Medidas e Avaliacoes - FINAL
Medidas e Avaliacoes - FINAL
Medidas e Avaliacoes - FINAL
Braslia-DF.
Elaborao
Produo
Apresentao.................................................................................................................................. 4
Introduo.................................................................................................................................... 7
Unidade i
AVALIAO MORFOLGICA.................................................................................................................. 9
captulo 1
Antropometria.................................................................................................................... 10
captulo 2
Composio corporal..................................................................................................... 25
captulo 3
Anlise dos protocolos.................................................................................................... 29
captulo 4
Somatotipo.......................................................................................................................... 36
aptulo 5
Equipamentos necessrios................................................................................................ 40
Unidade iI
AVALIAO NEOROMUSCULAR............................................................................................................ 47
captulo 1
Potncia muscular............................................................................................................. 49
captulo 2
Teste isocintico................................................................................................................. 51
captulo 3
Salto vertical...................................................................................................................... 58
captulo 4
Salto horizontal................................................................................................................. 62
captulo 5
Ergo jump e plataforma de fora.................................................................................. 65
Unidade iII
AVALIAO CARDIOVASCULAR............................................................................................................ 67
captulo 1
Volume de oxignio e limiar anaerbio.......................................................................... 68
captulo 2
Teste de campo.................................................................................................................... 71
captulo 3
Aplicaes do Yo-Yo Test................................................................................................ 74
Captulo 4
Teste de velocidade............................................................................................................ 86
captulo 5
Avaliao ergoespiromtrica.......................................................................................... 90
Referncias................................................................................................................................... 97
Apresentao
Caro aluno
Conselho Editorial
5
organizao do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrio dos cones utilizados na organizao dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocao
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou aps algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questes inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faa uma pausa e reflita
sobre o contedo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocnio. importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experincias e seus sentimentos. As
reflexes so o ponto de partida para a construo de suas concluses.
Praticando
6
Ateno
Saiba mais
Sintetizando
Exerccio de fixao
Atividades que buscam reforar a assimilao e fixao dos perodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relao a aprendizagem de seu mdulo (no
h registro de meno).
Avaliao Final
7
Introduo
Bem-vindo ao estudo da disciplina Medidas e Avaliaes. Este o nosso Caderno de
Estudos e Pesquisa, material bsico dirigido aos conhecimentos iniciais dirigidos aos
avaliadores que trabalham diretamente com alunos e atletas praticantes do treinamento
desportivo. Com essa ideia, essa disciplina visa proporcionar um conhecimento inicial
para avaliadores fsicos.
O Avaliador Fsico muitas das vezes chamado de fisiologista por possuir conhecimento
e capacidade de avaliar e direcionar todo o planejamento com bases nos resultados destas
avaliaes. Para que isso ocorra, necessrio obter o perfil morfolgico, neuromuscular
e cardiovascular dos avaliados da equipe. Essa apostila ir lhe ajudar a iniciar seus
trabalhos com atletas e pessoas que atuam diretamente em atividades fsicas de alto
rendimento e promoo da sade.
Bom aprendizado!
Objetivos
Entender a atuao do Fisiologista e Avaliador Fsico presente nas
equipes esportivas.
8
AVALIAO Unidade i
MORFOLGICA
9
captulo 1
Antropometria
A antropometria a rea das cincias biolgicas que tem como objetivo estudar as
caractersticas mensurveis da morfologia humana. Sobral (1985) diz que o mtodo
antropomtrico baseia-se na mensurao sistemtica e na anlise quantitativa das
variaes dimensionais do corpo humano. O tamanho fsico de uma populao pode ser
determinado por meio da medio de comprimentos, profundidades e circunferncias
corporais, e os resultados obtidos podem ser utilizados para a concepo de postos
de trabalho, equipamentos e produtos que sirvam as dimenses da populao. Por
isso, as medidas antropomtricas permitem, em termos absolutos ou por meio de
clculos matemticos, a identificao das dimenses, propores e quantidades dos
diferentes componentes do corpo humano, que apresentam relao com a aptido
fsica relacionada sade e a aptido fsica relacionada ao desempenho esportivo.
Considerando a importncia da antropometria para o estudo das relaes entre forma
e funo humanas, evidenciadas por avaliaes de proporcionalidade, somatotipo
e composio corporal, possvel perceber a necessidade de um conhecimento
aprofundado das tcnicas de medidas e da padronizao indicada para atender os
objetivos e necessidades dos profissionais, permitindo uma prescrio mais segura,
a partir de medidas vlidas e fidedignas. Com isso, os profissionais que trabalham
na rea da preparao fsica, da fisiologia e da avaliao funcional, conseguem por
meio das medidas antropomtricas, um grande indicador do perfil do individuo para
desenvolvimento da prescrio do treinamento e do planejamento. Trabalhando de
forma especfica e de acordo com as necessidades corporais. As variveis utilizadas para
obteno dos dados antropomtricos so: peso corporal (kg), estatura (cm), permetros
corporais, dimetros sseos e espessura de dobras cutneas.
10
AVALIAO MORFOLGICA UNIDADE I
Ao se afirmar que um avaliador apresenta uma alta preciso nas medies que faz,
significa que a variabilidade entre medidas repetidas por ele, em um mesmo sujeito,
pequena. Nesse caso, a variabilidade intra-avaliador que est sendo aferida. Quando
so comparadas medidas feitas por avaliadores diferentes, em um mesmo grupo de
sujeitos, a variabilidade inter-avaliador que est sendo aferida.
Recomendaes iniciais
Antes de iniciar a coleta de medidas, importante observar algumas regras bsicas para
garantir a maior preciso aos resultados:
O avaliador deve estar bem treinado. Toda a equipe tem que estar
exaustivamente treinada para que se diminua a probabilidade de erros
na aplicao dos testes;
O avaliado deve ser esclarecido quanto s medidas que sero feitas para
que se sinta mais a vontade. Ele deve ser orientado a comparecer para o
teste usando roupas de banho (calo / biquni) que facilitam a localizao
dos pontos anatmicos;
Peso corporal
Podemos dizer que o peso total de um corpo humano constitudo de dois componentes
que so a massa corporal magra e a massa corporal gorda. Para melhor entendimento
quando se fala em massa magra, falamos da poro isenta de gordura e constituda de
ossos, msculos e vsceras. E massa corporal gorda a poro constituda de gordura
armazenada (encontrada no tecido subcutneo) e gordura essencial (encontrada nas
vsceras, responsvel pelo funcionamento fisiolgico normal). A medida da massa
corporal permite o acompanhamento do processo de crescimento e desenvolvimento de
seres humanos, o controle das variaes da massa corporal em funo de intervenes
como dietas ou treinamento fsico, ou ainda, no controle do restabelecimento fsico.
12
AVALIAO MORFOLGICA UNIDADE I
Para termos uma viso realista de como est constitudo nosso peso corporal total,
preciso fracionar os componentes corporais por meio da avaliao de composio
corporal, onde falaremos ainda neste captulo.
Estatura
A gentica e a nutrio influenciam diretamente na estatura final do indivduo. Fatores
ambientais como a alimentao, atividade fsica, perodo de descanso (sono) e condies
de vida so aspectos importantes para o desenvolvimento do crescimento de crianas e
adolescentes. A altura mdia para cada gnero diferente de acordo com a populao
analisada, isso se aplica da mesma forma ao esporte, se analisarmos um perfil para
determinadas posies e modalidades como, por exemplo, um piv no basquete, um
goleiro do futebol e um jogador de meio no vlei, ambos tero a necessidade de serem
mais altos, visando possibilidade de ganhos em resultados expressivos. J um levantador
no vlei, armador no basquete e um ala no futsal, no precisam necessariamente serem
extremamente altos, sendo eles na maioria das vezes os indivduos mais baixos da equipe.
