Curso Educação EDUHOT
Curso Educação EDUHOT
Curso Educação EDUHOT
SUMÁRIO
Introdução ................................................................................................................... 3
Pensar e realizar o currículo ..................................................................................... 4
A dinâmica do currículo da Educação Básica ......................................................... 8
O projeto político-pedagógico ................................................................................. 10
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil ................................. 12
Valores objetivados .................................................................................................. 12
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos ......... 15
Fundamentos ............................................................................................................ 15
Princípios .................................................................................................................. 16
Objetivos ................................................................................................................... 16
Matrícula e carga horária......................................................................................... 17
Currículo.................................................................................................................... 17
Base nacional comum e parte diversificada: complementaridade ...................... 17
Projeto político-pedagógico ..................................................................................... 20
Gestão democrática e participativa como garantia do direito à educação ......... 21
Relevância dos conteúdos, integração e abordagens.......................................... 22
Articulações e continuidade da trajetória escolar ................................................. 23
Avaliação: parte integrante do currículo ................................................................ 25
A educação em escola de tempo integral .............................................................. 26
Educação do Campo, Educação Escolar Indígena e Educação Escolar
Quilombola ................................................................................................................ 27
Educação Especial................................................................................................... 28
Educação de Jovens e Adultos............................................................................... 28
A implementação destas Diretrizes: compromisso solidário dos sistemas e redes
de ensino................................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 31
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Introdução
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vida para educandos e educadores. Cada comunidade escolar, em suas
semelhanças e diferenças, pensa, analisa e projeta o país (ampliando-se para
as relações internacionais), a partir de cada aula.
Os lugares da sociedade que tem a ver, e muito, com o desenvolvimento
concreto do currículo de estudos e experiências escolares são o campo do
trabalho; a vida participativa e os problemas que exigem superação; os lugares
de pesquisa das diversas ciências e consequente difusão e apropriação de
conhecimentos; a criação e a difusão artístico-estética; a atualidade da memória
e da história; as tecnologias informacionais, comunicacionais, sociais,
ambientais, de saúde etc; os movimentos sociais e suas relações com as
políticas públicas; o cuidado do corpo e suas formas expressivas; o amplo
diálogo social, produtor das linguagens da comunicação (p. 24). Tudo o que se
chamava “conteúdo” ou “matéria”, hoje pensado como componente curricular, ou
componente da ação educacional da escola, dialoga intensamente com todos
esses “lugares”, apreende ideias e valores, organiza experiências integradoras,
explora fenômenos, penetra curiosamente no interior dos dados para explicá-los,
produz comunicação entre os “lugares” ou “áreas” de saber e fazer. Por isso se
afirmou que, ao desenvolver um currículo, a escola está criando um projeto de
Brasil, com certeza melhor do que o que temos.
Os componentes curriculares, ou de ação educativa, têm nomes, tanto na
base nacional comum quanto na dimensão diversificada. Os nomes tendem a
ser entendidos como disciplinas: Português, Educação Física,
Empreendedorismo Social, Matemática, História
Afro-Brasileira e Indígena, Espanhol, Marketing, Artes etc, mas ao
contrário de “disciplinar” (como se pensou no passado) esses componentes
dialogam com fatos, fenômenos, realidades, histórias, descobertas, criações,
pesquisas e constroem conjuntos de estudos adequadamente discriminados,
que se realizam no dia-a-dia da escola por meio de projetos, leituras, formas de
abordagem, discussões, visitas, diálogos internos e externos, bem como de
avaliações integradas que mostram os avanços e as dificuldades. Do mesmo
modo, tais componentes, ao dialogarem com a vida e o mundo dos fenômenos
e fatos, criam o que se chama interdisciplinaridade, transdisciplinaridade etc. (p.
27-28)
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Os conhecimentos em torno dos quais se deram abordagens, diálogos e
atitudes variadas reforçam o valor de aprender e induzem ao pensamento
autônomo e libertador. Todo esse conjunto pode ser chamado de proposta
curricular 2015, 2016, ou matriz curricular 2015 etc, mas o importante é que seja
criado e desenvolvido na escola X, a partir de amplo diálogo no sistema escolar
local, estadual e mesmo nacional (a escola também cria identidade e
identificações pelo conhecimento que tem das demais escolas do sistema).
