Apostila Do CBPAA-EAD
Apostila Do CBPAA-EAD
Apostila Do CBPAA-EAD
APOSTILA
ABERTURA
APRESENTAO
Bem-vindo ao Curso Bsico de Preveno de Acidentes Aeronuticos a Distncia.
So eles:
Mdulo 1 SIPAER e Sistemas Afins
Mdulo 2 Legislao do SIPAER
Mdulo 3 Ferramentas da Preveno
Dessa forma, vem exigindo profissionais de aviao cada vez mais treinados, especializados e
qualificados.
Se voc est iniciando suas atividades nesse complexo, diferenciado e apaixonante segmento
industrial, acesse, no ambiente on-line, a apostila Conceitos bsicos de atividade area.
Desejamos despertar sua curiosidade e seu interesse para que pesquise, com maior
profundidade, os aspectos relacionados ao tema deste curso.
Haver hoje, talvez, quem ridicularize minhas previses sobre o futuro dos aeroplanos. Quem
viver, porm, ver!
Santos Dumont
Acesse o Saiba Mais!, para textos sobre a vida de Santos Dumont e sobre a
controvrsia envolvendo os irmos Wright.
MENSAGEM DE BOAS-VINDAS
Seja muito bem-vindo ao Curso Bsico de Preveno de Acidentes Aeronuticos!
O CENIPA preparou este material para que voc possa zelar pela segurana em seu trabalho.
Antes de mergulharmos no contedo deste curso, vamos ouvir as palavras que o Brig Ar Dilton
Jos Schuck, Chefe do CENIPA, tem a nos dizer. Para isso, acesse, no ambiente on-line, o
vdeo que foi preparado.
APRESENTAO
O mdulo 1 est dividido em quatro unidades.
So elas:
Unidade 1 Sistema de Investigao e Preveno de Acidentes Aeronuticos -
SIPAER
Unidade 2 Servio de Investigao e Preveno de Acidentes Aeronuticos da
Marinha do Brasil - SIPAAerM
Unidade 3 Sistema de Investigao e Preveno de Acidentes Aeronuticos do
Exrcito SIPAAerEx
Unidade 4 Segurana no Controle do Espao Areo SEGCEA
1.1 INTRODUO
A segurana de voo o objetivo maior de todo o trabalho desenvolvido pelo CENIPA e
condio desejada por toda a indstria aeronutica.
O termo Segurana de Voo uma da traduo da expresso Flight Safety, da lngua inglesa.
Essa metodologia, denominada Safety Management System (SMS), passou a ser empregada
pelos pases signatrios da Conveno de Chicago.
Desde ento, o termo Segurana Operacional passou a ser tambm utilizado com o mesmo
sentido.
Outro fator que contribuiu para esse novo uso da expresso foi o surgimento de uma nova
traduo para a lngua castelhana, que deixou de empregar Securidad de Vuelo para usar
Securidad Operacional.
Afinal, exerce impacto direto sobre sua capacidade de emprego em combate, misso principal
da instituio.
Essa nobre misso deve ser fundamentada em valores ticos e regrada por princpios rgidos.
Ddalo e seu filho caro, personagens da mitologia grega, so os mais antigos exemplos de
mortais que teriam conseguido repetir essa proeza.
Esse aprendizado foi permeado por um grande nmero de acidentes e pela perda de muitas
vidas.
Mesmo assim, contriburam muito para que o avio seja considerado, nos dias de hoje, um dos
mais seguros modais de transporte existentes.
*Aerstato...
Aerstato a designao dada s aeronaves mais leves que o ar.
Ateno!
Ainda assim, o evento um marco importante no que diz respeito aos estudos sobre
segurana de voo.
*Acidente aeronutico...
A Marinha do Brasil, por sua vez, conduzia as investigaes por meio de Inqurito de Acidente
Aeronutico (IAA).
Desse modo, Exrcito e Marinha buscavam tanto a causa que deu origem ao
acidente quanto as responsabilidades por tais ocorrncias.
Tal servio consistia em uma viatura com materiais de sapa, contra incndio e de
primeiros socorros.
Alm disso, havia uma lancha equipada com itens de primeiros socorros e de
flutuao.
Empregando um arco graduado, ele era capaz de determinar a direo em que uma aeronave
havia cado.
1941...
Criao do Ministrio da Aeronutica.
1948...
Criao do Regulamento do Servio de Investigao, que estabeleceu um
procedimento padronizado para a investigao de acidentes aeronuticos.
1951...
Com o novo regulamento da Inspetoria Geral da Aeronutica, ocorre a criao da
sigla SIPAER para identificar o Servio de Investigao e Preveno de Acidentes
Aeronuticos.
1965...
O Decreto no 57.055, de 11 de outubro, estabelece que o principal objetivo das
investigaes de acidentes seria a preveno de novos casos, no mais a apurao
de culpa ou responsabilidades.
Essa deciso, que alterou a estrutura do SIPAER, tem especial significado na histria
da segurana de voo no Brasil.
1966...
Os fatores humano, material e operacional passam a ser considerados na estrutura
casual dos acidentes aeronuticos.
1968...
Realizao do 1 Simpsio Brasileiro de Preveno de Acidentes Aeronuticos1.
1971...
Criao do Centro de Investigao e Preveno de Acidentes Aeronuticos
(CENIPA)*, em 19 de novembro, por meio do Decreto n 69.565.
Com a criao do CENIPA, alm dos elos executivos do Sistema, que compunham a estrutura
regimental do Ministrio da Aeronutica, foram incorporados os rgos externos ao Ministrio
que, pela natureza de suas atividades, pudessem envolver-se com os programas ou com as
atividades relacionadas com a preveno e a investigao de acidentes aeronuticos.
1972...
Emisso do Manual do Sistema SIPAER*, publicao que discriminava
responsabilidades, atribuies e procedimentos para uma eficiente e harmnica
atuao do novo sistema.
1973...
Realizao do 1 Simpsio Interamericano de Preveno de Acidentes Aeronuticos*.
1974...
Adoo do uso do termo investigao no lugar de inqurito por parte da OACI.
1976...
Desativao da Inspetoria Geral da Aerontica, no dia 2 de janeiro, por meio do
Decreto no 76.974.
1982...
Substituio do Manual do SIPAER pelas Normas de Sistema do Ministrio da
Aeronutica (NSMA)* por meio do Decreto 87.249 de 07/06/1982.
1988...
Inaugurao do primeiro Laboratrio de Destroos da Amrica do Sul, com a
finalidade de, por meio da recomposio, em escala, da distribuio dos destroos de
um acidente aeronutico real, permitir que ps alunos dos cursos de investigao de
acidentes pudessem aplicar e praticar a teoria aprendida em salas de aula.
2007...
Transferncia da DIPAA para o CENIPA*.
At ento, tais servios eram os responsveis por grande parte das iniciativas voltadas
preveno de acidentes aeronuticos na aviao civil.
2009...
Posicionamento do CENIPA, por parte da nova Estrutura Regimental do Comando da
Aeronutica, como rgo de assessoria direta e imediata do Comandante da
Aeronutica.
2011...
Adapatao da estrutura do SIPAER de forma a manter a ANAC como membro do
sistema, sem submet-la subordinao do Centro.
Fonte: BRASIL. Cdigo Brasileiro de Aeronutica, Dirio oficial da Unio, Poder Executivo, Braslia, DF, dez.
1986.
Fonte: BRASIL, Decreto n 87.249, de 7 de junto de 1982. Dirio Oficial da Unio, Poder Executivo, Braslia,
DF, 09 dez. 19882. Seo 1, p. 10473
Em 1931, analisando dados estatsticos sobre acidentes industriais, Herbert William Heinrich*
observou que, para cada acidente que havia causado uma leso grave, havia 29 para leses
leves e 300 sem qualquer leso.
Tambm para a navegao martima, o mais importante no a parte visvel, mas a enorme
massa submersa.
Essa teoria tambm conhecida como Teoria do Domin, pois, como na brincadeira em que se
enfileiram pedras de domin para provocar uma queda sequencial...
*Frank Bird...
Norte-americano especialista em seguros.
Esse total compreendia um grupo de 170.000 pessoas em que 1.753.498 acidentes foram
comunicados.
Bird aprimorou a teoria de Heinrich ao concluir que...
Dessa forma, todos os mais diversos fatores que contribuem para o acidente
passaram a ser considerados com igual peso no processo causal.
At mesmo os fatores das mais diferentes reas relacionadas atividade passaram a ser
considerados.
Acesse o Saiba Mais para mais informaes sobre a Teoria das Causas Mltiplas e
as primeiras investigaes.
Acesse o Saiba Mais para mais informaes sobre o Trinmio da Segurana de Voo.
As defesas contra falhas so estabelecidas como uma srie de barreiras com pontos de
fragilidade individuais que mudam, continuamente, de tamanho e posio.
Vejamos:
Esse conceito estimula a anlise de fatores que podem permanecer inertes por longo perodo
at contriburem de fato para o acidente.
Vejamos um exemplo:
Essa falha, em conjunto com outras falhas, pode-se transformar em falha ativa e
causar um acidente.
Uma pessoa sofra leso grave ou venha a falecer como resultado de:
estar na aeronave;
ter contato direto com qualquer parte da aeronave, incluindo aquelas que
dela tenham se desprendido; ou
ser submetida exposio direta do sopro da hlice, do rotor ou de
escapamento de jato, ou s suas consequncias.
Exceo ser feita quando as leses, ou bito, resultarem de causas naturais, forem
autoafligidas ou infligidas por terceiros, ou foram causadas a pessoas que
embarcaram clandestinamente e se acomodaram em rea que no as destinadas aos
passageiros e tripulantes.
Exceo ser feita para falha ou danos limitados a um nico motor, suas carenagens
ou acessrios, ou para danos limitados s hlices, s pontas de asa, s antenas, aos
probes, aos pneus, aos freios, s rodas, s carenagens do trem, aos painis, s
portas do trem de pouso, aos para-brisas, aos amassamentos leves e pequenas
perfuraes no revestimento da aeronave, ou danos menores s ps do rotor
principal e da cauda, ao trem de pouso e queles resultantes de coliso com granizo
ou fauna (incluindo perfuraes no radome).