Podemos dizer que Estatura a medida entre o vrtex e a regio plantar. O avaliado deve
ficar na posio ortosttica, ps descalos e paralelos, procurando pr as superfcies
posteriores do calcanhar, cintura plvica, cintura escapular e regio occipital em
contato com o instrumento de medida (que pode ser um antropmetro ou uma fita
mtrica metlica presa em uma parede lisa). A cabea deve estar orientada no plano
horizontal de Frankfurt. recomendado utilizar um marcador em um ngulo de 90
em relao superfcie de medida para determinar este ponto, denominado esquadro
13
UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
14
AVALIAO MORFOLGICA UNIDADE I
Para efetuar estas medidas necessrio que voc tenha uma fita mtrica com divises de
0,1 cm. Cuidado para no exercer muita presso com a fita mtrica sobre a pele, faa s
o suficiente para cobrir todo o permetro do segmento, de forma a ficar justa, porm no
apertada. Este procedimento evita a compresso cutnea, que produz medidas diferentes
da real. O ideal utilizar um elstico preso argola localizada no incio da fita metlica,
mantendo-o em sua distenso normal durante toda a medida. As medidas devem ser
realizadas mantendo-se a trena sempre transversal ao segmento que est sendo medido.
Segurando-se a trena com a mo esquerda e o elstico com a mo direita, e trocando-se
as mos com as escalas se cruzando, para que a leitura da medida seja facilitada. Existem
diversos tipos de fitas mtricas, aconselhamos a utilizao daquelas que so especficas
para medidas antropomtricas (tape measures) e que possuem em mdia 1,5 m de
comprimento e 0,8 cm de largura. (Exemplo da Trena Sanny na imagem abaixo).
Os pontos anatmicos para realizar as medidas, tanto para os homens quanto para
as mulheres, dependem do protocolo que ser utilizado no momento da avaliao.
aconselhvel que no momento das medies o avaliado esteja com o mnimo de roupa
possvel (homem de sunga e mulheres de biquni), diminuindo assim a probabilidade
de erros decorrentes de localizaes no padronizadas, geralmente ocasionadas pelo
traje inadequado.
15
UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
16
AVALIAO MORFOLGICA UNIDADE I
Coxa (direita e esquerda): o avaliado dever estar em posio ortosttica, com os braos
ao lado do corpo, com os ps separados (aproximadamente 10 cm), a medida feita
no plano horizontal logo abaixo da prega gltea, aproximadamente a 2/3 da distncia
entre a parte mdia do joelho (joelho estendido) e o local onde os membros inferiores
se separam do tronco.
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UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
Quadril: o avaliado dever estar em posio ortosttica e ps unidos. Esta medida ser
efetuada no plano horizontal e na maior circunferncia em torno dos glteos.
Perna (direita e esquerda): o avaliado dever estar em posio ortosttica, plano horizontal,
na circunferncia mxima do segmento. A distncia entre os ps ser de 20 cm.
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AVALIAO MORFOLGICA UNIDADE I
Dimetros sseos
Segundo de Rose, Pigatto e De Rose (1984), os dimetros corporais so medidas
transversais, com exceo do dimetro torcico ntero-posterior, e podem ser divididos
em dimetros do tronco e dimetros sseos. Ainda, em acordo com estes autores, os
dimetros de tronco so caracterizados pelo comprimento de linhas imaginrias que
unem dois pontos simtricos do tronco. J os dimetros sseos, so obtidos pela
distncia entre duas estruturas de um determinado osso, localizada transversalmente.
Estes dimetros so convencionalmente medidos do lado direito do avaliado. Os
dimetros de tronco podem ser medidos com um compasso de pontas rombas ou com
um antropmetro de deslizamento, j os dimetros sseos, normalmente so medidos
com o paqumetro sseo. Como na composio corporal as medidas de dimetros
sseos tambm possuem padronizao em suas medidas. necessria a utilizao de
um paqumetro para aplicao de teste. As medidas de dimetros sseos so executadas
identificando-se os pontos anatmicos sseos de referncia da medida e colocando sobre
eles as pontas do paqumetro, com presso suficiente para comprimir a pele e o tecido
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UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
TORCICO TRANSVERSO
BITROCANTERIANO
BIILIOCRISTAL
BIEPICONDILIANO UMERAL
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AVALIAO MORFOLGICA UNIDADE I
BIESTILIDE
BIACROMIAL
BICONDILIANO FEMURAL
BIMALEOLAR
Dobras cutneas
uma medida que visa avaliar, indiretamente, a quantidade de gordura que existe no
tecido subcutneo e, a partir da, poder-se estimar a proporo de gordura em relao ao
peso corporal do indivduo. As dobras cutneas so lineares e seguem o eixo longitudinal,
transversal ou oblquo. O equipamento utilizado o compasso de dobras cutneas. O
procedimento para medir a espessura da dobra cutnea identificar e marcar os locais
a serem medidos, sempre no hemicorpo direito do avaliado, com isso, destacar o tecido
adiposo do tecido muscular utilizando os dedos polegar e indicador da mo esquerda, e
segurar a dobra cutnea at que a leitura da medida tenha sido realizada, depois, introduzir
as hastes do compasso de dobras cutneas aproximadamente um centmetro abaixo dos
dedos que esto segurando a dobra, de forma que as mesmas fiquem perpendiculares
21
UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
22
AVAliAo MorfolgiCA unidAdE i
23
UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
2- Demarcar o ponto de medida; 2 - A dobra deve ser pinada com os dedos polegar e o indicador;
4 - Pinar a dobra cutnea; 4 - Aps o pinamento, espera-se um tempo aproximado de dois a quatro
segundos para efetuar a leitura;
24
captulo 2
Composio corporal
Segundo Wang (1992), a composio corporal um fator que pode ser descrito como
anlise dos vrios compartimentos corporais e suas relaes de equilbrio. Parte do
interesse em seu estudo se deve em razo do peso corporal no proporcionar adequadas
informaes sobre as quantidades dos diferentes tecidos corporais. Busca-se assim, por
meio de seu estudo, fracionar e quantificar os principais tecidos que compem a massa
corporal (principalmente os tecidos sseo, muscular e de gordura).
Wang al. (1992) por sua vez, propem que a composio corporal humana seja analisada
considerando um modelo de cinco nveis distintos com crescentes complexidades,
e onde cada um dos nveis apresenta componentes definidos que, em conjunto,
compreendem a massa corporal total. Os quatro primeiros nveis e seus respectivos
compartimentos propostos pelos autores so denominados atmico (oxignio, carbono,
hidrognio, outros), molecular (gua, lipdeos, protena, outros), celular (clulas, fluido
extracelular, slido extracelular) e tecidual (tecido adiposo, msculo esqueltico, osso,
sangue, outros). O quinto nvel difere dos demais em razo de considerar o corpo de
modo completo, onde muitos processos biolgicos, genticos e patolgicos apresentam
impactos no somente nos primeiros quatro nveis, mas igualmente no corpo como um
todo. Propem-se para indicao deste nvel, as dimenses, forma, caractersticas fsica
e exterior do corpo exemplificada por vrias medidas antropomtricas.
25
UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
Fonte: Lohman,T.G. (1987); Measurement in Pediatric Exercise Sciense, (1996); pg. 311. Human Kinetics.
26
AVAliAo MorfolgiCA unidAdE i
Fonte: ACsM: guidelines for graded Exercise Testing and Exercise prescription, Lea e Febiger, 1986.
Para evitar erros acentuados muito importante, quanto a escolha de uma equao,
verificar com base em que populao ela foi elaborada: homens, mulheres, crianas,
jovens, idosos, indivduos ativos, atletas etc. Com relao a atletas, cabe ressaltar que
existem equaes para diversas modalidades esportivas. necessrio levar-se em
considerao que estas equaes normalmente vm de outros pases, o que tambm pode
causar equvocos com relao aos resultados. So apresentadas na literatura dezenas
de equaes de predio de densidade ou de gordura corporal a partir da medida da
espessura de dobras cutneas, sendo que as mais utilizadas no Brasil so: Durnin e
Womersley (1974); Faulkner (1968); Guedes (1985); Jackson e Pollock (1978); Petroski
(1995). Observaremos esses protocolos no captulo a seguir.
