Projeto Final de Biossegurança

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Greice Carvalho Brondani

Liliane Medianeira Mayer Possani

Rafael Rubim

PROJETO DE PESQUISA

AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA NAS UNIDADES DE SAÚDE DO

MUNICÍPIO DE SANTA MARIA - RS

Santa Maria, RS

2011

1
Greice Carvalho Brondani

Liliane Medianeira Mayer Possani

Rafael Rubim

PROJETO DE PESQUISA

AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA NAS UNIDADES DE SAÚDE DO

MUNICÍPIO DE SANTA MARIA - RS

Projeto de iniciação científica


apresentado ao Curso de
Biomedicina, Área de Ciências
da Saúde, do Centro
Universitário Franciscano –
Unifra, como requisito para
desenvolvimento de projeto de
pesquisa.

Orientadora: Adriana Carpes

Santa Maria, RS

2011

2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4
2. JUSTIFICATIVA.................................................................................................. 5
3. OBJETIVOS.......................................................................................................... 5
3.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................. 5
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO..................................................................................... 5
4. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................. 5
4.1. O AMBIENTE DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE E SEUS RISCOS........... 6
4.1.1 RISCOS DE ACIDENTES.................................................................................... 8
4.1.2 RISCOS ERGONÔMICOS................................................................................... 9
4.1.3 RISCOS FÍSICOS................................................................................................. 9
4.1.4 RISCOS QUÍMICOS............................................................................................ 10
4.1.5 RISCOS BIOLÓGICOS........................................................................................
4.2. PRINCIPAIS DOENÇAS e POSSÍVEIS CAUSAS DE CONTAMINAÇÃO
NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE..................................................................
10
4.2.1 VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA HUMANA.......................... 10
4.2.2 VÍRUS DAS HEPATITES B e C.......................................................................... 10
4.2.3 TUBERCULOSE.................................................................................................. 11
4.2.4 GRIPES................................................................................................................. 11
4.3. USO DE EPIs E EPCs........................................................................................... 11
4.3.1 LUVAS.................................................................................................................. 12
4.3.2 MÁSCARAS, ÓCULOS DE PROTEÇÃO OU ESCUDO FACIAL................... 12
4.3.3 PROTETOR RESPIRATÓRIO (RESPIRADORES)............................................ 13
4.3.4 AVENTAL E GORRO.......................................................................................... 14
4.3.5 CALÇADOS ......................................................................................................... 14
4.4. BOAS PRATICAS DE BIOSSEGURANÇA NA UNIDADE DE SAÚDE......... 14
4.4.1 LAVAGEM DAS MÃOS...................................................................................... 15
4.4.2 CUIDADO COM MATERIAIS PÉRFURO-CORTANTES................................ 16
4.4.3 USO DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO.................................. 17
5. METODOLOGIA.................................................................................................. 18
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES................................................................... 18
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA.................................................................... 20
APÊNDICE A....................................................................................................... 23

3
1. INTRODUÇÃO

A Biossegurança é, ainda em nossos dias, motivo de muitos debates no meio


científico, englobando inúmeros artigos e teses, que embora vislumbrem muitas faces do
assunto, jamais esgotam o tema, permitindo ainda novas inclusões de conceitos e práticas que
tendem a levar maior segurança às matérias que tratam da vida e da saúde de modo geral
(PEREIRA, 2010).
O interesse em biossegurança é crescente. Bem como é crescente a necessidade de
atualizarmos os conhecimentos e ampliarmos as ferramentas de proteção aos indivíduos que
lidam com pacientes portadores de doenças infecciosas transmissíveis (KALICHMAN e
GIANNA, 2003). Os profissionais de saúde correm riscos de contrair diversas infecções no
ambiente hospitalar. A magnitude ocupacional depende de diversas variáveis, como a
prevalência das doenças transmissíveis na população atendida, informações adequadas sobre
os mecanismos de transmissão e prevenção e as condições de segurança. A redução do perigo
de exposição aos diversos agentes infecciosos constitui um dos objetivos do programa de
trabalho dos profissionais de saúde (VERONESI e FOCACCIA, 2002).
Além do que conhecer das vias de transmissão de microrganismos permite a
racionalização das medidas de isolamento, necessárias para interromper a cadeia de
propagação dos agentes infecciosos em serviços de saúde (CARVALHO, 2009).
Portanto, torna-se necessário o conhecimento pleno dos mecanismos de
biossegurança. De acordo com MASTROENI,
Biossegurança ou segurança biológica refere-se à aplicação do
conhecimento, técnicas e equipamentos, com a finalidade de prevenir a
exposição do trabalhador, laboratório e ambiente a agentes
potencialmente infecciosos ou biorriscos (p. 2, 2005).