Prevenir...
[...] dispor com antecipao (algo) de modo que se evite mal ou dano; tomar medidas
que evitem (algo), com antecipao.
Preveno...
Conjunto de medidas ou preparao antecipada de (algo) que visa prevenir (um mal).
1.29 LINHAS DE AO
O processo de preveno de acidentes aeronuticos , classicamente, desenvolvido por duas
linhas de ao:
*Segurana operacional...
interessante utilizar a terminologia segurana operacional quando se deseja distinguir as
duas linhas de ao.
Baseada na regulao de todas as atividades aeronuticas, na certificao dos
equipamentos e seus operadores, e na fiscalizao da operao quanto ao fiel
cumprimento das normas estabelecidas.
Trata-se de uma funo tipicamente atribuda aos rgos reguladores das atividades
aeronuticas no Pas, como ANAC e DECEA.
*Filosofia...
O termo filosofia aqui empregado no mbito das relaes com o conhecimento cientfico,
referindo-se a um conjunto de valores e princpios tericos que fundamentam e orientam uma
conduta.
Nesse sentido, a total confiana de que a informao jamais ser utilizada para a aplicao de
qualquer tipo de sano fundamental.
Coleta de dados...
Obteno de informaes relativas s condies em que as atividades aeronuticas
so desenvolvidas.
Anlise...
Estudo, por parte do especialista, de todas as informaes obtidas,
independentemente do mtodo empregado, seguida de sua classificao por reas
de afinidade para que sejam estabelecidas suas origens comuns.
Uma RSV deve ser fruto do trabalho de um grupo de especialistas, que considerar
sua adequabilidade, praticabilidade e aceitabilidade com a amplitude adequada para
alcanar todos os alvos necessrios.
Por parte de seus destinatrios, deve ser motivo da mais imediata resposta, sendo
encarada com profissionalismo e responsabilidade.
Controle...
Sob a responsabilidade do rgo emissor, no se deve limitar confirmao do
recebimento da RSV pelo destinatrio. Deve compreender tambm sua efetiva
implementao.
Fonte: CENIPA.
Honestidade...
A honestidade deve ter como base tanto a retido dos trabalhos quanto,
especialmente, sua restrita conduo em busca do incremento da segurana de voo
e, consequentemente, do desenvolvimento da aviao e do bem comum.
Profissionalismo...
O profissionalismo deve ser amparado pela permanente busca do aprimoramento
tcnico e do compromisso firmado pelo trabalhador em atuar apenas de acordo com a
legislao que rege a atividade.
Perseverana...
A perseverana fundamental no desenvolvimento de um trabalho cujo sucesso a
ausncia de acidentes no to evidente e no repercute tanto quanto seu oposto.
Coragem...
O profissional deve dispor da coragem moral necessria rgida conduo do
trabalho com base nesses valores.
Dedicao...
Sem dedicao, no possvel obter sucesso em atividade alguma, muito menos em
uma que conta com tantas dificuldades a serem superadas.
Esse princpio deve servir como estmulo para preservarmos no valoroso esforo em
busca de evitar todos os acidentes a simblica meta do zero acidente.
2. Todo acidente resulta de uma sequncia aleatria de eventos, e nunca de uma causa
isolada...
Um acidente jamais consequncia de uma nica causa, mas de uma combinao
de fatores contribuintes.
Para que a preveno seja efetiva de fato, jamais deve focar uma nica causa.
O correto dedicar igual esforo para corrigir uma ampla gama de fatores que
contriburam para a configurao do acidente.
Seu objetivo a busca da conscientizao de todos para que seja possvel trabalhar
de forma proativa em prol do desenvolvimento da segurana de voo.
Dessa forma, podemos concluir que a total liberdade de seu trmite importante, no
ambiente da comunidade aeronutica, para o desenvolvimento da segurana de voo.
O livre e veloz fluxo da informao importante para permitir seu pleno emprego na
nobre misso de prevenir acidentes.
A filosofia SIPAER no prega a impunidade, mas apenas o uso dos meios adequados
para o esclarecimento dos fatos e a consequente responsabilizao dos culpados.
No entanto, muitas vezes, a polcia carece de capacitao tcnica para realizar uma
investigao adequada em uma rea to especializada.
Isso acontece, especialmente, quando tais efeitos afetam os demais meios de coleta de
informaes, primeira etapa do ciclo da preveno.
1.44 CONCLUSO
Salvar vidas , certamente, a mais nobre das misses.
O alcance e a velocidade dos meios de comunicao atuais podem tornar seus atores heris,
seja por arriscados atos de bravura, seja pelas mais simples demonstraes de civilidade.
No entanto, podemos encontrar aqueles que, da mesma forma, salvam vidas, mas no mais
absoluto anonimato?
Arespostasim!
Heris que, mesmo pressionados pela exposio pblica de uma mdia muitas vezes sdica,
mantm-se firmemente motivados e compromissados com o que h de mais nobre na
apaixonante atividade em prol da segurana de voo e, por consequncia, do bem comum.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ALBUQUERQUE FILHO, Manoel J. C. ABC do voo seguro. Braslia: [s. n.], 1981.
_____. Aircraft accident and incident investigation (Anexo 13). 10. ed. Montreal: ICAO, 2010.
PETERSEN, Dan. Safety management: a human approach. New York: Aloray, 1975.
POPE, William C. Managing for performance perfection: the changing emphasis. Weaverville:
Bonnie Brae Publications,1992.
WOOD, Richard H. Flight safety background and history. Torrance: Southern California Safety
Institute, 1995.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
UNIDADE 2 SERVIO DE INVESTIGAO E PREVENO DE ACIDENTES
AERONUTICOS DA MARINHA DO BRASIL SIPAAERM
A Aviao Naval surgiu em 1916, com a criao da Escola de Aviao Naval, caracterizada
pelo esprito empreendedor e romntico.
A aviao despontava como uma nova arma, com inmeras possibilidades de emprego no
cenrio militar.
Isso levou a Marinha a pagar um alto preo antes de adotar as primeiras medidas voltadas
segurana de sua aviao.
rgos de ensino e administrao foram criados para que a adoo de medidas de segurana
fosse possvel.
Podemos citar como exemplos a Escola de Aviao Naval e o Comando da Defesa Area do
Litoral posteriormente, Diretoria de Aeronutica da Marinha.
Em seu lugar, foi criada a Fora Area Nacional, mais tarde denominada Fora Area
Brasileira (FAB).
Em 1952, ressurge a Aviao Naval e so retomadas as atividades para o emprego adequado
do meio areo em operaes navais.
Renasce tambm a preocupao em fazer com que as vidas humanas sejam preservadas.
Em 2003, a DAerM teve seu atual regulamento aprovado pela Portaria no 29, de 1o de
abril de 2003, expedida pelo Diretor-Geral do Material da Marinha.
No ano seguinte, em 1928, foram criadas regras de voo com o estabelecimento de circuito de
trfego nos campos de pouso.
Sua misso principal era ligar entre si as bases de Aviao Naval de Rio, Santos, Florianpolis
e Rio Grande.
Um servio de rdio comunicao foi estabelecido para a informao das condies locais do
tempo aos pilotos.
1938...
Em 1938, a Escola de Aviao Nacional abrigou um ncleo de socorro constitudo por
um caminho-bombeiro, uma ambulncia e a respectiva equipe de socorro.
1941...
Em 1941, a criao do Ministrio da Aeronutica trouxe como consequncia a
paralisao das atividades areas da Marinha.
Esse ncleo foi criado em 18 de outubro de 1972, por meio da Ordem do Dia n 0013, da
Diretoria de Aeronutica da Marinha.
2.6.1 EVOLUO DA SEGURANA DE VOO
A segurana de aviao, no mbito mundial, evolua rapidamente, ganhando novos conceitos e
aperfeioando sua filosofia.
Ao mesmo tempo, buscou implantar e difundir uma mentalidade de segurana de aviao nas
unidades envolvidas nas operaes areas na Marinha.
...a fim de contribuir para a eficcia operacional dos meios navais e aeronavais da
Marinha do Brasil...
...preservando os recursos humanos e materiais envolvidos nas operaes areas.
Chefe do SIPAAerM...
1
2.7 SIPAAS
As SIPAAs so rgos com estrutura equivalente a uma Seo de Estado-Maior, constitudos
para assessorar, no desempenho das atribuies relacionadas segurana de aviao,
diretamente, um Comando Imediatamente Superior (COMIMSUP) de:
Unidade Area;
navios com plataforma de pouso no mbito do Comando-em-Chefe da Esquadra
(ComemCh).
O Chefe da SIPAA tem autonomia para assessorar, diretamente, o Titular de sua OM.
As SIPAAs esto diretamente ligadas ao SIPAAerM, e executam as tarefas de preveno em
sua rea de atuao.
Todas as OMs que realizam operaes areas e so o foco das atividades de preveno de
acidentes aeronuticos esto subordinadas ao setor operativo da MB.
Na estrutura da Marinha, o setor operativo tem o Comando de Operaes Navais como rgo
de Direo Setorial. Os seguintes comandos so subordinados a ele:
Comando-em-Chefe da Esquadra;
Comandos de nove Distritos Navais;
Comando da Fora de Fuzileiros da Esquadra;
Comando do Controle Naval do Trafego Martimo.
O elo SIPAAerM, responsvel pela anlise da PRSA, deve informar seu emissor a
respeito da soluo adotada.
2.12 CONCLUSO
O SIPAAerM o responsvel pelos trabalhos de coordenao e controle das atividades de
segurana de voo de mais de 100 organizaes militares dentro da estrutura organizacional da
MB.
Revisada por:
Bruno Tadeu Vilela
22 jan. 2014.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
3.1 INTRODUO
A aviao, em geral, uma atividade de alto custo e que envolve riscos na operao.
A preveno destina-se manuteno de todos esses recursos, tendo como foco principal a
preservao da vida humana.
*COTer...
Comando de Operaes Terrestres.
Comando Investigador...
Organizao Militar que designa a Comisso de Investigao de Ocorrncia
Aeronutica (CIOA). Essa OM designa o investigador-encarregado para as
ocorrncias que no requeiram a constituio de uma CIOA.