27
UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
28
captulo 3
Anlise dos protocolos
HOMENS - (18-34 anos) DC = 1,1610 - 0,0632 log (BI+ TR+ SB +SI) (18 -27 anos ) DC
= 1,0913 - 0,00116 ( TR+ SB )
29
UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
30
AVALIAO MORFOLGICA UNIDADE I
Moas de qualquer raa e nvel de maturidade = G% = 1,33 (S) - 0,013 (S) - 6,8
Obs.: Quando o (S) for maior que 35 mm, ser utilizada uma nica equao para cada
sexo, para qualquer raa e nvel de maturidade:
Sete dobras cutneas (DC): Subescapular, axilar mdia, trceps; coxa; supra-ilaca;
abdome e peitoral (ST= soma de todas)
31
UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
Protocolo de Yuhasz
Seis dobras cutneas (DC): Subescapular, trceps; coxa; supra-ilaca; abdome e peitoral
(S6=somatria de todas) G%= (S6) x 0,095 + 3,64
Equaes preditivas
Veja a diviso por classificao das equaes e seus respectivos autores:
Adultos
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AVALIAO MORFOLGICA UNIDADE I
Crianas e adolescentes
Slaughter (1988).
Boileau (1985).
Deurenberg (1990).
Pariskova (1961).
Universitrios
Guedes (1985).
Sloan (1967).
Idosos
Pollock (1976).
Pollock (1975).
Adolescentes
Mulher ativa
33
UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
Atletas
Thorland (1984).
Faulkner (1968).
Mayhew (1981).
Lewis (1978).
Lesados medulares
Bulbulian (1987).
Obesos
Weltman (1987).
Mulheres obesas
Weltman (1988).
Atletas de luta
Hortobagyi (1992).
Atletas paraplgicos
Bulbulian (1987).
34
AVAliAo MorfolgiCA unidAdE i
Atletas de bal
Hergenroeder (1993).
Mulheres anorxicas
Jackson (1980).
35
captulo 4
Somatotipo
Endomorfia
A endomorfia apresenta como principal caracterstica da estrutura fsica, o
arredondamento das curvas corporais, podendo observar um corpo redondo e macio.
O fsico apresenta a iluso de que grande parte da massa foi concentrada na rea
abdominal, sendo que isso pode ou no ser verdade. Os braos e pernas do endomorfo
podem ser parecidos com o formato de um cone. Considera-se um indivduo obeso um
bom exemplo de endomorfia plena, pois o relevo muscular praticamente no notado,
mas aparecem grande volume abdominal, pescoo curto e ombros quadrados.
36
AVALIAO MORFOLGICA UNIDADE I
Mesomorfia
A mesomorfia considerada como o segundo componente do somatotipo de Sheldon.
Dentre as principais caractersticas destacam-se o grande relevo muscular aparente,
com contornos predominantes na regio do trapzio, deltoide e abdominal, bem como
uma estrutura ssea mais macia principalmente na regio do punho e antebrao. A
presena de gordura corporal pequena, permitindo uma boa visualizao do arcabouo
muscular. Este tipo de estrutura corporal frequentemente encontrado em atletas.
Ectomorfia
Este terceiro componente pode ser identificado por uma linearidade corporal, com
discreto volume muscular e pequena presena de tecido gorduroso, podendo ser
considerado como o componente de magreza. A estimativa do somatotipo realizada
mediante o clculo de cada um destes componentes, numa escala e um a sete, segundo
Sheldon.
Heath e Carter
Na dcada de 1960, Heath e Carter propuseram um mtodo antropomtrico para a
estimativa do somatotipo (HEATH e CARTER, 1967). A utilizao desta tcnica como
meio de avaliao do tipo e da composio corporal, independente do tamanho, tem
sido amplamente utilizada para descrever grupos de atletas de elite, pois o somatotipo
antropomtrico de Heath e Carter permite um estudo apurado sobre o tipo fsico ideal
para cada modalidade esportiva, sendo um excelente instrumento para ser empregado
na descoberta de talentos, alm de permitir uma contnua monitorizao da composio
corporal durante o decorrer de uma temporada. Neste mtodo no h limite superior
para a escala de quantificao dos componentes, que so classificados como baixo 0,5 a
2,5; moderado de 3,0 a 5,0; alto de 5,0 a 7,0; e muito alto acima de 7,5.
Para Sheldon, o somatotipo tem uma grande influncia gentica, dificilmente podendo
ser modificado; j o mtodo de Heath e Carter, que pode ser empregado tanto em
homens quanto em mulheres, determina o tipo fsico da pessoa no momento em que est
sendo avaliada, podendo sofrer alteraes em funo do ambiente, como alimentao
ou treinamento, por exemplo. Em estudos antropomtricos concluiu-se que no existe
um indivduo com uma classificao nica, mas com uma maior ou menor tendncia
para cada um dos componentes de sua diviso.
37
UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
Figura 6. Exemplo de uma planilha de atletas de futebol observando o grupo por meio do somatocarta.
NOME DO CLUBE
Logo do Clube DEPARTAMENTO DO CLUBE Prof. Carlos Vinicius Herdy
Grupo de Desenvolvimento Cientfico no Esporte Moderno - PROMOVE Fisiologista
SOMATOTIPO - Endomortfia, Mesomorfia e Ectomorfia Data da Avaliao 4 8 2008
CATEGORIA SUB 19 Dobras Permetro Diamtros Somatotipo Eixos
N Nome Peso Altura TR SB SE PA BC PA CO JO Endo Meso Ecto X Y
1 Atleta 01 75.2 183.0 8.6 8.3 4.5 6.5 33.5 39.5 6.8 9.0 2.3 4.2 3.6 1.34 2.43
2 Atleta 02 81.0 184.0 12.0 11.5 12.2 10.5 35.0 36.5 7.7 7.2 3.9 3.4 2.4 -1.60 0.48
3 Atleta 03 73.2 175.0 8.4 8.6 7.0 7.8 31.5 38.0 6.7 9.5 2.5 4.8 2.5 0.01 4.63
4 Atleta 04 74.3 175.0 6.6 11.0 6.5 6.5 33.0 39.0 7.0 10.1 2.5 5.9 1.9 -0.56 7.41
5 Atleta 05 69.0 174.0 8.5 11.0 7.3 7.0 32.5 39.0 6.8 9.6 2.8 5.4 2.9 0.14 5.16
6 Atleta 06 73.0 176.0 8.3 12.6 7.6 7.2 33.5 36.0 7.6 8.3 3.0 4.8 2.7 -0.31 3.86
7 Atleta 07 78.0 176.0 7.0 10.4 8.1 9.6 33.0 41.5 7.0 10.0 2.7 6.1 2.0 -0.65 7.44
8 Atleta 08 72.3 177.0 5.5 7.3 4.2 3.7 31.5 41.0 6.9 9.3 1.6 5.2 3.0 1.33 5.75
9 Atleta 09 76.5 185.0 7.4 8.6 6.7 8.8 33.5 38.5 6.6 9.3 2.5 3.7 3.8 1.32 1.21
10 Atleta 10 76.3 178.0 9.6 10.5 8.2 7.0 33.5 40.5 7.0 9.7 3.0 5.5 2.6 -0.43 5.48
11 Atleta 11 69.0 181.0 5.2 7.6 4.2 5.5 32.5 36.5 7.0 8.7 1.7 3.8 4.2 2.49 1.77
12 Atleta 12 62.1 172.0 6.9 8.5 5.8 6.0 30.5 35.0 6.7 8.5 2.1 4.0 3.7 1.56 2.19
13 Atleta 13 52.3 161.0 4.5 6.0 6.0 4.9 30.0 34.0 6.0 8.4 1.4 4.6 3.4 1.97 4.37
14 Atleta 14 72.7 179.0 8.0 10.6 6.5 5.5 30.5 35.0 6.9 8.9 2.7 3.5 3.3 0.60 0.97
15 Atleta 15 78.0 182.0 10.3 10.0 7.0 6.5 36.0 41.5 6.8 9.1 3.0 5.1 3.1 0.08 4.20
16 Atleta 16 81.8 184.0 14.0 12.6 10.6 12.0 28.5 39.0 7.1 9.2 4.1 3.2 2.9 -1.20 -0.62
17 Atleta 17 73.0 176.5 7.3 9.0 6.9 4.6 30.5 40.0 7.0 9.2 2.4 4.9 2.8 0.38 4.58
