Satelites PDF
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O tópico a seguir discorre sobre satélites. Esse assunto tem como objetivo
complementar do livro supra citado. Assim espero que esta revisão venha
preencher a lacuna sobre satélites, que ficou faltando no livro.
O autor
SATÉLITES:
Pequisador Titular
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
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INTRODUÇÃO
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1. CONCEITOS
Embora a palavra satélite possa ser empregada para vários significados, nessa
revisão o seu emprego foi para caracterizar corpos celestes e engenhos produzidos pelo
homem.
2. CLASSIFICAÇÃO
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Os satélites artificiais, são engenhos desenvolvidos pelo homem, que giram em
torno de planetas (dentre eles a Terra) ou até mesmo de um satélite natural.
O desenvolvimento de satélites artificiais teve inicio na década de 50, ou seja, a
partir da segunda metade do século XX, quando no ano de 1957, a impressa de todo
mundo anunciava que os Estados Unidos e a União Soviética iriam lançar os primeiros
satélites artificiais. Era o ano Geofísico Internacional.
O primeiro satélite artificial da Terra, o SPUTINIK I foi lançado no dia 4 de
outubro de 1957, pela antiga União Soviética (URSS). Em fevereiro de 1958, os Estados
Unidos colocou em órbita da Terra o EXPLORER I.
Logo após o sucesso dessas experiências, imediatamente, o homem colocou
satélites artificiais em órbitas de quatro outros astros do sistema solar: O próprio Sol
(primeiro engenho satelizado: Luna I, em 1959); a Lua ( Luna X, em 1966); Marte
(Marine IX, em 1971) e Vênus (Venua IX, em 1975).
A trajetória do satélite em torno do astro, quer seja natural ou artificial, é
denominada de órbita. No caso dos satélites artificiais (Figura 1), a órbita é definida em
função de diversos parâmetros, entre eles têm-se:
- Raio de inclinação.
- Inclinação do plano da órbita
- Período de revolução, etc.
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O número de revoluções diárias, isto é, quantas vezes o satélite gira em torno da
Terra em um (1) dia é importante porque define a altitude que o satélite deverá ser
colocado em órbita. Por exemplo, a órbita de 35.800 a 36.000 Km de altitude
desempenha um papel particular. Todos os satélites colocados a esta altitude gastam,
para dar uma volta em torno da Terra, 23h 56 min., que é igual ao período de rotação da
Terra. Neste caso, a órbita é denominada geossíncrona. Se o plano da órbita confundir
com o do equador, o satélite parecerá imóvel a um observador terrestre, sendo então
chamado de geoestacionário.
3. CATEGORIA
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de 24 satélites militares americanos que fornecem coordenadas acuradas de localização
geográfica aos portadores de terminais manuais com antenas para captar o sinal dos
satélites (Global Positioning System –GPS).
Os satélites militares são desenvolvidos com objetivo de telecomunicação,
observação, alerta avançado, ajuda à navegação e reconhecimento. Em função do
objetivo a que foi concebido, ele girará em órbita da Terra a uma determinada altitude.
Assim, eles são categorizados em função da órbita em:
-Satélites de órbita baixa (180 a 1000 km de altura)
São satélites cujas órbitas são muito inclinadas ou quase polares (de 180 a 1000
km de altura). Nesta órbita tem-se os satélites de escuta, os de reconhecimento por radar
e os de reconhecimento óptico.
Os americanos dispõem, para este fim, de satélites fotográficos, como o Big
Bird que permitem identificar objetos com poucos centímetros (altíssima resolução
espacial) e de satélites denominados Key Hole. Esses com uma varredura igual à da
televisão, isto é, procedem à análise das zonas observadas e retransmitem as
informações em tempo real.
- Satélites de órbitas Geoestacionária (36.000 km de altura)
Nesta órbita, os satélites militares são utilizados para fins de comunicação.
Além destas duas altitudes tem-se, também, uma terceira categoria de satélites
que gira em torno da Terra em órbitas intermediária. São os chamados satélites de
período de 12 horas. São satélites colocados em órbita a uma altitude de 20.000 km da
Terra. Nesta órbita os satélites gastam 12 horas para dar uma volta em torno da Terra.
Esta altitude é a utilizada pelos satélites de navegação que permitem às aeronaves e
embarcações disporem de informações relativas a suas posições e velocidades. Os
satélites de navegação operam na faixa de onda de rádio.
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informações. Desta forma, eles são concebidos dentro de dois pontos de vista: um
voltado à coleta de dados sobre a Terra (atmosfera, oceano e parte sólida) e outro
voltado a explorar o Universo (satélites interplanetários).
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Na exploração de fenômenos relacionados ao Universo há também satélites que
são colocados em órbitas da Terra, como é o caso do ASTRO – C, lançado pelos
japonês no ano de 1987. Esse satélite gira em órbita quase circular em torno da Terra a
uma altitude que varia de 504 km a 675 km. Esse satélite foi desenvolvido com o
objetivo de observar emissão de Raios-X do núcleo das galáxias. Ainda neste contexto,
pode-se também citar o satélite Hubble, um satélite-telescópio que gira em Torno da
Terra, porém coleta dados do Universo.
Graças a estas missões espaciais, o homem pôde descobrir muitos enigmas do
Universo e do sistema solar.
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nuvens, ciclo da água e energia; oceanos; química da atmosfera; uso da terra; processo
da água e ecossistema; cobertura de gelo glacial e polar e a parte sólida da Terra.
