Ementário Selecionado TJ/SC

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EMENTRIO SELECIONADO TJ/SC

Edio 4 de 7 de Fevereiro de 2013.


rgo Especial
1. Lei Estadual que interfira nas atribuies de secretarias e de rgos da Administrao Pblica, e
crie despesa, de iniciativa privativa do Governador do Estado.
2. Padece de inconstitucionalidade Lei Municipal que autoriza prefeito ausentar territrio nacional
qualquer perodo.
Cmaras de Direito Criminal
3. A materialidade do crime de estelionato no deve ficar condicionada a frmula simplista.
4. Apesar do pequeno valor da res furtiva, a prtica de tentativa de furto qualificado pelo
arrombamento obsta o reconhecimento do princpio da insignificncia.
5. Sem prova da materialidade do crime, inexiste justa causa para a deflagrao da ao penal.
6. Possibilidade da juntada de documentos em processo de competncia do tribunal do jri.
7. No necessrio conhecimento da vtima a respeito da arma do crime para configurar-se o roubo.
8. Mera denncia annima no suficiente para condenao por trfico de drogas.
9. Decretada a priso domiciliar no curso da instruo do processo, no pode ser determinada a
preventiva no momento da sentena, se inexistente fato novo a justificar medida mais extrema.
Cmaras de Direito Civil
1. Sem comprovao, a acusao de agiotagem no impede cobrana de dvida.
2. Penso alimentcia favor mulher jovem e saudvel, recm separada marido, deve servir de
incentivo ociosidade
3. O vcio oculto em automvel vendido autoriza resciso de contrato pelo comprador e fixao de
quantum a ttulo de danos morais.
4. A inscrio indevida do autor por trinta e duas vezes no rol de devedores do SPC demonstra a
intensidade do sofrimento ocasionado ao ofendido e justifica a majorao de indenizao por danos
morais.
5. No h dano moral em fato classificado como "momento de desinteligncia".
6. Apenas a concepo de filho no razo suficiente para caracterizar unio estvel.
7. Sentimentos de desgosto aps desiluso amorosa so inerentes ao risco de todo compromisso
amoroso e no causa abalo moral.
8. Assemblia de condomnio no pode deliberar sobre a finalidade de locao comercial de sala, sem
a presena do seu proprietrio.
9. A legislao no exige que a notificao prvia de incluso na lista de maus pagadores seja feita
pessoalmente.
Cmaras de Direito Comercial
1. A suspenso do processo a partir da morte da parte enseja nulidade relativa, sendo vlidos os atos
praticados desde que no haja prejuzo aos interessados.
2. A desconsiderao da personalidade jurdica medida extrema, e por isso a simples alegao ou a
mera presuno da dissoluo irregular da sociedade no basta para que se reconhea.
3. A duplicata protestada fora do prazo estabelecido, depois de acordo ente as partes que o alterou,
caracteriza ato ilcito que enseja indenizao.
Cmaras de Direito Pblico
1. Candidata no pode ser prejudicada em prova de ttulo por atraso de diploma.
2. Acmulo das atividades de vereador e de ocupante de cargo comissionado na CELESC no fere Lei
Orgnica Municipal.
Cmara Especial Regional de Chapec
1. Falta de comprovao da perda da posse em funo de ato ilcito praticado por terceiro, conduz,
invariavelmente, improcedncia da ao de reintegrao.
Turmas de Recursos
2. A multa aplicvel ao consumidor em virtude do cancelamento das passagens, antes do voo, deve
ser razovel e atender s circunstncias do caso.
3. Em sede de juizados especiais, admissvel a impetrao de mandado de segurana nas hipteses
em que a deciso atacada for reputada como ilegal ou com abuso de poder, e desde que no seja
cabvel outro recurso.
rgo Especial
1. ADI. LEI QUE INSTITUI A POLTICA DE PREVENO, DIAGNSTICO E TRATAMENTO DO CNCER BUCAL NO
ESTADO DE SANTA CATARINA. VETO INTEGRAL DO GOVERNADOR DO ESTADO QUE FOI DERRUBADO PELA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, COM CONSEQUENTE PROMULGAO. INTERFERNCIA DIRETA EM ATIVIDADES DE


SECRETARIAS E RGOS DA ADMINISTRAO PBLICA QUE IMPORTA EM AUMENTO DE DESPESA PBLICA.
VIOLAO PRERROGATIVA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO ESTADUAL. ARTIGOS 32, 50, 2, INCISO VI,
E 52, INCISO I, TODOS DA CONSTITUIO DO ESTADO DE SANTA CATARINA. PROCEDNCIA DO PEDIDO
INICIAL, COM EFEITOS EX TUNC. A lei estadual que interfere nas atribuies de secretarias e de rgos da
Administrao Pblica, alm de criar despesa, de iniciativa privativa do Governador do Estado. Processo:
2010.074077-2. Relator: Des. Jnio Machado. Julgamento: 19/09/2012. Data de Publicao: 29/01/2013.
Classe: ADI
2. AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. PREFEITO. AUSNCIA DO PAS POR QUALQUER PERODO.
LICENA DA CMARA DE VEREADORES. IMPOSIO PELA LEI ORGNICA. DESCABIMENTO. DESRESPEITO AO
MODELO CONSTITUCIONAL FEDERAL E ESTADUAL (ARTS. 49 E 83 DA CR/88 E ARTS. 40 E 70 DA CE/89).
PRECEDENTES DO STF E DESTA CORTE. PEDIDO PROCEDENTE. A exigncia de licena da Cmara de
Vereadores para que o Prefeito possa se ausentar do territrio nacional por qualquer perodo revela-se
inconstitucional, porquanto viola o modelo previsto nos artigos 40 e 70 da Constituio do Estado, que, por
sua vez, est em sintonia com o modelo federal previsto nos artigos 49 e 83 da Constituio da Repblica,
segundo os quais a licena s exigvel quando a ausncia do Chefe do Poder Executivo exceder a quinze
dias. Precedente desta Corte: "'Prefeito municipal. Ausncia do pas. Necessidade de licena prvia da
Cmara Municipal, qualquer que seja o perodo de afastamento, sob pena de perda do cargo.
Inadmissibilidade. Ofensa aos arts. 49, III, e 83, cc. art. 29, caput, da CF. Normas de observncia obrigatria
pelos estados e municpios. Princpio da simetria.' . Relator: Des. Salim Schead dos Santos. Origem:
Balnerio Cambori. rgo Julgador: rgo Especial. Data de Julgamento: 15/08/2012. Data de Publicao:
29/01/2013.
Cmaras de Direito Criminal
3. APELAO CRIMINAL. CRIMES CONTRA O PATRIMNIO. ESTELIONATO (ART. 171, CAPUT, DO CDIGO
PENAL) E FRAUDE NO PAGAMENTO POR MEIO DE CHEQUE (ART. 171, 2, INCISO VI, DO CDIGO PENAL).
RU QUE OFERECE COMO PAGAMENTO CHEQUE DE TERCEIRO SEM PROVISO DE FUNDOS. DOLO
EVIDENCIADO A PARTIR DAS CIRCUNSTNCIAS QUE PERMEIAM O CASO. ACUSADO QUE NEGOU TER
OFERTADO A CRTULA EM QUESTO, QUE SE ESQUIVOU A TODO MOMENTO DO CUMPRIMENTO DA
OBRIGAO CONTRADA, QUE POSSUI OUTROS BOLETINS DE OCORRNCIA LAVRADOS EM SEU DESFAVOR E
QUE RESPONDE A OUTRA AO PENAL POR ESTELIONATO. CONDENAO PELO CRIME DE ESTELIONATO
QUE SE IMPE. ABSOLVIO INVIVEL. R QUE EMITE CHEQUE PS-DATADO, A PEDIDO DE SEU PAI, E
PROVIDENCIA SUA SUSTAO, SOB A TESE DE DESAVENA NEGOCIAL, FRUSTRANDO O PAGAMENTO.
INEXISTNCIA DE PROVAS SUFICIENTES DO DOLO ESPECFICO DE FRAUDAR QUANDO DA EMISSO DO
CHEQUE. ABSOLVIO QUE SE IMPE. SENTENA REFORMADA EM PARTE. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. 1. O agente que oferece cheque de terceiro como pagamento por mercadorias adquiridas
sabendo que no prestar ao adimplemento da obrigao, dada a insuficincia de fundos, possui o ntido
propsito de obter vantagem em prejuzo alheio mediante fraude, razo pela qual comete, sem dvidas, o
delito previsto pelo art. 171, caput, do Cdigo Penal. 2. Os Tribunais ptrios, via de regra, tem afastado a
ocorrncia de estelionato, tanto em sua forma fundamental quanto na modalidade prevista no 2, VI, do
art. 171 do CP, nas hipteses em que o negcio frustrado em razo de cheque ps-datado inbil a
cumprir a obrigao, considerando subsistir, em tais casos, simples ilcito civil. Entendo, todavia, que a
materialidade do crime de estelionato no deve ficar condicionada a tal frmula simplista, mas, pelo
contrrio, estar evidenciada, sem dvida, sempre que verificada, no caso concreto, a concorrncia das
elementares insculpidas no tipo penal pertinente e do animus lucri faciendi do agente, ou seja, se as
circunstncias do caso concreto denotarem, de forma incontestvel, ter estado o agente imbudo do dolo
de fraudar quando da emisso do cheque, ainda que tenha antedatado este. Por outro lado, quando no
comprovado cabalmente que o acusado estava contaminado pelo dolo especfico necessrio configurao
do crime de estelionato, isto , de obter vantagem ilcita mediante engodo, dever ser absolvido. Processo:
2012.018594-1. Relator: Des. Paulo Roberto Sartorato. Julgamento: 18/12/2012.
4. APELAO CRIMINAL RECEBIDA COMO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. FURTO TENTADO COM
ARROMBAMENTO (ART. 155, 4, I, C/C ART. 14, II, AMBOS DO CDIGO PENAL). DECISO QUE NO
HOMOLOGOU A PRISO EM FLAGRANTE DO ACUSADO PELA APLICAO DO PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA.

COISA JULGADA QUE ATINGE SOMENTE A PARTE DISPOSITIVA DA DECISO (ART. 469, I, CPC). CARNCIA DE
IMPEDIMENTO AO OFERECIMENTO DA DENNCIA. POSSIBILIDADE DE REDISCUSSO DO FUNDAMENTO
UTILIZADO NO CASO DE POSTERIOR OFERECIMENTO DE DENNCIA. PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA.
BENESSE INAPLICVEL NA ATUAL SITUAO EM APREO EM RAZO DO MODUS OPERANDI PRATICADO.
HOMOLOGAO DO FLAGRANTE. VIABILIDADE. AUSNCIA DOS REQUISITOS NECESSRIOS DECRETAO
DA PRISO PREVENTIVA E MEDIDA CAUTELAR. LIBERDADE PROVISRIA DECRETADA. RECURSO CONHECIDO
E PROVIDO. Processo: 2010.067676-9. Relator: Des. Newton Varella Jnior. Julgamento: 18/12/12. Classe:
Apelao Criminal.
5. HABEAS CORPUS - PLEITO QUE VISA TRANCAMENTO DA AO PENAL - PECULATO - PACIENTE QUE, EM
TESE, INTERMEDIOU VALORES REPASSADOS DO ESTADO PARA EVENTO CULTURAL EM MUNICPIO E TERIA SE
APROPRIADO DE PARTE DA VERBA - DENNCIA OFERTADA SEM PROVA MNIMA OCORRNCIA CRIME AUSNCIA DE JUSTA CAUSA CONFIGURADA - CONCESSO PEDIDO DE ORDEM. Processo: 2012.087425-1.
Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima Filho. Julgamento: 08/01/13.
6. HABEAS CORPUS. HOMICDIO. INDEFERIMENTO DA JUNTADA DE DOCUMENTAO APRESENTADA PELA
DEFESA NA FASE DO ART. 422 DO CPP. DOCUMENTOS DESTINADOS A INFLUENCIAR A CONVICO DO JRI.
IRRELEVNCIA QUE NO PODE SER VERIFICADA PELO MAGISTRADO DE PLANO. VIOLAO AMPLA DEFESA
E AO CONTRADITRIO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. ORDEM CONCEDIDA. Processo:
2012.084123-8. Relator: Des. Torres Marques. Origem:
7. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMNIO. ROUBO MAJORADO PELO EMPREGO DE ARMA (ART.
157, 2, I, CP). IRRESIGNAO DEFENSIVA. NEGADO DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE. ACUSADO
QUE PERMANECEU SEGREGADO DURANTE TODA INSTRUO. MOTIVAO SUFICIENTE MERA
MANUTENO CUSTDIA CAUTELAR, DIANTE DA AUSNCIA DE ALTERAO DA SITUAO FTICA E
PERSISTNCIA DOS FUNDAMENTOS PREVIAMENTE AVALIADOS. MRITO. PRETENDIDA A DESCLASSIFICAO
PARA O CRIME DE FURTO SIMPLES. IMPOSSIBILIDADE. GRAVE AMEAA, EXERCIDA COM EMPREGO DE ARMA
DE FOGO, COMPROVADA PELO DEPOIMENTO DE UMA DAS VTIMAS EM JUZO, EM HARMONIA COM O QUE
FOI PRODUZIDO NA FASE ANTERIOR. ROUBO CONFIGURADO. PLEITO SUBSIDIRIO DE AFASTAMENTO DA
MAJORANTE DO EMPREGO DE ARMA. NO APREENSO DO INSTRUMENTO E AUSNCIA DE PERCIA.
IRRELEVNCIA. SUPRIMENTO PELA PROVA TESTEMUNHAL. EXEGESE DO ART. 167 CPP. ORIENTAO STJ.
SENTENA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO. Processo: 2012.069163-3. Relator: Des.
Leopoldo Augusto Brggemann..
8. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A SADE PBLICA. TRFICO ILCITO DE ENTORPECENTES (ART. 33,
CAPUT, DA LEI 11.343/2006). SENTENA CONDENATRIA.PLEITO DEFENSIVO. ABSOLVIO POR AUSNCIA
DE PROVAS. MATERIALIDADE DO FATO COMPROVADA. CONTUDO, AUTORIA NO PACIFICADA NOS AUTOS.
AUSNCIA DE PRVIAS INVESTIGAES, CAMPANAS OU APREENSO DE DINHEIRO E USURIO. ACUSAO
QUE SE BASEIA TO SOMENTE EM DENNCIA ANNIMA QUE NO INDICA O ACUSADO COMO TRAFICANTE.
ACESSO INDISCRIMINADO DE OUTRAS PESSOAS AO LOCAL EM QUE FOI ENCONTRADO O MATERIAL
ENTORPECENTE. CONJUNTO PROBATRIO ANMICO. AUSNCIA DE PROVAS QUANTO AUTORIA. NO
COMPROVAO DO LIAME ENTRE O APELANTE E AS DROGAS APREENDIDAS. DVIDA QUE MILITA EM SEU
FAVOR. FRAGILIDADE INCAPAZ DE ALICERAR O DITO CONDENATRIO. APLICAO DO PRINCPIO IN DUBIO
PRO REO. ABSOLVIO QUE SE IMPE. SENTENA REPARADA.CORR NO APELANTE. EXTENSO DOS
EFEITOS DA DECISO. INTELIGNCIA DO ART. 580 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. RECURSO CONHECIDO
E PROVIDO. Processo: 2012.082543-0 (Acrdo). Relator: Des. Leopoldo Augusto Brggemann. Data de
Julgamento: 15/01/2013.
9. HABEAS CORPUS. TRFICO DE DROGAS. SENTENA QUE INDEFERIU O RECURSO EM LIBERDADE.
PACIENTE QUE OBTEVE DURANTE A INSTRUO PRISO DOMICILIAR EM RAZO DA GRAVIDEZ. REVOGAO
DA BENESSE COM A DECRETAO DA PRISO PREVENTIVA PARA GARANTIA DA ORDEM PBLICA.
MOTIVAO INSUFICIENTE PARA MODIFICAR A PRISO DOMICILIAR DA PACIENTE. ARTIGO 318, INCISO II,
CPP. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. Processo: 2012.087410-3 (Acrdo). Relator: Des. Jos Everaldo
Silva. Origem: So Jos. Julgamento: 18/12/2012. Classe: Habeas Corpus.
Cmaras de Direito Civil

10. APELAO CVIL. AO MONITRIA FUNDADA EM ESCRITURA PBLICA DE CONFISSO DE DVIDA COM
GARANTIA HIPOTECRIA. ARGUIO DE NULIDADE DO TTULO. ALEGADA COBRANA DE JUROS
EXCESSIVOS. TESE DE SUPOSTA PRTICA DE AGIOTAGEM. AUSNCIA DE PROVA QUE INDIQUE A
OCORRNCIA DO ILCITO. INVIABILIDADE. ART. 333, II DO CPC. SUBSTITUIO, EX OFFICIO, DO NDICE DE
CORREO MONETRIA APLICADO NA SENTENA (SELIC) PELO INPC. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
A alegao de juros exorbitantes e prtica de agiotagem merecem prova inequvoca por parte do devedor,
como prev o art. 333, II CPC, para que se estabelea a ilicitude do ttulo. Processo: 2012.074367-1 Relator:
Des. Saul Steil. Julgamento: 08/01/2013. Juiz Prolator: Gustavo Santos Mottola. Classe: Apelao Cvel.
11. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CAUTELAR INOMINADA. ALIMENTOS PROVISRIOS DEVIDOS EX-ESPOSA.
VERBA FIXADA EM 8 SALRIOS MNIMOS. IRRESIGNAO DA ALIMENTANDA. PEDIDO DE MAJORAO.
QUANTUM EM CONSONNCIA COM O BINMIO NECESSIDADE E POSSIBILIDADE. DECISO MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO. Fixar-se- os alimentos tendo em conta a necessidade econmica de quem pede e
o recurso financeiro de quem os paga; no se olvidando que a obrigao calcada no dever de mtua
assistncia, advindo do affectiofamiliaritatis, somente devida se ficar comprovada a impossibilidade de o
ex-cnjuge prover sua prpria subsistncia. Processo: 2012.071706-1. Julgamento: 08/01/2013.
12. APELAO CVEL. AO DE RESCISO CONTRATUAL POR VCIOS REDIBITRIOS C/C DANOS MORAIS.
COMPRA E VENDA DE VECULO USADO. MOTOR REMARCADO. REGRAVAO NO REGISTRADA NO CRLV.
FATO NO INFORMADO AO COMPRADOR. VCIO OCULTO QUE AUTORIZA PROCEDNCIA DE PEDIDO DE
RESCISO CONTRATUAL. IMPOSSIBILIDADE DE TRANSFERNCIA DO VECULO. VECULO REPROVADO EM
VISTORIA. DANO MORAL CARACTERIZADO. VALOR RAZOVEL E PROPORCIONAL. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO. Processo: 2012.076194-7. Julgamento: 08/01/2013.
13. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAO POR DANOS MORAIS. INSCRIO INDEVIDA DO NOME DO
AUTOR POR TRINTA E DUAS VEZES EM CADASTRO RESTRITIVO DE CRDITO. INEXISTNCIA RELAO
NEGOCIAL ENTRE AS PARTES VERIFICADA. CONDUTA CULPOSA DA CASA BANCRIA. DANOS MORAIS
PRESUMIDOS. DEVER DE INDENIZAR CARACTERIZADO. INSURGNCIA NO TOCANTE AO QUANTUM
INDENIZATRIO FIXADO (R$ 10.000,00). VALOR INADEQUADO PARA O CASO SUB EXAMINE FRENTE AOS
PARMETROS DA CMARA EM SITUAES ANLOGAS. MAJORAO PARA R$ 30.000,00. HONORRIOS
ADVOCATCIOS. FIXAO DE ACORDO COM O ARTIGO 20, 3 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL.
MAJORAO PARA 15% SOBRE CONDENAO ATUALIZADO. CORREO MONETRIA A PARTIR DESTA DATA.
JUROS MORATRIOS. INCIDNCIA DESDE O EVENTO DANOSO. SUCUMBNCIA RECPROCA RECONHECIDA E
MANTIDA NOS TERMOS DA SENTENA. RECURSO DO RU DESPROVIDO. RECURSO DO AUTOR
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Configurado o ato ilcito, nasce para o responsvel o dever de indenizar os
danos dele decorrentes. Constitui entendimento consolidado na jurisprudncia ptria que os danos morais
resultantes de inscrio indevida nos cadastros dos rgos de proteo ao crdito so presumidos. 2. Para
a fixao do quantum indenizatrio, devem ser observados alguns critrios, tais como a situao
econmico-financeira e social das partes litigantes, a intensidade do sofrimento impingido ao ofendido, o
dolo ou grau da culpa do responsvel, tudo para no ensejar um enriquecimento sem causa ou insatisfao
de um, nem a impunidade ou a runa do outro. 3. Os honorrios advocatcios a serem pagos pelo
sucumbente ao ex adverso devem se amoldar aos parmetros previstos nas alneas do 3 do art. 20 CPC.
Processo: 2012.087817-0. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato Julgamento: 08/01/2013.
14. RESPONSABILIDADE CIVIL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. AUTOR QUE ALEGA TER SIDO
VTIMA DE AGRESSES FSICAS E VERBAIS PROFERIDAS PELO RU. EXISTNCIA TO-SOMENTE DE BOLETIM
DE OCORRNCIA. DOCUMENTO PRODUZIDO UNILATERALMENTE. INEXISTNCIA DE PRESUNO JURIS
TANTUM. NECESSIDADE DE OUTROS INSTRUMENTOS PROBATRIOS A FIM DE COMPROVAR A NARRATIVA
DISCORRIDA NA EXORDIAL. PROVA TESTEMUNHAL QUE EM NADA COLABORA PARA O DESLINDE DA
CONTROVRSIA. NUS PROBANDI QUE INCUMBIA AO AUTOR. EXEGESE DO ART. 333, I, DO CDIGO DE
PROCESSO CIVIL. DEVER DE INDENIZAR INEXISTENTE. SENTENA DE IMPROCEDNCIA MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO. No h que se cogitar em responsabilidade civil por ato ilcito e reparao de danos sem
comprovao dos requisitos insculpidos no art. 186 do atual Cdigo Civil. Ademais, da dico do art. 333,
I, Cdigo Processo Civil que incumbe ao autor nus da prova acerca dos fatos constitutivos seu direito.
Processo: 2012.087164-0. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 15/01/2013. Juza Prolatora:
Rosane Portella Wolff.

15. AO DE DISSOLUO DE UNIO ESTVEL. TERMO INICIAL. CONCEPO DA FILHA. IMPOSSIBILIDADE.


NECESSIDADE DE PROVA ESCORREITA DOS REQUISITOS DO ART. 1.723 DO CDIGO CIVIL. AUSNCIA DE
INDICATIVO NA HIPTESE. PREVALNCIA DA DATA INCONTROVERSA ACEITA PELA R. IMVEL. COMPRA
ANTES DO RELACIONAMENTO. PAGAMENTO DE PARTE DAS PRESTAES, CONTUDO, NO SEU CURSO.
RESTITUIO DE METADE DE TAIS VALORES. BENS MVEIS. PRESUNO DE AQUISIO NA CONSTNCIA DA
RELAO NO DERRUDA. DVIDAS. DIVISO DAQUELAS SEGURAMENTE CONTRADAS NO CURSO DA UNIO.
PRESUNO DE REVERSO EM PROVEITO DO CASAL. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. A concepo de
filha no o bastante para caracterizar a unio estvel, pois essa demanda relao pblica, contnua e
duradoura com o propsito de constituir famlia. Tem a ver, portanto, com o vnculo afetivo entre o casal.
Estando provado que imvel foi adquirido antes da unio, mas de forma financiada, impende restituir ao
parceiro o valor correspondente metade das parcelas pagas em seu curso, pois sobre todo o patrimnio
formado na poca incide a presuno de acrscimo mediante esforo comum. O art. 1.662 do Cdigo Civil
dispe que os bens mveis se presumem todos adquiridos na constncia da relao, quando no se provar
que o foram em data anterior. Na unio estvel aplica-se o regime da comunho parcial de bens, razo pela
qual esto sujeitas partilha tambm as dvidas contradas durante o seu curso, porquanto presumida a
mtua colaborao na formao do patrimnio. Excluem-se, entretanto, dbitos contrados na poca do
desate do relacionamento, cuja reverso em proveito do casal deveras duvidosa. Recurso parcialmente
provido. Processo: 2012.078495-2 (Acrdo). Relatora: Des. Maria do Rocio Luz Santa Ritta. Julgamento:
15/01/2013.
16. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. RUPTURA DE RELACIONAMENTO ESTVEL. AUSNCIA DE
DEMONSTRATIVO DE ATO DE MAIOR GRAVIDADE. FRACASSO NORMAL DO VNCULO. ABALO ANMICO NO
OCORRENTE. SENTENA DE IMPROCEDNCIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Os sentimentos de
desgosto que dimanam de um conbio conjugal desfeito so inerentes ao risco de todo o compromisso
amoroso. A tristeza, o abalo psicolgico, o choque, no fogem normalidade de qualquer desamor no
bem resolvido, no passando de natural manifestao de ego ferido. Em casos desse jaez, o pleito de
indenizao por danos morais somente poderia ser cogitado se evidenciada a prtica de um ato ilcito de
extrema gravidade, propulsor do rompimento conjugal, cuja reparao teria amparo legal,
independentemente da existncia ou no de uma relao amorosa. Processo: 2012.067718-3 (Acrdo).
Relatora: Des. Maria do Rocio Luz Santa Ritta. Origem: Balnerio Cambori. rgo Julgador: Terceira
Cmara de Direito Civil. Julgamento: 22/01/2013. Classe: Apelao Cvel.
17. CIVIL. ANULAO ATO JURDICO c/c PERDAS E DANOS. PRETENDIDA ANULAO ASSEMBLIA GERAL
EXTRAORDINRIA DE CONDOMNIO. SENTENA PROCEDNCIA. AVENTADA PRESCRIO DIREITO DE AO.
INOCORRNCIA. DEMANDA QUE VERSA SOBRE NULIDADE ATO JURDICO. IMPRESCRITIBILIDADE.
PRELIMINAR AFASTADA. CERCEAMENTO DEFESA ANTE JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. PRETENDIDA
PROVA TESTEMUNHAL. DESNECESSIDADE. EXISTNCIA AUTOS ELEMENTOS PROVA, SUFICIENTES AO PLENO
CONVENCIMENTO DO JULGADOR. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NESTA CORTE DE JUSTIA. PROEMIAL
RECHAADA. ASSEMBLIA GERAL EXTRAORDINRIA REALIZADA PARA DELIBERAR SOBRE A ALTERAO DA
FINALIDADE DO IMVEL DO AUTOR, DESTINADO AO COMRCIO. APROVAO, NO ATO SOLENE, DA
DESTINAO EXCLUSIVA PARA O FUNCIONAMENTO DE ESCRITRIO. IRRESIGNAO PROPRIETRIO POR
FERIR DIREITO DE PROPRIEDADE. AUSNCIA DE CONVOCAO CONDMINOS PARA PRESENCIAR ATO,
INCLUSIVE PRPRIO AUTOR, MAIOR INTERESSADO. CONVENO QUE PREV NECESSIDADE DE
CONVOCAO POR CARTA ENTREGUE PESSOALMENTE. DOCUMENTAO CARREADA QUE NO DEMONSTRA
O CUMPRIMENTO DA EXIGNCIA NO PRAZO DE CINCO DIAS ANTERIORES A DATA DA REUNIO. AUSNCIA,
ADEMAIS, DE QURUM PARA DELIBERAR SOBRE A MATRIA PAUTADA, A QUAL EXIGIA A APROVAO
UNNIME DOS CONDMINOS. REPRESENTAO POR PROCURAES SEM VALIDADE, POR NO
APRESENTAREM OS NOMES DOS OUTORGADOS. VCIOS INSANVEIS QUE ACARRETAM A NULIDADE DO ATO.
SENTENA MANTIDA NESTE PONTO. PLEITO DE INDENIZAO POR PERDAS E DANOS REFERENTE AO
PERODO EM QUE O PROPRIETRIO NO PODE EXPLORAR LIVREMENTE SUA SALA COMERCIAL, ANTE A
LIMITAO DA FINALIDADE. POSSIBILIDADE. DEMONSTRAO DOCUMENTAL DA DIFICULDADE DE LOCAO.
DEVER DE INDENIZAR RECONHECIDO SOMENTE COM RELAO AO LAPSO TEMPORAL COMPROVADAMENTE
DEMONSTRADO. SENTENA PROFERIDA NOS EMBARGOS DE DECLARAO MANTIDA. RECURSO ADESIVO.
PLEITO DE MAJORAO HONORRIOS ADVOCATCIOS FORMULADO PELO PROCURADOR DO AUTOR.

POSSIBILIDADE DE POSTULAR EM CAUSA PRPRIA. NATUREZA DA DEMANDA, TEMPO DE TRAMITAO,


GRAU DE COMPLEXIDADE E ATOS PROCESSUAIS REALIZADOS QUE DEVEM SER SOPESADOS PARA O
ARBITRAMENTO DO QUANTUM, SOB PENA DE ATENTAR CONTRA A DIGNIDADE DA NOBRE PROFISSO.
FIXAO EM 20% VALOR DA CONDENAO. SENTENA REFORMADA EM PARTE. APELO DESPROVIDO E
RECURSO ADESIVO PARCIALMENTE PROVIDO. curial que a produo de provas (pericial e testemunhal)
dirigida ao juiz da causa e, portanto, para a formao de seu convencimento. Logo, se este se sentir
habilitado para julgar o processo, calcado nos elementos probantes j existentes nos autos, pode,
sintonizado com os princpios da persuaso racional e celeridade processual, desconsiderar o pleito de
produo de tais provas, sem cometer qualquer ilegalidade ou cerceamento de defesa. Processo:
2012.069285-5. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 15/01/2013.
18. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAO POR DANOS MORAIS. ALEGADA AUSNCIA DE NOTIFICAO
PRVIA ACERCA DE INSCRIO DO NOME DO AUTOR EM CADASTRO DE RGO DE PROTEO AO CRDITO.
DOCUMENTOS COLACIONADOS PELA R QUE COMPROVAM O ENVIO DA MENCIONADA NOTIFICAO PARA O
ENDEREO INFORMADO PELO CREDOR. CUMPRIMENTO DO DISPOSTO NO ART. 43, 2, DO CDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR. ELEMENTOS PROBATRIOS INSUFICIENTES PARA A CARACTERIZAO DO
ILCITO. NUS QUE CABIA PARTE AUTORA. DEVER DE INDENIZAR NO CONFIGURADO.
RESPONSABILIDADE CIVIL AFASTADA. EXEGESE DO ART. 333, I, CPC. INVERSO NUS SUCUMBENCIAIS.
SENTENA DE PROCEDNCIA REFORMADA. RECURSO DA R PROVIDO. RECURSO DO AUTOR PREJUDICADO.
No h que se cogitar em responsabilidade civil por ato ilcito e reparao de danos sem comprovao dos
requisitos insculpidos no art. 186 Cdigo Civil. Ademais, da dico do art. 333, I, CPC que incumbe ao
autor o nus da prova acerca dos fatos constitutivos de seu direito. Processo: 2012.089139-8. Relator: Des.
Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 22/01/2013.
Cmaras de Direito Comercial
19. APELAO CVEL. AO DE ANULAO DE ATO JURDICO. PEDIDO DE NULIDADE DOS ATOS
PROCESSUAIS NOS AUTOS DA AO DE EXECUO COM LASTRO EM TTULO EXTRAJUDICIAL. SENTENA DE
IMPROCEDNCIA. IMVEL PENHORADO E ADJUDICADO PELO CREDOR. FALECIMENTO DA EXECUTADA NO
COMUNICADO AO JUZO. HABILITAO DOS HERDEIROS E SUSPENSO DA EXECUO QUE NO SE
VERIFICOU. ALEGADA NULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS PRATICADOS APS O BITO DE UM DOS
EXECUTADOS. PRESENA DE LITISCONSORTE. AUSNCIA DE PREJUZO. NULIDADE RELATIVA.
CONVALIDAO DOS ATOS PRETRITOS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "A ausncia de suspenso
do processo por morte da parte no gera nulidade se, no mesmo plo da relao processual, h
litisconsorte (marido), que assumiu a inventariana do esplio e tomou cincia de todos os atos
processuais subseqentes ao falecimento.". "A inobservncia do artigo 265, I, do CPC, que determina a
suspenso do processo a partir da morte da parte, enseja apenas nulidade relativa, sendo vlidos os atos
praticados, desde que no haja prejuzo aos interessados. A norma visa preservar o interesse particular do
esplio e dos herdeiros do falecido e, no tendo sido causado nenhum dano a eles, no h por que invalidar
os atos processuais praticados". Processo: 2010.074537-0. Relator: Des. Dinart Francisco Machado. Origem:
Cricima. rgo Julgador: Segunda Cmara de Direito Comercial. Julgamento: 22/01/2013. Classe: Apelao
Cvel.
20. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUO POR QUANTIA CERTA. PEDIDO DE DESCONSIDERAO DA
PERSONALIDADE JURDICA DA EMPRESA EXECUTADA. DEVEDORA EM LOCAL INCERTO, O QU, POR SI S,
NO EVIDENCIA O ABUSO DE PODER DOS SCIOS. ADEMAIS, FALTA DE JUNTADA DA CERTIDO
SIMPLIFICADA DA JUCESC E ESTATUTO SOCIAL DA EMPRESA. AUSNCIA, POR ORA, DOS REQUISITOS
AUTORIZADORES DA DISREGARD DOCTRINE. DECISO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "A
desconsiderao da personalidade jurdica medida a ser tomada apenas em casos extremos, uma vez
que visa relativizar a regra de que o patrimnio da empresa distinto do de seus scios ou
administradores, de modo que estes passam a responder diretamente com seus bens particulares caso a
pessoa jurdica seja utilizada para fins contrrios ao direito. A par disso, a simples alegao ou a mera
presuno da dissoluo irregular da sociedade no basta para a desconsiderao da personalidade
jurdica. Da mesma forma, como regra geral, para a aplicao da teoria da desconsiderao, no
suficiente estar a pessoa jurdica impontual com suas obrigaes, inerte perante o processo de execuo e
no possuir bens penhorveis. Para a aplicao da teoria disregard imprescindvel a demonstrao, por

parte do credor (art. 333, I, CPC), atravs de provas contundentes, acerca do encerramento das atividades
da sociedade de forma irregular ou dos demais requisitos legais previstos no art. 50 do Cdigo Civil (desvio
de finalidade ou confuso patrimonial), os quais, no caso, no restaram comprovados, diante do que se
mostrou de rigor a manuteno da deciso recorrida, que entendeu por prudncia no redirecionar o
processo contra os scios da empresa executada.". Processo: 2012.032979-4. Relator: Des. Dinart Francisco
Machado. Julgamento: 22/01/2013. Classe: Agravo de Instrumento.
21. APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. IMPROCEDNCIA NA ORIGEM. RECURSO
DA AUTORA. 1. DUPLICATAS PROTESTADAS. CONJUNTO PROBATRIO QUE INDICA A ALTERAO DAS DATAS
DOS VENCIMENTOS. ATOS NOTARIAIS IRREGULARES PORQUE NO OBSERVARAM O ACORDO ENTRE AS
PARTES. ATO ILCITO CONFIGURADO. 2. DANO MORAL INDENIZVEL. QUANTUM FIXADO. CORREO
MONETARIA PARTIR DO ARBITRAMENTO (SMULA 362 STJ) E JUROS DE MORA, DO EVENTO DANOSO
(SMULA 54 STJ). SENTENA REFORMADA. CONDENAO DA REQUERIDA AO PAGAMENTO DAS DESPESAS
PROCESSUAIS E HONORRIOS DE 10% CONDENAO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo:
2008.024578-7. Relator: Des. Raulino Jac Brning. Julgamento: 22/01/2013. Classe: Apelao Cvel.
Cmaras de Direito Pblico
22. REEXAME NECESSRIO EM MANDADO DE SEGURANA. CONCURSO PBLICO. TITULAO. CURSO
CONCLUDO DE PEDAGOGIA. DIPLOMA NO EMITIDO A TEMPO PELA INSTITUIO DE ENSINO POR RAZO
BUROCRTICA, ESTANDO EM FASE DE REGISTRO. APRESENTAO DE DOCUMENTO CERTIFICADOR DA
CONCLUSO. NO ACEITAO. ATO RRITO. TITULAO QUE DEVE SER CONSIDERADA. PRECEDENTES DA
CORTE. SENTENA CONCESSIVA DA ORDEM CONFIRMADA. REMESSA DESPROVIDA. "A exigncia de
apresentao de certificado ou diploma de curso de ps-graduao vlida, mas deve ser interpretada de
modo a permitir que o candidato desprovido de tal documento por questo de ordem meramente
burocrtica, mas que concluiu o curso em tempo hbil, considerando o prazo estabelecido no edital do
concurso pblico, comprove essa condio por meio de declarao ou atestado e, por conseguinte, obtenha
a pontuao correspondente ao ttulo.". Relator: Des. Joo Henrique Blasi. Data de Julgamento: 15/01/2013.
Publicao: 22/01/2013. Juiz Prolator: Paulo da Silva Filho. Classe: Reexame Necessrio em Mandado de
Segurana.
23. APELAO E RECURSO ADESIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. VEREADOR. EXERCCIO DE FUNO
GRATIFICADA EM EMPRESA ESTADUAL. POSSIBILIDADE. INEXISTNCIA DE AFRONTA LEI ORGNICA DO
MUNICPIO. PRECEDENTES DA CORTE. ATO MPROBO NO POSITIVADO. APELAO PROVIDA E RECURSO
ADESIVO PREJUDICADO. O impedimento imposto ao Edil de ocupar cargo comissionado ou funo
gratificada concomitantemente com o exerccio da vereana s vigora no Municpio em que se elegeu,
"nada obstando a que aceite cargo, em comisso ou efetivo, funo ou emprego de outro Municpio, do
Estado ou da Unio e que o exera, se os horrios forem compatveis", razo pela qual, nem de longe, h
de conjecturar-se improbidade em tal forma de acumulao funcional. Processo: 2007.058863-9. Relator:
Des. Joo Henrique Blasi. Origem: Videira. rgo Julgador: Segunda Cmara de Direito Pblico. Julgamento:
18/12/2012.
Cmara Especial Regional de Chapec
24. APELAO CVEL. AO DE REINTEGRAO DE POSSE. ALEGADA OCUPAO PARCIAL DE IMVEL.
AUSNCIA DE PROVA DOS REQUISITOS ESSENCIAIS AO MANEJO DA LIDE POSSESSRIA. DVIDA DE POSSE
DA PARTE AUTORA E DE ESBULHO PELA PARTE R. REQUISITOS DO ARTIGO 927, INCISOS I E II, DO CDIGO
DE PROCESSO CIVIL, NO COMPROVADOS. CONJUNTO PROBATRIO QUE NO DEMONSTRA INVASO DE
REA DA AUTORA PELA EDIFICAO DOS RUS. EXEGESE DO ARTIGO 333, I CPC. SENTENA
IMPROCEDNCIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2012.049741-3. Relator: Des. Mattos Gallo
Jnior. Julgamento: 17/12/2012.
Turmas de Recursos
25. RECURSO INOMINADO - CONSUMIDOR QUE ADQUIRIU BILHETES AREOS DE IDA E VOLTA ENTRE AS
CIDADES DE NAVEGANTES E RIO DE JANEIRO - PEDIDO DE CANCELAMENTO DAS PASSAGENS ANTES DO
VOO POR OPO DO CONSUMIDOR - COBRANA DE MULTA CUJO VALOR SE APROXIMA DE 70% DO VALOR
DAS PASSAGENS - ABUSIVIDADE DA EMPRESA AREA - VIOLAO AO ART. 51, IV, CDC - LIMITAO 30%

DAQUELE VALOR QUE SE IMPE ANTE AS CIRCUNSTNCIAS DO CASO - SOLUO EQUNIME RAZOABILIDADE - RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. Processo: 2012.700992-3 Relator: Juiz
Osvaldo Joo Ranzi. Julgamento: 17/12/2012.
26. MANDADO DE SEGURANA - JUIZADO ESPECIAL - ADMISSIBILIDADE - IMPETRAO CONTRA DECISO
QUE NEGOU IN LIMINE BENEFCIO DA JUSTIA GRATUITA, VEDANDO ACESSO AO SEGUNDO GRAU - WRIT
CONHECIDO - SEGURANA CONCEDIDA. Em sede de juizados especiais, admissvel o manejo da ao
mandamental nas hipteses em que a deciso atacada for reputada como ilegal ou com abuso de poder, e
desde que no seja admitido qualquer outro recurso, sob pena de se estar tolhendo o direito constitucional
de acesso Justia. Afirmada a necessidade da justia gratuita e exsurgindo dos autos elementos que
apontem obter o jurisdicionado rendimentos fixos, no pode o rgo julgador indeferir o benefcio sem que
seja facultada a comprovao do alegado, sob pena de afronta ao estatudo no inciso LXXIV do art. 5 CFB.
Se da conjugao das condies pessoais do jurisdicionado com o quantum do rendimento obtido
mensalmente se extrair elementos que impliquem na insuficincia econmica, deve a gratuidade da justia
ser concedida, sendo prudente, ainda, na falta de dados suficientes, a exigncia de outros documentos que
demonstrem a alegada insuficincia financeira. Processo: 2012.700779-2. Relator: Juiz Carlos Roberto da
Silva. Julgamento: 17/12/2012. Classe: Mandado de Segurana.
Edio n. 5 de 28 de Fevereiro de 2013.
rgo Especial
1.O poder de emenda atribudo Cmara Municipal limitado, est vinculado por afinidade lgica ao
projeto de lei originrio do Poder Executivo e no se estende possibilidade de aumento de despesa.
2. inconstitucional lei municipal cria contribuio compulsria servidor para custeio de fundo de
assistncia sade.
Cmaras de Direito Criminal
3.Adquirir CNH mediante pagamento, de pessoa sem qualquer vinculo a autoescola ou a
despachante, demonstra a cincia da origem ilcita do documento.
4.Afronta o devido processo legal a inobservncia do benefcio disposto no artigo 89 da Lei
9.099/1995, o que enseja a nulidade absoluta do feito, por efetivo prejuzo ao ru.
5.A dificuldade de estabelecer o ponto de impacto, localizado prximo faixa central da pista de
rolamento, ocorrido durante a noite, no permite a condenao do ru por homicdio culposo.
6.A alegao de que o exame pericial teria ocorrido em data anterior ao acidente, configura erro
material concernente data, fato que no o invalida.
7.Ainda que presentes elementos que demonstrem a necessidade da segregao provisria do
paciente, no dado ao Tribunal, inovando, agregar fundamentos ausentes na deciso do Juiz
singular.
8.Pratica estelionato (golpe do chute) acusado que se faz passar por servidor da Receita Federal, no
intuito de ofertar produtos inexistentes mediante pagamento prvio.
9.Caracteriza o crime de denunciao caluniosa quem com dolo especfico faz falsa imputao de
roubo a pessoa inocente, dando causa instaurao de inqurito policial.
10.A indevida apropriao de proventos de vtima provecta, delito previsto no Estatuto do Idoso,
constitui-se em crime-meio para a consecuo do estelionato na sua forma fundamental.
Cmaras de Direito Civel
11.O princpio da inverso do nus da prova pode ser relativizado quando ao consumidor incumbir a
produo de provas ou demonstrao mnima de indcios de suas alegaes.
12.A negativa do pagamento da indenizao pela seguradora sob alegao de que o condutor do
veculo estava embriagado, por si s, no causa excludente da obrigao de indenizar.
13.A simples declarao de hipossuficincia subscrita pelo interessado possui presuno de juris
tantum, portanto, cabe parte contrria impugn-la, no incumbindo ao juiz indeferir o benefcio de
plano.
14.Notcia de que o filho mais velho da genitora teria cometido abuso sexual/estupro contra o
infante, embora ainda no comprovada, autoriza a modificao provisria de guarda.
15.Responsabilidade do estabelecimento educacional por agresses praticadas por seus prepostos,
em pleno exerccio das funes exercidas.
Cmaras de Direito Comercial
16.A demanda revisional enseja simples clculos aritmticos para apurao do montante

eventualmente devido, podendo ser perfeitamente deflagrada perante o Juizado Especial.


17.Em ao de usucapio, no obstante o imvel usucapiendo pertencer massa falida, no versa
sobre direito falimentar, mas sobre direito de propriedade, matria eminentemente de Direito Civil.
Cmaras de Direito Pblico
18.Servidor pblico classificado em certame destinado outorga de permisso para a execuo do
servio pblico de transporte individual por txi, no se enquadra na vedao do art. 37, inciso XVI,
da CFB.
19. A restituio imediata de quantia indevidamente recebida demonstra a boa-f do servidor, o seu
no enriquecimento ilcito, circunstncias que autorizam a absolvio por ato de improbidade
administrativa.
20.O municpio responsvel pela reparao danos decorrentes acidente trnsito ocorrido em via
pblica pertencente sua malha viria, quando verificada a existncia de acmulos de concreto no
leito da pista, sem a devida sinalizao.
21.Furto de veculo em estacionamento de universidade, desprovido de sistema de vigilncia
especializada para a guarda e controle de entrada e sada de veculos na instituio, situao que
a exime do dever de indenizar.
22.O cumprimento deciso judicial que determina o fornecimento de medicamentos para o
tratamento de sade, no isenta o Estado de observar certos trmites burocrticos para tal
fornecimento.
Cmara Especial Regional de Chapec
23.Condutor de veculo pesado que cruzar via preferencial em sinal amarelo pode ser
responsabilizado por acidente com vtima fatal.
24.Seguro de vida em grupo, possibilidade de reviso das clusulas de reajuste do valor do prmio
de acordo com a faixa etria do segurado.
25.A pretenso do credor no pode ser inviabilizada pela negativa do recebimento da notificao
extrajudicial, fato que no se mostra apto a descaracterizar a mora.
Turmas de Recursos
26.A natureza da obrigao pelo fornecimento de gua pessoal, vinculada ao devedor e no ao
imvel, portanto, inviabiliza-se a pretenso da companhia recorrente de imputar o dbito ao novo
proprietrio.
27.Tratando-se de atraso de voo, possveis causas excludentes de responsabilidade da
transportadora no comprovadas, viabilizam a condenao da empresa area pelos danos materiais
e morais causados aos consumidores.
28. objetiva e solidria a responsabilidade do proprietrio de veculo automotor pelos danos
causados por terceiro condutor, decorrente do simples fato da coisa.
29.A violao da suspenso da CNH, determinada em processo administrativo, caracteriza o crime
tipificado no caput do art. 307 do Cdigo de Trnsito Brasileiro.
30.Transportar arma branca no interior de veculo no caracteriza a contraveno do art. 19 do
Decreto-lei n. 3.688/1941, porquanto inexiste legislao que regulamente o seu uso.
31.O transporte coletivo configura evidente relao de consumo em que a prestadora do servio
compromete-se a levar ao destino o passageiro, bem como a bagagem que por ele lhe foi confiada.
rgo Especial
1.ADI. LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N. 185/2011. PROJETO DE LEI DE INICIATIVA DO PODER
EXECUTIVO MUNICIPAL QUE ALTERAVA A LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N. 087/2008. PRELIMINAR
DE ILEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTRIO PBLICO AFASTADA. PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL QUE
ALTEROU A REDAO ORIGINAL DO PROJETO DE LEI AO INCLUIR NOVOS PARGRAFOS AOS ARTS. 7 E
44 DA LEI MUNICIPAL N. 087/2008 (QUE DISPE SOBRE OS PROFISSIONAIS DA EDUCAO, INSTITUI
O PLANO DE CARGOS, CARREIRA E REMUNERAO DO MAGISTRIO PBLICO MUNICIPAL E D
OUTRAS PROVIDNCIAS) PARA ESTENDER OS BENEFCIOS AOS SERVIDORES MUNICIPAIS EM
EXERCCIO NO MAGISTRIO MUNICIPAL, MAS LOTADOS EM CARGOS EFETIVOS DIVERSOS, QUE NO
ESTAVAM INSERIDOS NO PROJETO ORIGINAL DE INICIATIVA DO PODER EXECUTIVO. EMENDA
PARLAMENTAR AO PROJETO DE LEI DE INICIATIVA PRIVATIVA DO PODER EXECUTIVO QUE NO
OBSERVOU PRINCPIO DA RESERVA DE INICIATIVA E QUE IMPLICOU EM AUMENTO DE DESPESAS.
CONSTITUIO DA REPBLICA, ARTS. 61, 1, INC. II, LETRA "A" E 63, INC. I. CONSTITUIO DO

ESTADO DE SANTA CATARINA, ARTS. 50, 2, INCS. II E IV E 52, INC. I. INCONSTITUCIONALIDADE DO


ART. 4 DA LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N. 185/2011 RECONHECIDA. EFEITOS INCIDENTES SOBRE
O ART. 5 MESMA NORMA, POR ARRASTAMENTO. PEDIDO JULGADO PROCEDENTE, COM EFEITOS EX
TUNC. O poder de emenda atribudo Cmara Municipal, apesar de inerente funo legislativa,
limitado, est vinculado por afinidade lgica ao projeto originrio do Poder Executivo e no se
estende possibilidade de aumento de despesa. Os legisladores esto autorizados a apresentar
emendas e propor alteraes que visem o suprimento de omisses e deficincias do texto e que no
ultrapassem os limites correspondentes s suas atribuies. [...] II - Segundo a jurisprudncia dessa
Corte, na hiptese de determinada norma constituir fundamento de validade para outro preceito
normativo, a inconstitucionalidade daquela implica a invalidade, por arrastamento, desse.
Precedentes.
Processo: 2012.012465-1
(Acrdo). Relator: Des.
Nelson
Schaefer
Martins. Origem: Brao
do
Norte.rgo.
Julgamento: 06/02/2013. Publicao:19/02/2013. Classe: ADI.
2.ADI. LC N. 87/99 E ART. 173 DA LC N. 130/2001 DO MUNICPIO DE CHAPEC. FUNDO DE
ASSISTNCIA SERVIDOR PBLICO MUNICIPAL. DESCONTOS COMPULSRIOS. IMPOSSIBILIDADE.
VIOLAO AO ART. 126 DA CONSTITUIO ESTADUAL, INTERPRETADO EM CONSONNCIA COM O ART.
149
DA
CONSTITUIO
FEDERAL,
REDAO
MODIFICADA
PELA
EC
N.
41/03.
INCONSTITUCIONALIDADE DE VOCBULOS QUE REMETAM NATUREZA COMPULSRIA DA
CONTRIBUIO. PROCEDNCIA PARCIAL DO PEDIDO. A Emenda Constitucional n. 41/03 manteve a
compulsoriedade da contribuio destinada ao custeio dos benefcios da previdncia social,
afastando a possibilidade de criao ou instituio, por Estados e Municpios, de um sistema de
assistncia sade complementar, custeado por contribuio compulsria de servidores ativos,
inativos e pensionistas. Assim, h claro vcio de inconstitucionalidade em lei municipal que cria
contribuio compulsria ao servidor para o custeio de fundo de assistncia sade.
Processo: 2010.072211-4. Julgamento: 19/12/2012. Classe: ADI.
Cmaras de Direito Criminal
3.PENAL. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A F PBLICA. USO DE DOCUMENTO FALSO (ARTIGO
304 DO CDIGO PENAL). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. DOLO NO AFASTADO.
CARTEIRA DE HABILITAO ADQUIRIDA DE TERCEIRA PESSOA SEM A REALIZAO DOS EXAMES
OBRIGATRIOS PARA A OBTENO DO DOCUMENTO. PRESUNO DE CONHECIMENTO DA NO
AUTENTICIDADE DOCUMENTAL. PLEITO ABSOLUTRIO. MATERIALIDADE E AUTORIA DEVIDAMENTE
COMPROVADAS. CARTEIRA DE HABILITAO FALSA APRESENTADA DURANTE ABORDAGEM POLICIAL.
PER-CIA TCNICA QUE COMPROVA A FALSIDADE DOCUMENTAL ALIADA AOS DEMAIS ELEMENTOS
PROBATRIOS CARREADOS AOS AUTOS. SENTENA MANTIDA. - A aquisio de Carteira Nacional de
Habilitao, com falsidade atestada por percia, sem a realizao dos exames necessrios e
mediante pagamento a terceiro, apresentada durante abordagem policial, demonstra a cincia da
origem ilcita do documento, impondo-se a condenao pela prtica do crime descrito no art. 304 do
Cdigo Penal. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e desprovimento do recurso. - Recurso conhecido e
no provido.Processo: 2012.047443-9 (Acrdo). Relator: Des.
Carlos Alberto Civinski.
Criminal. Julgamento: 05/02/2013. Classe: Apelao Criminal.
4.PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. RECURSO DA ACUSAO. CRIMES CONTRA O
MEIO AMBIENTE (ARTS. 60 E 54, 2, V, AMBOS DA LEI 9.605/1998). INSURGNCIA CONTRA DECISO
QUE RECONHECEU A NULIDADE DO FEITO DIANTE DA AUSNCIA DA PROPOSTA DE SUSPENSO
CONDICIONAL DO PROCESSO. REQUERIMENTO DA DEFESA EM CONTRARRAZES. CRIME PREVISTO
NO ART. 60 DA LEI 9.605/1998. PRESCRIO DA PRETENSO PUNITIVA DO ESTADO NA MODALIDADE
RETROATIVA. OCORRNCIA. PENA MXIMA EM ABSTRATO DE SEIS MESES. CRIME, EM TESE,
COMETIDO ANTES DA VIGNCIA DA LEI 12.234/2010 QUE ALTEROU O PRAZO PRESCRICIONAL
PREVISTO NO ART. 109, VI, DO CDIGO PENAL. ACUSADO MAIOR DE 70 ANOS. PRAZO REDUZIDO A
METADE (ART. 115 DO CDIGO PENAL). PRESCRIO VERIFICADA. LAPSO ENTRE A DATA DOS FATOS
E O RECEBIMENTO DA DENNCIA SUPERIOR A UM ANO. EXTINO DA PUNIBILIDADE QUE SE IMPE
(ART. 107, IV, DO CDIGO PENAL). PRELIMINAR DE MRITO ACOLHIDA. - Verificado perodo superior
ao prazo prescricional entre a data do fato e o recebimento da denncia, a extino da punibilidade

pela prescrio da pretenso punitiva do Estado a medida que se impe. MRITO. CRIME PREVISTO
NO ART. 54, 2, V, DA LEI 9.605/1998. BENEFCIO DA SUSPENSO CONDICIONAL DO PROCESSO
PREVISTO NO ART. 89 DA LEI 9.099/1995. INOBSERVNCIA. OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL.
NULIDADE ABSOLUTA. DECISO RECORRIDA MANTIDA. - Caracteriza afronta ao devido processo legal
a inobservncia do benefcio previsto no art. 89 da Lei 9.099/1995, o que enseja a nulidade absoluta
do feito, por efetivo prejuzo ao ru. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e desprovimento do recurso.
- Recurso conhecido e desprovido. Processo: 2011.065197-3. Relator: Des. Carlos Alberto
Civinski Julgamento: 05/02/2013.
5.PENAL. PROCESSO PENAL. CRIME DE TRNSITO. HOMCIDIO CULPOSO NA DIREO DE VECULO
AUTOMOTOR (ART. 302 DA LEI 9.503/1997). SENTENA ABSOLUTRIA. RECURSO DO MINISTRIO
PBLICO. APLICAO DO PRINCPIO IN DUBIO PRO REO. SENTENA MANTIDA. - A dificuldade de
estabelecer o ponto exato do impacto, localizado prximo faixa central da pista, ocorrido durante o
perodo noturno, e impossibilidade de oitiva em juzo da nica testemunha presencial, a fim de sanar
dvidas acerca da verso apresentada, no permite a condenao do ru pelo crime previsto no art.
302, caput, da Lei 9.503/1997. - Devida a aplicao do princpio in dubio pro reo quando as provas
existentes nos autos no conferem segurana necessria para o reconhecimento da
responsabilidade penal. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e provimento do recurso. - Recurso
conhecido e no provido. Processo: 2011.093568-0 (Acrdo). Relator: Des. Carlos Alberto
Civinski
Julgamento: 05/02/2013.
Publicao: 14/02/2013. Juiz
Prolator: Rafael
Goulart
Sarda. Classe: Apelao Criminal.
6.RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. PRELIMINAR. NULIDADE DOS LAUDOS COMPLEMENTARES DE
LESES CORPORAIS. ALEGAES NO SENTIDO DE QUE FORA NOMEADO UM NICO PERITO AD HOC E
DE QUE O EXAME TERIA OCORRIDO EM DATA ANTERIOR AO ACIDENTE. PERCIA ELABORADA POR
MDICO OFICIAL. ERRO MATERIAL CONCERNENTE DATA QUE NO INVALIDA O LAUDO. GUIA DE
ENCAMINHAMENTO QUE CONSIGNA CORRETAMENTE O DIA DO FATO. PREFACIAL AFASTADA. MRITO.
CRIME CONTRA A VIDA. HOMICDIO SIMPLES, POR TRS VEZES, E LESES CORPORAIS GRAVES, POR
DUAS VEZES, EM CONCURSO FORMAL (ART. 121, CAPUT, E ART. 129, 1., INC. I, NA FORMA DO ART.
70, TODOS DO CDIGO PENAL). SUSTENTADA A AUSNCIA DE COMPROVAO DA MATERIALIDADE E
AUTORIA. PROVA EMPRESTADA. DECLARAO DA ME DA VTIMA, COLHIDA NA AO INDENIZATRIA
QUE SERVE COMO ELEMENTO DE CONVICO. PROCESSO QUE ENVOLVIA AS MESMAS PARTES,
SENDO OPORTUNIZADO DEFESA IMPUGN-LA. AUSNCIA, NO ENTANTO DE PROVA TCNICA CAPAZ
DE DELIMITAR O NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O SINISTRO E A MORTE DA VTIMA. IMPRONNCIA
QUE SE IMPE, EM RELAO A ESTE CRIME. ALEGADA A AUSNCIA DE DOLO EVENTUAL
CONCERNENTE AOS CRIMES DE HOMICDIO. TESE QUE NO SE VERIFICA. ELEMENTOS
JUDICIALIZADOS QUE CONFIRMAM A VERSO ACUSATRIA DE QUE O ACUSADO DIRIGIA EM ALTA
VELOCIDADE. FASE EM QUE VIGORA O PRINCPIO IN DUBIO PRO SOCIETATE. QUESTO QUE DEVE SER
DIRIMIDA TRIBUNAL DO JRI. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. Processo: 2012.0839673. Relator: Des. Alexandre d'Ivanenko. Julgamento: 05/02/13.
7.PRISO PREVENTIVA. TRFICO DE DROGAS. AUSNCIA DE FUNDAMENTAO IDNEA EM RELAO
AOS FUNDAMENTOS PREVISTOS NO ARTIGO 312 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. GRAVIDADE
GENRICA E ABSTRATA QUE NO SERVE DE AMPARO PARA A MANUTENO DA CUSTDIA
PROVISRIA. IMPRESCINDIBILIDADE DE APONTAMENTO DE SITUAES REAIS E CONCRETAS A
MOTIVAR A DECISO. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. No basta a afirmativa
genrica de que existem elementos capazes de permitir a manuteno da priso cautelar, tampouco
a meno vedao de liberdade provisria prevista no artigo 44 da Lei de Drogas. Compete
Autoridade Judiciria de primeiro grau fundamentar a decretao da medida extrema, nos
pressupostos (materialidade e indcios de autoria) e, em pelo menos um dos fundamentos (garantia
da ordem pblica ou econmica, convenincia da instruo criminal, ou para assegurar a aplicao
da lei penal) previstos no artigo 312 do Cdigo de Processo Penal, estes ltimos extrados de fatos
concretos presentes na situao ftica, em tese, criminosa. A no observncia de tal situao, torna
insubistente a deciso e, por conseqncia, impe o reconhecimento do constrangimento ilegal ao
paciente, com a decorrente soltura por meio de habeas corpus. IMPOSSIBILIDADE DO TRIBUNAL AD

QUEM COMPLEMENTAR A MOTIVAO DA NECESSIDADE DA CLAUSURA PROVISRIA. PRECEDENTES


DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. ORDEM
CONCEDIDA. LIMINAR CONFIRMADA. Ainda que presentes elementos concretos que demonstrem a
necessidade da clausura provisria, "no dado ao Tribunal estadual, inovando, agregar
fundamentos no presentes na deciso do Juzo singular", tornando imperioso o reconhecimento da
ilegalidade
da
priso
decretada
sem
fundamentao
idnea.Processo: 2012.0885986). Relator: Des. Jorge Schaefer Martins. Julgamento: 07/02/2013. Classe: Habeas Corpus.
8.CRIME CONTRA O PATRIMNIO.ESTELIONATO (ART.171, CAPUT, CP). PRELIMINARES DEFENSIVAS
AFASTADAS. "GOLPE DO CHUTE". PALAVRAS DA VTIMA E DA TESTEMUNHA ACUSATRIA A
CORROBORAR AS PROVAS PRODUZIDAS. SIMULAO DE TRANSAO COMERCIAL DE PRODUTOS
INEXISTENTES MEDIANTE PRVIO PAGAMENTO. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS.
ADEQUAO EX OFFICIO NO QUANTUM ESTABELECIDO PARA PENA DE MULTA. PRINCPIO DA
SIMETRIA. RECURSO DEFENSIVO DESPROVIDO. Processo: 2010.007063-7 (Acrdo). Relator: Des.
Rodrigo Collao. rgo Julgador: Quarta Cmara Criminal. Julgamento:14/02/2013. Data de
Publicao: 21/02/2013. Juiz Prolator: Gilmar Antnio Conte. Classe:Apelao Criminal.
9.APELAO CRIMINAL - CRIME CONTRA A ADMINISTRAO DA JUSTIA - DENUNCIAO CALUNIOSA
(ART. 339, CAPUT, DO CDIGO PENAL) - FALSA IMPUTAO DE ROUBO PERANTE A AUTORIDADE
POLICIAL - MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVA DEMONSTRADAS - ARREPENDIMENTO EFICAZ INEXISTNCIA - DELITO CONSUMADO - PLEITEADO RECONHECIMENTO DA CAUSA DE DIMINUIO
PREVISTA NO ART. 16 DO CP (ARREPENDIMENTO POSTERIOR) - INOCORRNCIA - CONFISSO
ESPONTNEA - RECURSO DESPROVIDO. Demonstrado que o agente, com dolo especfico, deu causa
instaurao de inqurito policial ao imputar crime pessoa que sabia ser inocente, recai na
conduta
descrita
no
art.
339,
caput,
do
CP,
no
havendo
falar
em
absolvio".Processo: 2010.080066-9. Relator: Des.Collao.
Julgamento: 14/02/2013. Classe: Apelao Criminal.
10.APELAO CRIMINAL - CRIME DE APROPRIAO INDBITA DO ESTATUTO DO IDOSO (ART. 102 DA
LEI N. 10.741/2003) E ESTELIONATO (ART. 171, CAPUT, CP) - RECONHECIMENTO, DE OFCIO, DO
PRINCPIO DA CONSUNO - APROPRIAO INDBITA DOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA DA
VTIMA QUE CONFIGURA CRIME-MEIO PARA A CONSECUO DO ESTELIONATO - ADEQUAO DA
PENA - SOBRESTAMENTO DOS EFEITOS DO ACRDO - RETORNO DOS AUTOS ORIGEM PARA
VERIFICAR A POSSIBILIDADE DE SE OPORTUNIZAR A SUSPENSO CONDICIONAL DO PROCESSO INTELIGNCIA DO ART. 89 DA LEI N. 9.099/1995 RECURSO DA DEFESA - SUSCITADAS ATIPICIDADE DA
CONDUTA E INSUFICINCIA PROBATRIA PARA A CONDENAO - IMPROCEDNCIA - MATERIALIDADE
E
AUTORIA
DELITIVA
SUFICIENTEMENTE
DEMONSTRADAS
RECURSO
DESPROVIDO. Processo:2009.024653-1. Relator: Des. Rodrigo Collao. Julgamento: 07/02/2013.
Cmaras de Direito Civil
11.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO CUMULADA COM
INDENIZAO POR DANO MORAL. CONTRATO DE OPERAO DE CRDITO FIRMADO COM
INSTITUIO FINANCEIRA. SUBSTITUIO POR TERMO DE TRADIO E MANDATO. NEGATIVAO DO
NOME NOS RGOS DE PROTEO AO CRDITO. AVENTADA EXTINO DA DVIDA. INEXISTNCIA DE
INCIO DE PROVA A SUSTENTAR A TESE. INVERSO DO NUS DA PROVA. ARTIGO 6, VIII, DO CDIGO
DE DEFESA DO CONSUMIDOR QUE NO AFASTA A OBRIGATORIEDADE DECORRENTE DO ARTIGO 333,
I, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. "O princpio da
inverso do nus da prova no pode ser utilizado de forma absoluta e pode ser relativizado quando
ao consumidor incumbir a produo de provas ou demonstrao mnima de indcios de suas
alegaes". (Cabe ao autor a comprovao, de forma indelvel, do fato constitutivo de seu direito,
nos termos do artigo 333, I, do Cdigo de Processo Civil. Se no o comprovar, e havendo provas que
acarretem presunes contrrias pretenso, outra no ser a soluo seno a improcedncia do
pedido. Processo: 2012.068861-2
(Acrdo). Relator:Des.
Fernando
Carioni. Origem: Capital. rgo
Julgador: Terceira
Cmara
de
Direito
Civil.Data
de
Julgamento: 06/11/2012.