18 Atleta 18 67.6 172.0 7.5 13.0 8.5 5.7 30.0 36.0 6.9 8.8 3.0 4.4 2.2 -0.79 3.58
19 Atleta 19 64.3 185.0 4.4 7.9 5.2 4.1 27.0 35.0 6.4 9.8 1.8 2.2 4.0 2.24 -1.44
MEDIA 72.08 177.66 7.89 9.74 7.00 6.81 31.89 37.97 6.89 9.08 2.57 4.45 2.99 0.42 3.34
DESVIO PADRO 7.03 5.89 2.42 1.97 2.02 2.17 2.22 2.41 0.37 0.69 0.71 1.01 0.66 1.19 2.51
SOMATOCARTA
38 MESO
14 Atleta 14 72.7 179.0 8.0 10.6 6.5 5.5 30.5 35.0 6.9 2.7 3.5 3.3
8.9 0.60 0.97
15 Atleta 15 78.0 182.0 10.3 10.0 7.0 6.5 36.0 41.5 6.8 3.0 5.1 3.1
9.1 0.08 4.20
16 Atleta 16 81.8 184.0 14.0 12.6 10.6 12.0 28.5 39.0 7.1 9.2 4.1 3.2 2.9 -1.20 -0.62
17 Atleta 17 73.0 176.5 7.3 9.0 6.9 4.6 30.5 40.0 7.0 9.2 2.4 4.9 2.8 0.38 4.58
18 Atleta 18 67.6 172.0 7.5 13.0 8.5 5.7 30.0 36.0 6.9 8.8 3.0 4.4 2.2 -0.79 3.58
19 Atleta 19 64.3 185.0 4.4 7.9 5.2 4.1 27.0 AVAliAo
35.0 6.4 9.8 MorfolgiCA
1.8 2.2 4.0 unidAdE
2.24 -1.44 i
MEDIA 72.08 177.66 7.89 9.74 7.00 6.81 31.89 37.97 6.89 9.08 2.57 4.45 2.99 0.42 3.34
DESVIO PADRO 7.03 5.89 2.42 1.97 2.02 2.17 2.22 2.41 0.37 0.69 0.71 1.01 0.66 1.19 2.51
SOMATOCARTA
MESO
ENDO ECTO
Aspectos ticos
Deve-se ressaltar que tambm na Medicina do Esporte, o compromisso
fundamental de qualquer ao mdica com o paciente ou atleta. Desta forma,
de acordo com os princpios do Cdigo de tica Mdica (Resoluo do Conselho
Federal de Medicina n 1.246/1988) os resultados de avaliaes, entrevistas,
questionrios e exames clnicos devem ser sigilosos e entregues diretamente ao
paciente, seu responsvel ou ao mdico da equipe, mas jamais aos treinadores,
tcnicos, dirigentes esportivos nem ser divulgados publicamente pelo
mdico examinador por quaisquer meios de comunicao, ainda que com o
consentimento do paciente ou do atleta.
39
Captulo 5
Equipamentos necessrios
Balanas antropometricas
A Balana utilizada para medir a massa corporal total, devendo ter preciso necessria
para informar o peso de um indivduo da forma mais exata possvel. O Peso corporal
aferido por balanas antropomtricas encontradas em diversas locais, entretanto se
evita balanas portteis residenciais que na maioria das vezes so difceis de aferir e
consequentemente aumentam a probabilidade de erros. Determinados cuidados devem
ser levados em considerao antes e durante a medio do peso do avaliado. Priorizar
como instrumento de medio as balanas com escala de divises de 100 gramas e
verifique o local onde a balana est certificando que o local plano, caso contrrio seu
desnivelamento poder provocar alteraes na medida. Verificar tambm a calibrao
da balana, procurando ajust-la com pesos conhecidos. Para a determinao do peso,
o avaliado dever estar com o mnimo de roupa e descalo, posicionando em p e de
costas para a escala da balana, com os ps afastados e paralelos. Em seguida, coloc-
los sobre o centro da plataforma da balana, ereto e com o olhar num ponto fixo
frente. Movimente os cilindros correspondentes s dezenas (kg) e centenas (g) de peso
do avaliado at que ocorra o nivelamento dos ponteiros-guia da balana mecnica e
realize a leitura.
40
AVALIAO MORFOLGICA UNIDADE I
41
UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
BALANA PLATAFORMA
ESPECIFICAO
PORTTIL
Fabricada exclusivamente para pesagem de pessoas.
Construda em material resistente a impacto (exemplo: no pode ser de vidro temperado) e de fcil
higienizao.
Mostrador (display) digital com indicadores de peso com no mnimo, cinco dgitos.
Capacidade de pesagem (mnimo 200 kg).
Graduao (preciso) de pesagem (mximo 100 g).
Desligamento automtico.
Alimentao por pilha(s) ou bateria(s).
Deve incluir as pilha(s) ou bateria(s) necessria(s) para seu funcionamento.
Indicador de pilha fraca.
Ps revestidos de material antiderrapante.
Deve apresentar indicador de sobrecarga, isto , caso exista sobrecarga de peso, a balana deve indicar
erro ao invs de demonstrar o peso mximo possvel.
No deve incluir bioimpedanciometria, para no excluir a tomada de medidas de gestantes e portadores
de marca-passo.
Opcionalmente, deve apresentar funo mame-beb que possibilite determinar o peso de crianas e
bebs no colo da me.
indispensvel que o produto apresente certificao pelo IPEM/INMETRO (Instituto de Pesos e Medidas/
Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial) ou rgo semelhante.
Equipamento acompanhado de bolsa com ala exclusiva para proteo e transporte.
Equipamento acompanhado do manual de instrues em portugus.
Estadimetro
O Estadimetro um aparelho que foi projetado com finalidade de aferir a estatura de
modo prtico e preciso dentro de padres necessrios para a populao. O Estadimetro
tambm denominado antropmetro, utilizado para medir comprimento/estatura de
crianas, adolescentes e adultos. Para realizar a medida do indivduo na posio em p,
utiliza-se o antropmetro vertical ou estadimetro.
42
AVALIAO MORFOLGICA UNIDADE I
43
UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
Paqumetro (paqui do grego, espessura e metro, medida), por vezes tambm chamado
de craveira em Portugal, um instrumento utilizado para medir a distncia entre dois
lados simetricamente opostos em um objeto. Um paqumetro pode ser to simples como
44
AVALIAO MORFOLGICA UNIDADE I
45
UNIDADE I AVALIAO MORFOLGICA
Bio impedncia
A anlise da composio corporal por meio da impedncia bioeltrica tem como base a
medida da resistncia total do corpo passagem de uma corrente eltrica de 500 a 800
micro A e 50 kHz. Os componentes corporais oferecem uma resistncia diferenciada
passagem da corrente eltrica, os ossos e a gordura, que contm uma pequena quantidade
de gua constituem um meio de baixa condutividade, ou seja, uma alta resistncia a
corrente eltrica. A massa muscular e outros tecidos ricos em gua e eletrlitos, so bons
condutores, permitindo mais facilmente a passagem de corrente eltrica. Segundo as leis
de Ohm, a resistncia de uma substncia proporcional a variao da voltagem de uma
corrente eltrica a ela aplicada, desta forma, por intermdio de um sistema tetrapolar,
onde dois eletrodos so fixados a regio dorsal da mo direita e dois a regio dorsal do p
do avaliado, o aparelho ir identificar os nveis de resistncia e reactncia do organismo
a corrente eltrica, avaliando a quantidade total de gua no organismo e predizendo, por
meio desta quantidade de gua, a quantidade de gordura corporal do indivduo.