Para atender os objetivos desse programa a NASA lançou em 18 de dezembro
de 1999 o primeiro satélite de observação da Terra, o EOS-AM Spacecraft (Figura 2).
a) Sensor CERES
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b) Sensor MOPITT (Scanner de varredura transversal)
CARACTERÍSTICAS *
Resolução espectral 10 nm Äλ 500 nm
Faixa espectral 407 nm – 14385 nm
Cobertura espacial 2330 km largura da faixa
Resolução espacial 250m; 500m; 1000m no nadir
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- Determinar a cor do oceano para monitorar mudanças na produtividade primária
biológica.
- Imagens da vegetação e uso da terra com resolução espacial de 250 a 1000m, cujo
objetivo é monitorar mudanças de cobertura da Terra, condições e produtividade.
- Cobertura de nuvem.
FONTE: http://www.cnpm.embrapa.br/satelite/saci.html
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O SACI é composto por uma plataforma multimissão e por um conjunto de
experimentos que constitui a carga útil. Esses satélites contam com a cooperação de
diversas instituições brasileiras e estrangeiras.
Os satélites SACIs são de pequeno porte e baixo custo, utilizados para missões
de curta duração, que oferecem à comunidade acadêmica a oportunidade de realizar em
ambiente orbital, experimentos científicos. Os objetivos do projeto SACI foram:
- Promover o avanço da Ciência utilizando os meios espaciais a um custo
moderado;
- Testar novos conceitos e soluções tecnológicas sob condição de risco limitado;
- Fortalecer e aumentar a contingente cooperação científica e tecnológica,
nacional e internacional, intensificando a cooperação em ambiente propício ao
intercâmbio de informações científicas e tecnológicas;
- Intensificar o entrosamento entre os Institutos de Pesquisa e as Universidades,
envolvendo novos grupos universitários nas atividades espaciais brasileiras;
- Difundir nas Universidades e Institutos de Pesquisa brasileiros, a engenharia e
tecnologia espacial através do desenvolvimento de seus equipamentos, partes e
materiais, bem como acionar os seus mecanismos de transferência de tecnologia para a
Indústria;
Consolidar a tecnologia já gerada no Brasil na área espacial, através do uso
continuado, dirigindo-a para a minimização dos custos.
O satélite científico SACI-1 possui as seguintes características:
- Massa Total: 60 kg
Dimensões: 570 x 440 x 440 mm
- Estabilização por rotação: 6 rpm
- Precisão: 1 grau
- Órbita: Circular Heliossíncrona
- Altitude: 750 km
Painéis Solares e suprimento de energia
- Células solares: Arseneto de Gálio (AsGa)
- Dimensões: 3 painéis de 570 x 440 mm
- Eficiência: 19%
- Potência gerada: 150W
- Células da Bateria de Níquel Cádmio (NiCd)
- Voltagem: 1,4V
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- Capacidade: 4,5 Ah
Comunicação
- Taxa de telecomando: 19,2 kbps
- Taxa de transmissão: 500 kbps
- Antenas de bordo: 2 de transmissão e 2 de recepção, tipo Microstrip
- Freqüência de operação telemetria/telecomando: 2,250 GHz/2,028 GHz
- Antena de recepção em Solo: 3,4 m de diâmetro.
Apesar do satélite ter sido colocado em órbita da Terra com sucesso, ele não
chegou a entrar em operação devido a uma falha no sistema de controle do painel solar.
O segundo satélite da série, o SACI-2 foi abortado pelo presidente Fernando
Henrique Cardoso.
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C. Clarke seu idealizador) tornou-se, mais tarde, congestionado de satélites de várias
nações.
Os satélites geoestacionários possuem sensores que operam na região de
microondas do espectro eletromagnético. Por operarem em comprimento de ondas
suficientemente grande, esses satélites apresentam elevado grau de imunidade a
fenômenos de refração, absorção e difração da radiação pela superfície terrestre,
troposfera e ionosfera.
- Refração: ação ou efeito de refratar. Mudança de direção de uma onda
eletromagnética ao passar de um meio para outro. Ex.: luz atravessando do ar para a
água.
- Absorção: ato de absorver. Absorção da radiação pelos constituintes da superfície
terrestre e da atmosfera. Ex.: radiações de comprimento de onda menor de 400 nm são
fortemente absorvidas pela camada de ozônio na alta atmosfera.
- Difração: Quando a radiação, num determinado comprimento de onda, passa de um
meio para outro muda de velocidade, resultando em mudanças de direção e movimento.
Por outro lado, a geoestacionalidade de um satélite não depende simplesmente
do fato deste ter sido colocado inicialmente no cinturão de Clarke. Dependem de
manobras da Terra, executadas pelas estações de telimetria, monitoramento e controle.
Se um satélite fosse deixado sem controle, a sua órbita se tornaria excêntrica. Para
manter um satélite sob controle, além da comunicação com ele estabelecida pelas
estações terrenas, eles possuem pequenos foguetes para periódicos ajustes de suas
órbitas, através do acionamento da Terra.
Diante disso, pode-se afirmar que a vida útil de um satélite não depende
somente de equipamentos eletrônicos a bordo e sim, da reserva de combustível
necessária para a sua subsistência em órbita, sob controle.
Além dos EUA outros países mantêm programas de satélites de
telecomunicação: a URSS (programa Molnia e organização Intersputinik); o Canadá, a
Índia; a Indonésia, a Arábia Saudita, países europeus (ESA); o Brasil (Brasilsat), etc.
Todos esses programas são regulamentados pelos seus Países, dentro dos critérios
estabelecidos pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).
As telecomunicações compreendem o serviço fixo por satélite (ponto a ponto),
entre estações fixas na Terra, a exceção do Inmarsat que introduziu o serviço móvel por
satélite, com estações instaladas em navios, aviões e veículos terrestres.