O ponto de partida para uma adequada integração de componentes
sugere pensar que trabalhamos áreas por meio de eixos. Na medida em que
temos, na base nacional comum, as áreas de linguagens e códigos expressivos,
a dinâmica do corpo, arte e estética, ciências da natureza, ciências das culturas
humanas, tecnologias e matemática, um projeto de trabalho cria eixos de
conhecimento e ação e, em vez de justapor ou somar fatos, cria hipóteses e
problemas de conhecimento, ou eixos. Os estudos, e consequentemente
respostas ao que se questionou, são movimentos de eixos no interior das áreas,
buscando relações, colaboração, sinergia, fatos, valores, ideias, tipos de
abordagem. O que é conhecimento específico das áreas colabora na dinâmica
do eixo e os diferentes componentes do currículo – seja a base nacional comum,
seja a parte diversificada (que, na prática, é o desdobramento do conhecimento
pensado na base nacional comum, de interesse local ou regional) – revelam aos
educandos o direito de conhecer e a autonomia de estudar. Currículo escolar
não é, pois, um conjunto de conteúdos e sim uma plataforma de direitos ao
conhecimento, sua pesquisa, apropriação e expansão.
Quem trabalha com currículo após a LDB encontra como base nacional
comum os seguintes componentes (necessariamente associados aos lugares e
valores já citados e em contínuo diálogo com eles): Língua Portuguesa;
Matemática; conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e
política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo da História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena; Arte (plástica, musical, cênica e audiovisual); Educação
Física; Ensino Religioso (facultativo ao educando).
Como já mostrado, esse conjunto de conhecimentos e valores é composto
de tecnologias, ambiente ecológico, memória popular, comunicação, exercício
de cidadania, conquista e manutenção de direitos, presentes e ativos no país e
na sociedade humana, bem como dispostos à ampliação e à transformação da
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vida pelo estudo e pelas experiências individuais e coletivas. Do mesmo modo,
engendra intenso diálogo entre os eixos nas áreas, sejam comuns, sejam
diversificadas. A parte diversificada desdobra e completa a base nacional
comum e considera as realidades da metrópole e suas periferias, do mundo das
florestas, das atividades ribeirinhas, da dinâmica rural, das sociedades
tradicionais e das emergentes, dos povos migrantes, das diferenças e
identidades no interior da própria escola e seu entorno, enfim, das culturas,
economias, etnias, orientações sociais e dinâmicas populacionais brasileiras.
Pensando de forma integrada, o currículo resultante será projeto de Brasil e
cumprirá a proposta constitucional: formar seres plenos, compreendida sua
diversidade, constituir cidadãos e qualificar pessoas para a dinâmica do trabalho
contemporâneo.
As Diretrizes citam o Parecer CNE/CEB nº 14/2000, relatado pela
Conselheira Edla de Araújo Lira Soares: “(...) a base nacional comum interage
com a parte diversificada, no âmago do processo de constituição de
conhecimentos e valores das crianças, jovens e adultos, evidenciando a
importância da participação de todos os segmentos da escola no processo de
elaboração da proposta da instituição que deve, nos termos da lei, utilizar a parte
diversificada para enriquecer e complementar a base nacional comum. (...) tanto
a base nacional comum quanto a parte diversificada são fundamentais para que
o currículo faça sentido como um todo.” (p. 32)
Para exemplificar. a Língua Portuguesa (e o Guarani ou outra língua em
espaços das nações indígenas falantes e comunidades de fronteiras) constitui
uma área da base nacional comum no Ensino Fundamental. De fato, uma área
irmã das artes, também compostas de determinadas linguagens. A dimensão
diversificada dessa área pode contribuir com o Espanhol, mas também com
estudos culturais ou tópicos especiais de leitura e escrita. Os exemplos aqui
dados são signos para estimular a reflexão, a pesquisa e o estabelecimento de
currículo na escola.