2. Manter-se em jejum pelo menos nas quatro horas que antecedem o teste.
46
AVALIAO Unidade iI
NEOROMUSCULAR
47
UNIDADE II AVALIAO NEOROMUSCULAR
48
captulo 1
Potncia muscular
49
UNIDADE II AVALIAO NEOROMUSCULAR
Farinatti (2000), coloca que para se gerar fora, necessrio se extrapolar o limiar
de despolarizao das clulas musculares por meio de uma estimulao suficiente.
A chegada constante de novos estmulos (somao), de modo a diminuir o perodo
disparo-reao (perodo de latncia) seria a consequncia do desenvolvimento da
fora. Todos os autores consultados neste trabalho concordam que para se desenvolver
potncia, o atleta pouco experiente em treinamento de fora, deve passar por um
trabalho de fora como pr-requisito, que pode variar de alguns meses at alguns anos.
Segundo Zatsiorsky (1999), impossvel para o atleta gerar grandes taxas de fora em
movimentos rpidos, no sendo capaz de gerar fora similar ou mesmo superior em
movimentos mais lentos. Da mesma forma parece ser consenso a afirmativa de que a
relao fora-hipertrofia no necessariamente linear. Apesar de normalmente ocorrer
aumento na seo transversa do msculo como consequncia do treinamento de fora
ou de potncia, as especificidades de objetivos so diferentes, o que leva a adaptaes
tambm diferentes.
50
captulo 2
Teste isocintico
Histria da isocintica
Em 1960, James Perrine desenvolveu o conceito da isocintica, a qual envolve uma
resistncia dinmica com velocidade constante e angulao pr-estabelecida. O
primeiro aparelho isocintico foi introduzido em Hong Kong. Este aparelho era
utilizado para exerccios de reabilitao do joelho (RAYMOND e CHAN, 1987). No
obstante, em 1970 a avaliao isocintica esteve disponvel para teste, mas estava longe
de se tornar um grande sucesso imediato. Os aparelhos isocinticos eram poucos e de
difcil acesso tendo quase nenhum gabarito. Comearam a utilizar os dinammetros
isocinticos em clnicas para tratamento de pacientes com leses msculo-esqueleticas
e os nicos movimentos disponveis eram os concntricos (HERBECK, 2000). Elton
et al. (1985), descreve que o mundo da isocintica mudou dramtica. Os motores e
os microprocessadores transformaram as mquinas modernas e movimentos rpidos
e dinmicos, que oferecem a anlise de dados e de reprodutibilidade imediato. Isto
significou dados reais se tornaram mais fceis de compreenso em curto tempo. As
mquinas novas de hoje incorporam o que chamamos de Dinammetro Ativo, onde na
avaliao isocintica, sendo tambm exerccios excntricos observados. Esta mudana
foi um processo fundamental para o levantamento de dados relevantes para a avaliao
isocintica.
Unidade de medida
Uma ampla faixa de variveis de performance so disponveis para anlise de dados
isocinticos. Dentre eles os que so particularmente importantes para o teste isocintico
so o torque (Newton), trabalho total (Joule) e a potncia (Watts). O pico de torque
definido como o produto da massa, acelerao e tamanho do brao de alavanca
(BROWN, 2001). McGinnis (2002) define o torque como o efeito de giro produzido
por uma fora. Este o mximo de torque produzido na Amplitude do Movimento
(ADM) e facilmente identificado como o topo da curva de torque (o equipamento
mostra o grfico do torque dinmico versus posio). Embora o pico de torque supra o
profissional do exerccio com informaes a respeito da melhor produo de torque do
membro testado, e seja um excelente indicador do nvel mximo de fora do indivduo,
ele no leva em conta a ADM. O trabalho total (Joule) definido como o produto do
51
UNIDADE II AVALIAO NEOROMUSCULAR
Amplitude de movimento
A amplitude de movimento (ADM) o parmetro mais bsico, descreve o deslocamento
angular permissvel do brao de alavanca. medida em graus. Essa ADM no deve ser
confundida com o movimento que ocorre na articulao biolgica, um erro composto
pelo mau alinhamento dos eixos biolgicos e mecnicos, inerente ao mtodo indireto
52
AVALIAO NEOROMUSCULAR UNIDADE II
Velocidade angular
O segundo parmetro de entrada a velocidade angular do teste, medida em graus
por segundo (/s). Em algumas publicaes, outra unidade, o radiano por segundo
(rad/s), utilizado. Uma vez que um (1) rad aproximadamente 57,3 graus, mal se
pode ver o benefcio de abandonar as unidades comuns e convenientes (CROSS, 1991).
A velocidade angular do teste aquela do brao de alavanca e no a do segmente distal.
Alm disso, a velocidade preestabelecida no traz nenhuma relao com a velocidade
de contrao linear do msculo, como indicado por Hinson et al. (1979) e essa relao
seria diferente para cada msculo por causa da diferentes configuraes anatmicas.
Deve-se entender que quanto mais for elevada a velocidade angular menos movimento
isocintico estar sendo executado.
Equipamento
As medidas da velocidade angular, da posio e da fora/torque so feitas por meio
do dinammetro ativo. A mquina mede o torque estando o sensor da fora no centro
da rotao. Se o sensor da fora estiver posicionado no brao de alavanca ento mede
a fora que convertida em torque. Em alguns sistemas o momento que o motor
pode gerar foi limitado deliberadamente na fase excntrica (que limita a velocidade
angular mxima). Alguns equipamentos mais recentes oferecem velocidades angulares
elevadas, porm momentos ativos relativamente baixos. No entanto, isso no se
aplica em todos os equipamentos, alguns disponibilizam velocidades angulares altas
e momentos ativos elevados. Dinammetros isocinticos so instrumentos de medida
que proporcionam aos avaliadores informaes quanto dinmica, isto , movimento,
53
UNIDADE II AVALIAO NEOROMUSCULAR
Reprodutibilidade
Reprodutibilidade, validade e sensibilidade so as trs exigncias que devem ser
satisfeitas para uma medida ter sentido interpretvel. Uma vez que os sistemas
isocinticos modernos oferecem alta sensibilidade, essa exigncia plenamente
satisfeita. Considerando-se as duas outras qualidades, indica-se que enquanto a
reprodutibilidade de certa forma mais fcil de ser provada, a questo da validade
irrelevante se um nvel aceitvel de reprodutibilidade no garantido (DVIR, 2002).
Reprodutibilidade se refere consistncia da medida: se os resultados do teste so
descritos como reproduzidos, isto implica que sob as mesmas condies de testes
(experimentais) as entidades medidas recebero os mesmos valores. Alm do mais, no
presente contexto, a reprodutibilidade se refere medida de performance humana e
no o efeito de uma carga externamente aplicada. Independente do mtodo matemtico
que seja usado para derivar seu valor numrico, a reprodutibilidade das descobertas
dos testes afetada pelas seguintes fontes potenciais de erro.
54
AVALIAO NEOROMUSCULAR UNIDADE II
Confiabilidade e validade
A confiabilidade de dinammetros isocinticos extremamente elevada e foi medida
repetidamente mostrando ser alta. Os estudos que examinaram a exautido do torque,
do trabalho e da potncia, mostraram coeficientes de correlao entre 0,93 e 0,99
(MAGNUSSON et al. 1990, BEMBEM, 1989 et al.). Entretanto, uma variedade de
fatores precisa ser controlada ou explicada a fim de gerar dados vlidos e confiveis.