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Os sistemas móveis de comunicações pessoais por satélites (telefone celulares)
são operados por satélites que giram em torno da Terra, em duas altitudes. Os de órbitas
baixas (400 a 1500 km) e os de órbitas médias (10.000 a 20.000 km) acima da superfície
da Terra. Esses satélites são de propriedade de empresas privadas porém
regulamentados pelo Estado, nos marcos da UIT.
As principais diferenças entre os dois sistemas são:
a) no serviço fixo de comunicações por satélites efetua-se entre estações, inclusive
quando um deles é móvel.
b) no serviço móvel de comunicações por satélites tem sempre, numa ponta, um
aparelho pessoal, e, na outra ponta, pode ter outro aparelho pessoal ou uma
estação.
c) no serviço fixo de comunicações por satélite usa órbita geoestacionária e um ou
alguns satélites.
d) no serviço móvel de comunicações por satélites, produto do avanço tecnológico
dos últimos dez anos, usa órbitas baixas e médias, e constelações de satélites,
conforme são exemplificados na Tabela 2.
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Um centro de controle de posição orbital é um conjunto de instalações,
equipamentos e demais meios de telecomunicações destinados ao rastreio, telemetria,
controle e monitoramento de satélites de telecomunicações.
Para o estabelecimento de um enlace (Link) em visada direta entre uma estação
da Terra e um satélite, utilizam-se freqüências na faixa de microondas. A UIT (com
sede em Genebra – Suíça) é quem coordena a distribuição de freqüências para
telecomunicações. Essa organização estabeleceu algumas faixas de freqüências para
serem utilizados universalmente para as transmissões por satélites, com fins militares,
comerciais e exploratórios do espaço. Aquelas freqüências para fins comerciais são as
utilizadas pela TV satélite. Neste caso temos as seguintes bandas ou faixas espectrais:
a) BANDA L – 0,5 GHz a 1,5 GHz. Também referida a 950 – 1450 MHz, usada
nas comunicações móveis e no transporte entre LNB e receptor/sintonizados.
b) BANDA C – 4 GHz a 8 GHz. Dentro desta faixa os satélites usam, como
padrão, duas sub-faixas localizadas entre 3,7 e 4,2 GHz, para o enlace de
subida e 5,925 e 6,425 GHz, para o enlace de descida.
c) BANDA Ku – 10,9 GHz – 17 GHz. Utilizada pelos satélites para os serviços
DBS/DTH (Transmissão direta a residência/Direct-to-home).
d) BANDA Ka – entre 18 e 31 GHz.
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satélites da série. É o mais abrangente sistema de comunicações comercial do
mundo.
- Sistema INTERSPUTINIK – Russo, operando com satélites da série
Gorizont, Raduga e outros. Destaca-se no front privado os satélites da série
Panmsat.
- Na área governamental, tem-se diversos satélites domésticos, dentre os quais
se destacam os da série Brasilsat, em operação o Brasilsat B1 e B2.
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TABELA 3 – SATÉLITES DE TELECOMUNICAÇÕES QUE COBREM A
AMERICA DO SUL.
SATÉLITES PANMSAT
SATÉLITE STATUS POSIÇÃO
PAS –1 operando 45º W
PAS –3 operando 43º W
PAS – 5 inicio 1997 58º W
PAS – 6 Inicio 1996 43º W
SATÉLITES DA INTELSAT
INTELSAT 706 operando 307o E 53o W
INTELSAT 705 operando 310o E 50o W
INTELSAT 502 operando 319,5o E 40,5o W
INTELSAT 603 operando 332,6o E 34,5o W
INTELSAT 506 operando 328,6o E 31,4o W
INTELSAT 601 operando 322,5o E 27,5o W
INTELSAT 605 operando 335,5o E 24,5o W
INTELSAT K operando 338,5o E 21,5o W
INTELSAT 512 operando 338,7o E 21,3o W
INTELSAT VIII operando 338,7o E 21,3o W
INTELSAT 515 operando 342,0o E 18,0o W
INTELSAT 709 operando 342,0o E 18,0o W
INTELSAT 707 operando 359,0o E 1,0o W
SATÉLITES BRASILSAT
BRASILSAT A1 vendido 91,9o W
BRASILSAT A2 operando 63,1o W
BRASILSAT B1 operando 70,1o W
BRASILSAT B2 operando 65o W
BRASILSAT B3 final de 1997 -
SATÉLITES FRANCESES
TELECOM 2A operando 8,0o w
TELECOM 2B operando 5,0o w
OUTROS SATÉLITES PROPRIETÁRIO
o
GORIZONT 26 operando 11 W Rússia
COSMO 2291 operando 13,9o W Rússia
COSMO 2054 operando 16,2o W Rússia
o
COSMO 2209 operando 24,5 W Rússia
GALAXY III –R operando 95,0o W Hunghes/GLA
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utilizados para comunicar, através de radielétrico, com uma série de plataformas
(balões, bóias, balizas, etc) encarregadas de coletarem dados de parâmetros
meteorológicos na alta atmosfera, no mar e em regiões continentais tais como: pressão
atmosférica, temperatura, velocidade dos ventos, etc. Os dados registrados por essas
plataformas são enviados ao satélite e retransmitidos para estações de recepção na
Terra.
Após o lançamento do TIROS-1, muitos outros satélites foram colocados em
órbita da Terra, em órbitas geoestacionárias ou em órbitas baixas (polar ou equatorial),
formando verdadeiras constelações desses satélites, conforme é ilustrado na Figura 4.
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3.4.1 – Satélites de Órbita Polar
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O Very High Resolution Radiometer (VHRR), era um sensor de varredura de
dois canais sens íveis à energia na faixa espectral de (0,6 – 0,7 µm) e no infravermelho
termal (10,5–12,5 µm).
