Projeto Final de Biossegurança
Projeto Final de Biossegurança
Projeto Final de Biossegurança
Rafael Rubim
PROJETO DE PESQUISA
Santa Maria, RS
2011
1
Greice Carvalho Brondani
Rafael Rubim
PROJETO DE PESQUISA
Santa Maria, RS
2011
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4
2. JUSTIFICATIVA.................................................................................................. 5
3. OBJETIVOS.......................................................................................................... 5
3.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................. 5
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO..................................................................................... 5
4. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................. 5
4.1. O AMBIENTE DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE E SEUS RISCOS........... 6
4.1.1 RISCOS DE ACIDENTES.................................................................................... 8
4.1.2 RISCOS ERGONÔMICOS................................................................................... 9
4.1.3 RISCOS FÍSICOS................................................................................................. 9
4.1.4 RISCOS QUÍMICOS............................................................................................ 10
4.1.5 RISCOS BIOLÓGICOS........................................................................................
4.2. PRINCIPAIS DOENÇAS e POSSÍVEIS CAUSAS DE CONTAMINAÇÃO
NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE..................................................................
10
4.2.1 VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA HUMANA.......................... 10
4.2.2 VÍRUS DAS HEPATITES B e C.......................................................................... 10
4.2.3 TUBERCULOSE.................................................................................................. 11
4.2.4 GRIPES................................................................................................................. 11
4.3. USO DE EPIs E EPCs........................................................................................... 11
4.3.1 LUVAS.................................................................................................................. 12
4.3.2 MÁSCARAS, ÓCULOS DE PROTEÇÃO OU ESCUDO FACIAL................... 12
4.3.3 PROTETOR RESPIRATÓRIO (RESPIRADORES)............................................ 13
4.3.4 AVENTAL E GORRO.......................................................................................... 14
4.3.5 CALÇADOS ......................................................................................................... 14
4.4. BOAS PRATICAS DE BIOSSEGURANÇA NA UNIDADE DE SAÚDE......... 14
4.4.1 LAVAGEM DAS MÃOS...................................................................................... 15
4.4.2 CUIDADO COM MATERIAIS PÉRFURO-CORTANTES................................ 16
4.4.3 USO DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO.................................. 17
5. METODOLOGIA.................................................................................................. 18
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES................................................................... 18
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA.................................................................... 20
APÊNDICE A....................................................................................................... 23
3
1. INTRODUÇÃO
4
que apresenta potencial para causar dano ao trabalhador, produto ou ambiente”
(MASTROENI, p. 3, 2005), a organização das atividades laboratoriais é fundamental e exige
um bom planejamento prévio e roteiro de execução adequada para a maior segurança dos
trabalhadores e orientação de descarte adequado para cada tipo de amostra (TEIXEIRA,
1996).
Traçar um novo conceito de eficiência e prática dos métodos de Biossegurança nas
unidades de saúde de Santa Maria é uma necessidade pungente para os dias de hoje, quando a
gama de organismos infecciosos tornam-se mais e mais resistentes aos principais agentes anti-
sépticos (VERONESI, 2002).
Assim, o presente trabalho propõe-se a apurar dados das condições do uso dos
métodos de biossegurança nas unidades de saúde de Santa Maria e conscientizar, através de
palestra, da necessidade que existe, na Unidade de Saúde, do Uso dos EPIs, EPCs, bem como
das práticas de Biossegurança na prevenção do contágio e disseminação de agentes
patogênicos, não só entre os profissionais de saúde, mas também, entre à população atendida
nesses lugares.
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
Fazer uma análise e avaliação das condições de biossegurança das Unidades de Saúde
de Santa Maria-RS.
5
Estudar com as equipes de saúde as possibilidades para melhorar as condições de
biossegurança no campo de atuação dos profissionais.
4. REFERÊNCIAL TEÓRICO
6
Pelo manejamento de tais materiais que tem alto risco de estarem contaminados, de
acordo com a Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78. Os riscos
laboratoriais podem ser classificados em cinco tipos:
Existem vários riscos nessa classe, como, por exemplo, de: equipamentos de vidro,
instrumentos perfurocortantes, coleta e manutenção de amostra sanguínea e outros líquidos
corporais do organismo, equipamentos que usam gases comprimidos, equipamentos de
engrenagem e sistema de trituração, e equipamentos de emissão de ultra-som (MASTROENI,
2005).