Isto inclui fatores com a escolha da varivel da medida, prprio posicionamento e
estabilizao, e procedimentos de reduo de dados. Em 1985, Mayhew e Rothstein
publicaram um livro mostrando o desempenho dos msculos com instrumentos
isocinticos. A nfase foi dada prioritariamente s introdues de reprodutibilidade e
da validade. A validade de dedues baseadas em medidas isocinticas provavelmente
o assunto mais importante que usurios dessa tecnologia encontram hoje. Uma vez que
a reprodutibilidade um pr-requisito para a validade, as dedues baseadas no teste
isocintico devem assim ser limitadas a parmetros e ao grupo especfico de disfunes
para as quais a reprodutibilidade tem sido mostrada. Divir (2002) descreve a validade,
assim como a reprodutibilidade, especfica para cada grupo e propsito.
Protocolos
O protocolo de teste sem dvida o mais complexo e menos compreendido assunto
quanto reprodutibilidade, e o de maior importncia, j que os fatores subjetivos
so controlados. Manter a consistncia do sistema largamente uma razo tcnica, o
que atingvel. Decidir quais procedimentos de teste deve ser aplicado, pode no ser
to mecnico, mas pelo menos um nmero de procedimentos pode ser descrito como
prtica comum, como por exemplo, a amplitude de movimento do joelho. Contudo, no
55
UNIDADE II AVALIAO NEOROMUSCULAR
56
AVAliAo nEoroMuSCulAr unidAdE ii
Especificidade
Os flexores e extensores do joelho exercem funes importantes em movimentos
especficos de atletas, requisitando elevada fora dessa estrutura msculo-esqueltico
como na corrida, no chute e na impulso. Portanto, a fora de equilbrio desses msculos
fundamental, pois agem na preveno de leses e na melhoria das funes motoras.
Atletas profissionais so submetidos avaliao isocintica da articulao de joelhos
utilizando dinammetro computadorizado. Diversas so as vantagens oferecidas
pelo trabalho isocintico. A presena de resistncia varivel fora aplicada permite
realizar exerccios de avaliao e reabilitao empregando a fora necessria durante o
movimento articular em toda sua extenso. O desequilbrio muscular entre quadrceps
e squios-tibiais do mesmo membro e desequilbrio de fora entre membro dominante
e membro no dominante so problemas fsicos comuns em atletas. Existem poucos
estudos sistemticos sobre a avaliao de fora em atletas de diversas modalidades em
equipamentos computadorizados, pois eles possuem um custo elevado.
Link: <http://www.isokinetics.net/>
57
CAPtulo 3
Salto vertical
Os atletas podem passar giz em seus dedos e marcar uma parede quando alcanarem
o topo do salto. A diferena entre a marca da altura do salto e a marca da ponta dos
dedos em extenso completa quando em p registrada como a altura do SV. Existem
instrumentos comercias que foram desenvolvidos para registrar a altura do salto. Eles
possuem um polo vertical com uma srie de hastes de metal orientadas horizontalmente
58
AVALIAO NEOROMUSCULAR UNIDADE II
e que esto livres para girar em torno da vertical quando tocadas pelos dedos. A altura
do SV baseada na haste mais alta movida no topo do salto.
59
UNIDADE II AVALIAO NEOROMUSCULAR
Descreveremos os protocolos dos testes mais utilizados como o teste de Squat Jump
descrito anteriormente, realizado com as seguintes regras: a planta dos ps em
contato com o tapete; ngulo dos joelhos de 90 graus; mos na cintura e tronco ereto;
salto - ngulos dos joelhos a 180 graus; ps de volta ao tapete. Neste teste, o sujeito
deve efetuar um salto vertical partindo da posio do meio Squat (joelhos a 90), com
o tronco ereto e mantendo as mos na cintura ou quadril. O sujeito deve seguir o teste
sem fazer contramovimento; o salto partindo da inrcia, realizado sem o auxlio dos
braos. Qualidade investigada: fora explosiva, capacidade de recrutamento nervoso,
expresso de um percentual de fibras rpidas. Modalidade de ativao: trabalho
concntrico (positivo).
O Counter Movement Jump (CMJ) uma prova na qual a ao do salto versus a altura
realizada graas as ciclo estiramento-encurtamento. Neste mtodo, o sujeito se
encontra em posio ereta, com as mos na cintura, e deve efetuar um salto vertical,
depois o contramovimento para baixo (as pernas devem ser flexionadas a 90). Durante
a realizao do movimento o tronco deve permanecer o mais ereto possvel para
evitar quaisquer influncias sobre o trabalho das articulaes inferiores. Qualidade
investigada: fora explosiva, capacidade de recrutamento nervoso, expresso de
percentual elevado de fibras rpidas, reutilizao de energia elstica, coordenao intra
60
AVALIAO NEOROMUSCULAR UNIDADE II
61
captulo 4
Salto horizontal
CLASSIFICAO RESULTADOS
Fraco <2,30
Regular 2,30-2,49
Bom 2,49-2,69
Muito Bom 2,70-2,89
Excelente >2,89
62
AVALIAO NEOROMUSCULAR UNIDADE II
SALTO HORIZONTAL
Objetivo Medir a fora explosiva dos membros inferiores.
Descrio O teste inicia-se com o indivduo na posio em p e parado atrs de uma linha demarcada no
solo, com as pernas na posio anteroposterior. O executante realiza seis saltos de forma alternada
(direita / esquerda), finalizando com os dois ps.
Desenvolvimento A partir da linha demarcada no solo, estender uma trena perpendicular a esta linha. Um avaliador
dever ficar posicionado prximo linha de partida e o outro no ponto de aterrissagem.
Material Trena
Preparao Aquecimento normal com 2 3 execues do teste.
Fontes de erros Pisar em cima da linha de sada.
No partir da posio parada
Aterrissagem final apenas em um dos ps.
No realizar o salto paralelo a trena.
Resultados Ser medido em metros e centmetros.
Orientao
A trena fixada ao solo, perpendicularmente linha, ficando o ponto zero sobre a mesma.
O aluno coloca-se imediatamente atrs da linha, com os ps paralelos, ligeiramente
afastados, joelhos semiflexionados, tronco ligeiramente projetado frente. Ao sinal
o aluno dever saltar a maior distncia possvel. Sero realizadas duas tentativas,
registrando-se o melhor resultado. A distncia do salto ser registrada em centmetros,
com uma decimal, a partir da linha traada no solo at o calcanhar mais prximo desta.
63
UNIDADE II AVALIAO NEOROMUSCULAR
Figura 11. Procedimento para execuo do teste do salto horizontal, avaliador e avaliado.
Este teste tem como principal objetivo medir indiretamente a fora muscular de
membros inferiores, por meio do desempenho de se impulsionar horizontalmente.
Aps fixar a fita mtrica ao solo, posicionar o avaliado com os ps paralelos no ponto
zero desta fita. Ao comando do avaliador o avaliado deve saltar no sentido horizontal
com ambas as pernas, com o objetivo de alcanar a maior distncia possvel da fita
mtrica. Das trs tentativas onde alcanar a ponta do p ser o ponto de referncia
da medida, e dever prevalecer medida que indicar a maior distncia percorrida no
plano horizontal. Caso o avaliado marche, corra, d mais de um salto ou deslize aps a
queda, o salto deve ser invalidado.