O Scaning Radiometer (SR), era um sensor de varredura de dois canais
sensíveis à energia no espectro visível (0,5-0,7 µm) e na faixa do infravermelho termal
(10,5-12,5 µm). Além desses sensores os satélites dispunham de mais dois sensores, o
VTPR e o SPM.
O Vertical Temperature Profile Monitor (VTPR), era um sensor projetado para
medir radiância do infravermelho em oito canais espectrais entre 11,0 e 19,0 µm. Esses
dados podem ser usados para deduzir o perfil de temperatura atmosférico da coluna
radiante.
O Solar Proton Monitor (SPM), que media o fluxo de partículas energéticas
(prótons, eletrons, etc) em diferentes faixas.
No ano de 1978 teve início a terceira série de satélites, com o lançamento do
TIROS-N, em outubro do mesmo ano. Os primeiros satélites desta série, TIROS-N e do
NOAA-A a D, foram lançados entre 1978 e 1981 e carregavam a bordo os seguintes
instrumentos:
a) Advanced Very High Resolution Radiometer (AVHRR) que fornece imagens
no visível e no infravermelho de dia e de noite. Constitui-se de um radiômetro
multiespectral acoplado a um sistema de varredura transversal à trajetória do
satélite que fornece imagens em vários canais no visível e no infravermelho,
permitindo avaliações precisas do gelo, da massa d'água, das condições das
nuvens e temperaturas da superfície do mar. Esse sensor apresenta uma
resolução espacial no nadir de aproximadamente 1,1 km (Pixel = 1km x 1 km).
O satélite orbita a Terra a uma altitude de 844 km.
Os dados do canal 1, obtidos na faixa do visível (0,58 a 0,68 µm) são
empregados no mapeamento diurno de nuvens, gelo e neve. Os demais canais operam
no infravermelho e são utilizados para:
- Canal 2 (0,725 a 1,10 µm), delimitação de massa d'água, avaliação de vegetação e
agricultura (combinado com o canal 1).
- Canal 3 (3,55 a 3,93 µm), mapeamento noturno de nuvens, temperatura da
superfície do mar, detecção de queimadas e atividades vulcânicas;
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- Canal 4 (10,3 a 11,3 µm), mapeamento diurno e noturno de nuvens, temperatura
do mar, umidade do solo, atividades vulcânicas;
- Canal 5 (11,5 a 12,5 µm) temperatura do mar e umidade do solo.
O NOAA-8 recebeu o sistema Search and Rescue (SARSAT) para auxiliar nas
operações de busca e salvamento. O NOAA-9 e NOAA-10, receberam o Earth
Radiation Budget Experiment (ERBE) com a finalidade de fazer um balanço da
radiação terrestre, e o Solar Backscatter Ultraviolet (SBUV) cuja finalidade é monitorar
a distribuição de ozônio na atmosfera.
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inalterado no conteúdo espectral. O canal 3B terá melhoria na distinção da cobertura de
nuvens, da cobertura de superfícies de gelo e neve.
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Fig. 5 – Satélite NOAA.
FONTE: http://www.dsa.inpe.br/tiros.htm
24
Fig. 7 – Mosaico do Brasil para mostrar a incidência de nuvem do dia 09/08/2000,
obtido na banda 4 do satélite NOAA –14.
FONTE: http:://www.dsa.inpe.br/tiros.htm
25
3.4.1.2 – Satélite METEOR-3
26
- Um radiômetro infravermelho para cobertura global e transmissão direta de
dados. Opera na faixa espectral de 10,5 a 12,5, com resolução espacial de 3 x 3
km e uma faixa imageada de 3100 km de largura.
- Um radiômetro infravermelho de 10 canais, operando na faixa espectral de 9,65
a 18,7 µm, com resolução espacial de 35 x 35 km.
- Um sistema de medida da radiação. Opera na faixa espectral entre 0,17 – 600
MeV.
- Um canal de rádio operando na faixa espectral entre 466,5 MHz para
transmissão de dados para o centro de controle e em 137,850 MHz, para
transmissão de dados para estações de aquisição local.
Dados coletados:
- Temperatura e umidade do ar
- Temperatura da superfície do mar
- Temperatura das nuvens.
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QuikSCAT cobre 90% da superfície da Terra em um dia. A resolução espacial do sensor
é de 25 km x 25 km.
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Fig. 11 – Satélite FY-1.
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Fig. 12- Satélite SCD-1
FONTE:http://www.inpe.br/programas/mecb/Port/fotos/satelite.htm
O SCD1 tem capacidade de coletar dados de até 500 PCDs. Estas PCDs
abrigam vários conjuntos de instrumentos tais como termômetros, pluviômetros
(medidor de volume de chuvas), anemômetros (velocidade e direção dos ventos), e
outros. Um dispositivo automático transmite ao SCD1 as informações coletadas,
inclusive em locais remotos de difícil acesso como o interior da floresta amazônica. A
região de cobertura da antena de Cuiabá abrange um círculo de cerca de 3000 km,
limitado ao sul pelo paralelo 38. O SCD1 passa por Cuiabá cerca de 7 a 8 vezes ao dia,
cumprindo sua missão de coleta de dados ambientais. Estes dados proporcionam aos
pesquisadores possibilidades de estudos mais precisos nos campos da meteorologia,
oceanografia e química da atmosfera, em função da maior freqüência e regularidade das
informações disponíveis. A vida útil em operação do SCD1 foi projetada para 01 ano,
mas hoje estima-se que o satélite será utilizado por mais de 04 anos. O SCD1 foi o
primeiro satélite da MECB (Missão Espacial Completa Brasileira), sendo que
atualmente está em operação o satélite de Coleta de Dados 2 (SCD2). Para substituir o
SCD2 está sendo construído SCD3, que dará continuidade à missão do SCD1, e os
satélites de sensoriamento remoto 1 e 2, SSR1 e SSR2, para observação de recursos
terrestres. Em 22 de outubro de 1998, foi colocado em órbita da Terra o SCD-2.. Os
sinalizadores do SCD2 foram acionados e o PEGASUS liberado para vôo. Na Tabela 5
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podem ser vistos algumas características dos dois primeiros satélites SCDs do programa
brasileiro de satélites de coleta de dados.