12.APELAO CVEL. AO DE COBRANA DE SEGURO. ACIDENTE DE VECULO. NEGATIVA DO


PAGAMENTO DA INDENIZAO PELA SEGURADORA SOB ALEGAO DE QUE O CONDUTOR DO
VECULO ESTAVA EMBRIAGADO. TESTE DE BAFMETRO NO REALIZADO. CLUSULAS LIMITATIVAS DE
GARANTIA SECURITRIA CONSTANTE DAS CONDIES GERAIS E ESPECFICAS DO CONTRATO.
AUSNCIA DE PROVA DA CIENTIFICAO DO SEGURADO ACERCA DE TAIS CONDIES. PACTO
SUBMETIDO S REGRAS DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. INTERPRETAO RESTRITIVA.
PRINCPIO DA BOA-F. CONTRATO DE ADESO. DESCUMPRIMENTO DO DEVER DE INFORMAO PELA
SEGURADORA. AUSNCIA DE PROVA ROBUSTA DE QUE O CONDUTOR ESTARIA EMBRIAGADO, MUITO
MENOS DE QUE A EMBRIAGUEZ FOI A CAUSA DETERMINANTE PARA A OCORRNCIA DO SINISTRO.
INDENIZAO DEVIDA. DETERMINAO PARA ENTREGA DO SALVADO OU ABATIMENTO DE EVENTUAL
VALOR PERCEBIDO DECORRENTE DA SUA VENDA A SER APURADA POR OCASIO DO PAGAMENTO DA
INDENIZAO. INCIDNCIA DA CORREO MONETRIA SOBRE OS VALORES A SEREM ABATIDOS DA
INDENIZAO. CONDENAO IMPLCITA. TERMO INICIAL DA INCIDNCIA DA CORREO MONETRIA
QUE DEVE SER A DATA DA NEGATIVA DO PAGAMENTO PERQUIRIDO. DECISO MANTIDA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. Sendo o contrato de seguro regido pela regras do Direito do
Consumidor, deve a Seguradora prestar informaes adequadas sobre as clusulas restritivas de
direitos antes da contrao, em observncia ao princpio boa-f contratual, sobretudo na hiptese de
contrato de adeso. Se a seguradora no comprovou que tenha cientificado o segurado acerca das
clusulas limitativas constante das Condies do contrato, deve arcar com o pagamento da
indenizao. A embriaguez do condutor do veculo segurado, por si s, no causa excludente da
obrigao de indenizar, mesmo havendo clusula expressa em sentido contrrio, porquanto o
segurado contrata o seguro justamente para o caso de eventual sinistro no uso do bem. No
havendo prova de que a embriaguez foi a causa determinante para a ocorrncia do sinistro,
infundada a excluso da cobertura. A correo monetria encontra-se implcita na condenao
judicial efetivada, termos do artigo 1, Lei 6899/1981. Processo: 2012.079916-6. Relator: Des.
Saul Steil. Julgamento: 05/02/2013. Classe: Apelao Cvel.
13.PROCESSUAL CIVIL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO C/C INDENIZAO POR
DANOS MORAIS. JUSTIA GRATUITA. LEI N 1.060/50. INTERLOCUTRIO QUE CONDICIONOU O
DEFERIMENTO DO PEDIDO JUNTADA DE COMPROVANTE DE RENDIMENTOS E DE CERTIDES
NEGATIVAS OU POSITIVAS DE PROPRIEDADE IMOBILIRIA E DE AUTOMVEIS. PRINCPIO DO ACESSO
JUSTIA. CF, ART. 5, LXXIV. PRESUNO DE VERACIDADE DAS AFIRMAES DECORRENTES DA
PRPRIA QUALIFICAO DO AUTORA (DIARISTA), BEM COMO DA NATUREZA DA DEMANDA.
REQUISITOS AUTORIZADORES DO BENEPLCITO POR ORA PRESENTES. INEXISTNCIA DE PROVA
INEQUVOCA EM SENTIDO CONTRRIO. BENEFCIO QUE DIANTE DE IMPUGNAO PELA PARTE
INTERESSADA E MEDIANTE A PRODUO DE PROVAS CLARAS, INEQUVOCAS E IRREFUTVEIS
PODER A POSTERIORI SER REVOGADO. REFORMA DA DECISO PARA CONCEDER A BENESSE.
RECURSO PROVIDO. Nada impede que essa presuno juris tantum seja derruda pela parte adversa
atravs do incidente prprio ou mesmo atravs das contrarrazes de recurso, evidentemente, com
provas que dem alicerce ao insurgimento. Desaconselhvel, por se traduzir numa lamentvel
negativa de jurisdio, o indeferimento de plano pelo julgador.Processo: 2012.0789055. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 05/02/2013. Classe: Agravo de Instrumento.
14. DIREITO DE FAMLIA. AO DE MODIFICAO DE GUARDA AJUIZADA PELO GENITOR. DECISO
ATACADA QUE DEFERIU O PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, CONFERINDO A GUARDA DO MENOR AO
PAI, COM BASE EM NOTCIAS DE QUE O FILHO MAIS VELHO DA GENITORA TERIA COMETIDO ABUSO
SEXUAL/ESTUPRO CONTRA O INFANTE. SITUAO QUE, EMBORA AINDA NO COMPROVADA, DEVE
SER AVERIGUADA COM EXTREMO RIGOR, POIS DE TODO ACONSELHVEL EVITAR-SE QUE UMA
SUPOSTA SITUAO DE RISCO ACABE POR SE CONCRETIZAR. DECISO COMBATIDA QUE, POR ORA,
A MAIS RAZOVEL E ADEQUADA AO MENOR, AT PARA EVITAR NOVA MUDANA EM SUA ROTINA.
TRANSFERNCIA DA GUARDA QUE SE MOSTRA DESACONSELHVEL NESTA FASE PROCESSUAL.
NECESSIDADE DE INSTRUO PROCESSUAL AMPLA E IRRESTRITA, INCLUSIVE COM A REALIZAO DE
ESTUDO SOCIAL E PSICOLGICO URGENTE. DECISO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. "Quando
existe luta entre os pais pela posse e guarda dos filhos menores, defere a lei ao magistrado arbtrio

para que faa prevalecer o superior interesse da prole, ainda que desatendendo, se preciso,
reclamos sentimentais dos genitores".Processo: 2012.077395-9.Relator: Des. Marcus Tulio
Sartorato. Julgamento: 05/02/2013.
15.RESPONSABILIDADE CIVIL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. PLEITEADA EM
CONTRARRAZES A MAJORAO DA VERBA INDENIZATRIA. INSUBSISTNCIA. MEIO PROCESSUAL
INADEQUADO. AUTORAS QUE, AO REALIZAR PESQUISA DE OPINIO NOS ARREDORES DA
INSTITUIO DE ENSINO, SO AGREDIDAS FISICAMENTE POR SEGURANAS, QUE ATACARAM AT
MESMO UM DOS POLICIAIS MILITARES QUE ATENDERAM A OCORRNCIA. PECULIARIDADE DA
SITUAO QUE CHAMOU A ATENO DA IMPRENSA, QUE NOTICIOU OS FATOS. SUSTENTADA A
AUSNCIA DE PROVA DO ENVOLVIMENTO DA APELANTE NOS ACONTECIMENTOS. INSUBSISTNCIA.
AGRESSES PERPETRADAS POR PREPOSTOS DA R EM PLENO EXERCCIO DE SUAS FUNES.
INSURGNCIA ACERCA DO QUANTUM INDENIZATRIO FIXADO (R$ 10.000,00 PARA CADA UMA DAS
AUTORAS). MANUTENO. VALOR QUE DIANTE DO CASO CONCRETO SE MOSTRA JUSTO E
PEDAGOGICAMENTE
EFICAZ.
OBSERVNCIA
AOS
PRINCPIOS
DA
RAZOABILIDADE
E
PROPORCIONALIDADE. INTELIGNCIA DO ART. 5, X, DA CONSTITUIO FEDERAL E DOS ARTS. 186 E
927 DO CDIGO CIVIL VIGENTE. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Para a fixao do
quantum indenizatrio, devem ser observados alguns critrios, tais como a situao econmicofinanceira e social das partes litigantes, a intensidade do sofrimento impingido ao ofendido, o dolo
ou grau da culpa do responsvel, tudo para no ensejar um enriquecimento sem causa ou
insatisfao de um, nem a impunidade ou a runa do outro. Processo: 2013.0027556. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 05/02/2013.
Cmaras de Direito Comercial
16.CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA - CONTROVRSIA ENTRE JUZO CVEL E JUIZADO ESPECIAL
- AO REVISIONAL - POSSIBILIDADE DE LIQUIDAO DA SENTENA MEDIANTE SIMPLES CLCULOS
ARITMTICOS - CIRCUNSTNCIA QUE NO AFASTA A COMPETNCIA DA JUSTIA ESPECIALIZADA PARA
PROCESSAR O FEITO - ADEMAIS, HIPTESE DE COMPETNCIA RELATIVA QUE NO AUTORIZA A
DECLINAO DE OFCIO - EXEGESE DA SMULA N. 33 STJ - COMPETNCIA JUZO SUSCITADO CONFLITO
CONHECIDO
E
PROVIDO.
Processo: 2012.0774308.
Relator: Des.CludioHelfenstein. Julgamento: 07/02/2013.
17.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE USUCAPIO. DECISO AGRAVADA QUE JULGOU
PROCEDENTE EXCEO DE INCOMPETNCIA E DETERMINOU A REMESSA DOS AUTOS AO JUZO ONDE
TRAMITA A AO DE FALNCIA DA EMPRESA PROPRIETRIA DO BEM USUCAPIENDO. MATRIA QUE
NO EST ENTRE AQUELAS DE COMPETNCIA DAS CMARAS DE DIREITO COMERCIAL. INTELIGNCIA
DO AR N. 57/2002. PRESENA DA MASSA FALIDA NO POLO PASSIVO DA AO QUE NO AFASTA A
COMPETNCIA DAS CMARAS DE DIREITO CIVIL, UMA VEZ QUE O RECURSO NO TRATA DE DIREITO
FALIMENTAR, MAS DE MATRIA DE NATUREZA CIVIL. RECURSO NO CONHECIDO. REDISTRIBUIO
DOS
AUTOS
A
UMA
DAS
CMARAS
DE
DIREITO
CIVIL.Processo: 2012.054823-9
(Acrdo). Relatora: Des. Soraya Nunes Lins. Origem: Ararangu. rgo Julgador: Quinta
Cmara de Direito Comercial. Data de Julgamento: 07/02/2013. Classe: Agravo de Instrumento.
Cmaras de Direito Pblico
18. 18. APELAO CVEL E REEXAME NECESSRIO EM MANDADO DE SEGURANA. EMPREGADO
PBLICO CLASSIFICADO EM CERTAME DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANPOLIS DESTINADO
OUTORGA DE PERMISSES PARA A EXECUO DO SERVIO PBLICO DE TRANSPORTE INDIVIDUAL
POR TXI. EXIGNCIA, POR PARTE DA MUNICIPALIDADE, DE QUE OS CONCORRENTES NO
MANTIVESSEM VNCULO FUNCIONAL OU EMPREGATCIO COM A ADMINISTRAO PBLICA. ALEGAO
DE VEDAO CONSTITUCIONAL AO ACMULO DE CARGOS PBLICOS. EXECUO DE SERVIO
PBLICO MEDIANTE PERMISSO QUE NO SE CONFUNDE COM CARGO, EMPREGO OU FUNO
PBLICA. INAPLICABILIDADE DA VEDAO PRECONIZADA PELO ART. 37, INC. XVI, DA CONSTITUIO
FEDERAL. LEGISLAO MUNICIPAL DE REGNCIA E EDITAL DO PROCEDIMENTO LICITATRIO QUE NO
IMPEDEM A PARTICIPAO DE EMPREGADOS PBLICOS NO CERTAME. DIREITO LQUIDO E CERTO DO
IMPETRANTE CELEBRAO DO CONTRATO DE PERMISSO DO ANTES ALUDIDO SERVIO PBLICO.

SENTENA QUE CONCEDEU A ORDEM MANTIDA. RECURSO E REMESSA DESPROVIDOS. "O servio
pblico municipal de transporte individual de passageiros, por meio de taxmetro (txi), prestado por
particular sob permisso do Poder Pblico, pessoalmente ou por intermdio de condutor auxiliar
indicado pelo permissionrio, no se confunde com cargo, funo ou emprego pblico, razo pela
qual a acumulao daquela atividade com cargo, funo ou emprego pblico exercido em
administrao diversa da do permitente, no se insere na vedao prevista no art. 37, XVI e XVII,
CFB, at porque o servio pblico municipal de txi no remunerado pela Administrao Pblica e
sim por tarifa paga pelo usurio." Processo:2012.046447-6. Relator: Des. Nelson Schaefer
Martins. Julgamento: 29/01/13 .
19.AO CIVIL PBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PREFEITA MUNICIPAL DEMANDADA QUE
EXPEDIU VINTE E SETE PORTARIAS DE CONCESSO IRREGULAR DE GRATIFICAES A SERVIDORES
PBLICOS E AO SECRETRIO DE PLANEJAMENTO DO MUNICPIO, SEGUNDO DEMANDADO. TESE DE
CERCEAMENTO AFASTADA. PROVA TESTEMUNHAL DISPENSVEL AO DESLINDE DA DEMANDA. ATOS
ADMINISTRATIVOS QUE FORAM PRATICADOS SEM ATENO E OBSERVNCIA AOS PRINCPIOS DA
MOTIVAO E DA LEGALIDADE. CONDUTA MPROBA CARACTERIZADA. LEI N. 8.429/1992, ART. 10,
INCS. I E XI. CONDENAO DA PREFEITA R MANTIDA. SEGUNDO DEMANDADO, SECRETRIO
MUNICIPAL BENEFICIRIO DA GRATIFICAO INSTITUDA PELA LEI MUNICIPAL N. 3.974/2005. CARGO
QUE NO PERMITE A PERCEPO DE QUALQUER VERBA ADICIONAL. VIOLAO DA CONSTITUIO
FEDERAL, ART. 39, 4. APELANTE QUE TODAVIA RESTITUIU IMEDIATAMENTE A QUANTIA
INDEVIDAMENTE RECEBIDA. BOA F DEMONSTRADA. AUSNCIA DE ENRIQUECIMENTO ILCITO A
AUTORIZAR A CONDENAO DO RU ARISTIDES PANSTEIN. SENTENA REFORMADA NESTE ASPECTO.
SUCUMBNCIA
RECPROCA,
ENTRETANTO,
MANTIDA.
RECURSO
PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2011.079339-8 (Acrdo). Relator: Des. Nelson Schaefer Martins. rgo
Julgador: Segunda Cmara de Direito Pblico. Julgamento:05/02/13.
20.CIVIL E ADMINSTRATIVO - AO DE INDENIZAO - ACIDENTE DE TRNSITO - CAPOTAMENTO
APS COLISO COM BLOCO DE CONCRETO EXISTENTE NO LEITO DE DESVIO DA VIA PBLICA AUSNCIA DE SINALIZAO - VECULO QUE TRANSITAVA EM RODOVIA ESTADUAL QUE FOI
INCORPORADA MALHA VIRIA MUNICIPAL - RESPONSABILIDADE CIVIL DO MUNICPIO - OMISSO DA
ADMINISTRAO PBLICA DEMONSTRADA - DANO MATERIAL E NEXO CAUSAL COMPROVADOS OBRIGAO DE INDENIZAR - JUROS MORATRIOS E CORREO MONETRIA CONFORME ART. 1-F DA
LEI FEDERAL N. 9.494/1997, COM ALTERAES PELA LEI FEDERAL N. 11.960/2009, A PARTIR DE SUA
VIGNCIA. O Municpio responsvel pela reparao dos danos decorrentes de capotamento de
veculo que trafegava em via pblica pertencente malha viria municipal, decorrente da existncia
de acmulos de concreto no leito da pista, que no contavam com a devida sinalizao. A correo
monetria e os juros de mora sobre o valor da condenao da Fazenda Pblica devem obedecer ao
comando do art. 1-F da Lei n. 9.494/97, com a redao dada pela Lei n. 11.960/09, a partir da
vigncia desta. At ento a correo monetria deve ser calculada pelo INPC e os juros de mora so
de 1%.Processo: 2012.011541-8 (Acrdo). Relator:Des. Jaime Ramos. rgo Julgador: Quarta
Cmara de Direito Pblico. Julgamento: 07/02/2013.
21.APELAO CVEL. AO DE REPARAO DE DANOS MATERIAIS. FURTO DE VECULO EM
ESTACIONAMENTO LOCALIZADO EM UNIVERSIDADE. PRELIMINAR. PEDIDO DE GRATUIDADE
JUDICIRIA. PESSOA JURDICA. DIFICULDADE FINANCEIRA COMPROVADA. POSSIBILIDADE. MRITO.
SITUAO ANALISADA SOB A TICA DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA, PORQUE LASTREADA EM
SUPOSTA OMISSO. NECESSIDADE, NESTE CASO, DE COMPROVAO DA CULPA PELO EVENTO
DANOSO. INOCORRNCIA NA ESPCIE. SERVIO GRATUITO POSTO DISPOSIO DOS ALUNOS.
AUSNCIA DE PROVA DA EXISTNCIA DE VIGILNCIA ESPECIALIZADA NO LOCAL. DEVER DE
INDENIZAR AFASTADO. SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. "No possui dever de guarda e
vigilncia a instituio de ensino que disponibiliza, para comodidade de alunos e funcionrios, local
para o estacionamento de veculos, sobretudo quando no h cobrana pela prestao de tal
servio, ainda que mantenha funcionrios no local com a funo de orientar o trnsito e zelar pelo
patrimnio da universidade" Processo: 2010.059055-5. Relator: Des. Jos Volpato de Souza.
Julgamento: 07/02/2013.

22.AGRAVO DE INSTRUMENTO - FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS - ANTECIPAO DOS EFEITOS


DA TUTELA JURISDICIONAL CONTRA A FAZENDA PBLICA - PRAZO PARA O CUMPRIMENTO DA ORDEM
JUDICIAL INADEQUADO E NFIMO - MAJORAO - PREVISO DE SEQUESTRO DE VERBAS PBLICAS
PARA ASSEGURAR O CUMPRIMENTO DA DECISO JUDICIAL (CPC, ART. 461, 5) - POSSIBILIDADE DIREITO SADE - APLICAO DO PRINCPIO DA PROPORCIONALIDADE - PREVALNCIA SOBRE O
DIREITO PATRIMONIAL DO ESTADO - URGNCIA NA AQUISIO DOS MEDICAMENTOS INAPLICABILIDADE DO REGIME ESPECIAL DE PAGAMENTO DAS CONDENAES JUDICIAIS PELA
FAZENDA PBLICA (CF, ART. 100). O prazo para cumprimento de deciso judicial, que determina
providncias do Poder Pblico para tratamento de sade, deve ser razoavelmente adequado
necessria burocracia estatal, ainda que de emergncia, sem risco de dano vida do enfermo. Muito
mais til e eficaz do que a astreinte, possvel a imposio do bloqueio e/ou sequestro de verbas
pblicas para garantir o fornecimento de medicamentos pelo Poder Pblico a portador de doena
grave, como medida executiva (coercitiva) para a efetivao da tutela, ainda que em carter
excepcional, eis que o legislador deixou ao arbtrio do Juiz a escolha das medidas que melhor se
harmonizem s peculiaridades de cada caso concreto (CPC, art. 461, 5). Portanto, em caso de
comprovada urgncia, possvel a aquisio, mediante sequestro de verba pblica, de medicamento
necessrio manuteno da sade de pessoa carente de recursos para adquiri-lo, sendo inaplicvel
o regime especial dos precatrios (CF, art. 100), utilizado nas hipteses de execuo de
condenaes judiciais contra a Fazenda Pblica, pois, na espcie, deve ser privilegiada a proteo do
direito vida e sade paciente. Processo: 2012.077381-8. Relator: Des. Jaime Ramos.
Cmara Especial Regional de Chapec
23.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO DE DANOS MORAIS. ACIDENTE DE TRNSITO.
SENTENA DE PARCIAL PROCEDNCIA NA ORIGEM. IRRESIGNAO DA PARTE REQUERIDA.
SUSPENSO DO PROCESSO AT A DEFINIO DA AO PENAL. DESNECESSIDADE. ILEGITIMIDADE
PASSIVA. REQUERIDO QUE RESPONDE PELO PREPOSTO CAUSADOR DO INFORTNIO EM RAZO DO
EXERCCIO DO TRABALHO. CULPA "IN ELIGENDO" EVIDENCIADA. MRITO. CONDUTOR DE VECULO
PESADO QUE CRUZA VIA PREFERENCIAL, SEM AS DEVIDAS CAUTELAS, CRUZANDO A VIA NO SINAL
AMARELO E CAUSANDO COLISO COM MOTONETA QUE INICIOU O CRUZAMENTO NA VIA OBSTRUDA.
ABALROAMENTO QUE RESULTOU NO BITO DO CONDUTOR DA MOTOCICLETA. CONJUNTO
PROBATRIO QUE INDICA A CULPA DO CONDUTOR EXCLUSIVA DO VECULO DE PROPRIEDADE DO
RU. AUSNCIA DE PROVA QUE DESCONSTITUA O DIREITO DA AUTORA. DEVER DE REPARAO
CONFIGURADO, NOS MOLDES FIXADOS NA SENTENA DE CULPA CONCORRENTE, POR AUSNCIA DE
APELO DO AUTOR. DANOS MORAIS. VALOR FIXADO DE ACORDO COM OS PARMETROS QUE SE
RECOMENDA A ESPCIE. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2012.0517588. Relator: Des. Eduardo Gallo Jnior. Julgamento: 17/01/13.
24.PELAO CVEL. SEGURO DE VIDA EM GRUPO. REVISO DAS CLUSULAS DE REAJUSTE DO VALOR
DO PRMIO. AGRAVO RETIDO NO RATIFICADO, QUE NO SE CONHECE. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
ESTIPULANTE DEMONSTRADA. MANDATRIA QUE NO INTEGRA A RELAO CONTRATUAL EXISTENTE
ENTRE OS SEGURADOS E A SEGURADORA. VALOR DA INDENIZAO PREVISTA NA APLICE QUE NO
SOFREU QUALQUER REDUO APS O INCIO DE COBERTURA DA SEGURADORA REQUERIDA.
INEXISTNCIA DE ILEGALIDADE NO REAJUSTE DO VALOR DO PRMIO POR MODIFICAO DA FAIXA
ETRIA. CONSUMIDORA QUE RESPONSVEL PELO ADIMPLEMENTO DO PRMIO REFERENTE A DOIS
SEGUROS, FATO ESTE QUE, POR EVIDENTE, MAJORA O MONTANTE DESCONTADO DE SEUS
PROVENTOS.
ABUSIVIDADE
NO
CONSTATADA.
SENTENA
MANTIDA.
RECURSO
DESPROVIDO.Processo: 2012.049710-7. Relator: Des.
Eduardo
Mattos
Gallo
Jnior.
Julgamento: 30/01/2013. Juza Prolatora: Maira Salete Meneghetti.
25.APELAO CVEL. AO DE BUSCA E APREENSO. CDULA DE CRDITO COM GARANTIA DE
ALIENAO FIDUCIRIA. NOTIFICAO EXTRAJUDICIAL REALIZADA POR OFCIO DA COMARCA DO
DEVEDOR. CORRESPONDNCIA ENCAMINHADA AO ENDEREO FORNECIDO NO CONTRATO. RECUSA
DO DESTINATRIO. IRRELEVNCIA. FATO QUE NO SE MOSTRA APTO A DESCARACTERIZAR A MORA.
REQUISITOS DISPOSTOS NO ART. 2, 2 DO DECRETO-LEI 911/96 DEVIDAMENTE CUMPRIDOS.
RECURSO PROVIDO. DECISO CASSADA. Processo: 2012.049676-5. Relator: Des. Artur Jenichen

Filho. Julgamento: 05/02/2013.


Turmas de Recursos
26.FORNECIMENTO DE GUA - INEXISTNCIA DE OBRIGAO PROPTER REM - SOLIDARIEDADE
INDEMONSTRADA - VINCULAO QUE SOMENTE SE PODERIA ESTABELECER ENTRE PROPRIETRIO E
OCUPANTE DEVEDOR - LENITIVO CORRETAMENTE FIXADO - RECURSOS DESPROVIDOS - SENTENA
CONFIRMADA. "A natureza da obrigao de fornecimento de gua pessoal, no se caracterizando
como obrigao de natureza propter rem, o que inviabiliza a pretenso da companhia recorrente de
imputar
o
dbito
ao
novo
proprietrio". Processo: 2012.300812-3
(Turmas
de
Recursos).Relator: Juiz
Marcio
Rocha
Cardoso. Origem: So
Miguel
do
Oeste. rgo
Julgador:Terceira Turma de Recursos - Chapec. Julgamento: 08/02/2013. Classe: Recurso
Inominado.
27.TRANSPORTE AREO. ATRASO DE VOO. PROBLEMA METEOROLGICO NO COMPROVADO. NUS
DA CONTRATADA. FALHA NA PRESTAO DO SERVIO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO MORAL
CONFIGURADO. INSURGNCIA EM RELAO AO QUANTUM REPARATRIO. VALOR IRRISRIO E
INSUFICIENTE. CARTER PEDAGGICO. MAJORAO. Tratando-se de atraso de voo, no provado que
a transportadora tomou as medidas adequadas para que no se configurasse o ilcito e afastadas as
causas excludentes de responsabilidade, a condenao da empresa area pelos danos materiais e
morais causados aos consumidores medida que se impe.Processo: 2012.101698-4 (Turmas de
Recursos). Relatora: Juza Margani de Mello. Origem: So Jos. rgo Julgador: Primeira Turma de
Recursos - Capital. Data de Julgamento:07/02/2013. Classe: Recurso Inominado.
28.ACIDENTE DE TRNSITO - ATROPELAMENTO - MOTOCICLETA TRANSITANDO NA CONTRAMO CAUSADOR DO DANO, IRMO DA PROPRIETRIA DO VECULO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA E
SOLIDRIA - LUCROS CESSANTES - AUSNCIA DE PROVA INEQUVOCA ACERCA DOS RENDIMENTOS
AUFERIDOS PELA VTIMA - FIXAO COM BASE NO SALRIO MNIMO - POSSIBILIDADE - DANO MORAL
E MATERIAL - QUANTUM INDENIZATRIO FIXADO DE FORMA RAZOVEL E EM CONSONNCIA COM A
PROVA DO PROCESSO - SENTENA MANTIDA PELOS PRPRIOS FUNDAMENTOS - RECURSO
DESPROVIDO. Processo: 2012.301479-3. Relatora: Juza Maira Salete Meneghetti. Data de
Julgamento: 08/02/2013. Classe: Recurso Inominado.
29.JUIZADO CRIMINAL - TRNSITO - CRIME DO ART. 307, "CAPUT", DO CTB - VIOLAO DA
SUSPENSO IMPOSTA, INCLUSIVE POR DECISO ADMINISTRATIVA E NO APENAS NOS CASOS DE
CONDENAO JUDICIAL - HIPTESE DIVERSA ENCONTRA-SE NO PARGRAFO NICO DO DISPOSITIVO,
QUE ESTABELECE PENALIDADE VIOLAO AO CONDENADO QUE NO ENTREGAR A HABILITAO
SUSPENSA, ONDE EVIDENTE QUE A IMPOSIO DA SUSPENSO DECORRE APENAS DE DECISO
JUDICIAL - CONDENAO IMPOSTA - SENTENA REFORMADA.Processo: 2012.501210-0 (Turmas de
Recursos). Relator:Juiz Dcio Menna Barreto de Arajo Filho. Origem: Rio Negrinho. rgo
Julgador: Quinta
Turma
de
Recursos
Joinville. Data
de
Julgamento: 29/01/2013. Classe: Apelao Criminal.
30.APELAO CRIMINAL. PORTE DE ARMA BRANCA. ART. 19 DA LEI DE CONTRAVENES PENAIS (DL
N. 3.688/41). FACA DE PESCARIA ENCONTRADA EM VECULO. AUSNCIA DE REGULAMENTAO
LEGAL. FATO ATPICO. RECURSO PROVIDO. A contraveno do art. 19 da LCP s se configura quando
o agente traz arma consigo, "sem licena da autoridade". Trata-se, portanto, de norma penal em
branco e no havendo texto normativo regulamentando o uso de arma branca, inclusive
especificando autoridade capaz de autorizar o seu porte, no tpica a conduta de portla.Processo: 2012.501426-9. Relator: Juiz Cesar Otavio ScireaTesseroli. Origem: Mafra. rgo
Julgador:Quinta Turma de Recursos - Joinville. Data de Julgamento: 29/01/2013. Classe: Apelao
Criminal.
31. INOMINADO - AO DE INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS - VIAGEM COM NIBUS
CONVENCIONAL - EXTRAVIO DE BAGAGEM - DANOS MATERIAIS - CULPA OBJETIVA DA
TRANSPORTADORA ANTE A RELAO DE CONSUMO - ART. 14 DO DIPLOMA CONSUMERISTA -

CONTEDO DA BAGAGEM CONDIZENTE COM OS FATOS - PRINCPIO DA RAZOABILIDADE -


DESARRAZOADO EXIGIR-SE QUE O CONSUMIDOR GUARDE TODOS OS COMPROVANTES DA SUA
BAGAGEM QUANDO ESTA CONFIADA A RENOMADA EMPRESA DE TRANSPORTE COLETIVO - ABALO
MORAL CONFIGURADO - VALOR CONDIZENTE A DESENCORAJAR REITERAO DE FALHA SEMELHANTE
E DIANTE DAS CONDIES ECONMICAS DO AUTOR -- RECURSO CONHECIDO E PROVIDO PRECEDENTES. TRANSPORTE RODOVIRIO. EXTRAVIO DE BAGAGEM. INAPLICABILIDADE DO DECRETO
N. 2.521/98. PREPONDERNCIA DAS NORMAS INSCULPIDAS NO CDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR.
ALEGAO
DE
CULPA
EXCLUSIVA
DO
PASSAGEIRO.
INOCORRNCIA.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA EMPRESA TRANSPORTADORA CONFIGURADA. INTELIGNCIA DO
ART. 14 DO DIPLOMA CONSUMERISTA. DEVER DE INDENIZAR. PEDIDO ALTERNATIVO DE REDUO DO
QUANTUM INDENIZATRIO. VALOR ADEQUADO TENDENTE A DESENCORAJAR A EMPRESA
TRANSPORTADORA NA REITERAO DE CONDUTAS SEMELHANTES. PRECEDENTES DA CMARA.
RECURSO
DESPROVIDO.Processo: 2012.701092-6. Relator: Juiz
Osmar
Mohr. Origem: Brusque. rgo Julgador: Stima Turma de Recursos - Itaja. Data de
Julgamento: 04/02/2013. Classe: Recurso Inominado.

Edio n. 6 de 27 de Maro de 2013.


rgo Especial
1.Versando a lide originria sobre matria eminentemente de direito cambirio, a competncia para
anlise e julgamento do feito das Cmaras de Direito Comercial.
Seo Criminal
2.A errnea identificao civil do verdadeiro ru requer a concesso de habeas corpus, de ofcio, para
retificar, o respectivo nome, sem prejuzo dos atos precedentes, inclusive da sentena condenatria.
3.As circunstncias anteriores ao dia do crime no excluem a possibilidade de incidncia da
qualificadora da surpresa.
4.A competncia estabelecida no artigo 80 do Estatuto do Idoso tem aplicao restrita s aes
coletivas propostas em defesa dos interesses difusos, coletivos ou individuais homogneos dos idosos.
Cmaras de Direito Criminal
5.A realizao do exame pericial prescindvel, mormente porque os crimes contra a liberdade sexual
muitas vezes sequer deixam vestgios suscetveis de constatao por meio de laudo.
6.A insignificncia ou no do valor da coisa furtada deve estar inserida na esfera de anlise da vtima.
7.Na fase da pronncia a excluso de qualificadoras somente admitida quando o magistrado verificar,
imediatamente, sua improcedncia.
8.Provocar incndio em plantao de pnus e capim no equivale prtica do crime de incendiar mata
ou floresta, previsto na Lei dos Crimes Ambientais, haja vista inexistir equiparao entre os termos.
9.A imputao de crimes contra a honra requer a comprovao do elemento subjetivo do tipo,
consistente no dolo do dano. Provando que o fato verdadeiro, no resta caracterizado excesso na
veiculao da matria jornalstica.
Cmaras de Direito Civil
10.No pode a seguradora, de maneira unilateral e sem fundamento plausvel, deixar de renovar o
contrato com segurado j integrante de determinado grupo.
11.No havendo prova de que a embriaguez foi causa determinante para a ocorrncia do sinistro,
infundada a excluso da cobertura, devendo a seguradora indenizar os danos.
12.Ainda que o genitor no detenha a guarda do filho no momento da prtica de ato infracional, no se
exime de responder pelos atos praticados por filho incapaz.
13.Ao lanar-se em imprudente manobra objetivando ultrapassar veculo lento frente, do que resultou
a sua prpria morte, inviabiliza-se a indenizao da viva do motorista que no agiu com prudncia.
14.Servio prestado por acadmicos em escola profissional est protegido pelo CDC por ser o paciente
caracterizado como consumidor nos moldes do artigo 3 ou, ainda, por equiparao.
15.Em decorrncia da natureza indenizatria do auxlio cesta-alimentao, o benefcio no se estende
complementao de aposentadoria dos funcionrios inativos.
Cmaras de Direito Comercial
16.O carter absoluto da impenhorabilidade dos proventos somente relativizado para dbitos natureza
alimentar.

17.Em ao monitria fundada em cheque prescrito, ajuizada contra o emitente, dispensvel meno
ao negcio jurdico subjacente emisso da crtula.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
18.A apresentao da documentao respectiva, no prazo estabelecido, sinal de que o candidato est
pretendendo a iseno da taxa de inscrio de modo a suprir a exigncia do requerimento burocrtico
expresso.
19.No h previso legal, nem editalcia, que obrigue a Administrao Pblica a reposicionar o
candidato aprovado para o final da lista dos classificados no concurso pblico, a fim de que tenha a
oportunidade de concluir o ensino superior indispensvel posse.
Cmaras de Direito Pblico
20.Dissolvida, irregularmente, sociedade empresria devedora e frustrada citao devedor pelo correio,
impe-se o deferimento do pedido de expedio de mandado para que seja citado por oficial de justia.
21.O candidato aprovado em concurso pblico no limite de vagas previsto no edital tem direito subjetivo
nomeao.
22.Ainda que o mdico seja prestador de servios, a sua responsabilidade depende da prova de
negligncia, imprudncia ou impercia, uma vez que sua obrigao de meio, no de resultado.
23.Considerar como nico critrio para prova de ttulos em processo seletivo o tempo prvio de servio
na municipalidade gera desigualdade injusta entre os candidatos.
24.O surgimento de vaga em razo de desistncia, demisso ou exonerao de candidatos convocados
para o desempenho da funo pblica, autoriza o chamamento dos demais candidatos classificados,
ainda que fora do nmero inicial de vagas previstas.
Turmas de Recursos
25.O protesto de ttulo de crdito deve ser precedido de prudncia e cautela por aquele que busca a
cobrana do dbito, sob pena de caracterizar ato ilcito.
26.Abordagem indevida no cinema para verificao do bilhete caracteriza falha na prestao do servio,
exame este que deve ser realizado no momento do ingresso ou em local discreto.
27.A comunicao eletrnica por e-mail entre as partes, em que a vendedora se coloca disposio
para a soluo do problema no configura compromisso no ressarcimento pretendido.
28.A antecipao dos efeitos da tutela, conquanto produza efeitos imediatos, no aguardo do julgamento
definitivo da lide, d-se na sentena, de modo que, no caso de improcedncia, perde eficcia,
cancelando-se para todos os efeitos, inclusive quanto multa aplicada.
rgo Especial
1. CONFLITO DE COMPETNCIA - CANCELAMENTO DE PROTESTO DE DUPLICATA C/C DANOS MORAIS EMPRESA DE FACTORING E FOMENTO MERCANTIL - COMPETNCIA DAS CMARAS DE DIREITO
COMERCIAL. da competncia das Cmaras de Direito Comercial o julgamento do recurso que ataca
sentena proferida em processo cujo objeto a discusso a respeito do cancelamento de protestos de
duplicatas e eventual indenizao por danos morais. Processo: 2013.011943-3. Relator: Des. Luiz
Czar
Medeiros. Origem:Cricima. rgo
Julgador: rgo
Especial. Data
de
Julgamento: 06/03/2013. Data de Publicao: 14/03/2013. Classe: Conflito de Competncia.
Seo Criminal
2. AO PENAL AJUIZADA CONTRA PESSOA QUE SE IDENTIFICA COM NOME DE TERCEIRO.
COMPROVAO POR MEIO DE EXAME PAPILOSCPICO QUE AS DIGITAIS DO DENUNCIADO NO
CORRESPONDEM PESSOA POR ELE INDICADA. ALTERAO DO NOME DO AUTOR DOS FATOS
CRIMINOSOS QUE SE IMPE. EXCLUSO DO REQUERENTE E INSERO DA VERDADEIRA IDENTIDADE
CIVIL DO AUTOR DOS FATOS. AO REVISIONAL NO CONHECIDA, COM CONCESSO, DE OFCIO, DE
HABEAS CORPUS PARA CORRIGIR A IDENTIFICAO CIVIL DO CONDENADO. Processo:2012.0648278. Relator: Des.
Jorge
Schaefer
Martins. Origem: Capital. Julgamento: 27/02/2013. Publicao:07/03/2013.
3. EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE EM RECURSO CRIMINAL. TRIBUNAL DO JRI. RU
PRONUNCIADO POR HOMICDIO TRIPLAMENTE QUALIFICADO PELO MOTIVO TORPE, MEIO CRUEL E
SURPRESA (ART. 121, 2, I, III E IV, DO CP), AMEAA (ART. 147, CAPUT, DO CP, POR TRS VEZES) E
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO (ART. 12 DA LEI N. 10.826/03). DECISO

COLEGIADA, POR MAIORIA DE VOTOS, QUE DECIDIU MANTER AS TRS QUALIFICADORAS ADMITIDAS NA
PRONNCIA. PRETENDIDA PREVALNCIA DO VOTO VENCIDO QUE ENTENDEU PELO AFASTAMENTO DAS
QUALIFICADORAS DO MEIO CRUEL E DA SURPRESA. INVIABILIDADE. MEIO CRUEL. SEQUNCIA DE
DISPAROS DE ARMA DE FOGO QUE INICIARAM ATINGINDO REGIES NO LETAIS. TIRO FATAL NA CABEA
DA VTIMA DISPARO QUANDO ESTA J ESTAVA EM AGONIA. SOFRIMENTO DESNECESSRIO DO
OFENDIDO, EM TESE, CARACTERIZADO. QUALIFICADORA QUE NO SE MOSTRA MANIFESTAMENTE
IMPROCEDENTE. RECURSO QUE IMPOSSIBILITOU A DEFESA DO OFENDIDO. DESAVENAS,
PROVOCAES E AMEAAS ANTERIORES INSUFICIENTES PARA AFASTAR A QUALIFICADORA NESSE
MOMENTO. RU QUE SURPREENDEU O OFENDIDO EM SEU LOCAL DE TRABALHO E O ATACOU DE
INOPINO.
ANLISE
POSTERGADA
AO
CONSELHO
SE
SENTENA.
EMBARGOS
REJEITADOS. Processo: 2012.087348-6. Relatora: Des.
Marli
Mosimann
Vargas. Julgamento: 27/02/2013.
4. REVISO CRIMINAL. OFENSA AO TEXTO DE LEI. (CPP, ART. 621, I). COMPETNCIA. DOMICLIO DO RU
(CPP, ART. 69, II). REGRA SUBSIDIRIA (CPP, ART. 72). LOCAL DA INFRAO CONHECIDO (CPP, ART. 70).
ESTATUTO DO IDOSO. ART. 80. COMPETNCIA PARA AES COLETIVAS. INAPLICABILIDADE AO PROCESSO
PENAL. CONTRADITRIO E AMPLA DEFESA (CF, ART. 5., LV). INQUIRIO DA VTIMA E TESTEMUNHAS DE
ACUSAO. AUSNCIA DO RU E DO DEFENSOR CONSTITUDO. PROCURADOR AD HOC NO NOMEADO.
NULIDADE. 1. "A competncia ser, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infrao"
(CPP, art. 70). Somente quando no for "conhecido o lugar da infrao, a competncia regular-se- pelo
domiclio ou residncia do ru" (CPP, art. 72). A idade do ru no atrai a competncia estabelecida no
art. 80 do Estatuto do Idoso, pois tem este aplicao restrita s aes coletivas propostas em defesa
dos interesses difusos, coletivos ou individuais homogneos dos idosos. 2. Implica em patente ofensa
aos princpios do contraditrio e da ampla defesa (CF, art. 5., LV) - e, portanto, ao texto de lei - a
inquirio da vtima e das testemunhas de acusao sem a presena do ru, de seu defensor ou, pelo
menos, de procurador ad hoc. PEDIDO PARCIALMENTE PROCEDENTE Processo:2012.0789543. Relator: Des. Roberto Lucas Pacheco. Julgamento: 27/02/2013.

Cmaras de Direito Criminal


5. APELAO CRIMINAL (RU PRESO). CRIMES DE LESO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE CAUSANDO
INCAPACIDADE PARA AS OCUPAES HABITUAIS, POR MAIS DE TRINTA DIAS; AMEAA; ESTUPRO EM
CONTINUIDADE DELITIVA E POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO (ART. 129, 1, I;
ART. 147, CAPUT; ART. 213,CAPUT; C/C 71, TODOS DO CDIGO PENAL E ART. 12, CAPUT, DA LEI N.
10.826/03). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. ABSOLVIO DO CRIME DO ART. 129,
1, I, DO CP. INVIABILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS DEVIDAMENTE COMPROVADAS. RU
QUE PERFUROU OS LBIOS VAGINAIS DA VTIMA COM UM ARAME E TORCEU-O COM UM ALICATE. VTIMA
QUE FICOU COM TAL OBJETO NA VAGINA POR QUASE DOIS MESES, CAUSANDO-LHE INCAPACIDADE PARA
AS OCUPAES HABITUAIS NESTE PERODO. DECLARAES DO RU E DA VTIMA ALIADAS AO LAUDO
PERICIAL QUE ATESTAM AS LESES SOFRIDAS. MANUTENO DA CONDENAO QUE SE IMPE.
ABSOLVIO DO CRIME DO ART. 147 DO CP. INACOLHIMENTO. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS
DEVIDAMENTE COMPROVADAS. RU QUE AGREDIA A VTIMA COM TAPAS NO ROSTO E PUXES DE
CABELO, E AMEAAVA-A COM UMA ARMA DE FOGO E UM FACO. ALM DISSO, A INTIMIDAVA COM
AMEAAS DE MORTE CONTRA SEU FILHO E FAMILIARES. DECLARAES FIRMES E COERENTES DA
VTIMA, CORROBORADAS PELOS DEMAIS ELEMENTOS DE PROVAS CONSTANTES NOS AUTOS. CRIME
FORMAL. CONSUMAO NO MOMENTO EM QUE A OFENSA ALCANA A VTIMA, BASTANDO SEU
POTENCIAL INTIMIDADOR. ABSOLVIO INVIVEL. ABSOLVIO DO CRIME DO ART. 213,CAPUT, DO CP.
INVIABILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS DEVIDAMENTE DEMONSTRADAS NOS AUTOS. RU
QUE CONSTRANGEU A VTIMA CONJUNO CARNAL, MEDIANTE VIOLNCIA E GRAVE AMEAA,
PENETRANDO SEU RGO MASCULINO EM SUA VAGINA, POR DIVERSAS VEZES. ALM DISSO, O RU
TIRAVA O ARAME COLOCADO EM SUA GENITLIA E, APS O ATO, COLOCAVA-O NOVAMENTE NA VTIMA.
PALAVRAS FIRMES E COERENTES DA OFENDIDA CORROBORADOS COM OS DEMAIS ELEMENTOS DE
PROVA CONSTANTES NOS AUTOS. CONTEXTO PROBATRIO SUFICIENTE PARA A CONDENAO.
ABSOLVIO DO CRIME DO ART. 12, CAPUT, DA LEI N. 10.826/03. NO CABIMENTO. MATERIALIDADE E
AUTORIA DELITIVAS DEVIDAMENTE COMPROVADAS. CONFISSO DO APELANTE, NA FASE JUDICIAL,

CORROBORADA PELOS DEPOIMENTOS UNSSONOS E COERENTES DOS POLICIAIS QUE ATUARAM NO


FLAGRANTE. MANUTENO DA CONDENAO QUE SE IMPE. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2012.046870-4. Relatora: Des.
Marli
Mosimann.
Origem: Brusque.
Julgamento:26/02/13.
6. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (CPP, ART. 581, I). CRIME CONTRA O PATRIMNIO. TENTATIVA DE
FURTO SIMPLES OCORRIDO NO INTERIOR DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL LOCALIZADO EM SHOPPING
CENTER (CP, ART. 155, CAPUT C/C ART. 14, II). REJEIO DA DENNCIA POR ATIPICIDADE. APLICAO
PRINCPIO INSIGNIFICNCIA. DEVER CONSTITUCIONAL DE INTERVENO ESTATAL. VIOLAO PRINCPIOS
CONSTITUCIONAIS SEGURANA E PROPRIEDADE (CF, ART. 5, CAPUT E XXII). ELEVADO DESVALOR DA
CONDUTA. SUBTRAO COM PROPSITO DE ADQUIRIR DROGA. INSIGNIFICNCIA PREJUZO NO
EVIDENCIADA. TUTELA ESTATAL NECESSRIA PARA EVITAR QUE EMPRESRIOS SE SINTAM
DESESTIMULADOS DE ADIMPLIR SUAS OBRIGAES TRIBUTRIAS. MNIMA OFENSIVIDADE DA CONDUTA
DEVE SER PONDERADA PELA VTIMA. AUSNCIA DE LESO MNIMA NO FARIA COM QUE EMPRESRIO
ACIONASSE AUTORIDADES PBLICAS. SENTENA REFORMADA. - penalmente tpica a conduta de
agente que ingressa em loja de departamento e subtrai dois brinquedos infantis avaliados em R$ 99,98
com propsito adquirir droga. Os princpios constitucionais da segurana e propriedade (CF, art. 5,
caput e XXII) legitimam a interveno estatal na esfera penal, afastando por completo a possibilidade
de rejeio de denncia na qual se imputa a prtica de furto, ainda que a res furtiva no apresente valor
considervel Recurso conhecido e provido. Relator: Des. Civinski.
7. RESE. HOMICDIO QUALIFICADO. SENTENA DE PRONNCIA QUE EXCLUIU QUALIFICADORA. PLEITO DE
REINCLUSO DA QUALIFICADORA DO MOTIVO FTIL DESCRITA NA DENNCIA. VIABILIDADE. ELEMENTOS
INDICIRIOS SUFICIENTES. RECURSO PROVIDO. Na fase de pronncia, a excluso de qualificadora
somente admitida quando o magistrado verificar, imediatamente, sua improcedncia, pois
censurado, nesse momento, valorar os elementos de provas para repelir a imputao apresentada pela
acusao, sob pena de indevida interferncia na competncia do juiz natural da causa, o Tribunal do
Jri. Processo: 2012.092189-7). Relator: Des. Ricardo Roesler.
8. APELAO CRIMINAL. CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE. PROVOCAR INCNDIO EM MATA OU
FLORESTA. ART. 41 DA LEI 9.605/98. SENTENA ABSOLUTRIA. RECURSO DO MINISTRIO PBLICO.
PLEITO PELA CONDENAO. ALEGA QUE H PROVAS SUFICIENTES PARA UM DECRETO CONDENATRIO.
IMPOSSIBILIDADE. TIPO PENAL QUE DESCREVE INCNDIO EM MATA OU FLORESTA. LAUDOS PERICIAIS
QUE COMPROVAM QUE A QUEIMADA SE DEU EM PLANTAO DE PINUS E CAPIM. CONCEITO DE
FLORESTA QUE NO ABRANGE A PLANTAO QUE FORA INCENDIADA. INEXISTNCIA DAS ELEMENTARES
DO
TIPO
PENAL.
ABSOLVIO
MANTIDA.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2012.048103-2. Relatora: Des. Cinthia Schaefer. .
9. APELAO CRIMINAL. CRIMES CONTRA A HONRA. CALNIA, DIFAMAO E INJRIA. ARTIGOS 138, 139
E 140, TODOS DO CDIGO PENAL. SENTENA ABSOLUTRIA. RECURSO DO QUERELANTE. SUSTENTA
QUE A PROVA DOCUMENTAL SUFICIENTE PARA CARACTERIZAR OS CRIMES DESCRITOS NA INICIAL,
REQUER A CONDENAO DOS APELADOS PELOS CRIMES. IMPOSSIBILIDADE. CRIMES NO
CARACTERIZADOS. JORNALISTAS QUE DIVULGARAM INVESTIGAO QUANTO A UTILIZAO DO
DINHEIRO PBLICO. NO H EXCESSOS NAS NOTCIAS VEICULADAS. FATOS VERDADEIROS. DOLO NO
DEMONSTRADO.
ABSOLVIO
MANTIDA.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO.Processo: 2012.036521-9. Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt
Schaefer. Origem: Tubaro. rgo
Julgador: Quarta
Cmara
Criminal.
Julgamento:28/02/2013. Juza Prolatora: Liene Francisco Guedes.Classe: Apelao Criminal
Cmaras de Direito Civil
10. APELAO CVEL. AO DE MANUTENO DE SEGURO DE VIDA COM PEDIDO DE ANTECIPAO DE
TUTELA. CONTRATO DE SEGURO DE VIDA EM GRUPO E ACIDENTES PESSOAIS COLETIVO. RECUSA
IMOTIVADA DA SEGURADORA EM RENOVAR O PACTO COM AS MESMAS COBERTURAS E VALORES.
AUMENTO EXCESSIVO DO PRMIO. AUSNCIA DE MOTIVOS JUSTIFICADORES. HIPOSSUFICINCIA DO
CONTRATANTE VERIFICADA. FLAGRANTE ABUSIVIDADE. INTELIGNCIA DO ART. 51, IV E XI, DO CDIGO
DE DEFESA DO CONSUMIDOR. NECESSRIA CONTINUIDADE DA RELAO CONTRATUAL. LITIGANCIA DE

M-F. SUCUMBNCIA RECPROCA. INOCORRNCIA. DECAIMENTO DE PARTE MNIMA DO PEDIDO INICIAL.


APLICAO DO DISPOSTO NO ART. 21, PARGRAFO NICO, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL.
HONORRIOS ADVOCATCIOS. MAJORAO. RECURSO DA R DESPROVIDO. APELO DO AUTOR PROVIDO. I
- reprovvel a prtica utilizada por muitas seguradoras consistente em atrair o cliente com diversas
vantagens, inclusive o pagamento de prmio em quantia no muito elevada e, passados alguns anos,
verificar-se a imposio da renovao do contrato mediante a aceitao de clusulas mais onerosas ao
consumidor. Dessa forma, no pode a seguradora, de maneira unilateral e sem fundamento plausvel,
simplesmente deixar de renovar o contrato com segurado j integrante de determinado grupo, sob pena
de violar princpios e regras basilares das relaes consumeristas e, em especial, aquelas insculpidas no
art. 51, IV e XI, CDC. II - Tratando-se de recurso manifestamente protelatrio, h de reconhecer, de
ofcio, a prtica de litigncia de m-f, nos termos do disposto no art. 17, VII, CPC. III - Decaindo o Autor
de parte mnima do pedido, deve a R arcar com o pagamento da integralidade das despesas
processuais e dos honorrios advocatcios, consoante o disposto no art. 21, pargrafo nico, do Cdigo
de Processo Civil. IV - Muito embora em demandas desse jaez, de modo geral, no se vislumbre nenhum
acontecimento extraordinrio revestido de complexidade durante o trmite processual, os interesses do
autor foram satisfatoriamente defendidos em juzo, alm do que a interposio de recurso pela parte
contrria, e pela prpria parte que representa requer do profissional em maior empenho e dedicao
causa, o que justifica a majorao dos honorrios do causdico do autor. Processo: 2010.0140855.Relator: Des. Joel Figueira Jnior. Julgamento: 19/02/2013. Juiz Prolator: Emmanuel Schenkel do
Amaral e Silva.
11. APELAO CVEL. AO COBRANA SEGURO. ALEGADA EXCLUSO COBERTURA POR EMBRIAGUEZ
SEGURADO. APLICAO DO CDC. INCREMENTO VOLUNTRIO DO RISCO NO DEMONSTRADO. DEVER DA
SEGURADORA EM INDENIZAR A BENEFICIRIA EM RAZO DA MORTE DO SEGURADO. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. I - As clusulas limitativas de garantias securitrias devem ser interpretadas
restritivamente, sob a luz do princpio da boa-f que orientador de todos os contratos, sobretudo em
se tratando de relao de consumo. II - A embriaguez do segurado, por si s, no causa excludente da
obrigao de ressarcir assumida pela seguradora, mesmo havendo clusula expressa em sentido
contrrio, salvo se o estado etlico preordenado (voluntrio) e com o escopo de provocar acidente de
trnsito ou qualquer outro incidente causador de dano. III - Ademais, no havendo prova de que a
embriaguez foi a causa determinante para a ocorrncia do sinistro, infundada a excluso da cobertura,
devendo
a
seguradora
r
indenizar
os
danos
causados
valor
previsto
no
oramento.Processo: 2010.062696-0.Relator: Des.JoelFigueira. Julgamento: 19/02/13.
12. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. TUTELA
ANTECIPADA. OBRIGAO DE CUSTEAR O TRATAMENTO PSICOTERPICO DA AUTORA AT O JULGAMENTO
FINAL DA DEMANDA. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. GENITOR QUE SE ENCONTRAVA FORA DO PAS
QUANDO DA PRTICA DE ATO INFRACIONAL POR SEU FILHO ADOLESCENTE. IRRELEVNCIA.
RESPONSABILIDADE DOS PAIS DECORRENTE DO EXERCCIO DO PODER FAMILIAR. PRELIMINAR
AFASTADA. O fato do pai no deter a guarda do filho e estar o menor com a me no momento dos fatos
que ensejam o pleito indenizatrio, no exime o genitor de responder pelos atos praticados por seu filho
incapaz, haja vista ser seu dever a criao e educao do seu filho, dever este decorrente do seu poder
familiar, sob pena de se relegar a responsabilidade inerente a paternidade, o que o torna parte legtima
para figurar no polo passivo da demanda reparatria dos danos. VALOR MENSAL DO TRATAMENTO
PSICOLGICO, A SER CUSTEADO PELOS RUS. PROVA DOCUMENTAL QUE RESPALDA AS ALEGAES DA
AUTORA. MANUTENO DO MONTANTE ARBITRADO. Comprovada pela Demandante, num juzo de
cognio sumria, a necessidade das sesses de psicoterapia e que o valor corresponde ao pleiteado na
pea exordial, no h que se cogitar em superfaturamento dos valores ou mesmo em enriquecimento
ilcito da parte, principalmente quando plenamente demonstrada a necessidade premente do
tratamento diante do estado psquico da menor, alvo do ato infracional praticado pelo filho do
Recorrente. QUITAO DOS VALORES DO TRATAMENTO PSICOLGICO NO PERODO ANTERIOR A JANEIRO
DE 2011. MATRIA NO SUBMETIDO AO CRIVO DO JUZO SINGULAR. SUPRESSO DE INSTNCIA.
INVIABILIDADE. RECURSO NO CONHECIDO NESTA PARTE. A alegao de que os valores concernentes
ao tratamento psicoterpico, ao qual submetida a menor Autora da Demanda est quitado por
determinado perodo, no pode ser objeto de deliberao na instncia ad quem quando o juzo

monocrtico no se manifestou acerca da matria, sob pena de supresso de instncia e violao ao


princpio do duplo grau de jurisdio. OPOSIO DE EMBARGOS DE DECLARAO MANIFESTAMENTE
PROTELATRIOS. AUSNCIA DE OMISSO, OBSCURIDADE OU CONTRADIO NA DECISO QUE ANTECIPA
OS EFEITOS DA TUTELA. IMPOSIO DE MULTA. INTELIGNCIA ARTIGO 538, NICO CPC. Evidenciado o
carter meramente protelatrio dos embargos de declarao opostos deciso que deferiu o pleito de
antecipao de tutela, a manuteno da multa art. 538, pargrafo nico, do CPC, medida
impositiva.. Processo: 2011.082426-0. Relator: Des. Joo Batista Ges Ulyssa.
13. APELAO CVEL - AO RESSARCIMENTO DE DANOS DECORRENTES ACIDENTE DE TRNSITO - RITO
SUMRIO - RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA - NECESSIDADE DE PROVA DO ATO, DO DANO, DO NEXO
CAUSAL E DA CULPA - SENTENA DE IMPROCEDNCIA - AUSNCIA DE PROVA ROBUSTA ACERCA DA
CULPABILIDADE DO DEMANDADO - SUBSTRATO PROBATRIO INDICATIVO NO SENTIDO DE QUE O
CARGUEIRO CONDUZIDO PELO REQUERIDO J REALIZAVA A MANOBRA DE ULTRAPASSAGEM, QUANDO O
VECULO DIRIGIDO PELO DE CUJUS RESOLVEU EFETUAR O MESMO EM RELAO AO AUTOMVEL QUE O
ANTECEDIA, VINDO, ENTO, A COLIDIR CONTRA A LATERAL DIANTEIRA DIREITA DO CAMINHO E, NA
SEQUNCIA, CONTRA A LATERAL ESQUERDA DO AUTOMOTOR QUE O PRECEDIA, O QUE ACABOU POR
OCASIONAR A FATDICA CAPOTAGEM - AUSNCIA DO DEVER DE CUIDADO ESTATUDO PELO CDIGO
NACIONAL DE TRNSITO - INEXISTNCIA DO DEVER DE INDENIZAR - CONCLUSO CONSENTNEA
DINMICA DO INFORTNIO - HONORRIOS SUCUMBENCIAIS FIXADOS EM R$ 6.000,00 - PRETENDIDA
MINORAO - VIABILIDADE - FIXAO DA VERBA EM R$ 4.000,00 - QUANTUM QUE SE MOSTRA
ADEQUADO REMUNERAO DOS SERVIOS PRESTADOS PELO CAUSDICO CONSTITUDO PELO
OPONENTE, A RIGOR DO DISPOSTO NO ART. 20, 4, CPC - APELO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2009.014838-3. Relator: Des. Luiz Fernando Boller.
14. INDENIZAO POR DANOS MORAIS. IMPLANTES DENTRIOS REALIZADOS EM ESCOLA DE
APERFEIOAMENTO PROFISSIONAL. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE, RECONHECENDO A
PRESCRIO DA PRETENSO INDENIZATRIA. APELO DA PACIENTE. APLICAO DO CDC.
INCONTROVERSA CONTRAPRESTAO PECUNIRIA POR PARTE DA PACIENTE, EVIDENCIANDO A
SUBMISSO DA HIPTESE LEGISLAO PROTECIONISTA. ENTIDADE QUE AUFERE LUCRO DA ATIVIDADE
DE ENSINO PARA A QUAL, O ATENDIMENTO DA POPULAO POR PREO DE CUSTO, TORNA-SE
IMPRESCINDVEL. INOCORRNCIA DE PRESCRIO, SEGUNDO OS DITAMES DA LEGISLAO ESPECFICA.
TESE DE CERCEAMENTO DE DEFESA ACOLHIDA. MATRIA QUE NECESSITA DE PERCIA TCNICA PARA O
SEU PERFEITO DESLINDE. ANULAO DA SENTENA, COM RETORNO DOS AUTOS ORIGEM PARA A
DEVIDA INSTRUO DO FEITO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2012.0201874. Relator: Des. Ronei Danielli. Julgamento: 07/03/2013.
15. APELAO CVEL. AO DE COMPLEMENTAO DE APOSENTADORIA. AUXLIO CESTA-ALIMENTAO.
REQUERIMENTO VISANDO A CONCESSO DE AUXLIO CESTA-ALIMENTAO INSTITUDOS POR ACORDO
COLETIVO. NOVO ENTENDIMENTO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. VERBA DE CARTER
INDENIZATRIO QUE NO ABRANGE OS PROVENTOS DOS FUNCIONRIOS INATIVOS. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. A finalidade do auxlio cesta-alimentao a de ressarcir os trabalhadores
ativos dos valores despendidos com alimentao, portanto, em decorrncia de sua natureza
indenizatria, este benefcio no se estende complementao de aposentadoria dos funcionrios
inativos. Processo: 2012.092323-1. Relator: Des. Stanley da Silva Braga
Cmaras de Direito Comercial
16. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE EXECUO. DECISO JUDICIAL QUE DEFERE A PENHORA DE
30% DOS RENDIMENTOS LQUIDOS DO EXECUTADO PERCEBIDOS TTULO DE APOSENTADORIA.
DESCABIMENTO. IMPENHORABILIDADE ABSOLUTA. ARTIGO 649, INCISO IV, DO CPC. APLICAO.
RECURSO PROVIDO. A regra de impenhorabilidade absoluta, prevista no art. 649, inciso IV, do CPC, visa
pr a salvo de quaisquer constries os valores percebidos a ttulo de "vencimentos, subsdios, soldos,
salrios, remuneraes, proventos de aposentadoria, penses, peclios e montepios; as quantias
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua famlia, os ganhos de
trabalhador autnomo e os honorrios de profissional liberal,(...)" em virtude da natureza alimentar de
referidas verbas. Processo: 2012.058021-3.Relator: Des. Salim Schead. Julgamento: 28/02/2013.