O conceito de biossegurança se resume em um conjunto de medidas voltadas para a


prevenção ou minimização de riscos inerentes às atividades de assistência e prestação de
serviços, ensino e pesquisa, produção em escala industrial e desenvolvimento tecnológico que
possam comprometer a saúde do homem, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos
desenvolvidos. Ou seja, refere à aplicação do conhecimento sobre técnicas e equipamentos,
visando sempre a segurança dos trabalhadores e funcionários de laboratórios, prevenindo
assim sua exposição a agentes potencialmente patológicos e infecciosos (HIRATA, 2002).
Dessa forma, o profissional de saúde pode diminuir os riscos ao qual está exposto.
Sabendo-se que o “risco pode ser definido como uma condição biológica, química ou física

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que apresenta potencial para causar dano ao trabalhador, produto ou ambiente”
(MASTROENI, p. 3, 2005), a organização das atividades laboratoriais é fundamental e exige
um bom planejamento prévio e roteiro de execução adequada para a maior segurança dos
trabalhadores e orientação de descarte adequado para cada tipo de amostra (TEIXEIRA,
1996).
Traçar um novo conceito de eficiência e prática dos métodos de Biossegurança nas
unidades de saúde de Santa Maria é uma necessidade pungente para os dias de hoje, quando a
gama de organismos infecciosos tornam-se mais e mais resistentes aos principais agentes anti-
sépticos (VERONESI, 2002).
Assim, o presente trabalho propõe-se a apurar dados das condições do uso dos
métodos de biossegurança nas unidades de saúde de Santa Maria e conscientizar, através de
palestra, da necessidade que existe, na Unidade de Saúde, do Uso dos EPIs, EPCs, bem como
das práticas de Biossegurança na prevenção do contágio e disseminação de agentes
patogênicos, não só entre os profissionais de saúde, mas também, entre à população atendida
nesses lugares.

2. JUSTIFICATIVA

A biossegurança é um instrumento importante principalmente na área de saúde, pois


possibilita a minimização dos riscos que os profissionais da área são expostos diariamente. A
biossegurança vai desde a aquisição de materiais de qualidade até a prevenção de doenças.
Passa pelo campo de saúde do profissional trabalhador até o direito de segurança do paciente
que está sendo tratado. Por isso a importância da avaliação da biossegurança nas Unidades de
Saúde.

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL:

Fazer uma análise e avaliação das condições de biossegurança das Unidades de Saúde
de Santa Maria-RS.

3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO:

 Analisar as condições físicas do local;


 Avaliar os equipamentos de biossegurança;
 Analisar o vestuário e verificar os EPIs e EPCs disponíveis aos profissionais;
 Reunir os resultados obtidos e apresentar às unidades pesquisadas;

5
 Estudar com as equipes de saúde as possibilidades para melhorar as condições de
biossegurança no campo de atuação dos profissionais.

4. REFERÊNCIAL TEÓRICO

4.1. O AMBIENTE DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE E SEUS RISCOS:

O papel da arquitetura dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde na prevenção das


infecções de serviços de saúde pode ser entendido em seus aspectos de barreiras, proteções,
meios e recursos físicos, funcionais e operacionais, relacionados a pessoas, ambientes,
circulações, práticas, equipamentos, instalações, materiais, RSS e fluidos (RDC50,2002, pág.
98). Nesse contexto entende-se que o local onde se situa a Unidade Básica de Saúde, seu
projeto estrutural, sistemas de energia elétrica, água e esgoto, devem estar em conformidade
com os conceitos de biossegurança e contenção de agentes infecciosos.
Para tanto deve-se considerar a qualidade da estruturação da Unidade Básica de
Saúde,ou seja, se encontra-se em plena capacidade, com paredes livre de infiltrações, sistema
de esgoto diferenciado para dejetos infectantes e limpos, uma eficiente central de esterilização
(material esterilizado no local, ou é enviado à outro), etc..
Portanto, entende-se que no âmbito da Unidade Básica de Saúde, alguns requisitos
básicos devem ser seguidos, como deixar sempre os locais de manejo das amostras limpos,
por exemplo, as bancadas, pias, pisos, equipamentos, vidrarias, instrumentos, entre outros
(TEIXEIRA, 1996). A desinfecção do local deve ser regular, e realizada sempre antes e depois
das atividades laboratoriais, para prevenir a contaminação da amostra com o meio, e o meio
com a amostra. A descontaminação dos materiais como vidrarias que são utilizados para o
cumprimento das amostras deve ser sempre constante para evitar contaminação das amostras
e assim o diagnóstico ser errôneo (HIRATA, 2002).
O material biológico deve ser manejado em cabine de segurança biológica. Para o
transporte de amostras, o material deve estar adequadamente embalado para evitar risco de
acidente como tropeçar e derramar no chão, ou em outra pessoa (HIRATA, 2002).
Os responsáveis pela limpeza do laboratório o dos materiais e equipamentos também
devem ser bem informados sobre os riscos que correm, e assim estarem devidamente vestidos
e orientados para a execução das suas tarefas, para evitar o descarte de lixo contaminado de
forma errônea, assim como de resíduos biológicos, perfurocortantes entre outros instrumentos
(TEIXEIRA, 1996).