Considerando sempre os lugares da vida das comunidades, as
necessidades e desejos encontrados, a formação do magistério e a riqueza
cultural local ou regional, bem como os limites de tempo do conjunto de áreas ou
matriz de componentes, um trabalho colaborativo e integrado entre eixos e áreas
pode atender aos objetivos propostos na Constituição, na LDB e demais textos
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legais, todos voltados aos direitos e à qualidade da educação. No caso dessa
área (restrita em língua e ampliada em linguagens, isto é, língua mais artes),
eixos como língua escrita e língua falada, a par de memória linguístico-cultural
comunitária poderão criar conexões entre os componentes capazes de
enriquecer os códigos expressivos, mostrar a distinção entre fala e escrita,
estimular o trabalho comparado em línguas, produzir intercâmbios culturais,
pensar e se aproximar do outro e seus suportes linguísticos e culturais, portanto
comunicacionais. Aí se ligam cognição e atitudes. Começa aí, certamente, uma
compreensão clara, precisa e generosa do que é uma rede social. De fato, eixos
e áreas em movimento criam conexões fartamente interdisciplinares e, como
mostram estas Diretrizes, ampliam compreensões dos seres e do mundo, das
ciências, tecnologias e suas práticas; do mesmo modo, fazem surgir a
curiosidade criadora de estratégias que levam à compreensão tanto rigorosa
como amorosa do mundo e da vida.
O projeto político-pedagógico
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processos de recuperação, distorção idade/ano/série; do uso crítico das novas
tecnologias aos cuidados com a saúde de todos os sujeitos da escola. A rigor,
trata-se de colocar o currículo em ação, como coração dos movimentos de
ensino e aprendizagem.
Em suma, as Diretrizes propõem às unidades escolares seis atitudes
capazes de garantir a autonomia escolar, a escritura de um currículo original e a
demonstração de direitos da comunidade:
a) realizar diagnóstico adequado dos sujeitos do processo educativo
e seu território de inserção;
b) desenvolver concepções de conhecimento, aprendizagem e
avaliação e “encarná-las” no PPP, com visão crítica para futuras mudanças;
c) precisar a qualidade social da educação na unidade circundada por
realidade conhecida e considerada na gestão escolar;
d) refletir criticamente sobre os resultados das avaliações externas e
manifestar-se a respeito dessas formas de avaliação como contribuição da
unidade escolar;
e) trabalhar curricularmente para a garantia do acesso, permanência
e superação das reprovações;
f) ampliar a democratização das relações de trabalho, pesquisa
conjunta, presença da “sociedade” do entorno, decisões colegiadas, construção
de projetos, trabalho em sala de aula, formação e avaliação.
Sobre a avaliação, o ato de avaliar, na escola democrática e que amplia
sua autonomia, não é uma imposição do sistema, mas o resultado da
inteligência, da ação educacional e do ensino eficiente da escola, proposto em
seu PPP. O que de fato se avalia, no universo educacional, não são conteúdos
disciplinares, principalmente quando o trabalho não foi feito de modo
fragmentado e particularista. Avalia-se o conjunto do que se construiu como
trabalho curricular integrado, na dinâmica de eixos, áreas e componentes.
Mesmo uma possível “prova” ou um “trabalho” sobre determinado componente
espelhará um conhecimento maior, demonstrará conexões entre saberes
experimentados. Avaliam-se “estados” de um projeto de trabalho, “momentos”
da dinâmica curricular, com o fim evidente de corrigir alguns rumos, reforçar
outros, acelerar ou recuperar situações; enfim, aperfeiçoar o currículo e construir
a autonomia intelectual dos educandos. A avaliação precisa afirmar, contínua e
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crescentemente, os direitos dos educandos e de sua escola a se distinguirem
em sua identidade social, em suas buscas de ampliar, apropriar e disseminar o
conhecimento, bem como criar atitudes científicas e gestos de solidariedade nos
atos de conhecer e compartilhar seus valores.
Valores objetivados
Fundamentos
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diferentes capacidades e interesses) e equitativa (tratamento de forma
diferenciada, assegurando a todos a igualdade de direito à educação).
Princípios
Objetivos
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Matrícula e carga horária
Currículo
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O currículo do Ensino Fundamental tem uma base nacional comum,
complementada em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar,
por uma parte diversificada.
A base nacional comum e a parte diversificada do currículo do Ensino
Fundamental constituem um todo integrado e não podem ser consideradas como
dois blocos distintos.
Os conhecimentos que fazem parte da base nacional comum a que todos
devem ter acesso, independentemente da região e do lugar em que vivem,
asseguram a característica unitária das orientações curriculares nacionais, das
propostas curriculares dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, e dos
projetos político-pedagógicos das escolas.
Os conteúdos curriculares que compõem a parte diversificada do currículo
serão definidos pelos sistemas de ensino e pelas escolas, de modo a
complementar e enriquecer o currículo, assegurando a contextualização dos
conhecimentos escolares em face das diferentes realidades.