17. APELAO CVEL. MONITRIA. CHEQUES PRESCRITOS E NOTAS FISCAIS. SENTENA QUE ACOLHE
PARCIALMENTE OS EMBARGOS INJUNTIVOS E JULGA PROCEDENTE A PRETENSO DEDUZIDA NA INICIAL.
IRRESIGNAO DA DEVEDORA/EMBARGANTE. PROCESSUAL CIVIL. PRELIMINAR DE CARNCIA E AO
POR IMPOSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO. ALEGADO NO CABIMENTO DA DEMANDA MONITRIA, HAJA
VISTA AINDA NO TER SIDO ULTRAPASSADO O PRAZO BIENAL PARA A AO DE ENRIQUECIMENTO
PREVISTA NO ART. 61 DA LEI DO CHEQUE. TESE INACOLHIDA. POSSIBILIDADE DE OPO PELO
PROCEDIMENTO MONITRIO QUANDO O TTULO NO OSTENTA MAIS FORA EXECUTIVA. EXEGESE DO
VERBETE N. 299 STJ. PREFACIAL INPCIA DA INICIAL AUSNCIA CAUSA DE PEDIR, EM FACE DA NO
DESCRIO DA CAUSA DEBENDI. INACOLHIMENTO. ARESTO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA
PACIFICANDO O ENTENDIMENTO EM DECISO PROFERIDA NO JULGAMENTO DE RECURSO DAS
QUESTES IDNTICAS QUE CARACTERIZAM MULTIPLICIDADE NO SENTIDO DE QUE EM AO MONITRIA
FUNDADA EM CHEQUE PRESCRITO DISPENSVEL A MENO AO NEGCIO JURDICO SUBJACENTE
EMISSO DO TTULO. "PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVRSIA.
ART. 543-C CPC. AO MONITRIA APARELHADA EM CHEQUE PRESCRITO. DISPENSA DA MENO
ORIGEM DA DVIDA. Para fins art. 543-C do CPC: Em ao monitria fundada em cheque prescrito,
ajuizada em face do emitente, dispensvel meno ao negcio jurdico subjacente emisso da
crtula. 2. No caso concreto, recurso especial parcialmente provido". ALMEJADO RECONHECIMENTO DE
CERCEAMENTO DE DEFESA. INACOLHIMENTO. ELEMENTOS DE PROVA SUFICIENTES FORMAO DO
CONVENCIMENTO DO MAGISTRADO. VALOR DO DBITO QUE SUPERA O DCUPLO DO MAIOR SALRIO
MNIMO VIGENTE POCA DA EMISSO DOS TTULOS. NECESSIDADE DE COMPROVAO DE QUITAO
ATRAVS DE DOCUMENTO HBIL. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE QUE SE AFIGURA CORRETO.
INEXISTNCIA DE NULIDADE. PRELIMINAR REPELIDA. NOTAS FISCAIS DENTRE OS TTULOS QUE EMBASAM
A LIDE. DOCUMENTOS DE DVIDA ANEXADOS AO CADERNO PROCESSUAL QUE SE AFIGURAM
INSTRUMENTOS HBEIS A PROPOSITURA PROCEDIMENTO MONITRIO. "[...]A jurisprudncia desta Corte
entende que 'a nota fiscal, acompanhada do respectivo comprovante de entrega e recebimento da
mercadoria ou do servio, devidamente assinado pelo adquirente, pode servir de prova escrita para
aparelhar a ao monitria'. NUS DE SUCUMBNCIA. PLEITO DE REDISTRIBUIO. MAGISTRADO QUE
ACOLHE EM PARTE OS EMBARGOS INJUNTIVOS, REBALIZANDO OS ADITAMENTOS INCIDENTES SOBRE A
DVIDA. MINORAO DO QUANTUM DEVIDO, TODAVIA, EM MONTANTE DIMINUTO. AUTORA QUE DECAI
DE PARTE MNIMA DE SEUS PEDIDOS. SENTENA QUE SE MOSTRA ACERTADA AO IMPOR A TOTALIDADE
DOS NUS DE SUCUMBNCIA R. APLICAO DO ART. 21, NICO. RECURSO
DESPROVIDO. Processo: 2012.078765-9. Relator: Des.
Jos
Carlos
Carstens
Khler.
Julgamento: 12/03/2013.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
18. MANDADO DE SEGURANA - CONCURSO PBLICO PARA O CARGO DE DEFENSOR PBLICO ESTADUAL
- CANDIDATO COMPROVADAMENTE DOADOR DE SANGUE - ISENO DO PAGAMENTO DA TAXA DE
INSCRIO - AUSNCIA DE REQUERIMENTO ESPECFICO PEDINDO A ISENO - IRRELEVNCIA EXIGNCIA DESARRAZOADA - APRESENTAO TEMPESETIVA DA DOCUMENTAO RESPECTIVA QUE
SUPRE O REQUERIMENTO BUROCRTICO EXPRESSO - ORDEM CONCEDIDA. Se ao realizar a inscrio no
concurso o candidato comprova, como exige a Lei Estadual 10.567/1997, a qualidade de doador de
sangue, com a apresentao de documento expedido pela entidade coletora discriminando o nmero e
a data em que foram realizadas as doaes, no inferior a trs (03) vezes anuais, na forma prevista na
legislao estadual e no Edital do Concurso, no pode a Administrao Pblica, por ser totalmente
desarrazoado, deixar de isent-lo do pagamento da taxa de inscrio sob o argumento de que ele no
apresentou o "requerimento pedindo a iseno da taxa", que deve ser considerado suprido pela
apresentao tempestiva da documentao respectiva, ainda mais em face da dvida gerada pela
norma
editalcia
a
respeito
da
questo. Processo: 2012.077813-1
Relator: Des.
Jaime
Ramos. Julgamento:27/02/2013. Classe: Mandado de Segurana.
19. MANDADO DE SEGURANA. CONCURSO PBLICO DE INGRESSO NA POLCIA CIVIL. ILEGITIMIDADE
PASSIVA DO GOVERNADOR DO ESTADO ADMITIDA. INEXISTNCIA DE DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR POR
OCASIO DA POSSE. PRETENSO DE VER-SE REMANEJADO PARA O FIM DA LISTA CLASSIFICATRIA.
IMPOSSIBILIDADE. AUSNCIA DE PREVISO NORMATIVA A ENDOSSAR O PLEITO. CANDIDATO, ADEMAIS,
J NOMEADO. PRECEDENTE DO GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO. ORDEM DENEGADA. "No h

previso legal, nem editalcia, que obrigue a Administrao Pblica a reposicionar o candidato aprovado
para o final da lista dos classificados no concurso pblico, a fim de que tenha a oportunidade de concluir
o ensino superior indispensvel posse. Todavia, ainda que se admita que o candidato aprovado em
concurso pblico tenha direito de ser reposicionado no final da lista dos candidatos classificados no
concurso pblico, o exerccio desse direito, de acordo com a doutrina e a jurisprudncia, deve ocorrer
antes da nomeao, porque, uma vez ocorrida esta, o candidato tem prazo, [...] nos termos da
legislao de regncia, para tomar posse e, se vier a renunciar a esta, no poder ser nomeado uma
segunda vez em relao ao mesmo concurso". Processo: 2012.051213-1. Relator: Des. Joo Henrique
Blasi. Julgamento: 27/02/2013.
Cmaras de Direito Pblico
20. TRIBUTRIO. EXECUO FISCAL. CITAO VIA POSTAL FRUSTRADA PORQUE NO LOCALIZADO O
DEVEDOR. INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE EXPEDIO DE MANDADO PARA QUE O OFICIAL DE JUSTIA
CERTIFIQUE SE A DEVEDORA NO EST MAIS ESTABELECIDA NO LOCAL E SE POSSUI BENS PASSVEIS DE
PENHORA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO PROVIDO. Certido emitida por oficial de justia
atestando "que a empresa devedora no mais funciona no endereo constante dos assentamentos da
junta comercial indcio de dissoluo irregular, apto a ensejar o redirecionamento da execuo para o
scio-gerente". Se irregularmente dissolvida a socedade empresria devedora e se frustrada a citao
pelo correio, impe-se o deferimento do pedido de expedio de mandato para que seja citada por
oficial de justia. Processo: 2012.073654-2. Relator: Des. Newton Trisotto. Julgamento:05/03/2013.
21. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PBLICO. CANDIDATO APROVADO E NOMEADO DENTRO DO NMERO
DE VAGAS PREVISTO NO EDITAL. LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL POSTERIOR QUE AGLUTINOU VRIOS
CARGOS SOB A MESMA DENOMINAO, INCLUSIVE AQUELE PARA O QUAL O AUTOR FOI APROVADO.
EXONERAO DO SERVIDOR PELA NOVA ADMINISTRAO SOB O ARGUMENTO DE QUE A REUNIO DE
CARGOS IMPLICARIA A UNIFICAO DAS LISTAS DE APROVADOS NO CERTAME. ILEGALIDADE.
VINCULAO AO EDITAL, BOA-F E DIREITO SUBJETIVO NOMEAO. PROVIMENTO DO RECURSO PARA
JULGAR PROCEDENTE O PEDIDO E DECLARAR NULO O ATO ADMINISTRATIVO, COM REINTEGRAO DO
DEMANDANTE NO CARGO, ASSEGURADO O DIREITO DE PERCEBER OS RESPECTIVOS VENCIMENTO E
VANTAGENS DO PERODO NO QUAL FICOU AFASTADO. "Dentro do prazo de validade do concurso, a
Administrao poder escolher o momento no qual se realizar a nomeao, mas no poder dispor
sobre a prpria nomeao, a qual, de acordo com o edital, passa a constituir um direito do concursando
aprovado e, dessa forma, um dever imposto ao poder pblico. Uma vez publicado o edital do concurso
com nmero especfico de vagas, o ato da Administrao que declara os candidatos aprovados no
certame cria um dever de nomeao para a prpria Administrao e, portanto, um direito nomeao
titularizado pelo candidato aprovado dentro desse nmero de vagas. [...]. "O dever de boa-f da
Administrao Pblica exige o respeito incondicional s regras do edital, inclusive quanto previso das
vagas do concurso pblico. Isso igualmente decorre de um necessrio e incondicional respeito
segurana jurdica como princpio do Estado de Direito. Tem-se, aqui, o princpio da segurana jurdica
como princpio de proteo confiana. Quando a Administrao torna pblico um edital de concurso,
convocando todos os cidados a participarem de seleo para o preenchimento de determinadas vagas
no servio pblico, ela impreterivelmente gera uma expectativa quanto ao seu comportamento segundo
as regras previstas nesse edital. Aqueles cidados que decidem se inscrever e participar do certame
pblico depositam sua confiana no Estado administrador, que deve atuar de forma responsvel quanto
s normas do edital e observar o princpio da segurana jurdica como guia de comportamento. Isso
quer dizer, em outros termos, que o comportamento da Administrao Pblica no decorrer do concurso
pblico deve se pautar pela boa-f, tanto no sentido objetivo quanto no aspecto subjetivo de respeito
confiana nela depositada por todos os cidados". "'O edital, considerado a lei do concurso, estabelece
um vnculo entre a administrao e os candidatos, de maneira que alteraes legislativas posteriores
que restrinjam os critrios do edital no se aplicam ao certame regido por lei anterior, sob pena de
ofensa ao princpio da segurana jurdica.'. Processo: 2010.034663-9. Relator:Des. Paulo Henrique
Moritz Martins da Silva. Julgador: Primeira Cmara de Direito Pblico. Julgamento: 05/03/2013.
Classe: Apelao Cvel.
22. RESPONSABILIDADE CIVIL. ATENDIMENTO MDICO-HOSPITALAR. MORTE DO PACIENTE. PRETENDIDA
INVERSO DO NUS DA PROVA. INVIABILIDADE. MAGISTRADO QUE, AO SANEAR O FEITO, AFASTA TAL

TCNICA DE INSTRUO, MAS DETERMINA A REALIZAO DE PERCIA, PARA POSTERIOR AVALIAO DE


OUTRAS MODALIDADES PROBATRIAS. DECISO QUE TAMBM INDICA AS FORMAS DE
RESPONSABILIDADE, OBJETIVA QUANTO AO HOSPITAL PBLICO (CF, ART. 37, 6) E SUBJETIVA EM
RELAO AO MDICO (CDC, ART. 14, 4). AUSNCIA DE PREJUZO NO EXERCCIO DO NUS PROBANDI,
POIS A HIPOSSUFICINCIA TCNICA DOS AUTORES SER SUPRIDA PELA PROVA PERICIAL, CUJOS
VALORES, INCLUSIVE, NO SUPORTARO, J QUE BENEFICIRIOS DA ASSISTNCIA JUDICIRIA. 1) "As
pessoas jurdicas de direito pblico so civilmente responsveis 'pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros' (CR, art. 37, 6). A responsabilidade objetiva, circunstncia que no
desonera o autor do nus de demonstrar o 'nexo causal entre o fato lesivo (comissivo ou omissivo) e o
dano, bem como o seu montante. comprovados esses dois elementos, surge naturalmente a obrigao
de indenizar. Para eximir-se dessa obrigao incumbir Fazenda Pblica comprovar que a vtima
concorreu com culpa ou dolo para o evento danoso. Enquanto no evidenciar a culpabilidade da vtima,
subsiste a responsabilidade objetiva da Administrao. Se total a culpa da vtima, fica excluda a
responsabilidade da Fazenda Pblica; se parcial, reparte-se o quantum da indenizao'. "Aos atos dos
mdicos aplica-se a teoria clssica que instituiu no ordenamento jurdico a responsabilidade civil
subjetiva, o que torna imprescindvel para haver condenao a averiguao da seguinte trilogia: (1) a
ao ou omisso dolosa ou culposa; (2) o prejuzo; e, (3) o liame de causalidade entre o dano e a
conduta ilcita. [...] "A prestao de servio mdico, salvo excees (v.g., cirurgia esttica, tratamentos
odontolgicos etc.), obrigao de meio e no de resultado, uma vez que a assegurao da cura ou da
melhora do paciente est limitada ao conhecimento cientfico humano e aos recursos que para tanto
podem ser disponibilizados". Processo: 2012.023770-7.Relator: Des. Paulo Henrique Moritz Martins da
Silva. Julgamento: 19/02/2013.
23. ADMINISTRATIVO. PROCESSO SELETIVO PARA CONTRATAO POR TEMPO DETERMINADO PARA
AGENTE COMUNITRIA DE SADE. PROVA DE TTULOS. CMPUTO DE TEMPO PRVIO DE SERVIO.
CRITRIO ANTI-ISONMICO. NULIDADE DA CLUSULA EDITALCIA E INVALIDAO DA PROVA DE TTULOS.
Considerar como nico critrio para prova de ttulos em processo seletivo o tempo prvio de servio na
municipalidade gera uma desigualdade desarrazoada entre os candidatos, afrontando os princpios da
igualdade, impessoalidade e moralidade administrativa. A supervalorizao arbitrria do critrio
discriminatrio contido no edital imputa a invalidao da clusula inconstitucional. ANULAO DE
QUESTO DA PROVA ESCRITA. CCANDIDATA QUE J TINHA ACERTADO A QUESTO. NOTA DA AUTORA
INALTERADA. Quando da anulao de questes da prova escrita em processo seletivo, aproveita-se o
ponto para todos os candidatos, salvo queles que haviam, desde o incio, acertado a pergunta.
MUDANA NA ORDEM DE CLASSIFICAO. DIREITO NOMEAO QUE SE IMPE. PEDIDO DE
RECEBIMENTO DOS VENCIMENTOS. IMPOSSIBILIDADE. "Comprovada a aprovao no certame dentro do
nmero de vagas constante no edital e tendo expirado o prazo de validade do concurso pblico, possui
o candidato direito lquido e certo nomeao. que, para a criao do cargo pblico, j houve a prvia
necessidade de dotao oramentria, incidindo, pois, os princpios da lealdade, da boa-f
administrativa e da segurana jurdica, a converter a mera expectativa em direito subjetivo. A
nomeao, no prazo de validade do certame, em desrespeito ordem classificatria gera direito
subjetivo ao aprovado. Apesar disso, no cabe autora o direito indenizao pelos vencimentos no
percebidos, tendo em vista que no h se falar em pagamento de valores ou contagem de tempo de
servio referentes a um perodo em que a autora no laborou. DANOS MORAIS. EDITAL ILCITO.
DESOBEDINCIA AOS PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS. FRUSTRAO NOMEAO. INDENIZAO
DEVIDA. Em contrapartida, uma vez presentes os requisitos da responsabilidade civil, inegvel o dever
de indenizar por parte do Estado. SENTENA DE PARCIAL PROCEDNCIA REFORMADA NO QUE DIZ
RESPEITO ALTERAO DA NOTA DA PROVA ESCRITA DA AUTORA, AOS DANOS MORAIS E AOS
HONORRIOS
ADVOCATCIOS.
APELOS
PROVIDOS
EM
PARTE.
REMESSA
DESPROVIDA. Processo: 2008.048689-5. Relator: Des.
Francisco
Oliveira
Neto.
Julgamento: 26/02/2013. .
24. ADMINISTRATIVO - CONCURSO PBLICO - CANDIDATO APROVADO FORA DO NMERO DE VAGAS DESISTNCIAS, EXONERAES E DEMISSES DE CANDIDATOS CONVOCADOS - VAGAS SURGIDAS
DURANTE O PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO - MANIFESTAO INEQUVOCA DE INTERESSE E
NECESSIDADE DE PREENCHIMENTO DA VAGA PELA ABERTURA DO EDITAL CONCURSO - DIREITO

NOMEAO. A abertura de um concurso pblico e a respectiva homologao do resultado faz nascer


tanto o direito subjetivo nomeao do candidato classificado dentro do nmero de vagas previsto no
edital, quanto o dever de a Administrao Pblica nomear os aprovados nos cargos a respeito dos quais
deliberadamente anunciou no s vagos como necessrios de serem providos. Em outras palavras, ela
disse que precisava de mo-de-obra para concretizar os seus objetivos. Por outro lado, pode a
Administrao Pblica utilizar-se inteiramente do prazo de validade do concurso para efetuar a
nomeao, mas o ato denegatrio deve ter motivo razovel para tanto. Assim, verificado o surgimento
de vaga em razo de desistncia, demisso ou exonerao de candidatos convocados para o
desempenho da funo pblica, impe-se o chamamento dos demais candidatos classificados, ainda
que fora do nmero inicial de vagas previstas, especialmente quando inexistente uma situao
excepcional que torne impossvel ou no recomendvel nomeao. Processo: 2012.0782673. Relator: Des. Czar Medeiros Julgamento: 26/02/13
Turmas de Recursos
25. RECURSO INOMINADO - RELAO COMERCIAL - PROTESTO INDEVIDO DE TTULO - ATUAO
CULPOSA - DESINTELIGNCIA - ATO ILCITO - DANO MORAL PRESUMIDO - QUANTUM INSIGNIFICANTE RECURSO DO AUTOR PROVIDO PARA MAJORAR A INDENIZAO - RECURSO DA R DESPROVIDO. 1. O
protesto de ttulo de crdito deve ser precedido de prudncia e cautela por aquele que busca a
cobrana do dbito, sob pena de caracterizar ato ilcito. 2. A tese aventada pela r de que compete ao
devedor a baixa do protesto, no se verifica no presente caso. que o protesto no foi regularmente
lavrado, mas sim absolutamente indevido, proveniente de ato ilcito, razo pela qual o causador do
dano diretamente responsvel pela demora no seu cancelamento, ainda que este possa tambm ser
feito pelo devedor, uma vez que dever do autor do dano, sempre que possvel, buscar a mitigao dos
efeitos decorrentes do ato ilcito. 3. O dano moral advindo do protesto indevido de ttulo ou da inscrio
indevida do nome do suposto devedor nos cadastros restritivos de crdito consubstanciado in re ipsa,
ou
seja,
independe
de
comprovao,
porque
presumido.Processo: 070142434.2011.8.24.0090. Julgamento: 07/03/2013. Classe: Recurso Inominado.

26. DANOS MORAIS. ABORDAGEM INDEVIDA CINEMA PARA VERIFICAO BILHETE. CONSTRANGIMENTO
DESNECESSRIO. EXAME QUE DEVE SER REALIZADA NO MOMENTO DO INGRESSO OU EM LOCAL
DISCRETO. SENTENA CONDENATRIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2012.1017216. Relator:Juiz Paulo Marcos de Farias. Origem: Capital. rgo Julgador: Primeira Turma de Recursos
- Capital. Julgamento: 07/03/2013.
27. RECURSO INOMINADO - AO DE REPARAO DE DANOS - AQUISIO DE VECULO AUTOMOTOR
USADO - NEGCIO ENTRE PARTICULARES - RELAO DE CONSUMO NO CONFIGURADA -- SURGIMENTO
DE PROBLEMA EM CAIXA DE CMBIO - VCIO OCULTO - DESGASTE PRESUMIDO - NECESSIDADE DE
CAUTELA NO MOMENTO DA COMPRA - OMISSO NO DEVER DE CAUTELA, TANTO PELA VENDEDORA, QUE
NO USOU O VECULO, ADQUIRIDO DE TERCEIRO, QUANTO PELA COMPRADORA - DISPONIBILIZAR-SE,
POR E-MAIL, A BUSCAR SOLUO AO PROBLEMA NO IMPORTA EM ADMISSO DE CULPA - AUSNCIA DE
COMPROVAO DO CONHECIMENTO DO VCIO PELO VENDEDOR -- M-F NO EVIDENCIADA RESSARCIMENTO
INDEVIDO
-RECURSO
CONHECIDO
E
PROVIDO. Processo: 2012.7010531. Relator: Juiz Osmar Mohr. Origem: Cambori. rgo Julgador: Stima Turma Recursos Itaja. Julgamento: 04/03/2013.
28. RECURSO INOMINADO - EXECUO DE SENTENA - NO CUMPRIMENTO DE ANTECIPAO DE
TUTELA - PLEITO DA PARTE RECORRENTE PELA IMPOSIO DA MULTA PREVISTA NO ART. 475-J DO CPC IMPOSSIBILIDADE - LIMINAR QUE RESTOU REVOGADA EM SEDE DE SENTENA - AUSNCIA DE TTULO
EXECUTIVO QUE FUNDAMENTE O PAGAMENTO - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO - SENTENA
CONFIRMADA POR SEUS PRPRIOS FUNDAMENTOS - ART. 46 DA LEI N. 9.099/95. Cita-se precedente do
Egrgio Superior Tribunal de Justia que confirma o presente julgado: "PROCESSO CIVIL. EXECUO DE
OBRIGAO DE FAZER. ANTECIPAO DE TUTELA. MULTA COMINATRIA. CPC, ART. 461, 3 E 4. NO
CUMPRIMENTO. SENTENA DE IMPROCEDNCIA SUPERVENIENTE. INEXIGIBILIDADE DA MULTA FIXADA EM
ANTECIPAO DE TUTELA. I - A antecipao dos efeitos da tutela, conquanto produza efeitos imediatos

poca do deferimento, possui a natureza de provimento antecipatrio, no aguardo do julgamento


definitivo da tutela jurisdicional pleiteada, que se d na sentena, de modo que, no caso de
procedncia, a antecipao resta consolidada, produzindo seus efeitos desde o momento de execuo
da antecipao, mas, sobrevindo a improcedncia, transitada em julgado, a tutela antecipada perde
eficcia, cancelando-se para todos os efeitos, inclusive quanto a multa aplicada (astreinte). II - O
instituto da antecipao da tutela implica risco para autor e ru, indo conta e risco de ambos as
consequncias do cumprimento ou do descumprimento, subordinado procedncia do pedido no
julgamento definitivo, que se consolida ao trnsito em julgado. III - A multa diria fixada
antecipadamente ou na sentena, consoante CPC, art. 461, 3 e 4 s ser exigvel aps o trnsito
em julgado da sentena que julga procedente a ao, sendo devida, todavia, desde o dia em que se deu
o descumprimento. IV - Recurso Especial improvido.". Processo:2012.700967-9. Relator: Juiz Carlos
Roberto da Silva. Julgamento: 04/03/2013.Classe: Recurso Inominado

Edio n. 7 de 30 de Abril de 2013.


rgo Especial
1.Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razes de segurana
jurdica ou de excepcional interesse social, poder o Tribunal de Justia modular os efeitos da
declarao.
2. competncia da Vara de Direito Bancrio processar e julgar ao de busca e apreenso, respaldada
nas disposies do Decreto-lei n. 911/69
3.Os critrios determinados pelo Conselho Nacional de Justia para a promoo por merecimento de
Magistrados no se estendem aos membros do Ministrio Pblico que se submetem s normas do CNMP.
Seo Criminal
4.Autodenominao falsa feita pelo verdadeiro autor do delito, que, mediante a prtica do crime de
falsa identidade, passou-se por terceira pessoa, a qual restou indevidamente condenada, no importa
em responsabilizao do Estado.
5.Inexiste previso legal de concesso de liminar em reviso criminal para obstar o incio do
cumprimento da pena decorrente de deciso condenatria transitada em julgado.
6.A prtica do narcotrfico h pelo menos trs meses evidencia o envolvimento na atividade criminosa,
o que impede a aplicao da causa especial de diminuio de pena prevista no artigo 33, 4, da Lei n.
11.343/06.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
7.Havendo a possibilidade de a parte receber complemento da indenizao do seguro obrigatrio e
inexistindo documento que permita averiguar o grau de sua invalidez, faz-se necessrio submete-la a

percia, como forma de calcular o correto valor da indenizao.


Grupo de Cmaras de Direito Comercial
8.O mero agendamento bancrio do recolhimento do preparo do recurso, debitado posteriormente sua
interposio caracteriza a desero, eis que no permitida comprovao posterior da respectiva
quitao.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
9.A competncia para a prtica de concesso, renncia e anulao de aposentadoria resguardada ao
rgo pblico em que se deu a aposentao, limitando-se a atuao do IPREV apurao da
regularidade da benesse concedida aos seus segurados.
10.A exigibilidade de tributo referente ao servio de iluminao pblica devida ainda que a residncia
do contribuinte, proprietrio ou no do imvel, localize-se em rea no servida de iluminao pblica.
Cmaras de Direito Criminal
11. vedado ao magistrado de primeiro grau revogar deciso judicial anterior que recebeu a denncia
ou a queixa.
12.No obstante a inexistncia de coabitao, se agente e ofendida mantiveram relao ntima de afeto
e de convivncia, eventual violncia por aquele praticada dever ser submetida aos ditames da Lei
Maria da Penha.
13.A circunstncia de o infrator, adolescente poca do fato, ter atingido a maioridade civil ou penal
no repercute no deslinde da apurao de ato infracional.
14. possvel - a falta de vedao expressa - trabalho externo preso em empresa privada, s/ vigilncia
direta e permanente.
15.Em processo que se apura o cometimento de infrao penal de menor potencial ofensivo em que foi
observado o rito da Lei n. 9.099/95, eventual recurso dever ser dirigido Turma de Recursos.
Cmaras de Direito Civil
16.Preenchidos os critrios legais configuradores da responsabilidade alimentar do av, este deve
prestar alimentos a neto de pai falecido.
17.Havendo fundada dvida quanto real valor da propriedade penhorada, faz-se necessria a realizao
de nova avaliao.
18.No h como obrigar os sites de buscas "a banir 'palavras-chave' a bel-prazer daquele que se sente
ofendido", sob pena de "reprimir o direito da coletividade informao".
19.Anula-se o negcio jurdico em que uma das partes se aproveita dolosamente da ignorncia alheia,
retornando as partes ao status quo ante, com a devoluo dos valores pagos pelo comprador.
20.Resoluo do Conselho Federal de Medicina no possui fora cogente suficiente para impedir
realizao de cirurgia de transgenitalismo, quando caracterizada a "exigncia mdica" a que alude o
artigo 13 do Cdigo Civil.
21.A perda de mercadoria em face da Receita Federal em virtude de suposta inidoneidade da nota fiscal
emitida pelo comerciante, enseja resciso contratual e indenizao por danos morais e materiais.
22.Laboratrios de anlises clnicas tm a obrigao de bem instruir os exames que realizam, devendo
ficar consignado informaes relevantes com vistas a estabelecer corretamente as condies de sade
do paciente.
Cmaras de Direito Comercial
23.No obstante a sociedade de economia mista esteja legitimada, em tese, propositura da ao civil
pblica, no se afasta obrigao de comprovar, quando da sua interposio, todos os pressupostos de
admissibilidade ao seu manejo.
24.Verificado que a intimao pessoal do autor realizou-se na forma de carta com aviso de recebimento
no endereo informado na petio inicial, e que esta foi devolvida sem cumprimento, com a informao
"mudou-se", considera-se realizada e vlida a intimao.
25. desnecessria a juntada do documento fiscal vinculado operao quando a execuo estiver
aparelhada por cheque, ou seja, ttulo de crdito por definio legal que dispensa comprovao da
causa que lhe deu origem.
26.No se conhece do recurso de apelao cujas razes so simplesmente cpia da contestao.
27.Em se tratando de penhora sobre bem imvel a intimao do cnjuge imprescindvel e sua a
ausncia gera nulidade dos atos posteriores constrio.
28.A torpeza bilateral inviabiliza pedido de anulao de negcio jurdico se h aparente licitude e boa-f
do terceiro.

Cmaras de Direito Pblico


29.A expectativa de direito do candidato aprovado em concurso pblico classificado fora do nmero de
vagas dispostas no edital se convalida em direito subjetivo caso comprovada a preterio da ordem
classificatria na convocao ou a contratao irregular de servidor para exerccio da funo.
30.A circunstncia de que o cnjuge no tenha sido o responsvel pela nomeao da esposa para cargo
de confiana em prefeitura municipal irrelevante, fato que por si s caracteriza nepotismo.
31.O valor da indenizao por desapropriao indireta deve ser contemporneo data da avaliao
judicial, no sendo relevante a data em que ocorreu a imisso na posse, tampouco a data em que se
deu a vistoria do expropriante.
32.A concessionria exploradora de rodovia deve indenizar motorista por acidente de trnsito
ocasionado por animal de grande porte que invadiu a pista de rolamento.
33.O mero apontamento da indicao de ttulo a protesto no capaz de por si s gerar abalo moral.
Turmas de Recursos
34.A fraude perpetrada por terceiro na abertura de credirio responsabilidade do estabelecimento
comercial.
35. legal a determinao judicial relativa incidncia de imposto de renda sobre o valor das astreintes
revertidas em favor da parte em razo de descumprimento de ordem judicial.
rgo Especial
1. ADI. ILEGITIMIDADE ATIVA DO COORDENADOR DO CECCON. PRELIMINAR AFASTADA. LEI N. 3.513/00
DE ITAJA, QUE REDEFINIU ESTRUTURA ADMINISTRATIVA E QUADRO DO PORTO DE ITAJA. CRIAO DE
CARGOS COMISSIONADOS EM DESACORDO OS LIMITES DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL (ART. 21, I E
IV DA CESC/89). INCONSTITUCIONALIDADE EM PARTE DA LEI. RECONHECIMENTO, EFEITOS A PARTIR 6
MESES APS O TRNSITO EM JULGADO. CONCESSO DE GRATIFICAO PARA TITULAR DO CARGO
COMISSIONADO, ALM DO RESPECTIVO VENCIMENTO. OFENSA AO PRINCPIO DA MORALIDADE
ADMINISTRATIVA (ART. 16 DA CESC/89). RECONHECIMENTO. INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA,
COM EFEITOS A PARTIR DO TRNSITO EM JULGADO. "Inadmissvel acolher-se preliminar de ilegitimidade
ativa 'ad causam' de membro do Ministrio Pblico de Segundo Grau, designado como CoordenadorGeral do Centro de Apoio Operacional do Controle de Constitucionalidade, ao qual foi atribuda por
delegao do Procurador-Geral de Justia, com arrimo nas Constituies Federal e Estadual, a funo de
propor ao direta de inconstitucionalidade." . Contraria o disposto no artigo 21, I e IV, da Constituio
do Estado de Santa Catarina, a Lei que autorize o provimento em comisso de cargos que no se
destinem s atribuies de direo, chefia ou assessoramento, e que no exijam relao de confiana e
sintonia ideolgica entre o agente nomeante e o servidor nomeado. Considerando-se que a criao do
cargo comissionado somente se conforma com os limites da Constituio quando se destinar s
atribuies de direo, chefia e assessoramento, a instituio de gratificao pelo exerccio dessas
mesmas atribuies, que j so remuneradas pelo respectivo vencimento, atenta contra a moralidade
administrativa. Nos termos do artigo 17 da Lei 12.069/01, "ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo, e tendo em vista razes de segurana jurdica ou de excepcional interesse social, poder
o Tribunal de Justia, por maioria de dois teros de seus membros, restringir os efeitos daquela
declarao ou decidir que ela s tenha eficcia a partir de seu trnsito em julgado ou de outro momento
que venha a ser fixado". Processo: 2010.045619-8. Relator: Des. Salim Schead dos Santos. Julgamento:
20/03/2013.
2. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA. AO DE BUSCA E APREENSO (DL 911/69). CESSO DOS
CRDITOS CONTRATUAIS AO FUNDO DE INVESTIMENTOS EM DIREITOS CREDITRIOS NO
PADRONIZADOS PELA INSTITUIO FINANCEIRA. NDOLE BANCRIA DO CONTRATO QUE VINCULA A
ENTIDADE FINANCIADORA S GARANTIAS DA ALIENAO FIDUCIRIA SOBRE O VECULO OBJETO DO
CONTRATO. MATRIA AFETA VARA DE DIREITO BANCRIO. CONFLITO ACOLHIDO. de se definir, em
favor da Vara de Direito Bancrio, a competncia para o processamento e julgamento de ao de busca
e apreenso, respaldada nas disposies do Decreto Lei n. 911/69, a Vara de Direito Bancrio, mesmo
na hiptese de haver a instituio financeira cedido os crditos contratuais empresa de natureza no
bancria, mormente quando, como na hiptese, permanece quela vinculada ao contrato pela alienao
fiduciria instituda em seu favor sobre o veculo financiado. Processo: 2012.088070-4. Relator: Des.
Trindade dos Santos..

3. MANDADO DE SEGURANA - MINISTRIO PBLICO ESTADUAL - PROMOTOR DE JUSTIA - PROMOO


POR MERECIMENTO - FORMAO DA LISTA TRPLICE - CLCULO DA PRIMEIRA QUINTA PARTE DA LISTA DE
ANTIGUIDADE (ART. 93, INCISO II, ALNEA "B", DA CF/1988) - RESULTADO FRACIONRIO - FRAO MENOR
DO QUE 0,5 - ARREDONDAMENTO PARA BAIXO - RESOLUO NESSE SENTIDO TOMADA PELO CONSELHO
SUPERIOR DO MINISTRIO PBLICO DE SANTA CATARINA - RAZOABILIDADE - AUSNCIA DE CRITRIO
LEGAL OU CONSTITUCIONAL DEFINIDO - PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO JULGADO
IMPROCEDENTE PELO CONSELHO NACIONAL DO MINISTRIO PBLICO - DIREITO LQUIDO E CERTO
INEXISTENTE - ORDEM DENEGADA - LITIGNCIA DE M-F - INOCORRNCIA. Na ausncia de critrio
legal, constitucional ou regulamentar superior, sobre o arredondamento do resultado fracionrio do
clculo da quinta parte da lista de antiguidade para formao da lista trplice de promoo por
merecimento de Promotor de Justia, nada impede que o Conselho Superior do Ministrio Pblico do
Estado de Santa Catarina estabelea a regra de arredondamento para menor quando a frao for menor
do que cinco dcimos (0,5) e para maior quando igual ou superior a isso, como o fez genericamente em
momento bem anterior ao caso concreto, e passou a aplicar a todos os casos, no cabendo ao Poder
Judicirio imiscuir-se nessa deliberao "interna corporis", mormente se o critrio adotado foi aprovado
pelo Conselho Nacional do Ministrio Pblico ao julgar improcedente o respectivo procedimento de
controle administrativo, de sorte que no h direito lquido e certo amparvel por meio de mandado de
segurana ao arredondamento sempre para mais. O caso no se equipara ao preenchimento de vagas
em Tribunais destinadas ao quinto constitucional, cuja disciplina foi orientada em sentido distinto pelo
Supremo Tribunal Federal. Os critrios determinados pelo Conselho Nacional de Justia para a promoo
por merecimento de Magistrados no se estendem aos membros do Ministrio Pblico que se submetem
s normas do Conselho Nacional do Ministrio Pblico. Processo: 2012.068375-3. Relator: Des. Jaime
Ramos. Julgamento: 03/04/2013. Classe: Mandado de Segurana.
Seo Criminal
4. REVISO CRIMINAL. PEDIDO DE DESCONSTITUIO DA SENTENA CONDENATRIA. CONDENAO DE
PESSOA CERTA, MAS IDENTIFICADA SOB O NOME DE OUTREM. AUTODENOMINAO FALSA FEITA PELO
SUJEITO PASSIVO. LAUDO PERICIAL REALIZADO EM SEDE DE JUSTIFICAO CRIMINAL COMPROVANDO
SER O REQUERENTE PESSOA DIVERSA DAQUELA QUE PRATICOU O DELITO DE ROUBO DUPLAMENTE
CIRCUNSTANCIADO (ART. 157, 2, I E II DO CP). NO CONHECIMENTO. APLICAO, TODAVIA, DO
DISPOSTO NO ART. 259 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. CONCESSO DE HABEAS CORPUS DE OFCIO
PARA EXCLUSO DO NOME DO REQUERENTE DO POLO PASSIVO DA RELAO PROCESSUAL, BEM COMO
DE TODOS OS REGISTROS CRIMINAIS EXISTENTES EM SEU NOME QUE SE REFIRAM A ESSES AUTOS, SEM
PREJUZO DOS ATOS PRECEDENTES, INCLUSIVE DA SENTENA CONDENATRIA. INCLUSO, NO LUGAR,
DO NOME CORRETO DO AGENTE, QUANDO CONHECIDA A SUA QUALIFICAO. RECONHECIMENTO DE
ERRO JUDICIRIO E DO DIREITO JUSTA INDENIZAO. PLEITO INDEFERIDO. ERRO DE IDENTIFICAO
OCASIONADO POR TERCEIRA PESSOA QUE NO PODE SER IMPUTADO AO ESTADO. Processo:
2012.081602-2. Relatora: Des. Marli Mosimann Vargas. Origem: Capital. rgo Julgador: Seo Criminal.
Data de Julgamento: 27/03/2013. Classe: Reviso Criminal.
5. AGRAVO REGIMENTAL EM REVISO CRIMINAL. RECURSO INTERPOSTO CONTRA DECISO QUE
INDEFERIU O PEDIDO LIMINAR. POSTULADA SUSPENSO DOS EFEITOS DA SENTENA CONDENATRIA
TRANSITADA EM JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO QUE NO POSSUI
PREVISO LEGAL. INEXISTNCIA DE MANIFESTA ILEGALIDADE NA DECISO COMBATIDA. DECISO
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2013.009758-4/0001.00 (Acrdo). Relatora: Des. Cinthia
Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer.
6. EMBARGOS INFRINGENTES. TRFICO DE DROGAS. APLICAO DO REDUTOR PREVISTO NO 4 DO
ARTGIO 33 DA LEI N. 11.343/2006. DEDICAO ATIVIDADE CRIMINOSA. INDICATIVOS DA PRTICA
REITERADA, POR MESES, DO NARCOTRFICO. NO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS CUMULATIVOS.
EMBARGOS REJEITADOS. Processo: 2012.087346-2 (Acrdo). Relator: Des. Jos Everaldo Silva.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
7. EMBARGOS INFRINGENTES. SEGURO OBRIGATRIO. INVALIDEZ PERMANENTE PARCIAL. SINISTRO
OCORRIDO APS A LEI N. 11.945/2009, QUE TROUXE NOVOS PARMETROS PARA REGULAR A MATRIA.
APLICAO DA TABELA QUE PREV O PERCENTUAL DA INDENIZAO CONFORME A GRADUAO DA

INVALIDEZ APURADA. PEDIDO DE PAGAMENTO INTEGRAL DA INDENIZAO. DEFERIMENTO A MENOR.


POSSIBILIDADE. PRETENSO INICIAL DE COMPLEMENTAO DO VALOR SECURITRIO. ENTRETANTO,
LAUDO PERICIAL QUE NO ESPECIFICOU A EXTENSO DOS DANOS PERMANENTES QUE ATINGIRAM O
COTOVELO ESQUERDO DA DEMANDANTE. NECESSIDADE DE REALIZAO DE PERCIA PARA VERIFICAR A
EXTENSO DA INVALIDEZ E ASSIM APURAR O EFETIVO VALOR DEVIDO. REMESSA DOS AUTOS ORIGEM.
DECISO REFORMADA. RECURSO PROVIDO PARA PREVALNCIA DO VOTO VENCIDO. Processo:
2012.071817-3. Relatora: Des. Maria do Rocio Luz Santa Ritta. Julgamento: 10/04/2013. Embargos
Infringentes.
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
8. AO RESCISRIA. EMBARGOS OPOSTOS EXECUO DE NOTA PROMISSRIA. ACRDO DESTE
AREPAGO QUE CONFERIU PROVIMENTO AO AGRAVO RETIDO E APELAO OFERTADOS PELO
DEVEDOR A FIM DE RECONHECER A INEXIGIBILIDADE DA CRTULA E INVERTER OS NUS
SUCUMBENCIAIS. AUSNCIA DE INDICAO DA DATA DE EMISSO DO TTULO. DECISO DA EG. QUARTA
CMARA DE DIREITO COMERCIAL QUE NO OBSERVOU O CONTIDO NO ART. 511 DO CPC, REFERENTE AO
PAGAMENTO DO PREPARO. COMPETNCIA DO TJSC FIRMADA. Em suma: a competncia para o
processamento e julgamento da ao rescisria pertence ao Tribunal de Justia local se a causa de pedir
nela suscitada no coincidir com a matria decidida pelo STJ em sede do agravo previsto no art. 544 do
CPC. Aplicao analgica da Smula 515 do STF. DECADNCIA NO CONFIGURADA. Nos termos da
Smula 401 do STJ, "o prazo decadencial da ao rescisria s se inicia quando no for cabvel qualquer
recurso do ltimo pronunciamento judicial". IMPOSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO. FALTA DE
REQUISITO LEGAL PARA A PROPOSITURA DA DEMANDA. PREFACIAL AFASTADA. rescindvel o acrdo
que implicitamente deu por satisfeito o requisito previsto no caput do art. 511 do CPC, alusivo ao
recolhimento do preparo no mesmo ato da interposio da apelao. CARNCIA DE AO EM VIRTUDE
DE REEXAME DE PROVA. PRELIMINAR REFUTADA. Com base no brocardo iuria novit curia - o Tribunal
conhece o Direito -, o fundamento jurdico que ampara a pretenso inaugural reside no inc. V do art.
485 do CPC, e no no chamado erro de fato (inc. IX), motivo por que o autor no busca, com a
rescisria, reexame de qualquer prova. ILEGITIMIDADE PASSIVA DOS PATRONOS DO VENCEDOR DA LIDE
CUJA DECISO COLEGIADA OBJETO DA PRETENSO DE DESCONSTITUIO. REJEIO DA PROEMIAL.
So partes legtimas passivas em ao rescisria todos aqueles que porventura sejam atingidos em
caso de procedncia da desconstituio do objeto da demanda. MRITO. INTERPOSIO DE APELAO
SEM A DEVIDA COMPROVAO DO RECOLHIMENTO DO PREPARO NO ATO. DESERO QUE SE VERIFICA
COM ALICERCE EM VIOLAO LITERAL DE DISPOSIO DE LEI. ART. 511 DO CPC INOBSERVADO PELA EG.
CMARA ISOLADA. "[...] Nos termos do art. 511 do CPC, o preparo do recurso deve ser comprovado no
ato de sua interposio, no se admitindo a mera juntada do comprovante de agendamento, que faz a
ressalva de que no houve a quitao da transao [...]". No permitida, de outro vrtice, a
comprovao posterior da quitao do preparo, dada a precluso consumativa a partir do ato de
interposio do recurso. JUZOS RESCINDENS E RESCISSORIUM QUE SE ACOLHEM COM FUNDAMENTO
NOS ARTS. 485, V, E 494 DO CPC. Processo: 2012.083883-9 (Acrdo). Relator: Des. Ricardo Fontes.
Julgamento: 10/04/2013.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
9. MANDADO DE SEGURANA. SERVIDOR PBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ CONCEDIDA PELA
ALESC H MAIS DE TRINTA ANOS. PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO PRESIDENTE DO IPREV
AFASTADA. MRITO. REVERSO DO ATO APS A CONSTATAO DA INSUBSISTNCIA DOS MOTIVOS QUE
LHE DERAM ENSEJO. IMPOSSIBILIDADE. EXEGESE DA LEI N. 4.425/1970 (ESTATUTO DOS SERVIDORES),
VIGENTE POCA, EM ATENO AO PRINCPIO DO TEMPUS REGIT ACTUM. SERVIDOR COM MAIS DE 60
ANOS DE IDADE. CIRCUNSTNCIA IMPEDE O RETORNO ATIVIDADE. INTELIGNCIA ART. 79, 1, "A", DA
LEI N. 4.425/1970. AUSNCIA, ADEMAIS, DE INSTAURAO DO COMPETENTE PROCESSO NO MBITO DA
ALESC. ILEGALIDADE MANIFESTA DO ATO APONTADO COMO COATOR. CONCESSO DA SEGURANA.
Processo: 2012.042883-4). Relator: Des. Jos Volpato de Souza.
10. REPETIO DE INDBITO. TIP E COSIP. PRESCRIO QUINQUENAL. CONDENAO J RESTRITA AOS
PAGAMENTOS DOS LTIMOS CINCO ANOS E VIGNCIA APENAS DA CONTRIBUIO. PREJUDICIAL
IRRELEVANTE. APELO NO CONHECIDO NESSE PONTO. DENUNCIAO DA LIDE EMPRESA
FORNECEDORA DE ENERGIA ELTRICA. DESCABIMENTO. MERA ARRECADADORA DOS TRIBUTOS.

PRECEDENTES. INPCIA DA INICIAL. AUSNCIA DE DOCUMENTOS SUPOSTAMENTE INDISPENSVEIS.


EXAO E PAGAMENTOS INCONTROVERSOS. POSSIBILIDADE DE LIQUIDAR VALORES POSTERIORMENTE.
PRELIMINAR REJEITADA. RESIDNCIA DO CONTRIBUINTE LOCALIZADA EM REA NO SERVIDA DE
ILUMINAO PBLICA. ALEGADA INEXIGIBILIDADE DOS TRIBUTOS REFERENTES AO SERVIO.
DESCABIMENTO. ILUMINAO OFERECIDA EM REAS DE USO COMUM, AINDA QUE NO NO
LOGRADOURO EM QUE RESIDE A CONTRIBUINTE. INVIABILIDADE DA REPETIO. "[...] O que objetivou a
norma constitucional autorizadora da instituio da COSIP a contribuio solidria dos consumidores
de energia eltrica, para a manuteno do servio de iluminao pblica usufrudo por todos que com
ela tenham contato, independentemente de serem ou no proprietrios ou possuidores de imveis
diretamente servidos por tal melhoramento pblico". RECURSO CONHECIDO EM PARTE E, NESTA,
PROVIDO. Processo: 2011.089175-9. Relator: Des. Jorge Luiz de Borba. Julgamento: 10/04/2013.
Cmaras de Direito Criminal
11. PROCESSO PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (CPP, ART. 581, I). REJEIO DE DENNCIA J
RECEBIDA ANTERIOR. IMPOSSIBILIDADE DO MAGISTRADO DE PRIMEIRO GRAU REVOGAR DECISO
JUDICIAL DE COLEGA DA MESMA HIERARQUIA. INCOMPETNCIA FUNCIONAL VERIFICADA. ATO
ARBITRRIO VEDADO EM RAZO DA PRECLUSO PRO JUDICATO. NECESSRIA OBSERVNCIA AO
POSTULADO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. ERROR IN PROCEDENDO CONFIGURADO. DECISO
REFORMADA. - Constitui erro de procedimento, em flagrante descompasso com o rito processual penal,
a rejeio da denncia que j havia sido recebida anteriormente. - O magistrado de primeiro grau,
titular ou no da unidade jurisdicional, no detm ascendncia funcional que lhe conceda atribuio
legal para revogar deciso judicial anterior proferida pelo colega. Matria preclusa no Juzo,
incompetncia funcional verificada. Recurso conhecido e provido. Processo: 2013.013331-6. Relator:
Des. Carlos Alberto Civinski. Julgamento: 09/04/2013.
12. CONFLITO NEGATIVO DE JURISDIO ENTRE O JUZO COMUM E O JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL.
INQURITO POLICIAL INSTAURADO EM RAZO DA PRTICA, EM TESE, DE DELITO DE AMEAA COMETIDO
PELO INFRATOR CONTRA EX-NAMORADA, COM QUEM CONVIVERA POR 03 (TRS) ANOS. NAMORO
ESTVEL. CARACTERIZADA RELAO NTIMA DE AFETO E CONVIVNCIA. CONFIGURADA VIOLNCIA
DOMSTICA, NOS TERMOS DO ART. 5, III, DA LEI. 11.340/06. INCIDNCIA DA LEI MARIA DA PENHA
HIPTESE. AFASTADA A COMPETNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS. COMPETNCIA DO JUZO
COMUM (SUSCITADO) PARA O PROCESSAMENTO DO FEITO. CONFLITO PROCEDENTE. irrelevante, para
a caracterizao da violncia domstica, o ttulo conferido ao relacionamento pelas autoridades estatais
ou mesmo pelas partes envolvidas - se namoro, noivado, unio estvel ou outros. Importa, sim, a
situao ftica vivenciada por agressor e vtima. Se, no obstante a inexistncia de coabitao, agente
e ofendida mantenham, ou tenham vivenciado, relao ntima de afeto e de convivncia, eventual
violncia por aquele praticada dever ser submetida aos ditames da Lei Maria da Penha. Processo:
2013.011776-9 (Acrdo). Relator: Des. Paulo Roberto Sartorato..
13. APELAO CRIMINAL. ATO INFRACIONAL ANLOGO AO CRIME DE ROUBO (ART. 157, 2, I E II, DO
CDIGO PENAL). DECISO QUE DECRETOU A EXTINO DO PROCESSO EM RELAO A UM DOS
AGENTES, EM VIRTUDE DO ALCANCE DA MAIORIDADE CIVIL E PENAL. INVIABILIDADE. IMPOSIO DE
MEDIDA SCIO-EDUCATIVA QUE TEM POR BASE A IDADE DO INFRATOR NA DATA DA INFRAO.
POSSIBILIDADE, ADEMAIS, DE CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA AT QUE O AGENTE
COMPLETE 21 (VINTE E UM) ANOS. INTELIGNCIA DOS ARTS. 2, 104 E 121 ECA. PRECEDENTES.
DECISO CASSADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. CONTRARRAZES. FIXAO DE HONORRIOS.
VIABILIDADE. DEFENSOR NOMEADO PARA ATUAR NA SEGUNDA INSTNCIA. ARBITRAMENTO DE URH'S
EFETUADO CONFORME LC 155/1997. Processo: 2012.068487-2. Relator: Des. Volnei Celso Tomazini.
Julgamento: 09/04/2013.
14. HABEAS CORPUS. EXECUO PENAL. TRABALHO EXTERNO. INDEFERIMENTO. PACIENTE CONDENADO
PENA EM REGIME SEMIABERTO. DESNECESSIDADE DE CUMPRIMENTO DE UM SEXTO DA SANO
CORPORAL. AUSNCIA DE BICE AO EXERCCIO DE LABOR EM ESTABELECIMENTO PRIVADO.
PRESCINDIBILIDADE DE VIGILNCIA DIRETA. BENEFCIO, ADEMAIS, QUE NO IMPORTA BURLA AO
SISTEMA DE PROGRESSO DE REGIMES. OBJETIVADA A REINSERO GRADATIVA DO CONDENADO NO

MEIO SOCIAL. IMPEDIMENTOS DE CARTER OBJETIVO NO VERIFICADOS. NECESSRIA, TODAVIA, A


ANLISE DOS REQUISITOS SUBJETIVOS. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA PARA ESTE FIM. Processo:
2013.014062-7. Relator: Des. Torres Marques. Julgamento: 26/03/2013.
15. APELAO CRIMINAL. CRIME DE AMEAA. CDIGO PENAL. ART. 147. DELITO DE MENOR POTENCIAL
OFENSIVO. COMPETNCIA DA TURMA DE RECURSOS. EXEGESE DOS ARTS. 62 E 82 DA LEI N. 9.099/95.
Tratando-se de processo em que se apura o cometimento de infrao penal de menor potencial ofensivo
em que observando o rito da Lei n. 9.099/95, o apelo da respectiva sentena incumbe Turma de
Recursos, impondo-se o no conhecimento do reclamo por esta Corte e a remessa dos autos ao rgo
julgador competente. RECURSO NO CONHECIDO. REMESSA DOS AUTOS TURMA DE RECURSOS
COMPETENTE. Processo: 2012.091435-9. Relator: Des. Roberto Lucas Pacheco.
Cmaras de Direito Civil
16. APELAO CVEL. AO DE ALIMENTOS PROPOSTA CONTRA O AV. PAI FALECIDO. SENTENA DE
PROCEDNCIA. FIXAO DA OBRIGAO EM 2 (DOIS) SALRIOS MNIMOS. RECURSO DO AV
REQUERIDO. PLEITO PELA REDUO DA VERBA ALIMENTAR PARA MEIO SALRIO MNIMO.
INSUBSISTNCIA. PLEITO EXORDIAL AMPARADO NO ARTIGO 1.694 E 1.696 DO CDIGO CIVIL. ALEGAO
DO RECORRENTE DE IMPOSSIBILIDADE ECONMICO-FINANCEIRA QUE NO ENCONTRA LASTRO
PROBATRIO NOS AUTOS. AV SCIO E ADMINISTRADOR DE VRIAS SOCIEDADES EMPRESRIAS.
AUSNCIA DE COMPROVAO DA EFETIVA EXISTNCIA DE DBITOS EM NOME DO ALIMENTANTE.
NECESSIDADE FINANCEIRA DE CRIANA DE APENAS 11 (ONZE) ANOS DE IDADE PRESUMIDA. RECURSO
DESPROVIDO. DISPOSIES DE OFCIO. SENTENA OMISSA COM RELAO AO ARBITRAMENTO DOS
HONORRIOS ASSISTENCIAIS AO PATRONO DO REQUERIDO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSO DA LACUNA
NESTA INSTNCIA, INDEPENDENTEMENTE DE INSURGNCIA. CONDENAO QUE NO SE SUBMETE AO
PRINCPIO DA DEMANDA POR DECORRER DE PRECEITO LEGAL. PAGAMENTO AO DEFENSOR DATIVO
NOMEADO NO VALOR CORRESPONDENTE AOS HONORRIOS ADVOCATCIOS MNIMOS FIXADOS PELA
SECCIONAL CATARINENSE DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. PRECEDENTES DESTA CORTE DE
JUSTIA. Processo: 2011.052257-9 (Acrdo). Relator: Des. Denise Volpato. Origem: So Jos. rgo
Julgador: Primeira Cmara de Direito Civil. Data de Julgamento: 02/04/2013. Classe: Apelao Cvel.
17. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUO DE TTULO JUDICIAL. INSURGNCIA CONTRA INDEFERIMENTO
DE PEDIDO DE REALIZAO DE NOVA AVALIAO DO IMVEL PENHORADO. DISCREPNCIA ENTRE
VALORES DA AVALIAO REALIZADA PELO OFICIAL DE JUSTIA E IMOBILIRIAS DA REGIO. REA
EDIFICADA NO OBSERVADA PELO AVALIADOR JUDICIAL. OCORRNCIA DE ENCHENTES NA REGIO DO
IMVEL. BEM SITUADO EM LOCAL INATINGVEL PELAS GUAS. ALEGAO DE VALORIZAO DAS
TERRAS. INOBSERVNCIA DO DISPOSTO NO ART. 526 DO CPC ARGUIDA A TEMPO E MODO
INADEQUADOS. PRECLUSO. NECESSIDADE DE REALIZAO DE NOVA PERCIA. INTELIGNCIA DO ART.
683, I, E II, DO CPC. RECURSO PROVIDO. I - Se o agravante deixa de comunicar o juiz singular acera da
interposio de agravo de instrumento, a omisso acarreta em inadmissibilidade do recurso, desde que
o agravado suscite o vcio formal a tempo e modo adequados, o que no se aplica ao caso em exame. II
- Havendo fundada dvida quanto ao real valor da propriedade penhorada, mister se faz a realizao de
nova avaliao, razo pela qual d-se provimento ao recurso. Processo: 2011.089900-9). Relator: Des.
Joel Figueira Jnior.
18. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO INDENIZATRIA. ANTECIPAO DE TUTELA. STIO ELETRNICO DE
BUSCAS ON-LINE YAHOO!. ALEGAO DA PARTE AGRAVADA DE QUE O RESULTADO DO REFERIDO STIO
APONTA PARA INFORMAO DE CUNHO NTIMO ESTAMPADO EM CONVERSAS VIA "MSN" QUE FORAM
HOSPEDADAS EM STIO ELETRNICO DE NACIONALIDADE ESTRANGEIRA. PRETENSO DE BANIMENTO DE
RESULTADOS PROVENIENTES DA DIGITAO DAS PALAVRAS-CHAVE IMPRESSAS NO CONTEDO DA
CONVERSA ELETRNICA. NOMENCLATURAS QUE INEVITAVELMENTE CAUSARO PROIBIO DE EXIBIO
DE CONTEDOS DE TERCEIROS ESTRANHOS LIDE. AUSNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS DO ART. 273
DO CPC. DESCONSTITUIO DO DECISUM GUERREADO IMPERIOSA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
Para a concesso da tutela antecipada, necessrio que todos os elementos elencados pelo art. 273 do
CPC estejam presentes, devendo ser apresentada prova inequvoca capaz de convencer acerca da
verossimilhana, alm do perigo de dano irreparvel ou de difcil reparao. "Os provedores de pesquisa

no podem ser obrigados a eliminar do seu sistema os resultados derivados da busca de determinado
termo ou expresso, tampouco os resultados que apontem para uma foto ou texto especfico,
independentemente da indicao do URL da pgina onde este estiver inserido. (...) No se pode, sob o
pretexto de dificultar a propagao de contedo ilcito ou ofensivo na web, reprimir o direito da
coletividade informao". Processo: 2012.071707-8. Relator: Des. Saul Steil. Julgamento: 09/04/13.
19. APELAO CVEL. SENTENA DE PROCEDNCIA EM AO DE ANULAO DE ATO JURDICO C/C.
PEDIDO DE RESTITUIO DE VALORES. PEA DE COMPLEMENTAO DAS RAZES RECURSAIS.
INADMISSIBILIDADE, ANTE A PRECLUSO CONSUMATIVA. PRELIMINARES DE ILEGITIMIDADE PASSIVA AD
CAUSAM E DENUNCIAO DA LIDE. INDEFERIMENTO MOTIVADO DO PEDIDO DE INTERVENO DE
TERCEIRO QUANDO DA REALIZAO DA AUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO, POR INCABVEL
ESPCIE. PRONUNCIAMENTO QUE NO FOI ALVO DE IMPUGNAO A TEMPO E MODO OPORTUNOS (ART.
523, 3, DO CPC). MATRIA PRECLUSA DIANTE DO QUE ESTABELECE O ART. 473 DO MESMO CDICE.
INVIABILIDADE DE SE REDISCUTIR A QUESTO. RU/APELANTE QUE, NA CONDIO DE TITULAR DO
DOMNIO, CONTRATOU COM O AUTOR/APELADO A ALIENAO DE BENS IMVEIS. PACTO CUJA VALIDADE
CONSTITUI OBJETO DA CONTROVRSIA. PERTINNCIA SUBJETIVA CARACTERIZADA. PREJUDICIAL
AFASTADA. MRITO: COMPRA E VENDA DE VRIOS TERRENOS INTEGRANTES DE LOTEAMENTO ALVO DE
EMBARGO AMBIENTAL EFETIVADO, MAS, PORM, AINDA NO AVERBADO NO REGISTRO IMOBILIRIO.
CIRCUNSTNCIA NO INFORMADA PELO VENDEDOR. RELEVNCIA DA OMISSO, POR IMPLICAR
DESCONHECIMENTO, PELO ADQUIRENTE, ACERCA DA REAL SITUAO DOS IMVEIS, SEM O QUE O
NEGCIO NO TERIA SIDO EFETIVADO, VISTO QUE A RESTRIO INVIABILIZA A DESTINAO ALMEJADA.
VCIO DE CONSENTIMENTO CONFIGURADO, NA MODALIDADE DE DOLO NEGATIVO (ART. 147 CC/02).
ACERTO DA SOLUO APLICADA PELO JUZO DE 1 GRAU, NO SENTIDO DE ANULAR A AVENA
CONTRATADA, ORDENANDO O RETORNO DAS PARTES AO STATUS QUO ANTE, POR MEIO DA DEVOLUO
DOS VALORES PAGOS PELO COMPRADOR/APELADO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "Age com
dolo ou culpa grave o contratante que, intencionalmente, omite informaes desfavorveis a respeito
do bem que pretende alienar, de modo a viciar a declarao de vontade do adquirente, ensejando,
assim, a anulao do pacto, com o inafastvel retorno das partes ao status quo ante sua celebrao.".
"Pelos princpios da boa-f objetiva e da eticidade, constitui omisso dolosa - negligncia - o ru deixar
de informar ao autor sobre questes essenciais ao negcio jurdico, que se fossem conhecidas pelo
autor, este no o celebraria. Anula-se negcio jurdico em que uma das partes se aproveita dolosamente
da ignorncia alheia, objetivando obter lucro fcil". Processo: 2009.005843-1. Relator: Des. Luiz
Fernando Boller. Origem: Navegantes. rgo Julgador: Quarta Cmara de Direito Civil. Julgamento:
11/04/2013. Classe: Apelao Cvel.
20. APELAO CVEL. DIREITOS DA PERSONALIDADE. ALVAR JUDICIAL PARA NEOCOLPOVULVOPLASTIA.
IMPROCEDNCIA NA ORIGEM. CIRURGIA DE TRANSGENITALISMO. PRESSUPOSTOS CARACTERIZADOS.
RESOLUO N. 1.955/2010 DO CFM. NORMATIVO SEM FORA COGENTE. POSSIBILIDADE DE MITIGAO.
IDADE MNIMA (21 ANOS) ALCANADA NO DECORRER DO PROCESSO. VONTADE LIVRE, CONSCIENTE E
ESCLARECIDA DO INTERESSADO. PARECERES MDICOS, PSICOLGICO E ESTUDO SOCIAL FAVORVEIS.
CONCEITO DE "EXIGNCIA MDICA" VERIFICADO. ART. 13 DO CC. ATO DISPOSIO DO CORPO
ADMISSVEL. - Conquanto a Resoluo n. 1.955/2010 do Conselho Federal de Medicina exija a idade
mnima de 21 (vinte um) anos do paciente e autorizao de equipe multidisciplinar (composta por
mdico cirurgio, endocrinologista, psiquiatra, psiclogo e assistente social) integrante de hospital
pblico, suas normas no tem fora cogente, muito embora emoldure exigncias razoveis para se
aferir a caracterizao do transexualismo e a necessidade e aptido para a cirurgia de transgenitalismo,
sendo passveis de mitigao mediante autorizao judicial, desde que caracterizada a "exigncia
mdica" a que alude o art. 13 do Cdigo Civil. - No caso concreto, atingida a idade mnima no curso do
processo; manifestada a vontade de forma livre, consciente e esclarecida de se submeter ao
procedimento cirrgico, judicial e extrajudicialmente; e havendo pareceres mdicos (cirurgio,
endocrinologista e psiquiatra), psicolgico e estudo social a atestar a aptido do paciente e a
convenincia da cirurgia, com base nas prprias diretivas da Resoluo referida, de se conceder a
chancela pretendida. SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. Processo: 2012.056609-3. Relator:
Des. Henry Petry Junior. Julgamento: 11/04/2013. Classe: Apelao Cvel.
21. APELAO CVEL. RESCISO CONTRATUAL C/C INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.