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Pelo manejamento de tais materiais que tem alto risco de estarem contaminados, de
acordo com a Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78. Os riscos
laboratoriais podem ser classificados em cinco tipos:

4.1.1. Riscos de Acidentes;


4.1.2. Riscos Ergonômicos;
4.1.3. Riscos Físicos;
4.1.4. Riscos Químicos;
4.1.5. Riscos Biológicos;

4.1.1. RISCOS DE ACIDENTES

Existem vários riscos nessa classe, como, por exemplo, de: equipamentos de vidro,
instrumentos perfurocortantes, coleta e manutenção de amostra sanguínea e outros líquidos
corporais do organismo, equipamentos que usam gases comprimidos, equipamentos de
engrenagem e sistema de trituração, e equipamentos de emissão de ultra-som (MASTROENI,
2005).
Equipamentos de vidro: A lavagem desse tipo de equipamento como a vidraria é uma
tarefa bastante propicia a acidentes devido à utilização de detergente, por isso deve-se utilizar
material com amortecedor nos locais de lavagem como na superfície da pia, usando, por
exemplo, matérias de borracha, assim como o uso de luvas de borracha também (HIRATA,
2002). É importante o descarte adequado de vidro quando este quebrar, se adequando a
categoria de perfurocortantes (SARQUIS, 2002)
Instrumentos perfurocortantes: É importante manter as mãos protegidas com o uso de
luvas adequadamente. Nunca posicionar o instrumento contra o próprio corpo ou contra o
corpo de outro colega de trabalho. Manter o material firme, apoiado em superfície antes de
utilizar. É recomendado para profissionais que realizam a coleta sanguínea e de outros
líquidos corporais, que utilizem o método de coleta a vácuo para minimizar o risco de
acidente com perfuração de agulhas contaminadas (SARQUIS, 2002).
Coleta e manutenção de amostra sanguínea e outros líquidos corporais do organismo:
Deve-se fazer o uso correto dos EPIs, como, usar gorro, avental, luvas, óculos de proteção
para os olhos, máscara facial entre outros equipamentos usados para coleta de materiais
biológicos (CARVALHO, 2009).

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Não se deve reencapar agulhas após a coleta. Cuidar para que os equipamentos
estejam adequados, caso não estejam deve-se substituir, como, por exemplo, a luva rasgada. O
descarte deve ser devidamente rotulado como perigoso. A qualidade do recipiente que contem
a amostra também é importante, ele deve ser a prova de vazamento, e se assim não for, deve-
se logo descartar (HIRATA, 2002). É proibido comer, beber, fumar, e outras coisas do gênero
no local da realização das amostras ou quando em contato com os pacientes (TEIXEIRA,
1996).
Para uma melhor manutenção das amostras, recomenda-se a suposição de que todos
os pacientes sejam HIV positivos, portadores do HVB e hepatite C. Quando ocorre um tipo de
acidente, deve-se imediatamente fazer um exame de HIV, HCV e HBV no acidentado e no
paciente (VERONESI, 2002).
Equipamentos que usam gases comprimidos: Um exemplo de equipamento com gás
comprimido é o espectrofotômetro de absorção atômica e fotometria de emissão. Assim como
os cromatográficos líquidos e a gás, os espectrofotômetros de massa. Esse tipo de aparelho
deve ser devidamente manipulado para evitar acidentes (MASTROENI, 2005). Os gases
podem ser classificados em: Não inflamáveis, não corrosivos e de baixa toxidez, como o ar
comprimido, hélio, dióxido de carbono, nitrogênio e oxigênio; Os Inflamáveis, não corrosivos
e de baixa toxidez, como o acetileno, butano, hidrogênio, cloreto de metila, entre outros; os
Inflamáveis, corrosivos e tóxicos, como sulfeto de hidrogênio, monóxido de carbono, brometo
de metila, entre outros; os Tóxicos e ou corrosivos não inflamáveis, como amônia, cloro,
flúor, brometo de hidrogênio, dióxido de hidrogênio, entre outros; os Espontaneamente
inflamáveis, como o silano; e os Muito venenosos, como arsina, fosfina, cianogenio,
fosfogenio e seleneto de hidrogênio (HIRATA, 2002).
Equipamentos de engrenagem e sistema de trituração: São os equipamentos que mais
requerem cuidado especial. O manipulador deve estar adequadamente vestido, sem ter nada
solto para evitar que fique preso na máquina. Segundo HIRATA, 2002, “O manuseio
inadequado é descrito freqüentemente com acidentes graves, causando mutilações com
invalidez parcial ou total.”
Equipamento de emissão de ultra-som: A principal utilização desse equipamento é
para limpar as vidrarias ou desgaseificar solventes usados em cromatografia líquida. É
importante para o manipulador usar proteção de ouvido, e o equipamento ser instalado com
abafador de ruído. Não se deve introduzir as mãos nos equipamentos onde o ultra-sol é
produzido.

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4.1.2. RISCOS ERGONÔMICOS

Se refere a preocupações como por exemplo, as distâncias em relação à altura dos


balcões, das cadeiras, gavetas, prateleiras, entre outros (MASTROENI, 2005). Também são
classificados como riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso, postura
inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em período
noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade e imposição de rotina
intensa (HIRATA, 2002).
Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar
sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado
emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como lesão por esforço
repetitivo (LER) e distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT), cansaço físico,
dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas,
taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e ulcera), tensão, ansiedade, problemas de
colunas, etc.