*CIAA...
Comisso de Investigao de Acidente Aeronutico.
Elemento Certificado...
Designa, genericamente, a pessoa que concluiu, com aproveitamento, determinados
cursos presenciais ministrados pelo CENIPA ou por instituies por este autorizadas,
estando apta a desenvolver atividades especficas no mbito do SIPAER.
3.5 PRESSUPOSTOS
Com o objetivo de desenvolver suas atividades da melhor forma possvel, o SIPAAerEx baseia
seus planejamentos e suas aes de investigao e preveno de acidentes aeronuticos nas
seguintes premissas:
A segurana na atividade area alicerada na existncia de normas que regem
suas atividades, no fiel cumprimento dessas normas e no profissionalismo de seus
integrantes.
Para assuntos que dizem respeito segurana de voo, todos os elos SIPAAerEx
podem e devem ligar-se diretamente, constituindo o chamado canal tcnico.
Do Diretor do SIPAAerEx...
O Diretor do SIPAAerEx ou Comandante de Operaes Terrestres possui as
seguintes atribuies:
orientar a atividade de segurana de voo no mbito do Sistema de Aviao
do Exrcito;
decidir sobre divergncias que, eventualmente, possam surgir na rotina de
atividades do SIPAAerEx;
convocar o Conselho Superior de Segurana de Voo quando for necessrio;
determinar a reabertura de qualquer Investigao de Acidente ou Incidente
Aeronutico, ou de Solo sempre que novos fatos recomendarem tal
procedimento;
designar o Comando Investigador de Acidente ou Incidente Aeronutico, ou
de Solo, quando estiverem envolvidos pessoal ou material de OM Av Ex
subordinados a Grandes Comandos distintos;
aprovar:
o Programa de Preveno de Acidentes Aeronuticos (PPAA) do
Exrcito;
o Calendrio de Obrigaes de Segurana de Voo do SIPAAerEx;
os Relatrios Finais de Acidentes;
as Snteses de Incidentes;
destinar recursos s atividades do SIPAAerEx.
Do Vice-Diretor do SIPAAerEx...
O Vice-Diretor do SIPAAerEx ou Comandante de Aviao do Exrcito possui as
seguintes atribuies:
assessorar o Diretor do SIPAAerEx nos assuntos de Segurana de Voo;
supervisionar o cumprimento das Recomendaes e Determinaes de
Segurana de Voo emitidas pelo SIPAAerEx;
designar a CIOA para investigar Acidente Aeronutico ou Solo nas OM Av
Ex diretamente subordinadas;
em coordenao com a DMAvEx, estabelecer ligaes com os rgos
emissores de laudos de tcnicos relacionados ao fator material;
manter o controle do pessoal especializado no SIPAER lotado no Sistema
Aviao do Exrcito.
*CAvEx...
Comando de Aviao do Exrcito.
*CCI...
Cadeia de Comando de Investigao.
Para tanto, a apurao dos fatores contribuintes deve ter carter cientfico.
Seu objetivo zelar por uma poltica de preveno por intermdio de aes
programadas, guardadas as especificidades operacionais existentes em cada
organizao.
*PPAA...
Programa de Preveno de Acidentes Aeronuticos.
Uma cpia desse PPAA deve ser enviada ao elo superior para que tais elos sejam
submetidos a uma superviso.
Atividades educativas...
Pautadas em instrues, palestras, reunies, treinamentos e seminrios, as
atividades educativas buscam difundir conhecimentos relacionados preveno de
acidentes aeronuticos.
Atividades promocionais...
Eventos destinados a enaltecer a segurana de voo e motivar o pblico-alvo.
Quando o fato envolver o fator material, o RELPREV deve ser divulgado tambm
DMAvEx* e ao COTER para que possa ser divulgado aos demais elos do SIPAER.
*DMAvEx...
Diretoria de Material de Aviao do Exrcito.
recomendvel evitar sua designao para outras escalas de carter administrativo, como
IPM, Sindicncia, Recebimento de Material.
Alm disso, o bom relacionamento pode imprimir maior agilidade nos procedimentos de rotina.
Todos as divergncias que porventura possam surgir devem ser resolvidas pelo Diretor do
SIPAAerEx.
3.12 CONCLUSO
Todas as atividades desenvolvidas pelo Sistema de Investigao e Preveno de Acidentes
Aeronuticos do Exrcito devem ser fundamentadas nas Normas SIPAER.
A mentalidade de segurana de voo deve-se fazer presente em todos os nveis das atividades
de Aviao do Exrcito.
Esse fator essencial para que todas as misses sejam cumpridas com segurana, garantindo
eficincia, a despeito das adversidades encontradas.
_______. Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999. Dispe sobre as normas gerais
para a organizao, o preparo e o emprego das Foras Armadas. [Braslia-DF], jun. 1999.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
4.1 INTRODUO
Nesta unidade, abordaremos, sucintamente, as atribuies do Subsistema de Segurana
Operacional do Sistema de Controle do Espao Areo Brasileiro (SEGCEA).
Tais atribuies sero abordadas levando em conta um tema de grande importncia para
aqueles que se encontram envolvidos com a aviao a segurana no controle do espao
areo.
*SIPAER...
Sistema de Investigao e Preveno de Acidentes Aeronuticos.
4.2 SISCEAB
O SISCEAB um sistema complexo, naturalmente dotado de uma linguagem particular.
Por meio do Departamento de Controle do Espao Areo (DECEA), seu rgo central, o
SISCEAB assume responsabilidades extraordinrias...
Tema central desta unidade, o SEGCEA foi criado com o objetivo de manter seguro o trfego
areo no espao areo sob a jurisdio do Brasil.
4.2.2 CINDACTA
O DECEA gerencia o espao areo do Brasil por meio de seus rgos regionais.
*CINDACTA...
Centro Integrado de Defesa Area e Controle de Trfego Areo.
Sua incumbncia manter seguro e confivel o fluxo do trfego areo nas reas sob sua
jurisdio.
So quatro os CINDACTAs:
CINDACTA I;
CINDACTA II;
CINDACTA III;
CINDACTA IV.
4.2.3 SISTEMAS
Os seguintes sistemas tambm esto sob o amparo do DECEA:
Sistema de Proteo ao Voo (SPV);
Sistema de Telecomunicaes do Comando da Aeronutica (STMA);
Sistema de Defesa Area e Controle de Trfego Areo (SISDACTA);
Sistema de Busca e Salvamento (SISSAR).
O DECEA tambm atua como elo em outros Sistemas, como:
Sistema de Aviao Civil (SAC);
Sistema de Defesa Area Brasileiro (SISDABRA);
Sistema de Controle Aerottico (SCAT);
Sistema de Investigao e Preveno de Acidentes Aeronuticos (SIPAER).
No entanto, com o transcorrer dos anos, essa filosofia comeou a ser superada por um
conceito muito mais amplo o do controle efetivo do espao areo brasileiro.
Essa mudana foi percebida com o aumento do trfego areo e a relevncia dada defesa do
espao areo soberano do Brasil.
Nesse sentido, em 2001, o DECEA foi criado, passando a ser responsabilidade de um oficial
general de quatro estrelas, membro do Alto-Comando da Aeronutica.
4.3.3 EQUIPAMENTOS
Para executar suas funes, o DECEA conta com mais de 5.800 equipamentos utilizados para
o auxlio navegao area.
Por exemplo, Estaes Radar, sistemas de pouso por instrumento, VHF e UHF.
So eles:
37 ILS;
83 VOR;
235 NDB;
157 Auxlios de Aproximao Visual;
174 Estaes RADAR;
4.634 VHF/UHF/HF.
4.3.4 SERVIOS
A descrio dos diferentes rgos do DECEA nos d uma noo da estrutura desse grande
sistema.
No entanto, seus resultados podem ser verificados pelos servios cotidianos prestados aos
operadores das aeronaves, aos pilotos e ao pessoal de voo 24 horas por dia, 365 dias por ano,
sem interrupes.
por meio da qualidade desse servio que se pode medir o desempenho do sistema.
Mesmo assim, espera-se sempre grande equilbrio e tranquilidade por parte deles.
Esse rigor necessrio porque esse elemento humano sofre grande presso psicolgica e ,
muitas vezes, submetido a picos de tenso.
A despeito disso, tal profissional deve manter-se lcido e equilibrado para poder realizar seu
trabalho.
Sua competncia principal prestar informaes s aeronaves prximas, como avisar sobre
obstculos, condies meteorolgicas e outras informaes relevantes.
Seu objetivo principal evitar colises com outras aeronaves, com obstculos e veculos
movimentando-se no solo.
A rea de jurisdio do APP o espao areo denominado rea de Controle Terminal (TMA)
ou Zona de Controle (CTR).
4.6.4 METEOROLOGIA
Em todos os aerdromos e aeroportos do Brasil, um profissional de meteorologia emite um
boletim meteorolgico local a cada hora.
*Dados meteorolgicos...
As cartas de vento e as imagens de satlites so exemplos de dados meteorolgicos.
Tais informaes podem ser impressas e levadas pelo piloto que desejar consult-las em voo.
Esse servio consiste no acompanhamento dos voos de forma a detectar qualquer acidente da
forma mais rpida possvel.
4.6.7 SEGCEA
As atividades areas exigem uma infraestrutura imensa e adequada a promover segurana e
confiana aos que a utilizam.
Manter elevado o nvel de segurana operacional de toda essa estrutura um grande desafio.
Esse desafio vem sendo superado a cada dia com a contribuio dos princpios filosficos do
SIPAER.
Fonte: DECEA.
Por definio, o SEGCEA o subsistema que tem por finalidade o gerenciamento das
atividades de preveno de acidentes, incidentes aeronuticos e incidentes de trfego areo.
Seu esforo contribuiu para mant-lo como um dos 10 pases-membros que tm assento no
Conselho da OACI, desde sua fundao.
poca, a OACI emitiu a estruturao dos Estados Contratantes com Oficinas Centrais e
Regionais como recomendao para tratar de assuntos referentes investigao de incidentes
de trfego areo e preveno de incidentes.