PROCEDNCIA. APARELHO ELETRNICO ADQUIRIDO PELO AUTOR NO ESTABELECIMENTO COMERCIAL


REQUERIDO. POSTERIOR APREENSO DO PRODUTO, PELA RECEITA FEDERAL, EM FISCALIZAO
REALIZADA EM AEROPORTO INTERNACIONAL. DECISO ADMINISTRATIVA QUE DETERMINA O
PERDIMENTO DO BEM, SOB A ALEGAO DE INIDONEIDADE DA NOTA FISCAL APRESENTADA PELO
DEMANDANTE. DEVER DA INSURGENTE DE ELABORAR DOCUMENTO QUE FOSSE O BASTANTE PARA
INDIVIDUALIZAR A MERCADORIA, DE MODO A PERMITIR A CONSTATAO DE SUA ORIGEM LCITA. ERRO
QUE NO PODE SER IMPUTADO AO APELADO, QUE SOFREU O PREJUZO. NECESSIDADE DE
RESSARCIMENTO PELO VALOR PAGO NA AQUISIO. DANOS MORAIS COMPROVADOS. PRESTAO DE
SERVIO DEFEITUOSO QUE ENSEJOU REPRESENTAO FISCAL PARA FINS PENAIS CONTRA O APELADO.
MANUTENO DA SENTENA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2011.055603-7 (Acrdo). Relator: Des.
Srgio Izidoro Heil. Julgamento: 18/04/2013.
22. APELAO CVEL. INDENIZAO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. EXAME DE GRAVIDEZ. FALSO
NEGATIVO. ULTERIOR COMPROVAO DE GESTAO GEMELAR. RELAO DE CONSUMO EVIDENCIADA.
PRESTAO DEFEITUOSA DOS SERVIOS OFERECIDOS PELO LABORATRIO. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA. OBRIGAO DE INDENIZAR. Os laboratrios de anlises clnicas tm a obrigao de bem
instruir os exames que realizam, consignando nos mesmos informaes relevantes para estabelecer
corretamente as condies de sade do paciente. Os erros, quando verificados, no podem sempre ser
justificados pela couraa do "falso positivo" ou "falso negativo", porque isso importaria em reconhecer
que tais prestadores de servios jamais agem com desacertos. Por isso, naqueles casos em que se
vislumbra alguma incerteza ou possibilidade de "falso positivo" ou "falso negativo", em especial nos
exames para constatao de gravidez, muitas vezes realizados diretamente pela interessada, sem
requisio mdica, dever do laboratrio bem informar a consumidora, advertindo-a sobre essas
possibilidades, destacando as hipteses que mais frequentemente contribuem para a alterao dos
resultados, sugerindo, ainda, a realizao de novo exame. Processo: 2011.000541-3. Relator: Ds. Jorge
Luis Costa Beber
Cmaras de Direito Comercial
23. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO CIVIL PBLICA. TRANSAO JUDICIAL HOMOLOGADA EM
EXECUO FORADA. NTIDA PRETENSO ANULATRIA. INADEQUAO DA VIA ELEITA. AUSNCIA DOS
PRESSUPOSTOS DA AO NSITOS NO ART. 1 DA LEI N. 7.347/85. CARNCIA DE AO. EXTINO DO
PROCESSO. INTELIGNCIA DO ART. 267, IV DA LEI ADJETIVA CIVIL. MATRIA DE ORDEM PBLICA. EFEITO
TRANSLATIVO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. O simples fato de se encontrar a sociedade de
economia mista legitimada, em tese propositura da ao civil pblica, ex-vi do art. 5 da Lei n.
7.347/85, no afasta sua obrigao de comprovar, quando da interposio da referida actio, todos os
pressupostos de admissibilidade ao seu manejo, pois reputado, tanto pelo ordenamento jurdico
positivado e pela doutrina, como em sendo o instrumento processual adequado para reprimir ou impedir
danos ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direito de valor artstico, esttico, histrico, turstico
e paisagstico e por infraes da ordem econmica (art. 1), protegendo, assim, os interesses difusos da
sociedade. No se presta a amparar direitos individuais, nem se destina reparao de prejuzos
causados a particulares pela conduta, comissiva ou omissiva, do ru. Processo: 2012.022819-3. Relator:
Des. Rodrigo Cunha. Julgamento: 04/04/2013. Data de Publicao: 09/04/2013.
24. APELAO CVEL - AO REVISIONAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CRDITO PARA FINANCIAMENTO
DE VECULO - DEMANDA PARALISADA - INRCIA DA AUTORA EM DAR ANDAMENTO AO FEITO - INTIMAO
PESSOAL E DO PATRONO DA PARTE INTERESSADA - TRANSCURSO "IN ALBIS" DO PRAZO ASSINALADO
PARA MANIFESTAO - EXTINO DO PROCESSO SEM RESOLUO DE MRITO - ART. 267, III, CPC.
Verificado que a parte autora e sua procuradora no se manifestaram nos autos, embora intimados,
para dar prosseguimento ao processo, com a ressalva de penalidade para a hiptese de
descumprimento, mostra-se possvel a extino do processo, com base no art. 267, inciso III, do Cdigo
de Processo Civil. CARTA COM AVISO DE RECEBIMENTO PARA INTIMAO DA AUTORA - DEVOLUO SEM
CUMPRIMENTO - VERIFICADO O ENCAMINHAMENTO AO ENDEREO INFORMADO NA PEA INICIAL INTIMAO PESSOAL PERFECTIBILIZADA - DEVER DA PARTE DE MANTER O ENDEREO ATUALIZADO NO
PROCESSO - EXEGESE DO ART. 238, PARGRAFO NICO, DA LEI ADJETIVA CIVIL. Cumpre s partes
informar ao juzo qualquer mudana, ainda que apenas temporria, de seus respectivos endereos,

tanto residencial como profissional. Trata-se no propriamente de uma obrigao, mas sim de
verdadeiro nus processual, cujo descumprimento acarreta parte negligente a sano da presuno
de validade da intimao efetuada no primeiro endereo constante da pea inicial. Exegese do art. 238,
pargrafo nico, do CPC. Verificado, no caso concreto, que a intimao pessoal da autora, a que alude o
art. 267, 1, do CPC, se deu na forma de carta com aviso de recebimento no endereo que consta da
petio inicial, e que esta foi devolvida sem cumprimento, com informao "mudou-se", considera-se
mesmo assim realizada e vlida a intimao, na forma do art. 238, pargrafo nico, do Cdigo de Ritos.
GRATUIDADE JUDICIRIA - PRECLUSO DA DISCUSSO ACERCA DA SUFICINCIA DA SIMPLES
DECLARAO FIRMADA PELA PARTE POSTULANTE - DE NO CONHECIMENTO DO APELO NO PONTO. No
tendo a parte interessada se insurgido, em tempo e modo oportunos, contra a deciso que determinou
a comprovao de sua hipossuficincia financeira, tem-se por preclusa a questo, sendo invivel o
exame da temtica relacionada suficincia da declarao firmada para fins de concesso da benesse
apenas em sede de apelao. Processo: 2012.090256-7 (Acrdo). Relator: Des. Robson Luz Varella.
Origem: Joinville. Julgamento: 02/04/2013
25. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA. JUIZADO ESPECIAL E VARA CVEL. EXECUO DE TTULOS
DE CRDITO EXTRAJUDICIAIS. CHEQUES. MAGISTRADO SUSCITADO QUE DETERMINOU A APRESENTAO
PELO AUTOR, DE DOCUMENTO FISCAL REFERENTE AO NEGCIO JURDICO OBJETO DA DEMANDA, NOS
TERMOS DO ENUNCIADO N. 135 DO FONAJE. REMESSA DOS AUTOS VARA CVEL, DIANTE DA NO
APRESENTAO. DESCABIMENTO NA HIPTESE DOS AUTOS. VALOR PERSEGUIDO QUE GUARDA
COMPATIBILIDADE COM O ART. 3, I, DA LEI N. 9.099/95. MICROEMPRESA EXPRESSAMENTE AUTORIZADA
A LITIGAR NO JUIZADO ESPECIAL. INTELIGNCIA DO INCISO II, DO PARGRAFO PRIMEIRO DO ART. 8 DA
LEI SUPRACITADA. DESNECESSIDADE DE APRESENTAO DO DOCUMENTO FISCAL, POR SE TRATAR DE
TTULO DE CRDITO. AUTONOMIA INDEPENDNCIA E CARTULARIDADE DO TTULO. COMPETNCIA DO
JUIZADO ESPECIAL PARA O PROCESSAMENTO E JULGAMENTO DA DEMANDA. CONFLITO ACOLHIDO.
Enunciado n. 135 do FONAJE: "O acesso da microempresa ou empresa de pequeno porte no sistema dos
Juizados especiais depende da comprovao de sua qualificao tributria atualizada e documento fiscal
referente ao negcio jurdico objeto da demanda". Quando a execuo estiver aparelhada por cheque
desnecessria a juntada aos autos do documento fiscal, uma vez que aquele ttulo de crdito por
imposio legal e possui a caracterstica de desvincular-se do negcio jurdico que lhe deu origem. Nos
termos do 1, do art. 8 da lei de regncia, as microempresas podem litigar no Juizado Especial, in
verbis: "Somente sero admitidas a propor ao perante o Juizado Especial: (...) II - as microempresas,
assim definidas pela Lei 9.841/99". Da mesma forma, o inciso II, do 1 c/c o inciso I, ambos do art. 3
da Lei n. 9.099/95, prev que o Juizado Especial possui competncia para o processamento e
julgamento de demandas que no excedam a 40 salrios mnimos. Processo: 2012.046622-9 (Acrdo).
Relator: Des. Rejane Andersen. Julgamento: 02/04/2013.
26. APELAO CVEL. AO DE RESTITUIO DE DEPSITO. INSURGNCIA QUANTO INPCIA DA
INICIAL E LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. MERA CPIA DO VENTILADO NA CONTESTAO.
AUSNCIA DE DEMONSTRAO DOS FUNDAMENTOS DE FATO E DE DIREITO QUE LEVARAM A PARTE A
APELAR DA DECISO SINGULAR. FALTA DE DIALETICIDADE. NO OBSERVNCIA DO ART. 514, II, DO CPC.
RECURSO NO CONHECIDO NESSES PONTOS. Sob pena de no ver conhecido o recurso, deve a parte
apelante observar o disposto no inciso II do art. 514 do CPC, expondo com objetividade os motivos de
seu inconformismo, demonstrando as razes de fato e de direito indicadoras dos vcios da sentena que
justificam a reforma pretendida. Destarte, no h possibilidade de se conhecer de apelao cujas razes
so simplesmente uma cpia da contestao, pois falta-lhe a essencial dialeticidade. INSURGNCIA
PARA EXCLUSO DOS JUROS REMUNERATRIOS SOBRE A IMPORTNCIA DEVIDA. VALORES QUE SERO
ATUALIZADOS PELOS NDICES OFICIAIS QUE J COMPREENDEM OS JUROS REMUNERATRIOS.
PERCENTUAL AFASTADO. RECURSO PROVIDO NO PONTO. "A remunerao das cadernetas de poupana
pelos ndices oficiais j inclui os juros remuneratrios". Processo: 2011.063110-8 (Acrdo). Relator:
Des. Paulo Roberto Camargo Costa. Julgamento: 04/04/2013.
27. APELAO CVEL. EMBARGOS MEAO. SENTENA QUE REFUTA OS PEDIDOS. REBELDIA DA
EMBARGANTE. PENHORA DE BEM IMVEL. NECESSIDADE DE INTIMAO DO CNJUGE. NULIDADE DA
INTIMAO EDITALCIA. HIPTESE DOS AUTOS QUE NO COMPORTAVA ESSE MEIO EXCEPCIONAL.
ENDEREO DO CNJUGE VIRAGO CERTIFICADO NOS AUTOS. NULIDADE DOS ATOS POSTERIORES

CONSTRIO. Em se tratando de penhora sobre bem imvel, a intimao do cnjuge imprescindvel e


sua ausncia gera nulidade. PEQUENA PROPRIEDADE RURAL QUE SE DESTINA MANTENA DA FAMLIA.
IMPENHORABILIDADE AVISTADA. EXEGESE DO ART. 5, XXVI, DA CF/1988 E DO ART. 649, INC. VIII, DO
CPC. NULIDADE DA PENHORA QUE SE IMPE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo:
2009.056848-2 (Acrdo). Relator: Des. Altamiro de Oliveira. Origem: Ituporanga. rgo Julgador:
Quarta Cmara de Direito Comercial. Data de Julgamento: 02/04/2013. Data de Publicao: 10/04/2013.
Classe: Apelao Cvel.
28. APELAO CVEL. AO DECLARATRIA. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. CERCEAMENTO DE
DEFESA INEXISTENTE. PROVA ORAL QUE SERIA INCAPAZ DE ALTERAR A CONCLUSO OBTIDA PELO
MAGISTRADO. ARTIGOS 130, 131 E 330, INCISO I, TODOS DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. BUSCA DO
RECONHECIMENTO DA NULIDADE DE CONTRATOS BANCRIOS SOB A ALEGAO DE QUE A AUTORA
AGIU NA CONDIO DE "SIMPLES LARANJA". AO PROMOVIDA PELA FILHA EM FACE DO SEU
PROGENITOR, DO GERENTE DA AGNCIA BANCRIA E DA INSTITUIO FINANCEIRA. INVIABILIDADE DE A
TORPEZA BILATERAL SUSTENTAR A NULIDADE DE NEGCIO JURDICO MARCADO PELA APARENTE
LICITUDE E BOA-F DO TERCEIRO. INSTITUIO FINANCEIRA QUE NO TEVE CONHECIMENTO DE
QUALQUER PADECIMENTO MENTAL SOFRIDO PELO PROGENITOR DA AUTORA, ESTA QUE SE APRESENTA,
DO PONTO DE VISTA PENAL E CIVIL, COM PLENA CAPACIDADE. RECURSO DESPROVIDO. 1. No h
cerceamento de defesa, em razo do julgamento antecipado da lide, quando os elementos constantes
dos autos so suficientes para formar o convencimento do magistrado e a matria a ser apreciada
dispensa a produo da prova oral. 2. A presena da torpeza bilateral inviabiliza a abertura das portas
do Judicirio se a pretenso de declarar a nulidade de negcios jurdicos marcados pela aparente
licitude e boa-f do terceiro. Processo: 2010.059734-6 (Acrdo). Relator: Des. Jnio Machado.
Julgamento: 04/04/2013.
Cmaras de Direito Pblico
29. AO DECLARATRIA. CONCURSO PBLICO PARA PROFESSOR DE EDUCAO INFANTIL. CANDIDATAS
CLASSIFICADAS FORA DO NMERO DE VAGAS DISPOSTAS PELO EDITAL. CONTRATAES TEMPORRIAS
REALIZADAS PELA ADMINISTRAO MUNICIPAL PARA O MESMO CARGO. EXISTNCIA DE CARGOS VAGOS.
EXCEPCIONAL INTERESSE PBLICO NAS ADMISSES PRECRIAS NO COMPROVADO. EXPECTATIVA DE
DIREITO QUE SE CONVALIDA EM DIREITO SUBJETIVO NOMEAO. "1. posio pacfica desta Suprema
Corte que, havendo vaga e candidatos aprovados em concurso pblico vigente, o exerccio precrio, por
comisso ou terceirizao, de atribuies prprias de servidor de cargo efetivo faz nascer para os
concursados o direito nomeao, por imposio do art. 37, inciso IV, da Constituio Federal. 2. O
direito subjetivo nomeao de candidato aprovado em concurso vigente somente surge quando, alm
de constatada a contratao em comisso ou a terceirizao das respectivas atribuies, restar
comprovada a existncia de cargo efetivo vago. Precedentes". SUCUMBNCIA DA FAZENDA PBLICA.
CONDENAO AO PAGAMENTO DE HONORRIOS ADVOCATCIOS ARBITRADOS COM LASTRO NA
EQUIDADE. ISENO LEGAL EM RELAO S CUSTAS PROCESSUAIS. SENTENA DE IMPROCEDNCIA
REFORMADA. RECURSO PROVIDO. Processo: 2011.081733-7 (Acrdo). Relator: Des. Jorge Luiz de
Borba. Julgamento: 02/04/2013.
30. REEXAME NECESSRIO. AO CIVIL PBLICA. NOMEAO DE ESPOSA DE SECRETRIO DE MUNICPIO
COMO DIRETORA DE ESCOLA DA REDE PBLICA MUNICIPAL DE ENSINO. VIOLAO AOS PRINCPIOS DA
LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE E MORALIDADE ADMINISTRATIVA. CONSTITUIO FEDERAL, ART. 37,
CAPUT. VIOLAO SMULA VINCULANTE N. 13 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ILEGALIDADE DA
CONTRATAO CARACTERIZADA. SENTENA MANTIDA. REMESSA DESPROVIDA. Processo: 2011.0942702 (Acrdo). Relator: Des. Nelson Schaefer Martins. Origem: Herval D'Oeste. rgo Julgador: Segunda
Cmara de Direito Pblico. Data de Julgamento: 02/04/2013. Juiz Prolator: Marlon Negri. Classe:
Reexame Necessrio.
31. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL - DESAPROPRIAO INDIRETA - AO DE NATUREZA REAL PRAZO PRESCRICIONAL QUE EQUIVALE AO PRAZO DO USUCAPIO EXTRAORDINRIO - 20 ANOS
(CC/1916, ART. 550) OU 15 ANOS (CC/2002, ART. 1.238) - DEMANDA SUBMETIDA AO NOVO CDIGO CIVIL
- PRESCRIO - 15 ANOS Segundo entendimento consolidado no Supremo Tribunal Federal e no Superior

Tribunal de Justia, a ao de indenizao por desapropriao indireta, com fundamento no direito de


propriedade, de natureza real. Em consequncia assegurado "ao titular do domnio, enquanto no
verificada a prescrio aquisitiva, o direito de pleitear ressarcimento pelo desfalque sofrido em seu
patrimnio" (REsp n. 30.674-0/SP. Min. Humberto Gomes de Barros). Dessa forma, nas aes de
desapropriao indireta promovidas aps a entrada em vigor do novo Cdigo Civil, cuja prescrio seja
tambm regida pelo novel diploma (CC, art. 2.028), o prazo prescricional, a rigor, de 15 anos (CC, art.
1.238, caput). INDENIZAO - JUSTO PREO - AVALIAO CONTEMPORNEA - VALORIZAO DA REA
REMANESCENTE - DEDUO DO VALOR INDENIZATRIO - IMPOSSIBILIDADE 1 A desapropriao indireta
nada mais que o apossamento irregular do imvel particular pelo Poder Pblico. Logo, estando
evidenciada nos autos a ilegalidade, resta ao lesado o recebimento de indenizao pela perda do bem.
"[...] O valor da indenizao deve ser contemporneo data da avaliao judicial, no sendo relevante a
data em que ocorreu a imisso na posse, tampouco a data em que se deu a vistoria do expropriante,
nos termos do artigo 26 do Decreto-Lei n 3.365/41 e do artigo 12, 2, da Lei Complementar 76/93.
Precedentes [...]". 2 "Na linha de entendimento desta Corte, a valorizao da rea remanescente do
imvel indiretamente expropriado, resultante da construo de uma rodovia sua margem, no pode
ser considerada para reduzir o valor devido a ttulo de indenizao" (REsp n.793300, Min. Denise
Arruda). JUROS COMPENSATRIOS - DIES A QUO - DATA DO APOSSAMENTO ADMINISTRATIVO "O Grupo
de Cmaras de Direito Pblico comps a divergncia acerca da incidncia dos juros compensatrios nas
desapropriaes diretas e indiretas, passando-se a aplicar as smulas 69, 113 e 114 do Superior
Tribunal de Justia, independentemente da data de expedio do laudo pericial. HONORRIOS
ADVOCATCIOS - INTELIGNCIA DOS 1 E 3, INC. II, DO DECRETO N. 3.365/1941 "Os honorrios
advocatcios, na linha da jurisprudncia desta Corte, deve obedecer o limite de 5% previsto no 1 do
art. 27 do Decreto-Lei n. 3.365, de 21 de junho de 1941, com a redao da Medida Provisria n. 2.18356, de 2001 (MP n. 1.577/1997)". Processo: 2012.002462-9. Relator: Des. Luiz Czar Medeiros.
Julgamento: 02/04/2013.
32. AO DE INDENIZAO. AGRAVO RETIDO. NO CONHECIMENTO. AUSNCIA DE REQUERIMENTO
EXPRESSO PARA SUA APRECIAO. INTELIGNCIA DO ART. 523, 1, DO CPC. PRELIMINAR DE NULIDADE
DA SENTENA POR JULGAMENTO EXTRA PETITA INACOLHIDA. ACIDENTE DE TRNSITO. CAPOTAGEM DE
VECULO EM DECORRNCIA DE CHOQUE COM BOVINO QUE INVADE A PISTA DE ROLAMENTO. RODOVIA
EXPLORADA POR CONCESSIONRIA. RESPONSABILIDADE DESTA EM VIGIAR A ESTRADA E MANT-LA
SEGURA, LIVRE DA PRESENA DE ANIMAIS. DEVER DE INDENIZAR. DANOS MATERIAIS EVIDENCIADOS.
SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2008.076335-7 (Acrdo). Relator: Des. Cesar
Abreu. Julgamento: 12/03/2013.
Cmara Especial Regional de Chapec
33. APELAES CVEIS. AO CAUTELAR DE SUSTAO DE PROTESTO E AO DECLARATRIA DE
NEGATIVA DE DBITO C/C INDENIZAO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. JULGAMENTO EM CONJUNTO.
PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DA INSTITUIO FINANCEIRA. INOCORRNCIA. TTULO
PROTESTADO INDEVIDAMENTE. ALEGADA OCORRNCIA DE ENDOSSO-MANDATO. AUSNCIA DE
COMPROVAO. NUS QUE INCUMBIA AO REQUERIDO. ENDOSSO TRANSLATIVO CONFIGURADO. DEVER
DO BANCO DE AVERIGUAR A ORIGEM DAS CRTULAS. RESPONSABILIDADE SOLIDRIA. PREFACIAL
AFASTADA. MRITO. DANO MORAL. TTULO INDICADO PROTESTO. MERO APONTAMENTO QUE NO
CAPAZ DE, POR SI S, GERAR O RECONHECIMENTO DE DANO MORAL. AUSNCIA DE COMPROVAO DO
ABALO. MERO ABORRECIMENTO. INDENIZAO AFASTADA. HONORRIOS CONTRATUAIS. VERBA
ESTRANHA RELAO PROCESSUAL. HONORRIOS ADVOCATCIOS. PRETENDIDA REDUO.
IMPOSSIBILIDADE. PERMANNCIA DA VERBA ARBITRADA EM PRIMEIRO GRAU. ARTIGO 20, 3 E 4, DO
CPC. Processo: 2008.063290-4 (Acrdo). Relator: Des. Subst. Artur Jenichen Filho. Julgamento:
09/04/2013.
Turmas de Recursos
34. RELAO DE CONSUMO - AUSNCIA DE RELAO ENTRE AS PARTES - ABERTURA DE CREDIRIO FRAUDE PERPETRADA POR TERCEIRO - RESPONSABILIDADE DO ESTABELECIMENTO - DEVER DE CAUTELA
NA ABERTURA DE CADASTROS - RISCO DA ATIVIDADE - INEXISTNCIA DE DBITO - INSCRIO INDEVIDA
NOS RGOS DE PROTEO AO CRDITO - ATO ILCITO - DANO MORAL CONFIGURADO - QUANTUM

RAZOVEL - RECURSO DESPROVIDO. Processo: 0701244-18.2011.8.24.0090). Relator: Dr. Alexandre


Morais da Rosa. Julgamento: 04/04/2013.
35. MANDADO DE SEGURANA. JUIZADO ESPECIAL. ADMISSIBILIDADE. CIRCUNSTNCIAS EXCEPCIONAIS
VERIFICADAS NO CASO CONCRETO. MRITO. ASTREINTES REVERTIDAS EM FAVOR DA PARTE EM RAZO
DE DESCUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL. IMPOSTO DE RENDA. INCIDNCIA. RETENO NA FONTE.
LEGALIDADE. Reveste-se de absoluta legalidade (art. 43, II, do CTN), a determinao judicial relativa
incidncia de imposto de renda calculado sobre o valor das astreintes fixadas em favor da parte, no
processo. Verba que no possui carter indenizatrio e que, ao contrrio, constitui verdadeiro acrscimo
patrimonial. ORDEM DENEGADA. Processo: 4000002-96.2012.8.24.9002. Relator: Dr. Edson Marcos de
Mendona. Origem: Blumenau. Julgamento: 16/04/2013.

Edio n. 8 de 29 de Maio de 2013.


rgo Especial
1.No lgico que se declare a nulidade de deciso j proferida em razo da suspeio se o fato que
ensejou a respectiva declarao de ofcio foi posterior deciso que se pretende anular.
2.Quando a natureza do ativo securitrio for essencialmente mercantil e no se inserindo parte
credora como instituio financeira sujeita fiscalizao do BCB, competente para processar e
julgar ao de cobrana Vara Cvel.
Seo Criminal
3.No nulo o termo de apreenso que deixa de relacionar todos os autores das obras e as msicas
reproduzidas indevidamente, revelando-se tal omisso como mera irregularidade.
4.A substituio de pena privativa de liberdade por restritiva de direito consistente na suspenso da
habilitao para dirigir veculo somente ser cabvel quando a infrao penal cometida for de
natureza culposa e relacionada com a conduo de veculo automotor.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
5.Se o Ministrio Pblico dispe de ttulo executivo extrajudicial, consubstanciado em termo de
ajustamento de conduta firmado em ao civil pblica, deve proceder sua execuo, e no propor
nova ao de conhecimento.
6.Na hiptese de nmero reduzido de alunos, adolescentes trabalhadores, que tm direito subjetivo
ao ensino noturno regular, nada impede sejam remanejados para turmas em outras escolas, que
fiquem prximas a suas residncias, desde que o Estado fornea transporte regular, se necessrio.
7.O Relatrio da Comisso Disciplinar no respectivo Processo Administrativo no tm fora decisria,
contra ele no cabe qualquer recurso administrativo, de modo que no h necessidade de intimao
sobre o seu contedo.
Cmaras de Direito Criminal
8.Mesmo que seja possvel a reviso do regime inicial de cumprimento de pena pelo juiz responsvel
pela execuo, com base em julgado do STFl que declarou a inconstitucionalidade do art. 2, 1, Lei
8.072/90 tal situao, por si s, no serve ao abrandamento do regime.
9.Em que pese seja apropriada a fundamentao para a decretao da priso preventiva, alm dos
requisitos exigidos pelo art. 312 CPPl, preciso esteja evidenciado ao menos um dos estabelecidos art.
313 mesmo diploma.
10. devidamente fundamentada a sentena na culpabilidade da r, que detm curso superior, pelo
maior grau de reprovao no crime de falsificao de documento particular, o que autoriza a
elevao da pena-base por tal circunstncia judicial negativa.
11.O princpio constitucional da soberania dos veredictos populares cede aplicao do princpio do
devido processo legal, com as garantias a ele inerentes, a ampla defesa e o contraditrio.
12.O crime de porte ilegal de arma de fogo com numerao raspada classifica-se como de mera
conduta, prescindindo de laudo pericial comprovao da eficincia.
Cmaras de Direito Civil
13.A dificuldade no convvio entre os nubentes, mormente quando os cnjuges se casaram
prematuramente, no causa de anulao do casamento, mas sim de separao judicial.
14.Age com culpa exclusiva, consubstanciada em imprudncia, o motorista de nibus que abalroa

ciclista em espao destinado ao trfego deste.


15.A aposta em casa lotrica somente se perfectibiliza com a impresso do comprovante, e cabe ao
jogador verificar se os bilhetes foram impressos com os nmeros escolhidos.
16.Apenas vtima detm direito de ser ressarcida pelo seguro obrigatrio DPVAT, at o limite
legalmente estabelecido para o reembolso de despesas mdicas, vedada essa prtica instituio
hospitalar, ainda que munida de procurao.
17.Posar para fotos em festas e ter sua imagem exposta em sites do ramo e colunas sociais, quando
desprovido de fins comerciais e de ofensa personalidade, no caracteriza abalo moral.
18.No obstante a adoo intuito personae seja a exceo, ela possvel em casos especficos, qual
seja a formao do vnculo afetivo do adotando com os adotantes, quando estes demonstrarem, no
processo pertinente, estar aptos ao exerccio do poder familiar.
19.A previso contratual de vencimento antecipado da dvida em caso de no pagamento de trs
parcelas mensais e consecutivas no tem o condo de alterar o termo inicial para incidncia do prazo
prescricional da ao executiva.
Cmaras de Direito Comercial
20.Considera-se vlida e regular a constituio do alienante fiducirio em mora quando este
notificado por intermdio de cartrio localizado em comarca diversa daquela em que reside,
independentemente de situar-se no mesmo Estado ou no.
21.Ausentes nos autos todos os instrumentos contratuais sob os quais pende o litgio e no tendo
havido anterior advertncia quanto possibilidade de aplicao da penalidade do art. 359 do Cdigo
de Processo Civil, faz-se necessrio converter o julgamento em diligncia, com vistas sua juntada.
22. indevida a cobrana do dbito originado unicamente nos encargos e tarifas de manuteno de
conta quando demonstrado que ela foi aberta nica e exclusivamente para o recebimento de salrio
mensal.
23.No h pagamento presumido de cdula de crdito pela insurgncia do credor, assim, a demanda
expropriatria s pode ser extinta quando o devedor que satisfaz a obrigao obtm, por transao
ou por outro meio, a remisso total da dvida ou, ainda, se o credor renunciar ao crdito.
24.A clusula de recompra de ttulos por motivo de insolvncia dos sacados incompatvel com o
contrato de fomento mercantil.
Cmaras de Direito Pblico
25.Se o pagamento da penso mensal foi arbitrado com base no salrio mnimo, a variao deste
que deve indexar o pensionamento, e no a correo monetria.
26. admissvel o ajuizamento de ao monitria em face da Fazenda Pblica, mediante a sua
adequao s prerrogativas processuais atribudas aos entes pblicos.
27.As atribuies do PROCON limitam-se a apurar e fiscalizar supostas ofensas aos direitos
consumeristas, bem como impor multa s empresas sem penaliz-las pelo descumprimento de
obrigao individual inter partes.
28.A confisso da dvida para adeso a programa de parcelamento no absolutamente irretratvel e
no inibe o questionamento judicial da obrigao tributria, no que se refere aos seus aspectos
jurdicos.
29.O adquirente de bem imvel em hasta pblica no responde pelas dvidas tributrias que
correspondam ao perodo anterior data da arrematao.
30.A iseno de custas processuais e verbas sucumbncias garantidas ao autor da ao no pode ser
estendida ao seu patrono, ainda que este, em nome do autor, recorra para discutir os prprios
honorrios advocatcios.
Cmara Especial Regional de Chapec
31.Possibilidade de destituio do poder familiar da genitora que retoma a convivncia com o genitor
anteriormente destitudo, por sentena transitada em julgada.
32.Nas aes de guarda conexas, disputa entre av materna e genitor, em que est em conflito o
interesse de criana e adolescente, de rigor que se reconhea a preponderncia dos interesses
destes.
Turmas de Recursos
33.A ausncia de provas nos autos que sustente os fatos alegados por ambas as partes, impede o
julgamento antecipado da lide.
34.Se a propriedade e a aquisio do bem so realizadas em nome de terceiros, ambas

presumidamente de boa-f, a ltima pretrita ao registro da penhora, aplica-se a teoria do fato


consumado.
35.A oferta da transao penal iniciativa exclusiva do Ministrio Pblico, sendo defeso ao juiz a sua
aplicao de ofcio.
rgo Especial
1.EMBARGOS INFRINGENTES - NULIDADE PROCESSUAL -INOCORRNCIA - DECLARAO POSTERIOR
DE SUSPEIO PELO RELATOR QUE NO MACULA AS DECISES ANTERIORES - JULGAMENTO DE
EMBARGOS DE DECLARAO POR OUTRO RELATOR - POSSIBILIDADE - AO RESCISRIA - ERRO DE
FATO (ART. 485, 1, DO CPC) - INOCORRNCIA - ACRDO RESCINDENDO QUE ANALISOU TODOS OS
ARGUMENTOS E PROVAS OFERECIDOS PELAS PARTES - PREVALNCIA DO VOTO VENCIDO NESSA
PARTE - IMPOSSIBILIDADE DE DECISO SOBRE A PARTE DO VOTO VENCIDO EM QUE O "QUANTUM"
INDENIZATRIO FOI REDUZIDO, POR AUSNCIA DE DISSENSO E DISCUSSO NO GRUPO, AO QUAL
DEVEM OS AUTOS RETORNAR PARA DELIBERAR SOBRE ISSO (MAIORIA DE VOTOS) - EMBARGOS
PARCIALMENTE PROVIDOS. A declarao de suspeio pelo Juiz ou Relator, por motivo de foro ntimo,
por si s no suficiente para determinar a nulidade das decises anteriores de que ele participou.
Para tal consequncia, a ferramenta adequada a exceo de suspeio prevista no art. 304 CPC. O
Regimento Interno de Tribunal de Justia de Santa Catarina diz que "o desembargador que se
considerar suspeito declarar a suspeio por despacho nos autos, devolvendo-os ao presidente,
para nova distribuio, se for relator, ou remetendo-os ao desembargador que se lhe seguir na ordem
de precedncia, se for revisor" (art. 233). No incorre em erro de fato o acrdo rescindendo que
examina todo o contexto probatrio e admite a responsabilidade civil subjetiva (com culpa) do
empregador, pelos danos causados sua empregada, acometida de leso por esforo repetitivo (LER
ou DORT), em razo de negligncia e omisso quanto obrigao do empresrio de proporcionar
proteo individual, contra tais doenas, aos seus empregados, no ambiente de trabalho. Em
consequncia, d-se provimento aos embargos infringentes opostos contra o acrdo da ao
rescisria, para fazer prevalecer o voto vencido nesse sentido. No tendo havido pronunciamento do
Grupo de Cmaras de Direito Civil, na ao rescisria, sobre a possibilidade de reduo do "quantum"
indenizatrio, uma vez que havia acolhido a tese principal da ocorrncia de erro de fato no
julgamento da apelao cvel, aqui rechaada, no pode o rgo Especial avanar na apreciao dos
embargos infringentes, para decidir sobre essa parte tambm constante do voto vencido, sob pena
de supresso de instncia, da porque os autos devem retornar quele Grupo para deliberar a
respeito. Processo: 2013.001065-4. Relator: Des. Jaime Ramos.Julgamento:17/04/2013. .
2. PROCESSUAL CIVIL. COMPETNCIA. CONFLITO NEGATIVO. AO DE COBRANA. INSTRUMENTO
PARTICULAR DE CESSO DE CRDITO, RESPONSABILIDADE SOLIDRIA E OUTRAS AVENAS, FIRMADO
ENTRE EMPRESA COMERCIAL E SECURITIZADORA DE CRDITO. NO SE ENQUADRAMENTO NOS
PRESSUPOSTOS DA RESOLUO n. 35/2010. MATRIA AFETA VARA CVEL. CONFLITO PROCEDENTE.
1 Empresas cuja atividade a aquisio e securitizao de crditos mercantis e/ou a prestao de
servios, via emisso e colocao, no mercado privado, de valores mobilirios, no esto afetas
fiscalizao e s normas do Banco Central, com o seu funcionamento estando condicionado, apenas,
ao registro na Junta Comercial do Estado; no tm elas a natureza de instituies financeiras e nem a
estas so equiparveis. As demandas de cobrana deflagradas por securitizadoras s encontram nas
Unidades Judicirias de Direito Bancrio competncia natural quando o crdito cedido tiver natureza
essencialmente bancria, hiptese em que a regularidade ou no do ativo cedido apto a gerar o
exame judicial sob o prisma do direito bancrio. De natureza essencialmente mercantil o ativo
securitizado e no se inserindo a parte credora na classificao de instituio financeira sujeita
fiscalizao do Banco Central, competente para processar e julgar a ao de cobrana por ele
proposta a Vara Cvel qual foi feito distribudo. Processo: 2013.015608-4. Relator: Trindade
Santos.
Seo Criminal
3. EMBARGOS INFRINGENTES. VIOLAO DE DIREITO AUTORAL. ART. 184, 2, DO CDIGO PENAL.
DIVERGNCIA QUANTO MATERIALIDADE DO DELITO. ALEGADA NECESSIDADE DE ESPECIFICAO
DOS DIREITOS AUTORAIS VIOLADOS E DE SEUS RESPECTIVOS AUTORES. DESNECESSIDADE. LAUDO

PERICIAL FIRMADO POR DOIS PERITOS, SENDO UM NOMEADO 'AD HOC'. AUSNCIA DE NULIDADE.
INAUTENTICIDADE DAS MDIAS BEM COMPROVADA. CONDENAO MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO.Processo: 2012.008446-7. Relator: Des. Rodrigo Collao. Origem: So Bento do
Sul.rgo Julgador: Seo Criminal. Data de Julgamento: 24/04/13
4. REVISO CRIMINAL. LESO CORPORAL DE NATUREZA GRAVSSIMA (ART. 129, 2, IV, CP). PENA
PRIVATIVA DE LIBERDADE SUBSTITUDA POR 2 MEDIDAS RESTRITIVAS DIREITOS, UMA CONSISTENTE
SUSPENSO HABILITAO PARA DIRIGIR VECULO (ART. 47, III, CP). ERRO TCNICO EVIDENCIADO.
REFERIDA MEDIDA DE INTERDIO S APLICVEL HIPTESES CONDENAO POR CRIME DE TRNSITO
CULPOSO. INTELIGNCIA ART. 57 CP. SUBSTITUIO DA ALUDIDA MEDIDA RESTRITIVA DE DIREITOS
POR PRESTAO PECUNIRIA. PEDIDO DEFERIDO. "A suspenso de autorizao ou de habilitao para
dirigir veculo somente ser cabvel, como substituio de liberdade aplicada, quando a infrao
penal cometida pelo condenado for de natureza culposa e relacionada com a conduo de veculo
automotor, uma vez que, se o crime tiver sido doloso e se o agente tiver utilizado seu veculo como
instrumento para o cometimento do delito, no ter aplicao tal modalidade de interdio
temporria de direitos".. Processo: 2012.051307-8).Relator: Des. Paulo Roberto Sartorato.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
5. APELAO E REEXAME NECESSRIO. AO CIVIL PBLICA VERSANDO O CUMPRIMENTO DE
ACORDO CELEBRADO EM FEITO ANTERIOR (OUTRA ACP). DISCUSSO SOBRE O INTERESSE
PROCESSUAL NO AJUIZAMENTO DE NOVA ACTIO. RELEVANTE QUESTO DE DIREITO. MATRIA QUE
DEVE SER AFETADA AO GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO, AT PELA PLETORA DE AES, A
FIM DE PREVENIR DIVERGNCIA. APLICABILIDADE DO ART. 555, 1, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL.
INTERESSE PBLICO RECONHECIDO. ANLISE DO MRITO. EXISTNCIA DE TERMO DE AJUSTAMENTO
DE CONDUTA FIRMADO EM AO ANTERIOR. POSSIBILIDADE DE SER EXECUTADO. DESCABIDO
AJUIZAMENTO DE NOVA ACP POR FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL. EXTINO DO FEITO QUE SE
IMPE. SENTENA REFORMADA PARA EXTINGUIR A AO CIVIL PBLICA. RECURSOS PROVIDOS E
REMESSA PREJUDICADA. I. A matria debatida, qual seja o interesse processual do Ministrio Pblico
no ajuizamento de nova ao civil pblica para buscar o cumprimento de acordo homologado em
ao anterior, traduz relevante questo de direito, a recomendar, por existir interesse pblico, sua
afetao esfera competencial do Grupo de Cmaras de Direito Pblico desta Corte, na senda do
regrado pelo art. 555, 1CPC, sobretudo em razo da pletora de novas aes/ apelaes dotadas do
mesmo contorno ftico-jurdico. II. A circunstncia de o Parquet estadual estar, na espcie dos autos,
respaldado por termo de ajustamento de conduta entabulado em anterior ao civil pblica, faz
inexistir seu interesse processual na deflagrao de nova demanda com o mesmo objeto, mormente
porque, in casu, tendo titulo executivo extrajudicial, pode lanar mo do remdio adequado para
satisfazer
seu
desiderato.Processo: 2012.062472-8. Relator: Des.
Joo
Henrique
Blasi. Origem: Capital. Julgamento: 08/05/2013.
6. MANDADO DE SEGURANA - ENSINO MDIO NOTURNO REGULAR E GRATUITO EM ESCOLAS
PBLICAS - DIREITO SUBJETIVO DO EDUCANDO E OBRIGAO CONSTITUCIONAL DO PODER PBLICO ORDEM CONCEDIDA. De acordo com a Constituio Federal de 1988 "o acesso ao ensino obrigatrio e
gratuito direito pblico subjetivo" do educando/administrado, cabendo ao Estado a obrigao/dever
de oferecer o "ensino noturno regular, adequado s condies do educando", da por que "o nooferecimento do ensino obrigatrio pelo Poder Pblico, ou sua oferta irregular, importa
responsabilidade da autoridade competente" (art. 208, VI, 1 e 2, da CF/1988). Na hiptese de
nmero reduzido de alunos que tm direito subjetivo ao ensino noturno regular, nada impede que
eles sejam remanejados para turmas em outras escolas, as que ficarem mais prximas de seus
endereos, desde que o Estado fornea transporte regular, se necessrio.Processo: 2012.0896989. Relator: Des. Jaime Ramos. Origem: Capital. rgo Julgador: Grupo de Cmaras de Direito
Pblico. Julgamento: 08/05/2013.
7. Mandado de Segurana. Delegado de Polcia Civil. Processo Administrativo Disciplinar que culminou
com a demisso qualificada do servidor pblico. Violao ao ditames da Lei Estadual n. 6.843/86
comprovados. Teses de nulidade do Processo Administrativo por cerceamento de defesa afastadas.
Procedimento escorreito na sua soluo. Observncia da lei sem excesso de poder e com garantia do

contraditrio e da ampla defesa. Ordem denegada. Processo: 2012.091515-5). Relator: Des. Pedro
Manoel Abreu. Julgamento: 08/05/13.
Cmaras de Direito Criminal
8. AGRAVO EM EXECUO. RECURSO DO MINISTRIO PBLICO CONTRA DECISO QUE MODIFICOU O
REGIME PRISIONAL PARA CUMPRIMENTO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE, COM BASE EM JULGADO
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL QUE DECLAROU A INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 2, 1, DA
LEI N. 8.072/90, EM CASO DE TRFICO DE DROGAS. DIVERGNCIA JURISPRUDENCIAL ACERCA DA
POSSIBILIDADE DA APLICAO DE TAL POSICIONAMENTO, MAIS BENFICO AO CONDENADO, PELO
JUZO DA EXECUO. ENTENDIMENTO NO SENTIDO DE QUE, AINDA QUE POSSVEL A REVISO DO
REGIME PELO MENCIONADO JUZO, DIANTE DO JULGADO PROFERIDO PELA CORTE SUPREMA, TAL
SITUAO, POR SI S, NO SERVE PARA O ABRANDAMENTO DO REGIME. NECESSIDADE DE
AVERIGUAO DAS CIRCUNSTNCIAS DO CASO CONCRETO, LUZ DOS CRITRIOS ESTABELECIDOS
NO ART. 33, 3, DO CDIGO PENAL E TAMBM NO ART. 42 DA LEI DE DROGAS. INVIABILIDADE,
CONTUDO, NA HIPTESE EM TELA. NATUREZA, QUANTIDADE E VARIEDADE DA DROGA QUE
DEMONSTRAM QUE O REGIME FECHADO O QUE MELHOR SE ADEQUA AO CASO E O QUE MAIS
FACILMENTE CONDUZ AO CUMPRIMENTO DOS FINS DA PENA. REFORMA DA DECISO QUE SE IMPE.
RECURSO PROVIDO. 1. Vem ganhando fora, no mbito dos Tribunais ptrios, o entendimento
esposado pelo Supremo Tribunal Federal quando do julgamento em plenrio do Habeas Corpus n.
111.840/ES, segundo o qual inconstitucional a determinao contida no 1 do artigo 2 da Lei n.
8.072/90, e, via de consequncia, vivel a fixao de regimes prisionais mais brandos para os crimes
hediondos e assemelhados. 2. Diante da divergncia jurisprudencial acerca da possibilidade de
aplicao de tal posicionamento pelo juzo da execuo, mesmo que seja admitida a reviso do
regime inicial de cumprimento de pena, com base no julgado supramencionado, devem ser levadas
em considerao as circunstncias do delito, como previsto no art. 33, 3, do Cdigo Penal e
tambm no artigo 42 da Lei n. 11.343/06, de modo que, no caso em tela, se estes ltimos elementos
evidenciarem especial gravidade concreta do delito, mostra-se como regime mais apropriado o
fechado. Processo: 2013.018109-4. Relator: Des.
Paulo
Roberto
Sartorato.
Julgamento: 30/04/2013. .
9. HABEAS CORPUS. EMBRIAGUEZ AO VOLANTE (ART. 306 DO CDIGO DE TRNSITO BRASILEIRO).
FIXAO, INICIALMENTE, DE FIANA. POSTERIOR REVOGAO, COM A CONVERSO DO FLAGRANTE
EM PRISO PREVENTIVA. FUNDAMENTAO IDNEA, PORM AUSENTE REQUISITO OBJETIVO (CPP, ART.
313). CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. REVOGAO DA CUSTDIA, COM A APLICAO,
TODAVIA, DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS (CPP, ART. 319). ORDEM CONCEDIDA, EM
PARTE. Processo: 2013.022966-2 (Acrdo).. Relator: Des. Ricardo Roesler. Origem: Rio do Sul.
Julgador:Segunda Cmara Criminal. Julgamento: 07/05/2013. Classe: Habeas Corpus.
10. APELAO CRIMINAL. CRIME DE FALSIFICAO DE DOCUMENTO PARTICULAR (ART. 298 DO
CDIGO PENAL). R QUE ADULTEROU RECIBO PARA TENTAR COMPROVAR O PAGAMENTO DE
HONORRIOS SUCUMBENCIAIS. MODIFICAO DOLOSA DA DATA DO RECIBO DO ALGARISMO "UM"
PARA O "NOVE". DEPOIMENTO DA VTIMA ALIADO AO LAUDO PERICIAL QUE PROPORCIONA LASTRO A
CONDENAO. PERCIA QUE CONFIRMA A ALTERAO. PLEITO ABSOLUTRIO INVIVEL. DOSIMETRIA
ADEQUADAMENTE FUNDAMENTADA PELO MAGISTRADO A QUO. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2012.044757-3). Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt
Schaefer. Julgamento: 23/04/2013. Classe: Apelao Criminal.
11. APELAO CRIMINAL. CRIME DOLOSO CONTRA A VIDA. TRIBUNAL DO JRI. ACUSADO
PRONUNCIADO POR TENTATIVA DE HOMICDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO (ART. 121, 2, II E IV, C/C
O ART. 14, II, AMBOS DO CDIGO PENAL). CONDENAO. IRRESIGNAO DA DEFESA. QUESTO
PREJUDICIAL. PROCESSO NULO DESDE A DECISO DE PRONNCIA. COMPLETA AUSNCIA DE PROVAS
A INCRIMINAR O PRONUNCIADO. VTIMA VISADA E TESTEMUNHAS, AS QUAIS SOMENTE RELATARAM O
QUE OUVIRAM DA PRIMEIRA, QUE NEGAM SER O ACUSADO AUTOR DO DELITO DESDE A FASE DO
SUMRIO DA CULPA. EVIDENTE DISSONNCIA ENTRE A DECISO DOS JURADOS E A SENTENA DE
PRONNCIA COM A PROVA COLACIONADA SOB O CRIVO DO CONTRADITRIO E DA AMPLA DEFESA.

TESE DA ACUSAO QUE SOMENTE TEM AMPARO EM ELEMENTOS INFORMATIVOS NO CONFIRMADOS


EM JUZO. PRINCPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL QUE SE SOBREPE, IN CASU, SOBERANIA DOS
VEREDICTOS. FLAGRANTE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. HABEAS CORPUS CONCEDIDO DE OFCIO PARA
CASSAR A SENTENA DE PRONNCIA, COM A IMPRONNCIA DO ACUSADO. RECURSO
PREJUDICADO. Processo: 2012.050664-0
(Acrdo). Relator: Des.
Leopoldo
Augusto
Brggemann. Julgamento: 16/04/2013. Classe: Apelao Criminal.
12. APELAO CRIMINAL. CRIMES DE TRFICO DE DROGAS (ART. 33, CAPUT, DA LEI N. 11.343/2006) E
PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO COM O NMERO DE SRIE SUPRIMIDO (ART. 16, PARGRAFO NICO,
INCISO IV, DA LEI 10.826/2003). SENTENA ABSOLUTRIA QUANTO A ESTE DELITO. RECURSO DO
MINISTRIO PBLICO E RECURSO DA DEFESA. PLEITO DEFENSIVO PELA ABSOLVIO NO TOCANTE AO
CRIME DE TRFICO. ALEGAO DE AUSNCIA DE PROVAS. INSUBSISTNCIA. MATERIALIDADE E
AUTORIA DEVIDAMENTE COMPROVADAS. DEPOIMENTOS POLICIAIS QUE CONFIRMAM A APREENSO
DE QUATORZE PEDRAS DE CRACK E UMA BUCHA DE MACONHA EM PODER DO ACUSADO.
DEPOIMENTOS DE POLICIAIS MILITARES UNSSONOS. EFICCIA PROBATRIA QUE S RESTA
COMPROMETIDA EM CASO DE M-F. VERSO ISOLADA DO RU, SEM AMPARO PROBATRIO.
CONDENAO QUE SE IMPE. PLEITO MINISTERIAL PELA CONDENAO QUANTO AO DELITO DE
PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO COM NUMERAO SUPRIMIDA. VIABILIDADE. DESNECESSIDADE DE
REALIZAO DE LAUDO PERICIAL. DELITO DE MERA CONDUTA E PERIGO ABSTRATO. SENTENA
REFORMADA EM PARTE. RECURSO MINISTERIAL PROVIDO. APELO DEFENSIVO DESPROVIDO. 1.
Impossvel a absolvio quando os elementos contidos nos autos, corroborados pelas declaraes
firmes e coerentes de testemunhas policiais, formam um conjunto slido, dando segurana ao juzo
para a condenao pela prtica do delito previsto no art. 33 da Lei n. 11.343/06. 2. O depoimento
prestado por policial militar no pode ser desconsiderado ou desacreditado unicamente por conta de
sua condio funcional, porquanto revestido de evidente eficcia probatria; somente quando
constatada a m-f ou suspeita daquele, pois, que seu valor como elemento de convico estar
comprometido. 3. O crime de porte ilegal de arma de fogo com numerao raspada classifica-se
como de mera conduta, prescindindo da comprovao de efetivo prejuzo sociedade ou eventual
vtima para sua configurao, e de perigo abstrato, na medida em que o risco inerente conduta
presumido pelo tipo penal. Processo: 2012.010392-5. Relator: Des. Paulo Roberto Sartorato.
Julgamento:07/05/2013.
Cmaras de Direito Civil
13. DIREITO CIVIL - FAMLIA - ANULAO DE CASAMENTO - ERRO ESSENCIAL QUANTO PESSOA DO
OUTRO CNJUGE - IMPROCEDNCIA EM PRIMEIRO GRAU - INCONFORMISMO - ERRO CONFIGURADO ALEGAO AFASTADA - IMORALIDADE DA VIDA PREGRESSA DA R - DESCOBERTA APS A SEPARAO
DE FATO - APROXIMAO ENTRE OS CNJUGES ATRAVS DE EMISSORA DE RDIO - CASAMENTO
EFETIVADO PREMATURAMENTE - INSUPORTABILIDADE DA VIDA EM COMUM GERADA POR
DESENTENDIMENTOS CONJUGAIS - ERRO ESSENCIAL NO CARACTERIZADO - SENTENA MANTIDA PROVIMENTO NEGADO. A procedncia da ao anulatria de casamento fundada em erro essencial
quanto pessoa do outro cnjuge exige a demonstrao de que o defeito ignorado pelo consorte
preexista ao casamento, que a sua descoberta ocorra aps o matrimnio e que tal fato torne
insuportvel a vida em comum. A insuportabilidade da vida comum ocasionada por conflitos
conjugais no causa de anulao do casamento, mormente quando os cnjuges se casaram
prematuramente. Processo: 2011.099800-8
(Acrdo). Relator: Des.
Monteiro
Rocha.
Julgamento: 02/05/2013. Classe: Apelao Cvel.
14. DIREITO CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE TRNSITO - ATROPELAMENTO DE
CICLISTA POR NIBUS - DANOS MORAIS E MATERIAIS - PROCEDNCIA PARCIAL - 1. RECURSO DA R 1.1 AFASTAMENTO DA OBRIGAO DE INDENIZAR - INACOLHIMENTO - INVASO DE ESPAO
DESTINADO BICICLETA - IMPRUDNCIA - OBRIGAO MANTIDA - 1.2 REDUO
DO QUANTUM INDENIZATRIO - AFASTAMENTO - VALOR ADEQUADO - 2. RECURSO DO AUTOR MAJORAO DOQUANTUM INDENIZATRIO - IMPROVIMENTO - RECURSOS DESPROVIDOS - SENTENA
MANTIDA. 1.1. Age com culpa exclusiva, consubstanciada em imprudncia, motorista de nibus que
abalroa ciclista em espao destinado ao trfego deste. 1.2. Deve ser indenizado por danos morais

aquele que sofreu sequelas fsicas decorrentes de ilcito praticado por condutor de nibus. 2. Mantmse o valor dos danos morais quando subordinado aos elementos objetivos do ilcito e subjetivos do
ofendido e do ofensor, gravidade da culpa deste e s repercusses da ofensa, respeitada a essncia
moral
do
direito. Processo: 2013.019936-9
(Acrdo). Relator: Des.
Monteiro
Rocha. Origem: Tubaro. rgo
Julgador: Segunda
Cmara
de
Direito
Civil.
Julgamento: 25/04/2013.
15. APELAO CVEL. AO DE REPARAO DE DANO. INSURGNCIA DO DEMANDANTE, QUE ALEGA
IRREGULARIDADE NA REPRESENTAO PROCESSUAL DA REQUERIDA. INSTRUMENTO DE MANDATO
QUE NO TERIA ACOMPANHADO A PEA DEFENSIVA. CIRCUNSTNCIA QUE, EM QUE PESE SER
VERDICA, FOI SOLUCIONADA PELA PARTE QUANDO TRANSCORRIDOS NO MAIS DO QUE 13 (TREZE)
DIAS DESDE O PROTOCOLO DA CONTESTAO. DILIGNCIA QUE, ADEMAIS, ANTECEDEU A PRPRIA
CONSTATAO DA FALTA DO DOCUMENTO OBRIGATRIO PELO TOGADO SINGULAR. INVIABILIDADE DA
PRETENDIDA DECRETAO DA REVELIA, POR TRATAR-SE DE IRREGULARIDADE SANVEL. EXEGESE DO
ART. 13 DO CPC. PRETENDIDA ATRIBUIO DE RESPONSABILIDADE CIVIL R/APELADA, EM RAZO
DA SUPOSTA NEGLIGNCIA NA PRESTAO DO SEU SERVIO. CASA LOTRICA QUE TERIA DEIXADO DE
FORMALIZAR UMA DAS APOSTAS DO REQUERENTE, PROCEDENDO, AO INVS DISTO, NO DUPLO
REGISTRO DE OUTROS 2 JOGOS. SUBSTRATO PROBATRIO INEFICIENTE COMPROVAO DA TESE
MANEJADA. NUS DA PROVA QUE COMPETIA AO INSURGENTE, A TEOR DO PRECONIZADO NO ART.
333, INC. I, DO CPC. SIMPLES PREENCHIMENTO DO VOLANTE COM A SEQUNCIA NUMRICA
PREMIADA QUE NO CONSTITUI PROVA BASTANTE PARA O DIREITO REPARATRIO PERSEGUIDO.
POSSIBILIDADE DE O DOCUMENTO TER SIDO COMPLETADO APS A PUBLICAO OFICIAL DO
RESULTADO DO CONCURSO, MORMENTE ANTE A CEDIA ACESSIBILIDADE DE TAIS FORMULRIOS AO
PBLICO EM GERAL. DEVER DO JOGADOR EM CONFERIR OS COMPROVANTES ENTREGUES PELA CASA
LOTRICA. ADVERTNCIA EXPRESSAMENTE CONSIGNADA NO CARTO DE APOSTA. CAUTELA QUE,
CASO TIVESSE SIDO TOMADA, PODERIA TER MOTIVADO A RECLAMAO, NO MOMENTO OPORTUNO,
ACERCA DA AUSNCIA DE FORMALIZAO DA APOSTA DITA PREMIADA. DEFEITO NA PRESTAO DO
SERVIO NO EVIDENCIADO. DEVER DE INDENIZAR CONSEQUENTEMENTE INEXISTENTE. RECLAMO
CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2010.078665-1.Relator: Des. Luiz Fernando Boller.
Julgamento: 25/04/2013.
16. APELAO CVEL. AO DE COBRANA DE INDENIZAO DE SEGURO. RESSARCIMENTO DE
DESPESAS MDICAS. CESSO DE DIREITOS INDENIZATRIO DAS VTIMAS. SENTENA DE EXTINO
DO FEITO, POR ILEGITIMIDADE ATIVA. INCONFORMISMO DO HOSPITAL QUE PRESTOU ATENDIMENTO
AOS SEGURADOS. ALEGAO DE QUE AS VTIMAS OUTORGARAM PROCURAES AO RECORRENTE.
INSUBSISTNCIA DA ASSERTIVA. MANDATO OU SUB-ROGAO QUE, NA VERDADE, TRATA DE CESSO
DE DIREITO. APLICAO DA LEI N. 11.945/2009, QUE VEDA EXPRESSAMENTE ESSA PRTICA.
MANUTENO
SENTENA
QUE
SE
IMPE.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2013.017705-7. Relator: Des.
Srgio
Izidoro
Heil.
Julgamento: 09/05/2013.
17. APELAO CVEL. AO INDENIZATRIA POR DANOS MORAIS. USO DA IMAGEM DO AUTOR EM
STIO ELETRNICO. SENTENA DE IMPROCEDNCIA. ALEGAO DE UTILIZAO DE FOTOGRAFIA PARA
FINS COMERCIAIS. ARGUMENTO REFUTADO. SITEDESTINADO DIVULGAO DE FESTAS E EVENTOS
SOCIAIS. EVIDENCIADA, ADEMAIS, AUTORIZAO DE VEICULAO DE SUA IMAGEM. ABALO MORAL
NO CONFIGURADO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. A utilizao indevida de imagem, embora
reprovvel, s acarreta indenizao por danos morais quando tiver fins comerciais e houver ofensa
personalidade. Processo: 2012.060547-4). Relator: Des.
Jairo
Fernandes
Gonalves.
Julgamento: 21/03/2013. Classe: Apelao Cvel.
18. APELAO CVEL. AO DE DESTITUIO DE PTRIO PODER C/C ADOO. PEDIDO JULGADO
PROCEDENTE. INSURGNCIA DO MINISTRIO PBLICO COMO FISCAL DA LEI. CRIANA ENTREGUE AOS
CUIDADOS DOS AUTORES, QUE MANTM CRECHE INFORMAL E DOMICILIAR. ABANDONO POSTERIOR
PELA GENITORA. CASAL NO CADASTRADO NA LISTA DE FUTUROS ADOTANTES. FORMALIDADE COM
CARTER NO ABSOLUTO. INFANTE QUE SE ENCONTRA DESDE O SEGUNDO MS DE VIDA COM OS