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Fig. 13 – Imagens do globo terrestre obtidas pelo GOES para os ângulos de 75o W e
135o W.
Os dados coletados pelos satélites GOES são distribuídos aos usuários pela
National Environmental Satellite and Information Service (NESDIS).
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1981, 1988, 1989, 1991 e 1993, compondo, assim, a primeira série dos satélites
Meteosat.
Os dois primeiros satélites, Meteosat 1 e 2, foram desenvolvidos e
administrados pela ESA. No ano de 1986 foi criada uma organização
intergovernamental, a EUMETSAT, composta por 16 países da Europa. A partir dessa
data a EUMETSAT passou a financiar e explorar um sistema europeu de satélites
meteorológicos (ESA, s.d.).
Todos os satélites da série meteosat orbitam a Terra na região do equador, a
zero (0o ) grau de longitude, fornecendo informações do tempo sobre a Europa, a África
e o meio oeste asiático. No ano 1991, o Meteosat – 3 foi deslocado para oeste passando
a cobrir também, as Américas do Norte e Central.
Os satélites da série meteosat apresentam uma configuração cilíndrica,
conforme pode ser visto na Figura 14.
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Fig 15 – Partes componentes do satélite meteosat.
FONTE: Adaptada da ESA s/data.
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Fig. 16 – Mapa de usuários dos dados do Meteosat
FONTE: ESA s/data.
A segunda geração dos satélites meteosat (o primeiro lançado no ano de 2000),
exibirá mais bandas espectrais e maior resolução espacial. Esses novos satélites
passarão a serem denominados pela sigla MSG (Meteosat Second Geration).
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TABELA 8 – DATAS DE LANÇAMENTO DOS SATÉLITES DA SÉRIE INSAT
SATÉLITE LANÇAMENTO OBSERVAÇÃO
INSAT – 1 A 10/04/1982 Operou apenas 6 meses
INSAT – 1B 30/08/1983 Operou por 7 anos
INSAT – 1C 21/07/1988 Operou apenas um ano e meio
INSAT – 1D 02/06/1990
INSAT – 2A 10/07/1992 Primeiro satélite da segunda geração
INSAT – 2B 23/07/1993
INSAT – 2C 07/12/1995
INSAT – 2D 04/06/1997
INSAT – 2E 03/04/1999 Satélite de comunicação e meteorológico
FONTE: www.lyngsat.com/tracker/inze.shtml
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3.4.2.5 – Satélites FY-2B
Fig. 18 – Satélite FY-2B e a área do globo terrestre coberta pelo satélite (42%).
FONTE: http://www.lyngsat.com/in2dt.shtml
O Fy-2B está equipado com um radiômetro VISSR (Visible and Infrared Spin
Scan Radiometer) que mede a energia radiada em três faixas de comprimento de onda
do espectro eletromagnético, ou seja: um canal no visível e infravermelho próximo
(0,55 a 1,05 µm); um canal da faixa de absorção do vapor d’água (6,2 a 7,6 µm) e um
canal no infravermelho termal (10,5 a 12,5 µm). A resolução espacial das imagens
produzidas pelo FY-2B é de 1,5 km x 1,5 km no canal do visível-infravermelho
próximo e na faixa de absorção do vapor d’água e do termal é de 5,0 km x 5,0 km.
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Neste contexto, a primeira plataforma tripulada que obteve fotografias da
superfície terrestre foi o satélite Mercury no ano de 1961. As fotografias obtidas nesta
missão mostraram grande potencial de aplicações no reconhecimento de recursos
terrestres (NOVO, 1989).
Durante as missões da série Gemini foi solicitado aos astronautas que tirassem
fotografias de áreas de interesse da superfície terrestre.
Ainda segundo os relatos de Novo (1989), o primeiro experimento formal,
visando a utilização de sensores para levantamento terrestres, foi realizado em 1967
quando se tinha em mente obter fotografias coloridas por meio de câmeras a bordo da
espaçonave Apollo 6.
No ano de 1973, a NASA lançou um importante programa de Sensoriamento
Remoto a bordo da estação espacial Skylab. Através de um conjunto de experimentos
em sensoriamento remoto conhecido como EREP (Earth Resources Experiment
Package) foi possível coletar dados através de diferentes sistemas sensores: três tipos de
câmeras fotográficas, um espectrômetro infravermelho, um imegeador multiespectral
com 13 canais, um radiômetro-escaterômetro de microondas e um radiômetro na banda
L (200 mm).
A análise de dados multiespectrais obtidos durante a Missão Apollo 9
fortaleceu o desenvolvimento do programa ERTS, mais tarde rebatizado por
LANDSAT.
No ano de 1972 os americanos lançam o primeiro satélite de recurso naturais, o
ERTS-1, iniciando assim, a era dos satélites não-tripulados desenvolvidos
exclusivamente para coleta de dados sobre os recursos terrestres.
Para melhor entendimento a discussão que segue foi baseada nos programas de
satélites de observação da Terra, considerando o principio de funcionamento dos
sensores a bordo, ou seja: sensores passivos e ativos.
