Par 1132 97
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1. HISTRICO
Por meio da Portaria n 04, de 03 de maro de 1997, a presidncia do Conselho Estadual
de Educao de Minas Gerais instituiu comisso a fim de colher subsdios e elaborar estudos
para a implementao da Lei 9.394/1996, de 20.12.1996 (nova Lei de Diretrizes e Bases da
Educao Nacional), no sistema estadual de ensino de Minas Gerais.
A comisso instituda pela citada Portaria dedicou-se ao exame das normas at ento
vigentes no sistema estadual de ensino de Minas Gerais, bem como ao do texto da nova Lei, para
compreender suas propostas e propsitos.
Finda essa etapa, resolveu organizar e executar um plano de trabalho envolvendo toda a
sociedade mineira, convocada para colaborar na reformulao das normas. Em conjunto com a
Secretaria de Estado da Educao e com a Comisso de Educao da Assemblia Legislativa,
organizou debates para discusso da nova Lei e encaminhamento de subsdios, primeiramente
em quase todos os municpios do Estado e nas Superintendncias Regionais de Ensino; numa
segunda etapa, nas cidades-plo e culminando com um ato pblico solene, realizado no plenrio
da Assemblia Legislativa de Minas Gerais, com a presena das autoridades educacionais de
nosso Estado, para entrega dos documentos com sugestes de normas para regulamentao da
nova LDB.
As sugestes recebidas foram analisadas, tendo sido consideradas muito importantes para
a elaborao deste parecer orientador, constituindo-se fonte futura de subsdios para outros
tpicos que venham a ser normatizados. Algumas sugestes sero encaminhadas para outros
rgos, j que escapam competncia do CEE.
Este Parecer, elaborado conjuntamente pela comisso, tem como finalidade oferecer
orientao aos educadores mineiros para aplicao da nova LDB, no que diz respeito
fundamentao e organizao da educao bsica, nos termos da compreenso e do pensamento
do Conselho Estadual de Educao do Estado de Minas Gerais, considerando tambm os
Pareceres do Conselho Nacional de Educao e respeitados os princpios da flexibilidade, da
autonomia e da liberdade que caracterizam as inovaes preconizadas pela Lei.
2. MRITO
2.1. Fundamentao
A nova LDB introduz vrias inovaes no que se refere educao bsica, desde a
incluso da educao infantil entre as suas etapas de ensino at as novas propostas de
organizao e de flexibilizao das aes escolares, especialmente no que se refere verificao
do rendimento escolar, deixando claro o pensamento do legislador no sentido de que o Pas
abandone a cultura da reprovao e instale nas suas escolas a cultura da aprendizagem centrada
no ritmo prprio de cada aluno. A anlise da Lei 9.394/1996 permite concluir que esta considera
Portanto, podem ser considerados dias de efetivo trabalho escolar ou dia letivo, aqueles
que envolvam professores e alunos em atividades escolares de carter obrigatrio, relacionadas
com o processo ensino-aprendizagem, independente do local onde elas se desenvolvam.
No que diz respeito ao mnimo de freqncia, em relao educao bsica, em seu
inciso VI do art. 24, a lei determina que a freqncia mnima ser de 75% do total de horas
letivas para aprovao.
A nova LDB clara quando estabelece, no Art. 4, diretrizes bsicas para o acesso de
educandos ao ensino fundamental, como tambm para a criao de condies de permanncia
dos alunos na escola, mediante a adoo de modalidades, formas alternativas e de programas
suplementares de assistncia ao educando.
Destacam-se, entre outras, as seguintes diretrizes:
oferta de ensino regular noturno, adequado s condies dos educandos (inciso VI);
Educao infantil
II.
Ensino Fundamental
III.
diferentes
nveis
de
ensino,
Ensino Mdio
O ensino mdio a etapa final da educao bsica e tem a durao mnima de trs anos.
As escolas organizaro seus cursos tendo como objetivos:
As escolas que oferecerem o ensino mdio, ltima etapa da educao bsica, organizaro
seus cursos com durao mnima de trs anos com 2.400 horas de efetivo trabalho escolar.