GUARDIES DE FATO E DE DIREITO, ISTO , H MAIS DE SEIS ANOS. INDCIOS DE ADOO DIRETA OU
INTUITO PERSONAE. AUSNCIA DE QUALQUER NOTCIA DE SITUAO DE RISCO A MENOR. VNCULO
AFETIVO ENTRE INFANTE E GUARDIES INEGAVELMENTE FORMADO. MELHOR INTERESSE DA CRIANA
GARANTIDO. SENTENA MANTIDA. PREQUESTIONAMENTO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. A
adoo direta ou intuito personae, feita de forma direta pelos pais, que entregam o filho aos cuidados
de pessoa especfica, com o fito de adoo, refoge regra de prvia inscrio no cadastro de
pretendentes adoo, fulcrada no sigilo acerca da filiao e na ordem cronolgica prevista no
Cadastro nico Informatizado de Adoo e Abrigo - CUIDA, institudo atravs do Provimento 13/2005.
No se pode, porm, sob o pretexto de coibir a adoo direta, determinar a retirada de um menor da
convivncia dos guardies de fato, quando inexiste notcia de situao de risco e o menor j se
encontra com o casal desde o seu nascimento, h mais de seis anos, tendo se formado entre eles,
inegavelmente, vnculo afetivo. FALTA DE INTERESSE RECURSAL AVENTADA EM CONTRARRAZES.
LEGITIMIDADE E INTERESSE DO MINISTRIO PBLICO PARA RECORRER, EM RAZO DA NATUREZA DO
LITGIO. CUSTOS LEGIS. INTELIGNCIA DO ART. 499, 2, E ART. 82, INCS. I E II, AMBOS DO CDIGO DE
PROCESSO CIVIL E DA SMULA 99 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. PREFACIAL AFASTADA.
Existindo interesse de menores e/ou causa concernente ao estado da pessoa, o Ministrio Pblico
possui legitimidade para intervir no feito como custos legis, a teor do art. 82, incs. I e II, e art. 499,
2, ambos do Cdigo de Processo Civil, reforados pela Smula 99 do Superior Tribunal de Justia: "O
Ministrio Pblico tem legitimidade para recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei, ainda
que no haja recurso da parte". Processo:2013.017287-5. Relator: Des. Stanley da Silva
Braga. Julgamento: 02/05/2013.
19. APELAO CVEL. AO DE EXECUO DE TTULO EXTRAJUDICIAL. DEMANDA EXTINTA PELO
RECONHECIMENTO DA PRESCRIO (ARTIGO 269, IV, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL). CONTRATO
DE COMPRA E VENDA COM PACTO ADJETO DE HIPOTECA. PREVISO DE PAGAMENTO DO DBITO EM
240 PARCELAS MENSAIS E CONSECUTIVAS. EXISTNCIA DE CLUSULA DE VENCIMENTO ANTECIPADO
DA DVIDA EM CASO DE NO PAGAMENTO DE TRS PARCELAS. PREVISO QUE NO AFASTA O TERMO
INICIAL PARA CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL. DIES A QUO. DATA DO VENCIMENTO DA LTIMA
PARCELA DO CONTRATO. PRESCRIO PRETENSO NO VERIFICADA. SENTENA CASSADA. RECURSO
PROVIDO. I - A previso contratual de vencimento antecipado da dvida em caso de no pagamento
de trs parcelas mensais e consecutivas no tem o condo de alterar o termo inicial para incidncia
do prazo prescricional da ao executiva. II - Dessa feita, o incio do prazo prescricional para ao de
cobrana de valores a data do vencimento da ltima parcela pactuada. Assim, observando-se que o
vencimento da ltima parcela do contrato entabulado entre as partes ocorreu em abril de 2011 ao
ajuizada
em
2009,
no
h
falar
incidncia. Processo: 2010.0344477.Relator: Des.JoelFigueiraJnior.julgamento: 25/04/13.
Cmaras de Direito Comercial
20. APELAO CVEL. AO DE BUSCA E APREENSO. ALIENAO FIDUCIRIA EM GARANTIA.
DECRETO-LEI N. 911/1969. NOTIFICAO EXTRAJUDICIAL QUE, IN CASU, FOI REALIZADA POR
CARTRIO LOCALIZADO EM COMARCA DIVERSA DAQUELA EM QUE RESIDE O NOTIFICANDO.
VALIDADE. CERTIDO QUE INFORMA, TODAVIA, ESTAR O DEVEDOR EM LOCAL IGNORADO. SITUAO
QUE, A RIGOR DO DISPOSTO NO ART. 15 DA LEI N. 9.492/1997, AUTORIZA O PROTESTO DO TTULO,
VIA EDITAL. PROVIDNCIA NO ATENDIDA. MORA NO CONFIGURADA. PRINCPIOS DA EFETIVIDADE
DO PROCESSO E DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS. APLICAO. ART. 284 DO CPC. DEVOLUO
DOS AUTOS AO JUZO A QUO PARA QUE SEJA POSSIBILITADA A EMENDA DA INICIAL. SENTENA
EXTINTIVA CASSADA. MEDIDA DETERMINADA DE OFCIO. RECURSO DESPROVIDO. "A comprovao da
mora imprescindvel busca e apreenso do bem alienado fiduciariamente" (Smula 72 do STJ). "A
notificao extrajudicial realizada e entregue no endereo do devedor, por via postal e com aviso de
recebimento, vlida quando realizada por Cartrio de Ttulos e Documentos de outra Comarca,
mesmo que no seja aquele do domiclio do devedor. Precedentes." Procedida tentativa de
notificao pessoal, obtendo-se a informao, prestada pelo Oficial de Registros, de que o devedor
mudou-se, afigura-se como indispensvel a notificao por edital, a teor do disposto no artigo 15 da
Lei n. 9.492/1997. "A jurisprudncia do STJ firmou o entendimento de que cabvel a abertura de
prazo a fim de que o autor regularize a petio inicial. A extino do processo, sem exame de mrito,

somente poder ser proclamada depois de proporcionada parte tal oportunidade, nos termos do art.
284 CPC, em observncia ao princpio da funo instrumental do processo". Processo: 2013.0230304. Relator: Des. Ricardo Fontes. Julgamento: 02/05/2013.
21. APELAO CVEL - AO REVISIONAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CRDITO EM CONTA
CORRENTE, CONTRATOS DE ABERTURA DE LIMITE DE CRDITO ROTATIVO EM CONTA CORRENTE GIRO FCIL, CONTRATO DE LIMITE ROTATIVO DE DESCONTO DE TTULOS DE CRDITO E RESPECTIVOS
ANEXOS/ADITIVOS - SENTENA DE PARCIAL PROCEDNCIA DOS PEDIDOS - RECURSOS DE AMBOS OS
LITIGANTES. AGRAVO RETIDO - ARBITRAMENTO DE MULTA COMINATRIA PARA O CASO DE
DESCUMPRIMENTO DE ORDEM DE EXIBIO DE DOCUMENTOS - AFASTAMENTO - RECURSO PROVIDO.
A no exibio incidental de documentos em sede de ao revisional no enseja a aplicao de multa
cominatria, mas eventual admisso da veracidade dos fatos que a parte autora pretendia provar
(art. 359 do CPC). APELOS - REVISO DOS CONTRATOS INVIABILIZADA - CONSTATAO DA AUSNCIA
DE DOCUMENTOS QUE PERMITAM INFERIR ESCORREITAMENTE OS PONTOS CONTROVERTIDOS DA
DEMANDA - NUS DA PROVA INVERTIDO NESTA INSTNCIA - JULGAMENTO CONVERTIDO EM
DILIGNCIA PARA QUE A INSTITUIO FINANCEIRA ACOSTE AOS AUTOS OS EXPEDIENTES FALTANTES,
SOB PENA DE APLICAO DO ART. 359 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL - EXEGESE DO ART. 116,
CAPUT, DO REGIMENTO INTERNO DESTA CORTE - DESNECESSIDADE DE BAIXA DOS AUTOS ORIGEM
PARA CUMPRIMENTO DA PROVIDNCIA. Ausente nos autos todos os instrumentos contratuais sob os
quais pende o litgio e no tendo havido anterior advertncia quanto possibilidade de aplicao da
penalidade do art. 359 cpc, impe-se a converso do julgamento em diligncia, propiciando-se a
juntada dos documentos faltantes, em conformidade com o art. 116, caput, Regimento
Interno.Processo: 2009.036755-0.
22. APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO C/C INDENIZAO POR
DANO MORAL. CONTA-CORRENTE. ELEMENTOS DE CONVICO REVELADORES DE TRATAR-SE DE
CONTA-SALRIO. COBRANA INDEVIDA DE TARIFAS DE MANUTENO E ENCARGOS. INSCRIO NOS
ORGOS DE PROTEO AO CRDITO. DVIDA INEXISTENTE. DANO MORAL CARACTERIZADO.
DESNECESSIDADE DE PROVA DO EFETIVO PREJUZO. SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. I Revelando os elementos de convico coligidos nos autos que a conta-corrente bancria foi aberta
nica, e exclusivamente, para o depsito, pelo empregador, do salrio mensal devido ao correntista,
ou seja, para ser uma conta-salrio, apresenta-se indevida a cobrana pela instituio financeira de
encargos ou tarifas de manuteno, mesmo porque a remunerao percebida pelo empregado, pouco
mais de um salrio mnimo, j se demonstrava insuficiente para suportar os encargos de manuteno
de uma conta-corrente normal. Sob tais circunstncias, a inscrio do nome do correntista em rgo
restritivo de crdito, sob o pressuposto de inadimplncia quanto a encargos lanados em sua contacorrente, indevida. II - "A simples inscrio indevida no cadastro de devedores j suficiente para
gerar dano reparvel ('O dano moral decorre do prprio ato lesivo de inscrio indevida junto aos
rgos de proteo ao crdito, independentemente da prova objetiva do abalo honra e reputao
sofrida pelos autores, que se permite, na hiptese, facilmente presumir, gerando direito
ressarcimento',." QUANTUM INDENIZATRIO. CRITRIO PARA SUA FIXAO. EXTENSO DO ABALO
SOFRIDO PELO LESADO E FUNO REPRESSIVA AO OFENSOR. O quantum indenizatrio deve alcanar
carter punitivo aos ofensores e proporcionar satisfao correspondente ao prejuzo moral sofrido
pela vtima, atendendo aos critrios da razoabilidade e proporcionalidade. Processo: 2011.0449990. Relator: Des. Paulo Roberto Camargo Costa. Julgamento: 09/05/13.
23. PAGAMENTO PRESUMIDO. EXECUO. CDULA DE CRDITO BANCRIO. EXTINO. INSURGNCIA
DO CREDOR. INTEMPESTIVIDADE. LEGISLAO PROCESSUAL INOBSERVADA. MATRIA DE ORDEM
PBLICA. AUSENTE PROVA DA QUITAO. SENTENA DESCONSTITUDA DE OFCIO. O CUMPRIMENTO
DA OBRIGAO PELO EXECUTADO NO PODE SER PRESUMIDO, DEMANDANDO PROVA DO
PAGAMENTO
DA
DVIDA. Processo: 2013.016126-7. Relator: Des.
Jos
Inacio
Schaefer. Julgamento:14/05/2013.
24. APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO PRECEDIDA DE AO
CAUTELAR DE SUSTAO DE PROTESTO. NOTA PROMISSRIA EMITIDA COMO GARANTIA DE

OPERAO DE FACTORING. CLUSULA DE REGRESSO INCOMPATVEL COM AS CARACTERSTICAS DO


FOMENTO MERCANTIL. FATURIZADOR QUE, AO ADQUIRIR OS CRDITOS CEDIDOS, ASSUME OS RISCOS
DA INSOLVNCIA DO DEVEDOR. AUSNCIA DE RESPONSABILIDADE DA FATURIZADA, SOB PENA DE
CONFIGURAR CONTRATO DE DESCONTO, PRIVATIVO DE INSTITUIO FINANCEIRA. HONORRIOS
ADVOCATCIOS SUCUMBENCIAIS. ALMEJADA REDUO. POSSIBILIDADE. FIXAO DE FORMA
EXCESSIVA. ART. 20, 3 E 4, DO CPC. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO Processo: 2009.039563-8. Relatora: Des.
Soraya
Nunes
Lins. Origem: Timb.
Julgamento: 09/05/2013.
Cmaras de Direito Pblico
25. RESPONSABILIDADE CIVIL. POLICIAL MILITAR QUE, FARDADO E SEM AUTORIZAO, INGRESSA NAS
DEPENDNCIAS DE ESTABELECIMENTO DE ENSINO PARA TIRAR SATISFAES E INTIMIDAR ALUNO QUE
SUPOSTAMENTE TERIA AGREDIDO SEUS FILHOS. POSTURA DESCOMPENSADA, ARBITRRIA E
INACEITVEL, QUE LEVA O JOVEM, ASSUSTADO, A FUGIR DO COLGIO, SENDO PERSEGUIDO PELO
POLICIAL AT AS MARGENS DE UM RIO. MORTE POR AFOGAMENTO NA TENTATIVA DE TRAVESSIA.
ABUSO DE AUTORIDADE MANIFESTO. NEXO DE CAUSALIDADE COMPROVADO. DEVER DE INDENIZAR.
QUANTUM ARBITRADO EM VALOR ADEQUADO. PENSO MENSAL VITALCIA EM FAVOR DO PAI DO
ADOLESCENTE. POSSIBILIDADE. MANUTENO DOS PARMETROS ESTABELECIDOS NA SENTENA (2/3
DO SALRIO MNINO AT A DATA EM QUE A VTIMA COMPLETASSE 25 ANOS E 1/3 DA EM DIANTE).
AFASTAMENTO DO INPC COMO FATOR DE CORREO MONETRIA DAS PARCELAS VENCIDAS E
VINCENDAS, QUE DEVEM ESTAR ATRELADAS INDEXAO DO PRPRIO SALRIO MNIMO. REFORMA
DA DECISO APENAS NESTE PONTO. Processo: 2011.014227-8.Relator: Des. Paulo Henrique Moritz
Martins da Silva. Julgamento: 14/05/2013. Classe: Apelao Cvel.
26. APELAO CVEL - PROCESSO CIVIL - AO MONITRIA - POSSIBILIDADE AJUIZAMENTO CONTRA A
FAZENDA PBLICA - CARNCIA DE AO INEXISTENTE - PRELIMINAR REJEITADA - COBRANA DE AIH
(AUTORIZAO DE INTERNAO HOSPITALAR) - PRESTAO DE SERVIOS HOSPITALARES
MUNICIPALIDADE, DEVIDAMENTE AUTORIZADOS PELA TRIAGEM DA ADMINISTRAO DO DEMANDADO
- INADIMPLEMENTO DO ENTE MUNICIPAL - OBRIGAO DE PAGAR - SENTENA MANTIDA - RECURSO
DESPROVIDO. "No obstante a notria celeuma, o colendo Superior Tribunal de Justia vem admitindo
o manejo da ao monitria em face da Fazenda Pblica, sem que com isso ocorra afronta s suas
prerrogativas de direito material e processual, como o reexame necessrio (art. 475, CPC),
imperiosidade do precatrio (art. 730 e ss. do CPC e 100 da Magna Carta), inexistncia de confisso
ficta, indisponibilidade do direito e no-incidncia dos efeitos da revelia (art. 320, II, do CPC) e
impenhorabilidade dos bens pblicos (art. 100 do CC)". Processo:2008.073250-3. Relator: Des. Cid
Goulart. Julgamento: 30/04/2013.
27. ADMINISTRATIVO - PROCON - PENALIDADE QUE EXTRAPOLA OS LIMITES DO PODER DE POLCIA ILEGALIDADE. O Procon no tem legitimidade para impor penalidade administrativa em virtude do
descumprimento de obrigao de natureza individual inter partes. A soluo de litgio com a
obrigatoriedade de submisso de um dos litigantes deciso que favorece a outra parte
prerrogativa da jurisdio, cujo exerccio incumbe exclusivamente ao Poder Judicirio. A no
observncia deste postulado implica obstculo ao acesso Justia (CF, art. 35, inc. XXXV) e configura
o exerccio da autotutela fora dos casos autorizados em lei. PROCESSUAL CIVIL - JULGAMENTO
ANTECIPADO DA LIDE - CERCEAMENTO DE DEFESA - INOCORRNCIA. "Constantes dos autos
elementos de prova documental suficientes para formar o convencimento do julgador, inocorre
cerceamento de defesa se julgada antecipadamente a controvrsia". Processo: 2013.0001710. Relator: Des. Luiz Czar Medeiros. Origem: Lages. rgo Julgador:Terceira Cmara de Direito
Pblico. Julgamento: 30/04/2013. Classe: Apelao Cvel.
28. Apelao cvel. Execuo fiscal. Exceo de pr-executividade. ITCMD. Prefaciais de inpcia
recursal, inadequao da via eleita e ausncia de interesse processual afastadas. Transmisso causa
mortis. Exigibilidade do imposto antes da homologao dos clculos no processo de inventrio.
Impropriedade. Smula 114, STF. Sentena mantida. Recurso desprovido. Presentes os requisitos
insertos no inciso III artigo 514 CPC, no se cogita da inpcia da petio recursal. As matrias

passveis de serem alegadas em exceo de pr-executividade no so somente as de ordem pblica,


mas tambm todos os fatos modificativos ou extintivos do direito do exeqente, desde que
comprovados de plano, sem necessidade de dilao probatria. A confisso de dvida para fins de
parcelamento dos dbitos tributrios no impede sua posterior discusso judicial quanto aos aspectos
jurdicos. Os fatos, todavia, somente podero ser reapreciados se ficar comprovado vcio que acarrete
a nulidade do ato jurdico. O imposto de transmisso causa mortis no exigvel antes da
homologao do clculo (Smula 114 STF). Tratando-se de inventrio, compete ao juiz, depois de
ouvida a Fazenda Pblica, proceder ao clculo do imposto de transmisso causa mortis, conforme
dispem os arts. 1.012 e 1.013 CPC. Consequentemente, enquanto no homologado o clculo do
inventrio, no h como efetuar a constituio definitiva do tributo, porque incertos os valores
inventariados sobre o qual incidir o percentual da exao, haja vista as possveis modificaes que
os clculos sofrero ante questes a serem dirimidas pelo magistrado, termos arts. 1.003 a 1.011 CPC
Processo: 2012.033889-6.Relator: Des. Pedro Manoel Abreu. Julgamento: 30/04/13.
29. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. EXTINO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MRITO. Se
parte demandada no compete a satisfao de eventual ordem positiva, resta configurada sua
ilegitimidade passiva ad causam, devendo o processo ser extinto sem julgamento de mrito por
carncia de ao. ARREMATAO DE BEM IMVEL EM HASTA PBLICA. REPASSE DO BEM AO NOVO
ADQUIRENTE LIVRE DBITOS TRIBUTRIOS ANTERIORES. Os dbitos tributrios vencidos
anteriormente arrematao so sub-rogados no preo da hasta pblica, sendo o bem repassado
livre e desembaraado das respectivas restries ao novo adquirente. Processo: 2008.0699320. Relatora: Des. Snia Schmitz. Julgamento: 16/05/2013..
30. ISENO DE CUSTAS PROCESSUAIS E VERBAS SUCUMBENCIAIS GARANTIDAS AO OBREIRO PELO
ART. 129, PARGRAFO NICO, DA LEI 8.213/91. HONORRIOS ADVOCATCIOS. INTERESSE RECURSAL
UNICAMENTE DO ADVOGADO. AUSNCIA DE PREPARO. REQUISITO OBJETIVO. DESERO. "Se o
recurso de apelao foi interposto com intuito exclusivo de discutir os honorrios advocatcios, o
interesse recursal exclusivo do advogado. No litigando o procurador do autor sob o plio da
gratuidade da justia, consoante o art. 511 do Cdigo de Processo Civil, o preparo dever ser
comprovado no momento da interposio do recurso de apelao sob pena de
desero". Processo: 2010.054494-3
(Acrdo). Relatora: Des.
Snia
Maria
Schmitz. Origem: Lauro Muller. Julgamento: 09/05/2013. Classe: Apelao Cvel.
Cmara Especial Regional de Chapec
31. APELAO CVEL. INFNCIA E JUVENTUDE. DESTITUIO PODER FAMILIAR. PROCEDNCIA ORIGEM.
PARECER SENTIDO SER NECESSRIO APENSAMENTO DEMANDA AUTOS VERIFICAO SITUAO DE
RISCO. DESNECESSIDADE. CONJUNTO PROBATRIO APTO A FUNDAMENTAR A PRESENTE DECISO.
ADEMAIS, TENDO EM VISTA O INTERESSE DE MENORES, FAZ-SE NECESSRIO PRIORIZAR A
CELERIDADE PROCESSUAL. APELO DA GENITORA. ALEGAO DE QUE A SENTENA FOI INJUSTA.
INOCORRNCIA. REQUERIDA QUE RETOMA A CONVIVNCIA COM O GENITOR DESTITUDO DO PODER
FAMILIAR, POR SENTENA J TRANSITADA EM JULGADA. INFANTES QUE ALM DE SEREM VTIMAS DE
AGRESSES, VIVIAM EM LOCAL DE BRIGAS CONSTANTES E CONSUMO EXECESSIVO DE ALCOL.
SITUAO DE RISCO EVIDENCIADA. HIPTESE AUTORIZADORA DA DESTITUIO DO PODER FAMILIAR
VERIFICADA.
MANUTENO
DECISUM
SE
FAZ
DEVIDA.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Relator: Des. Artur Jenichen Filho. Julgamento:23/04/2013
32. APELAO CVEL. DIREITO DE FAMLIA. AES DE GUARDA CONEXAS. DISPUTA ENTRE AV
MATERNA E GENITOR. FALECIMENTO DA ME. LITIGANTES QUE POSSUEM CONDIES DE EXERCER O
PODER FAMILIAR. ADOLESCENTE QUE, QUANDO OUVIDO, DEMONSTROU NO DETER QUALQUER
RELAO DE AFETO COM SEU PAI, MANIFESTANDO SUA VONTADE DE CONTINUAR A RESIDIR COM A
AV. PREVALNCIA DOS INTERESSES DO MENOR QUE SE IMPE. INTELIGNCIA DOS ARTIGOS 28, 2,
E
100,
XIII,
ECA,
APLICADOS
POR
ANALOGIA.
SENTENA
MANTIDA.
RECURSO
DESPROVIDO. Processo: 2012.082753-7. Relator:Des.
Eduardo
Mattos
Gallo
Jnior. Julgamento: 06/05/2013. .

Turmas de Recursos
33. COBRANA ALUGUERES. AUSNCIA PROVAS AUTOS PARA QUE SE OBTENHA A VERDADE REAL.
PEDIDO DO RECORRENTE PARA PRODUO DE PROVAS NO ATENDIDO. QUESTES INCONCLUSIVAS
AUTOS. PROVA TESTEMUNHAL E DEPOIMENTOS PESSOAIS INDISPENSVEIS PARA O INTEGRAL
ACLARAMENTO DOS FATOS. ANULAO SENTENA PARA REALIZAO DE INSTRUO. O art. 330, I,
CPC autoriza o julgamento antecipado da lide quando as provas j apresentadas nos autos
fornecerem elementos suficientes formao do convencimento do magistrado, porm, h no caso
concreto matria ftica envolvida no resolvida, " nulo o julgamento antecipado quando a causa
exige instruo para aferio de aspectos relevantes. A composio do litgio deve esgotar os meios
probatrios que se fizerem necessrios ao alcance da verdade. DECISO CASSADA. RETORNO DOS
AUTOS
PARA
O
REGULAR
ANDAMENTO
DO
PROCESSO.
RECURSO
PARCIALMENTE
PROVIDO.Processo: 2013.400107-5
Relator: Dr.
Pedro
Aujor
Furtado
Jnior.
Julgamento: 07/05/2013. Classe: Recurso Inominado.
34. MANDADO SEGURANA. NULIDADE PENHORA. IMVEL. LOTE URBANO. PROPRIEDADE.
TRANSMISSO DOS DIREITOS COMPROMISSRIO COMPRADOR POR PROCURAO "EM CAUSA
PRPRIA". PECULIARIDADES CASO CONCRETO NO DEMONSTRAM OCORRNCIA. FALTA DE
REQUISITOS ATO PBLICO. DVIDA QUANTO AO MANDATO "CONSIGO MESMO", QUE SE D EM FAVOR
DO PRPRIO MANDANTE. DOMNIO DO BEM POCA DA PENHORA DUVIDOSA. AUSNCIA DE DIREITO
LQUIDO E CERTO. ANULAO PENHORA E ADJUDICAO CUJA CARTA ENCONTRAVA-SE PERFEITA E
ACABADA. LEGALIDADE EM CONFRONTO AUSNCIA SEU REGISTRO NA MATRCULA DO IMVEL.
NULIDADE DA CONSTRIO EVIDENTE. APLICAO, ANALOGIA, ART. 694, I, CPC. DESCONSTITUIO
VLIDA. SEGURANA DENEGADA. Processo: 2010.500847-3. Relator: Dr. Csar Scirea Tesseroli.
Julgamento: 22/04/2013.
35. APELAO CRIMINAL - PRTICA CRIME ART. 28, DA LEI 11.343/06 - USURIO DE DROGAS ANTECEDENTES CRIMINAIS OBSTAM OFERECIMENTO PROPOSTA TRANSAO PENAL - ANTECEDENTES
JUDICIAIS INVIABILIZAM PROPOSTA - IMPOSSIBILIDADE DE MAGISTRADO IMPOR QUE MP OFEREA
PROPOSTA DE TRANSAO PENAL - INAPLICABILIDADE DO 4 DO ART. 28 DA LEI 11.343/06 AO CASO
EM COMENTO - DISPOSITIVO QUE TRATA DA REINCIDNCIA ESPECFICA - SENTENA ANULADA

Edio n. 9 de 28 de Junho de 2013.


rgo Especial
1.Declaraes prestadas nos meios de comunicao social, no exerccio da funo pblica de Promotor de
Justia, no estrito cumprimento do dever legal, no so suficientes caracterizao de crime contra a
honra, impondo-se a rejeio da queixa.
Seo Criminal
2.O no conhecimento de reviso criminal, por meio de deciso monocrtica, com fundamento em
jurisprudncia dominante, no viola o princpio da colegialidade, pois amparada pela combinao dos arts.
3 do Cdigo de Processo Penal e 557 do Cdigo de Processo Civil.
3.A apreenso isolada de balana de preciso no implica necessariamente na subsuno da conduta ao
tipo penal descrito no art. 34 da Lei n. 11.343/2006 quando constituir crime meio para o de trfico.
4.No nula a interceptao telefnica autorizada por magistrado de outra comarca, tampouco h ofensa
ao princpio do contraditrio, quando juntada ao processo principal antes das alegaes finais.

5. aceitvel o exame de corpo de delito indireto para a verificao da existncia da qualificadora do furto
pelo rompimento de obstculo.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
6.O abono de permanncia na medida em que integra os vencimentos do servidor, caracteriza acrscimo
patrimonial, fato gerador para incidncia do imposto de renda.
7.O servidor pblico, mesmo licenciado e sem remunerao, no pode exercer outro cargo efetivo, sob
pena de afronta ao disposto no art. 37, inciso XVI, da Constituio Federal.
Cmaras de Direito Criminal
8.No h constrangimento ilegal passvel de justificar a revogao de priso preventiva, quando mostrar-se
necessria para garantir a ordem pblica, evitando a reiterao delituosa.
9.Pratica o delito de receptao qualificada quem, sem tomar as cautelas necessrias no ramo de comrcio
de materiais de construo, adquire produto sem nota fiscal e vende a terceiros.
10.Comete os crimes de seqestro, crcere privado para fins libidinosos, leses corporais perpetradas no
mbito familiar e estupro, em concurso material, aquele que aborda ex-companheira em via pblica, tolhe
sua liberdade, permanecendo com ela durante dois dias no interior de automvel e ali pratica os atos.
11.Sentena quanto ao delito de abuso de autoridade na justia comum no faz coisa julgada em relao
ao crime militar de leses corporais cometidos simultaneamente, pois possuem objetos jurdicos tutelados
distintos.
12.Prefeito que fraciona a contratao de servios de limpeza urbana com o intuito de burlar processo
licitatrio comete o crime de dispensa de licitao, mesmo que inexista prejuzo ao errio.
13.No incide o princpio da insignificncia em crime ambiental de extrao de grande quantidade de
rvores nativas da espcie pinheiro brasileiro, pertencentes ao bioma mata atlntica.
14. mngua de restrio ou regulamentao na legislao ptria relativa arma de eletrochoque de
contato ("taser"), conclui-se que o objeto no de uso controlado, razo pela qual a sua posse no
caracteriza contraveno penal.
15.Configura a prtica do crime de racismo, previsto no art. 20, 2, Lei 7.716/1989, a publicao de
charge em jornal com ilustrao pejorativa vinculao do nascimento de crianas afrodescendentes
criminalidade.
16. dispensvel realizao do estudo tcnico interdisciplinar previsto no art. 186, 2, da Lei n.
8.069/1990, em ato infracional anlogo ao crime de trfico ilcito de drogas quando o adolescente afirma
em todas as oportunidades em que foi ouvido, que a substncia entorpecente era destinada ao comrcio.
Cmaras de Direito Civil
17.Equvoco perpetrado forma reiterada submetendo consumidor situao vexatria configura dano moral
in re ipsa.
18. possvel o aditamento da petio inicial, com a incluso no respectivo polo passivo e alterao da
causa de pedir, em demanda originariamente ajuizada contra o esplio dos pretensos causadores do
evento danoso, que vieram a falecer.
19.Quando conjunto probatrio indica existncia afeto marital entre casal, que, em inmeras
oportunidades, apresentava-se perante sociedade como se companheiros fossem, configura-se affectio
maritalis.
20.O surgimento de vcio incomum primeiro ano de uso do produto adquirido, seguido de inmeros
transtornos na utilizao do servio de reparo, frustra drasticamente as expectativas do consumidor,
ensejando abalo passvel de indenizao.
Cmaras de Direito Comercial
21.A pluviosidade excessiva que dificultar as condies de navegabilidade trata-se de fenmeno natural
previsvel e comum espcie do transporte martimo, o que no autoriza a sobreestadia (demurrage).
22.A ausncia dos ajustes vinculados nota de crdito industrial executada impede a averiguao do
quantum debeatur e, por conseguinte, macula a execuo.
23.A sentena de extino demanda por abandono da causa exige intimao pessoal do autor, e tambm
do seu advogado, pela imprensa oficial, contudo, se esta no cominar advertncia sano consistente na
extino do processo, invalida-se o ato.
24.Tratando-se de dano nacional, a sentena de procedncia da ao civil pblica prolatada pelo juzo do
DF faz coisa julgada erga omnes, beneficiando todos os que foram prejudicados no territrio nacional.

25.Nas demandas cautelares exibitrias, hiptese em que o consumidor objetiva apresentao de


documentos societrios, tem-se como desnecessrio o esgotamento da via extrajudicial vinda ao poder
judicirio.
Cmaras de Direito Pblico
26.Em caso de comprovada urgncia possvel a aquisio, mediante sequestro de verba pblica, de
tratamento mdico necessrio manuteno da sade de pessoa carente de recursos para adquiri-lo.
27.Nas contrataes temporrias de excepcional interesse pblico o servidor somente tem direito s verbas
previstas na lei que autorizou a contratao.
28.Se a limitao administrativa ao direito de construir, instituda pelo revogado Cdigo Florestal (e
mantida pelo atual Cdigo Ambiental), for anterior aquisio do imvel, inexiste direito indenizao.
29.O prefeito municipal que exerce esporadicamente, em cooperao com colega, o exerccio da medicina,
no atenta contra os princpios vetores da administrao pblica.
30.No caracteriza dano moral o encaminhamento do motorista para averiguao em barreira policial
montada para apreenso de material blico.
31.Para o cabimento da ao popular basta a ilegalidade do ato administrativo a invalidar, por contrariar
normas especficas que regem a sua prtica ou por se desviar de princpios que norteiam a administrao
pblica, prescindindo de comprovao de lesividade ao errio.
32.O legislador municipal, ao escolher a alquota do IPTU diferenciada para imveis desprovidos de muro
frontal e passeio pblico, no atribui exao cunho punitivo.
Cmara Especial Regional de Chapec
33.Em questes afetas ao direito de famlia, notadamente nas que envolvem crianas, e, estando estas
abrigadas e sob os cuidados do Estado, demonstra-se desnecessria a urgncia para que sejam postas em
famlia substituta, eis que, havendo a possibilidade de manuteno da famlia natural, ainda que remota,
esta deve ser buscada.
Turmas de Recursos
34.A reteno por parte do banco do valor integral do salrio para pagamento dos dbitos oriundos da
cobrana de juros configura ato ilcito.
35.A clusula contratual que prev o pagamento das mensalidades independentemente da prestao do
servio demonstra abusividade, violao aos princpios equidade e boa-f, sendo nula de pleno direito.
36.As servidoras pblicas e empregadas gestantes, inclusive as contratadas a ttulo precrio, livremente do
regime jurdico de trabalho, tm direito licena-maternidade de cento e vinte dias e estabilidade
provisria desde a confirmao da gravidez at cinco meses aps o parto.
37. incabvel a restituio de valores pagos por gratificao percebidos de boa-f por servidor pblico, em
virtude de interpretao errnea, m aplicao da lei ou erro da Administrao
rgo Especial
1. AO PENAL PRIVADA. QUEIXA-CRIME OFERTADA CONTRA PROMOTOR DE JUSTIA PRETENSAMENTE
ENVOLVIDO EM CRIMES DE INJRIA, DE DIFAMAO, DE CALNIA, DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL, DE
AMEAA, DE FALSIDADE IDEOLGICA, DE DENUNCIAO CALUNIOSA, DE COMUNICAO FALSA DE CRIME,
DE COAO NO CURSO DO PROCESSO E DE FRAUDE PROCESSUAL. COMPETNCIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIA PARA PROCESSAR E JULGAR A CAUSA. FORO POR PRERROGATIVA DE FUNO (ART. 3, INC. I,
ALNEA "B", DO AR N. 101/2010-TJ, DO ART. 83, INC. XI, ALNEA "B", DA CESC E DO ART. 125, 1, DA CRFB).
QUERELANTES QUE NO SE DESIMCUMBIRAM DO NUS DE PROVAR A DESDIA DO MINISTRIO PBLICO, NA
PESSOA DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIA, EM OFERECER DENNCIA A TEMPO E MODO. ILEGITIMIDADE
ATIVA AD CAUSAM E INCABIMENTO DE AO PENAL PRIVADA SUBSIDIRIA DE AO PENAL PBLICA (ART.
100, CAPUT, 1 E 3, DO CP, ARTS. 24, 29, 156, CAPUT, E 257, INC. I, DO CPP E ARTS. 5, INC. LIX, E 129,
INC. I, DA CF). PRECEDENTES DO STJ E DO STF. QUEIXA-CRIME QUE, EM RELAO AOS DELITOS DE INJRIA,
DE DIFAMAO E DE CALNIA, NO PREENCHE OS REQUISITOS LEGAIS. EXORDIAL QUE NO CONTA COM A
SEGURA E IMPRESCINDVEL PARTICULARIZAO DO JUZO DE VALOR, DO FATO DESONROSO E DO ILCITO
PENAL QUE O QUERELADO TERIA, RESPECTIVAMENTE, EXARADO E IMPUTADO S QUERELANTES. PEA
ACUSATRIA CUJAS RAZES DE FATO E DE DIREITO RESSENTEM-SE DA IMPRESCINDVEL DESCRIO DA
EXISTNCIA DO DOLO ESPECFICO NECESSRIO CARACTERIZAO DOS CRIMES CONTRA A HONRA, ISTO
, DOS ANIMI INJURIANDI, DIFAMANDI E CALUNIANDI (ART. 41 CPP). DECLARAES PRESTADAS NOS MEIOS
DE COMUNICAO SOCIAL QUE, ADEMAIS, FORAM MANIFESTADAS NO EXERCCIO DA FUNO PBLICA DE
PROMOTOR DE JUSTIA FRENTE DA AO CIVIL PBLICA AJUIZADA PELO MINISTRIO PBLICO E,

PORTANTO, NO ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL E SOB O PLIO DA IMUNIDADE FUNCIONAL,


ENCONTRANDO RESPALDO, INCLUSIVE, EM DECISO JUDICIAL DESTA CORTE DE JUSTIA (ART. 142, INC. III,
DO CP E ART. 41, INC. V, DA LEI N. 8.625/1993). REJEIO DA QUEIXA CRIME QUE SE IMPE (ARTS. 395,
INCS. I E II, DO CPP C.C ART. 6, CAPUT, DA LEI N. 8.038/1990 E DO ART. 1 DA LEI N. 8.658/1993). AO
PENAL PRIVADA EXTINTA. Processo: 2012.022808-3. Relator: Des. Eldio Torret Rocha. Origem: Balnerio
Cambori. Julgamento: 05/06/2013
Seo Criminal
2. AGRAVO REGIMENTAL. DECISO MONOCRTICA QUE INDEFERE A REVISO CRIMINAL COM FUNDAMENTO
EM JURISPRUDNCIA DOMINANTE DESTA CORTE E DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. INCIDNCIA DO ART.
557, CAPUT, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL POR MEIO DE UMA INTERPRETAO EXTENSIVA DO ART. 3
DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. AUSNCIA DE VIOLAO AO PRINCPIO DA COLEGIALIDADE. NO
CONHECIMENTO DO PEDIDO REVISIONAL. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2013.001849-2/0001.00
(Acrdo). Relator: Des. Rodrigo Collao. Julgamento: 29/05/2013.
3. REVISO CRIMINAL. ART. 621, I, DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. CONDENAO POR TRFICO DE
DROGAS E POSSE DE MAQUINRIO PARA MANIPULAR ENTORPECENTES, EM CONCURSO MATERIAL (ART. 33,
CAPUT, C/C 4, E ART. 34, AMBOS DA LEI N. 11.343/06, NA FORMA DO ART. 69 DO CDIGO PENAL).
PRETENSA APLICAO DO PRINCPIO DA CONSUNO ENTRE OS DELITOS. ACOLHIMENTO. POSSE DE
BALANA DE PRECISO DESTINADA AO FRACIONAMENTO E PESAGEM DA DROGA. CONDUTA QUE NO SE
SUBSOME AO TIPO, UMA VEZ QUE CONSTITUIU CRIME-MEIO PARA O NARCOTRFICO. EXCLUSO DA
CONDENAO PELO CRIME DO ART. 34 DA LEI DE DROGAS. "A apreenso isolada de uma balana no
implica, per se, necessria subsuno da conduta ao tipo descrito no art. 34 da Lei n. 11.343/2006. Provado
nos autos que a balana se destinava medida individual de pores destinadas ao consumo, e no
fabricao, produo ou preparo da substncia entorpecente, afasta-se aquela imputao - art. 34 -, por
atipicidade". REVISIONAL DEFERIDA. EXTENSO DOS EFEITOS DA DECISO CORR GENI STABACK.
CONCESSO DE HABEAS CORPUS DE OFCIO, A FIM DE ABSOLV-LA DA PRTICA DO DELITO DEFINIDO NO
ART. 34 DA LEI DE DROGAS. Processo: 2013.001825-8 (Acrdo). Relatora: Des. Marli Mosimann Vargas.
Origem: Imbituba. rgo Julgador: Seo Criminal. Data de Julgamento: 29/05/2013. Data de Publicao:
06/06/2013.
4. REVISO CRIMINAL. CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PBLICA. TRFICO DE DROGAS (ART. 12, C/C ART.
18, III, AMBOS DA LEI N 6.368/76). ALEGAO DE NULIDADE NO INTERROGATRIO: (I) ATO PROCESSUAL
PRATICADO EM DESACORDO COM O RITO PREVISTO NA LEI 10.409/02. INAPLICABILIDADE DO NOVO
PROCEDIMENTO. VETO PRESIDENCIAL INTEGRAL DO CAPTULO III DA NORMA QUE SUPRIMIU A EFICCIA
DOS PRECEITOS QUE INSTITURAM O PROCEDIMENTO PARA APURAO DOS CRIMES NELA DEFINIDOS. (II)
AUSNCIA DE CITAO DO ACUSADO. ENTENDIMENTO DOUTRINRIO E JURISPRUDENCIAL DA
INOCORRNCIA DE NULIDADE. PRESCINDIBILIDADE DO ATO SER REALIZADO POR MANDADO, BASTANDO A
MERA REQUISIO DO PRESO. INTELIGNCIA DO ART. 360, DO CPP VIGENTE POCA. (III) AUSNCIA DE
DEFENSOR QUE NO MCULA O ATO. INTERROGATRIO QUE OCORREU PRATICAMENTE UM ANO ANTES DA
VIGNCIA DA LEI N 10.792/03. ATO PRIVATIVO DO JUIZ. INVALIDADE DA PROVA EMPRESTADA: (I)
AUTORIZAO JUDICIAL PARA A INTERCEPTAO TELEFNICA POR JUZO DE OUTRA COMARCA.
POSSIBILIDADE. PRINCPIO DA AMPLA DEFESA ASSEGURADO. JUNTADA AO FEITO DA DECISO ANTES DAS
ALEGAES FINAIS. (II) TRANSCRIO DE TRECHOS DAS CONVERSAS TELEFNICAS PELO MINISTRIO
PBLICO. SE LCITO AO PARQUET PROMOVER ATOS DE INVESTIGAO PENAL EVENTUAL ESCUTA E
POSTERIOR TRANSCRIO DAS INTERCEPTAES EFETUADAS PELOS SEUS SERVIDORES NO TEM O
CONDO DE MACULAR A MENCIONADA PROVA. PRECEDENTE DO STJ NESTE SENTIDO. NESTE CONTEXTO,
INEXISTE NULIDADE A SER RECONHECIDA. ADEMAIS, FACE A NO ALEGAO EM ALEGAES FINAIS,
EVENTUAL INVALIDADE ESTARIA PRECLUSA. POR FIM, ANTE A AUSNCIA DE DEMONSTRAO DE PREJUZO,
IMPOSSVEL AVENTAR-SE ACERCA DE ACOLHIMENTO. DOSIMETRIA DA PENA: PRETENSO DE MITIGAO DA
PENA-BASE EM RAZO DO DESRESPEITO SMULA 444 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA.
CIRCUNSTNCIAS JUDICIAIS DESFAVORVEIS. AFASTAMENTO DO AUMENTO EM RAZO DA CONDUTA SOCIAL.
AJUSTE NA REPRIMENDA QUE SE FAZ NECESSRIO. PRETENSO DE RECONHECIMENTO DA
INCONSTITUCIONALIDADE DA AGRAVANTE DA REINCIDNCIA. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DESTA
CORTE DE JUSTIA E DO STF PELA CONSTITUCIONALIDADE DA NORMA. RECURSO EXTRAORDINRIO COM

REPERCUSSO GERAL JULGADO PELO TRIBUNAL SUPERIOR. MANTENA QUE SE IMPE. AFASTAMENTO, DE
OFCIO, DA CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA PREVISTA NO ART. 18, INC. III, DA LEI N 6.368/76 EM
FACE DO ADVENTO DA LEI N 11.343/06 MAIS BENFICA. EXEGESE DO ART. 2, PARGRAFO NICO, DO
CDIGO PENAL, E ARTIGO 5, XL CFB. EXCLUSO RECONHECIDA. REVISO CRIMINAL PARCIALMENTE
DEFERIDA PARA AJUSTAR A PENA APLICADA. Processo: 2011.083329-0. Relatora: Des. Cinthia Beatriz da
Silva Bittencourt Schaefer. Julgamento: 29/05/2013.
5. EMBARGOS INFRINGENTES. FURTO QUALIFICADO PELO ROMPIMENTO DE OBSTCULO E CONCURSO DE
AGENTES. EXAME DIRETO DE CORPO DE DELITO. PRESCINDIBILIDADE. DESTRUIO DE VITRINE COM O USO
DE UM AUTOMVEL. CONJUNTO PROBATRIO FIRME A APONTAR A OCORRNCIA DA CIRCUNSTNCIA
QUALIFICADORA. CONFISSO DOS RUS COERENTE COM AS DECLARAES DAS VTIMAS E DOS POLICIAIS
MILITARES. PRECEDENTES. RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO. Processo: 2012.087345-5. Relator: Des.
Srgio Rizelo. Julgamento: 29/05/2013.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
6. PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ACRDO QUE MANTEVE O ENTENDIMENTO
PELO AFASTAMENTO DA INCIDNCIA DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE O ABONO DE PERMANNCIA.
INTERPOSIO DE RECURSO ESPECIAL PELO ESTADO DE SANTA CATARINA. JULGAMENTO PELO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIA DO RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVRSIA N 1.192.556/PE.
APLICABILIDADE IMEDIATA. RETORNO DOS AUTOS AO GRUPO DE CMARAS PARA MANUTENO OU
MODIFICAO DO ACRDO DISSONANTE DA ORIENTAO DA CORTE SUPERIOR. JUZO DE RETRATAO.
CPC, ART. 543-C, 7. DECISO COLEGIADA REVERTIDA. SERVIDOR PBLICO. ABONO DE PERMANNCIA.
VANTAGEM DE NATUREZA REMUNERATRIA. INCIDNCIA I.R.. NOVO ENTENDIMENTO SUFRAGADO PELO
GRUPO DE CMARAS DIREITO PUBLICO DESTA CORTE QUE GUARDA SINTONIA COM JURISPRUDNCIA
SEDIMENTADA STJ. QUESTO DECIDIDA NO STJ PELO REGIME PREVISTO NO ART. 543-C DO CPC.. Processo:
2011.061020-7. Relator: Des. Carlos Adilson Silva. Origem: Capital. rgo Julgador: Grupo de Cmaras de
Direito Pblico. Data de Julgamento: 12/06/2013.
7. MANDADO DE SEGURANA - CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO - ACUMULAO DO CARGO PBLICO
DE SERVENTE DO MUNICPIO COM O DE PROFESSOR TEMPORRIO DO ESTADO - IMPOSSIBILIDADE IRRELEVNCIA DE ESTAR O SERVIDOR EM LICENA NO REMUNERADA DO PRIMEIRO CARGO - ORDEM
DENEGADA. "O servidor pblico, mesmo estando licenciado sem remunerao, no pode exercer outro
cargo efetivo, sob pena de afronta ao disposto no art. 37, XVI, da Constituio Federal. O que a Lei Maior
veda no simplesmente a acumulao remuneratria, mas tambm a ocupao simultnea de dois
cargos fora das excees que aponta" (TJSC, ACMS n. 2005.013634-8, Rel. Des. Luiz Czar Medeiros, em
28/06/2005). "A jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia assentou o entendimento de que o cargo
pblico de tcnico, que permite a acumulao com o de professor nos termos do art. 37, XVI, b, da
Constituio Federal, o que exige formao tcnica ou cientfica especfica", o que no o caso,
evidentemente, do cargo de Servente. Processo: 2013.016945-2. Relator: Des. Jaime Ramos. Origem:
Capital. Julgamento: 12/06/2013. Classe: Mandado de Segurana.
Cmaras de Direito Criminal
8. HABEAS CORPUS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EM CONCURSO E COM EMPREGO DE ARMA, INCNDIO EM
MEIO DE TRANSPORTE COLETIVO E DISPARO DE ARMA DE FOGO. ALEGADA AUSNCIA DE FUNDAMENTAO
CONCRETA PARA A DECRETAO DA PRISO PREVENTIVA. NECESSIDADE DE GARANTIR A ORDEM PBLICA
EVITANDO A REITERAO DOS DELITOS. FUNDAMENTOS SUFICIENTES. APLICAO DE MEDIDAS
CAUTELARES ALTERNATIVAS INVIVEIS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. ORDEM DENEGADA.
Processo: 2013.029176-6 (Acrdo). Relator: Des. Jos Everaldo Silva. Origem: Joinville. rgo Julgador:
Primeira Cmara Criminal. Data de Julgamento: 04/06/2013.
9. APELAO CRIMINAL. RECEPTAO QUALIFICADA (ART. 180, 1, DO CDIGO PENAL). SENTENA
CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. PLEITO ABSOLUTRIO. IMPOSSIBILIDADE. APELANTE CONFESSOU
ESTAR NA POSSE DAS BARRAS DE FERRO DE ORIGEM ESPRIA. INVERSO DO NUS DA PROVA. ALEGAO
DE QUE DESCONHECIA A PROCEDNCIA ILCITA DOS PRODUTOS. VERSO INADMISSVEL. RU EXERCE
ATIVIDADE NO RAMO DE COMRCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUO E ADQUIRIU 4.640 KG DE FERRO EM

BARRAS SEM TOMAR AS CAUTELAS NECESSRIAS. PRODUTO RECEBIDO SEM NOTA FISCAL E
COMERCIALIZADO A TERCEIROS. CONTEXTO PROBATRIO DEMONSTRA QUE O RU TINHA CONDIES DE
SABER DA ORIGEM CRIMINOSA DO MATERIAL. DESCLASSIFICAO DO DELITO PARA A MODALIDADE
CULPOSA (ART. 180, 3, DO CDIGO PENAL). NO CABIMENTO. PROVAS COLACIONADAS NOS AUTOS
REVELAM QUE O APELANTE POSSUA CONDIES DE SABER DA ORIGEM CRIMINOSA DO PRODUTO. DOLO
EVIDENCIADO. CONDENAO MANTIDA RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2012.067529-9
(Acrdo). Relatora: Des. Marli Mosimann Vargas. Julgamento: 28/05/2013
10. APELAO CRIMINAL (RU PRESO). SEQUESTRO E CRCERE PRIVADO PARA FINS LIBIDINOSOS, LESES
CORPORAIS PRATICADAS NO MBITO FAMILIAR E ESTUPRO (ART. 148, 1, V, ART. 129, 9 E ART. 213,
CAPUT, POR DUAS VEZES, TODOS DO CDIGO PENAL). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA.
SEQUESTRO PARA FINS LIBIDINOSOS. PRETENSA ABSOLVIO POR AUSNCIA DE PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS DEVIDAMENTE COMPROVADAS. APELANTE QUE
ABORDA EX-COMPANHEIRA EM VIA PBLICA E TOLHE SUA LIBERDADE, PERMANECENDO COM ELA DURANTE
2 DIAS INTERIOR DE UM AUTOMVEL. CRIME PRATICADO COM FINS LIBIDINOSOS. ESTUPRO, INCLUSIVE,
CONSUMADO. PALAVRAS FIRMES E COERENTES DA VTIMA, ALIADAS AOS DEMAIS ELEMENTOS DE PROVA
CONSTANTES NOS AUTOS. NEGATIVA DO RU ISOLADA NOS AUTOS. CONDENAO MANTIDA.
DESCLASSIFICAO PARA CONSTRANGIMENTO ILEGAL (ART. 146 CP). NO CABIMENTO. SUPRESSO OU
RESTRIO DA LIBERDADE FSICA DA VTIMA, INVIABILIZANDO O DIREITO DE IR E VIR. SEQUESTRO
AMPLAMENTE EVIDENCIADO. LESES CORPORAIS NO MBITO FAMILIAR. PLEITO ABSOLUTRIO.
INVIABILIDADE. ALEGAO DE AGRESSES MTUAS NO COMPROVADA NOS AUTOS. DECLARAES DA
VTIMA NO SENTIDO DE QUE, ENQUANTO PRIVADA DE SUA LIBERDADE, FOI AGREDIDA PELO APELANTE COM
SOCOS, TAPAS E PUXES DE CABELO. LAUDO PERICIAL QUE ATESTA AS LESES SOFRIDAS. ESTUPRO.
PLEITEADA ABSOLVIO AO ARGUMENTO DE QUE AS RELAES FORAM CONSENTIDAS PELA OFENDIDA.
TESE INACOLHIDA. CONJUNTO PROBATRIO APTO A DEMONSTRAR QUE O RU CONSTRANGEU A VTIMA,
MEDIANTE VIOLNCIA E GRAVE AMEAA, A MANTER CONJUNO CARNAL POR DUAS VEZES. LAUDO
PERICIAL PRESCINDVEL. CRIME QUE, POR VEZES, NO DEIXA VESTGIOS. NARRATIVA COERENTE DA
OFENDIDA EM AMBAS AS FASES PROCESSUAIS, CORROBORADA PELO CONJUNTO PROBATRIO. ELEMENTOS
SUFICIENTES PARA EMBASAR O DECRETO CONDENATRIO. ALMEJADO RECONHECIMENTO DE ERRO SOBRE
A ILICITUDE DO FATO PORQUANTO O APELANTE MANTEVE RELAES COM A VTIMA TO SOMENTE POR
ACREDITAR QUE REATARIAM O RELACIONAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. RELAES COMPROVADAMENTE
PRATICADAS MEDIANTE VIOLNCIA E GRAVE AMEAA. OUTROSSIM, POSSIBILIDADE DE RECONCILIAO QUE
SOMENTE FOI LEVANTADA PELA VTIMA APS TER SOFRIDO TODOS OS ABUSOS E AGRESSES, POR SER O
NICO MEIO ENCONTRADO PARA NO PERDER A VIDA. RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO. Processo:
2012.063930-3. Relatora: Marli Mosimann Vargas. Julgamento: 28/05/2013.
11. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. MILITAR QUE COMETE, SIMULTANEAMENTE, O CRIME DE LESES
CORPORAIS E DE ABUSO DE AUTORIDADE. SENTENA QUANTO AO CRIME DA LEI N. 4898/65 NA JUSTIA
COMUM QUE NO ENSEJA O RECONHECIMENTO DA COISA JULGADA EM RELAO AO CRIME PREVISTO NO
ART. 209, DO CPM. OBJETOS JURDICOS TUTELADOS QUE SO DISTINTOS. NECESSIDADE DO RETORNO DOS
AUTOS ORIGEM, PARA O PROSSEGUIMENTO DA PERSECUO PENAL NA JUSTIA MILITAR. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2012.023875-4. Relator: Des. Volnei Celso Tomazini. Julgamento:
28/05/2013.
12. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A ADMINISTRAO PBLICA. DISPENSA ILEGAL DE LICITAO
(ART. 89 DA LEI N. 8.666/1993). SENTENA CONDENATRIA. IRRESIGNAO DEFENSIVA. PLEITO
ABSOLUTRIO POR FALTA DE PROVAS. MATERIALIDADE E AUTORIA ATESTADAS. PROVA TESTEMUNHAL EM
CONSONNCIA COM NOTAS DE EMPENHO, RELATRIOS DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO E
CONFISSO QUALIFICADA. PREFEITO QUE FRACIONOU CONTRATAO DE SERVIOS DE LIMPEZA URBANA
COM INTUITO DE BURLAR A NECESSIDADE DE LICITAO. ALEGADA AUSNCIA DE PREJUZO AO ERRIO.
IRRELEVNCIA. INDUBITVEL OFENSA AOS PRINCPIOS LICITATRIOS DA MORALIDADE, IMPESSOALIDADE E
CONCORRNCIA. DOLO CARACTERIZADO. PLEITO DESCLASSIFICATRIO PARA CONDUTA DO ART. 1, IX, DO
DECRETO-LEI N. 201/1967. INVIABILIDADE. DISPOSTIVO DERROGADO. LEI DE LICITAES POSTERIOR E
MAIS GRAVOSA. PRECEDENTES. CONDENAO MANTIDA. DOSIMETRIA. MAUS ANTECEDENTES. FATOS
PRATICADOS ANTES DO APURADO NESTA CAUSA, MAS COM TRNSITO EM JULGADO POSTERIOR.

EXASPERAO CORRETA. SENTENA IRREPARVEL. RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO. Processo:


2013.015367-9 (Acrdo). Relator: Des. Leopoldo Augusto Brggemann. Julgamento: 28/05/2013.
13. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - CRIME AMBIENTAL (ART. 38-A DA LEI N. 9.605/1998) - EXTRAO DE
54 (CINQUENTA E QUATRO) RVORES NATIVAS DA ESPCIE PINHEIRO BRASILEIRO PERTENCENTES AO
BIOMA MATA ATLNTICA - RECURSO DO REPRESENTANTE DO MINISTRIO PBLICO - TRANCAMENTO DA
AO PENAL FUNDADO EM AUSNCIA DE JUSTA CAUSA PORQUE INCIDENTE O PRINCPIO DA
INSIGNIFICNCIA - IMPOSSIBILIDADE - PROTEO CONSTITUCIONAL AO MEIO AMBIENTE - DIREITOS
DIFUSOS QUE PRESSUPEM RELEVNCIA E INDISPONIBILIDADE DO BEM JURIDICAMENTE TUTELADO RECURSO PROVIDO PARA O FIM DE DETERMINAR O REGULAR PROCESSAMENTO DO FEITO. Processo:
2012.086186-9 (Acrdo). Relator: Des. Rodrigo Collao. rgo Julgador: Quarta Cmara Criminal.
Julgamento: 23/05/2013.
14. APELAES CRIMINAIS. TRFICO DE DROGAS E FAVORECIMENTO PESSOAL (RU JORGE). PLEITO
ABSOLUTRIO. AUSNCIA DE ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO E DROGA NO DESTINADA AO COMRCIO.
TESES INSUBSISTENTES. PROVA DOS AUTOS SEGURA QUE DEMONSTRA A PERPETRAO DOLOSA DOS
DELITOS QUE LHE FORAM IMPUTADOS NA EXORDIAL ACUSATRIA. AGENTE QUE RESIDIA EM STIO QUE
SERVIA DE BASE PARA O ARMAZENAMENTO DE DROGAS E ARMAS. ESTUPEFACIENTES QUE SE DESTINAVAM
MERCANCIA. PLEITO SUBSIDIRIO DE DESCLASSIFICAO PARA O ART. 28 DA LEI N. 11.343/06
INVIABILIZADO. CONDENAES MANTIDAS. Se h nos autos elementos probatrios suficientes para indicar,
sem margem a dvidas, a materialidade e a autoria dos delitos, bem assim os elementos subjetivos dos
tipos penais, inviabiliza-se a absolvio. POSSE ILEGAL DE ARMA DE USO RESTRITO (RU JORGE). ART. 16,
PARGRAFO NICO, INCISO IV, DA LEI N. 10.826/06. ACERVO PROBATRIO QUE EVIDENCIA A PERPETRAO
DA CONDUTA. CONFISSO ACRESCIDA DE OUTROS ELEMENTOS PROBATRIOS. AUSNCIA DE LESIVIDADE
NA CONDUTA DE SIMPLESMENTE PORTAR ARMA DE FOGO. TESE RECHAADA. CRIME DE PERIGO ABSTRATO.
DESNECESSIDADE DE EFETIVA EXPOSIO AO RISCO PRODUZIDO. PRECEDENTES DESTA CORTE E DOS
TRIBUNAIS SUPERIORES. CONDENAO VIVEL. "Tratando-se o crime de porte ilegal de arma de fogo delito
de perigo abstrato, que no exige demonstrao de ofensividade real para sua consumao, irrelevante
para sua configurao encontrar-se a arma municiada ou no. Precedentes. Writ denegado" (STF, HC n.
103539, rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, j. 17.04.2012). CONTRAVENO (RU JORGE). ART. 18 DO
DECRETO-LEI N. 3.688/41. APELANTE QUE TINHA EM DEPSITO QUATRO ARMAS "TASER" DE
ELETROCHOQUE. ELEMENTO DO TIPO QUE EXIGE A FALTA DE PERMISSO DE AUTORIDADE. OBJETO QUE
NO EST REGULADO NA LEGISLAO PTRIA COMO DE USO CONTROLADO. IMPOSSIBILIDADE E
DESNECESSIDADE DE OBTENO DE QUALQUER AUTORIZAO PELO ACUSADO. CONDUTA ATPICA. ART.
386, INCISO III, DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. ABSOLVIO IMPERIOSA. mngua de restrio ou
regulamentao na legislao ptria relativa arma de eletrochoque de contato ("taser"), conclui-se que o
objeto no de uso controlado, revelando-se desnecessria e ilgica a exigncia de permisso de
autoridade para o seu depsito, razo pela qual o fato no se enquadra no tipo descrito no art. 18 do
Decreto-lei n. 3.688/41, sendo, pois, atpico. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO EQUIPARADA A USO
RESTRITO (ART. 16, PARGRAFO NICO, INCISO IV, DA LEI DE ARMAS) (RU EVERALDO). AUSNCIA DE
PROVA SUFICIENTE AO RECONHECIMENTO DO CRIME. DENNCIA QUE NO ESPECIFICA DATA DE
OCORRNCIA. ARMAMENTO ENCONTRADO NA POSSE DE OUTREM. ELEMENTOS INSUFICIENTES PARA
DETERMINAR A CONDENAO. ABSOLVIO DECRETADA. Em se tratando da conduta de portar, tem-se
como necessrio que o agente houvesse sido flagrado em tal condio, no sendo suficiente para
determinar o reconhecimento do ilcito penal a confisso de que, ao menos uma vez, teria portado a arma,
utilizada para caa. Ademais, a descoberta do artefato posteriormente, na posse de outrem, inviabiliza o
reconhecimento da prtica delituosa. CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIO DE PENA (RU JORGE). ART. 33, 4,
DA LEI DE DROGAS. IMPOSSIBILIDADE. NO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. ACUSADO QUE SE
DEDICAVA A ATIVIDADES CRIMINOSAS E INTEGRAVA ORGANIZAO CRIMINOSA. PLEITO SUCESSIVO DE
SUBSTITUIO DA PENA POR RESTRITIVAS DE DIREITOS PREJUDICADO. QUANTUM DE PENA QUE SUPLANTA
QUATRO ANOS DE RECLUSO. HONORRIOS DO DEFENSOR DATIVO DE JORGE. NOMEAO EXCLUSIVA PARA
A APRESENTAO DAS CONTRARRAZES RECURSAIS. FIXAO EM 7,5 URH'S. ADVOGADO DATIVO DE
EVERALDO. VERBA FIXADA NA SENTENA. INVIABILIDADE DE NOVO ARBITRAMENTO. RECURSOS PROVIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. As penas infligidas ao trfico de drogas podero ser reduzidas de um sexto a dois
teros, desde que o agente seja primrio, de bons antecedentes, no se dedique s atividades criminosas

nem integre organizao criminosa. A falta de qualquer requisito inviabiliza a concesso da benesse.
Processo: 2012.069451-2. Relator: Des. Jorge Schaefer Martins. Julgamento: 06/06/2013. Classe: Apelao
Criminal (Ru Preso).
15. CRIME DE RACISMO. ARTIGO 20, 2, DA LEI N. 7.716/89. PUBLICAO DE CHARGE EM JORNAL.
SENTENA ABSOLUTRIA. RECURSO DA ACUSAO. ILUSTRAO PEJORATIVA. VINCULAO DO
NASCIMENTO DE CRIANAS AFRODESCENDENTES CRIMINALIDADE. CONTEDO RACISTA MANIFESTO.
COLISO DE PRINCPIOS. LIBERDADE DE EXPRESSO, DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E IGUALDADE.
SOLUO QUE SE D ATRAVS DA UTILIZAO DO PRINCPIO DA PROPORCIONALIDADE. PREVALNCIA DOS
LTIMOS INEQUIVOCAMENTE APLICVEL AO CASO CONCRETO. RECURSO PROVIDO. Ilustrao de recm
nascidos afrodescendentes em fuga de sala da parto, associado aos dizeres de um personagem
(supostamente mdico) de cor branca "Segurana!!! uma fuga em massa!!!", configura a prtica do
crime de racismo. A Constituio Federal de 1988 dispe, em seu artigo 3, entre os objetivos
fundamentais da Repblica, a "promoo do bem de todos, sem preconceito de origem, raa, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminao". Ademais, no captulo referente aos direitos e garantias
individuais, estabelece a "igualdade" como garantia fundamental do indivduo sendo a prtica do racismo
crime inafianvel e imprescritvel (artigo 5, inciso XLII). Havendo coliso de normas constitucionais entre
a que impe a igualdade entre os indivduos e a liberdade de pensamento, deve prevalecer aquela, pois
no possvel que o exerccio do direito de opinio ofenda outros valores constitucionais, mormente a
dignidade humana, fundamento do princpio da igualdade. [...] no se pode atribuir primazia absoluta
liberdade de expresso, no contexto de uma sociedade pluralista, em face de valores outros como os da
igualdade e da dignidade humana. [...] Ela encontra limites, tambm no que diz respeito s manifestaes
de contedo discriminatrio ou de contedo racista. Trata-se, como j assinalado, de uma elementar
exigncia do prprio sistema democrtico, que pressupe a igualdade e a tolerncia entre os diversos
grupos. (HC 82424, Relator: Min. MOREIRA ALVES, Relator para Acrdo: Min. MAURCIO CORRA, Tribunal
Pleno, julgado em 17/09/2003). DOSIMETRIA. CHARGISTA, AUTOR DA ILUSTRAO. PENA FIXADA EM 2
(DOIS) ANOS DE RECLUSO. REGIME INICIAL ABERTO. SUBSTITUIO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
POR DUAS RESTRITIVAS DE DIREITOS. EDITOR CHEFE EM EXERCCIO. PARTICIPAO DE MENOR
IMPORTNCIA. PENA DEFINITIVA EM 1 (UM) ANO E 4 (QUATRO) MESES DE RECLUSO. REGIME INICIAL
ABERTO. PENA CORPORAL IGUALMENTE SUBSTITUDA. [...] partcipe quem concorre para que o autor ou
coautores realizem a conduta principal, ou seja, aquele que, sem praticar o verbo (ncleo) do tipo, concorre
de algum modo para a produo do resultado. Assim, (...) pode-se dizer que o agente que exerce a
vigilncia sobre o local para que seus comparsas pratiquem o delito de roubo considerado partcipe, pois,
sem realizar a conduta principal (no subtraiu, nem cometeu violncia ou grave ameaa contra a vtima),
colaborou para que os autores lograssem a produo do resultado. Dois aspectos definem a participao:
a) vontade de cooperar com a conduta principal, mesmo que a produo do resultado fique na inteira
dependncia do autor; b) cooperao efetiva, mediante uma atuao concreta acessria da conduta
principal (CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal - parte geral. 10. ed. So Paulo: Saraiva, 2006. p. 338339). PRESCRIO. IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO. CRIME IMPRESCRITVEL. INTELIGNCIA DO
ART. 5, INCISO XLII, DA CONSTITUIO FEDERAL. Processo: 2012.016841-9 (Acrdo). Relator: Des. Jorge
Schaefer Martins. Julgamento: 23/05/2013.
16. APELAO. ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE. APURAO DE ATO INFRACIONAL ANLOGO AO
TRFICO ILCITO DE DROGAS. SENTENA QUE IMPS MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DA SEMILIBERDADE.
RECURSO DEFENSIVO. PRELIMINARES DE NULIDADE DO PROCESSO EM RAZO DA AUSNCIA DE LAUDO
INTERDISCIPLINAR E DE DEPENDNCIA QUMICA. PRESCINDIBILIDADE DOS EXAMES. AUSNCIA DE LAUDO
INTERDISCIPLINAR QUE NO INVIABILIZA A VERIFICAO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA MAIS ADEQUADA AO
CASO. ADOLESCENTE QUE AFIRMA, EM TODAS AS OPORTUNIDADES EM QUE FOI OUVIDO, QUE A
SUBSTNCIA ENTORPECENTE ERA DESTINADA AO COMRCIO, BEM COMO SE TRATAR DE USURIO
EVENTUAL. AVENTADA DEPENDNCIA QUE NO ILIDE SUA PLENA CINCIA A RESPEITO DO CARTER ILCITO
DA CONDUTA. PRELIMINARES REJEITADAS. MRITO. APLICAO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DA
SEMILIBERDADE. CIRCUNSTNCIAS E GRAVIDADES DA INFRAO, BEM COMO POSTERIOR FUGA DO
REEDUCANDO QUE RECOMENDAM A MANUTENO DA MEDIDA IMPOSTA. RECURSO DESPROVIDO. "
dispensvel a realizao do estudo tcnico interdisciplinar previsto no art. 186, 2, do Estatuto da Criana
e do Adolescente, sendo necessrio apenas nas situaes em que as informaes constantes dos autos no

forem suficientes para se averiguar a medida socioeducativa pertinente". Processo: 2011.077946-0