Equipamentos de vidro: A lavagem desse tipo de equipamento como a vidraria é uma
tarefa bastante propicia a acidentes devido à utilização de detergente, por isso deve-se utilizar
material com amortecedor nos locais de lavagem como na superfície da pia, usando, por
exemplo, matérias de borracha, assim como o uso de luvas de borracha também (HIRATA,
2002). É importante o descarte adequado de vidro quando este quebrar, se adequando a
categoria de perfurocortantes (SARQUIS, 2002)
Instrumentos perfurocortantes: É importante manter as mãos protegidas com o uso de
luvas adequadamente. Nunca posicionar o instrumento contra o próprio corpo ou contra o
corpo de outro colega de trabalho. Manter o material firme, apoiado em superfície antes de
utilizar. É recomendado para profissionais que realizam a coleta sanguínea e de outros
líquidos corporais, que utilizem o método de coleta a vácuo para minimizar o risco de
acidente com perfuração de agulhas contaminadas (SARQUIS, 2002).
Coleta e manutenção de amostra sanguínea e outros líquidos corporais do organismo:
Deve-se fazer o uso correto dos EPIs, como, usar gorro, avental, luvas, óculos de proteção
para os olhos, máscara facial entre outros equipamentos usados para coleta de materiais
biológicos (CARVALHO, 2009).
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Não se deve reencapar agulhas após a coleta. Cuidar para que os equipamentos
estejam adequados, caso não estejam deve-se substituir, como, por exemplo, a luva rasgada. O
descarte deve ser devidamente rotulado como perigoso. A qualidade do recipiente que contem
a amostra também é importante, ele deve ser a prova de vazamento, e se assim não for, deve-
se logo descartar (HIRATA, 2002). É proibido comer, beber, fumar, e outras coisas do gênero
no local da realização das amostras ou quando em contato com os pacientes (TEIXEIRA,
1996).
Para uma melhor manutenção das amostras, recomenda-se a suposição de que todos
os pacientes sejam HIV positivos, portadores do HVB e hepatite C. Quando ocorre um tipo de
acidente, deve-se imediatamente fazer um exame de HIV, HCV e HBV no acidentado e no
paciente (VERONESI, 2002).
Equipamentos que usam gases comprimidos: Um exemplo de equipamento com gás
comprimido é o espectrofotômetro de absorção atômica e fotometria de emissão. Assim como
os cromatográficos líquidos e a gás, os espectrofotômetros de massa. Esse tipo de aparelho
deve ser devidamente manipulado para evitar acidentes (MASTROENI, 2005). Os gases
podem ser classificados em: Não inflamáveis, não corrosivos e de baixa toxidez, como o ar
comprimido, hélio, dióxido de carbono, nitrogênio e oxigênio; Os Inflamáveis, não corrosivos
e de baixa toxidez, como o acetileno, butano, hidrogênio, cloreto de metila, entre outros; os
Inflamáveis, corrosivos e tóxicos, como sulfeto de hidrogênio, monóxido de carbono, brometo
de metila, entre outros; os Tóxicos e ou corrosivos não inflamáveis, como amônia, cloro,
flúor, brometo de hidrogênio, dióxido de hidrogênio, entre outros; os Espontaneamente
inflamáveis, como o silano; e os Muito venenosos, como arsina, fosfina, cianogenio,
fosfogenio e seleneto de hidrogênio (HIRATA, 2002).
Equipamentos de engrenagem e sistema de trituração: São os equipamentos que mais
requerem cuidado especial. O manipulador deve estar adequadamente vestido, sem ter nada
solto para evitar que fique preso na máquina. Segundo HIRATA, 2002, “O manuseio
inadequado é descrito freqüentemente com acidentes graves, causando mutilações com
invalidez parcial ou total.”
Equipamento de emissão de ultra-som: A principal utilização desse equipamento é
para limpar as vidrarias ou desgaseificar solventes usados em cromatografia líquida. É
importante para o manipulador usar proteção de ouvido, e o equipamento ser instalado com
abafador de ruído. Não se deve introduzir as mãos nos equipamentos onde o ultra-sol é
produzido.
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4.1.2. RISCOS ERGONÔMICOS
São riscos provocados por algum tipo de energia e podem ser enumerados de acordo
com os equipamentos manuseados pelo operador ou do ambiente onde se encontra o
laboratório. Alguns exemplos são: calor, frio, ruídos e radiações (HIRATA, 2008).