O ensino mdio, atendida a formao geral do educando, poder prepar-lo para o
exerccio de profisses tcnicas.
A preparao geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitao profissional, podero
ser desenvolvidas nos prprios estabelecimentos de ensino mdio ou em cooperao com
instituies especializadas em educao profissional.
O ensino profissional, articulado com o ensino mdio, ser ministrado:
cursos, com o mnimo de 15 anos para o nvel de ensino fundamental e 18 anos para o ensino
mdio, coerentemente com os mnimos fixados para inscrio aos exames supletivos.
So mantidos, no que couber, os dispositivos da Resoluo 386/1991 deste Conselho,
enquanto no houver novas definies relativas educao de jovens e adultos.
II.
Educao especial
Educao profissional
Educao rural
Educao indgena
currculo escolar;
A Lei permite destacar que a etapa de ensino mdio dever dar nfase a:
acesso ao conhecimento e
exerccio da cidadania.
Em relao ao ensino mdio a Lei determina, ainda, que no plano curricular seja includa
uma lngua estrangeira moderna, como disciplina obrigatria, escolhida pela comunidade
escolar, e optativamente, uma segunda, dentro das possibilidades da instituio de ensino.
Os contedos, as metodologias e as formas de avaliao sero organizadas de tal forma
que, ao final do ensino mdio, o educando demonstre:
Para esta forma de progresso, a nova LDB no coloca limitaes quanto ao nmero de
componentes curriculares de aprendizagem, tendo em vista que esta ser uma deciso da escola,
consideradas as possibilidades do aluno e da instituio escolar.
Nesses aspectos, inova e aperfeioa a conhecida figura da dependncia prevista na Lei
Federal n 5.692 de 11.08.1971, ampliando as oportunidades de aprendizagem e promoo dos
alunos.
A progresso continuada o procedimento utilizado pela escola que permite ao aluno
avanos sucessivos e sem interrupes, nas sries, ciclos ou fases.
Os estabelecimentos que utilizam progresso regular por srie podem adotar no ensino
fundamental e ensino mdio o regime de progresso continuada, sem prejuzo da avaliao do
processo de ensino-aprendizagem.
2.2.8. Verificao de desempenho escolar
A verificao do desempenho escolar busca avaliar o grau de desenvolvimento do aluno,
conhecer dificuldades e possibilidades, a fim de programas as aes educacionais necessrias.
A verificao de rendimento escolar, nos termos do Art. 24, da Lei 9.394/1996, observar
os seguintes critrios:
a) avaliao contnua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalncia dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do perodo
sobre as eventuais provas finais;
b) possibilidade de acelerao de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avano nos cursos e nas sries mediante verificao da
aprendizagem;
d) aproveitamento de estudos concludos com xito;
e) estudos de recuperao.
I Avaliao
Avaliar consiste em diagnosticar a situao real de aprendizagem do aluno em relao a
indicadores de desempenho, definidos pela escola em sua proposta pedaggica.
A avaliao entendida como fonte principal de informao e referncia para a
formulao de prticas educativas que possibilitem a formao global dos alunos.
A avaliao, como parte do processo de aprendizagem, tem uma funo diagnstica que
busca investigar os conhecimentos que o aluno traz para a sala de aula; formadora, no sentido
de acompanhar as etapas da aprendizagem e da totalidade do percurso pessoal, identificando os
sucessos e as dificuldades desse processo de desenvolvimento, inclusive para reorient-lo e tem
um carter de continuidade, visando organizar as aes educativas subsequentes.
A avaliao deve incorporar, alm da dimenso cognitiva, outras dimenses (cultural,
social, biolgica e afetiva), que fazem parte do processo de formao integral do educando.
Nesse sentido, a avaliao no pode considerar apenas o produto, mas tambm o prprio
processo de aprendizagem e os aspectos atitudinais demonstrados pelo aluno.
Os aspectos qualitativos da aprendizagem prevalecero sobre os seus aspectos
quantitativos, bem como os resultados obtidos ao longo do perodo escolar sobre os exames e
provas finais, quando adotados.