(Acrdo). Relator: Des. Rodrigo Collao. Julgamento: 06/06/2013. Classe: Apelao / ECA
Cmaras de Direito Civil
17. APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANO MORAL. ALARME DE SISTEMA ANTIFURTO
ACIONADO POR DUAS VEZES DE FORMA INDEVIDA EM SUPERMERCADO DE GRANDE PORTE. SENTENA DE
IMPROCEDNCIA. RECURSO DA REQUERENTE. PLEITO PELA REFORMA DA SENTENA AO ARGUMENTO DE
FALHA NA PRESTAO DO SERVIO. SUBSISTNCIA. APLICABILIDADE DO CDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. PREPOSTO DO DEMANDADO QUE DE FORMA NEGLIGENTE DEIXA DE RETIRAR OS LACRES DE
SEGURANA DAS MERCADORIAS ADQUIRIDAS, OCASIONANDO SUCESSIVOS ACIONAMENTOS DO SISTEMA
DE SEGURANA ANTIFURTO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA RECONHECIDA A TEOR DO ARTIGO 14 DO
CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. DANO MORAL PRESUMIDO (IN RE IPSA). SUBMISSO DA AUTORA
SITUAO VEXATRIA E CONSTRANGIMENTO ATESTADO POR TESTEMUNHA OCULAR. DEVER DE INDENIZAR
CONFIGURADO. QUANTUM INDENIZATRIO FIXADO NO VALOR PLEITEADO NA INICIAL EM R$ 46.000,00
(QUARENTA E SEIS MIL REAIS). OBSERVNCIA DOS PRINCPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE
ALM DO CARTER INIBIDOR E PEDAGGICO DA REPRIMENDA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
SENTENA REFORMADA. INVERSO DO NUS SUCUMBNCIAL. ARBITRAMENTO DOS HONORRIOS
ADVOCATCIOS EM 20% (VINTE POR CENTO) SOBRE O VALOR ATUALIZADO DA CONDENAO. EXEGESE DO
ARTIGO 20, PARGRAFOS 3 E 4 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. NO INCIDNCIA DO LIMITE PREVISTO
NO ARTIGO 11, 1, DA LEI N. 1.060/1950, POR OFENDER FRONTALMENTE O PRINCPIO CONSTITUCIONAL
DA EQUIDADE. SERVIOS ADVOCATCIOS PRESTADOS COM EFICINCIA E PRESTEZA PELO PATRONO DA
AUTORA. NECESSIDADE DE VALORIZAO DO TRABALHO DO ADVOGADO. INTELIGNCIA DOS ARTIGOS 1,
IV, 133 E 170 CONSTITUIO FEDERAL. Processo: 2010.081660-0 (Acrdo). Relatora: Des. Denise Volpato.
Julgamento: 28/05/2013.
18. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE INDENIZAO DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRNSITO.
DEMANDA ORIGINARIAMENTE AJUIZADA CONTRA O ESPLIO DOS PRETENSOS CAUSADORES DO EVENTO
DANOSO, QUE FALECERAM EM RAZO DO INFORTNIO. CAUSA DE PREJUDICIALIDADE EXTERNA.
SIMULTNEO AJUIZAMENTO DE AO INDENIZATRIA PELOS HERDEIROS DOS MORTOS CONTRA A
MULTINACIONAL FABRICANTE DO PNEU DA CAMIONETA POR ELES TRIPULADA. DEFEITO DE FABRICAO DO
PNEUMTICO ADEQUADAMENTE COMPROVADO. DESPRENDIMENTO DA BANDA DE RODAGEM, QUE FEZ COM
QUE O CONDUTOR DO VECULO PERDESSE O CONTROLE DA DIREO. DEVER DE INDENIZAR DA
BRIDGESTONE DO BRASIL CONFIGURADO. INSURGNCIA CONTRA DECISO QUE JULGOU EXTINTO O FEITO
COM RELAO AO ESPLIO, DEFERINDO O ADITAMENTO DA INICIAL, COM A ALTERAO DO POLO PASSIVO
E DA CAUSA DE PEDIR. REDIRECIONAMENTO DA AO CONTRA A TRANSNACIONAL MANUFATURADORA DO
PNEU. POSSIBILIDADE. MITIGAO DO PRINCPIO DA ESTABILIZAO SUBJETIVA DA DEMANDA.
PREVALNCIA DOS PRINCPIOS DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS E ECONOMIA PROCESSUAL.
INEXISTNCIA DE PREJUZO S PARTES, TAMPOUCO OFENSA AO CONTRADITRIO E AMPLA DEFESA.
DECISO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. " que, hodiernamente, cedio que o rigor
excessivo no se coaduna com os princpios da efetividade do processo e da instrumentalidade das formas,
alm de revelar verdadeira violao aos princpios constitucionais do devido processo legal e do acesso
justia". Processo: 2010.048960-9 (Acrdo). Relator: Des. Luiz Fernando Boller. Julgamento: 06/06/2013.
19. APELAO CVEL EM AO DE DISSOLUO/RECONHECIMENTO DE SOCIEDADE DE FATO JULGADA
PARCIALMENTE PROCEDENTE. EXISTNCIA DE UNIO ESTVEL ENTRE A DEMANDANTE E O FALECIDO
GENITOR DAS APELANTES NO PERODO COMPREENDIDO ENTRE 1992 E 2005. DIREITO DA RECORRIDA EM
HERDAR PARTE DO PATRIMNIO DEIXADO PELO ENTO COMPANHEIRO. INSURGNCIA INTERPOSTA PELAS
FILHAS DO VARO. ALEGAO DE QUE O RELACIONAMENTO AFETIVO NO TINHA POR OBJETIVO
CONSTITUIR FAMLIA. CONJUNTO PROBATRIO QUE INDICA A EXISTNCIA DE AFFECTIO MARITALIS. CASAL
QUE, EM INMERAS OPORTUNIDADES, APRESENTAVA-SE PERANTE A SOCIEDADE COMO SE COMPANHEIROS
FOSSEM. CONVIVNCIA IRREFUTVEL. DECISO SINGULAR QUE RELEGOU A REALIZAO DA PARTILHA PARA
PROCEDIMENTO PRPRIO. POSSIBILIDADE. AUSNCIA DE INTERESSE RECURSAL DAS INSURGENTES NESTE
PONTO. EXISTNCIA DE INVENTRIO EM TRMITE, APENAS AGUARDANDO O DESFECHO DA PRESENTE
ACTIO. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO. " certo que, a despeito da possibilidade da
partilha de bens ser realizada atravs de procedimento autnomo, sempre que possvel, havendo

cumulao de pedidos, deve ela ser apreciada juntamente com o pleito de dissoluo de sociedade
conjugal, evitando-se, assim, o prolongamento do litgio entre os ex-conviventes e a multiplicao de
demandas. De todo modo, no parece oportuno, aps passados mais de cinco anos do ingresso da ao,
proclamar-se a nulidade da sentena, porque a partilha no foi decidida como deveria, ocasionando, em
consequncia, manifesto prejuzo em relao aos outros pontos sobre os quais se digladiam as partes e
sobre os quais houve adequado enfrentamento pelo magistrado sentenciante" Processo: 2012.006127-0.
Relator: Des. Luiz Fernando Boller.
20. CONSUMIDOR. VCIO DO PRODUTO. AQUISIO DE VECULO ZERO QUILMETRO. INDENIZAO POR
DANOS MATERIAIS (RESTITUIO DA QUANTIA PAGA) E MORAIS. SENTENA DE IMPROCEDNCIA.
COMPENSAO PATRIMONIAL PREJUDICADA DIANTE DA VENDA DO BEM NO CURSO DA DEMANDA. ABALO
ANMICO VERIFICADO. SURGIMENTO DE INFILTRAES NO PRIMEIRO ANO DE USO. CONTEXTO QUE REVELA
A INEFICINCIA DOS SERVIOS DE REPARO E SUPORTE AO CLIENTE. CONSUMIDORA DESPROVIDA DO BEM
POR TEMPO INACEITVEL. SENTIMENTO DE FRUSTRAO E TRANSTORNOS QUE ULTRAPASSAM O MERO
CONSTRANGIMENTO. QUANTUM INDENIZATRIO ARBITRADO EM R$ 15.000,00. SENTENA REFORMADA.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. A compra de um veculo novo representa, para muitos, a
conquista do to almejado bem da vida. Por essa mesma razo, incute, no adquirente, a ideia de
segurana, tranquilidade, durabilidade e conforto. O surgimento de vcio incomum (infiltrao de gua) no
primeiro ano de uso do produto adquirido, seguido de inmeros transtornos na utilizao do servio de
reparo e suporte ao cliente, frustra drasticamente as expectativas cultivadas, ensejando abalo anmico
passvel de indenizao. Processo: 2012.007996-1. Relator: Des. Ronei Danielli. Julgamento: 06/06/2013
Classe: Apelao Cvel.
Cmaras de Direito Comercial
21. APELAO CVEL. TRANSPORTE MARTIMO. AO INDENIZATRIA. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM
E INPCIA DA INICIAL ARREDADAS. CERCEAMENTO DE DEFESA INOCORRENTE. RELAO DE CONSUMO.
CONTRATANTE. DESTINATRIO DA CARGA TRANSPORTADA. CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
APLICVEL. REVISO DE CLUSULA CONTRATUAL SEM PROVOCAO DAS PARTES. DESCABIMENTO.
JULGAMENTO EXTRA PETITA. RECONHECIMENTO QUE IMPORTA EM DECOTAR O EXCESSO. PLUVIOSIDADE
EXCESSIVA, NAVEGAO DIFICULTADA. FENMENOS CLIMTICOS NATURAIS E PREVISVEIS. FORA MAIOR
NO TIPIFICADA. SOBRE-ESTADIA (DEMURRAGE). COBRANA INDEVIDA. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. Processo: 2012.082494-0. Relator: Des. Rodrigo Cunha. Origem: Julgamento:
06/06/2013. Data de Publicao: 13/06/2013. Classe: Apelao Cvel.
22. APELAO CVEL - EMBARGOS EXECUO FUNDADA EM NOTA DE CRDITO INDUSTRIAL - ANTERIOR
CONVERSO DO JULGAMENTO EM DILIGNCIA PARA QUE A INSTITUIO FINANCEIRA ACOSTASSE AOS
AUTOS OS AJUSTES ATRELADOS AO TTULO OBJETO DA EXPROPRIATRIA, EXTRATOS DE MOVIMENTAO
BANCRIA E DEMONSTRATIVO DE DBITO ATUALIZADO - PROVIDNCIA CUMPRIDA DE FORMA
INSATISFATRIA - JUNTADA TO SOMENTE DO INSTRUMENTO TOCANTE CONTA-CORRENTE VINCULADA E
DA PRPRIA NOTA DE CRDITO EXECUTADA - IMPOSSIBILIDADE DE AVERIGUAO DOS PARMETROS
ADOTADOS NA COMPOSIO DO QUANTUM EXECUTADO - NULIDADE DA EXECUO NOS TERMOS DO ART.
618 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL - EXTINO DA EXECUO POR AUSNCIA DE PRESSUPOSTO DE
CONSTITUIO E DESENVOLVIMENTO VLIDOS DO PROCESSO - RECURSO PROVIDO. Determinada a juntada
dos contratos atrelados nota de crdito industrial executada, o cumprimento insatisfatrio pelo
exequente impede a constatao dos parmetros adotados na composio do quantum e, assim, macula
de iliquidez o ttulo, sendo nula a execuo (art. 618, I, CPC), razo pela qual a extino do feito executivo
medida que se impe. Processo: 2009.059385-6. Relator: Des. Robson Luz Varella. Julgamento:
11/06/2013. Classe: Apelao Cvel.
23. APELAO CVEL - AO DE REINTEGRAO DE POSSE FUNDADA EM CONTRATO DE ARRENDAMENTO
MERCANTIL - EXTINO DA DEMANDA POR ABANDONO DA CAUSA - INTIMAO PESSOAL DA PARTE AUTORA
PARA IMPULSIONAR O FEITO, COMINANDO SANO INRCIA - AUSNCIA, CONTUDO, DE ADVERTNCIA DE
PENA DE EXTINO NA INTIMAO DIRIGIDA AO PATRONO DA CASA BANCRIA - INVALIDADE - OFENSA AO
1 DO ART. 267 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL - SENTENA CASSADA - RECURSO PROVIDO. A extino
do processo sem julgamento de mrito, com base no abandono de causa pelo autor, considerada a

gravidade da medida extintiva, exige os seguintes requisitos bsicos: a) a negligncia da parte autora, ao
deixar de praticar ato indispensvel ao prosseguimento do feito, no prazo legal; b) a dupla intimao
dirigida, uma ao advogado do autor, pela imprensa oficial, e outra pessoalmente ao autor, como sujeito
ativo da relao processual; c) a necessidade de requerimento do ru, a teor da smula 240 do STJ, mas
apenas se j citado nos autos. Constatado nos autos que apenas a parte autora foi intimada
(pessoalmente) para impulsionar o feito, o mesmo no tendo ocorrido na pessoa de seu patrono, ao qual foi
dirigida intimao sem cominar-se sano para eventual descumprimento, de rigor cassar a sentena e a
fim de ter prosseguimento a demanda. Processo: 2013.026296-1. Relator: Des. Robson Luz Varella.
Julgamento: 04/06/2013.
24. APELAO CVEL. EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA EM DEFESA DE INTERESSES
INDIVIDUAIS HOMOGNEOS JULGADA EM OUTRA UNIDADE DA FEDERAO. SENTENA RECORRIDA QUE
LIMITOU SEUS EFEITOS DE PROCEDNCIA COMPETNCIA TERRITORIAL DO RGO JULGADOR, EM
CONFORMIDADE COM O ART. 16 DA LEI DA AO CIVIL PBLICA. IMPOSSIBILIDADE. LIMITES DA DECISO EM
AO CIVIL PBLICA. COISA JULGADA ERGA OMNES, EM TODO TERRITRIO NACIONAL. EXEGESE DAS
DISPOSIES DOS ARTS. 93, II, e 103, III, DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. SENTENA CASSADA.
RECURSO PROVIDO. "1. A sentena genrica proferida na ao civil coletiva ajuizada pelo Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor, que condenou o Banco do Brasil ao pagamento de diferenas
decorrentes de expurgos inflacionrios sobre cadernetas de poupana ocorridos em janeiro de 1989, disps
que seus efeitos teriam abrangncia nacional, erga omnes. No cabe, aps o trnsito em julgado,
questionar a legalidade da determinao, em face da regra do art. 16 da Lei 7.347/85 com a redao dada
pela Lei 9.494/97, questo expressamente repelida pelo acrdo que julgou os embargos de declarao
opostos ao acrdo na apelao. PROCESSO CIVIL. SENTENA EXTINTIVA DO PROCESSO SEM JULGAMENTO
DO MRITO CASSADA. FEITO EM CONDIES DE IMEDIATO JULGAMENTO. INTELIGNCIA DO ART. 515, 3,
DO CPC. CONHECIMENTO DA CAUSA NO JUZO RECURSAL. POSSIBILIDADE. Nos casos de extino do
processo, sem julgamento do mrito, cassada a sentena, pode o Tribunal julgar desde logo a lide se a
causa versar sobre questo exclusivamente de direito e estiver em condies de imediato julgamento, ex vi
do art. 515, 3, do Cdigo de Processo Civil, acrescentado pela Lei n. 10.352, de 26.12.2001. Tal porque,
com a aplicao desse dispositivo "no h quebra do due of law nem excluso do contraditrio, porque o
julgamento feito pelo tribunal incidir sobre o processo precisamente no ponto em que incidiria a sentena
do juiz inferior, sem privar o autor de qualquer oportunidade para alegar, provar ou argumentar
oportunidades que ele tambm j no teria se o processo voltasse para ser sentenciado em primeiro grau
de jurisdio" (Cndido Rangel Dinamarco). APELAO CVEL. IMPUGNAO AO CUMPRIMENTO DE
SENTENA. AO CIVIL PBLICA. CADERNETA DE POUPANA. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA INSTITUIO
FINANCEIRA DEPOSITRIA NO CONFIGURADA. "1. A instituio financeira depositria possui legitimidade
passiva ad causam para figurar em aes que visam atualizao das cadernetas de poupana pelo ndice
inflacionrio expurgado por planos econmicos. (...) 3. Agravo regimental desprovido." (STJ, AgRg no Ag
1253812 / SP, Relator Ministro Joo Otvio de Noronha). APELAO CVEL. IMPUGNAO AO CUMPRIMENTO
DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA. PRESCRIO. SEGUE O MESMO PRAZO DA AO. SMULA 150 STF.
CONTAGEM DE CINCO ANOS QUE SE INICIA A PARTIR DO TRNSITO EM JULGADO DA SENTENA COLETIVA.
PACIFICAO DO ENTENDIMENTO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA, PARA OS FINS DO ART. 543-C DO
CPC. PRESCRIO RECONHECIDA. PEDIDO DO AUTOR IMPROCEDENTE. "1.- Para os efeitos do art. 543-C do
Cdigo de Processo Civil, foi fixada a seguinte tese: 'No mbito do Direito Privado, de cinco anos o prazo
prescricional para ajuizamento da execuo individual em pedido de cumprimento de sentena proferida
em Ao Civil Pblica'. (...) 3.- Recurso Especial provido: a) consolidando-se a tese supra, no regime do art.
543-C do Cdigo de Processo Civil e da Resoluo 08/2008 do Superior Tribunal de Justia; b) no caso
concreto,julgando-se prescrita a execuo em cumprimento de sentena.". Processo: 2009.046348-1.
Relator: Des. Paulo Roberto Camargo Costa. Julgamento: 13/06/2013. Classe: Apelao Cvel.
25. APELAO CVEL. AO DE PRESTAO DE CONTAS. PLANO COMUNITRIO DE TELEFONIA. CONTRATO
DE PROMESSA DE ENTRONCAMENTO E ABSORO DA PLANTA E DEMAIS DOCUMENTOS INERENTES.
SENTENA QUE EXTINGUE A DEMANDA POR ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM E AUSNCIA DE INTERESSE
DE AGIR. IRRESIGNAO DO AUTOR. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAO, EM SEDE DE CONTRARRAZES, DE
INPCIA DO APELO EM FACE DA AUSNCIA DE RAZES RECURSAIS. ASSERTIVA DE QUE O AUTOR TERIA SE
LIMITADO A RESUMIR A LIDE PARA, AO FINAL, REQUERER O PROVIMENTO DO INCONFORMISMO. TESE

INACOLHIDA. IRRESIGNAO QUE PREENCHE OS REQUISITOS DO ART. 514, INCISO II, DO CDIGO BUZAID.
ENFOQUE DO APELO IMPERATIVO. AVENTADA PERTINNCIA SUBJETIVA ATIVA. REQUERENTE QUE, NA
QUALIDADE DE ADQUIRENTE DAS AES, TEM INTERESSE EM OBTER A PRESTAO DE CONTAS RELATIVA
AO NEGCIO JURDICO ENTABULADO. CONDIO DA AO PRESENTE. INTERESSE DE AGIR. AVENTADA
PRESENA DA CONDIO DA AO. ACOLHIMENTO. DESNECESSIDADE DE ESGOTAMENTO DA VIA
EXTRAJUDICIAL VINDA AO PODER JUDICIRIO. INCIDNCIA DA REGRA DO INCISO XXXV DO ART. 5 DA
CARTA CIDAD. CASO DEBATIDO NO PROCESSO QUE GUARDA INTENSA DISSONNCIA COM A MATRIA
UNIFORMIZADA PELO TRIBUNAL DA CIDADANIA NO RECURSO ESPECIAL N. 982.133, QUE TRATA DAS
DEMANDAS CAUTELARES EXIBITRIAS NA HIPTESE EM QUE O CONSUMIDOR OBJETIVA APRESENTAO DE
DOCUMENTOS SOCIETRIOS. INVIABILIDADE DE SE EXIGIREM RGIDAS FORMALIDADES PARA O
FORNECIMENTO DE DADOS CONTRATUAIS EM RELAO DE CONSUMO, SOB PENA DE VIOLAO AO ART. 6,
INCISO III, DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CASSAO DA SENTENA EXTINTIVA QUE SE
DESNUDA COGENTE. JULGAMENTO DA AO EM CONFORMIDADE COM O ART. 515, 3, DO CPC.
PRESTAO DE CONTAS. DEVER INAFASTVEL. CONCESSIONRIA DE SERVIO PBLICO EQUIPARVEL
GESTORA DE NEGCIOS DOS ACIONISTAS. EXEGESE DOS ARTS. 861 E SEGUINTES DO CDIGO CIVIL.
PRESTAO QUE DEVE OCORRER NA FORMA DO ART. 915, 2 DO CDIGO BUZAID. PROCEDNCIA DA
PRETENSO DEDUZIDA NO PRTICO INAUGURAL. NUS SUCUMBENCIAIS. DECISO EXTINTIVA CASSADA
NESTE GRAU DE JURISDIO, COM JULGAMENTO DE PROCEDNCIA DO PEDIDO VERTIDO NA INICIAL POR
ESTE COLEGIADO. CONSTATAO DE QUE O POSTULANTE RESTOU INTEGRALMENTE VENCEDOR NA
DEMANDA. VERBA SUCUMBENCIAL A SER ARCADA NA TOTALIDADE PELA DEMANDADA. ARBITRAMENTO DA
VERBA HONORRIA EM CONFORMIDADE COM O 4 DO ART. 20 CPC, OBSERVADOS BALIZAMENTOS
ALNEAS DO 3 DO MESMO DISPOSITIVO LEGAL. RECURSO PROVIDO. Processo: 2012.032312-5. Relator:
Des. Jos Carlos Carstens Khler. Julgamento: 11/06/2013.
Cmaras de Direito Pblico
26. DIREITO SADE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. INTERESSE DE AGIR. REMDIO DISPONIBILIZADO
PELO SUS. AUSNCIA DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. IRRELEVNCIA. PRETENSO RESISTIDA. AMPLO
ACESSO JUSTIA. PREFACIAL AFASTADA. IMPOSIO DO SEQUESTRO DE VERBA PBLICA PARA
ASSEGURAR O CUMPRIMENTO DA DECISO JUDICIAL. POSSIBILIDADE. INTELIGNCIA DO ART. 461, 5, DO
CPC. " possvel a imposio do bloqueio de verbas pblicas para garantir o fornecimento de medicamento
pelo Estado (genericamente falando) a portador de doena grave, como medida executiva (coercitiva) para
a efetivao da tutela, ainda que em carter excepcional, eis que o legislador deixou ao arbtrio do Juiz a
escolha das medidas que melhor se harmonizem s peculiaridades de cada caso concreto (CPC, art. 461,
5). Portanto, em caso de comprovada urgncia, possvel a aquisio, mediante sequestro de verba
pblica, de tratamento mdico necessrio manuteno da sade de pessoa carente de recursos para
adquiri-lo, sendo inaplicvel o regime especial dos precatrios (CF, art. 100), utilizado nas hipteses de
execuo de condenaes judiciais contra a Fazenda Pblica, pois, na espcie, deve ser privilegiada a
proteo ao direito vida e sade do paciente". RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. SENTENA
INALTERADA EM REEXAME. Processo: 2012.083755-2 (Acrdo). Relator: Des. Jorge Luiz de Borba.
Julgamento: 03/06/2013. Data de Publicao: 11/06/2013. Juiz Prolator: Edison Zimmer. Classe: Apelao
Cvel.
27. ADMINISTRATIVO. CONTRATO TEMPORRIO. EDUCADORA DO PROGRAMA SENTINELA DO MUNICPIO DE
JOAABA. PACTO FIRMADO COM FUNDAMENTO NO ART. 37, IX, DA CRFB/88. CONTRATAO PARA ATENDER
A NECESSIDADE TEMPORRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PBLICO. ADMISSO PREVISTA EM LEI
MUNICIPAL. PERODO LABORAL QUE OBSERVOU O PRAZO PREVISTO EM LEI. CONTRATO VLIDO. As
contrataes administrativas oriundas da permisso constitucional prevista no art. 37, IX, da CRFB/88 so
permitidas e encontram amparo jurdico quando observam seus requisitos ensejadores, a saber: a) previso
em lei; b) contratao por tempo determinado; c) destinada a atender necessidade temporria de
excepcional interesse pblico. A admisso por tempo determinado para fazer frente necessidade
temporria dentro do prazo estipulado em lei deve ser considerado vlido, j que respeitou o modo, a
forma e os limites estabelecidos na Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988. EFEITOS DO
CONTRATO POR TEMPO DETERMINADO PARA ATENDER NECESSIDADE TEMPORRIA DE EXCEPCIONAL
INTERESSE PBLICO. NATUREZA JURDICO-ADMINISTRATIVO. DIREITO APENAS AS PARCELAS PREVISTAS NA
LEI QUE CRIOU OS CARGOS TEMPORRIOS. O contrato por prazo determinado possui natureza jurdicoadministrativo, mantendo essa condio originalmente estabelecida entre as partes, mesmo que encerrado

o pacto antes do perodo previsto ou prorrogado alm do prazo de vigncia do contrato temporrio, razo
pela qual o servidor somente tem direito s verbas previstas na lei que autorizou a contratao
excepcional. SENTENA DE PARCIAL PROCEDNCIA REFORMADA. APELO DO MUNICPIO PROVIDO, PARA
JULGAR IMPROCEDENTES OS PEDIDOS FORMULADOS. APELO DA AUTORA DESPROVIDO. Processo:
2013.001807-6 (Acrdo). Relator: Des. Francisco Oliveira Neto. Origem: Joaaba. rgo Julgador: Segunda
Cmara de Direito Pblico. Data de Julgamento: 04/06/2013. Juiz Prolator: Alexandre Dittrich Buhr.
28. APELAO CVEL. LIMITAO AO USO DA PROPRIEDADE. AO INDENIZATRIA MOVIDA CONTRA
MUNICPIO. IMVEL LOCALIZADO EM REA DE RESTINGA. RESTRIO DITADA PELO CDIGO FLORESTAL
REVOGADO (ART. 2, "F", DA LEI 4.771/65) ANTERIOR AQUISIO DO BEM. PLANO DIRETOR MUNICIPAL
QUE MANTEVE O STATUS NON AEDIFICANDI. AUSNCIA DE DIREITO INDENIZAO. SENTENA
REFORMADA. RECURSO PROVIDO. Como a limitao administrativa ao direito de construir, instituda pelo
revogado Cdigo Florestal (e mantida pelo atual Cdigo Ambiental), era anterior aquisio do imvel, no
h falar na procedncia do pleito indenizatrio perseguido pelo proprietrio, dado que o plano diretor
municipal, editado ulteriormente, apenas manteve o status non aedificandi. Processo: 2011.000364-6
(Acrdo). Relator: Des. Joo Henrique Blasi. Julgamento: 04/06/2013.
29. AO CIVIL PBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. ACUMULAO DE CARGOS PBLICOS. HIPTESE
NO PERFECTABILIZADA PARA OS EFEITOS LEGAIS. PREFEITO MUNICIPAL QUE EXERCE ESPORADICAMENTE,
E EM COOPERAO COM COLEGA, A MEDICINA. IRREGULARIDADE QUE NO ATENTA CONTRA OS
PRINCPIOS VETORES DA ADMINISTRAO PBLICA. AUSNCIA DE DEMONSTRAO DA PERCEPO DE
QUALQUER CONTRAPRESTAO REMUNERATRIA. FATOS OCORRIDOS NOS 5 ANOS ANTERIORES
PROPOSITURA DA AO. PRESCRIO. INEXISTNCIA DE VALORES A RESTITUIR. DEMANDA NO RECEBIDA
NA ORIGEM, FORTE NO 8 DO ART. 17 DA LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. SENTENA MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2012.072300-2 (Acrdo). Relator: Des. Cesar Abreu. Origem: Mondai.
rgo Julgador: Terceira Cmara de Direito Pblico. Julgamento: 28/05/2013. Classe: Apelao Cvel.
30. Apelao cvel. Responsabilidade civil do Estado. Indenizao por danos morais. Encaminhamento do
autor para averiguao. Prtica efetuada dentro dos limites legais. Inocorrncia de erro de procedimento.
Recurso desprovido. A ao de Policial Militar que se pauta estritamente no cumprimento de dever legal,
no d ensejo indenizao por danos morais, principalmente se foi a pretensa vtima que deu causa aos
fatos que culminaram na sua deteno. O Estado no est obrigado a indenizar qualquer caso em razo da
responsabilidade objetiva. A adoo de tal teoria somente desobriga a vtima da prova de culpa do agente
da Administrao, sendo atribuio desta provar a culpa do lesado no evento danoso, para que fique livre
do dever de indenizar. Processo: 2012.051432-4. Relator: Des. Pedro Manoel Abreu. Julgamento:
28/05/2013.
31. AO POPULAR. REEXAME NECESSRIO E APELAO CVEL. LICITAO. DISPENSA. CONTRATAO DE
AGNCIA DE PUBLICIDADE SEM PRVIO PROCESSO LICITATRIO. OFENSA AOS PRINCPIOS DA
ADMINISTRAO PBLICA. SENTENA QUE INDEFERIU A PETIO INICIAL. AUSNCIA DE COMPROVAO DE
LESIVIDADE AO ERRIO. REQUISITO DISPENSVEL. DECISO ANULADA. ENTENDIMENTO SEDIMENTADO NOS
TRIBUNAIS SUPERIORES. A ILEGALIDADE DO ATO BASTA PARA A PROPOSITURA DA DEMANDA. RECURSOS
CONHECIDOS E PARCIALMENTE PROVIDOS. "1. A Constituio da Repblica vigente, em seu art. 5,
inc.LXXIII, inserindo no mbito de uma democracia de cunho representativo eminentemente indireto um
instituto prprio de democracias representativas diretas, prev que "qualquer cidado parte legtima para
propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado
participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o
autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia". Tal dispositivo deixa
claro que a ao popular, tambm, cabvel com vistas a anular atos lesivos moralidade administrativa.
2. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE n. 170.768/SP, pacificou ser ausente a contrariedade
ao art. 5, LXXIII, Lei Maior por entender que, para o cabimento da ao popular, basta a ilegalidade do ato
administrativo a invalidar, por contrariar normas especficas que regem a sua prtica ou por se desviar de
princpios que norteiam a Administrao Pblica, sendo dispensvel a demonstrao de prejuzo material
aos cofres pblicos.". Processo: 2011.085501-4. Relator: Des. Jlio Csar Knoll. Julgamento: 23/05/2013.
Classe: Apelao Cvel.

32. TRIBUTRIO - IPTU - LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL QUE PREV ALQUOTA DIFERENCIADA COM
PERCENTUAL (2%) MAIOR PARA IMVEIS EDIFICADOS DESPROVIDOS DE MURO FRONTAL E PASSEIO EM VIA
PAVIMENTADA - AUSNCIA DE PROGRESSIVIDADE E CUNHO PUNITIVO - APLICAO DO ART. 156, 1, II, DA
CF/88 - CONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA PELO GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO IMPROCEDNCIA DO PEDIDO DE ANULAO DO LANAMENTO FISCAL. "Com base no permissivo inscrito no
art. 156, 1, inc. II, da Constituio Federal, com a redao dada pela Emenda Constitucional n. 29/2000,
a destinao e o uso do imvel podem ser utilizados como balizadores para a fixao das alquotas do IPTU,
desde que aplicados como forma de promover e orientar o adequado desenvolvimento urbano. Trata-se de
vis extrafiscal da cobrana do IPTU, admitido pela Constituio. Assim, o legislador municipal, ao escolher
a alquota diferenciada para imveis desprovidos de muro frontal e passeio pblico, em confronto com a
legislao especfica local, no atribui exao cunho punitivo, mas sim prestigia o aludido mandamento
constitucional.". Processo: 2012.042967-8 (Acrdo). Relator: Des. Jaime Ramos. Origem: Joinville. rgo
Julgador: Quarta Cmara de Direito Pblico. Data de Julgamento: 13/06/2013. Data de Publicao:
20/06/2013. Juiz Prolator: Roberto Lepper. Classe: Apelao Cvel.
Cmara Especial Regional de Chapec
33. AGRAVO (ART. 557, 1, CPC). INTERPOSIO CONTRA DECISO QUE SUSPENDEU O FEITO E
DETERMINOU O RETORNO DOS AUTOS ORIGEM. PROCESSO DE DESTITUIO DO PODER FAMILIAR.
MEDIDA EXTREMA. NECESSIDADE DE ACOMPANHAMENTO E ORIENTAO DOS GENITORES VISANDO A
MANUTENO DA FAMLIA NATURAL. POSSIBILIDADE QUE NO DEVE SER DESPREZADA PELO JUDICIRIO.
MANUTENO DA DECISO RECORRIDA. PROVIMENTO NEGADO. Processo: 2012.051920-7. Relator: Des.
Paulo Ricardo Bruschi. Julgamento: 10/06/2013. Data de Publicao: 20/06/2013.

Turmas de Recursos
34. RECURSO INOMINADO - RELAO DE CONSUMO -INSTITUIO FINANCEIRA - CONTA CORRENTE UTILIZAO PELO CORRENTISTA DO LIMITE DO CHEQUE ESPECIAL - RETENO POR PARTE DO BANCO DO
VALOR INTEGRAL DO SALRIO PARA PAGAMENTO DOS DBITOS ORIUNDOS DA COBRANA DE JUROS - ATO
ILCITO - VERBA DE NATUREZA ALIMENTAR - IMPOSSIBILIDADE DE RETENO INDEPENDENTEMENTE DO
VALOR - CASO NO SUBMETIDO DISCIPLINA DA LEI 10.820/2003 ANTE O ELEMENTO DA SURPRESA DO
CONSUMIDOR QUE NO TEM CINCIA DO DESCONTO - CONDUTA ABUSIVA - DANO EVIDENCIADO RECURSO DESPROVIDO. Processo: 0700995-40.2012.8.24.0023 (Turmas de Recursos). Relator: Dr.
Alexandre Morais da Rosa. Origem: Capital. rgo Julgador: Primeira Turma de Recursos - Capital.
Julgamento: 06/06/2013.
35. RECURSO INOMINADO - AO ANULATRIA DE TTULO JURDICO C/C INDENIZAO POR DANOS MORAIS
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA - DUPLICATA MERCANTIL LEVADA A PROTESTO REFERENTE A
PERODO SEM A EFETIVA PRESTAO DO SERVIO - APLICAO DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR CLUSULA CONTRATUAL QUE PREV O PAGAMENTO DAS MENSALIDADES INDEPENDENTEMENTE DA
PRESTAO DO SERVIO - ABUSIVIDADE - VIOLAO AOS PRINCPIOS DA EQUIDADE E BOA-F - CLUSULA
NULA DE PLENO DIREITO - AFASTAMENTO DA MULTA CONTRATUAL - AUSNCIA DE COMPROVAO DE QUE
FOI A PACIENTE QUEM DEU CAUSA RESCISO CONTRATUAL - AO TRABALHISTA QUE CONDENOU A
EMPREGADORA AO PAGAMENTO DE INDENIZAO POR ASSDIO MORAL - ABANDONO DO TRATAMENTO
JUSTIFICADO - PROTESTO INDEVIDO - DEVER DE INDENIZAR OS DANOS EXTRAPATRIMONIAIS - SENTENA
REFORMADA - RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2013.700137-7 (Turmas de Recursos). Relator:
Dr. Roque Cerutti. Origem: Itaja. Data de Julgamento: 03/06/2013. Classe: Recurso Inominado.
36. RECURSO INOMINADO - PROFESSORA DA REDE OFICIAL DE ENSINO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
ADMITIDA EM CARTER TEMPORRIO (ACT) - GRAVIDEZ OCORRIDA DURANTE O PRAZO DE VIGNCIA DO
CONTRATO DE TRABALHO - PLEITO PARA PRORROGAO DE SUA CONTRATAO, DESDE A CESSAO DO
CONTRATO AT 5 (CINCO) MESES APS O PARTO - ESTABILIDADE PROVISRIA CARATERIZADA INDENIZAO SALARIAL DEVIDA. "As servidoras pblicas e empregadas gestantes, inclusive as contratadas
a ttulo precrio, independentemente do regime jurdico de trabalho, tm direito a licena-maternidade de

cento e vinte dias e estabilidade provisria desde a confirmao da gravidez at cinco meses aps o
parto.". Processo: 0700784-72.2010.8.24.0023 (Turmas de Recursos). Relator: Dr. Jos Maurcio Lisboa
37. SERVIDOR DA UDESC - PROFESSOR 1. AFASTAMENTO DA FUNO PARA A REALIZAO DE DOUTORADO.
"No se sustenta validamente em face da Constituio Federal (arts. 7, XVII e 39, 3) qualquer ato
normativo que pretenda suprimir ou restringir o direito ao gozo de frias remuneradas com acrscimo de
um tero." (TJSC, Apelao Cvel n. 2007.048266-7, da Capital, rel. Des. Newton Janke, j. 12-05-2009). 2.
PAGAMENTO DE GRATIFICAO INDEVIDO PELA ADMINISTRAO. DESCONTO EM FOLHA. DESCABIMENTO. O
Superior Tribunal de Justia firmou orientao segundo a qual " incabvel a restituio de valores de
carter alimentar percebidos de boa-f por servidor pblico, em virtude de interpretao errnea, m
aplicao da lei ou erro da Administrao". MANUTENO DA SENTENA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 0700611-48.2010.8.24.0023. Relatora: Dra. Haide Denise Grin. Origem: Capital.
rgo Julgador: Oitava Turma de Recursos - Capital. Data de Julgamento: 13/06/2013. Classe: Recurso
Inominado.
Edio n. 10 de 31 de julho de 2013.
rgo Especial
1.Compete parte agravante, sob pena no conhecimento do agravo, infirmar especificamente os
fundamentos adotados pelo Tribunal de origem para negar seguimento ao reclamo com base no
princpio da dialeticidade.
2.Padece de inconstitucionalidade, por vcio de origem, lei municipal que institui o projeto "casa
abrigo" para mulheres em situao de risco de vida iminente.
Seo Criminal
3. possvel reviso criminal para absolver ru condenado definitivamente por associao para o
trfico cujo processo, cindido e com prova idntica, absolve os outros corrus em virtude de fatos
novos informadores da inocncia.
4.No h falar em nulidade a nomeao de defensor dativo nico para ambos os rus em face da
inocorrncia de verses e defesas antagnicas.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
5.A ao rescisria em ao de reintegrao de posse no o meio prprio para discutir
interpretao do julgador, muito menos para o reexame do conjunto probatrio.
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
6.Ainda que o devedor tenha falecido no decorrer do processo de execuo, possvel, em tese, o
reconhecimento da impenhorabilidade do bem de famlia se restar provado que algum familiar
continua a utilizar imvel para sua moradia.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
7.Fere os princpios da vinculao ao edital e da isonomia possibilitar que candidatado acometido de
doena realize ou complete prova de concurso em data diversa da preestabelecida no edital.
8.Inexiste direito lquido e certo a ser protegido pela via mandamental no caso de servidora pblica
aposentada por invalidez que teve seu ato aposentatrio retificado em processo administrativo, com
as garantias do contraditrio e ampla defesa.
Cmaras de Direito Criminal
9.A excluso da qualificadora do meio cruel de agente que, aps briga de trnsito, supostamente
atingiu a vtima com chutes, socos e pauladas, mesmo quando esta j se encontrava cada no cho,
ocasionando sua morte, deve ser dirimida pelo conselho de sentena.
10.Comete o crime de impedimento e dificultao de regenerao natural de florestas e demais
formas de vegetao quem, ao construir sua residncia s margens do rio, impede a renovao de
mata ciliar.
11.Para a configurao do crime de pesca mediante utilizao de petrechos proibidos no
necessrio efetiva apreenso de espcime de peixe.
12.No homicdio culposo em acidente de trnsito, o bito do caroneiro que estava sem o cinto de
segurana decorre de culpa evidenciada pela imprudncia.
13.No incide Lei Maria da Penha fatos supostamente criminosos praticados por nora contra sogra
idosa no mbito domstico/familiar, diante inexistncia, no caso, preconceito e discriminao em
razo do sexo (gnero).
14.Comete crime contra meio ambiente prefeito municipal que, com fito de obter vantagem

econmica, faz funcionar estabelecimento poluidor, de sua propriedade, em contrariedade normas


legais e regulamentares.
15.No se afasta o crime de apropriao indbita de advogado que recebe valor procedente de ao
cvel e deixa de repassar ao titular do direito substancial, ainda que haja restituio posterior
consumao.
16.Cabe priso preventiva, visando assegurar a garantia da ordem pblica, no crime de estelionato,
quando o paciente costuma agir em diversas cidades do estado e no possui residncia fixa.
17.Atendimento de chamada telefnica por policial militar celular acusado no afronta garantia
constitucional inviolabilidade intimidade, nem exige para tal haja autorizao judicial, pois no se
trata de interceptao telefnica.
Cmaras de Direito Civil
18. possvel o ex-cnjuge requerer alimentos mesmo diante de dispensa anterior, em casos de
dedicao exclusiva ao lar e aos filhos, por tempo suficiente para que obtenha um emprego razovel
e se adapte nova realidade vivenciada.
19.No caso de priso civil por dvida alimentar, questes fticas acerca das condies financeiras do
alimentando/paciente no podem ser alvo de exame na sede restrita do habeas corpus, haja vista a
necessidade de ampla dilao probatria.
20.Reconhecida a necessidade da requisio de informaes bancrias do alimentante para aferir
seus reais rendimentos, pode o magistrado determinar a quebra de seu sigilo.
21.A destituio do poder familiar no se destina a penalizar o genitor negligente, mas sim a
salvaguardar os interesses da criana e do adolescente, mormente quando comprovado o abandono
material e espiritual e as reiteradas tentativas de unio familiar foram frustradas.
22.Em virtude da aplicao da teoria da aparncia, vlido o pagamento feito por seguradora que
toma todas as diligncias necessrias antes de efetu-lo, devendo-se cobrar a indenizao
diretamente de quem recebeu o valor de forma indevida.
23.Responde civilmente por dano moral a agncia de notcias que veicula na capa de seu peridico a
apressada e injusta pecha de "bandido" pessoa posta em liberdade, no mesmo dia, por absoluta
falta de provas do cometimento da infrao.
24. parte legtima para figurar polo passivo ao de ressarcimento de danos materiais e morais, a
instituio bancria que foi palco do crime de estelionato, praticado por pessoa que se passou por
um de seus funcionrios.
25.O simples atraso no pagamento de parcela do prmio no causa a ensejar o fim da relao
contratual securitria, pois a resciso do pacto deve ser comunicada com antecedncia ao segurado.
26.No se aplica o Cdigo de Defesa do Consumidor em contrato para divulgao da empresa autora
em stio da internet, dada a inexistncia de destinatrio final.
Cmaras de Direito Comercial
27.Aplica-se o princpio da prescrio trienal para resolver demanda em que se discutiu o direito de
uma empresa ser ressarcida pela reteno de contineres de sua propriedade em prazo superior ao
previsto na franquia do contrato.
28.A falta de identificao precisa do bem no constitui impedimento para que se faculte a emenda
da inicial, pois no se trata de requisito essencial previsto em lei, sobretudo, porque a
complementao da informao pode consubstanciar mero anexo.
29.Compete s Cmaras de Direito Civil julgar ao declaratria de inexistncia de dbito c/c
indenizao por danos morais em financiamento realizado por terceiro em nome da autora mediante
fraude.
30. invivel a notificao extrajudicial confeccionada por escritrio de advocacia e encaminhada ao
devedor pelos correios, pois necessita ser realizada por intermdio de cartrio de ttulos e
documentos e antes da propositura daactio constritiva.
Cmaras de Direito Pblico
31.As alegaes de que o medicamento de alto custo, a ausncia de previso oramentria para o
fim pretendido, bem como a inexistncia de norma que obrigue o seu fornecimento, conquanto
argumentos ponderveis, no tm o condo de sobrepujar o direito hiertico vida.
32.Em procedimento licitatrio, existindo expressa disposio edital acerca obrigatoriedade entrega
de documentos em horrio e dia certos, incluir empresa retardatria implicaria aceitar exceo que
afronta o princpio da isonomia.

33.Pratica ato de improbidade administrativa o presidente da cmara municipal que escolhe as


placas de veculo adquirido pela administrao pblica, mediante o pagamento de taxa
administrativa suplementar, com o intuito de optar por combinao numrica alusiva ao partido
poltico que pertencia poca.
34.Afronta o princpio da razoabilidade e interfere drasticamente no processo educacional a negativa
de matrcula de criana no ensino fundamental com fundamento na ausncia do requisito da idade
mnima, nos casos em que faltam poucos dias para o implemento da exigncia.
35.Ocorrendo relevante questo de direito, que faa conveniente prevenir ou compor divergncia
entre Cmaras ou Turmas do Tribunal, poder o relator propor que o recurso seja julgado pelo rgo
colegiado indicado no regimento.
36. devida Federao das Associaes de Atletas Profissionais a contribuio prevista no art. 57, I,
Lei n. 9.615/1998 ("Lei Pel"), de um por cento 1% sobre valor de cada contrato de atleta profissional
admitido por Clube de Futebol.
Cmara Especial Regional de Chapec
37.O envio de e-mail com contedo difamatrio, padecendo de provas substanciais para a imposio
da responsabilidade pelo ilcito, sem o nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do
agente, afasta a condenao pelo abalo gerado ao destinatrio dos contedos ofensivos.
Turmas de Recursos
38. ilegal a manuteno de cadastro de crdito paralegal, de carter subjetivo, sem transparncia,
contraditrio e obscuro, por entidade privada com efeitos limitadores do crdito do consumidor.
39.Caracterizada a violncia domstica pelo fato do agressor portar arma branca e rodear a
residncia da vtima, sua ex-companheira, de modo a perturbar-lhe o sossego, competente para o
processamento e julgamento do recurso o Tribunal de Justia.
40.A posse de substncia entorpecente no foi descriminalizada com o advento da Lei n.
11.343/2006, havendo que se falar, to somente, em despenalizao do crime, que se caracteriza
como infrao de menor potencial ofensivo, sem imposio de pena privativa de liberdade ao usurio
de drogas.
41.Inexistindo nos autos despacho de recebimento da denncia, a prescrio continua a correr at a
verificao de outra causa interruptiva ou at o exaurimento do prazo prescricional.
rgo Especial
1.AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. ALEGAES GENRICAS. AUSNCIA DE
DIALETICIDADE COM OS FUNDAMENTOS QUE MOTIVARAM A INADMISSO DO RECURSO ESPECIAL.
NO CONHECIMENTO. " luz do princpio da dialeticidade, que norteia os recursos, compete parte
agravante, sob pena de no conhecimento do agravo, infirmar especificamente os fundamentos
adotados pelo Tribunal de origem para negar seguimento ao reclamo, sendo insuficiente alegaes
genricas de no aplicabilidade do bice invocado. Precedentes". Processo: 2009.019066-7
(Acrdo). Relator: Des. Salim Schead dos Santos. Julgamento: 03/07/2013.
2. AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI DO MUNICPIO DE FLORIANPOLIS N. 8.980, DE
22.06.2012 QUE AUTORIZA O PODER EXECUTIVO MUNICIPAL A INSTITUIR O PROJETO CASA ABRIGO
PARA MULHERES EM SITUAO DE RISCO DE VIDA IMINENTE E D OUTRAS PROVIDNCIAS. PEDIDO
DE MEDIDA CAUTELAR. RELEVNCIA DA MATRIA E SIGNIFICADO PARA A ORDEM SOCIAL E
SEGURANA JURDICA. SUBMISSO DO PROCESSO AO RGO ESPECIAL PARA JULGAMENTO
DEFINITIVO DO PEDIDO. POSSIBILIDADE A TEOR DAS DISPOSIES DOS ARTS. 12 DA LEI 9.868/1999 E
12 DA LEI ESTADUAL 12.069/2001. LEI IMPUGNADA QUE PRESCREVE ATRIBUIES A SEREM
DESEMPENHADAS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTNCIA SOCIAL E JUVENTUDE, RGO DA
ADMINISTRAO DIRETA DO MUNICPIO DE FLORIANPOLIS: 1) CRIAO DO PROJETO CASA ABRIGO
PARA MULHER EM SITUAO DE RISCO DE VIDA IMINENTE, VINCULADO SECRETARIA MUNICIPAL DE
ASSISTNCIA SOCIAL E JUVENTUDE (ART. 1) E CRITRIOS RELATIVOS SUA ORGANIZAO
(PARGRAFO NICO DO ART. 1). 2) FUNCIONAMENTO EM REGIME DE PLANTO NOS HORRIOS
NOTURNOS E FINAIS DE SEMANA. ATRIBUIO DE FUNES AO CONSELHO TUTELAR (ART. 6). 3)
COMPOSIO DA CASA ABRIGO POR EQUIPE MULTIDISCIPLINAR PERMANENTE COM QUALIFICAES
TCNICAS (ART. 8). 4) DESPESAS DECORRENTES DA IMPLANTAO DAS DISPOSIES DA LEI
GARANTIDAS POR DOTAES ORAMENTRIAS PRPRIAS (ART. 10). DISPOSITIVOS DA LEI MUNICIPAL

IMPUGNADA QUE VERSAM SOBRE TEMA CUJA INICIATIVA ERA EXCLUSIVA DO CHEFE DO EXECUTIVO
LOCAL. SITUAO QUE REVELA INOBSERVNCIA DOS PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEPARAO,
DA HARMONIA ENTRE OS PODERES E DA RESERVA DA ADMINISTRAO. INVASO DO PODER
LEGISLATIVO
NA
ESFERA
DE
COMPETNCIA
PRIVATIVA
DO
PODER
EXECUTIVO.
INCONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA. VIOLAO DOS ARTS. 32, 50, 2, INCS. II e VI, 52, INC. I, E
71, INCS. I E IV, ALNEA "A", CONSTITUIO ESTADO. PROCEDNCIA O, EFEITOS EX TUNC.
Processo: 2012.054133-8. Relator: Des. Nelson Schaefer Martins.
Seo Criminal
3.REVISO CRIMINAL. TRFICO DE DROGAS E ASSOCIAO PARA O TRFICO (ARTS. 12 E 14 DA LEI
6.368/76). CONDENAO DEFINITIVA DO REQUERENTE PELA PRTICA DE AMBOS OS CRIMES.
PRETENSO DE ABSOLVIO QUANTO AO DELITO DE ASSOCIAO PARA O TRFICO. PROCESSO
CINDIDO LOGO APS O RECEBIMENTO DA DENNCIA QUANTO AOS DEMAIS CORRUS. FATOS NOVOS
CONSISTENTES NAS ABSOLVIES DEFINITIVAS DOS CORRUS TOCANTE AOS DOIS CRIMES.
PROCESSOS DISTINTOS, MAS COM PROVA IDNTICA. ABSOLVIO QUE SE IMPE RELATIVAMENTE AO
CRIME DE ASSOCIAO PARA O TRFICO. REVISIONAL DEFERIDA. Processo: 2012.0580529). Relator: Des. Srgio Rizelo. Julgamento: 26/06/2013.
4.REVISO CRIMINAL. TRFICO DE DROGAS E ASSOCIAO PARA O TRFICO [ART. 33, E ART. 35,
AMBOS DA LEI 11.343/2006]. PLEITO DE ABSOLVIO POR NO TER SIDO COMPROVADO NOS AUTOS
QUE O RU-REVISIONADO SE DEDICAVA AO TRFICO E QUE AGIA EM ASSOCIAO COM O CORRU.
MATRIA ANALISADA QUANDO DO JULGAMENTO DA AO PENAL. REVISO INTERPOSTA FACE O
MERO INCONFORMISMO COM A ANLISE DA PROVA REALIZADA PELO MAGISTRADO DE PRIMEIRO
GRAU. PEDIDO REVISIONAL NO CONHECIDO NESTE PONTO. ANLISE APENAS DAS NULIDADES
AVENTADAS E DA TESE DA INCONSTITUCIONALDADE DA REINCIDNCIA. NULIDADE PELA
AUSNCIA/DEFICINCIA DE DEFESA. NO OCORRNCIA. DEFENSOR DATIVO QUE APRESENTOU TODAS
AS PEAS PROCESSUAIS AT A SENTENA, ATUANDO SEMPRE QUE FOI INTIMADO. FALTA DE ATUAO
NO INTERESSE DO RU NO DEMONSTRADO O QUE ACARRETA EM AUSNCIA DE PREJUZO.
NULIDADE PELA NO REALIZAO DE EXAME DE DEPENDNCIA TOXICOLGICA. DEFESA DESISTIU DA
REALIZAO DA PROVA. ADEMAIS, RU DECLARA SER VICIADO E NO DEPENDENTE, FATO QUE, POR
SI S, NO OBRIGA A REALIZAO DO EXAME. NULIDADE PELA NOMEAO DE DEFENSOR DATIVO
NICO PARA AMBOS OS RUS. INOCORRNCIA DE VERSES E DEFESAS ANTAGNICAS.
REPRESENTAO PELO MESMO DEFENSOR NOMEADO QUE, POR SI S, NO ENSEJA NULIDADE. RUS
QUE EM JUZO NEGARAM A AUTORIA E POSTULARAM ABSOLVIO PELA FALTA DE PROVAS. PLEITO
PARA RECONHECIMENTO DA INCONSTITUCIONALIDADE DA AGRAVANTE DA REINCIDNCIA.
PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DESTA CORTE DE JUSTIA E DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PELA
CONSTITUCIONALIDADE DA NORMA. RECURSO EXTRAORDINRIO COM REPERCUSSO GERAL
JULGADO PELO TRIBUNAL SUPERIOR. MANTENA QUE SE IMPE. PEDIDO REVISIONAL CONHECIDO EM
PARTE
E,
NA
PARTE
CONHECIDA,
JULGADO
IMPROCEDENTE. Processo: 2012.042588-3
(Acrdo). Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer. Julgamento: 26/06/2013.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
5.AO RESCISRIA. DEMANDA INTENTADA CONTRA ACRDO QUE MANTEVE SENTENA DE
PROCEDNCIA EM AO DE REINTEGRAO DE POSSE. PEDIDO FUNDAMENTADO NOS INCISOS III, V,
VI, VII E IX DO ART. 485 DO CPC. HIPTESES NO EVIDENCIADAS. TERRENO LOCALIZADO EM PRAIA
DA CAPITAL. MELHOR POSSE DA AUTORA SUFICIENTEMENTE DEMONSTRADA. IMVEL INVADIDO PELA
REQUERIDA. ESBULHO CARACTERIZADO. AUSNCIA DE PROVA DOCUMENTAL AUTNTICA DA
OCUPAO DO TERRENO PELA R ANTES DA DATA DO ESBULHO. DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS
POUCO CONVINCENTES A RESPEITO DA POSSE DA REQUERIDA. INTELIGNCIA DO ART. 927 DO CPP.
DECISUM MANTIDO. IMPROCEDNCIA DO PEDIDO.Processo: 2012.077900-9. Relator: Des. Srgio
Izidoro Heil. Julgamento: 10/07/2013. Data de Publicao: 19/07/2013. Classe: Ao Rescisria.
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
6.EMBARGOS INFRINGENTES. AO DE EXECUO EMBARGADA. EXTINO SEM RESOLUO DO
MRITO. CASSAO DA SENTENA. JULGAMENTO PER SALTUM NO UNNIME (ART. 515, 3, DO

CPC). CABIMENTO DOS EMBARGOS INFRINGENTES. RECONHECIMENTO. PRECEDENTES DO STJ.


PENHORA DE DOIS IMVEIS HIPOTECADOS. GARANTIA OFERECIDA POR DOIS CASAIS AVALISTAS.
EXCEO IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMLIA. ART. 3, V, DA LEI N. 8.009/90.
INAPLICABILIDADE. DVIDA CONTRADA PELA PESSOA JURDICA. PRECEDENTES DO STJ. FALECIMENTO
DE UM DOS CASAIS NO DECORRER DO PROCESSO. PERDA DO OBJETO. INOCORRNCIA.
SUBSTITUIO PROCESSUAL REALIZADA. UTILIZAO DO IMVEL COMO MORADIA PELOS
HERDEIROS. PROVA. AUSNCIA. IMPENHORABILIDADE. RECONHECIMENTO. IMPOSSIBILIDADE.
PREVALNCIA PARCIAL DO VOTO MINORITRIO POR FUNDAMENTO DIVERSO. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. "[...] a jurisprudncia STJ consolidou entendimento que embargos
infringentes so cabveis na hiptese em que o Tribunal, no julgamento do recurso de apelao,
afasta a extino do processo e, com amparo no art. 515, 3, CPC, julga mrito causa, havendo
divergncia de voto". " inadmissvel constrio sobre bem de famlia dado em hipoteca como
garantia de dvida contrada por terceiro, em virtude de tal hiptese no ser abarcada pela exceo
prevista no inciso V do art. 3 da LEI 8.009/90, a qual engloba to somente a hiptese em que o bem
dado em garantia de dvida da prpria entidade familiar". Considerando que objeto tutelado pela
Lei. 8.009/90 a entidade familiar, ainda que o devedor tenha falecido no decorrer do processo de
execuo, possvel, em tese, o reconhecimento da impenhorabilidade do bem de famlia se, aps a
substituio processual, restar provado que algum familiar continua a utilizar imvel para sua
moradia. "A jurisprudncia desta Corte j assentou que compete ao devedor comprovar que o seu
imvel pode ser classificado com bem de famlia para efeito da incidncia da proteo inserta na Lei
8.009/90"). Processo: 2008.034734-2. Relator: Des.
Salim
Schead
dos
Santos.
Julgamento: 10/07/13.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
7.MANDADO DE SEGURANA - CONCURSO PBLICO - SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR PROVA DE CAPACIDADE FSICA - CANDIDATO ACOMETIDO DE GASTROENTERITE DE ORIGEM
INFECCIOSA NO DIA DOS TESTES - IMPOSSIBILIDADE DE RENOVAO - PRINCPIO DA ISONOMIA E DA
VINCULAO AO EDITAL, QUE VEDA TAXATIVAMENTE A PRETENSO FORMULADA - ORDEM
DENEGADA. "O candidato que acometido de doena que lhe impede de realizar as provas no dia
marcado no tem o direito de repetir ou completar os testes em outra data. Liberalidade dessa
ordem, alm de menoscabo ao postulado da vinculao ao edital, implica quebra do princpio da
isonomia, aquinhoando o candidato com tratamento diferenciado em confronto com os demais
candidatos que se submeteram aos mesmos testes, enfrentando as condies de temperatura do dia,
adaptao ao local, metodologia dos instrutores ou examinadores, desgaste fsico e presso
psicolgica, qui alguns tambm temporariamente adoentados.". Processo: 2012.0263977. Relator: Des. Cid Goulart. Julgamento: 10/07/2013.
8.MANDADO DE SEGURANA. SERVIDORA PBLICA MUNICIPAL. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
RETIFICAO DO ATO APOSENTATRIO, POR CONTA DE DECISO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO. INSTAURAO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO, COM AS GARANTIAS DO CONTRADITRIO E
AMPLA DEFESA. HIGIDEZ DO PROCEDIMENTO. AUSNCIA DE DIREITO LQUIDO E CERTO A SER
PROTEGIDO
PELA
VIA
MANDAMENTAL.
ORDEM
DENEGADA. Processo: 2011.0241208. Relator: Des. Cesar Abreu. Julgamento:10/07/13.