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satélite meteorológico NIMBUS (Figura 19) e carregou a bordo dois tipos de sensores:
um sistema de varredura multiespectral, o MSS (multiespectral Scanner Subsystem) e
um sistema de varredura constituído por três câmeras de televisão (Return Beam
Vidicon), denominadas por RBV. Após o lançamento do ERTS-1 o programa foi
rebatizado para LANDSAT e 6 outros satélites foram colocados em órbitas da Terra,
conforme é mostrado nas Tabelas 9 e 10. A partir do Landsat 4 houve uma modificação
da plataforma do satélite conforme é mostrado na Figura 20.
39
Para o Landsat –7, novamente houve uma modificação no desing da
plataforma, conforme é mostrado na Figura 21.
40
TABELA 10 – CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS SENSORES DO
LANDSAT
SATÉLITE SENSOR RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
ESPACIAL (m x m) TEMPORAL (dias)
Landsat-1 MSS , 3RBV 80 18
Landsat-2 MSS, 3RBV 80 18
Landsat-3 MSS, 2RBV 80 e 240 18
Landsat-4 MSS 80 16
TM 30
Landsat-5 MSS 80 16
TM 30
Landsat-7 MSS 80 16
ETM+ 30 e 15
41
Fig.22 – Satélite SPOT 4.
FONTE: http://www.spot.com/
Órbita
Circular a 832 km
Nó descendente: às 10:39 h
42
Varredura: 60 km cada instrumento, com observação vertical. Quando os
dois sensores operam em faixas adjacentes a área imageada é de 117 km
de largura.
43
Os sensores HRV do SPOT possuem a capacidade de apontamento de 27o leste
ou oeste, fora do plano orbital, isto confere ao sistema a possibilidade de obter dados
“off nadir”.
44
Os satélites IRS carregam a bordo dois sensores de imageamento avançados, o
Linear Imaging Self Scanners - LISS-I com uma resolução espacial de 72,5 m e os LSS-
IIA e LISS-IIB com uma resolução de 36,25 m. O LISS-I imageia uma faixa no terreno
de 148 km, enquanto que a faixa imageada pelos sensores LISS-IIA e LISS-IIB é de 145
km.
O IRS-P2 lançado em 16 de outubro de 1994 carrega a bordo o sensor LISS-II,
um sistema imageador, similar ao sensor a bordo do satélite IRS-1B, porém com uma
resolução temporal de 24 dias.
A segunda geração dos satélites IRS, denominada IRS-1C e IRS-1D, carrega a
bordo uma câmara pancromática com uma resolução espacial de 5,8 m e a largura da
faixa imageada é de 70 km.
Nessa segunda série o sensor LISS-III opera em quatro faixas espectrais, sendo
três na região do visível e uma no infravermelho próximo. A resolução espacial dos
dados coletados por esse sensor é de 23 metros nas bandas do visível e de 70 metros no
infravermelho.
Esses satélites carregam a bordo um outro sensor com campo largo de visada
operando no vis ível e na região do infravermelho próximo, com uma resolução de 188
m e uma faixa de cobertura de 810 km, com resolução temporal de 5 dias
A inexistência de gravador a bordo e de uma antena de recepção tem
dificultado a utilização dos dados dessas plataformas na América do Sul.
45
TABELA 13 – CARACTERÍSTICAS DO SATÉLITE IKONOS
Características IKONOS-1
Entidade Responsável Space Imaging
Data de Lançamento 24 de setembro de 1999
Data de Fim de Vida n.d.
Situação atual Ativo
Tipo de Órbita Sincrona com o sol
Altitude Média 681 km
Inclinação 98,1o
Velocidade 7 km/s
Período 98 min.
Peso 726 kg
Finalidade várias
Sensores Pancromático /
Multiespectral
46
Fig 25 – Imagem do ikonos com resolução espacial de 4m x 4m, mostrando uma área de
Brasília
Fig.26 – Imagen Ikonos com resolução espacial de 4m x 4m obtida antes da tragédia nas
Torres do Wold Trade Center.
47
Fig. 27 – Imagen Ikonos com resolução espacial de 4m x 4m obtida depois da tragédia
nas Torres do Wold Trade Center.
TABELA 14 – CARACTERÍSTICAS DO SENSOR DO SATÉLITE IKONOS
Resolução Resolução
Faixa de Resolução
Sensor Espectral Espacial
Varredura Radiométrica
µm (m x m)
Pancromáti 11 bits (2048
0.45-0.90 1 1100 km
co níveis)
11 bits (2048
0.45-0.52 4 1100 km
níveis)
11 bits (2048
0.52-0.60 4 1100 km
Multiespect níveis)
ral 11 bits (2048
0.63-0.69 4 1100 km
níveis)
11 bits (2048
0.76-0.90 4 1100 km
níveis)
48
3.5.1.5 – Programa CBERS
49
Fig. 29 – Faixas de imageamento dos sensores CCD, IR-MSS e WFI
FONTE: INPE (1995).
50
Inclinação 98,504 graus
Revoluções/dia 14 + 9/26
Período nodal 100,26 minutos
Hora solar média
no nó descendente 10h 30min
Período de
recobrimento 26 dias
Sistema de Coleta de Dados:
Tipo acesso ao sistema Aleatório
Enlace de subida
Freqüência da portadora 401,635 MHz ± 30 kHz
PEII 33 dBm
Enlace de descida
Freqüências das portadoras 2267,52 MHz (Banda S)
462,5 MHz (UHF)
PEII 20 dBm (Banda S)
35 dBm (UHF)
51
3.5.2 – Satélites com Sistemas Sensores Ativos
52
3.5.2.1- RADARSAT
RADARST OBSERVAÇÃO
Entidade Responsável CSA (Canadian Space Agency)
Data de Lançamento 11.ABR.95
Data de Fim de Vida 2000
Situação Actual Activo
Tipo de Órbita Quase circular, sincronizada com o Sol
Altitude Média 798 Km
Inclinação 98.6º
Período 101 minutos
Peso 2713 Kg
Hora Local no nodo Descendente 18:00
53
O principal objetivo deste projeto é auxiliar o estudo das mudanças climáticas e
dos recursos renováveis. No entanto, as imagens do Radarsat podem também ser
utilizadas em vários outros campos de aplicação, nomeadamente na agricultura,
cartografia, hidrologia, oceanografia e monitorização de zonas costeiras.