Os conteúdos que compõem a base nacional comum e a parte
diversificada têm origem nas disciplinas científicas, no desenvolvimento das
linguagens, no mundo do trabalho, na cultura e na tecnologia, na produção
artística, nas atividades desportivas e corporais, na área da saúde e ainda
incorporam saberes como os que advêm das formas diversas de exercício da
cidadania, dos movimentos sociais, da cultura escolar, da experiência docente,
do cotidiano e dos alunos.
Os conteúdos são constituídos por componentes curriculares que, por sua
vez, se articulam com as áreas de conhecimento, a saber: Linguagens,
Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas.
As áreas de conhecimento favorecem a comunicação entre diferentes
conhecimentos sistematizados e entre estes e outros saberes, mas permitem
que os referenciais próprios de cada componente curricular sejam preservados.
O currículo da base nacional comum do Ensino Fundamental deve
abranger, obrigatoriamente, conforme o art. 26 da LDB, o estudo da Língua
Portuguesa e da Matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da
realidade social e política, especialmente a do Brasil, bem como o ensino da
Arte, a Educação Física e o Ensino Religioso.
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Os componentes curriculares obrigatórios do Ensino Fundamental serão
assim organizados em relação às áreas de conhecimento:
I – Linguagens:
a) Língua Portuguesa;
b) Língua materna, para populações indígenas;
c) Língua estrangeira moderna;
d) Arte;
e) Educação Física;
II – Matemática;
III – Ciências da Natureza;
IV – Ciências Humanas:
a) História;
b) Geografia;
V – Ensino Religioso.
Projeto político-pedagógico
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O currículo exige a estruturação de um projeto educativo coerente,
articulado e integrado, de acordo com os modos de ser e de se desenvolver das
crianças e adolescentes nos diferentes contextos sociais.
Ciclos, séries e outras formas de organização a que se refere a Lei nº
9.394/96 serão compreendidos como tempos e espaços interdependentes e
articulados entre si, ao longo dos 9 (nove) anos de duração do Ensino
Fundamental.
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articulado, avaliar os trabalhos dos alunos, tomar parte em ações de formação
continuada e estabelecer contatos com a comunidade.
Na implementação de seu projeto político-pedagógico, as escolas se
articularão com as instituições formadoras com vistas a assegurar a formação
continuada de seus profissionais.
No projeto político-pedagógico do Ensino Fundamental e no regimento
escolar, o aluno, centro do planejamento curricular, será considerado como
sujeito que atribui sentidos à natureza e à sociedade nas práticas sociais que
vivencia, produzindo cultura e construindo sua identidade pessoal e social.
Na implementação do projeto político-pedagógico, o cuidar e o educar,
indissociáveis funções da escola, resultarão em ações integradas que buscam
articular-se, pedagogicamente, no interior da própria instituição, e também
externamente, com os serviços de apoio aos sistemas educacionais e com as
políticas de outras áreas, para assegurar a aprendizagem, o bem-estar e o
desenvolvimento do aluno em todas as suas dimensões.
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É imperativa a articulação de todas as etapas da educação,
especialmente do Ensino Fundamental com a Educação Infantil, dos anos
iniciais e dos anos finais do Ensino Fundamental, bem como do Ensino
Fundamental com o Ensino Médio, garantindo a qualidade da Educação Básica.
Na passagem dos anos iniciais para os anos finais do Ensino
Fundamental, especial atenção será dada:
a) pelos sistemas de ensino, ao planejamento da oferta educativa dos
alunos transferidos das redes municipais para as estaduais;
b) pelas escolas, à coordenação das demandas específicas feitas
pelos diferentes professores aos alunos, a fim de que os estudantes possam
melhor organizar as suas atividades diante das solicitações muito diversas que
recebem.
Os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar:
a) a alfabetização e o letramento;
b) o desenvolvimento das diversas formas de expressão, incluindo o
aprendizado da Língua Portuguesa, a Literatura, a Música e demais artes, a
Educação Física, assim como o aprendizado da Matemática, da Ciência, da
História e da Geografia;
c) a continuidade da aprendizagem.
Mesmo quando o sistema de ensino ou a escola, no uso de sua
autonomia, fizerem opção pelo regime seriado, será necessário considerar os
três anos iniciais do Ensino Fundamental como um bloco pedagógico ou um ciclo
sequencial não passível de interrupção, voltado para ampliar a todos os alunos
as oportunidades de sistematização e aprofundamento das aprendizagens
básicas, imprescindíveis para o prosseguimento dos estudos.