Cmaras de Direito Criminal


9.RECURSO CRIMINAL. CRIME CONTRA A VIDA. HOMICDIO QUALIFICADO PELO MEIO CRUEL (ART. 121,
2, III, DO CDIGO PENAL). SENTENA DE PRONNCIA. RECURSO DA DEFESA. PRELIMINAR.
NULIDADE DA DECISO DE PRONNCIA POR CERCEAMENTO DE DEFESA. NO APRECIAO DE TESE
DEFENSIVA. INVIABILIDADE. JUZO DE MERA ADMISSIBILIDADE. DECISO SUFICIENTEMENTE
FUNDAMENTADA SEM, CONTUDO, INGRESSAR NA COMPETNCIA EXCLUSIVA DO TRIBUNAL POPULAR.
VCIO INEXISTENTE. EIVA RECHAADA. MRITO. EXCLUSO DA QUALIFICADORA DO MEIO CRUEL.
IMPOSSIBILIDADE. AGENTE QUE, APS BRIGA DE TRNSITO, SUPOSTAMENTE ATINGIU A VTIMA COM
CHUTES, SOCOS E PAULADAS, MESMO QUANDO ESTA J SE ENCONTRAVA CADA NO CHO,
OCASIONANDO A SUA MORTE. EVENTUAIS CONTROVRSIAS DEVEM SER DIRIMIDAS PELO CONSELHO

DE SENTENA. APLICAO DOS PRINCPIOS DA SOBERANIA DO TRIBUNAL DO JRI E PRINCPIO IN


DUBIO PRO SOCIETATE. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2012.0184585.Relatora: Des. Marli Mosimann Vargas. Julgamento: 02/07/2013.
10.APELAO CRIMINAL. IMPEDIMENTO E DIFICULTAO DE REGENERAO NATURAL DE FLORESTAS
E DEMAIS FORMAS DE VEGETAO. (ART. 48 LEI 9.605/98). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO
DEFENSIVO. PRETENDIDA A ABSOLVIO. IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA
DEVIDAMENTE COMPROVADAS. RU QUE, AO CONSTRUIR SUA RESIDNCIA S MARGENS DO RIO,
IMPEDE A REGENERAO DE MATA CILIAR. DOCUMENTOS EMITIDOS PELA PREFEITURA MUNICIPAL E
DEPOIMENTOS DAS TESTEMUNHAS QUE DEMONSTRAM A PRTICA DO CRIME. ERRO QUANTO
ILICITUDE NO VERIFICADO. AGENTE QUE TINHA CINCIA ACERCA DA NECESSIDADE DE
AUTORIZAO PARA CONSTRUO. DOLO EVIDENCIADO. CONDENAO QUE SE IMPE. PLEITO PELA
SUBSTITUIO DA PENA TO SOMENTE POR MULTA, COM FUNDAMENTO NO ART. 60, 2, CDIGO
PENAL. INVIABILIDADE. MEDIDA NO RECOMENDVEL AO CASO. DANO AMBIENTAL NO REPARADO.
SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. Impossvel a absolvio quando os elementos
contidos nos autos, corroborados pelas declaraes firmes e coerentes das testemunhas, formam um
conjunto slido, dando segurana ao juzo para a condenao pela prtica do delito previsto no art.
48 da Lei 9.605/98. 2. A cincia do agente acerca da necessidade de documentao para viabilizar
sua construo afasta, de plano, a possibilidade do acolhimento das alegaes defensivas de
ausncia de dolo na conduta ou erro quanto ilicitude do fato. 3. Para a substituio da pena
privativa de liberdade por multa, na forma do art. 60, 2, CP, necessrio perquirir a presena dos
requisitos do art. 44, II e III, do mesmo Estatuto Repressivo. Verificado que as circunstncias judiciais
no so favorveis, como no caso de ocorrncia de grave dano ambiental no reparado, a
substituio no se mostra adequada. Processo: 2012.055703-2. Relator: Des. Paulo Roberto
Sartorato. Julgamento: 02/07/2013.
11. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA O MEIO AMBIENTE. PESCA MEDIANTE UTILIZAO DE
PETRECHOS NO PERMITIDOS (ART. 34, PARGRAFO NICO, INCISO II, DA LEI N. 9.605/98). SENTENA
ABSOLUTRIA. RECURSO MINISTERIAL. REQUERIDA CONDENAO DO RU NOS TERMOS DA
DENNCIA. VIABILIDADE. CONFISSO DO ACUSADO EM CONSONNCIA COM OS DEPOIMENTOS
PRESTADOS PELOS POLICIAIS MILITARES AMBIENTAIS. AGENTE FLAGRADO EXERCENDO ATIVIDADE DE
PESCA COM REDES DE ESPERA POSICIONADAS EM DISTNCIAS INFERIORES DA PERMITIDA E PARTE
DAS REDES TAMBM COM MALHA INFERIOR AO PADRO PERMITIDO. CRIME DE PERIGO ABSTRATO.
DESNECESSIDADE DE EFETIVA APREENSO DE ESPCIME DE PEIXE. PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA
INAPLICVEL. DOSIMETRIA DA PENA FIXADA EM CONSONNCIA COM A CAPITULAO LEGAL.
SENTENA REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. O resultado naturalstico para a
consumao delitiva, consistente na apreenso de peixe em quantidade excessiva, somente
exigvel para a primeira parte do inciso II, pargrafo nico, do art. 34 da Legislao Ambiental, ou
seja, aos que incorrem na pesca de quantidades superiores permitida, tipificao essa que no
corresponde a hiptese em tela. 2. O princpio da insignificncia mostra-se inaplicvel ao caso dos
autos, "que versa acerca da prtica de crime de natureza formal, onde a consumao ocorre no
momento em que so praticados atos tendentes captura dos peixes, sendo irrelevante para a sua
configurao a quantidade de peixe retirada do lago"..Processo: 2011.007268-9). Relator: Des.
Paulo Roberto Sartorato. Julgamento: 02/07/2013.
12.APELAO CRIMINAL. RECURSO DA DEFESA. ACIDENTE DE TRNSITO. HOMICDIO CULPOSO (ART.
302, PARGRAFO NICO, I, DO CTB). BITO DO CARONEIRO QUE ESTAVA SEM O CINTO DE
SEGURANA. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. CULPA EVIDENCIADA PELA IMPRUDNCIA.
CONDENAO DEVIDA. DOSIMETRIA. PRIMEIRA FASE. AUMENTO DA PENA DE DETENO COM BASE
NA CULPABILIDADE. AFASTAMENTO. FUNDAMENTAO IMPRPRIA. AJUSTE DA PENA QUE SE IMPE.
ADEQUAO, POR SIMETRIA, DA SANO DE SUSPENSO OU PROIBIO DE OBTENO DA
PERMISSO OU DA HABILITAO PARA DIRIGIR VECULO AUTOMOTOR. MODIFICAO DO REGIME DE
CUMPRIMENTO DA REPRIMENDA DE SEMIABERTO PARA O ABERTO. SUBSTITUIO DA PENA PRIVATIVA
DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. LIMITAO DE FIM DE SEMANA PELO PRAZO DA
REPRIMENDA SUBSTITUDA. PLEITO DE AFASTAMENTO. INACOLHIMENTO. MODALIDADE DE
SUBSTITUIO PREVISTA NO ART. 48 DO CP. ARGUMENTO, NO MAIS, DE INCOMPATIBILIDADE COM SUA

JORNADA DE TRABALHO. MATRIA AFETA AO JUZO DA EXECUO. RECURSO CONHECIDO EM PARTE


E, NO PONTO, PARCIALMENTE PROVIDO. Processo: 2013.027575-5). Relator: Des. Ricardo Roesler.
Julgamento:02/07/2013.
13.CONFLITO NEGATIVO DE JURISDIO. LEI MARIA DA PENHA. FATOS SUPOSTAMENTE CRIMINOSOS
PRATICADOS POR NORA CONTRA SOGRA IDOSA, NO MBITO DOMSTICO/FAMILIAR. INEXISTNCIA, NO
CASO, DE PRECONCEITO E DISCRIMINAO EM RAZO DO SEXO (GNERO). HIPTESE NO
ABRANGIDA PELO JUIZADO DE VIOLNCIA DOMSTICA CONTRA A MULHER. CONFLITO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Segundo Julio Frabbrini Mirabete, "configura violncia domstica e familiar contra a
mulher, nos termos da Lei n. 11.340/2006, qualquer forma de violncia, por ao ou omisso,
baseada no gnero e praticada no mbito da famlia, do convvio domstico ou da relao ntima de
afeto, atual ou pretrita, ainda que ausente a coabitao, que cause morte, leso, sofrimento fsico,
sexual ou psicolgico e dano moral ou patrimonial (arts. 5 e 7)" (Cdigo Penal Interpretado). No
caso concreto, a violncia no decorre de preconceito em face do gnero, e tampouco se anima em
face da condio de vulnerabilidade da vtima por ser mulher, o que afasta a incidncia daquela
jurisdio
especial. Processo: 2013.035353-0
(Acrdo). Relator: Des.
Ricardo
Roesler.
Julgamento: 09/07/2013. Data de Publicao: 19/07/2013.
14. INQURITO. FORO POR PRERROGATIVA DE FUNO. PREFEITO MUNICIPAL. CRIME CONTRA O MEIO
AMBIENTE (ARTS. 60 C/C 15, II, "A", AMBOS DA LEI N. 9.605/98). INDICIADO QUE, COM O FITO DE
OBTER VANTAGEM ECONMICA, FEZ FUNCIONAR ESTABELECIMENTO POLUIDOR, DE SUA
PROPRIEDADE, EM CONTRARIEDADE S NORMAS LEGAIS E REGULAMENTARES PERTINENTES.
DESATENO, AINDA, NO TOCANTE AOS LIMITES DA LICENA CONCEDIDA. AUTO DE CONSTATAO
ELABORADO PELA POLCIA MILITAR, CONFIRMANDO O DANO. PROVAS DA MATERIALIDADE E INDCIOS
SUFICIENTES DE AUTORIA. RECEBIMENTO DA DENNCIA. o auto de constatao elaborado pela
Polcia Militar Ambiental revela-se suficiente para apontar a materialidade do delito previsto no art.
60 da Lei n. 9.605/98. Cumpridas as exigncias do art. 41 do Cdigo de Processo Penal, e no
observadas quaisquer das hipteses do art. 395 do mesmo estatuto processual, o recebimento da
denncia medida imperativa. No pode, assim, o rgo colegiado deixar de receber a denncia,
quando nela estiver descrito o injusto tpico penal de natureza ambiental, bem como vir
acompanhada de elementos da materialidade e da autoria do crime, no caso imputado a prefeito
municipal, sobretudo se no estiverem evidentes elementos ensejadores da extino da punibilidade
ou que se caracterize flagrante ausncia de justa causa. Processo: 2012.053740-1
(Acrdo). Relator: Des. Ricardo Roesler. Julgamento: 02/07/2013. Classe:Inqurito.
15.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMNIO. APROPRIAO INDBITA (ART. 168, 1, III,
DO CDIGO PENAL). ADVOGADO QUE RECEBE VALOR PROCEDENTE DE AO CVEL E DEIXA DE
REPASSAR AO TITULAR DO DIREITO SUBSTANCIAL. DEVOLUO TRS ANOS APS O RECEBIMENTO.
ABSOLVIO SUMRIA POR ATIPICIDADE DA CONDUTA. RECURSO MINISTERIAL. PRETENDIDO O
PROSSEGUIMENTO DO FEITO. PEA ACUSATRIA QUE DESCREVE FATO TPICO. ELEMENTOS
INFORMATIVOS QUE NO EVIDENCIAM A AUSNCIA DO RESULTADO OU DE DOLO. RESTITUIO,
POSTERIOR CONSUMAO, QUE NO AFASTA O CRIME. ENTENDIMENTO DAS CORTES SUPERIORES.
ANLISE PREMATURA DO FEITO. NECESSIDADE DE INSTRUO DO PROCESSO PARA DELINEAR O
FATO.
DECISO
PARCIALMENTE
REFORMADA.
RECURSO
CONHECIDO
E
PROVIDO. Processo: 2013.013257-2 (Acrdo). Relator: Des. Leopoldo Augusto Brggemann.
16.HABEAS CORPUS. ESTELIONATO. PRISO PREVENTIVA. MATERIALIDADE E INDCIOS SUFICIENTES
DE AUTORIA. GARANTIA DA ORDEM PBLICA. DECISO FUNDADA EM ELEMENTOS CONCRETOS.
PACIENTE QUE COSTUMA AGIR EM DIVERSAS CIDADES DO ESTADO E NO POSSUI RESIDNCIA FIXA,
PARA
QUE
POSSA
SER
ENCONTRADO.
MANUTENO.
PEDIDO
DE
ORDEM
DENEGADO. Processo: 2013.038153-9. Relator:Des.
Moacyr
de
Moraes
Lima
Filho. Julgamento: 02/07/2013. Classe: Habeas Corpus.
17. APELAO CRIMINAL. TRFICO ILCITO DE DROGAS. LEI N. 11.343/06, ART. 33, CAPUT.
CONDENAO. RECURSO DEFENSIVO. PRELIMINAR. NULIDADE DA SENTENA. PROVA ILCITA.

ATENDIMENTO DE CHAMADA TELEFNICA POR POLICIAL MILITAR. CELULAR DO ACUSADO. AFRONTA


GARANTIA CONSTITUCIONAL DA INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE. NO OCORRNCIA. BEM
APREENDIDO. EXISTNCIA DE DENNCIAS NOTICIANDO A PRTICA DO CRIME MEDIANTE O USO DO
TELEFONE. NECESSIDADE DE SE APURAR AS CIRCUNSTNCIAS DA PRTICA DELITIVA. INTELIGNCIA
DO ART. 6., II E III, DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. HIPTESE QUE NO CONFIGURA
INTERCEPTAO TELEFNICA. INEXIGNCIA DE AUTORIZAO JUDICIAL. PROVA VLIDA. MCULA
INEXISTENTE. No afronta a garantia constitucional da inviolabilidade da intimidade o atendimento
de ligao telefnica em celular apreendido, nem se exige que para tal ato haja autorizao judicial,
pois no se trata de interceptao telefnica. Por determinao do art. 6., II e III, do Cdigo de
Processo Penal, cabe autoridade policial colher todas as provas necessrias para esclarecer a
prtica delituosa, principalmente das informaes contidas em objetos apreendidos. Diante da
existncia de denncias informando que a suposta narcotraficncia se dava por meio de ligaes
telefnicas, perfeitamente aceitvel e primordial para a elucidao do crime que haja a apurao
dos dados contidos no aparelho celular do acusado, apreendido por ocasio da priso em flagrante.
ABSOLVIO. IMPOSSIBILIDADE. PROPRIEDADE DA DROGA APREENDIDA. FLAGRANTE. CONFISSO DO
ACUSADO DO COMRCIO. DEPOIMENTOS DE POLICIAIS. CONDENAO MANTIDA. As palavras dos
policiais que efetuaram a priso em flagrante e, notadamente, a confisso do acusado em juzo so
elementos suficientes para demonstrar a autoria da empreitada criminosa, mormente quando o
acusado foi abordado aps vender droga a um usurio. DESCLASSIFICAO. ART. 28 DA LEI N.
11.343/06. INVIABILIDADE. DIRETRIZES DO ART. 28, 2., DA LEI N. 11.343/06 QUE INDICAM A
TIPIFICAO DO CRIME DE TRFICO DE DROGAS. CONDENAO MANTIDA. O art. 28, 2., da Lei n.
11.343/06 elenca alguns fatores para fins de caracterizao da infrao nele definida. In casu, as
condies em que se desenvolveu a ao, a quantidade da droga apreendida e sua forma de
acondicionamento, bem como os depoimentos dos policiais que efetuaram a priso em flagrante do
acusado, revelam, incontestavelmente, que a droga apreendida tambm se destinava ao trfico.
DESCLASSIFICAO. ART. 33, 3., LEI 11.343/06. IMPOSSIBILIDADE. MERCANCIA EVIDENCIADA.
INEXISTNCIA DE PROVA DO CONSUMO COMPARTILHADO. Existindo nos autos provas inequvocas de
que o acusado h algum tempo vendia drogas, no h falar em enquadramento da sua conduta na
figura descrita no art. 33, 3., da Lei n. 11.343/06, notadamente quando o fornecimento da droga
no foi para o uso conjunto. DOSIMETRIA. PENA-BASE. CIRCUNSTNCIA JUDICIAL. CONDUTA SOCIAL.
USURIO DE DROGAS. NO CARACTERIZAO. AFASTAMENTO. ADEQUAO DA REPRIMENDA. Diante
da nova poltica criminal antidrogas trazida pela Lei n. 11.343/06, entende-se que o fato de o ru ser
usurio de drogas no configura fundamento idneo para o aumento da pena-base. QUESTO
CONHECIDA DE OFCIO. REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA. ART. 2., 1., DA LEI N. 8.072/90.
DECLARAO DE INCONSTITUCIONALIDADE STF. POSSIBILIDADE DE SE ESTABELECER REGIME MAIS
BRANDO. FIXAO CONFORME DITAMES DO CDIGO PENAL. CIRCUNSTNCIAS JUDICIAIS FAVORVEIS
E RU PRIMRIO. POSSIBILIDADE DE RESGATAR A PENA NO REGIME ABERTO. Ante a declarao de
inconstitucionalidade do art. 2., 1., da Lei n. 8.072/90 pelo Tribunal Pleno do Supremo Tribunal
Federal, possvel a fixao de regime inicial de cumprimento da pena diferente do fechado,
observando-se os parmetros estabelecidos no Cdigo Penal (art. 33). Inexistindo circunstncias
desfavorveis ou reincidncia, impe-se a fixao do regime aberto ao condenado a pena inferior a 4
anos (CP, art. 33, 2., "c"). SUBSTITUIO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE
DIREITOS. POSSIBILIDADE. VEDAO DO ART. 33, 4., DA LEI N. 11.343/06 SUSPENSA POR
RESOLUO DO SENADO. PREENCHIMENTO REQUISITOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS DO ART. 44 CP.
BENESSE CONDEDIDA. Com a entrada em vigor da Resoluo n. 5, de 15 de fevereiro de 2012, do
Senado, que suspendeu em parte a redao do 4. do art. 33 da Lei de Drogas, no h mais falar
em vedao legal substituio da pena corporal por restritivas de direitos ao crime de trfico de
entorpecentes. Uma vez que o crime no foi praticado com violncia ou grave ameaa pessoa,
sendo a pena aplicada inferior a quatro anos, bem ainda se tratando de ru primrio e favorveis as
circunstncias judiciais, impe-se a converso da pena corporal em restritivas de direitos. BENEFCIO
DE RECORRER EM LIBERDADE. POSTERIOR CONCESSO DE HABEAS CORPUS. PREJUDICIALIDADE.
Concedida ordem de habeas corpus ao apelante posteriormente interposio do recurso, fica
prejudicado o pedido para recorrer em liberdade. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2012.001750-7. Relator: Des. Roberto Lucas Pacheco. .

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18. APELAO CVEL. AO DE DIVRCIO AJUIZADA PELO EX-CNJUGE. ACORDO HOMOLOGADO NOS
AUTOS DA SEPARAO JUDICIAL SOBRE ALIMENTOS, GUARDA E VISITAS. CNJUGES QUE NA POCA
SE EXONERARAM MUTUAMENTE DO DIREITO DE DEMANDAR ALIMENTOS EM JUZO. PEDIDO
FORMULADO PELA REQUERIDA NO BOJO DA AO DE DIVRCIO DE FIXAO DE ALIMENTOS EM SEU
FAVOR. SENTENA QUE AMPARADA EM PROVA DOCUMENTAL DECRETOU O DIVRCIO DAS PARTES E
RELEGOU A APRECIAO DO PEDIDO DE ALIMENTOS PARA AO PRPRIA. IRRESIGNAO DA
DEMANDADA. PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA COM BASE NA NEGATIVA DE DESIGNAO
DE NOVA AUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO E NA REJEIO DO AGRAVO RETIDO INTERPOSTO
POR SUPOSTA INTEMPESTIVIDADE. INSUBSISTNCIA. AUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO
DESIGNADA E NO REALIZADA PELA DESDIA DAS PARTES, QUE EMBORA ESTIVESSEM NO FRUM NO
DIA E HORA MARCADOS, NO SE ATENTARAM AO APREGOAMENTO. AUSNCIA DE ATITUDE INJUSTA E
ARBITRRIA DO MAGISTRADO "A QUO" AO INDEFERIR A DESIGNAO DE NOVO ATO. ACERTO DO
JUZO SINGULAR AO DECLARAR A INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO RETIDO INTERPOSTO.
IMPOSSIBILIDADE DE INTERPOSIO IMEDIATA E ORAL DIANTE DA AUSNCIA DA PARTE NA
AUDINCIA. APLICABILIDADE DOS ARTIGOS 522 E 242 DO CPC. PRAZO DE 10 DIAS. CINCIA DA
DECISO AGRAVADA OPERADA EM 12/09/2012. INCIO DO PRAZO PARA AGRAVO NO DIA 13/09/2012.
TRMINO PRAZO 24/09/2012. INTERPOSIO 27/09/2012. MRITO, SUSTENTAO APELANTE DE
NECESSIDADE DE FIXAO DE ALIMENTOS AO SEU FAVOR. POSSIBILIDADE DA APELANTE REQUERER
ALIMENTOS MESMO DIANTE DE DISPENSA ANTERIOR. LONGO TEMPO DE CASAMENTO. DEDICAO
EXCLUSIVA DA APELANTE AO LAR E AOS FILHOS. AUSNCIA DE EXPERINCIA PROFISSIONAL DURANTE
A UNIO. FATOS INCONTROVERSOS. NECESSIDADES TRANSITRIAS RECONHECIDAS. PARECER DO
MINISTRIO PBLICO DE SEGUNDO GRAU CONSOANTE AO ENTENDIMENTO ESBOADO. AGRAVO
RETIDO NO CONHECIDO. APELAO CVEL CONHECIDA E PROVIDA PARA FIXAO DE ALIMENTOS EM
FAVOR DA APELANTE NO PATAMAR DE UM SALRIO MNIMO MENSAL, COM DURAO DE DOZE
MESES, TEMPO SUFICIENTE PARA QUE A RECORRENTE OBTENHA UM EMPREGO RAZOVEL E SE
ADAPTE A NOVA REALIDADE VIVENCIADA. Processo: 2013.019732-7). Relatora: Des. Denise de
Souza Luiz Francoski. Julgamento:18/06/13
19.HABEAS CORPUS. AO CONSTITUCIONAL. ART. 5, INCISO LXVIII, DA CONSTITUIO FEDERAL.
DIREITO LIBERDADE DE LOCOMOO. PRISO CIVIL. ALIMENTOS DECORRENTE DO PODER
FAMILIAR. ALEGAO DA IMPOSSIBILIDADE DE ARCAR COM O QUANTUM ALIMENTAR. MATRIA FTICA.
IMPOSSIBILIDADE DE EXAME PELA VIA ESTREITA DO WRIT. ERRO DE CLCULO. PAGAMENTO PARCIAL.
AUSNCIA DE COMPROVAO. ORDEM DENEGADA. O habeas corpus, remdio herico com previso
constitucional, encontra amparo sempre que algum sofrer ou se achar ameaado de sofrer violncia
ou coao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidade ou abuso de poder. Questes fticas
acerca das condies financeiras do Alimentando/Paciente no podem ser alvo de exame na sede
restrita do writ, haja vista a necessidade de ampla dilao probatria.Processo: 2013.0379400. Relator: Des.
Joo
Batista
Ges
Ulyssa.
Julgamento: 04/07/2013.Data
de
Publicao: 17/07/2013. Classe: Habeas Corpus.
20. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE ALIMENTOS. DECISO QUE DEFERE PEDIDO DA AUTORA
PARA REQUISIO DAS INFORMAES BANCRIAS DO ALIMENTANTE. PRELIMINARES. PODER
INSTRUTRIO DO JUIZ. POSSIBILIDADE DE DEFERIR A PRODUO DE PROVAS QUE ENTENDER
NECESSRIAS PARA O DESLINDE DA CAUSA. FALTA DE INTIMAO PRVIA DO MINISTRIO PBLICO.
AUSNCIA DE PREJUZO. MEDIDA QUE ATENDE AO MELHOR INTERESSE DA CRIANA. DECISO QUE,
EMBORA CONCISA, FUNDAMENTOU SUFICIENTEMENTE A MEDIDA. NULIDADES INEXISTENTES.
Reconhecida a necessidade da requisio de informaes bancrias do Alimentante para aferir seus
reais rendimentos, pode o Magistrado, na qualidade de destinatrio final das provas, e no exerccio
do seu poder instrutrio, materializado no art. 130 do Cdigo de Processo Civil, determinar a
produo de tal prova, ainda que tenha, anteriormente, indeferido a mesma medida. O deferimento
do pedido de produo de prova em favor da Alimentanda menor atende ao melhor interesse da
criana, inexistindo nulidade na ausncia de manifestao prvia do Ministrio Pblico acerca da
medida, mormente quando o representante do Parquet, no segundo grau de jurisdio, emite parecer
favorvel pretenso. No h que se respaldar nulidade quando a deciso que determina a produo

da prova requerida pela parte, embora concisa, fundamenta suficientemente o deferimento da


medida. QUEBRA DO SIGILO BANCRIO DO ALIMENTANTE. MEDIDA EXCEPCIONAL RECOMENDVEL.
DEMANDA QUE VERSA SOBRE DIREITOS INDISPONVEIS. CONTROVRSIA ACERCA DA POSSIBILIDADE
FINANCEIRA DO RU. TRABALHADOR AUTNOMO. DOCUMENTOS JUNTADOS NA CONTESTAO
IMPUGNADOS PELA ALIMENTANDA. ALEGAO DE FRAUDE E OMISSO DE PATRIMNIO. A
inviolabilidade dos dados bancrios no absoluta, podendo ser flexibilizada em casos excepcionais.
Assim, em se tratando de matria atinente ao direito de famlia, visando resguardar o direito da
criana percepo de alimentos do pai, pode ser deferido o pedido de requisio das informaes
bancrias do Alimentante que, sendo trabalhador autnomo, no esclarece os seus reais rendimentos
e, assim, inviabilizando a mensurao de suas possibilidades econmico-financeiras. RECURSO
IMPROVIDO. Processo: 2013.015080-0
(Acrdo). Relator: Des.
Joo
Batista
Ges
Ulyssa. Julgamento: 04/07/2013. Classe: Agravo de Instrumento.
21.AO DE DESTITUIO DO PODER FAMILIAR. ART. 1.638 DO CDIGO CIVIL E ARTS. 22 E 24 DO
ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE. ABANDONO MATERIAL E ESPIRITUAL EVIDENCIADO NOS
AUTOS. TENTATIVAS DE UNIO FAMILIAR FRUSTRADAS POR DIVERSAS VEZES. CONVVIO DANOSO
PROLE. MEDIDA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. A destituio do poder familiar, um dos primados
bsicos que embasam a teoria da proteo integral prevista no Estatuto da Criana e do Adolescente,
no se destina a penalizar o genitor negligente, mas sim salvaguardar os interesses da criana e do
adolescente no que diz respeito ao desenvolvimento fsico, mental, moral, espiritual e social, dignos
de pessoa em formao. Processo: 2013.029891-1 (Acrdo). Relatora: Des. Maria do Rocio Luz
Santa Ritta. Julgamento: 16/07/2013. Classe: Apelao Cvel.
22. AO DE COBRANA. DPVAT POR MORTE. DEMANDA AJUIZADA PELO NICO FILHO DA VTIMA DO
ACIDENTE DE TRNSITO. ART. 4 DA LEI N 6.194/74. PARTE LEGTIMA PARA RECEBER A COBERTURA
CORRESPONDENTE. PAGAMENTO J REALIZADO GENITORA DO SEGURADO. SEGURADORA QUE
TERIA AGIDO COM A DEVIDA CAUTELA AO CONDUZIR O PROCESSO ADMINISTRATIVO, NA MEDIDA EM
QUE LHE FORAM APRESENTADOS DOCUMENTOS CAPAZES DE GERAR A CONVICO DE QUE AQUELA
ERA, DE FATO, A NICA HERDEIRA DO FALECIDO. EXISTNCIA, ADEMAIS, DE CERTIDO DE BITO
ATESTANDO QUE A VTIMA NO HAVIA DEIXADO DESCENDENTES. BOA-F DA SEGURADORA APELADA
EVIDENCIADA. PAGAMENTO DA INDENIZAO PESSOA QUE APARENTAVA SER A VERDADEIRA
BENEFICIRIA. ERRO ESCUSVEL. APLICAO DA TEORIA DA APARNCIA. ART. 309 DO CC. AUTOR
QUE DEVE COBRAR A INDENIZAO DIRETAMENTE DA CREDORA PUTATIVA, QUE RECEBEU O VALOR
DE FORMA INDEVIDA. INSURGNCIA CONHECIDA E DESPROVIDA. "Apresentados os documentos
necessrios regulao do sinistro e comprovada a qualidade de beneficiria mediante certido de
bito e declarao sob as penas da lei de inexistncia de outros herdeiros, vlido o pagamento feito
a credor putativo quando a seguradora toma todas as diligncias necessrias". REMESSA CPIA
INTEGRAL DOS AUTOS PROMOTORIA DE JUSTIA CRIMINAL, PARA INSTAURAO DO
PROCEDIMENTO NECESSRIO AO ESCLARECIMENTO DE POSSVEL ILCITO PELA PRTICA DO CRIME DE
FALSIDADE IDEOLGICA. Processo: 2013.029930-8. Relator: Des. Luiz Fernando Boller.
23. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAO. DANO MORAL. IMPRENSA. MATRIAS JORNALSTICAS
IMPRESSAS E EM SITES ELETRNICOS QUE NOTICIAM A PRISO DO AUTOR EM RAZO DA SUSPEITA
DE COMETIMENTO DO CRIME DE EXTORSO MEDIANTE SEQUESTRO (ART. 159, 1, CP). NOTCIA DE
CAPA RETRATA IMAGEM DEMANDANTE NO MOMENTO DA PRISO, COM ALGEMAS, SOB A PECHA DE
"BANDIDO". APRESSADA E INJUSTA QUALIFICAO QUE VIOLA O ESTADO DE INOCNCIA E SE
REVELOU INVERDICA, PORQUE O SUSPEITO FOI IMEDIATAMENTE POSTO EM LIBERDADE, DIANTE DA
FALTA DE PROVAS. FATO NOTICIADO, NA EDIO SEGUINTE DO JORNAL, EM ESCALA MENOR,
INCIDENTALMENTE E SEM O MESMO DESTAQUE DADO AO SEU ENCARCERAMENTO. CONJUNTO DE
REPORTAGENS QUE SE REVELAM SENSACIONALISTAS E OFENSIVAS E IMPLICAM INDISCUTVEL E
INDELVEL MCULA IMAGEM, HONRA E AO NOME DO AUTOR E SEUS GENITORES. EXCESSO DE
LINGUAGEM E EVIDENTE ANIMUS DIFAMANDI E CALUNIANDI. ABUSO NO EXERCCIO DAS LIBERDADES
DE EXPRESSO E DE IMPRENSA. PONDERAO PRINCIPIOLGICA QUE, NO CASO, ORIENTA
PREVALNCIA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE LIGADOS HONRA E INTIMIDADE. ATO ILCITO
CONFIGURADO. EXISTNCIA DO DEVER DE INDENIZAR. MANUTENO DA VERBA REPARATRIA,
PORQUE CONDIZENTE COM A DIMENSO DO ILCITO E A EXTENSO DO DANO. RECURSO IMPROVIDO.

1. Incide em ato ilcito e responde civilmente por dano moral a agncia de notcias que veicula, em
diversas mdias que controla, notcias que, no conjunto, excedem os limites da liberdade de imprensa
e informao, provocando abalo psicolgico ao indivduo preso sob suspeita de delito infame
(extorso mediante sequestro), ao atribuir-lhe, na capa de seu peridico, a apressada e injusta pecha
de "bandido", sendo que, naquela mesma data, fora ele posto em liberdade por absoluta falta de
provas do cometimento do crime. 2. Os veculos de imprensa devem respeitar, em seu mister, sem
que com isso se cogite de censura ou restrio liberdade de expresso, tanto quanto possvel, os
direitos ligados honra, ao nome, intimidade e ao estado de inocncia das pessoas, de modo que
sempre lhes cumpre indeniz-las, por dano moral, nas hipteses em que manifestamente
desbordarem dos limites narrativos das informaes apuradas. Processo: 2012.092955-6. Relator:
Eldio Torret Rocha.
24.APELAO CVEL. AO INDENIZATRIA. INDEFERIMENTO DA INICIAL POR FALTA DE CONDIO DA
AO CONSISTENTE NA POSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO E LEGITIMIDADE PASSIVA DE PARTE.
EXTINO DO FEITO, COM FULCRO NO ART. 267, VI, DO CPC. PRETENSO DE RESSARCIMENTO DE
DANOS MATERIAIS E MORAIS EM RAZO DE SUPOSTA OMISSO OCORRIDA NAS DEPENDNCIAS DA
INSTITUIO FINANCEIRA R. AUTORA QUE AFIRMA TER SIDO VTIMA DE ESTELIONATRIO, O QUAL SE
PASSOU POR FUNCIONRIO DA CASA BANCRIA. POSSIBLIDADE JURDICA DO PLEITO E LEGITIMIDADE
PASSIVA EVIDENCIADAS. NECESSIDADE DE INSTRUO DO FEITO. RETORNO DOS AUTOS ORIGEM.
SENTENA CASSADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2012.079711-7. Relator: Des.
Srgio Izidoro Heil. Julgamento: 18/07/2013.
25.APELAO CVEL. AO DE MANUTENO DE CONTRATO DE SEGURO DE VIDA. RESCISO
UNILATERAL DO CONTRATO PELA SEGURADORA. ALEGAO DE INADIMPLNCIA DE PARCELA MENSAL.
AUSNCIA DE NOTIFICAO PRVIA. AFRONTA AO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
PRECEDENTES DESTA CORTE. RECURSO DESPROVIDO. O simples atraso no pagamento de parcela do
prmio no causa a ensejar o fim da relao contratual securitria, pois a resciso do pacto deve
ser comunicada com antecedncia ao segurado, pois assente que o desfazimento unilateral do
contrato considera-se abusivo, e, portanto, nulo, consoante disposio do artigo 51, XI, CDC ainda
que
se
verifique
previso
expressa
em
clusula
contratual
em
sentido
contrrio. Processo: 2013.005210-2. Relator: Des. Joel Figueira.
26.AO ANULATRIA. CONTRATO PARA DIVULGAO DA EMPRESA AUTORA EM STIO DA INTERNET.
INAPLICABILIDADE DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, DADA A INEXISTNCIA DE
DESTINATRIO FINAL (ART. 2 CDC). VULNERABILIDADE NO VISLUMBRADA. PRESTAO DO SERVIO
OFERECIDA POR MEIO DE CONTATO TELEFNICO. ENCAMINHAMENTO, VIA FAX, DO AJUSTE.
ALEGAO VCIO NA MANIFESTAO DA VONTADE DECORRENTE DE ERRO SUBSTANCIAL NO
COMPROVADA. POSSIBILIDADE DE VERIFICAO DA EMPRESA CONTRATANTE E DAS CLUSULAS
PACTUADAS NA AVENA. DOLO IGUALMENTE NO VERIFICADO. VALIDADE DAS OBRIGAES
ASSUMIDAS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2011.081449-6. Relator: Ronei
Danielli. Julgamento: 11/07/2013.
Cmaras de Direito Comercial
27.APELAO CVEL. AO DE COBRANA. TRANSPORTE MARTIMO MONOMODAL. SOBRE-ESTADIA
DE CONTINER - DEMURRAGE. INSTITUTO DE NATUREZA INDENIZATRIA. AUSNCIA DE
CONTESTAO. REVELIA. VERACIDADE FCTICA PRESUMIDA. PRESCRIO. INOCORRNCIA. PRAZO
TRIENAL ESPECFICO. INTELIGNCIA DO ART. 206, 3, V, DO CCB/2002. INAPLICABILIDADE DA
NORMA GERAL NSITA NO ART. 205 DA LEI SUBSTANTIVA CIVIL, BEM ASSIM DO ART. 449, 3, DO
CDIGO COMERCIAL, POR J REVOGADO E, AINDA, DO ART. 22 DA LEI N. 9.611/1998, QUE DISCIPLINA
O TRANSPORTE MULTIMODAL. SENTENA CASSADA. CONDENAO IMPOSITIVA. APLICABILIDADE DO
ART.
515,

3,
DO
CODEX
INSTRUMENTALIS.
RECURSO
CONHECIDO
E
PROVIDO. Processo: 2012.075650-6
(Acrdo). Relator: Des.
Rodrigo
Cunha.
Julgamento:27/06/2013. Classe:Apelao Cvel.
28.APELAO CVEL - AO DE REINTEGRAO DE POSSE - CONTRATO DE ARRENDAMENTO
MERCANTIL - EXTINO SEM RESOLUO DE MRITO ANTE O INDEFERIMENTO DA PETIO INICIAL

(CPC, ART. 267, INC I) - RECURSO DA INSTITUIO FINANCEIRA AUTORA - EXORDIAL INDEFERIDA PELA
AUSNCIA DE DESCRIO DO BEM ARRENDADO - NO CONFIGURAO DE PRESSUPOSTO
PROCESSUAL INDISPENSVEL PROPOSITURA DA AO - VCIO SANVEL - EMENDA DA INICIAL,
CONTUDO, NO OPORTUNIZADA - OFENSA AO ART. 284 DO CPC - DIREITO SUBJETIVO DA PARTE SENTENA CASSADA - RECURSO PROVIDO. A falta de identificao precisa do bem no constitui
impedimento para que se faculte a emenda da inicial, pois no se trata de requisito essencial,
previsto em lei, mormente porque a complementao da informao pode consubstanciar mero
anexo, no qual conste a exata descrio do bem arrendado, e contenha a assinatura das partes.
Havendo possibilidade de correo do vcio, a emenda inicial medida que se impe, em
homenagem aos princpios da instrumentalidade e economia processual. Processo: 2013.0368816. Relator: Des. Robson Luz Varella Julgamento: 09/07/2013.
29.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO C/C INDENIZAO POR
DANOS MORAIS. FINANCIAMENTO REALIZADO POR TERCEIRO EM NOME DA AUTORA MEDIANTE
FRAUDE. COMPETNCIA DAS CMARAS DE DIREITO CIVIL. MATRIA ALHEIA AO MBITO COMERCIAL.
NO CONHECIMENTO DO RECURSO. REDISTRIBUIO. Conforme dispe a segunda parte do art. 3.
do Ato Regimental n. 57/02, o que foi reafirmado pelo Ato Regimental n. 85/07, as Cmaras de
Direito Comercial tm "competncia exclusiva para julgamento de feitos relacionados com o Direito
Bancrio, o Direito Empresarial, o Direito Cambirio e o Direito Falimentar, bem como os recursos
envolvendo questes processuais relativas s matrias acima". Processo: 2011.0006006.Relator: Des. Paulo Roberto Camargo Costa. Julgamento: 27/06/2013. Classe: Apelao Cvel.
30.APELAO CVEL. AO DE BUSCA E APREENSO. CDULA DE CRDITO BANCRIO GARANTIDA
POR ALIENAO FIDUCIRIA. SENTENA QUE EXTINGUE O FEITO, SEM RESOLUO DE MRITO.
REBELDIA DA FINANCEIRA. INVALIDADE DA NOTIFICAO EXTRAJUDICIAL CONFECCIONADA POR
ESCRITRIO DE ADVOCACIA E ENCAMINHADA AO DEVEDOR PELOS CORREIOS. NECESSIDADE DE SER
REALIZADA POR INTERMDIO DE CARTRIO DE TTULOS E DOCUMENTOS E ANTES DA PROPOSITURA
DA ACTIO CONSTRITIVA. MCULA QUE ATINGE O PROTESTO DO TTULO. MORA NO CARACTERIZADA.
HIGIDEZ DO DECISUM A QUO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.Processo: 2013.0294542. Relator: Des. Altamiro de Oliveira. Julgamento: 09/07/2013.
Cmaras de Direito Pblico
31.DIREITO SADE. FORNECIMENTO DE IMPLANTE DE MARCA-PASSO DIAFRAGMTICO. PRELIMINARES.
LEGITIMIDADE PASSIVA. DEVER DO ESTADO DE GARANTIR DIREITO FUNDAMENTAL DE ASSISTNCIA
SADE. EXEGESE DOS ARTS. 6 E 196 DA CF/1988. COMPETNCIA DA VARA DA INFNCIA E
JUVENTUDE PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. INTERESSE DE MENOR. INTELIGNCIA DO ART. 148,
IV, DO ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE. TESES AFASTADAS. AUTOR PORTADOR DA
SNDROME DE ONDINE. COMPROVAO DE QUE O IMPLANTE DO MARCA-PASSO PRESERVAR A
SADE DO PACIENTE E DIMINUIR O RISCO DE MORTE. DEMONSTRAO DE QUE A MEDIDA J FOI
REALIZADA EM CRIANAS COM MENOS DE 24 MESES. EQUIPE MDICA INDICADA QUE A NICA
HABILITADA NO BRASIL PARA IMPLANTAR O APARELHO. OBRIGAO NO ILIDIDA PELO ARGUMENTO
DE AUSNCIA DE DOTAO ORAMENTRIA OU DE RISCO DE LESO AOS COFRES PBLICOS. "As
alegaes de que o medicamento de alto custo, de que inexiste previso oramentria no rgo
estatal para o fim pretendido, bem como de que inexiste norma que obrigue o seu fornecimento,
conquanto argumentos ponderveis, no tm o condo de sobrepujar o direito hiertico vida, bem
jurdico de hierarquia mxima tutelado pela Constituio da Repblica. MULTA COMINATRIA.
AFASTAMENTO. "Nas demandas em que o autor requer do Estado a prestao de assistncia mdica
ou medicamentosa (CR, art. 196; Lei 8.080/90), no razovel a imposio de multa cominatria,
pois raramente atender sua finalidade. Se no cumprida a ordem judicial no prazo fixado,
recomendvel que o Juiz ordene o sequestro de dinheiro necessrio aquisio do medicamento".
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.Processo: 2012.090029-5. Relator: Des. Jorge
Luiz de Borba. Julgamento: 16/07/2013.
32.ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANA. LICITAO. EMPRESA INABILITADA POR APRESENTAR
OS DOCUMENTOS MINUTOS APS O PRAZO FATAL. DEVER DE OBEDINCIA AO PRINCPIO DA

VINCULAO AO INSTRUMENTO CONVOCATRIO E AO PRINCPIO CONSTITUCIONAL DA IGUALDADE


DE CONDIES A TODOS OS CONCORRENTES, INSCULPIDOS NO ART. 37, XXI, DA CARTA MAIOR.
AUSNCIA DE DIREITO LQUIDO E CERTO HABILITAO NO CERTAME. SENTENA QUE INDEFERIU A
PETIO INICIAL E EXTINGUIU O PROCESSO MANTIDA. APELO DESPROVIDO. Havendo expressa
disposio no edital acerca da obrigatoriedade de entrega de documentos em horrio e dia certos,
no h como incluir a empresa retardatria no certame, pois "o princpio da vinculao ao
instrumento convocatrio obriga a Administrao a respeitar estritamente as regras que haja
previamente estabelecido para disciplinar o certame, como, alis, est consignado no art. 41 da Lei
8.666; no havendo que se falar, outrossim, na aplicabilidade do princpio da razoabilidade, at
mesmo porque acolher o pleito inicial implicaria em aceitar uma exceo que daria vantagem
exclusiva impetrante, afrontando o princpio da isonomia, preceito primordial da licitao, previsto
da CFRB, em seu art. 37, XXI. Processo: 2013.015397-8. Relator: Des. Francisco Oliveira Neto.
33.AO CIVIL PBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. DEMANDADO QUE, NA
CONDIO DE PRESIDENTE DA CMARA MUNICIPAL DE ABDON BATISTA, UTILIZOU DAS
PRERROGATIVAS E PRIVILGIOS DE SEU CARGO PARA ESCOLHER AS PLACAS DE VECULO ADQUIRIDO
PELA ADMINISTRAO PBLICA, MEDIANTE O PAGAMENTO DE TAXA ADMINISTRATIVA SUPLEMENTAR,
COM O INTUITO DE OPTAR POR COMBINAO NUMRICA ALUSIVA AO PARTIDO POLTICO QUE
PERTENCIA POCA. INADMISSIBILIDADE. CONDUTA QUE REPRESENTOU ATO ATENTATRIO AOS
PRINCPIOS DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA E DA IMPESSOALIDADE OU FINALIDADE, A
CARACTERIZAR ATO DE IMPROBIDADE. CONSTITUIO DA REPBLICA, ART. 37, CAPUT. LEI FEDERAL
N. 8.429/1992, ART. 11, CAPUT. SANES A SEREM APLICADAS COM FUNDAMENTO NO ART. 12, INC.
III, DA LEI N. 8.429/1992. MANUTENO DA SANO DE RESSARCIMENTO AO ERRIO DO VALOR DA
TAXA ADMINISTRATIVA PARA A ESCOLHA DAS PLACAS DO AUTOMOTIVO OFICIAL, POIS TAL GASTO
MOSTROU-SE SUPRFLUO E DESNECESSRIO, SOBRETUDO NA SITUAO DE FATO EM QUE
UTILIZADO PARA PROMOO PARTIDRIA. MULTA CIVIL APLICADA PELA MAGISTRADA DE PRIMEIRO
GRAU NO VALOR DE UMA REMUNERAO DO AGENTE PBLICO QUE DEVE SER REDUZIDA PARA R$
1.000,00. QUANTUM QUE EST SINTONIZADO COM O GRAU DE LESIVIDADE DO ATO MPROBO E COM
OS PRINCPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. VALOR QUE DEVE SER ACRESCIDO DE
CORREO MONETRIA PELO INPC A PARTIR DESTE ACRDO. REEXAME NECESSRIO. SANES DE
PERDA DA FUNO PBLICA, SUSPENSO DOS DIREITOS POLTICOS E PROIBIO DE CONTRATAR
COM O PODER PBLICO QUE NO DEVEM SER APLICADAS NO CASO CONCRETO DIANTE DA MNIMA
REPERCUSSO DA CONDUTA MPROBA PRATICADA PELO RU. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
REMESSA DESPROVIDA. Processo: 2012.057064-5. Relator: Des. Nelson Schaefer Martins.
34.ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. REEXAME NECESSRIO EM MANDADO DE SEGURANA.
MATRCULA DE CRIANA NA PRIMEIRA SRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL INDEFERIDA. NEGATIVA DE
MATRCULA AO FUNDAMENTO DE QUE A ALUNA NO HAVIA COMPLETADO IDADE MNIMA PARA
CURSAR A PRIMEIRA SRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL. EXIGNCIA INSERTA NOS ARTIGOS 6 E 32 DA
LEI 9.394/96 (LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAO NACIONAL). CRIANA QUE obteve
aprovao NA PR-ESCOLA, APRESENTando CAPACIDADE E APTIDO PARA INGRESSAR NO ENSINO
FUNDAMENTAL (NVEL MAIS ELEVADO). ADEMAIS, COMPLETOU SEIS ANOS DURANTE O ANO LETIVO
DE 2013. OBSERVNCIA DOS PRINCPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. SENTENA
CONCESSIVA DA ORDEM MANTIDA EM REMESSA OFICIAL. "'Afronta o princpio da razoabilidade e
interfere drasticamente no processo educacional a negativa de matrcula de criana no ensino
fundamental com fundamento na ausncia do requisito da idade mnima, nos casos em que faltam
poucos dias para o implemento da exigncia, notadamente quando o aluno frequentou regularmente
o
curso
pr-escolar'. Processo: 2013.036193-9. Relator: Des.
Carlos
Adilson
Silva. Julgamento: 09/07/2013.
35.ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL - MILITAR - EXCLUSO A BEM DA DISCIPLINA - DECISO DO
COMANDANTE GERAL - AUTORIDADE MXIMA DA CORPORAO - LTIMA INSTNCIA RECURSAL PEDIDO DE RECONSIDERAO J ANALISADO - RECURSO DE QUEIXA AO GOVERNADOR DO ESTADO DIVERGNCIA JURISPRUDENCIAL DO CABIMENTO - SUSPENSO DO JULGAMENTO E SUBMISSO DA
MATRIA AO GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO - EXEGESE DO ART. 555, 1, DO

CPC. Processo: 2012.080203-0 (Acrdo). Relator: Des. Jaime Ramos. Origem: Capital.rgo
Julgador: Quarta Cmara de Direito Pblico. Data de Julgamento: 04/07/2013. Data de
Publicao: 16/07/2013. Juiz Prolator: Getlio Corra. Classe: Apelao Cvel.
36.TRIBUTRIO - COBRANA - CONTRIBUIO DE 1% DEVIDA POR CLUBE DE FUTEBOL FEDERAO
DAS ASSOCIAES DE ATLETAS PROFISSIONAIS (FAAP) SOBRE O MONTANTE DE CADA CONTRATAO
- PREVISO NO ART. 57, INCISO I, DA LEI N. 9.615/1998 ("LEI PEL") - OBRIGATORIEDADE INCONSTITUCIONALIDADE AFASTADA - DEMONSTRAO DO CRDITO POR MEIO DE RELATRIO DA
FEDERAO SOBRE AS CONTRATAES DE ATLETAS HAVIDAS NO PERODO - PAGAMENTO PARCIAL
COMPROVADO - EXCLUSO DETERMINADA PELO JUZO - AUSNCIA DE QUESTIONAMENTO DO CLUBE
SOBRE AS DEMAIS CONTRATAES OU DE PROVA DA QUITAO DAS RESPECTIVAS CONTRIBUIES ACEITAO DA VALIDADE DO RELATRIO - CONDENAO MANTIDA. devida Federao das
Associaes de Atletas Profissionais (FAAP) a contribuio prevista no art. 57, inciso I, da Lei n.
9.615/1998 ("Lei Pel") de um por cento (1%) sobre o valor de cada contrato de atleta profissional
admitido por Clube de Futebol. Tal dispositivo no inconstitucional. O relatrio das contrataes do
perodo, apresentado pela Federao suficiente para embasar a cobrana judicial, se o Clube de
Futebol deixa de impugn-lo adequadamente, ainda mais quando admite a veracidade de algumas
das contrataes sobre as quais comprovou ter pago a devida contribuio, o que motivou a excluso
delas
da
condenao. Processo: 2012.092828-6
(Acrdo).Relator: Des.
Jaime
Ramos.
Julgamento: 27/06/2013. Classe: Apelao Cvel.
Cmara Especial Regional de Chapec
37.APELAO CVEL. AO INDENIZATRIA. DANOS MATERIAIS E MORAIS. E-MAIL COM CONTEDO
DIFAMATRIO, INDEVIDAMENTE, RELACIONADO AUTORA. PROCEDNCIA NA ORIGEM.
IRRESIGNAO DOS RUS. PROVA DOS AUTOS QUE APONTA PARA A NO UTILIZAO DA INTERNET
PELOS REQUERIDOS NO MOMENTO DO ILCITO. IMPOSSIBILIDADE DE SE AFERIR O VERDADEIRO
USURIO DO IP NO MOMENTO DO ENVIO DA MENSAGEM ELETRNICA. CONJUNTO PROBATRIO
FRGIL A AUTORIZAR A PROCEDNCIA DA DEMANDA. EXEGESE DO ARTIGO 333, INCISO I, DO CDIGO
DE PROCESSO CIVIL. DEVER DE INDENIZAR AFASTADO. NUS SUCUMBENCIAIS READEQUADOS.
SENTENA REFORMADA PARA JULGAR IMPROCEDENTES OS PEDIDOS INICIAIS. RECURSO
PROVIDO. Processo: 2013.026807-3. Relator: Dr.
Eduardo
Mattos
Gallo
Jnior. Julgamento: 08/07/2013.
Turmas de Recursos
38.RECURSOS INOMINADOS - SERASA - CONCENTRE SCORING - BANCO DE DADOS RESTRITIVO DE
CRDITO NO AUTORIZADO PELO CONSUMIDOR - ACESSO INFORMAO - IMPOSSIBILIDADE DE
RETIFICAO - VIOLAO AO ART. 5, INCISO X, DA CONSTITUIO FEDERAL; ART. 43 DO CDC; E, ART.
4 DA LEI 12.414/11 - BANCO DE DADOS OBSCURO E MANIFESTAMENTE ILEGAL - FALTA DE
TRANSPARNCIA - FATO DO SERVIO - RECURSO DO SERASA DESPROVIDO - RECURSO DO
CONSUMIDOR PROVIDO PARA A MAJORAO DO QUANTUM INDENIZATRIO 1. ilegal a manuteno
de cadastro de crdito paralegal, de carter subjetivo, sem transparncia, sem contraditrio e
obscuro, por entidade privada com efeitos limitadores do crdito do consumidor. A criao e
manuteno do Concentre Scoring avilta a vulnerabilidade jurdica e de informao do consumidor.
Ofende o Estado Democrtico de Direito. 2. O carter obscuro e sigiloso do banco de dados
representa obstculos aos direitos dos consumidores, vez que impossvel inferir se na obteno do
score foram considerados, por exemplo, dbitos j quitados, prescritos ou por prazo superior a 05
anos. Processo: 0812365-24.2012.8.24.0023. Relator: Dr.
Alexandre
Morais
da
Rosa. Julgamento: 27/06/2013.
39.APELAO CRIMINAL. PORTE DE FACA (ART. 19, DA LCP). PERTURBAO DA TRANQUILIDADE (ART.
65, DA LCP). CONTRAVENES PENAIS PRATICADAS COM VIOLNCIA DOMSTICA (LEI N. 11.340/06).
INAPLICABILIDADE DA LEI N. 9.099/95 INDEPENDENTE DA PENA. INCOMPETNCIA ABSOLUTA DAS
TURMAS DE RECURSOS. REMESSA DO PROCESSO AO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SANTA
CATARINA. Consoante disposto pelo art. 5 da Lei n. 11.340/2006, configura violncia domstica e
familiar contra a mulher qualquer ao ou omisso baseada no gnero que lhe cause morte, leso,

sofrimento fsico, sexual ou psicolgico e dano moral ou patrimonial (caput), em qualquer relao
ntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente
de coabitao (inciso III). Caracterizada, pois, a violncia domstica pelo fato do agressor portar arma
branca (faca) e rodear a residncia da vtima, que era sua ex-companheira, de modo a perturbar-lhe
o sossego, deve ser reconhecida a incompetncia absoluta da Turma Recursal para processamento e
julgamento do recurso, devendo os autos serem remetidos ao Egrgio Tribunal de
Justia. Processo: 2013.501265-3.Relator: Dr. Maurcio Cavalazzi Povoas. Julgamento: 22/07/13
40.APELAO CRIMINAL. ACUSADO DENUNCIADO PELA SUPOSTA PRTICA DA INFRAO PREVISTA NO
ARTIGO 28 DA LEI N. 11.343/2006 (POSSE DE DROGAS PARA USO PESSOAL). ABSOLVIO SUMRIA
SOB O FUNDAMENTO DE DESCRIMINALIZAO DA CONDUTA. LEI DE DROGAS QUE, NA VERDADE,
APENAS DESPENALIZOU O PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL. CONSTITUCIONALIDADE DO
DISPOSITVO. INOCORRNCIA DE DESCRIMINALIZAO. CRIME QUE DEVE SEGUIR O RITO DA LEI N .
9.099/95 (ART. 48, 1, DA LEI N. 11.343/2006). RECURSO PROVIDO. PROCESSO ANULADO DESDE O
RECEBIMENTO DA DENNCIA. A posse de substncia entorpecente no foi descriminalizada com o
advento da Lei n. 11.343/2006, havendo que se falar, to somente, em despenalizao do crime,
que caracteriza-se como infrao de menor potencial ofensivo, sem imposio de pena privativa de
liberdade ao usurio de drogas. infrao penal prevista no artigo 28, da Lei de Drogas aplicado o
procedimento sumarssimo previsto na Lei n. 9.099/95). Processo: 2012.501191-9). Relator: Dr.
Maurcio Cavalazzi Povoas. Julgamento: 08/07/2013
41.APELAO CRIMINAL. CRIME DE DESACATO. DENNCIA NO RECEBIDA EXPRESSAMENTE.
IMPOSSIBILIDADE DE PRESUNO. PRESCRIO QUE CORRE DA DATA DO FATO. O recebimento da
denncia deve ser expresso, no se admitindo seja presumido para efeitos de interrupo da
prescrio, ainda que o processo tenha transcorrido regularmente at a sentena. Assim, no
havendo nos autos despacho de recebimento da denncia, a prescrio continua a correr at a
verificao de outra causa interruptiva ou at o exaurimento do prazo prescricional. SENTENA
CONDENATRIA PROFERIDA APS O DECURSO DA PRESCRIO EM ABSTRATO. CONDENAO NULA.
EXTINO DA PUNIBILIDADE PELA PENA MXIMA COMINADA. SENTENA CASSADA. Transitada em
julgado a sentena condenatria para a acusao, a prescrio regula-se pela pena aplicada. No
entanto, tendo a sentena condenatria sido prolatada quando j transcorrido o prazo prescricional,
aquela deve ser cassada, extinguindo-se a punibilidade pela pena mxima cominada em abstrato.
direito do acusado ter registrado em seu histrico processual a declarao de extino da
punibilidade pela prescrio em abstrato ao invs da prescrio em concreto, pois esta ltima
importa em condenao anterior. Processo: 2012.501634-2). Relator: Dr. Fernando Speck de
Souza. e Julgamento: 05/07/2013.