4.1.3. RISCOS FÍSICOS

São riscos provocados por algum tipo de energia e podem ser enumerados de acordo
com os equipamentos manuseados pelo operador ou do ambiente onde se encontra o
laboratório. Alguns exemplos são: calor, frio, ruídos e radiações (HIRATA, 2008).
Equipamentos de calor: são estufas, banhos de água, bicos de gás, manta aquecedora,
agitadores magnéticos com aquecimento, termocicladores, forno microondas, incubadora
elétrica, autoclaves, entre outras. O posicionamento destes materiais deve ser estudado para
instalação em ambiente ventilado e longe de materiais inflamáveis ou termossensíveis
(HITARA, 2008).
Equipamentos de baixa temperatura: o mais comum são os congeladores, que para
trabalhar com determinados microrganismos é necessária temperaturas extremas (-80ºC). Para
manusear equipamentos desse risco devem-se utilizar macacões térmicos, luvas térmicas,
entre outros.
Ruídos: é importante o uso de protetores auriculares em locais de trabalho com
muitas máquinas e pessoas. Alguns aparelhos que podem emitir ruídos anormais são
trituradores, centrífugas, autoclaves, ultra-sons, entre outros.
Radiações: são manipulados de acordo com as fontes de radiação.

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As radiações são formas de energia emitidas que se transmitem pelo
espaço como ondas ou, em alguns casos, possuem comportamento
corpuscular. Quando o individuo é submetido a ambiente com a presença
de radiação acima das condições permitidas, podem ocorrer diferentes
tipos de lesão e conseqüências graves ou irreversíveis através da sua
absorção no organismo humano” (MASTROENI, p. 182, 2005).

4.1.4. RISCOS QUÍMICOS

É o perigo a que qualquer indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos


que podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar-lhe a saúde. Os danos físicos relacionados à
exposição química incluem, desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves,
indo até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou explosão (SAVARIZ, 1994).
Os danos à saúde podem advir de exposição de curta e/ou longa duração,
relacionadas ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e olhos, bem como a
inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas, doenças do sistema
nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo alguns tipos de câncer (SAVARIZ, 1994).

4.1.5. RISCOS BIOLÓGICOS

Os materiais biológicos abrangem amostras provenientes de seres vivos como


plantas, animais, bactérias, leveduras, fungos, parasitas (protozoários e metazoários), amostras
provenientes de seres humanos (sangue, urina, escarro, secreções, derrames cavitários, peças
cirúrgicas, biópsias, entre outras) e de organismos geneticamente modificados (CARVALHO,
2009).

4.2. PRINCIPAIS DOENÇAS E POSSÍVEIS CAUSAS DE CONTAMINAÇÃO NA


UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

Os trabalhadores da área da saúde estão freqüentemente expostos aos


riscos biológicos. Dentre as infecções de maior exposição, encontram-se
as transmitidas por sangue e fluidos corpóreos (hepatite B, hepatite C e
HIV) e as de transmissão aérea (tuberculose, varicela-zoster e sarampo)”
(BENATTI e NISHIDE, p.408 2004).

O risco médio de se adquirir o HIV é de, aproximadamente, 0,3% após exposição


percutânea, e de 0,09 % após exposição mucocutânea. Esse risco foi avaliado em situações de
exposição a sangue; o risco de infecção associado a outros materiais biológicos é inferior,
ainda que não seja definido (KALICHMAN, 2003).

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A probabilidade de infecção pelo vírus da hepatite B após exposição percutânea é,
significativamente, maior do que a probabilidade de infecção pelo HIV, podendo atingir até
40% em exposições onde o paciente-fonte apresente sorologia HBsAg reativa (VERONESI,
2002). Para o vírus da hepatite C, o risco médio é de 1,8%; dependendo do teste utilizado para
diagnóstico de hepatite C, o risco pode variar de 1 a 10% (SARQUIS, 2002).
Ja a tuberculose é uma doença que não precisa de vetor para se espalhar, ela passa de
pessoa a pessoa (BOÉCHAT e SILVA, 2004). Assim, o contágio se dá através do contato com
as secreções das vias respiratórias do enfermo, que é o meio mais comum de contágio.
E a gripe, de origem em grande parte viral, é uma das principais causas de ida ao
posto de saúde, acometendo principalmente idosos e crianças, predominantemente nos meses
de frio. Sua transmissão de dá pelo contato com as secreções do paciente infectado
(MASTROENI, 2005).

4.3. USO DE EPIs E EPCs

Na prevenção da contaminação por agentes infecciosos, recomenda-se


que os profissionais de saúde adotem medidas de Biossegurança,
especificamente àqueles que trabalham em áreas insalubres, com risco
variável” (CARVALHO, 2009).

A NR6, em seu primeiro parágrafo, considera Equipamento de Proteção Individual -


EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (CARVALHO,
2009). Tal Norma Regulamentadora dispõe do uso de EPIs, bem como da obrigação de quem
deve fornecer ao trabalhador tais equipamentos.
Os EPIs, na Unidade Básica de Saúde, servem para prevenir a aquisição de doenças
por ocasião do contato com o paciente ou materiais.
Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis
e não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do
trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho, o equipamento de
proteção individual deve ser utilizado pelo trabalhador como um dos
métodos de controle dos riscos no local de trabalho (BRASIL, 2001).