64
captulo 5
Ergo jump e plataforma de fora
De acordo com Cianciabella (1996), o Ergo jump um dos mais avanados instrumentos
para avaliar as capacidades fsicas dos atletas com valores de absoluta preciso. Este
aparelho tem como possibilidades operacionais dentro de um laboratrio de biomecnica,
reservado aos institutos especializados (plataformas de fora, eletromigrafos, anlise
cinematogrfica de alta velocidade etc.). O teste converte com um mtodo verstil
para os tcnicos de todas as modalidades e para os estudiosos de fenmenos ligados
atividade motriz. O Ergo jump tambm detecta as propriedades musculares dos
membros inferiores, (ao de corrida e saltos), est conectado a uma plataforma de
contato sensvel que por meio de microprocessadores se conecta a um computador e
uma impressora. Por intermdio destes requisitos, o teste preparado para realizar as
seguintes avaliaes:
Smuchrowski e Vidigal (1999) colocam que o sistema ergo jump constitui-se de uma
plataforma sensvel a pequenas presses, acoplado a um computador por meio de uma
conexo no qual encontra-se instalado o programa que processa os dados. Este sistema
deve ser empregado para estimar a condio fsica de esportistas e alguns efeitos
fisiolgicos e biomecnicos do treinamento nas diferentes modalidades esportivas.
Representaes grficas so visualizadas na tela do computador, apresentando o
desempenho durante o teste, permitindo uma aplicao prtica no campo e no
65
UNIDADE II AVALIAO NEOROMUSCULAR
66
AVALIAO Unidade iII
CARDIOVASCULAR
Em termos gerais, pode-se dizer que quanto maior a intensidade relativa (%VO2max) e
a durao do esforo a ser realizado, mais necessria se torna a avaliao mdica prvia.
No entanto, outros fatores devem ser considerados na deciso, especialmente pela
idade dos indivduos, a probabilidade da incidncia de determinadas doenas naquela
populao, o ambiente fsico onde a atividade ser realizada e a histria clnica de cada
indivduo.
67
captulo 1
Volume de oxignio e limiar anaerbio
Consumo de oxignio
A capacidade cardiorrespiratria pode ser definida como sendo a habilidade de realizar
atividades fsicas, de carter dinmico, que envolvam uma grande massa muscular com
intensidade de moderada a alta por perodos prolongados de tempo. dependente do
estado funcional dos sistemas respiratrios, cardiovascular, muscular e suas relaes
fisiolgico-metablicas. Atualmente a eficincia do sistema cardiorrespiratrio pode ser
avaliada medindo-se a capacidade aerbica mxima (VO2 max), quanto maior o VO2
max maior a sua capacidade energtica de sustentar esforos submximos por perodos
prolongados. O VO2 max aceito internacionalmente como o melhor parmetro fisiolgico
para avaliar, em conjunto, a capacidade funcional do sistema cardiorrespiratrio;
um parmetro fisiolgico e metablico para avaliar a capacidade metablica oxidativa
(aerbica); um parmetro fisiolgico para prescrever atividades fsicas sob forma de
condicionamento fsico. Consumo Mximo de Oxignio (VO2 mx) - a taxa mxima que
o organismo de um indivduo tem de captar e utilizar o oxignio do ar que est inspirando
para gerar trabalho. VO2 max diferente de VO2, pois VO2 refere-se ao consumo de
oxignio pelo organismo numa determinada intensidade de exerccio.
68
AVALIAO CARDIOVASCULAR UNIDADE III
Limiar anaerbio
Existem alguns ndices que so extremamente importantes para o processo de avaliao e
prescrio de atividades fsicas, mais especificamente vamos tratar do Limiar Anaerbio
(LA), que o melhor ndice de referncia para aplicao do treinamento. O processo
de avaliao requer algumas medidas. Em se tratando de Limiar Anaerbio vamos
ver quais as medidas mais importantes a serem realizadas. Refere-se intensidade de
exerccio onde o nvel de lactato sanguneo comea a se acumular numa velocidade
mais alta do que vinha acontecendo em intensidades de exerccio mais leves. A partir
desse ponto a velocidade de produo de lactato ultrapassa a velocidade de remoo
causando um acmulo que vai se acentuando cada vez mais.
VO2: ml.kg-1.min-1;
69
UNIDADE III AVALIAO CARDIOVASCULAR
Quadro 08: Segue abaixo as variveis que devem (ou podem) serem medidas para determinao do Limiar
Anaerbio.
VARIVEL CARACTERSTICA
Ventilao Minuto (VE) Volume de ar expirado por minuto.
VO2 Consumo de oxignio.
VCO2 Produo de dixido de carbono.
Frequncia Cardaca Batimentos por minuto.
Carga de exerccio Intensidade de esforo.
Lactato sanguneo Concentrao de lactato no sangue.
Quadro 09: Para essas variveis sejam medidas so necessrios alguns equipamentos.
EQUIPAMENTOS ANLISE
Ergmetro Intensidade de esforo.
Frequencmetro Batimentos por minuto.
Espirmetro p/ teste Ergomtrico Ventilao por minuto.
Espirmetro c/ Analisador de Gs VO2.
Espirmetro c/ Analisador de Gs VCO2.
Lactmetro Lactato sanguneo.
70
captulo 2
Teste de campo
Teste de Cooper
O Teste de Cooper um teste de preparo fsico idealizado pelo mdico e preparador
fsico norte-americano Kenneth H. Cooper. O teste consiste numa corrida em velocidade
constante que varia de acordo com a idade, sexo e seu desempenho (profissional ou
amador). Este mtodo adequado para atletas, pois exige 100% da velocidade (carga).
Para um atleta masculino profissional exige-se um desempenho de 3.200 metros em
12 minutos para sua boa forma. O nome Cooper deu-se por causa do nome de seu
criador Kenneth H. Cooper.
Teste de 12 minutos (Cooper, 1970; Ashperd, 1981), consiste em correr a maior distncia
possvel em 12 minutos. O teste deve ser realizado em superfcie plana. O VO2 mx
estimado por: VO2mx (ml.kg.min) = D - 504/45, sendo D = Distncia em metros.
M= masculino e F= feminino
71
UNIDADE III AVALIAO CARDIOVASCULAR
T= Tempo em minutos
Este tempo foi empregado para estimar VO2 mximo e as velocidade da corrida para
concentraes fixas, como 2 mmol/l, 2,5 mmol/l e 4 mmol/l (V4), usando uma regresso
linear.
Em outro estudo, dois anos depois, Weltman et al. (1989) desta vez usando uma
amostra composta por mulheres sedentrias, propuseram as equaes de 5 ao 8. Segue
a resoluo:
Os resultados do estudo de Weltman (1987) podem ser visto na tabela abaixo. Esta
tabela apresenta o coeficiente de correlao de Pearson entre a velocidade em diversos
pontos fixos de concentrao de lactato, estimado a partir do resultado da velocidade
72
AVALIAO CARDIOVASCULAR UNIDADE III
Tabela 04. Coeficientes de correlao e erro padro da estimativa para predio velocidade em pontos fixos de
EQUAO R EPE
VLT 0,85 14,51
V2mM 0,85 13,33
V2,5mM 0,86 12,85
V4mM 0,88 11,40
Tabela 5.Coeficientes de correlao e erro padro da estimativa para predio velocidade em pontos fixos de
EQUAO R EPE
VLT 0,96 13,07
V2mM 0,97 12,10
V2,5mM 0,97 11,40
V4mM 0,98 10,56
Outros testes
73
captulo 3
Aplicaes do Yo-Yo Test
74
AVALIAO CARDIOVASCULAR UNIDADE III
entre cada ida e volta (40 metros), porm o teste realizado com uma velocidade maior.
J no teste RECOVERY a recuperao entres os tiros de 10 segundos e a velocidade
de corrida bem alta.
A seguir a caracterstica de cada teste com level 1 (L1) e level 2 (L2), onde tambm pode
ser chamado de nvel 1 e 2.
YO-YO ENDURANCE L1 E L2
Teste contnuo.
Potncia Aerbia.
YO-YO INTERMITENT ENDURANCE L1 e L2
Teste com intervalos de cinco segundos a cada 40 metros (2X20 metros).
Potncia Anaerbia.