ASEGCEA...
A Assessoria de Segurana Operacional do Controle do Espao Areo o rgo
central do SEGCEA, subordinado, diretamente, ao Diretor-Geral do DECEA.
SIPACEA...
A Seo de Investigao e Preveno de Acidentes/Incidentes do Controle do
Espao Areo um rgo regional do SEGCEA, subordinado, diretamente, aos
Comandantes dos CINDACTA e ao Chefe do SRPV SP, alm de ligado,
sistemicamente, ASEGCEA.
SPACEA...
A Seo de Preveno de Acidentes/Incidentes do Controle do Espao Areo um
rgo setorial do SEGCEA, pertencente estrutura do CGNA e 1o GCC, subordinado,
diretamente, ao Comandante ou Chefe e ligado, sistemicamente, ASEGCEA.
ASSIPACEA...
rgo local do SEGCEA, pertecente estrutura dos PSNA/GCC, subordinado,
diretamente, ao Comandante ou Chefe do PSNA/GCC e ligado, sistemicamente,
SIPACEA regional ou SPACEA setorial.
ASEGCEA...
As principais atribuies do ASEGCEA so:
assessoramento ao Diretor-Geral do DECEA nos assuntos relacionados
Segurana Operacional do Controle do Espao Areo;
controle do cumprimento de normas e procedimentos operacionais, e da
aplicao de planos, instrues e programas referentes Segurana
Operacional do Controle do Espao Areo, a anlise de seus resultados e a
proposta de aes recomendadas;
gerenciamento das atividades de preveno e investigao de acidentes e
incidentes correlacionados ao SISCEAB;
compatibilizao dos assuntos de investigao e preveno de acidentes
aeronuticos relacionados ao SISCEAB juntamente ao SIPAER;
composio do Comit de Segurana Operacional do SISCEAB (CSO-
SISCEAB);
desenvolvimento de ferramentas para o aperfeioamento do SGSO no
SISCEAB;
processamento, coordenao e manuteno, em arquivo, das anlises de
risco e a identificao dos perigos Segurana Operacional no SISCEAB;
coordenao, compatibilizao e elaborao de planos, normas, regras,
instrues e programas referentes Segurana Operacional no Controle do
Espao Areo;
representao do DECEA em simpsios e seminrios nacionais e
internacionais sobre Segurana Operacional do Controle de Espao Areo;
coordenao de profissional credenciado para CIOA;
controle do cumprimento de RSO no SISCEAB;
elaborao do PPAA do DECEA.
SIPACEA...
As principais atribuies do SIPACEA so:
elaborao do PPAA regional;
encaminhamento ao DECEA do relatrio de acompanhamento de
cumprimento do PPAA;
informao ao Comandante ou Chefe a respeito da situao de
cumprimento do PPAA respectivo;
realizao de auditorias de segurana operacional nos rgos do SISCEAB
de sua rea de jurisdio;
realizao de reunies com a comunidade usuria do ATS da regio;
propositura da designao de profissional credenciado pelo SIPAER para
investigao de incidente de trfego areo;
coordenao da execuo de todas as tarefas relativas composio dos
RICEA;
envio ASEGCEA, dentro do prazo, do RICEA de incidente investigado em
sua rea;
coordenao e superviso de todo o processo que envolve a investigao
de incidentes de trfego areo em sua rea de jurisdio;
manuteno de um efetivo controle sobre as recomendaes de segurana
emitidas em sua rea de jurisdio;
participao de CIOA ou propositura da indicao de OSCEA/ASCEA da
rea;
manuteno de um efetivo controle de todos os elementos credenciados ao
SIPAER.
SPACEA...
As principais atribuies do SPACEA so:
elaborao do PPAA especfico de sua Organizao;
manuteno do controle atualizado dos EC do efetivo da Organizao;
planejamento e execuo de tarefas especficas de preveno de acidentes
nas reas educativa e promocional;
anlise de ocorrncias operacionais que possam afetar a segurana
operacional da atividade area;
programao e realizao de VSO nos setores jurisdicionados de sua
Organizao.
ASSIPACEA...
As principais atribuies do ASSIPACEA so:
coordenao das atividades previstas na legislao SEGCEA quando da
ocorrncia de acidente ou incidente aeronutico em sua localidade;
participao dos briefings operacionais dos rgos ATS locais;
manuteno efetiva do controle e da atualizao das normas que regem o
SEGCEA;
acompanhamento de todo o processo que envolve a investigao de
incidentes de trfego areo em sua localidade.
Toda informao que possa contribuir para a preveno investigada por especialistas em
trfego areo, comunicaes, meteorologia, informaes aeronuticas, etc.
Todo rgo local do SISCEAB possui, em seu efetivo, profissionais habilitados no trato de
assuntos ligados preveno.
Essa habilitao dada por cursos realizados no CENIPA, conforme previsto na NSCA 3-10
Formao e Capacitao dos Recursos Humanos do SIPAER.
4.7 CONCLUSO
No que diz respeito segurana operacional no controle do espao areo, as informaes
abordadas nesta unidade devem ser consideradas como bsicas.
No pretendemos e nem podemos esgotar o assunto nesta pequena unidade.
Todas as informaes citadas podem ser aprofundadas nas legislaes vigentes que
foram referenciadas nesta unidade.
______. Programa de Preveno de Acidentes Aeronuticos do DECEA para 2010: ICA 63-16.
Rio de Janeiro, RJ, 2010.
NOBRE, Cap. Esp. CTA Sandro Roberto. Segurana no controle do espao areo. Braslia:
CENIPA, 2011.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
MDULO 2 REGULAO DO SIPAER
APRESENTAO
Este mdulo est dividido em sete unidades.
So elas:
Unidade 1 Estrutura e Atribuies dos elementos constitutivos do SIPAER;
Unidade 2 Gesto da Segurana de Voo na Aviao Brasileira;
Unidade 3 Plano de Emergncia Aeronutica em Aerdromo;
Unidade 4 Investigao de Ocorrncias Aeronuticas com Aeronaves Militares;
Unidade 5 Formao e Capacitao dos Recursos Humanos do SIPAER;
Unidade 6 Cdigo de tica do SIPAER;
Unidade 7 Protocolos de Investigao de Ocorrncias Aeronuticas da Aviao
Civil conduzidas pelo Estado Brasileiro.
Nesse sentido, coube ao CENIPA a normatizao da estrutura e das atribuies dos elementos
constitutivos do SIPAER por meio da NSCA 3-2.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
2.1 LEGISLAO
Seu texto estabelece critrios, normas e procedimentos para o planejamento e a execuo das
atividades bsicas da Preveno de Ocorrncias Aeronuticas.
Isso permite que os Elos-SIPAER desenvolvam suas atividades de acordo com a realidade de
suas organizaes, sempre tendo como foco a melhoria da segurana das atividades areas.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
UNIDADE 3 PLANO DE EMERGNCIA AERONUTICA EM AERDROMO
O CENIPA editava as normas referentes ao assunto, com mbito das aviaes civil e
militar, por meio da NSCA 3-4.
De forma mais abrangente, o PLEM contm vrios outros tipos de emergncias que podem
afetar a operao de um aerdromo.
A NSCA 3-4 possui diversos exemplos que podem servir de referncia para elaborao de um
PEAA.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
UNIDADE 4 INVESTIGAO DE OCORRNCIAS COM AERONAVES MILITARES
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
A lista de indicao para a matrcula de candidatos deve ser remetida em ordem de prioridade
estabelecida pela organizao solicitante.
A indicao feita por OM ou por instituio privada ser vlida somente para o curso ou estgio
especificado, perdendo seu efeito para cursos ou estgios subsequentes.
5.6 CONSIDERAES
Atendendo aos critrios e aos requisitos estabelecidos na NSCA 3-10, para ministrar o Curso
de Preveno de Acidentes Aeronuticos (CPAA), o CENIPA pode homologar:
instituies no mbito do Ministrio da Defesa (MD);
instituies de ensino superior que tenham curso de Cincias Aeronuticas
reconhecido pelo Ministrio da Educao.
Conforme prev a NSCA 3-2, os ECs sero considerados aptos a atuar como Elos de
preveno de acidentes aeronuticos dentro de sua esfera de competncia.
A emisso de credenciais SIPAER, por sua vez, ser feita de modo a identificar os profissionais
que participaro de atividades diretamente ligadas s investigaes de ocorrncias
aeronuticas.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
6.2 TICA
As normas ticas revelam a melhor forma de o homem agir em seu relacionamento com a
sociedade e em relao a si mesmo.
Segundo sua teoria, somente quem tem conhecimento pode ver com clareza o
melhor modo de agir em cada situao.
6.3 TEORIAS
Assim como a teoria socrtica, vrias outras foram formuladas ao longo da histria,
contribuindo, de algum modo, para a melhora do agir humano e, por conseguinte, para o
convvio social.
Para muitos autores, Aristteles teria sido o primeiro autor a desenvolver o pensamento sobre
a tica.
Esse pensamento teria surgido da reflexo* sobre a diferena entre conhecimento terico e
conhecimento prtico.
*Reflexo...
Alm disso, o autor teria compreendido que o saber relacionado s coisas humanas no
seria suscetvel de demonstrao terica conforme acontece na matemtica e na fsica.
Nesse sentido, subordinar as aes humanas a leis to precisas quanto as da cincia seria
invivel.
[...] o estudo dos juzos de apreciao que se referem conduta humana susceptvel
de qualificao do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente determinada
sociedade, seja de modo absoluto.
6.6 PRINCPIOS
O princpio o ponto em que alguma coisa ou algum conhecimento se origina
portanto, algo em sua gnese.
Fazendo uma anlise minuciosa desses conceitos, percebemos que os princpios que regem
nossa conduta em sociedade so os conceitos ou as regras que aprendemos por intermdio do
convvio, passados de gerao em gerao.
6.7 PILARES
Quando uma pessoa afirma que determinada ao fere seus princpios, ela est referindo-se a
um conceito ou a uma regra que surgiu...
...em algum momento, em sua vida ou na vida do grupo social em que ela est
inserida e que foi aceito como ao moralmente adequada.