Principais EPIs:
4.3.1. LUVAS: de látex e/ou vinil, protegem de sujeira e material orgânico proveniente de
procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções, excreções (exceto suor),
membranas mucosas, pele não íntegra e durante a manipulação de artigos contaminados
(CARVALHO, 2009).

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4.3.2. MÁSCARAS, ÓCULOS DE PROTEÇÃO OU ESCUDO FACIAL: A máscara
cirúrgica e óculos de proteção ou escudo facial são utilizados em procedimentos e servem
para proteger as mucosas dos olhos, nariz e boca de respingos (gotículas) gerados pela fala,
tosse ou espirro de pacientes ou durante atividades de assistência e de apoio. Ou seja, os
procedimentos de maior risco e dispersão de respingos são: broncoscopia, aspiração oral,
nasal ou endotraqueal, passagem de sonda gástrica, cirurgias, suturas, técnicas laboratoriais de
bioquímica e microbiologia e atendimento odontológico (MINISTERIO DA SAÚDE, 2006).

4.3.3. PROTETOR RESPIRATÓRIO (RESPIRADORES): Usado para proteger as vias


respiratórias contra poeiras tóxicas e vapores orgânicos ou químicos. É indicado para entrar
em quarto de isolamento de pacientes com tuberculose pulmonar, sarampo ou varicela,
doenças que são transmitidas via aérea quando inalamos os núcleos de gotículas ressecadas
suspensas no ar contendo os germes (COTIAS, 2001). É de uso individual, intransferível e
reutilizável. Tem vida útil variável dependendo do tipo de contaminante, sua concentração, da
freqüência respiratória do usuário e da umidade do ambiente (COTIAS, 2001).

4.3.4. AVENTAL E GORRO: O avental (limpo, não estéril) serve para proteger a pele e
prevenir sujidade na roupa durante procedimentos que tenham probabilidade de gerar
respingos ou contato de sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções (HIRATA, 2002).

4.3.5. CALÇADOS: Os calçados indicados para o ambiente com sujeira orgânica são aqueles
fechados de preferência impermeáveis (couro ou sintético). Evitam-se os de tecido que
umedecem e retém a sujeira. Escolha os calçados cômodos e do tipo antiderrapante. Se o local
tiver muita umidade, como em lavanderias, usar botas de borracha (MASTROENI, 2005).

4.4. BOAS PRÁTICAS DE BIOSSEGURANÇA NA UNIDADE DE SAÚDE

A prevenção é a melhor forma de se evitarem acidentes de trabalho, e nesse contexto


os métodos de biossegurança, são necessários a manutenção da salubridade do profissional da
saúde (TEIXEIRA, 1996). Para tanto, todo profissional que trabalha com substâncias
químicas de risco, com material biológico que esteja sujeito a radiações, ou que manipule
material pérfuro-cortante ou, ainda, equipamentos com bases de funcionamento físico
(microondas, ultra-som, autoclaves etc.), (SARQUIS, 2002) deve:
 Estar atento e não fazer uso de drogas que afetem o raciocínio, autocontrole e
comportamento;

12
 Ler a recomendação da biossegurança de saúde e procedimentos operacionais padrão
do setor;
 Agir com tranqüilidade e sem pressa;
 Prevenir-se de eventuais acidentes utilizando, de acordo a sua necessidade, os
equipamentos de proteção individuais e coletivos (jaleco, avental, óculos, protetor
facial, cabelos presos, luvas, botas, máscara, avental de chumbo, câmara de exaustão,
cabina de segurança biológica e química).
Nos setores de maior trânsito e fluxo de pessoas, as sinalizações gerais das áreas
restritas e permitidas devem ser freqüentes e devem estar visíveis. “As referidas sinalizações
devem ser expressas, também, em "braile" para os deficientes visuais; ou com indicação
simbólica ou monitor para os analfabetos” (FREIRE, et al, p. 87, 2001).
As principais práticas resumem-se nas seguintes:
4.4.1. Lavagem das mãos;
4.4.2. Cuidados com materiais perfuro-cortantes;
4.4.3. Uso de procedimento operacional padrão (POP);

4.4.1. LAVAGEM DAS MÃOS

Existe uma gama enorme de momentos, durante o nosso trabalho, que a lavagem das
mãos está indicada. Mesmo que, durante os procedimentos, as luvas sejam utilizadas, após a
retirada das luvas as mãos devem ser lavadas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004). Vamos às
indicações dos momentos em que as mãos são lavadas:
 após tocar fluidos, secreções e itens contaminados;
 após a retirada das luvas;
 antes de procedimentos no paciente;
 entre contatos com pacientes;
 entre procedimentos num mesmo paciente;
 antes e depois de atos fisiológicos;
 antes do preparo de soros e medicações.
Para a realização da lavagem das mãos necessitamos das seguintes instalações físicas
como pia, saboneteira e toalheiro com toalhas de papel.

4.4.2. CUIDADOS COM MATERIAIS PERFURO-CORTANTES

Os ferimentos com agulhas e material perfuro-cortantes, em geral, são


considerados extremamente perigosos por serem capazes de transmitir
mais de 20 tipos de patógenos diferentes, sendo o vírus da
imunodeficiência humana (HIV), o da hepatite B e o da hepatite C, os

13
agentes infecciosos mais comumente envolvidos” (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, p. 7, 2006).