Uma vez que o sensor do RADARSAT é um radar de alta tecnologia, a
obtenção de imagens por parte deste satélite não se encontra dependente das condições
climáticas, nomeadamente da nebulosidade, como acontece com a maioria dos satélites
de detecção remota com sensores ópticos (Tabela 18).
54
Fig. 31 – Satélite JERS-1
FONTE: http://www.nasda.go.jp/index_e.html
55
- Freqüência e polarização: 1.275 Ghz (Banda -L) HH
- Ângulo de incid ência : 38,5° para o centro das faixas
- Saída: 325W
- Tamanho da antena: 11,9 x 2,4 m
- Resolução no terreno: 18 x 18 m (3-visadas)
- Taxa de dados : 60 Mbps
b) Sensor Ótico (OPS)
- Banda 1 0,52 – 0,60 µm
- Banda 2 0,63 – 0,69 µm
- Banda 3 0,76 – 0,86 µm
- Banda 4 0,76 – 0,86 µm (visada para frente)
- Banda 5 1,60 – 1,71 µm (inoperante - disponível em arquivo)
- Banda 6 2,01 – 2,21 µm (inoperante - disponível em arquivo)
- Banda 7 2,13 – 2,15 µm (inoperante - disponível em arquivo)
- Banda 8 2,27 – 2,40 µm (inoperante - disponível em arquivo)
- Resolução no terreno : 18,3 m x 24,2 m (valor especificado)
56
Fig. 32- Satélite ERS-1
FONTE: Adaptada da ESA s/data
57
- estabelecer, desenvolver e explorar as aplicações de dados de sensoriamento
remoto nas áreas costeiras, nos oceanos e no gelo; as atividades que maior benefício
obterão da melhoria nas previsões e no melhor conhecimento dos parâmetros
oceanográficos e geofísicos são, entre outras, as que se relacionam com plataformas
petrolíferas, rotas de barcos e pesca;
- estimular e desenvolver a pesquisa científica e de aplicação no uso de dados
obtidos com radares, cuja capacidade de coleta de dados independe das condições
atmosféricas.
58
O segmento terrestre do ERS permite, a qualquer momento, o controle e
comando do satélite durante todas as fases da missão. Também se ocupa da recepção,
arquivo e tratamento dos dados gerados pelos instrumentos a bordo do satélite. O
segmento terrestre está formado por:
a) um centro de controle e comando situado no Centro Europeu de
Operações Espaciais, em Darmstadt, Alemanha;
b) uma estação de recepção em Banda S em Kiruna, Suécia, apoiada pela
estação de Villafranca na Espanha ;
c) estações de recepção em Banda X, com cadeias de tratamento de entrega
rápida;
d) outros centros de recepção coordenados pela Earthnet, em Frascati, Itália,
estão espalhados ao redor do mundo e que se encarregam de receber
diretamente e tratar sucessivamente os dados regionais SAR. Estas
estações estão localizadas nos seguintes países: Inglaterra, França,
Canadá, Noruega, USA, Austrália, Argentina, Brasil, Equador, Índia,
Japão e Kênia.
59
Fig. 33 –Topografia dos oceanos obtida pelo Satélite ERS.
FONTE: ESA s/data.
Com estes dados foi possível observar que a topografia dos oceanos pode
variar de +85 metros, ao Norte da Austrália até –105 metros, ao sul da Índia
60
TABELA 19 – DATAS IMPORTANTES DA EXPLORAÇÃO ESPACIAL
Ano Evento
04/02 - Lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, Sputnik 1
1957
(83,6 kg), pela URSS
01/02 - Lançamento bem sucedido do primeiro satélite artificial norte-
1958
americano, Explorer 1
02/01 - Lançamento da primeira sonda lunar, Luna1 (362kg), que passou
a 6.000 km da Lua em 04/01 (URSS)
13/09 - Primeiro impacto bem sucedido de uma sonda , Luna2 (350 kg),
1959
sobre a Lua (URSS)
07/10 - Primeiras fotos da face oculta da Lua, pela sonda soviética Luna3
(278,5 kg)
01/04 - Lançamento do primeiro satélite meteorológico, Tiros1 (EUA)
11/08 - Primeira recuperação de um veículo espacial, a cápsula do
satélite norte-americano Discovery13
1960 12/08 - Colocação em órbita do primeiro satélite de telecomunicações
(passivo), Eco1, um balão de 30m capaz de refletir ondas de rádio (EUA)
20/08 - Primeira recuperação de seres vivos (dois cães) do espaço, a
bordo de uma nave soviética
12/02 - Primeiro lançamento ao planeta Vênus, com a sonda soviética
Venera 1
1961
12/04 - Primeiro vôo orbital de um homem, Yuri Gagarin, a bordo da
nave soviética Vostok 1 (Duração: 108 min)
20/02 - Primeiro vôo orbital de um norte-americano, John Glenn, a
bordo da cápsula Mercury MA-G
10/07 - Colocação em órbita do primeiro satélite ativo de
1962 telecomunicações, Telstar (EUA)
27/08 - Lançamento da sonda norte-americana, Mariner2, cumprindo a
primeira missão planetária bem sucedida (sobrevôo de Vênus em 14/12
do mesmo ano)
14/02 - Lançamento do primeiro satélite geoestacionário Syncom 1
1963 (EUA)
16/06 - Primeiro vôo orbital de uma mulher, Valentina Terechkova, na
61
Vostok 6 (URSS)