Alm disso, devem conhecer e se guiar pelos princpios consagrados pela Filosofia do
SIPAER.
6.9 VALORES
Nas mais diversas sociedades, independentemente do nvel cultural, econmico ou social em
que estejam inseridos, os valores so fundamentais.
Os valores determinam quais so as pessoas que agem tendo o bem por finalidade.
As pessoas so mais ou menos desejadas ou estimadas por outras pessoas ou por um grupo
por seu carter.
Todos os termos que servem para qualificar uma ao ou o carter de uma pessoa
tm um peso positivo e um peso negativo.
Kant* afirmava que toda ao considerada moralmente boa deveria ser, necessariamente,
universal.
*Immanuel Kant...
Filsofo alemo, nasceu no ano de 1724, em Knigsberg, atual Kaliningrado, onde passou
toda sua vida, falecendo em 1804, aos oitenta anos
Em geral, considerado pelos estudiosos como o ltimo grande filsofo dos princpios da era
moderna. Indiscutivelmente, um dos pensadores mais influentes do Iluminismo, seu
pensamento teve grande impacto no Romantismo alemo e nas filosofias idealistas do sculo
XIX. Como muitos outros filsofos, Kant acreditava que a moralidade pode resumir-se no
princpio fundamental da razo, a partir do qual se derivam todos os nossos deveres e
obrigaes. Foi a esse princpio que chamou de imperativo categrico.
Infelizmente, o ideal kantiano de valor e moralidade est muito longe de ser alcanado.
As diversidades culturais e sociais fazem com que o valor dado a determinadas aes mude de
acordo com o contexto em que o indivduo est inserido.
Sua funo orientar as aes de seus investigadores e explicitar sua postura social
em face dos diferentes pblicos com os quais interage.
da mxima importncia que seu contedo seja refletido nas atitudes dos profissionais do
SIPAER.
A misso do CENIPA :
Para tanto, os profissionais devem pautar suas aes em lealdade, transparncia e respeito.
6.16 ATENO
O desrespeito aos ditames contidos no Cdigo de tica no se confunde com o cancelamento
da Certificao ou Credencial SIPAER por motivos de ordem tcnica e doutrinria regulado
pela NSCA 3-10.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
Sua finalidade fazer com que se cumpram, com uniformidade, as normas e as prticas
recomendadas Standards and Recommended Practices (SARP).
7.3 FERRAMENTA
A investigao de acidentes, incidentes aeronuticos graves e incidentes aeronuticos uma
ferramenta reativa indispensvel segurana de voo.
Por esse motivo, preciso avaliar o alcance de cada investigao considerando os custos e os
ensinamentos colhidos.
...em caso de acidente com aeronave de peso igual ou superior a 2.250 kg, ou
equipada com motor turbina (qualquer peso), ser emitido um Relatrio Final (RF)
fundamentado no RAI e no Registro Preliminar (RP).
7.6 EMISSO DE RELATRIO FINAL
Tambm ser emitido Relatrio Final quando houver...
No caso de incidente aeronutico grave com aeronave de PMD igual ou superior a 5.700 Kg,
ou equipadas com motor turbina (qualquer peso), ser emitido um RF fundamentado no RAI
e no RP.
Uma notificao deve ser feita sempre que houver qualquer ocorrncia aeronutica.
O responsvel pela ao inicial deve comparecer ao local da ocorrncia para registrar todas as
informaes factuais que possam ser teis durante a investigao.
Dessa forma, possvel garantir que um exame detalhado poder ser feito,
sem atrasos, imediatamente aps as aes de resgate.
Isso ocorrer quando o PSAC possuir profissional credenciado pelo CENIPA para
realizar investigao de ocorrncia aeronutica.
*Objetivo do RF...
O RF elaborado com base nas informaes factuais, na anlise e na concluso.
Em outras palavras, o RF consiste na apresentao dos fatos e dos fatores contribuintes, e das
recomendaes de segurana que vo reproduzir a dinmica da ocorrncia aeronutica.
7.12 SUMA
Criada pelo CENIPA, a SUMA de Investigao de ocorrncia aeronutica uma ferramenta
fundamentada nas recomendaes da OACI para a divulgao da concluso de uma
investigao.
Sua finalidade* buscar impedir que outras ocorrncias se repitam pela presena de
fatores contribuintes anlogos.
*Finalidade...
De acordo com o Anexo 13 Conveno sobre Aviao Civil Internacional, o nico objetivo
da investigao a preveno de ocorrncias aeronuticas.
No caso de acidente ou incidente grave ocorrido com qualquer aeronave de registro nacional
ou estrangeiro em territrio brasileiro, o CENIPA, como representante legal do Estado,
notificar, com a maior brevidade possvel e pelo meio mais adequado e rpido de que
disponha:
os Estados de Registro;
os Estados de Operador;
os Estados de Projeto;
os Estados de Fabricao;
o ICAO, nos casos de aeronaves com peso maior ou igual a 2.250 kg (acidente),
5.700 kg (Incidente Grave) ou aeronave equipada com turbina (qualquer peso).
Elaborada com base nas informaes colhidas no RAI, a SUMA de Investigao composta
pelos seguintes tpicos:
informaes factuais;
histrico do voo;
comentrios;
fatos;
aes corretivas;
recomendaes de segurana quando pertinentes.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
7. 14 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT. NBR 6023. Informao e
Documentao: referncias: elaborao. Rio de Janeiro, RJ, 2002.
_______. Lei n 11.182 de 27 de setembro de 2005. Cria a Agncia Nacional de Aviao Civil -
ANAC, e d outras providncias. Dirio Oficial da Unio n 187, S/1, p.1-8, 28/09/2005.
_______. Lei Complementar n 97 de 9 de junho de 1999. Dispe sobre as normas gerais para
a organizao, o preparo e o emprego das Foras Armadas. Dirio Oficial da Unio.
APRESENTAO
Este mdulo est dividido em sete unidades.
So elas:
Unidade 1 Risco Baloeiro;
Unidade 2 Emisso de Raio Laser contra aeronaves;
Unidade 3 Foreign Object Damage FOD;
Unidade 4 Risco da Fauna;
Unidade 5 Relatrio de Preveno RELPREV;
Unidade 6 Relatrio ao CENIPA para Segurana de Voo RCSV;
Unidade 7 Vistoria de Segurana de Voo VSV.
Alguns tinham o desejo de ser livres como os pssaros, outros tentavam aproximar-se dos
deuses.
Alguns documentos citam que, na dinastia de Yin, no sculo XXI A.C., existiam
bales, possivelmente movidos fumaa, que eram utilizados para levar pessoas.
Alguns registros histricos atribuem a construo dos primeiros bales a outro povo.
Tal faanha teria sido realizada pelos ndios Nazca, peruanos pr-incaicos, h
mais de 2000 anos.
A amizade de Marco Plo com Kublai Khan, neto de Gengis Khan, permitiu-lhe
o aprendizado da arte dos bales.
Sua famlia levou essa inveno para a Itlia em seu regresso, no ano de 1292.
Em 1975, foi comprovado ser possvel construir um balo com o material da poca.
Essa popularizao aconteceu, especialmente, entre os povos de lngua latina, como Frana,
Itlia, Espanha, Portugal, Mxico e Brasil.
O homem moderno d seu primeiro passo em direo aos cus em 1709, com o
padre brasileiro Bartolomeu Loureno de Gusmo.
Bartolomeu mostrou seu balo de ar quente a Dom Joo V, rei de Portugal, e a toda
sua corte.
*Passarola...
Aps duas tentativas, o balo teria conseguido subir quatro metros.
No entanto, foi destrudo por dois guardas receosos de que o padre voador provocasse um
incndio no palcio.
Como a proposta era servir para viagens, transportes, correo de mapas e apoio s
guerras, o resultado pouco satisfatrio fez com que Dom Joo V no se entusiasmasse com
o projeto.
*ltimas dcadas...
O Primeiro Encontro Brasileiro de Balonismo em Casa Branca, em So Paulo, aconteceu em
julho de 1986.
A partir de ento, a organizao da atividade com bales tripulados teve incio no Pas.
No decorrer dos anos, com o uso da tecnologia e da criatividade, foram atingindo propores
gigantescas.
VamosconheceralgumascuriosidadessobreobalonismonoBrasil?
Para conhecer algumas curiosidades sobre o Balonismo no Brasil acesse o Moodle
Pssaros,quesomaisleves,menoresenoexplodem,jderrubaramaeronavesdetodosos
portes.
Podemos citar como exemplo o ocorrido com o Airbus 320, forado a realizar um
pouso de emergncia no Rio Hudson, em New York, em 2009, aps colidir com
pssaros durante a subida.
1.6 NMEROS
No Brasil, a atividade baloeira est organizada em turmas.
Entre os anos de 2002 e 2010, a Infraero registrou 1.125 ocorrncias com bales de ar quente
no tripulados que caram ou sobrevoaram a rea patrimonial dos aeroportos de Guarulhos-
SP, Congonhas-SP e Galeo-RJ.
Todos os anos h centenas de reportes provenientes da aviao civil e da aviao militar sobre
avistamento de bales durante o sobrevoo de terminais.
O risco elevado porque nessa rea que h uma maior concentrao de aeronaves de
grande porte voando em altitudes menores, em procedimento de aproximao ou subida.
Dessaforma,podemosperceber,claramente,oriscoqueessaprticarepresentaparaa
atividadearea.
Para que isso ocorra, imprescindvel conhecer o perigo que os bales representam.
Balodearquente,degrandeporte,notripulado.Grandequantidadedefogosdeartifcio
transportadasemcontroledesuatrajetria.
Para isso, o balo faz uso de uma lona ou papel protegendo uma pequena quantidade de
ar quente por meio de uma chama controlada.
O balo tambm pode fazer uso de outra substncia que seja mais leve que o ar.
1
Caractersticas...
Ao longo de sua histria, o CENIPA vem pesquisando e registrando, continuamente, as
ocorrncias com bales de ar quente no tripulados.
Alcance...
2
Um avio comercial em altitudes mais elevadas voa segundo as regras de voo por
instrumento.
Essa situao no exige dos pilotos a vigilncia do espao areo a olho nu.
