos deixa acreditar que podemos perceber o
mundo do modo como ele é, consideramos família e escola como duas unidades
claramente delineadas, cada uma com suas próprias regras, necessidades e tarefas.
Hoje, contudo, sabemos que nenhum sistema pode ser mantido completamente
independente de outro sistema e que a escola também não pode ser mantida afastada
de tais fatores como televisão ou a cultura jovem existente.
Nossos alunos são os arquitetos de nosso campo e de seu mundo futuro. Assim sendo
– mais do que qualquer outro campo de consciência – a escola está criando a matriz
do futuro que se está formando."
Marianne Franke-Gricksch
"Tornou-se claro que o professor perde força ao olhar apenas para o problema. Por
outro lado, quando olha para o aluno, enxerga seus pais por trás dele e respeita a sua
história familiar, bem como as condições sob as quais a criança cresceu, está em
sintonia com o destino da criança e de sua família. Ao mesmo tempo, é capaz de
sentir seus próprios pais atrás de si e respeitá-los. Dessa forma, também está
conectado à sua força. Assim, o professor se mantém em sua própria tarefa e obtém a
confiança necessária dos pais. Apenas dessa maneira se torna possível para ele
ensinar os alunos. Ele deixa o aluno e seus pais com sua dignidade e assume sua
própria dignidade em um lugar adequado como professor."
Bert Hellinger
A Pedagogia Sistêmica teve sua origem a partir dos trabalhos do filósofo e professor
alemão Bert Hellinger. Missionário católico na África do Sul, durante quase 16 anos,
Hellinger lecionou em escolas para os zulus, durante o regime do apartheid, o que lhe
possibilitou uma perspectiva ímpar para identificar questões de conflito e consciência.
Além disso, seu desenvolvimento pessoal o levou a estudar e praticar uma vasta gama
de abordagens psicoterapêuticas, como: psicanálise, análise transacional,
hipnoterapia Ericsksoniana, terapia primal, Gestalt, esculturas familiares, análise de
histórias, etc.
Foi assim que seus trabalhos o levaram a descobrir a natureza da consciência pessoal
e certas leis inconscientes que regem o comportamento humano em grupos familiares
e sociais, as quais denominou “ordens do amor”.
Exemplo: em muitas situações familiares o pai está excluído. Muitas são as razões,
mas não cabe aqui discuti-las. Acontece que Bert Hellinger descobriu que num nível
muito profundo as crianças são totalmente leais aos pais, especialmente, quando
esses são excluídos, desvalorizados e condenados. Isso significa que se, na escola,
também olharmos esse pai como “mau”, “inapropriado”, “ausente”, etc. jamais teremos
o apoio da criança em qualquer intervenção pretendida. Se, ao contrário, nos
colocarmos numa posição de neutralidade, respeitando “na criança” seu próprio pai e
seu destino, então teremos um bom terreno para atuar e trabalhar com esta criança.
O principal objetivo é treinar o corpo docente na visão das “ leis ou ordens do amor”-
relações, vinculos e leis inconscientes que regem o comportamento humano em
grupos familiares e sociais - de forma que todo seu trabalho seja permeado pela visão
das relações que perpassam o universo da criança.
- Visão ampla dos diversos sistemas que compões e atuam sobre os alunos e suas
famílias;
Todas as crianças são boas e seus pais também – Bert Hellinger. Revista Hellinger
Sciencia, Março de 2007
Olhando para a alma das crianças - Bert Hellinger. Editora Atman, 2009
Você é um de nós: Percepções e Soluções sistêmicas para professores, pais e alunos
- Marianne Franke-Gricksch. Editora Atman, 2005
Constelações Pedagógicas. Segundo a Abordagem Sistêmica de Bert Hellinger –
Fatima Mello. Editora Leader, 2018
Mediações sistêmicas nas escolas - Rinaldo Almeida, Edições Mahatma, 2019
Introdução à Pedagogia Sistêmica: Uma Nova Postura Para Pais e Educadores - Jean
Lucy Toledo Vieira. Life Editora, 2018
Constelação Familiar: impressa na alma, no corpo, no destino – René Schubert. Reino
Editorial, 2019