Equipamentos de calor: são estufas, banhos de água, bicos de gás, manta aquecedora,
agitadores magnéticos com aquecimento, termocicladores, forno microondas, incubadora
elétrica, autoclaves, entre outras. O posicionamento destes materiais deve ser estudado para
instalação em ambiente ventilado e longe de materiais inflamáveis ou termossensíveis
(HITARA, 2008).
Equipamentos de baixa temperatura: o mais comum são os congeladores, que para
trabalhar com determinados microrganismos é necessária temperaturas extremas (-80ºC). Para
manusear equipamentos desse risco devem-se utilizar macacões térmicos, luvas térmicas,
entre outros.
Ruídos: é importante o uso de protetores auriculares em locais de trabalho com
muitas máquinas e pessoas. Alguns aparelhos que podem emitir ruídos anormais são
trituradores, centrífugas, autoclaves, ultra-sons, entre outros.
Radiações: são manipulados de acordo com as fontes de radiação.
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As radiações são formas de energia emitidas que se transmitem pelo
espaço como ondas ou, em alguns casos, possuem comportamento
corpuscular. Quando o individuo é submetido a ambiente com a presença
de radiação acima das condições permitidas, podem ocorrer diferentes
tipos de lesão e conseqüências graves ou irreversíveis através da sua
absorção no organismo humano” (MASTROENI, p. 182, 2005).
10
A probabilidade de infecção pelo vírus da hepatite B após exposição percutânea é,
significativamente, maior do que a probabilidade de infecção pelo HIV, podendo atingir até
40% em exposições onde o paciente-fonte apresente sorologia HBsAg reativa (VERONESI,
2002). Para o vírus da hepatite C, o risco médio é de 1,8%; dependendo do teste utilizado para
diagnóstico de hepatite C, o risco pode variar de 1 a 10% (SARQUIS, 2002).
Ja a tuberculose é uma doença que não precisa de vetor para se espalhar, ela passa de
pessoa a pessoa (BOÉCHAT e SILVA, 2004). Assim, o contágio se dá através do contato com
as secreções das vias respiratórias do enfermo, que é o meio mais comum de contágio.
E a gripe, de origem em grande parte viral, é uma das principais causas de ida ao
posto de saúde, acometendo principalmente idosos e crianças, predominantemente nos meses
de frio. Sua transmissão de dá pelo contato com as secreções do paciente infectado
(MASTROENI, 2005).
Principais EPIs:
4.3.1. LUVAS: de látex e/ou vinil, protegem de sujeira e material orgânico proveniente de
procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções, excreções (exceto suor),
membranas mucosas, pele não íntegra e durante a manipulação de artigos contaminados
(CARVALHO, 2009).
11
4.3.2. MÁSCARAS, ÓCULOS DE PROTEÇÃO OU ESCUDO FACIAL: A máscara
cirúrgica e óculos de proteção ou escudo facial são utilizados em procedimentos e servem
para proteger as mucosas dos olhos, nariz e boca de respingos (gotículas) gerados pela fala,
tosse ou espirro de pacientes ou durante atividades de assistência e de apoio. Ou seja, os
procedimentos de maior risco e dispersão de respingos são: broncoscopia, aspiração oral,
nasal ou endotraqueal, passagem de sonda gástrica, cirurgias, suturas, técnicas laboratoriais de
bioquímica e microbiologia e atendimento odontológico (MINISTERIO DA SAÚDE, 2006).
4.3.4. AVENTAL E GORRO: O avental (limpo, não estéril) serve para proteger a pele e
prevenir sujidade na roupa durante procedimentos que tenham probabilidade de gerar
respingos ou contato de sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções (HIRATA, 2002).
4.3.5. CALÇADOS: Os calçados indicados para o ambiente com sujeira orgânica são aqueles
fechados de preferência impermeáveis (couro ou sintético). Evitam-se os de tecido que
umedecem e retém a sujeira. Escolha os calçados cômodos e do tipo antiderrapante. Se o local
tiver muita umidade, como em lavanderias, usar botas de borracha (MASTROENI, 2005).
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Ler a recomendação da biossegurança de saúde e procedimentos operacionais padrão
do setor;
Agir com tranqüilidade e sem pressa;
Prevenir-se de eventuais acidentes utilizando, de acordo a sua necessidade, os
equipamentos de proteção individuais e coletivos (jaleco, avental, óculos, protetor
facial, cabelos presos, luvas, botas, máscara, avental de chumbo, câmara de exaustão,
cabina de segurança biológica e química).