Autonomia...
3
Isso faz com que os bales permaneam mais tempo no ar e atinjam grandes distncias.
Por exemplo, um balo solto no interior do estado de So Paulo pode alcanar o terminal da
cidade de So Paulo, no qual existe grande fluxo de trfego areo.
Com certeza, quem solta um balo no imagina que ele possa apresentar um risco to
grande a vidas humanas.
4
Dimenses...
Os materiais mais modernos, leves e resistentes permitem a construo de bales com
dimenses cada vez maiores.
Desse modo, um balo pode ser considerado uma verdadeira bomba relgio aguardando o
momento de ser deflagrada.
Leve...
Balo livre no tripulado que carrega uma carga til com uma massa combinada de
menos de 4 kg.
Mdio...
Balo livre no tripulado que carrega uma carga til de dois ou mais pacotes com
uma massa combinada de 4 kg ou mais, mas menos de 6 kg.
Pesado...
Balo livre no tripulado que carrega uma carga til que:
possui uma massa combinada de 6 kg ou mais;
inclui um pacote de 3 kg ou mais;
inclui um pacote de 2 kg ou mais, com uma rea de mais densidade que 13
g por cm;
usa uma corda ou outro dispositivo para a suspenso da carga til que
exige uma fora e um impacto de 230 N ou mais para separar a carga til
suspensa pelo balo.
1.13 DIMENSES
A densidade da rea determinada dividindo-se a massa total em gramas da carga til pela
rea em centmetros quadrados de sua menor rea.
1.14 VISIBILIDADE
O risco de uma coliso com uma aeronave acentua-se noite ou com o cu encoberto por
nuvens.
A bucha, que sinalizaria a posio de um balo durante a noite, algumas vezes se apaga, e o
balo permanece ainda um bom tempo sobrevoando a cidade.
Dependendo de como foi construda sua estrutura, o balo pode ser ingerido por um
motor ou at mesmo danificar a estrutura de uma aeronave no momento do impacto.
Osdanossoimprevisveis.
1.15 QUANTIDADE
As estatsticas mostram que h um aumento significativo das ocorrncias com bales nos
meses de maio, junho e julho.
Nesses trs meses h festejos, como dia de So Jorge, dia de Nossa Senhora de Ftima,
Santo Antnio, So Pedro e So Joo, entre outros.
Do mesmo modo, deve haver um reforo na fiscalizao por parte das autoridades policiais.
1.16 IMPACTO
Por intermdio de uma frmula matemtica, podemos ter uma ideia do que representaria o
impacto de uma aeronave em descida, com 250 ns, ao colidir com um balo de 150 kg.
O impacto recebido seria de 208 toneladas, valor equivalente metade de um Boeing 747.
Alm disso, devemos contar tambm com a capacidade explosiva dos fogos de
artifcio e dos botijes de gs, que podem gerar um prejuzo incalculvel.
1.17 CLCULO
Podemos considerar alguns exemplos de clculos da fora de impacto entre uma aeronave e
um balo.
Inicialmente, podemos considerar a velocidade de 150 kt para uma aeronave em fase de
aproximao para pouso em funo de bales com diversos pesos (kg)
Logo, durante a ingesto de partes de um balo pelo motor, o impacto seria ainda mais
destrutivo em funo da rotao das palhetas.
Osdanosaomotoreestruturadaaeronaveseriamimprevisveis,podendosercatastrficos.
1.19 DESEMPENHO
As novas tecnologias disponibilizam materiais mais modernos, leves e resistentes, facilitando a
construo de bales com dimenses cada vez maiores e com alcances surpreendentes.
Toda essa parafernlia pendurada embaixo de um balo no tripulado e sem controle oferece
um risco ainda maior.
Aocair,umbalopodeprovocarsriosdanosareaspovoadasouaomeioambientes,em
matas.
Alm disso, h o risco de uma coliso catastrfica com uma aeronave comercial de grande
porte ao ocupar o espao areo de forma aleatria.
A situao agravada medida que o balo ganha dimenses maiores e transporta fogos e
buchas de maior durabilidade, feitas, muitas vezes, at com botijes de gs.
1.22 ESTATSTICAS
Uma ferramenta muito til para a comprovao das ocorrncias com bales a estatstica.
A estatstica realizada, dia a dia, pelo pessoal da administrao dos aeroportos nas seguintes
situaes:
registro de quedas;
avistamento sobrevoo de bales de ar quente no tripulados na rea de seus
aerdromos.
As estatsticas apontam que a atividade baloeira permanece com muita fora e com muitos
seguidores.
Porisso,diversosentespblicosseenvolvemepermanecemnalutacontraaatividade
baloeira*.
Inmeras atividades so difundidas ao longo dos anos visando esclarecer, em sua maioria, os
riscos causados pela prtica de soltar bales de ar quente e suas consequncias danosas
aviao, populao e ao meio ambiente.
1.25 EXEMPLOS DE AES
So exemplos de aes que vm sendo desenvolvidas ao longo dos ltimos 18 anos...
debates sobre o tema1;
campanhas de divulgao2;
reportagens junto s emissoras de TV3;
envio de matria sobre o tema aos jornais impressos;
vinhetas4;
filmetes5;
distribuio de material didtico, concurso de redao, palestras de
conscientizao para crianas e pais;
contatos com o Ministrio da Educao para insero do assunto no currculo
escolar;
programas de educao ambiental promovidos pelas Secretarias de estado de
defesa civil;
melhora da represso da atividade baloeira e da divulgao do tema pela internet;
estmulo denncia (disque-denncia);
realizao de palestras no meio aeronutico6;
incentivo comunicao das ocorrncias e dos avistamentos durante o voo7.
2
campanhas de divulgao...
So divulgadas as consequncias do ato de soltar bales e busca-se conscientizar do mal
maior que tal atividade pode resultar, como mortes, leses, danos, acidentes, incndios, entre
outros.
So realizadas coberturas de incndios provocados por bales que caem ainda em chamas.
4
Vinhetas...
Produzidas para tocar em rdios populares, alertam para o mal que pode ser produzido por um
simples balo lanado a esmo.
5
Filmetes...
Produzidos especialmente para as escolas e aulas para professores, principalmente no Rio de
Janeiro e em So Paulo.
So realizadas com o intuito de chamar ateno para os riscos de coliso em voo com bales.
7
incentivo comunicao das ocorrncias e dos avistamentos durante o voo...
Sua finalidade a construo de uma estatstica confivel, capaz de mensurar a gravidade a
qual as aeronaves so expostas. Em 2012, o CENIPA implantou em seu site uma ferramenta
informatizada de reportes de ocorrncias com bales.
Nesse site, tambm possvel realizar pesquisas sobre o problema, estatsticas e outras
informaes. Tal ferramenta substituiu a antiga Ficha CENIPA 29 para o reporte de ocorrncias
com bales.
preciso dar conscincia situacional aos apaixonados pela arte de soltar bales.
Todo cidado deve ter conscincia do efeito catastrfico gerado pelo singelo e, por
vezes, ingnuo gesto de soltar um balo de ar quente no tripulado.
1.27 CONSCINCIA
Diante da certeza do prejuzo para a segurana da aviao e do trfego areo brasileiro, o
CENIPA realiza incansveis atividades de conscientizao da sociedade brasileira.
Como se trata de uma prtica valorizada na cultura brasileira, a forma mais eficaz de combat-
la o investimento na educao infantil e tambm da sociedade em geral.
Noentanto,comosetratadeumaprticailegal,comamparoprevistoemlei,devemos
considerartambmasatividadesderepressopormeiodasSecretariasdeSeguranaPblica
estaduais,dasautoridadespoliciaisedosdemaisrgosdedefesacivil.
Agindoassim,milharesdevidasdeixarodecorrerrisco,sejaabordodeumaaeronaveno
espaoareobrasileiro,sejadentrodecasasprximasaterminaisdosgrandesaeroportos.
HOUAISS, Antnio. Dicionrio Houaiss da Lngua Portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva,
2009.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
Ainvenodolaser,em1957,contribuiuparainmerasfacilidadesemnossasvidas,desde
leitoresdecdigodebarras,CDeDVD,atsofisticadostratamentosnamedicina.
Entretanto, para a aviao, o raio laser usado indevidamente contra cabines de aeronaves
tornou-se uma fonte potencial de risco.
O laser, acrnimo para light amplification by stimulated emission of radiation, pode produzir um
feixe de luz de intensidade capaz de causar danos ao tecido humano.
Em 19 de novembro de 1993, s 22h, um Boeing 737 que havia decolado de Las Vegas, nos
Estados Unidos, foi atingido por um raio laser verde a 500 ps de altura.
O feixe entrou na cabine pelo lado da janela do copiloto, e ofuscou os dois pilotos por
cerca de 5 a 10 segundos.
O copiloto reportou problemas com o olho direito e necessitou de cuidados mdicos aps o
voo.
Duranteosdoisanosseguintes,nasproximidadesdoAeroportodeLasVegas,ocorrerammais
de150feixesdelasercontraaeronavesdetransportedepassageiros,aeronavesmilitarese
aeronavesdeseguranaedefesapblica
Isso pode levar a uma situao extrema de perda de controle em voo, em especial
nos casos de aeronaves tripuladas por um nico piloto.
Por conta disso, o grupo de estudo recomendou a redao de um manual sobre efeitos
mdicos, fisiolgicos e psicolgicos da exposio dos tripulantes ao raio laser.
2.6 AES
Podemos considerar as seguintes aes mitigadoras:
*Site do CENIPA...
Acesse www.cenipa.aer.mil.br. Em seguida, clique em RAIO LASER e, a seguir, em FAA SUA
PESQUISA.
Foi possvel gerar um banco de dados com capacidade de pesquisa on-line por meio da
ficha eletrnica de notificao de raio laser.
Foi possvel gerar um banco de dados com capacidade de pesquisa on-line por meio da
ficha eletrnica de notificao de raio laser.
Em paralelo, vrios trabalhos com foco na preveno de acidentes foram desenvolvidos com
emissoras de televiso, rdio, revistas e jornais.
Medidas preventivas tambm esto sendo adotadas por meio do Departamento de Controle do
Espao Areo.