O risco de infecções está nos resíduos perfuro-cortantes presentes em qualquer tipo


de lixo. Tanto no lixo hospitalar quanto no lixo doméstico esses resíduos constituem uma
parte insignificante. Recomendações específicas devem ser seguidas durante a realização de
procedimentos que envolvam a manipulação de material pérfuro-cortante, ou seja, artigos que
podem perfuração, ferimentos ou cortes (ANVISA, 2007). Para tanto é necessário:
 Máxima atenção durante a realização dos procedimentos;
 Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de
procedimentos que envolvam materiais pérfuro-cortantes;
 As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da
seringa com as mãos;
 Não utilizar agulhas para fixar papéis;
 Todo material pérfuro-cortante (agulhas, scalp, lâminas de bisturi, vidrarias,
entre outros), mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes
resistentes à perfuração e com tampa;
 Os recipientes específicos para descarte de material não devem ser
preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser
colocados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento.

4.4.3. USO DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

É o documento que expressa o planejamento e orienta a prescrição das operações,


mediante um padrão de conduta, para a execução de atividade profissional específica ou de
enfoque multiprofissional (GUERRERO, 2008).
Os procedimentos operacionais padrão, são todas as medidas estudadas e tidas como
corretas para execução de determinada função, uso de aparelho e/ou atitudes tomadas em caso
de algum acidente no ambiente de trabalho (DUARTE, 2005). O uso de POPs, no
estabelecimento de saúde é de suma importância pois dita exatamente que medidas devem ser
tomadas no caso de contaminação com pérfuro-cortantes, aerossóis e outros matérias
biológicos, bem como quando de acidentes diversos (GUERRERO, 2008).
São procedimentos que tem sua execução igual quantas vezes forem repetidos,
mesmo por diferentes pessoas. Sendo o certo, a “receita” da melhor forma de fazer, ou seja,
padrão.

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A palavra padrão tem como significado “aquilo que serve de base ou
norma para a avaliação” e está relacionado aos resultados que se deseja
alcançar. Na área da saúde, equivale aos padrões de cuidado, que se
relacionam com os direitos do cliente de receber assistência de
enfermagem de acordo com as suas necessidades (GUERRERO, et al.,
2008).

5. METODOLOGIA

A presente pesquisa conta com subsídios descritivo-exploratórios sendo classificada


como qualitativa e será realizada junto às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de
Saúde da Família (USF) contempladas pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a
Saúde (PET-Saúde) e Pró-Saúde/ UNIFRA, no município de Santa Maria – RS; a saber:
 Unidade Básica de Saúde Floriano Rocha
 Unidade de Saúde da Família - Roberto Binato
 Unidade de Saúde da Família – Alto da Boa Vista

Inicialmente, observar-se-ão os riscos aos quais os profissionais e usuários estão


expostos. A partir dessa avaliação, os riscos encontrados serão devidamente classificados e
apresentados à equipe de saúde. Após a explanação das susceptibilidades encontradas serão
sugeridas mudanças a fim de evitar os possíveis acidentes.
Esse trabalho ocorrerá no período de março à novembro de 2011. Cabe salientar que
o trabalho será encaminhado para o Núcleo de Estudos, Pesquisas e Ensino sobre Segurança e
Saúde do Trabalhador em Serviços de Saúde (NEPES).
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

As atividades previstas para o desenvolvimento do trabalho de pesquisa são:


1. Formulação de conceitos próprios do grupo PET;
2. Análise da situação das comunidades para avaliar as principais necessidades;
3. Desenvolvimento teórico do projeto;
4. Preparação dos instrumentos de pesquisa;
5. Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Franciscano – CEP;
6. Visita aos locais designados à aplicação do trabalho;
7. Avaliação das condições relacionadas à Biossegurança das Unidades de Saúde;
8. Elaboração de um relatório de acompanhamento das atividades.
9. Confecção do relatório final que será entregue a Pró-reitoria de Pós-graduação,
Pesquisa e Extensão;
10. Confecção de um artigo para posterior publicação.

15
Quadro 1 – Cronograma das atividades do projeto.

2011
Atividade Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ag. Set. Out. Nov.
1 X X
2 X X
3 X
4 X
5 X
6 X X X X X X X
7 X X X X X X
8 X X X X X X
9 X X
10 X X

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROSO, W. J. Biossegurança em tuberculose na unidade de saúde no laboratório,


Boletim de Pneumologia Sanitário. v. 9 n. 2 Rio de Janeiro dez, 2001.
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460X2001000200006&lng=pt&nrm=iso> Acessado em 14/03/2011.

Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância


Epidemiológica. Biossegurança em laboratórios biomédicos e microbiologia. Brasília:
Ministério da Saúde. 2ª Edição, 2004.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Exposição a materiais biológicos. Brasília: Editora do Ministério
da Saúde, 2006.

CARVALHO, C. M. et al. Aspectos de biossegurança relacionados ao uso do jaleco pelos


profissionais da saúde: uma revisão da literatura. Florianópolis, v. 18, n. 2, junho, 2009.
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
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COTIAS, P.M. Procedimentos em biossegurança na tuberculose Boletim de Pneumologia


Sanitária. v.9 n.2 Rio de Janeiro dez. 2001. <http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?
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13/03/2011.