Nos setores de maior trânsito e fluxo de pessoas, as sinalizações gerais das áreas
restritas e permitidas devem ser freqüentes e devem estar visíveis. “As referidas sinalizações
devem ser expressas, também, em "braile" para os deficientes visuais; ou com indicação
simbólica ou monitor para os analfabetos” (FREIRE, et al, p. 87, 2001).
As principais práticas resumem-se nas seguintes:
4.4.1. Lavagem das mãos;
4.4.2. Cuidados com materiais perfuro-cortantes;
4.4.3. Uso de procedimento operacional padrão (POP);
Existe uma gama enorme de momentos, durante o nosso trabalho, que a lavagem das
mãos está indicada. Mesmo que, durante os procedimentos, as luvas sejam utilizadas, após a
retirada das luvas as mãos devem ser lavadas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004). Vamos às
indicações dos momentos em que as mãos são lavadas:
após tocar fluidos, secreções e itens contaminados;
após a retirada das luvas;
antes de procedimentos no paciente;
entre contatos com pacientes;
entre procedimentos num mesmo paciente;
antes e depois de atos fisiológicos;
antes do preparo de soros e medicações.
Para a realização da lavagem das mãos necessitamos das seguintes instalações físicas
como pia, saboneteira e toalheiro com toalhas de papel.
13
agentes infecciosos mais comumente envolvidos” (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, p. 7, 2006).
14
A palavra padrão tem como significado “aquilo que serve de base ou
norma para a avaliação” e está relacionado aos resultados que se deseja
alcançar. Na área da saúde, equivale aos padrões de cuidado, que se
relacionam com os direitos do cliente de receber assistência de
enfermagem de acordo com as suas necessidades (GUERRERO, et al.,
2008).
5. METODOLOGIA
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Quadro 1 – Cronograma das atividades do projeto.
2011
Atividade Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ag. Set. Out. Nov.
1 X X
2 X X
3 X
4 X
5 X
6 X X X X X X X
7 X X X X X X
8 X X X X X X
9 X X
10 X X
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
16
DUARTE, R.L. Procedimento Operacional Padrão. Ministério da Saúde, Agência Nacional
de Vigilância Sanitária. ANVISA, 2005.
<http://www.anvisa.gov.br/reblas/cursos/qualidade17/MP%20_apostila_%205%20-
%20final.pdf> Acessado em 16/03/2011.
GARNER; J.S. Hospital Infection Control Practices Advisory Committee. Guideline for
isolation precautions in hospitals. Infect. Control Hosp. Epidemiol. 1996;17(1):53-80.)
REZENDE, M. R.,2001, citado por BENATTI, Maria C.C e NISHIDE Vera M. Riscos
ocupacionais entre trabalhadores de enfermagem de uma unidade de terapia
17
intensiva. Rev Esc Enferm USP, 2004.
<http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v38n4/06.pdf> acessado em 16/03/2011.
VERONESI R.; FOCACCIA R., Tratado de Infectologia. 2ªEd-V.1. São Paulo: editora
Atheneu, 2002.
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APÊNDICES
APÊNDICE A
IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Nome do Estabelecimento:_________________________________________________
Endereço_______________________________________________________________ CEP
_____________________ Bairro ___________________________________
Estado _____________________________________
Coordenador: ________________________________________________
19
( ) até 1000 usuários ( ) mais de 3000 usuários
( ) de 1000 a 3000 usuários
ORGANIZAÇÃO
ÁGUA
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Existe manutenção ou inspeção periódica do encanamento? S N
O encanamento é de metal ou PVC? ( ) METAL ( )PVC
Além do registro geral, existem registros por área? S N
Existem filtros para água? S N
ESGOTO
RESÍDUOS INFECCIOSOS
RESÍDUOS ESPECIAIS
RESÍDUOS COMUNS
21
ÁREA FÍSICA
QUANTO À BIOSSEGURANÇA
Jaleco S N
Luvas S N
Calçado fechado S N
Máscaras S N
Toucas ou cabelo preso S N
Há sinalização visível por áreas? S N
Há manual de práticas de biossegurança? S N
QUANTO AO LIXO
22
Os recipientes são desinfetados? S N
EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS
Obs:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
23