12/10 - Primeiro vôo de uma nave com mais de um tripulante (Voskhod,
1964
URSS)
18/03 - Primeira saída da cabine de um homem, Aleksei Leonov, durante
o vôo da nave Voskhod 2 (URSS)
26/11 - Primeira colocação em órbita de um satélite (Asterix) por um
1965
foguete francês (Diamant)
15/12 - Primeiro encontro bem sucedido, entre cápsulas norte-
americanas Gemini 6 e 7
03/02 - Primeira alunissagem suave bem sucedida, pela sonda soviética
Luna 9
1966
16/03 - Primeira acoplagem no espaço, entre a cápsula Gemini 8 e um
alvo Agena (EUA)
21/09 - Primeira recuperação de um aparelho proveniente da região
1968 lunar, a sonda soviética Zond-5
21-27/12 - Primeira missão lunar pilotada (Apolo8, EUA)
21/07 - Primeiro desembarque humano na Lua (Ney Armstrong,
1969
Aldrin), missão Apolo 11 (EUA)
11/02 - O Japão lança um satélite por seus próprios meios
1970
24/04 - A China lança um satélite por seus próprios meios
1971 19/04 - Lançamento da primeira estação orbital, Salyut 1 (URSS)
03/03 - Primeiro lançamento de uma sonda (Pionner 10) para Júpiter
(EUA)
1972
23/07 - Colocação em órbita do primeiro satélite para estudo dos
recursos terrestres, Landsat (EUA)
1973 14/05 - Satelização da primeira estação orbital norte-americana, Skylab
1975 17/07 - Encontro espacial Apolo-Soyus (EUA e URSS)
20/07 - Primeiro pouso suave em Marte, pela sonda norte-americana
1976
Viking 1
20/08 - Primeiro lançamento de uma sonda (Voyager 2) para Júpiter e
1977 Saturno (EUA)
05/09 - Lançamento da Voyager 1 (EUA)
1978 22/01 - Primeiro reabastecimento de uma estação orbital, Salyut 6, por
62
uma nave automática Progress 1 (URSS)
24/12 - Primeiro lançamento bem sucedido do foguete europeu Ariane
1981 12-14/04 - Primeiro vôo do ônibus espacial norte-americano Columbia
1983 28/11-8/12 - Primeiro vôo do laboratório espacial europeu Spacelab
11/04 - Primeiro concerto no espaço de um satélite artificial (SMM,
1984
norte-americano)
24/01 - Primeiro sobrevôo de Urano (82.000 km por uma sonda espacial
(Voyager 2, EUA)
28/01 - Explosão do ônibus espacial norte-americano Challenger, após a
1986
decolagem (25º vôo), e morte dos sete tripulantes
08-13/03 - Sobrevôo do cometa Halley pelas sondas Vega 1 e Vega 2
(URSS), Giotto (Europa), Suisei e Sakigake (Japão)
21/12 - Retorno a Terra de Mousa Manarov e Vladimir Titov (URSS),
1988 que permanceram a bordo da estação espacial MIR por 365d 22h 30min
(recorde de permanência no espaço)
19/10 - Lançamento da nave espacial automática Galileu (EUA),
1989
destinada à exploração de Júpiter
13/02 – Primeira foto do sistema solar a uma distância de 6 bilhões de
km do Sol, feita pela Voyager 1
1990
24/04 - O telescópio espacial Hubble é colocado em órbita pelo ônibus
espacial Discovery
02/12 – Primeiro vôo orbital simultâneo realizado por naves espaciais do
1991
EUA e da ex-URSS
Lançamento do ônibus espacial Discovery transportando o Laboratório
1992
Internacional de Microgravidade
1993 5-9/12 - Reparação no espaço do telescópio espacial Hubble.
Primeira identificação de um buraco negro e confirmação de formações
planetárias graças ao telescópio espacial Hubble.
1994
Primeira observação de um cometa se chocando com o planeta Júpiter, o
Shoemaker-Levy 9
Dezembro - Primeira sonda espacial a penetrar na atmosfera de Júpiter,
1995 A Galileu, lançada em 1989, atingiu Jupiter e seus satélites enviando
fotos e dados.
63
Bibliografia e SITE’s consultados
EROS Data Center: Time present, time past, and now time future, Sioux Fall, South
Dakota. 1990.
European Space Agency (ESA) Del ERS-1 al ERS-2. Destino: la Tierra. Paris, s.d.
European Space Agency (ESA) Meteosat. There in all weather, Paris, s.d.
http://www.dgi.inpe.br/html/spot.htm
http://www.cnpm.embrapa.br/satelite/saci.html
http://www.labvis.unam.mx/labvis/Estacio.html
http://www.spaceimaging.com/ikonos/anniversary/default.htm#
http://www.dsa.inpe.br/tiros.htm
http://www.dsa.inpe.br/tiros.htm
http://www.dsa.inpe.br/tiros.htm
http://www.astronomopage.hpg.com.br/hda.htm
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http://www.nasda.gov.jp/index_e.html
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http://www.cnpm.embrapa.br/satelite/irs.html
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NASA. Landsat data usuer handbook, Greenbelt, MD, 1976.
NASA Comercial use of space: a new economic strength for America, NASA’s office
of Commercial Programs, Washington, MD. s.d. (DC 20546)
NASA: Goddard Space Fligth Center. EOS AM Spacecraft, Greenbelt, 1992 (MD
20771).
64