16
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de Vigilância Sanitária. ANVISA, 2005.
<http://www.anvisa.gov.br/reblas/cursos/qualidade17/MP%20_apostila_%205%20-
%20final.pdf> Acessado em 16/03/2011.

FREIRE, A.N.M.; NASCIMENTO, I.; SCHAER, R.; MEYER, R. E FREIRE, SOLANGE M.


Secretaria da Saúde – Ba, Manual de Biossegurança, Parte II – Unidades de Saúde.
2001. <http://www.saude.ba.gov.br/divisa/arquivos/mat-publico/manual-
biosseguranca.pdf> Acessado em 13/03/2011.

GARNER; J.S. Hospital Infection Control Practices Advisory Committee. Guideline for
isolation precautions in hospitals. Infect. Control Hosp. Epidemiol. 1996;17(1):53-80.)

GUERRERO, P.G.; BECCARIA, L.M.; TREVISAN, M.A. Procedimento Operacional


Padrão: utilização na assistência de enfermagem em serviços hospitalares. Ver Latino-am
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<http://www.scielo.br/pdf/rlae/v16n6/pt_05.pdf> Acessado em 16/03/2011.
HIRATA, M.H; FILHO, J. M. Manual de Biossegurança. São Paulo – SP. 1ª Edição. Editora
Manole, 2002.

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Paulo, 2ª Edição, 2003.

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INDIVIDUAL – EPI, SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001,
<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_06.pdf> Acessado em
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Ministério do Trabalho e Emprego, NR 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM


ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO.
Portaria SIT n.º128, de 11 de dezembro de 2009,
<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_04.pdf> Acessado em
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PEREIRA, M. E. C. et al. A estruturação do Programa de Capacitação Profissional de
Biossegurança no contexto do Projeto de Modernização da Gestão Científica do Instituto
Oswaldo Cruz. Saude soc., São Paulo, v. 19, n. 2, junho, 2010. Disponível
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, Casa Civil. LEI Nº 11.105, DE 24 DE MARÇO DE


2005. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm#art42>
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REZENDE, M. R.,2001, citado por BENATTI, Maria C.C e NISHIDE Vera M. Riscos
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cortantes entre os trabalhadores de enfermagem. Revista da Escola de
Enfermagemda USP, v.36 n.3 São Paulo set. 2002, <http://www.scielo.br/scielo.php?
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em 16/03/2011.

SAVARIZ, M.C. Manual de Produtos Perigosos - Emergência e Transporte. 2ª ed. Sagra,


DC Luzzatto, Porto Alegre, 1994.

SECRETARIA DE SAÚDE E DEFESA CIVIL. Acidentes com material biológico. 2007.


<http://www.saude.rio.rj.gov.br/cgi/public/cgilua.exe/sys/reader/htm/preindexvie
w.htm?editionsectionid=251> Acessado em 10/03/2011.

TEIXEIRA, P.; VALLE, S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. Rio de


Janeiro. Editora Fiocruz, 1996.

UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇOS, ENSINO E PESQUISA LTDA – UNISEPE –


Manual Institucional de Biossegurança. 2010,
<http://www.unifia.edu.br/manuais/manuais/Manual_biosseguranca.pdf>
Acessado em 08/03/2011.

Universidade Federal do Triangulo Mineiro - UFTM – Elaboração de Procedimento


Operacional Padrão e Protocolo Médico.
<http://www.uftm.edu.br/upload/institucional/18_Elaboracao_de_Procedimento_Operacional
_Padrao_e_Protocolo_Medico.pdf> Acessado em 16/03/2011.

VERONESI R.; FOCACCIA R., Tratado de Infectologia. 2ªEd-V.1. São Paulo: editora
Atheneu, 2002.

18
APÊNDICES
APÊNDICE A

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

ROTEIRO DE INSPEÇÃO DE UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Data da Visita: ___/___/___

Nome do Estabelecimento:_________________________________________________
Endereço_______________________________________________________________ CEP
_____________________ Bairro ___________________________________

Município _____________________________ Telefone _______________________

Estado _____________________________________

Coordenador: ________________________________________________

ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO SERVIÇO

19
( ) até 1000 usuários ( ) mais de 3000 usuários
( ) de 1000 a 3000 usuários

A UNIDADE É CLASSIFICADA COMO UNIDADE ASSISTENCIAL PARA


RECEBER:
( ) Pacientes de Alto Risco
( ) Pacientes de Médio Risco
( ) Pacientes de Baixo Risco

Há Normas e Rotinas para as Áreas Assistenciais? S N


Há sistemas de referência e contra- referência? S N
Há cronograma de reuniões clínicas periódicas? S N
Há Residência Médica S N
Há Pesquisas e Pós Graduação? S N
Há Acadêmicos S N
Caso haja acadêmicos:
Com orientação direta S N
Com orientação indireta S N

ORGANIZAÇÃO

A Unidade dispõe de ambulância equipada? S N


Dispõe de Comissão de Controle de Infecção? S N
Quais os profissionais que fazem parte da Comissão de Controle de S N
Infecção?
Existem sistemas de filtragem? S N
Existe tratamento da água utilizada nas terapias? S N
Caso afirmativo, que tipo:
Possibilidade de refluxo da água? S N
Caso afirmativo, existem meios de prevenção do refluxo? S N
Existe monitoramento da qualidade da água? S N
Caso afirmativo, nome do Técnico ou órgão responsável:
_______________________________________________________
Qual a Periodicidade ? _________meses
Há inspeção dos sistemas/instalações hidráulicas? S N
Data última inspeção ____/_____/_____ .
O abastecimento de água para os reservatórios prevê uma capacidade
para_____dias.
Há reservatório de água inferior (cisterna)? S N
Se afirmativo, qual a capacidade? ______________________

ÁGUA

Possui reservatório de água?