Do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental os componentes curriculares
Educação Física e Arte poderão estar a cargo do professor de referência da
turma, aquele com o qual os alunos permanecem a maior parte do período
escolar, ou de professores licenciados nos respectivos componentes.
Nas escolas que optarem por incluir língua estrangeira nos anos iniciais
do Ensino Fundamental, o professor deverá ter licenciatura específica no
componente curricular. Nos casos em que esses componentes curriculares
sejam desenvolvidos por professores com licenciatura específica deve ser
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assegurada a integração com os demais componentes trabalhados pelo
professor de referência da turma.
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O atendimento escolar às populações do campo, povos indígenas e
quilombolas requer respeito às suas peculiares condições de vida e a utilização
de pedagogias condizentes com as suas formas próprias de produzir
conhecimentos, observadas as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica (Parecer CNE/CEB nº 7/2010 e Resolução CNE/CEB nº
4/2010).
Educação Especial
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Os sistemas de ensino assegurarão, gratuitamente, aos jovens e adultos
que não puderam efetuar os estudos na idade própria, oportunidades
educacionais adequadas às suas características, interesses, condições de vida
e de trabalho mediante cursos e exames, conforme estabelece o art. 37, § 1º, da
LDB.
A Educação de Jovens e Adultos, voltada para a garantia de formação
integral, da alfabetização e das demais etapas de escolarização ao longo da
vida, inclusive àqueles em situação de privação de liberdade, é pautada pela
inclusão e pela qualidade social.
A idade mínima para o ingresso nos cursos de Educação de Jovens e
Adultos e para a realização de exames de conclusão de EJA será de 15 (quinze)
anos completos (Parecer CNE/CEB nº 6/2010 e Resolução CNE/CEB nº 3/2010).
A oferta de cursos de Educação de Jovens e Adultos, nos anos iniciais do
Ensino Fundamental, será presencial e a sua duração ficará a critério de cada
sistema de ensino, nos termos do Parecer CNE/CEB nº 29/2006, tal como
remete o Parecer CNE/CEB nº 6/2010 e a Resolução CNE/CEB nº 3/2010. Nos
anos finais, ou seja, do 6º ano ao 9º ano, os cursos poderão ser presenciais ou
a distância, devidamente credenciados, e terão 1.600 (mil e seiscentas) horas
de duração.
Tendo em conta as situações, os perfis e as faixas etárias dos
adolescentes, jovens e adultos, o projeto político-pedagógico da escola e o
regimento escolar viabilizarão um modelo pedagógico próprio para essa
modalidade de ensino que permita a apropriação e a contextualização das
Diretrizes Curriculares Nacionais.
A inserção de Educação de Jovens e Adultos no Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Básica, incluindo, além da avaliação do rendimento dos
alunos, a aferição de indicadores institucionais das redes públicas e privadas,
concorrerá para a universalização e a melhoria da qualidade do processo
educativo.
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Tendo em vista a implementação destas Diretrizes, cabe aos sistemas e
às redes de ensino prover:
a) os recursos necessários à ampliação dos tempos e espaços
dedicados ao trabalho educativo nas escolas e a distribuição de materiais
didáticos e escolares adequados;
b) a formação continuada dos professores e demais profissionais da
escola em estreita articulação com as instituições responsáveis pela formação
inicial, dispensando especiais esforços quanto à formação dos docentes das
modalidades específicas do Ensino Fundamental e àqueles que trabalham nas
escolas do campo, indígenas e quilombolas;
c) a coordenação do processo de implementação do currículo,
evitando a fragmentação dos projetos educativos no interior de uma mesma
realidade educacional;
d) o acompanhamento e a avaliação dos programas e ações
educativas nas respectivas redes e escolas e o suprimento das necessidades
detectadas.
O Ministério da Educação, em articulação com os Estados, os Municípios
e o Distrito Federal, deverá encaminhar ao Conselho Nacional de Educação,
precedida de consulta pública nacional, proposta de expectativas de
aprendizagem dos conhecimentos escolares que devem ser atingidas pelos
alunos em diferentes estágios do Ensino Fundamental.
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REFERÊNCIAS
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Educação Infantil e Ensino Fundamental
_______. Lei nº. 11.274, de 6 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos artigos
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anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis)
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Profissionais da Educação - Fundeb, de que trata o art. 60 do Ato das
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fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis nos 9.424, de 24 de dezembro
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