2.12 PREVENO
A Secretaria Nacional de Segurana Pblica SENASP tem procurado desenvolver aes
para coibir o problema relativo ao uso de raio laser.
Em vrias operaes, a fonte emissora de raio laser contra aeronaves foi localizada e
identificada.
Em muitos desses casos, o laser fora utilizado por crianas e adolescentes que desconheciam
as consequncias da ao praticada.
Aprevenodeacidentesdecorrentesdaemissoderaiolasercontraaeronavesumatarefa
quenodependeapenasdoCENIPA.
2.13 REFERNCIAS
INTERNATIONAL CIVIL AVIATION ORGANIZATION. Manual on Laser Emitters and Flight
Safety (Doc 9815). 2003.
MATTOS, Tem. Cel. Av. Marcio Vieira. Emisso de raio laser contra aeronaves (Apostila). [20--
?].
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
UNIDADE 3 FOREIGN OBJECT DAMAGE (F.O.D.) DANO POR OBJETO ESTRANHO
OproblemaForeignObjectDamage(F.O.D.)caracterizadoporumgrandeparadoxoentrea
simplicidadedofatorcontribuinteeogigantismodesuasconsequncias.
Um pequeno parafuso em uma turbina, por exemplo, pode dar origem a um prejuzo de
centenas de milhares de dlares.
Embora a sigla F.O.D. seja conhecida, bem como as palavras que a formam, geralmente
existem duas concepes ligeiramente distorcidas.
A primeira distoro a associao equivocada do F.O.D. aos objetos que causam ou podem
causar danos s turbinas de avies.
Na verdade, a sigla Foreign Object Damage refere-se ao dano causado pelo objeto
estranho, e no ao objeto que o causou.
3.5 IMPORTNCIA
Felizmente, so raros os acidentes associados a problemas com F.O.D.
Muitas vezes, antes que uma falha fatal acontea, o risco de sua ocorrncia pode ser
notado no tipo de operao da aeronave ou em controles estatsticos.
3.6 CONCLUSES
Apesar do baixo ndice nas estatsticas de acidentes, o F.O.D. aparece com nmeros bem
expressivos na categoria de incidentes.
OscustosindiretoscausadosporF.O.D.,muitasvezes,superamosdiretamenteassociados
substituioouaoreparodocomponentedanificado.
Vocconseguedefinirquaissoostiposdeproblemas?
Os problemas com uma maior incidncia de casos podem trazer custos para a administrao
de uma empresa area.
Esses custos so difceis de mensurar.
So eles:
discordncia entre as reas de manuteno e operaes;
perda de credibilidade das tripulaes na qualidade dos servios de equipe de
apoio.
3.10 LINHAS DE AO
Duas linhas de ao podem ser tomadas.
Essetrabalhoexige,sobretudo,muitoempenho.
3.12 CRTICA
Haindamuitacrticasobreainsistncianaabordagemdeassuntosimportantesquej
tenhamsidoapresentadosantes.
No entanto, temos conhecimento adquirido e atualizado sobre o tema e sabemos que, a cada
dia, mais profissionais se voltam para a segurana de voo.
4.1 INTRODUO
Asavestmgrandemobilidade,capacidadeadaptativaesoasverdadeirasproprietriasdos
cus.
Desde antes do primeiro voo do mais pesado que o ar realizado por Alberto Santos Dumont,
em 1906, colises com esses animais j eram uma possibilidade real.
A coliso com aves sempre foi mais um risco a ser considerado pelos pioneiros na realizao
do voo seguro.
A primeira delas foi o heri norte-americano Calbraith Rogers, que faleceu aps
colidir com uma gaivota em um voo sobre Long Beach, na Califrnia.
Isto tambm vlido para a altura de voo e explica porque a maioria das colises
ocorrem quando as aeronaves esto abaixo de 3.500 ps de altura.
A distribuio de pontos atrativos de fauna na regio do entorno faz com que cada aerdromo
seja nico em termos de gerenciamento de risco.
Asaeronavesmilitaresesto,proporcionalmente,maisexpostasaosriscosqueascivis.
Para tanto, devemos considerar que as aves, como quaisquer outros animais, sempre
procuraro, instintivamente, saciar suas necessidades bsicas, como alimento, gua, abrigo,
descanso e procriao.
Asaesdevemserplanejadasecontnuas.
fantasioso acreditar que equipes de outras reas podero realizar um trabalho adequado
quando no estiverem envolvidas em suas atividades principais.
No Brasil, este banco de dados gerido pelo CENIPA e as informaes registradas servem
para:
4.8 FATORES
As mudanas acontecem por causa de alguns fatores...
A responsabilizao deve ser feita aos moldes do que praticado em outros pases,
como Estados Unidos da Amrica, Canad, Reino Unido, Frana, Austrlia, etc.
Nesses pases, a agncia de aviao civil e as foras armadas so somente
participantes das aes de gerenciamento do risco de fauna.
Em 2012, foi sancionada a Lei n 12.725, que dispe sobre o controle de fauna nas
imediaes dos aerdromos.
Isso acontece tanto nas fases de voo de aproximao final, quando as aeronaves
esto chegando para o pouso, quanto na subida inicial, aps a decolagem.
...o risco decorrente da utilizao do mesmo espao areo por aeronaves e a fauna,
mensurado por metodologia formal, em termos de probabilidade e de severidade,
tomando por referncia a pior situao possvel no contexto operacional da aviao.
Decolagemoupousointerrompidos,paradadeemergnciaemaltavelocidadeesadadepista
paraevitaracolisosoexemplosdeincidnciadeefeitosignificativo.
4.11 FRMULA
Casosejadeterminadooutromotivoparaamortedeanimal,acarcaaencontradanarea
operacionalnoserconsideradaoriundadecolisocomfauna.
A necessidade de gerenciamento de risco avirio e fauna reside no fato de que vidas humanas
a bordo de aeronaves e no solo podem ser abruptamente interrompidas por causa do potencial
destrutivo de coliso com uma nica ave.
E = 1/2 mv
m = massa de ave / v = velocidade da aeronave
Ainda assim, estima-se que somente de 20 a 25% das colises sejam efetivamente
comunicadas no pas.
4.13 DADOS
O Brasil possui a segunda maior frota de aeronaves e a segunda maior variedade de espcies
de aves em todo o mundo.
Sendoassim,amaisbsicadasaescomunicartodasascolises,quasecolisese
avistamentospelostripulantesdeaeronavesvoandonoterritriobrasileiro
Nem sempre a tripulao tem a oportunidade de visualizar que houve uma coliso com aves
devido velocidade da aeronave e carga de trabalho na execuo dos procedimentos
normais de voo.
Em qualquer um dos casos, a comunicao deve ser feita pela mesma ficha CENIPA 15.
A informao de que a coliso foi detectada na inspeo de trnsito ou antes do voo deve ser
inserida no campo fase de voo outra.
Essa coliso no ser computada para o aeroporto em que a inspeo foi realizada, mas a
informao deve ser preenchida no formulrio.
Com a fuso dos dados recebidos de todos esses profissionais, o CENIPA atualiza e registra
cada evento.
Sejam colises, quase colises e avistamentos de aves ou outros animais, a anlise desses
dados de grande valia para o estabelecimento das linhas de ao em cada aerdromo.
Com tal equipe, outros setores seriam liberados de atribuies nessa rea.
Tais profissionais poderiam receber treinamento, por exemplo, dos bilogos de aerdromos
maiores.
4.16 CONCLUSO
O risco de fauna existe e continuar a representar um problema enquanto a aviao existir,
restando somente o seu gerenciamento integrado como maneira eficiente para reduzir
acidentes aeronuticos.
Afinaldecontas,todospodemsofrerseusefeitosmesmonuncatendoentradoemuma
aeronave!
4.17 REFERNCIAS
AUSTRALIAN TRANSPORT SAFETY BUREAU. The Hazard Posed to Aircraft by Birds.
Canberra: ATSB, 2003. ISBN: 1877071234
______. Australian aviation wildlife strike statistics: bird and animal strikes 2002 to 2009 (AR-
2009-64). Canberra:ATSB, 2010.
______. Lei n 12.725, de 16 de outubro de 2012. Dispe sobre o controle de fauna nas
imediaes de aerdromos.
DOLBEER, R. A.; FRANKLIN, A.B.; Population Management to Reduce the Risk of Windlife-
Aircraft Collisions. In: Wildlife in Airports Environments: preventing animal-aircraft collisions
through Science-based management. Eds DEVAULT, T. L.; BLAKWELL, B. F.; BELANT, J.L.
Baltimore, The John Hopkins University Press: 2013.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
5.1 INTRODUO
Um sistema voltado para preveno de acidentes aeronuticos deve buscar a proatividade, ou
seja, a ao antes que os acidentes venham a ocorrer.
Dessa forma, o sistema estar agindo de forma ativa, visando preservao dos
recursos materiais e humanos da organizao.
A informao um item essencial para que a atividade de preveno possa ser desenvolvida.
Essa ferramenta foi criada para que a INFORMAO possa ser conhecida e gerenciada por
um profissional competente.
A partir da, essa situao ser conhecida e gerenciada pelo profissional responsvel pela
segurana de voo da organizao.
5.3 CONCEITOS
O Relatrio de Preveno (RELPREV) todo reporte voluntrio que trata de uma situao
potencial de risco para a segurana de voo.
O risco gerenciado pelo Elo-SIPAER da organizao.
*Conceito de risco...
Quando pensamos em um morro prximo trajetria de decolagem das aeronaves, por
exemplo, isso um perigo.
No entanto, quando avaliamos a possibilidade de uma aeronave vir a se chocar com esse
morro, estamos analisando o risco.
Para tanto, preciso que essa pessoa esteja com o nvel de percepo mais elevado que as
outras que no tenham percebido ou relatado a situao de perigo.
Seuusoparaoutrosfinsproibido.
Quando uma organizao ou um indivduo possuem uma percepo reduzida dos perigos
existentes, a possibilidade de ocorrncia de acidentes torna-se maior.