YO-YO RECOVERY L1 e L2
Teste com intervalos de 10 segundos a cada 40 metros (2x20 metros).
Potncia Anaerbica.
75
UNIDADE III AVALIAO CARDIOVASCULAR
Abaixo, um modelo para avaliao de coleta dos resultados obtidos no momento do teste.
Idade: Sexo: M F
Data do Teste:
76
AVALIAO CARDIOVASCULAR UNIDADE III
77
UNIDADE III AVALIAO CARDIOVASCULAR
78
AVALIAO CARDIOVASCULAR UNIDADE III
Yo-Yo IR1 teste: VO2max (ml/kg/min) = IR1 distncia (m) x 0,0084 + 36,4
Yo-Yo IR2 teste: VO2max (ml/kg/min) = IR2 distncia (m) x 0,0136 + 45,3
79
UNIDADE III AVALIAO CARDIOVASCULAR
NVEL DE
ESTGIO DE VELOCIDADE (KM/ IDAS TOTAL DISTNCIA
NVEL DISTNCIA
VELOCIDADE HR) (2 X 20M) (M)
(M)
1 1 8 2 80 80
2 3 9 2 80 160
3 5 10 2 80 240
4 6 10.5 8 320 560
5 6.5 10.75 8 320 880
6 7 11 8 320 1200
7 7.5 11.25 3 120 1320
8 8 11.5 3 120 1440
9 8.5 11.75 6 240 1680
10 9 12 6 240 1920
11 9.5 12.25 6 240 2160
12 10 12.5 6 240 2400
13 10.5 12.75 6 240 2640
14 11 13 6 240 2880
15 11.5 13.25 6 240 3120
16 12 13.5 6 240 3360
17 12.5 13.75 6 240 3600
18 13 14 6 240 3840
19 13.5 14.25 6 240 4080
20 14 14.5 6 240 4320
80
AVALIAO CARDIOVASCULAR UNIDADE III
1 8 11.5 2 80 80
2 10 12.5 2 80 160
3 12 13.5 2 80 240
4 13 14 8 320 560
5 13.5 14.25 8 320 880
6 14 14.5 8 320 1200
7 14.5 14.75 3 120 1320
8 15 15 3 120 1440
9 15.5 15.25 6 240 1680
10 16 15.5 6 240 1920
11 16.5 15.75 6 240 2160
12 17 16 6 240 2400
13 17.5 16.25 6 240 2640
14 18 16.5 6 240 2880
15 18.5 16.75 6 240 3120
16 19 17 6 240 3360
17 19.5 17.25 6 240 3600
18 20 17.5 6 240 3840
19 20.5 17.75 6 240 4080
20 21 18 6 240 4320
81
UNIDADE III AVALIAO CARDIOVASCULAR
82
AVALIAO CARDIOVASCULAR UNIDADE III
83
UNIDADE III AVALIAO CARDIOVASCULAR
84
AVALIAO CARDIOVASCULAR UNIDADE III
85
Captulo 4
Teste de velocidade
Alm da fcil aplicabilidade, o RAST envolve seis sprints de 35 metros, com uma
recuperao de 10 segundos entre cada sprint, e fornece medies de potncia de pico,
potncia mdia e potncia mnima juntamente com um ndice de fadiga. Seu objetivo
de obter a potncia anaerbia durante a corrida, podendo o teste ocorrer num campo de
futebol ou numa quadra poliesportiva. Alm de cronmetros para marcao do tempo,
necessrio fita mtrica e cones de marcao, pelo menos 50 metros pista. muito
comum o uso de barreiras fotoeltricas para uma anlise mais precisa dos resultados,
equipamento mostrado na figura a seguir.
86
AVALIAO CARDIOVASCULAR UNIDADE III
Clculos
Exemplo:
Sexo: masculino
Peso Corporal: 76 kg
TIRO 1 TIRO 2 TIRO 3 TIRO 4 TIRO 5 TIRO 6 TIRO TOTAL
Tempo (s) 4,52 4,75 4,92 5,21 5,46 5,62 30,48
Potncia (W) 1008 869 782 658 572 525 4414
87
UNIDADE III AVALIAO CARDIOVASCULAR
Pan-pico (w)
Pan-mdia (w)
ndice de fadiga-01
ndice de fadiga-02
88
AVALIAO CARDIOVASCULAR UNIDADE III
89
captulo 5
Avaliao ergoespiromtrica
90
AVALIAO CARDIOVASCULAR UNIDADE III
Para atividade fsica, seja para iniciantes ou indivduos com atividades regulares, o
teste que discrimina a intensidade do exerccio aerbio a ser prescrito, considerando-
se, obviamente, as informaes da ergometria tradicional, implcitas no procedimento,
associadas s informaes sobre os mecanismos de transporte dos gases envolvidos.
Na avaliao fisiolgica de atletas, das mais variadas modalidades, o teste que se
impe pela quantidade de informaes e pela facilidade de execuo. utilizado para o
diagnstico das necessidades energticas especficas nas diferentes modalidades, para
o diagnstico das capacidades funcionais individuais (avaliao dos ndices de aptido
fsica, obteno de mdias de referncia, clculo dos desvios percentuais e diagnsticos
geral da aptido fsica), no treinamento especfico, ou seja, num determinado esporte
coletivo, ,por exemplo, o futebol, diferenciam o treinamento para grupos de funes
tticas distintas (zagueiros, laterais, volantes ou atacantes) e ainda na evoluo dos
ndices de aptido fsica com a reavaliao peridica, o diagnstico individual da
evoluo e a periodizao do treinamento.
91
UNIDADE III AVALIAO CARDIOVASCULAR
92
AVALIAO CARDIOVASCULAR UNIDADE III
Como considerada uma tcnica no Invasiva (no existe invaso do corpo do sujeito) os
resultados so obtidos atravs da anlise da resposta ventilatria durante um exerccio
de cargas progressivas. So medidas as variveis respiratrias (VE, VO2 e VCO2) para
que seja determinado o momento (carga e frequncia cardaca) onde ocorrem alteraes
significativas na Ventilao Minuto (VE) e nas Concentraes de CO2 (VCO2) do ar
expirado. Esse teste realizado em laboratrio, existem alguns equipamentos que
permitem que seja feito em campo, no entanto atrapalham muito na performance do
sujeito.
Procedimentos do teste
O sujeito colocado sobre o ergmetro, e os equipamentos para as medidas so
ajustados ao avaliado. No avaliado j dever estar colocada fita transmissora do
frequencmetro. Ele dever respirar o tempo todo por uma vlvula que direciona o
ar expirado, por meio de uma mangueira, para o Espirmetro onde ser analisado. A
respirao dever ser processada apenas pela boca, pois o nariz estar tapado por um
acessrio chamado clip nasal. Essa condio dever se manter do incio ao fim do teste
e iniciar numa intensidade de exerccio relativamente leve, para isso devemos realizar
uma Anamnese adequada para que o exerccio no comece muito leve, prolongando o
teste por muito tempo ou muito pesado para que no provoque uma fadiga muito cedo,
tornando-o muito curto. Geralmente so realizados testes de aumento progressivo da
carga onde a cada intervalo de tempo pr-determinado a carga de trabalho aumentada
sempre na mesma magnitude. o protocolo de escada com a vantagem de possibilitar
que as variveis sejam medidas em pequenos espaos de tempo, no necessitando ser
a medida apenas no final do estgio. Por exemplo, se um estgio dura dois minutos
podemos realizar as medidas a cada 15 segundos, ou seja, para cada estgio teremos oito
amostras para anlise. Caso o teste tenha seis estgios teremos 48 pontos (amostras)
para analisar o que uma vantagem sobre o teste de lactato.
93
UNIDADE III AVALIAO CARDIOVASCULAR
94
AVALIAO CARDIOVASCULAR UNIDADE III
95
Para (no) finalizar
96
Referncias
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