Realiza e registra controle bacteriológico e físico-químico da água S N
mensalmente?
Registro da limpeza e desinfecção semestral dos reservatórios? S N
O encanamento é novo? Quanto tempo? _____ anos. S N

20
Existe manutenção ou inspeção periódica do encanamento? S N
O encanamento é de metal ou PVC? ( ) METAL ( )PVC
Além do registro geral, existem registros por área? S N
Existem filtros para água? S N

ESGOTO

Os efluentes vão diretamente para a rede pública? S N


Caso não haja rede pública, há sistema de tratamento para os dejetos? S N
Existe laudo emitido por órgão competente quanto ao tratamento efetuado? S N
Existe manutenção ou inspeção periódica dos esgotos? S N
Qual a Periodicidade? _______________meses

SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIOS

Há sistema de combate a incêndio? S N


Caso afirmativo, Qual?__________________________
Acessos aos instrumentos de combate a incêndios estão livres? S N
Existe reserva técnica de abastecimento de água para incêndio? S N
Caso afirmativo, qual a sua capacidade?___________
Existe laudo do Corpo de Bombeiros? S N
Caso afirmativo, data do último laudo: _______/________/__________

RESÍDUOS INFECCIOSOS

RESÍDUOS ESPECIAIS

RESÍDUOS COMUNS

Resíduos ñ perigosos similares aos domésticos papéis, papelão, caixas, S N


restos de preparação de alimentos, etc.
Há separação dos diversos resíduos no setor? S N
Desinfecção de agulhas antes de descartá-las? S N
Há acondicionamento adequado dos resíduos? S N
Recipiente de material resistente. S N
Recipiente com tampa. S N
Uso de recipiente próprio para agulhas/lâminas S N
Recipiente com pedal. S N
Os recipientes para descarte estão bem localizados, com avisos claros, S N
visíveis?
Há uso de sinalização indicando o tipo de resíduo e o risco? S N
Os recipientes do lixo são desinfectados? S N
Dispõe local adequado para guardar resíduos até o horário da coleta para S N
descarte?

21
ÁREA FÍSICA

Área física adequada? S N


Área suficiente para a circulação de pacientes, profissionais e S N
equipamentos?
Corredores estão desobstruídos para a circulação? S N
As macas circulam livremente? S N
Ar comprimido medicinal S N
Elétrica de emergência S N
Elétrica diferenciada S N
Há central de esterilização própria? S N
Caso não haja, como é feita a esterilização de matérias?________________
______________________________________________________________________

QUANTO À BIOSSEGURANÇA

Todos os profissionais utilizam equipamentos de proteção individual, como:

Jaleco S N
Luvas S N
Calçado fechado S N
Máscaras S N
Toucas ou cabelo preso S N
Há sinalização visível por áreas? S N
Há manual de práticas de biossegurança? S N

DOS PROFISSIONAIS DA LIMPEZA

Tem conhecimento para diferenciar material infectante de não infectante? S N


Tem conhecimento dos procedimentos básicos em caso de incêndio ou S N
acidentes?
Usa todos os EPIs indicados à sua função? S N
Tem conhecimento da composição e riscos de intoxicação dos matérias de S N
limpeza utilizados?
Fez algum curso de capacitação nos últimos 12 meses? S N
Possui Cartão de Vacinação com as necessárias vacinas em dia? S N
S N

QUANTO AO LIXO

Há separação de resíduos? (Coleta seletiva do lixo) S N


Material perfuro-cortante S N
Material patológico-cirúrgico S N
Sangue e hemoderivados S N
Há recipientes adequados para cada tipo de lixo? (Descartex/ similares) S N
Há sinalização visível sobre o tipo de resíduo em todos os recipientes? S N

22
Os recipientes são desinfetados? S N

EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS

Equipamentos dotados de superfície lisa de fácil limpeza e desinfecção em S N


bom estado de conservação e em perfeitas condições de limpeza.
Utensílios lisos, em material atóxico de fácil higienização em bom estado S N
de conservação e em perfeitas condições de limpeza.
Bancadas e mesas em número suficiente de material resistente, liso e S N
impermeável com superfícies integras em bom estado de conservação e
limpeza.
Armazenamento de utensílios e equipamentos em local apropriado de S N
forma ordenada e protegidos de contaminação

TIPOS DE SERVIÇOS PRESTADOS ALÉM DE ATENDIMENTO MÉDICO: ODONTO,


ENFERMAGEM, FISIOTERAPIA.
LIMPEZA – DESCARTE, EPIS.

Obs:
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23

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