Da nasceu o termo Blood Priority, definido por Wood e Sweginnis (1995, p. 13) como:
Prioridade de sangue um termo usado quando aps vrios ". . . acidentes areos
dramticos [ter] chamam a ateno do pblico e do Congresso "leis importantes so
criadas?? para garantir que esses eventos no se repitam.
5.10 GRFICO
A ideia do Blood priority tambm pode ser compreendida por meio do Grfico de Sangue, que
podemos observar a seguir:
5.11 FINALIDADE DO RELPREV
O RELPREV funciona como um instrumento que tem como finalidade manter o estado de
alerta e aumentar a percepo da organizao e do indivduo sobre as condies que possam
gerar acidentes aeronuticos.
Vejamos, na imagem a seguir, como o RELPREV pode ser utilizado para aumentar o nvel de
percepo da organizao antes que haja um acidente.
ORELPREVumaferramentadereportevoluntrio.
Desse modo, um contato entre esses dois personagens deve ser possvel.
Ele deve poder valer-se de mensagem, e-mail, fax ou telefone para isso.
*Reportes...
Algumas organizaes possuem formulrios de RELPREV on-line.
Depois que o Elo-SIPAER toma conhecimento do RELPREV, ele deve fazer a avaliao inicial
do risco e encaminhar esse relatrio para o responsvel direto por apresentar uma soluo
para a situao relatada.
Vejamos...
5.19 RECEBIMENTO DO RELPREV
Aps receber o RELPREV, o responsvel pelo setor envolvido deve adotar uma medida
corretiva, providenciar a resposta no prprio formulrio e devolv-lo ao Elo-SIPAER
responsvel.
Vejamos:
5.22 REFERNCIAS
BRASIL. Lei n 7.565, de 19 de dezembro de 1986. Dispe sobre o Cdigo Brasileiro de
Aeronutica.
______. Lei n 11.182, de 27 de setembro de 2005. Cria a Agncia Nacional de Aviao Civil e
d outras providncias.
_______. Lei Complementar n 97, de 9 de junho de 1999. Dispe sobre as normas gerais para
a organizao, o preparo e o emprego das Foras Armadas.
Wood, R. H., & Sweginnis, R. W. Aircraft accident investigation. Casper, WY: Endeavor Books,
1995.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.
6.1 INTRODUO
No primeiro dia de dezembro de 1974, ocorreu um acidente areo com um Boeing 727 que
realizava o voo TWA 514.
A aeronave colidiu com uma montanha no estado da Virgnia, nos Estados Unidos.
No entanto, essa informao ficou restrita somente aos pilotos da prpria empresa.
6.3 RCSV
O Relatrio ao CENIPA para Segurana de Voo todo reporte que trata de uma situao com
potencial de risco para a segurana de voo.
Porcausadisso,garanteocompletoanonimatoaorelator.
ParavisualizaraRCSV,acesseapginadoCENIPAnaInternet.
Nesse mesmo espao, existe ainda o sublink Preencher RCSV online, que encaminhar o
relator a outra pgina. Vejamos:
A seguir, o RCSV deve ser encaminhado a tal organizao com a solicitao de que o CENIPA
seja informado a respeito das medidas adotadas, a fim de fechar o ciclo da preveno.
6.7 CONFIDENCIALIDADE
Alm da pgina do CENIPA na internet, tambm possvel enviar o RCSV por meio dos
servios postais do Correio.
TalformulriotambmestdisponvelnositedoCENIPA.
Para outras informaes, acesse o Saiba mais.
6.8 ICASS
O anonimato garantido ao relator sempre que o assunto relatado no RCSV for relacionado
preveno de acidentes aeronuticos.
Pode acontecer, por exemplo, de serem dirigidos esforos a reas que no apresentam
problemas, em detrimento de outras atividades mais crticas.
Dessa forma, garantir o anonimato ao relator ajuda a criar condies para que, mesmo
nas situaes em que ele possa se sentir ameaado, haja a possibilidade de que a
informao, fundamental preveno, seja enviada ao elo SIPAER.
*Anexo 13 da OACI...
A prpria auditoria realizada pela ICAO e normatizada pelo DOC 9735 USOAP (Universal
Safety Oversight Audit Programme) prev, em um de seus protocolos, o estabelecimento e a
implementao de um sistema de reporte voluntrio, confidencial e no punitivo.
O grupo j foi reconhecido pela ICAO (International Civil Aviation Organization ou, em
portugus, Organizao de Aviao Civil Internacional OACI) como uma fonte para ajudar
outros Estados e administraes interessados em criar sistemas similares aos usados pelos
membros do ICASS.
Apesar das diferentes nomenclaturas, o objetivo nico desse instrumento aprimorar os nveis
de segurana da aviao.
6.11 PROGRAMA AO CENIPA DE REPORTE VOLUNTRIO
O objetivo do ICASS facilitar a troca de informaes entre os pases participantes.
Dessa forma, possibilita a adoo de solues comuns e a divulgao das informaes mais
relevantes para a preveno de acidentes aeronuticos.
6.13 ESTATSTICAS
Quando o assunto reportado no RCSV for repetitivo ou envolver vrias organizaes, o
CENIPA poder constituir um grupo consultivo para discuti-lo e propor solues.
Esse grupo possui carter temporrio e composto por profissionais com qualificao
tcnica no mbito da aviao brasileira e com curso do SIPAER.
Para tanto, tais pessoas devem possuir conhecimento tcnico que permita contribuir
para a soluo dos problemas analisados.
Em alguns casos, uma organizao pode no possuir Elo-SIPAER, mas sua participao pode
ser julgada de interesse da preveno.
Esse representante ser aceito desde que possua conhecimento tcnico sobre o
problema a ser analisado.
6.14 CONCLUSO
O processamento dos dados do RCSV tambm gera estatsticas que apontam para uma
anlise de tendncias e possveis aes conjuntas com os diversos rgos da comunidade
aeronutica.
6.15 REFERNCIAS
O Relatrio ao CENIPA para Segurana de Voo uma ferramenta importantssima para a
preveno de acidentes aeronuticos.
Sua utilizao adequada permite o fluxo de informaes relevantes para a segurana de voo,
possibilitando a adoo de medidas preventivas.
Informaesadicionaispoderoserobtidasjuntosreferncias.
6.16 REFERNCIAS
BRASIL. Lei n 7.565, de 19 de dezembro de 1986. Dispe sobre o Cdigo Brasileiro de
Aeronutica.
SNTESE
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7.1 INTRODUO
A Vistoria de Segurana de Voo VSV uma das ferramentas da preveno de maior
importncia entre as existentes.
A mobilizao geral dos integrantes da organizao fator preponderante para que a VSV
alcance os resultados desejados.
ORelatriodeVistoriadeSeguranadeVoo(RVSV),decorrentedaVSV,deveseromais
completopossvel.
UmerrocomumdaspessoasquenopossuemformaonoSIPAERconsisteemconfundira
VSVcomumaauditoria.
Seu nico objetivo* identificar os perigos que possam levar a uma ocorrncia aeronutica.
*Objetivo...
A partir dessa identificao, deve ser realizada uma anlise do risco desses perigos e
tambm devem ser sugeridas aes para que os riscos sejam eliminados ou mitigados.
A VSV deve ter um enfoque no punitivo e de assessoramento alta administrao da
organizao.
7.3 POSSIBILIDADES DO VSV
A VSV permite que...
7.4 FINALIDADE
A finalidade da VSV assessorar o Comandante, Chefe, Diretor ou congnere com a
apresentao de um relatrio contendo:
as condies observadas;
a anlise de risco;
as aes mitigadoras recomendadas.
7.5 VISTORIADOR
A equipe de VSV deve ser composta por pessoal qualificado, com formao no SIPAER.
A equipe deve conter pessoal com especializao adequada ao tipo de atividade realizada no
setor especfico que est sendo vistoriado.
A equipe tambm pode ser composta por elementos da prpria organizao ou por elementos
externos.
Peridica...
A VSV peridica realizada regularmente, em intervalos de tempo predeterminados.
Especial...
A VSV Especial realizada em carter excepcional na aviao militar
preferencialmente, por um Elo-SIPAER externo.
Seu objetivo identificar os perigos que permaneceram ou que possam ter surgido
em decorrncia de alguns casos*.
*Alguns casos...
antes ou imediatamente aps o incio de funcionamento de uma nova
organizao que tenha responsabilidade direta ou indireta na operao de
meios areos ou no controle de trfego areo;
aps a ocorrncia de um acidente aeronutico;
na entrada em operao de novo equipamento areo ou de novas instalaes
operacionais;
na mudana da sede ou da misso da organizao;
em mudanas significativas nos mtodos, na filosofia de treinamento, nos
procedimentos de operao ou de manuteno;
na criao ou fuso de organizaes;
na alterao na infraestrutura aeroporturia da sede da organizao ou do local
em que realiza a maior parte de suas operaes areas;
no aumento significativo na incidncia de ocorrncias aeronuticas que possam
afetar a segurana de voo;
na identificao de perigos que afetem ou possam afetar a segurana de voo;
nos indcios de problemas organizacionais que possam afetar a segurana de
voo;
nos indcios de circunstncias comportamentais adversas no ambiente
organizacional;
em outras circunstncias, quando for julgado conveniente.
Na aviao militar, mesmo que a VSV tenha sido solicitada por iniciativa de um Elo-Superior ao
da organizao, o RVSV ser entregue ao Comandante, Chefe ou Diretor da organizao
vistoriada.
AVSVspodeserconsideradacomoconcludacomaentregadoRVSVaoComandante,Chefe,
Diretoroucongnere.
7.8 CONCLUSO
A Vistoria de Segurana de Voo tem como objetivos:
identificar condies que possam contribuir para uma ocorrncia aeronutica;
avaliar o risco;
propor aes para que os riscos sejam eliminados ou mitigados.
Outra alternativa para que os riscos levantados sejam combatidos a execuo de solues
alternativas.
7.9 REFERNCIAS
BRASIL, Comando da Aeronutica. Centro de Investigao e Preveno de Acidentes
Aeronuticos. Gesto da Segurana de Voo na Aviao Brasileira: NSCA 3-3. Braslia:
CENIPA, 2013.
SNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a sntese desta unidade.