Edio n. 11 de 30 de agosto de 2013.


rgo Especial
1.O pedido de suspenso de liminar ostenta feio poltica, no qual se atribui ao julgador a aferio da
convenincia e oportunidade da suspenso, quando constatada a existncia de leso grave ordem,
sade, segurana ou economia pblicas.
2.A supremacia do princpio da igualdade, como fundamento para manter a ordem de satisfao dos
precatrios em detrimento de pessoa com idade provecta e com grave estado de sade, atenta contra
a dignidade humana.
Seo Criminal
3.A prova nova produzida por meio de justificao judicial, consistente na declarao de testemunhas
no presenciais e no inquiridas no curso da instruo processual frgil e no se revela capaz de
desconstituir deciso condenatria transitada em julgado.
4.A retratao da vtima ofertada aps o trnsito em julgado da sentena, cotejada com o seu relato
firme e coerente durante a instruo do processo, no suficiente para infirmar a condenao do ru.
5.A prova do intenso comrcio de substncia entorpecente, a apreenso de significativa quantidade de

droga, aliado ao seu alto potencial lesivo, so motivos que justificam a aplicao na frao mnima da
causa especial de diminuio de pena prevista no 4 do art. 33 da Lei n. 11.343/2006.
6.O trfico e o cultivo de drogas so condutas de um nico tipo penal, respondendo o agente, na
hiptese, por um s delito, inadmitindo-se o concurso material.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
7. lcito Sociedade de Economia Mista, amparada por Lei Municipal, gerenciar o sistema de
estacionamento rotativo das vias pblicas, inexistindo ilegalidade, tambm, no fato do seu Presidente,
como autoridade de trnsito autorizada pela legislao local, lavrar autos de infrao.
Cmaras de Direito Criminal
8.Prostituir-se por si s no caracteriza ilcito penal, entretanto, tirar proveito da prostituio alheia,
mantendo estabelecimento destinado explorao sexual, fato tpico descrito no art. 229 do Cdigo
Penal.
9.HC impetrado no Tribunal no a via adequada para a discusso sobre nulidade ocorrida em
interceptao telefnica quando a matria no foi analisada pelo Juiz reponsvel pelo processo, sob
pena de supresso de instncia.
10.No h nulidade na circunstncia de juntar ao processo certido de antecedentes aps as alegaes
finais, tratando-se de mera atualizao de informaes j existentes nos autos.
11.A atenuante da confisso espontnea no aplicvel s medidas socioeducativas, eis que estas no
seguem os mesmos parmetros da dosimetria da pena nas condenaes criminais.
12. possvel a absoro do disposto no art. 1, inciso XI, do Decreto-lei n. 201/1967, pelo art. 89 da Lei
n. 8.666/1993, por se tratarem de tipos penais que tutelam bens jurdicos de mesmo valor.
13.A inpcia da denncia no diz respeito adequao do fato narrado realidade ftica, mas sim
possibilidade ou no de a narrativa permitir a compreenso da imputao atribuda e o exerccio de
defesa pelo acusado.
14.Conduz veculo de maneira imprudente o motorista que, sabendo das irregularidades da pista e
diante das intempries do momento, transita em velocidade que o impossibilite ter o domnio de seu
automvel.
15. invivel na via estreita do habeas corpus a anlise dos argumentos apresentados pelo paciente de
que praticou os fatos em razo de transtornos de ansiedade e de comportamento.
16.A priso preventiva proveniente da imputao da prtica do crime de corrupo ativa e/ou passiva
admite substituio por medidas cautelares, consistentes na obrigatoriedade de comparecimento
mensal em juzo e a todos os atos do processo e na proibio de contato com testemunhas e de
exerccio de cargo pblico e atividade econmica.
17.A Constituio Estadual Santa Catarina elenca as atribuies da Polcia Militar e de forma expressa
inclui o exerccio de policiamento ostensivo relacionado com a proteo do meio ambiente e o exerccio
do poder de polcia a ele inerente.
Cmaras de Direito Civil
18.O plano de sade deve suportar todas as despesas mdicas e hospitalares despendidas com o
tratamento da patologia apresentada, considerando-se nula a clusula contratual que restringir a
utilizao do tratamento necessrio para a cura do segurado.
19.Configura dano moral in re ipsa a aflio do pescador artesanal que retira o sustento de sua famlia
do ecossistema violentado, negligentemente, em razo do derramamento de leos e demais
substncias qumicas poluidoras.
20.Empresa revendedora automveis responde prejuzos causados consumidor adquire veculo dentro
de seu estabelecimento comercial, de pessoa com vnculo empregatcio, justa expectativa que com ela
estivesse negociando.
21.A empresa que mantm e administra conta de endereo eletrnico (e-mail) obriga-se a revelar o
nmero dointernet protocol (IP), a fim de identificar o computador utilizado para o envio de mensagens
com contedo infamante.
22.No h falar em ato ilcito republicao ensaio fotogrfico stio eletrnico, ante ausncia prova
acerca de acordo do perodo em que as fotografias seriam veiculadas, tampouco de que foram
retiradas e recolocadas naquele endereo.
23.Considerando que a ao de usucapio visa o reconhecimento do domnio, no poder ser
manejada na pendncia de lide possessria, em observncia ao art. 923 do Cdigo de Processo Civil.
24.Descabe a revogao de doao com encargo, se o contexto probatrio aponta, com nitidez, ao

contrrio do alegado na inaugural, que a donatria sempre dispensou doadora o zelo e os cuidados
inerentes obrigao.
Cmaras de Direito Comercial
25.Defronte ausncia de comprovao da notificao extrajudicial eficaz do arrendatrio, o Juiz
dever oportunizar ao demandante a emenda inicial, no prazo legal, cuja extino do processo sem
resoluo de mrito, somente poder ser proclamada depois de tomada importante providncia.
26.Na sistemtica do art. 17 da Lei n. 11.101/2005, da deciso judicial sobre impugnao habilitao
de crdito cabe agravo de instrumento. Ante a clareza do dispostivo legal, no h como aplicar o
princpio da fungibilidade, em face de caracterizar erro grosseiro a interposio de recurso diverso.
27.O clculo elaborado pelo Contador do Juzo no se presta a subsidiar uma deciso judicial
meramente homologatria que despreze a argumentao jurdica expendida pelos litigantes e o exame
especfico do cmputo, sob pena de delegao da funo jurisdicional.
28.No se justifica o pedido de quebra de sociedade empresria a partir de dvida de valor inferior a 40
(quarenta) salrios mnimos, com o que se tem por garantido o princpio da preservao da empresa.
29.Se os documentos dos autos no possibilitam concluir pela comprovao de enfrentar nova dvida
contrada com o objetivo de extinguir e substituir avenas pretritas, no prospera a alegao de
novao, em face da emisso da nota promissria objeto da execuo.
Cmaras de Direito Pblico
30.Decorrido longo lapso temporal aps a homologao e a divulgao do resultado do concurso
pblico, a convocao de candidatos aprovados para o preenchimento de novas vagas supervenientes
deve ser realizada atravs de comunicao pessoal.
31.Os cargos de Secretrio de Estado e Secretrio Municipal tm por mulo ou paradigma federal os
cargos de Ministro de Estado, e no so considerados infringentes aos preceitos constitucionais
norteadores da Administrao Pblica, pela natureza eminentemente poltica das atribuies
funcionais.
32. possvel que o servidor pblico integrante do quadro do magistrio compute para efeito de
aposentadoria especial o tempo de servio em funes de confiana relacionadas a cargos de direo,
desde que cumprida a idade mnima.
33.A realizao de atividades de cultivo de plantas, criao de animais e manuteno de abatedouro,
sem o respectivo licenciamento ambiental, alm da indevida ocupao de rea de preservao
permanente, implica manifesto dano ao meio ambiente, e obriga os responsveis sua plena
reparao.
34. lcita a inscrio do nome de usurio devedor em cadastro de proteo ao crdito, ainda que haja
pedido de cancelamento dos servios prestados pela concessionria perante a Anatel.
35.Mostra-se inadequado condicionar a liberao de veculo furtado e apreendido ao pagamento de
encargos pelo proprietrio, a considerar, sobretudo, que ele no teve qualquer participao no
cometimento das infraes.
36.Previstos na legislao municipal os requisitos para a concesso da progresso funcional, no pode
o Poder Judicirio supri-los, sob pena de ofensa aos princpios da legalidade e da separao dos
poderes.
Cmara Especial Regional de Chapec
37.Apesar da falha da emissora ao noticiar o falecimento sem averiguar melhor o fato, se as
consequncias foram "meros aborrecimentos", e se inexistiu o animus de ofender, especialmente pela
retratao ofertada, nos mesmos moldes e horrio da primeira matria veiculada, inexiste abalo moral.
Turmas de Recursos
38.A negativa de abertura de conta salrio, meio exigido para percepo dos recursos de estgio,
incorre em conduta abusiva e desrespeitosa honra e dignidade do consumidor.
39.A instituio financeira, por fora de sua atividade, tem o dever de examinar as moedas que
circulam em sua agncia, para confirmar a autenticidade, no podendo transferir o nus da
conferncia a seus clientes.
40.No procedimento previsto no art. 81 da Lei n. 9.099/1995, a ausncia de oportunidade de defesa
preliminar e de deciso sobre o recebimento da denncia, ferem os princpios do devido processo legal,
do contraditrio e da ampla defesa.
41.Caracteriza cerceamento de defesa o julgamento antecipado da lide, quando requerida a produo
de prova testemunhal por ambas as partes, o magistrado afasta a tese defensiva por insuficincia de

provas quanto ao fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor que se pretendia
demonstrar.
rgo Especial
1.AGRAVO REGIMENTAL EM PEDIDO DE SUSPENSO DE LIMINAR. AO CIVIL PBLICA. DECISO QUE
IMPEDE A CONSTRUO DE PRESDIO NO MUNICPIO DE IMARU. EFEITO SUSPENSIVO DEFERIDO EM
PEDIDO DE RECONSIDERAO. REQUISITOS DO ART. 4 DA LEI N. 8.437/92 PREENCHIDOS. GRAVE
LESO ORDEM E SEGURANA PBLICAS DEMONSTRADA. RECURSO DESPROVIDO. Importante
sublinhar, que aqui no se discute as questes jurdicas da deciso atacada e tampouco se permite
adentrar no mrito da controvrsia, isso porque, segundo o entendimento predominante do STJ, o
pedido de suspenso de liminar ostenta feio poltica, no qual se atribui ao julgador a aferio da
convenincia e oportunidade da suspenso, quando constatada a existncia de leso grave ordem,
sade, segurana ou economia pblicas. Digo mais, agasalhado o pedido, no se est afastando
com isso os argumentos jurdicos do aresto profligado, mas traando um juzo de valorao destes
bens tutelados - na hiptese vertente, ordem e segurana pblicas - que, ao que se denota sofrem
prejuzo em virtude da concesso da liminar. AGRAVO REGIMENTAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
PLEITO QUE PRETENDE A EXTENSO DOS EFEITOS DA DECISO SUSPENSIVA AOS AUTOS DE AO
CIVIL PBLICA QUE TEM O MESMO OBJETO. RECURSO PROVIDO. Havendo identidade entre as aes em
epgrafe, e tendo em vista que os bens ordem e segurana pblicas podem sofrer grave leso na
hiptese vertente, nos termos do art. 4, 8, da Lei n. 8.437/92, est autorizada a extenso dos
efeitos da deciso suspensiva. Processo: 2013.005453-9.Relator: Des. Srgio Roberto Baasch Luz.
Julgamento: 17/07/2013.
2.MANDADO DE SEGURANA. DIREITO CONSTITUCIONAL. PRECATRIOS. ORDEM DE PREFERNCIA.
SUPOSTO ATO COATOR DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIA QUE NEGOU O PAGAMENTO
INTEGRAL DOS VALOR DO PRECATRIO. IMPETRANTE EM GRAVE SITUAO DE SADE, PORTADORA DO
MAL DE PARKINSON E EM IDADE AVANADA - NOVENTA E TRS ANOS - NA DATA DA IMPETRAO.
CHOQUE ENTRE PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS. TCNICA DA PONDERAO ENTRE PRINCPIOS.
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, DIREITOS SADE E VIDA QUE SE CONTRAPEM AOS PRINCPIOS
DA IGUALDADE E DA IMPESSOALIDADE. ANLISE DO CASO CONCRETO QUE APONTA PARA MAIOR PESO
ESPECFICO DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. GRAU DE RESTRIO DOS PRINCPIOS DE MENOS
VALIA. MONTANTE DO PRECATRIO ELEVADO - APROXIMADOS R$ 3.000.000,00 (TRS MILHES DE
REAIS). PAGAMENTO INTEGRAL QUE IMPORTARIA EM DANOS IRREPARVEIS S DOTAES
ORAMENTRIAS DO MUNICPIO DE FLORIANPOLIS. CONCESSO PARCIAL DA SEGURANA PARA
DETERMINAR O PAGAMENTO MENSAL DE TRINTA MIL REAIS AT A INTEGRALIZAO DO VALOR TOTAL
DO PRECATRIO. O conflito presente nos autos do mandamus de princpios e no de regras. Do
intrprete exigida a ponderao entre os princpios constitucionais da dignidade da pessoa humana,
dos direitos sade e vida, de uma parte, e os princpios da igualdade e da isonomia, de outra. Digase ainda que os princpios consagram direitos fundamentais que se contrapem: direito vida/sade e
direito igualdade/impessoalidade. "O princpio da dignidade da pessoa humana representa o
epicentro axiolgico da ordem constitucional, irradiando efeitos sobre todo o ordenamento jurdico e
balizando no apenas os atos estatais, mas tambm toda a mirade de relaes privadas que se
desenvolvem no seio da sociedade." (Daniel Sarmento. A ponderao de interesses na Constituio
brasileira. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2000). "A norma consubstanciada no art. 100 da Carta Poltica
traduz um dos mais expressivos postulados realizadores do princpio da igualdade, pois busca conferir,
na concreo do seu alcance, efetividade exigncia constitucional de tratamento isonmico dos
credores do Estado." (STF, ADI n. 584-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 22-5-1992). "Por princpio da
impessoalidade entende-se o comando constitucional, no sentido de que Administrao no
permitido fazer diferenciaes que no se justifiquem juridicamente, pois no dado ao administrador
o direito de utilizar-se de interesses e opinies pessoais na construo das decises oriundas do
exerccio de suas atribuies." (Gilmar Ferreira Mendes. Curso de Direito Constitucional. 6 ed. So
Paulo: Saraiva, 2011. p. 861). Grifos nossos. O contraponto entre os pesos especficos do princpio da
impessoalidade e da dignidade da pessoa humana aponta para a prevalncia deste, visto que diante
da situao grave de sade e da idade avanada da impetrante, considerando a necessidade de
recursos para custeio de tratamento que lhe acarrete a discriminao em seu proveito cinge-se de

razoabilidade. Os princpios da igualdade e da impessoalidade no devero ter grau de restrio


mximo, a uma porque sendo princpios constitucionais devem ter, no confronto, alguma efetividade,
ainda que mnima; a duas porque, dentro da coletividade as verbas pblicas cingem-se de importncia
mpar, pois, obtidas a grosso modo do poder de tributar do Estado, originadas, portanto, do patrimnio
dos cidados/contribuintes. Concretizando a ponderao, temos que a supremacia do princpio da
igualdade, como fundamento para manter a ordem de satisfao dos precatrios em detrimento da
impetrante, senhora com elevada idade e com grave estado de sade, atenta contra a dignidade
humana, na medida em que esta cidad utilizada como meio de obteno de uma poltica maior: o
no privilgio, a no discriminao. Segurana concedida parcialmente. Processo: 2011.021550-2
(Acrdo). Relator: Des. Carlos Prudncio. Julgamento: 19/06/2013.

Seo Criminal
3.REVISO CRIMINAL. HOMICDIO QUALIFICADO. MOTIVO TORPE. PROVA NOVA. JUSTIFICAO JUDICIAL.
TESTEMUNHAS NO PRESENCIAIS E NO INQUIRIDAS NO CURSO DA INSTRUO PROCESSUAL.
DECLARAES QUE NO TM O CONDO DE DESCONSTITUIR A CONDENAO. SOBERANIA DOS
VEREDICTOS. INDEFERIMENTO. As provas obtidas por meio de justificao judicial devem ser
conclusivas e terem a capacidade de mudar a substncia da sentena, elidindo os motivos da
condenao
e
deixando
evidenciada,
de
maneira
cristalina,
a
improcedncia
acusatria. Processo: 2013.008765-5. Relator:Des. Ricardo Roesler. Julgamento: 31/07/2013.
4.REVISO CRIMINAL. ESTUPRO E ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. ARTS. 214 E 214, C/C ART. 224,
ALNEAS 'A' E 'C' E ART. 226, INC. II, NA FORMA DO ART. 71, TODOS DO CDIGO PENAL. PEDIDO DE
ANULAO DA DECISO DE PRIMEIRO GRAU COM BASE EM RETRATAO OFERTADA PELA VTIMA
COLHIDA EM AUDINCIA DE JUSTIFICAO JUDICIAL. VTIMA QUE ALEGOU QUE, POCA, FANTASIOU
AS ACUSAES CONTRA SEU PAI. ALEGAO QUE NO SE MOSTROU CAPAZ DE REVERTER A SENTENA
CONDENATRIA E A DECISO QUE A CONFIRMOU. RELATO DA VTIMA DURANTE O DECORRER DA
INSTRUO CRIMINAL QUE SE MOSTROU COERENTE E ROBUSTO FACE A RETRATAO ATUALMENTE
OFERTADA. PROVA CABAL DA INOCNCIA DO RU QUE NO SE VERIFICA. IMPOSIBILIDADE DE
ACOLHIMENTO DO PEDIDO REVISIONAL NOS TERMOS DO ART. 621, INC. III, CPP. PEDIDO
INDEFERIDO.Processo: 2013.009758-4. Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer.
Julgamento: 31/07/2013.
5.PENAL. EMBARGOS INFRINGENTES (CPP, ART. 609, PARGRAFO NICO). CRIME CONTRA A SADE
PBLICA. TRFICO ILCITO DE ENTORPECENTES. APLICAO DA CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIO DE
PENA PREVISTA ART. 33, 4, DA LEI 11.343/2006, NO PATAMAR MNIMO DE 1/6. PRETENDIDA
PREVALNCIA DO VOTO VENCIDO QUE RECONHECEU A POSSIBILIDADE DE INCIDNCIA DO REDUTOR
NO PATAMAR DE 1/2 E ALTERAO, DE OFCIO, DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA REPRIMENDA.
IMPOSSIBILIDADE. PATAMAR DE DIMINUIO MNIMO EM RAZO DA REITERADA ATIVIDADE DE
MERCNCIA DE SUBSTNCIA ENTORPECENTE, QUANTIDADE E NATUREZA DA DROGA APREENDIDA
(COCANA). REGIME INICIAL FECHADO. CIRCUNSTNCIAS DO CASO CONCRETO QUE CONFEREM
SUPORTE E FUNDAMENTAM A MANUTENO. REJEIO DOS EMBARGOS INFRINGENTES. - aplicado o
patamar mnimo de 1/6 causa especial de diminuio de pena prevista no 4 do artigo 33 da Lei
11.343/2006 quando houver prova da prtica de intenso comrcio de substncia entorpecente pelo
recorrente e for apreendida - com ele - significativa quantidade de droga (53 g), com alta
potencialidade lesiva (cocana). - Ao condenado por trfico de drogas, crime altamente censurvel pela
CFB, no se mostra aplicvel a fixao de regime inicial mais brando que o fechado, ainda que o
montante da pena, em tese, admita tal providncia, sobretudo quando o agente apreendido com
elevada quantidade de drogas. Precedentes. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e desprovimento do
recurso. - Recurso conhecido e desprovido. Processo: 2013.010568-5. Relator: Des. Carlos Civinski.
Julgamento: 26/06/2013.
6.AGRAVO REGIMENTAL EM REVISO CRIMINAL. DECISO MONOCRTICA. CONHECIMENTO EM PARTE
DO PEDIDO PARA, NA PARTE CONHECIDA, DEFERI-LO. PLEITO ABSOLUTRIO QUANTO AOS CRIMES DE
TRFICO DE DROGAS E CULTIVO EM CONCURSO MATERIAL. CONDUTAS INTEGRANTES DE UM NICO

TIPO PENAL. INJUSTIA EXPLCITA DA DECISO. PRECEDENTES. ABSOLVIO APENAS EM RELAO


MODALIDADE CRIMINOSA DO CULTIVO. INSURGNCIA MINISTERIAL, AO FUNDAMENTO DE SER
INCABVEL A REANLISE DOS ARGUMENTOS ANTERIORMENTE DECIDIDOS. SUPOSTA INOBSERVNCIA
DOS LIMITES PREVISTOS NO ART. 621 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. ERRO JUDICIRIO QUE,
EXCEPCIONALMENTE, PODE SER IDENTIFICADO E CORRIGIDO NESTA SEDE. RECONHECIDA VIOLAO
AO TEXTO DE LEI. CRIME NICO QUE, NA HIPTESE, NO ADMITE O CONCURSO MATERIAL. RECURSO
DESPROVIDO. Processo: 2013.013624-0
(Acrdo). Relator: Des.
Ricardo
Roesler.
Julgamento: 31/07/2013.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
7.PREVENO E COMPOSIO DE DIVERGNCIA. CPC, ART. 555, 1. AO CIVIL PBLICA. OPERAO,
MANUTENO E GERENCIAMENTO DE SISTEMA DE ESTACIONAMENTO ROTATIVO NAS VIAS PBLICAS.
MUNICPIO INTEGRADO AO SISTEMA NACIONAL DE TRNSITO. 1. LEGITIMIDADE ATIVA E ADEQUAO
DA VIA ELEITA. "O pensamento moderno acerca da ao civil pblica preconiza que este instrumento
processual no se presta unicamente defesa de interesses coletivos ou difusos, mas tambm de
interesses individuais que se enquadram nas disposies do art. 127 da Constituio Federal. Noutros
termos, a ao civil pblica tem por escopo a defesa das garantias e dos direitos constitucionais que
interessam toda coletividade, mesmo que concernente pessoa ou pessoas identificadas. 'Certos
direitos individuais homogneos podem ser classificados como interesses ou direitos coletivos, ou
identificar-se com interesses sociais e individuais indisponveis. Nesses casos, a ao civil pblica
presta-se a defesa dos mesmos, legitimado o Ministrio Pblico para a causa. C.F., art. 127, caput, e
art. 129, III. III. [...]' (RE n. 195.056, Min. Carlos Velloso)" 2. MRITO. 2.1. LEI MUNICIPAL QUE ATRIBUI
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA (CONURB) A COMPETNCIA PARA GERIR O TRNSITO MUNICIPAL.
LAVRATURA DE AUTOS DE INFRAO PELO PRESIDENTE DA COMPANHIA NA CONDIO DE AUTORIDADE
DE TRNSITO DO MUNICPIO. CTB, ART. 280, 2 E ANEXO I. LEGALIDADE. 2.2. EXECUO DE ATOS
FISCALIZATRIOS CONCEDIDOS PELA CONURB A EMPRESA PRIVADA. EMISSO DE AVISOS DE
IRREGULARIDADE POR AGENTES (FUNCIONRIOS DA CONCESSIONRIA) CREDENCIADOS PELA
AUTORIDADE DE TRNSITO. POSSIBILIDADE. RECURSO PROVIDO PARA JULGAR IMPROCEDENTE O
PEDIDO. Processo: 2010.066827-4 (Acrdo). Relator: Des. Paulo Henrique Moritz Martins da Silva.
Julgamento: 14/08/2013. Data de Publicao: 23/08/2013.
Cmaras de Direito Criminal
8.APELAO CRIMINAL (RU PRESO). CRIME DE FAVORECIMENTO DA PROSTITUIO OU OUTRA FORMA
DE EXPLORAO SEXUAL QUALIFICADO PELO EMPREGO DE VIOLNCIA, GRAVE AMEAA OU FRAUDE,
COM O FIM DE LUCRO E CRIME DE CASA DE PROSTITUIO (ART. 228, 2 E 3 E ART. 229 AMBOS DO
CDIGO PENAL). SENTENA CONDENATRIA. RECURSOS DAS DEFESAS. ABSOLVIO (APELANTES M. E
J.). ATIPICIDADE DA CONDUTA. INVIABILIDADE. CARACTERIZADO O TIPO PENAL DESCRITO NO ART. 228,
2 E 3 DO CDIGO PENAL. APELANTES QUE IMPEDIAM OU DIFICULTAVAM QUE AS MULHERES QUE SE
PROSTITUAM NA DENOMINADA "BOATE STILING" ABANDONASSEM O LOCAL. PRIVAO DE LIBERDADE
TANTO FSICA QUANTO PSICOLGICA. UTILIZAO DE ARMAS DE FOGO, DE APARELHO DE CHOQUE E
TONFAS PARA INTIMID-LAS. MULHERES QUE APENAS RECEBIAM COMO CONTRAPRESTAO COMIDA,
ROUPAS, FRALDAS E CUIDADOS PARA OS FILHOS. TAMBM CARACTERIZADO O TIPO PENAL DESCRITO
NO ART. 229 DO CDIGO PENAL. EVENTUAL TOLERNCIA SOCIAL COM A ATIVIDADE NO CAUSA DE
ATIPICIDADE DA CONDUTA. PROVAS INDICAM QUE OS APELANTES TIRAVAM PROVEITO DA
PROSTITUIO. MANUTENO DAS CONDENAES QUE SE IMPE. ABSORO DO DELITO PREVISTO
NO ART. 228 DO CDIGO PENAL PELA CONDUTA PREVISTA NO ART. 229 DO MESMO DIPLOMA LEGAL
(APELANTES M. E J.). IMPOSSIBILIDADE. DELITOS QUE PROTEGEM BENS JURDICOS DIVERSOS,
ENQUANTO O ART. 228 DO CDIGO PENAL TUTELA A DIGNIDADE SEXUAL, O ARTIGO SEGUINTE VISA
COMBATER A EXPLORAO SEXUAL. APELANTES QUE ATUARAM DE FORMA A INDUZIR AS VTIMAS
PROSTITUIO E POSTERIORMENTE IMPEDIRAM-AS DE ABANDONAR O MERETRCIO. CARACTERIZADOS
OS DOIS TIPOS PENAIS. AFINAL, SOMENTE QUANDO A CONDUTA PRATICADA PELO AGENTE SE
SUBSOME AO TIPO PENAL DE "FACILITAO" DA PROSTITUIO (ART. 228 DO CP) QUE O REFERIDO
DELITO FICA ABSORVIDO PELO CRIME DE MANUTENO DE CASA DE PROSTITUIO (ART. 229 DO CP),
O QUE NO OCORREU IN CASU. MANUTENO DO CONCURSO MATERIAL QUE SE IMPE.
DESCLASSIFICAO DO DELITO PREVISTO NO ART. 16, IV, DA LEI N. 10.826/03 PARA O DO ART. 12 DO

MESMO DIPLOMA LEGAL (APELANTE J.). INVIABILIDADE. ARMA DE FOGO COM NUMERAO RASPADA,
SUPRIMIDA OU ALTERADA. POSSUIR OU PORTAR CARACTERIZAM O TIPO PENAL PREVISTO NO ART. 16,
PARGRAFO
NICO,
IV,
DA
LEI
DE
ARMAS.
RECURSOS
CONHECIDOS
E
DESPROVIDOS. Processo: 2012.082479-9. Relatora: Des.
Marli
Mosimann
Vargas.
Julgamento:06/08/2013.
9.HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAO, A F E A PAZ PBLICAS E DE
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO. FRAUDE LICITAO CONSUMADA E TENTADA (ART. 90 DA LEI N.
8.666/93 E ART. 90 DA LEI N. 8.666/93 C/C ART. 14, II, DO CDIGO PENAL), CORRUPO PASSIVA (ART.
317 DO CDIGO PENAL), FALSIDADE IDEOLGICA (ART. 299, PARGRAFO NICO, DO CDIGO PENAL),
QUADRILHA OU BANDO (ART. 288, CAPUT, DO CDIGO PENAL) E PECULATO-DESVIO (ART. 1, I, DO
DECRETO-LEI N. 201/1967). TRANCAMENTO DA AO PENAL. ALEGADO CONSTRANGIMENTO ILEGAL
PELO FATO DE A INVESTIGAO TER SIDO DEFERIDA POR JUZO INCOMPETENTE. PACIENTE QUE
GOZAVA DE FORO POR PRERROGATIVA DE FUNO. INVIABILIDADE. APURAO DA PARTICIPAO DO
PACIENTE EM MOMENTO POSTERIOR CASSAO DE SEU MANDATO COMO PREFEITO E DE FORMA
INCIDENTAL. AVERIGUAO VLIDA. QUESTIONAMENTO QUANTO AO VALOR DAS INTERCEPTAES
TELEFNICAS COMO ELEMENTO DE PROVA. SUSTENTADO CORROMPIMENTO DAS ESCUTAS POR MEIO
DE AVALIAO TCNICA REALIZADA UNILATERALMENTE PELO PACIENTE. NO CABIMENTO. EVENTUAL
FALHA TCNICA QUE PODE SER SANADA NO DECORRER DA INSTRUO PROCESSUAL. ALM DISSO,
EVIDNCIA QUE SER LEVADA APRECIAO DO MAGISTRADO A QUO NO CONTEXTO DOS DEMAIS
ELEMENTOS PROBANTES. DEGRAVAO DO CONTEDO DAS CONVERSAS EM SUA INTEGRALIDADE.
NO ACOLHIMENTO. EXIGNCIA DE REDUO A TERMO DE TODO O CONTEDO INTERCEPTADO NO
PREVISTA NA LEI N. 9.296/96. HOMENAGEM INTIMIDADE DAS PESSOAS. ARGUDA NULIDADE DA
INVESTIGAO EM RAZO DE AS MDIAS DAS INTERCEPTAES TELEFNICAS ESTAREM EM EXTENSO
DIVERGENTE DA ORIGINAL DO SISTEMA GUARDIO, BEM COMO PELO FATO DE OS RELATRIOS DO
SISTEMA VIGIA ESTAREM EM FORMATO EDITVEL. MATRIAS NO APRECIADAS PELO JUZO SINGULAR.
SUPRESSO DE INSTNCIA. NO CONHECIMENTO NO PONTO. ORDEM CONHECIDA EM PARTE E
DENEGADA. Processo: 2013.043812-0
(Acrdo). Relatora: Des.
Marli
Mosimann
Vargas.
Julgamento: 30/07/2013.
10. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMNIO. LATROCNIO NA FORMA TENTADA (ART. 157,
3, SEGUNDA PARTE, C/C O ART. 14, AMBOS DO CP). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA
DEFESA. PRELIMINARES. PLEITEADA NULIDADE DO PROCESSO POR CONTA DA JUNTADA DA CERTIDO
DE ANTECEDENTES CRIMINAIS EM MOMENTO POSTERIOR S ALEGAES FINAIS. AFASTAMENTO. MERA
ATUALIZAO DE DOCUMENTO J EXISTENTE NOS AUTOS. SUSCITADA AFRONTA AO PRINCPIO DO
PROMOTOR
NATURAL.
DESCABIMENTO.
RGO
MINISTERIAL
REGIDO
PELO
PRINCPIO
CONSTITUCIONAL DA INDIVISIBILIDADE. ALEGADA OFENSA AO PRINCPIO DA CORRELAO.
INEXISTNCIA. PERFEITA ADEQUAO ENTRE OS FATOS NARRADOS NA DENNCIA E A CONDENAO
PROFERIDA NA SENTENA. MRITO. REQUERIMENTO DE DESCLASSIFICAO DO CRIME DE
LATROCNIO PARA O DELITO DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO PELO USO DE ARMA. IMPOSSIBILIDADE.
ELEMENTOS PROBATRIOS APTOS A DEMONSTRAR QUE O ACUSADO ATENTOU CONTRA A VIDA DA
VTIMA. DOSIMETRIA. PRIMEIRA FASE. ALMEJADO O AFASTAMENTO DAS CIRCUNTNCIAS VALORADAS
NEGATIVAMENTE. CONDUTA SOCIAL. USURIO DE ENTORPECENTES. CRITRIO QUE EVIDENCIA A M
CONDUTA DO AGENTE. CIRCUNSTNCIAS DO CRIME. FUNDAMENTAO UTILIZADA PARA MAJORAR A
REPRIMENDA QUE INERENTE AO TIPO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. ADEQUAO DA PENA-BASE QUE SE
IMPE. SEGUNDA FASE. PRETENDIDO AFASTAMENTO DA REINCIDNCIA. RECEPO DESTE INSTITUTO
PELA ORDEM CONSTITUCIONAL VIGENTE. INEXISTNCIA DE OFENSA AO PRINCPIO DA
INDIVIDUALIZAO DA PENA E DA VEDAO AO BIS IN IDEM. COMPENSAO ENTRE CIRCUNSTNCIAS
AGRAVANTES E ATENUANTES. REINCIDNCIA E CONFISSO ESPONTNEA. INVIABILIDADE.
PREPONDERNCIA DAQUELA SOBRE ESTA. EXEGESE DO ARTIGO 67 DO CDIGO PENAL. PRECEDENTES
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. TERCEIRA FASE. PLEITO DE AFASTAMENTO DA CONTINUIDADE
DELITIVA E RECONHECIMENTO DE CRIME NICO. NO CONHECIMENTO DO APELO NESTE PONTO.
AUSNCIA DE APLICAO DESTA CAUSA. INTELIGNCIA DO ART. 577 DO CPP. - No h falar em
nulidade processual em razo da juntada de certido de antecedentes aps as alegaes finais, isso
por se tratar de mera atualizao de informaes j existentes nos autos. - O Ministrio Pblico

regido pelo princpio da indivisibilidade, de modo que todos os seus membros so substituveis. Inexiste ofensa ao princpio da correlao quando a denncia for mais abrangente do que a imputao
contida na sentena, j que foi garantido o contraditrio e a ampla defesa. - O agente que adere
prtica do crime de roubo com o emprego de arma, efetuando disparos na direo da vtima, assume
o risco do evento morte, pelo que deve ser processado pela prtica do delito de latrocnio na
modalidade tentada. - O agente que usurio de entorpecentes, prtica de nefastos efeitos
sociedade, possui m conduta social. - A quantidade de valores subtrados da vtima e a utilizao de
arma de fogo no so fundamentos idneos para considerar negativa as circunstncias do crime,
porquanto inerentes ao prprio tipo penal. - A Constituio Federal de 1988 recepcionou o instituto da
reincidncia penal, que instrumentaliza o postulado da isonomia em sentido material e o princpio da
individualizao da pena. Precedentes do STF. - A circunstncia da reincidncia prepondera sobre a
confisso, conforme dispe o artigo 67 do Cdigo Penal. Precedentes do STF. - Consoante a redao do
pargrafo nico do artigo 577 do Cdigo de Processo Penal, carece de interesse recursal a parte que
no ter proveito na modificao da sentena. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e desprovimento
do recurso. - Recurso parcialmente conhecido e, nessa extenso, provido to somente para afastar as
circunstncias do crime valoradas como negativas. Processo: 2012.047446-0. Relator:Des. Carlos
Alberto Civinski.
11.APELAO CRIMINAL. ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE. ATOS INFRACIONAIS ANLOGOS
AO CRIME DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO PELO CONCURSO DE AGENTES, INCNDIO EM VECULO DE
TRANSPORTE COLETIVO E QUADRILHA EM RELAO AO MENOR J. E AS DUAS LTIMAS CONDUTAS
QUANTO AOS ADOLESCENTES D. E L. MATERIALIDADE E AUTORIAS COMPROVADAS. PLEITO DA DEFESA
DE DESCONSIDERAO DA FUNDAMENTAO RELATIVA AO USO DE ARMA DE FOGO E LIGAO DOS
MENORES COM UMA ORGANIZAO CRIMINOSA. AUSNCIA DE APREENSO E, CONSEQUENTEMENTE,
DA PERCIA DA ARMA. IRRELEVNCIA. PROVA TESTEMUNHAL ALIADA PRPRIA CONFISSO
ADOLESCENTE GRAVE AMEAA RECONHECIDA. AUSNCIA DE MENO NA SENTENA EM RELAO
EVENTUAL LIGAO DOS ADOLESCENTES COM O CRIME ORGANIZADO. NO CONHECIMENTO DO APELO
NO PONTO. APLICAO DA ATENUANTE DA CONFISSO ESPONTNEA. CIRCUNSTNCIA QUE SE DESTINA
APENAS AOS CRIMES COMUNS. MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAO ADEQUADAMENTE FIXADA
DIANTE DA GRAVIDADE DOS FATOS E ANTERIORES ENVOLVIMENTOS EM ATOS INFRACIONAIS. PEDIDO
DE FIXAO DE HONORRIOS ADVOCATCIOS EM REAIS J ARBITRADOS EM SENTENA.
CONHECIMENTO, EM PARTE, DO APELO, PARA NESTA DESPROV-LO. Processo:2013.0289943. Relator: Des. Ricardo Roesler. Julgamento: 30/07/2013. Classe: Apelao / Estatuto da Criana e
do Adolescente.
12.APELAO CRIMINAL. CRIME TIPIFICADO NO ART. 89 DA LEI N. 8.666/93. DISPENSA DE LICITAO
NO CONTIDA NAS HIPTESES LEGAIS. SENTENA ABSOLUTRIA. INSURGNCIA DA ACUSAO.
COMPRA DE AREIA DE FORMA FRACIONADA REVELIA DO DISPOSTO NO ART. 24, I, DA LEI 8.666/93.
AFRONTA AOS PRINCPIOS DA LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E
EFICINCIA. DOLO CONSUBSTANCIADO NA VONTADE LIVRE E CONSCIENTE DE REALIZAR CONTRATAO
DIRETA SEM OBSERVNCIA S NORMAS LEGAIS. ABSOLVIO INVIVEL EM RELAO AO ART. 89 DA LEI
DE LICITAES. ABSOLVIO QUANTO AOS DELITOS DO ART. 1, INCISOS V, XI DO DECRETO-LEI
201/67. NO CONFIGURAO DO TIPO E ABSORO ART. 89 DA LEI 8.666/93. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo:2012.026695-9. Relatora: Des.
Beatriz
da
Silva
Bittencourt
Schaefer.
Julgamento: 06/08/2013.
13.HABEAS CORPUS. CRIMES DE CORRUPO PASSIVA, FORMAO DE QUADRILHA E FALSIDADE
IDEOLGICA. ALEGAO DE INPCIA DA DENNCIA. PEA INCRIMINADORA QUE CONTEMPLOU OS
REQUISITOS DO ART. 41 DO CPP. ALEGAO DE NO PARTICIPAO DO PACIENTE EM DETERMINADAS
CONDUTAS NARRADAS NA DENNCIA. ANLISE DE PROVAS RESERVADA INSTRUO CRIMINAL.
CONSTRANGIMENTO
ILEGAL
NO
CARACTERIZADO.
ORDEM
CONHECIDA
EM
PARTE
E
DENEGADA. Processo:2013.034214-2. Relator: Des. Torres Marques. Julgamento: 09/07/13.
14.APELAO CRIMINAL. PRELIMINAR. SENTENA CONDENATRIA PROFERIDA EM AUDINCIA E
GRAVADA EM MDIA DIGITAL. PRESCINDIBILIDADE DE TRANSCRIO COMPLETA. EXEGESE DOS ARTS.

400 A 403 DO CPP E 241-A, 4., E 241-C DO CDIGO DE NORMAS DA CORREGEDORIA-GERAL DE


JUSTIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA QUESTO ARGUIDA PELO PARQUET AD QUEM REJEITADA.
MRITO. ACIDENTE DE TRNSITO. HOMICDIO CULPOSO NA DIREO DE VECULO AUTOMOTOR (ART.
302, CAPUT, DO CTB). RU QUE PERDEU O CONTROLE DO VECULO, ATROPELANDO A VTIMA. CULPA,
NA MODALIDADE IMPRUDNCIA, DEVIDAMENTE DEMONSTRADA. MOTORISTA QUE FALTOU COM A
DILIGNCIA NECESSRIA AO DIRIGIR SEU VECULO AUTOMOTOR, EM DIA CHUVOSO, EM PISTA
IRREGULAR E LOCAL COM MOVIMENTO DE PESSOAS. ABSOLVIO IMPOSSVEL. PRESTAO
PECUNIRIA SUBSTITUTIVA. FIXAO DE 24 (VINTE E QUATRO) SALRIOS MNIMOS. REDUO QUE SE
FAZ DEVIDA. QUANTUM DE DEVE OBSERVAR A REPROVABILIDADE E A PREVENO DELITIVA, ALM DAS
CONDIES ECONMICAS DO APELANTE. REDUO PARA O MNIMO. PEDIDO ACOLHIDO. RECURSO
DEFENSIVO PARCIALMENTE PROVIDO. Processo: 2013.041560-3 (Acrdo). Relator: Des. Alexandre
d'Ivanenko. Julgamento: 06/08/2013. .
15.HABEAS CORPUS. HOMICDIO QUALIFICADO E HOMICDIO SIMPLES, AMBOS TENTADOS. PRISO EM
FLAGRANTE CONVERTIDA EM PRISO PREVENTIVA. ALEGAO DE QUE O PACIENTE PRATICOU OS FATOS
EM RAZO DE TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E DE COMPORTAMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE ANLISE
APROFUNDADA DE PROVAS NA VIA ESTREITA DO WRIT. PEDIDO DE REALIZAO DE PERCIA.
REQUERIMENTO QUE DEVER SER FORMULADO PERANTE O JUZO SINGULAR. NO CONHECIMENTO.
SUSTENTADA AUSNCIA DOS REQUISITOS PARA A MANUTENO DA PRISO. INOCORRNCIA.
SEGREGAO CAUTELAR DEVIDAMENTE FUNDADA NA NECESSIDADE DE ACAUTELAR A ORDEM
PBLICA E A INSTRUO CRIMINAL. A GRAVIDADE DO DELITO E AS CIRCUNSTNCIAS DOS FATOS, ALM
DE INDICAR A PERICULOSIDADE DO AGENTE, JUSTIFICAM A MANUTENO DA PRISO. POSSIBILIDADE
DE CONSUMAO DOS DELITOS. PRESSUPOSTOS E REQUISITOS DO ART. 312 DO CPP ESPECIFICADOS.
OBSERVNCIA, ADEMAIS, DO PRINCPIO DA CONFIANA NO JUIZ. APLICAO DE MEDIDAS CAUTELARES
DIVERSAS DA PRISO QUE SE MOSTRA INSUFICIENTE. PREDICADOS SUBJETIVOS POSITIVOS QUE NO
OBSTAM A MANUTENO DA CUSTDIA. PRINCPIO DA PRESUNO DE INOCNCIA NO VIOLADO.
CONSTRANGIMENTO
ILEGAL
INOCORRENTE.
ORDEM
DENEGADA. Processo: 2013.041300-1
(Acrdo). Relator: Des. Alexandre d'Ivanenko. Julgamento: 23/07/2013.
16.CRIMES CONTRA A ADMINISTRAO PBLICA. CORRUPO PASSIVA E ATIVA. PRISO PREVENTIVA
DECRETADA COM BASE NA GARANTIA DA ORDEM PBLICA E CONVENINCIA DA INSTRUO CRIMINAL.
DECISO FUNDAMENTADA, INICIALMENTE, EM INTERCEPTAES TELEFNICAS QUE ESTARIAM A
DEMONSTRAR A PRTICA REITERADA DE CRIMES CONTRA A ADMINISTRAO PBLICA. INDICAO DE
RISCO ORDEM PBLICA EM FACE DE TAL CIRCUNSTNCIA. INSURGIMENTO ALEGAO DE SE
TRATAR DE CASO ISOLADO. HABEAS CORPUS ANTERIOR NO CONHECIDO NO PONTO, EM FACE DA
AUSNCIA DE JUNTADA DAS DEGRAVAES, BASE DA ARGUMENTAO DA AUTORIDADE JUDICIRIA DE
PRIMEIRO GRAU. cedio que o habeas corpus exige prova pr-constituda e, portanto, o exame acerca
da ilegalidade do aprisionamento exige do impetrante a instruo da ao constitucional com todas as
provas e indcios mencionados pela Autoridade Judiciria de Primeiro Grau na deciso combatida, sob
pena de no conhecimento da questo pelo juzo ad quem. NOVA IMPETRAO ACOMPANHADA DE
FOTOCPIA INTEGRAL DOS AUTOS. OBSERVAO DE QUE AS INVESTIGAES POLICIAIS NO
RESULTAM EM APURAO DE FATOS DIVERSOS DAQUELE QUE ACARRETOU A PRISO EM FLAGRANTE E
MOTIVOU A DENNCIA. REITERAO CRIMINOSA QUE NO SE SUSTENTA NOS ELEMENTOS COLHIDOS.
A possibilidade da prtica de novos crimes, bem como a existncia de comprovao de condutas
pretritas registradas em aes penais ou investigaes policiais, autorizam o reconhecimento da
necessidade de se vir a garantir a ordem pblica com o encarceramento. Contudo, no observada na
prova produzida a indicao de que os pacientes praticaram delitos diversos e reiterados, mas apenas
fato isolado narrado na denncia, a manuteno da priso cautelar decretada no momento da priso
em flagrante, torna-se ilegal. NECESSIDADE DE RESPOSTA SOCIEDADE. REPULSA GENERALIZADA A
ATOS DE CORRUPO. ARGUMENTAO QUE NO SE SUSTENTA. APRISIONAMENTO CAUTELAR QUE
SEGUE REGRAS ESPECFICAS, NO SE CONSTITUINDO EM ANTECIPAO DOS EFEITOS DE EVENTUAL
SENTENA CONDENATRIA, TAMPOUCO SERVINDO DE SATISFAO OPINIO PBLICA. "A comoo e
a repercusso social gerada pelo cometimento do delito, bem como a gravidade abstrata do ilcito
imputado ao acusado, no constituem fundamentao idnea a autorizar a priso preventiva para a
garantia da ordem pblica, se desvinculados de qualquer fato concreto, que no a prpria conduta

delituosa em tese perpetrada" (RHC n 28.638/MT, Rel. Min. Sebastio Reis Jnior, Sexta Turma do STJ,
j. em 04/04/2013). CONVENINCIA DA INSTRUO CRIMINAL. MENO PELA AUTORIDADE JUDICIRIA
DE QUE UM DOS PACIENTES TERIA DETERMINADO A ELIMINAO DE PROVAS. INVESTIGAES
CONCLUDAS. DENNCIA OFERECIDA COM BASE APENAS NO FATO QUE REDUNDOU NA PRISO EM
FLAGRANTE. FUNDAMENTO QUE NO MAIS SUBSISTE. A preocupao com a higidez da prova e sua
obteno, outro aspecto a ser considerado quando se cogita da expedio de dito prisional.
Desaparecendo o risco de que os inculpados possam vir a obstar a descoberta dos fatos, o argumento
perde fora, tornando desnecessria a continuidade da priso. POSSIBILIDADE DE SUBSTITUIO DA
PRISO POR MEDIDAS CAUTELARES PROCESSUAIS PENAIS, EXCETO A FIXAO DE FIANA DIANTE DA
AUSNCIA DE SEUS REQUISITOS. ORDEM CONCEDIDA. Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a
decretao da priso preventiva, o juiz dever conceder liberdade provisria, impondo, se for o caso,
as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Cdigo e observados os critrios constantes do art.
282 deste Cdigo. Processo: 2013.049271-5. Relator: Des. Jorge Schaefer Martins.
17.APELAO CRIMINAL. CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE (ART. 38-A E ART. 51, AMBOS DA LEI N
9.605/98). SENTENA QUE CONDENOU A PESSOA JURDICA E SEUS DOIS SCIOS. RECURSO
DEFENSIVO. PREFACIAL DE INCOMPETNCIA DA POLCIA MILITAR PARA APURAO DE INFRAES
PENAIS. PRETENSO DE REJEIO DA DENNCIA. NO ACOLHIMENTO. CONSTITUIO FEDERAL QUE
DETERMINA SER COMPETNCIA COMUM A PROTEO DO MEIO AMBIENTE. CONSTITUIO ESTADUAL
DE SANTA CATARINA QUE ELENCA AS ATRIBUIES DA POLCIA MILITAR E DE FORMA EXPRESSA INCLUI
O EXERCCIO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO RELACIONADO COM A PROTEO DO MEIO AMBIENTE E O
EXERCCIO DO PODER DE POLCIA A ELE INERENTE. ADEMAIS, EVENTUAL NULIDADE DA FASE
EXTRAJUDICIAL QUE NO MACULA A AO PENAL. ALEGADA INIMPUTABILIDADE DO APELANTE LUIZ
INCIO. INCAPACIDADE PARA O TRABALHO QUE RESULTOU EM AUXLIO DOENA JUNTO AO INSTITUTO
PREVIDENCIRIO QUE NO TEM O CONDO DE AFASTAR A RESPONSABILIDADE PENAL. AUSNCIA DE
DEMONSTRAO DE QUE ELE ERA, AO TEMPO DA AO OU DA OMISSO, INTEIRAMENTE INCAPAZ DE
ENTENDER O CARTER ILCITO DO FATO OU DE DETERMINAR-SE DE ACORDO COM ESSE
ENTENDIMENTO. DELITO DE DESTRUIR OU DANIFICAR VEGETAO PRIMRIA OU SECUNDRIA, EM
ESTGIO AVANADO OU MDIO DE REGENERAO, DO BIOMA MATA ATLNTICA (ART. 38-A DA LEI N
9.605/98). MATERIALIDADE NO COMPROVADA. AUSNCIA DE LAUDO PERICIAL SUBSCRITO POR
PROFISSIONAL HABILITADO. DVIDAS QUANTO DESTRUIO OU DANIFICAO DE FORMAES
FLORESTAIS NATIVAS E ECOSSISTEMAS ASSOCIADOS DESCRITOS PELO LEGISLADOR COMO
INTEGRANTES DO BIOMA MATA ATLNTICA, ALM DE QUE ESTA VEGETAO PRIMRIA OU SECUNDRIA
ESTIVESSE EM ESTGIO AVANADO OU MDIO DE REGENERAO. ELEMENTAR DO TIPO NO
COMPROVADA. IMPRESCINDIBILIDADE DO PARECER TCNICO PARA ESTE FIM. ABSOLVIO QUE SE
IMPE. CRIME DE UTILIZAO DE MOTOSSERRA EM FLORESTAS E NAS DEMAIS FORMAS DE
VEGETAO, SEM LICENA OU REGISTRO DA AUTORIDADE COMPETENTE (ART. 51, DA LEI N 9.605/98.
PRESCRIO DA PRETENSO PUNITIVA DO ESTADO, NA FORMA INTERCORRENTE (SUPERVENIENTE OU
SUBSEQUENTE). DECURSO DE LAPSO TEMPORAL SUPERIOR A DOIS ANOS ENTRE A DATA DA
PUBLICAO DA SENTENA E O JULGAMENTO COLEGIADO. RECONHECIMENTO DE OFCIO. EXTINO
DA PUNIBILIDADE QUE SE IMPE. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO E, DE OFCIO,
EXTINTA A PUNIBILIDADE DOS APELANTES EM RELAO AO CRIME PREVISTO NO ART. 51, DA LEI N
9.605/98. Processo: 2010.071359-3. Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer.
Cmaras de Direito Civil
18.APELAO CVEL. AO DE COBRANA, AJUIZADA PELO CONSUMIDOR CONTRA A COOPERATIVA DE
TRABALHO MDICO. DEMANDANTE QUE EM PROCEDIMENTO CIRRGICO NECESSITOU UTILIZAR RTESE
(PARAFUSO NCORA ABSORVVEL). DEMANDADA QUE NEGOU O REQUERIMENTO SOB A AFIRMAO DE
QUE O CONTRATO ENTABULADO ENTRE AS PARTES EXCLU O FORNECIMENTO DE RTESES E PRTESES
LIGADAS AO ATO CIRRGICO. SENTENA QUE JULGOU PROCEDENTES OS PEDIDOS VESTIBULARES SOB
O FUNDAMENTO DE QUE A NEGATIVA DA COBERTURA DA UTILIZAO DE RTESE, ILCITA.
INSURGNCIA DA COOPERATIVA DE TRABALHO MDICO. PEDIDO DE REFORMA DA SENTENA, SOB O
FUNDAMENTO DE QUE NO H COBERTURA CONTRATUAL PARA O FORNECIMENTO DA RTESE
REQUERIDA. RECURSO IMPROCEDENTE. RELAO EXISTENTE ENTRE AS PARTES TIPICAMENTE DE
CONSUMO, A TEOR DOS ARTS. 2 E 3 DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. PLANO DE SADE

QUE NO PODE INIBIR O TRATAMENTO NECESSRIO PARA A CURA DE PATOLOGIA ASSEGURADA E


REQUERIDA PELO MDICO RESPONSVEL. APLICAO DO ART. 10, DA LEI N 9.656/98, QUE GARANTE A
NECESSIDADE DE FORNECIMENTO DE RTESE QUANDO LIGADA AO ATO CIRRGICO. CLUSULA
CONTRATUAL QUE RESTRINGE A UTILIZAO DO TRATAMENTO NECESSRIO PARA A CURA DO
DEMANDANTE QUE NULA (ART. 51, IV DO CDC). DEVER DE RESSARCIR OS PREJUZOS SUPORTADOS
PELO DEMANDANTE PARA COLOCAO DAS RTESE, CONFIGURADO. SENTENA MANTIDA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2012.062187-0). Relatora: Des. Denise de Souza Luiz
Francoski. Julgamento: 30/07/2013
19.DERRAMAMENTO DE LEOS E SUBSTNCIAS QUMICAS NA BAIA DA BABITONGA EM DECORRNCIA
DE NAUFRGIO DE COMBOIO OCENICO CONSTITUDO POR UMA BARCAA E SEU EMPURRADOR. AO
INDIVIDUAL DEFLAGRADA POR PESCADOR (DIREITO INDIVIDUAL E HOMOGNEO) CONTRA AS
RESPONSVEIS DIRETA E INDIRETA DE DANO AMBIENTAL (DIREITO DIFUSO E COLETIVO).
SOLIDARIEDADE DESTAS, LEGITIMIDADE ATIVA DAQUELE. O dano ambiental possui uma classificao
ambivalente, isto , pode recair tanto sobre o patrimnio coletivo - direitos difusos e coletivos - como,
ainda de forma reflexa, sobre o interesse dos particulares - direito individual e homogneo. Para o
direito ambiental, a responsabilidade dos causadores de dano coletivo, direta ou indiretamente,
solidria. suficiente para legitimar o pescador pretenso de auferir indenizao oriunda de dano
ambiental coletivo os documentos que comprovam que, poca dos fatos, estava oficialmente
autorizado a praticar a pesca profissional no ecossistema atingido. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. Em
razo do interesse pblico acerca do tema, o Legislador consagrou no ordenamento jurdico, atravs da
Lei n 6.938/1981, que a responsabilidade do causador de danos ambientais independente da aferio
da culpa. TEORIA DO RISCO INTEGRAL. APLICABILIDADE. Se a responsabilidade do poluidor objetiva e
caracterizada pela cumulatividade (solidria), tendo em conta que, luz do preceito insculpido na
Constituio Federal, o dano ambiental nada mais representa do que a apropriao indevida do direito
(ao meio ambiente equilibrado) de outrem, faz-se foroso reconhecer a vinculao desta
responsabilidade teoria do risco integral, para que, diante da lesividade nsita da atividade humana,
se consiga, de modo mais expressivo, responsabilizar o indivduo que, em razo da natureza do seu
empreendimento, veio a degradar o meio ambiente. DANO MORAL IN RE IPSA. A aflio do pescador
artesanal que retira o sustento de sua familia do ecossistema violentado negligentemente em razo do
derramamento de leos e demais substncias qumicas poluidoras decorre naturalmente do prprio
infortnio. QUANTUM MAJORADO. O quantum da indenizao por abalo moral deve ser estipulado de
forma a proporcionar ao ofendido a satisfao do dano sofrido, levando-se em conta sua condio
(social e econmica), assim como da pessoa obrigada, sem, de outro lado, ensejar obteno de
vantagem excessiva, a teor do que prescreve o art. 884 do Cdigo Civil. Processo:2013.0394622. Relator: Des. Gilberto Gomes de Oliveira. Julgamento: 25/07/13.
20.APELAO CVEL. AO INDENIZATRIA POR ATO ILCITO. COMPRA E VENDA DE VECULO USADO.
PAGAMENTO REALIZADO PELO AUTOR MEDIANTE A ENTREGA DE UM VECULO CELTA E VALORES PAGOS
EM ESPCIE. EXISTNCIA DE GRAVAME SOBRE O BEM NO INFORMADO NO MOMENTO DA TRANSAO.
IMPOSSIBILIDADE DO AUTOR DE TRANSFERIR A PROPRIEDADE E TRAFEGAR COM O VECULO. DISTRATO
DO NEGCIO COM A DEVOLUO DOS VECULOS. AUTOR QUE NO FOI RESTITUDO DOS VALORES
PAGOS. TRANSAO INTERMEDIADA PELO FUNCIONRIO DA EMPRESA R. TEORIA DA APARNCIA.
RESPONSABILIDADE DA R DE RESTITUIR OS VALORES COMPROVADAMENTE PAGOS PELO AUTOR.
EXEGESE DO ARTIGO 320 DO CDIGO CIVIL. DANO MORAL NO CONFIGURADO. ONUS SUCUMBENCIAIS
RATEADOS. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. A empresa revendedora de automveis
responde pelos prejuzos causados ao consumidor que adquire um veculo dentro de seu
estabelecimento comercial, de pessoa ligada com vnculo empregatcio, com justa expectativa de que
com ela estivesse negociando. Processo: 2013.034455-5 (Acrdo). Relator: Des. Saul Steil.
Julgamento: 06/08/2013.
21.AO CAUTELAR INOMINADA. DESIDERATO DE OBTER INFORMAES ACERCA DA ORIGEM DE
MENSAGENS ELETRNICAS INFAMANTES, COM A IDENTIFICAO DO TITULAR DO E-MAIL E DO PONTO
DE CONEXO DO COMPUTADOR INTERNET. INEXISTNCIA DE CARNCIA DE AO. EMPRESA
BRASILEIRA QUE, POR COMPOR O CONGLOMERADO DA MICROSOFT CORPORATION, GOZA DE

LEGITIMIDADE PARA RESPONDER CAUSA, POR FORA DA TEORIA DA APARNCIA. FORNECIMENTO DE


DADOS DO TITULAR E DA CONEXO DO COMPUTADOR INTERNET QUE NO CONSUBSTANCIA QUEBRA
DE SIGILO DE COMUNICAO, NO HAVENDO COGITAR-SE, POIS, DE IMPOSSIBILIDADE JURDICA DO
PEDIDO. FORNECEDORA QUE, CONQUANTO NO TENHA A OBRIGAO DE IDENTIFICAR O USURIO DO
SERVIO DE PROVEDORIA DE E-MAIL, POR IMPOSSIBILIDADE MATERIAL, TEM MEIOS DE REVELAR O
INTERNET PROTOCOL (IP) DO COMPUTADOR, DADO ESTE QUE, POR ISTO MESMO, EST OBRIGADA A
FORNECER. PRECEDENTES DA CORTE E DO STJ. RECURSO DESPROVIDO.Processo: 2012.0205841. Relator: Des. Eldio Torret Rocha. Julgamento: 01/08/2013. Classe: Apelao Cvel.
22.APELAO CVEL. AO INDENIZATRIA POR DANOS MORAIS. SENTENA DE IMPROCEDNCIA.
ALEGADA REPUBLICAO DE ENSAIO FOTOGRFICO DO AUTOR NO STIO ELETRNICO DA R, SEM O
SEU CONSENTIMENTO. AUSNCIA DE PROVA DE ACORDO ACERCA DO PERODO EM QUE AS
FOTOGRAFIAS SERIAM VEICULADAS, TAMPOUCO DE QUE FORAM RETIRADAS E RECOLOCADAS NAQUELE
ENDEREO. CONCORDNCIA DO RECORRENTE NA REALIZAO DAS FOTOS E NA DISPONIBILIZAO
NA INTERNET. INEXISTNCIA DE ATO ILCITO DA APELADA. DANO MORAL INDEVIDO. INSURGNCIA
DESPROVIDA. Processo: 2009.065008-4
(Acrdo). Relator:Des.
Srgio
Izidoro
Heil.
Julgamento: 01/08/2013. Classe: Apelao Cvel.
23.APELAO CVEL. AO DE USUCAPIO DE VECULO. DEMANDA AJUIZADA DURANTE O TRMITE DE
AO DE REINTEGRAO DE POSSE, RELATIVA AO MESMO OBJETO. INVIABILIDADE. INTELIGNCIA DO
ART. 923 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. EXTINO DO FEITO SEM ANLISE DO MRITO. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. Nos termos do art. 923 do Cdigo de Processo Civil, "na pendncia do
processo possessrio, defeso, assim ao autor como ao ru, intentar a ao de reconhecimento do
domnio".Processo: 2010.018315-4. Relator: Des. Stanley da Silva Braga. Julgamento: 25/07/2013.
24.REVOGAO DE DOAO CUMULADA COM PEDIDO DE AFASTAMENTO DO LAR. ALEGAO DE MAUSTRATOS PERPETRADOS PELA DONATRIA CONTRA A DOADORA. CONTEXTO PROBATRIO QUE, AO
CONTRRIO, DEMONSTROU OS BONS CUIDADOS DISPENSADOS POR AQUELA A ESTA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. Descabe a revogao de doao com encargo se, como in casu, as provas
apontam, com nitidez, ao contrrio do alegado na inicial, que a donatria sempre dispensou doadora
o zelo e os cuidados inerentes ao encargo. Processo: 2013.002230-5. Relator: Des. Jaime Luiz Vicari.
Julgamento: 25/07/2013. Data de Publicao: 12/08/2013. Classe: Apelao Cvel.
Cmaras de Direito Comercial
25.APELAO CVEL. REINTEGRAO DE POSSE. NECESSIDADE DE NOTIFICAO PRVIA DO
ARRENDATRIO. SMULA 369 DO STJ. CORRESPONDNCIA ENVIADA POR ESCRITRIO DE ADVOCACIA.
INVALIDADE. MORA NO COMPROVADA. PRINCPIOS DA EFETIVIDADE DO PROCESSO E DA
INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS. APLICAO. ART. 284 DO CPC. DEVOLUO DOS AUTOS AO JUZO
A QUO PARA QUE SEJA POSSIBILITADA A EMENDA DA INICIAL. SENTENA EXTINTIVA CASSADA.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. "No contrato de arrendamento mercantil (leasing), ainda que haja
clusula resolutiva expressa, necessria a notificao prvia do arrendatrio para constitulo em
mora" (Smula 369 STJ). Na ao de reintegrao de posse, a notificao extrajudicial no pode ser
promovida mediante correspondncia enviada por escritrio de advocacia. imprescindvel, nesse
aspecto, que o ato seja praticado pelo Cartrio competente. "A jurisprudncia do STJ firmou o
entendimento de que cabvel a abertura de prazo a fim de que o autor regularize a petio inicial. A
extino do processo, sem exame de mrito, somente poder ser proclamada depois de proporcionada
parte tal oportunidade, nos termos do art. 284 do CPC, em observncia ao princpio da funo
instrumental
do
processo". Processo: 2013.045702-7). Relator: Des.
Ricardo
Fontes. Julgamento: 08/08/2013.
26.APELAO CVEL. IMPUGNAO. HABILITAO DE CRDITO. RECUPERAO JUDICIAL. RECURSO
INADEQUADO. EXEGESE DO DISPOSTO NO ART. 17 DA LEI N. 11.101/2005. CABIMENTO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO NO CONHECIDO. Na sistemtica da Lei n. 11.101/2005, por fora de seu art.
17, da deciso judicial sobre impugnao habilitao de crdito cabe agravo de instrumento. Ante a
clareza do dispostivo legal, no h como aplicar o princpio da fungibilidade, em face de materializar-se
erro grosseiro no esgrimar de recurso diverso. Processo: 2012.057837-3. Relator: Des. Paulo Roberto

Camargo Costa. Julgamento: 01/08/2013. Juiz Prolator: Jeferson Isidoro Mafra


27.APELAO CVEL. DECISO QUE JULGA EXTINTO CUMPRIMENTO DE SENTENA. ALEGADA NULIDADE
DA DECISO GUERREADA. ACOLHIMENTO. DECISO MARCADA POR INSUFICINCIA DE MOTIVAO.
JULGADOR QUE ADOTA OS TERMOS DO LAUDO PERICIAL SEM PROMOVER A ANLISE DIALTICA DOS
CMPUTOS E TESES VENTILADOS PELAS PARTES. VIOLAO AO PRINCPIO DA MOTIVAO ESTAMPADO
NO ART. 93, INCISO IX, DA "CARTA DA PRIMAVERA". DECISUM INVLIDO. IRRESIGNAO
PROVIDA.Processo: 2013.044265-5 (Acrdo). Relator: Des. Jos Carlos Carstens Khler. de
Julgamento: 06/08/2013. Classe: Apelao Cvel.
28.APELAO CVEL. FALNCIA. JUIZ QUE, DE PLANO, JULGOU EXTINTO O PROCESSO NOS TERMOS DO
INCISO VI DO ARTIGO 267 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. ALEGAO DE NULIDADE DA SENTENA
POR INSUFICINCIA DA FUNDAMENTAO. ARTIGO 93, INCISO IX, DA CONSTITUIO FEDERAL
PLENAMENTE OBSERVADO. FUNDAMENTAO CONCISA, MAS SUFICIENTE, DANDO-SE EFETIVO
ATENDIMENTO AO DISPOSTO NO ARTIGO 458 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. NULIDADE AFASTADA.
PEDIDO DE QUEBRA SUPORTADO EM EXECUO FRUSTRADA. PROVIDNCIA DE NATUREZA EXTREMA
QUE NO ENCONTRA JUSTIFICATIVA NO INTERESSE DE CREDOR INDIVIDUALIZADO. PRINCPIO DA
PRESERVAO DA SOCIEDADE EMPRESRIA QUE SE SOBREPE AO DO CREDOR INDIVIDUAL. VALOR DA
DVIDA QUE NO SUPERA A 40 SALRIOS MNIMOS. INDCIO DE M UTILIZAO DO PROCESSO
FALIMENTAR. RECURSO DESPROVIDO. No se justifica o pedido de quebra de sociedade empresria a
partir de dvida de valor inferior a 40 salrios mnimos. Processo:2013.009604-9. Relator: Des. Jnio
Machado
29.EMBARGOS EXECUO DE TTULO EXTRAJUDICIAL - NOTA PROMISSRIA - SENTENA DE
IMPROCEDNCIA - INSURGNCIA DO EMBARGANTE. DECISUM QUE RECONHECEU A OCORRNCIA DE
NOVAO - EQUVOCO MANIFESTO - INTENO DE DAS PARTES NESTE SENTIDO NO VISLUMBRADA INTELIGNCIA DO ART. 361 DO CDIGO CIVIL - TTULO EMITIDO COMO GARANTIA DE CONTRATO DE
COMPRA E VENDA DE FUMO - PERDA DA AUTONOMIA E ABSTRAO DA CAMBIAL - CONTRATO ILQUIDO
- CIRCUNSTNCIA QUE SE IRRADIA PARA O TTULO DE CRDITO E ENSEJA A EXTINO DA EXECUO EXEGESE DOS ARTIGOS 586, 618, I E 267, IV, TODOS DO CPC - PRECEDENTES DO C. STJ E DESTA
CORTE - APELO ACOLHIDO. NUS DA SUCUMBNCIA - CONDENAO DA APELADA AO PAGAMENTO
INTEGRAL DOS ENCARGOS - EXEGESE DO ARTIGO 20, CAPUT, DO CPC - VERBA HONORRIA ARBITRADA
NOS TERMOS DO ART. 20, 4., DO MESMO DIPLOMA LEGAL. PREFACIAL DE CERCEAMENTO AO DIREITO
DE
DEFESA
PREJUDICADA.
RECURSO
CONHECIDO
E
PROVIDO. Processo: 2011.0338109). Relator: Des. Cludio Valdyr Helfenstein.
Cmaras de Direito Pblico
30.MANDADO DE SEGURANA. CONCURSO PBLICO. CANDIDATO CUJA CONVOCAO PARA ACEITAO
DA VAGA SE D MESES APS A CONCLUSO DO CERTAME MEDIANTE TELEGRAMA E PUBLICAO E
PERIDICO OFICIAL. CORRESPONDNCIA REMETIDA EM MODALIDADE QUE NO GARANTIA A SUA
ENTREGA PESSOALMENTE. ILEGALIDADE. MANUTENO INCLUME DA SENTENA SOB REEXAME
NECESSRIO. "'1. Decorrido longo lapso temporal aps a homologao e divulgao do resultado do
concurso pblico, a convocao de candidatos aprovados para o preenchimento de novas vagas
supervenientes deve ser realizada atravs de comunicao pessoal. 2. 'Com o desenvolvimento social
cada vez mais marcado pela crescente quantidade de informaes oferecidas e cobradas
habitualmente, seria de todo irrazovel exigir que um candidato, uma vez aprovado em concurso
pblico, adquirisse o hbito de ler o Dirio Oficial do Estado diariamente, por mais de 3 anos, na
expectativa de se deparar com a sua convocao; a convocao pela via do DOE, quando prevista no
Edital, seria aceitvel se operada logo na sequncia da concluso do certame, mas no um trinio
depois. Processo: 2012.067151-4. Relator: Des. Jorge Luiz de Borba.
31.APELAO CVEL - CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO - AO CIVIL PBLICA COM PEDIDO
LIMINAR - COMBATE AO NEPOTISMO NO MBITO DO MUNICPIO DE SANGO - PRTICA MPROBA
CONFIGURADA EM APENAS UM DOS CASOS APONTADOS - DECISO A QUO DE PROCEDNCIA TOTAL SUCUMBNCIA REDISTRIBUDA NESTE SEGUNDO GRAU DE JURISDIO. "O Judicirio deve coibir toda
violao aos princpios basilares da Administrao Pblica, todo ato de nepotismo, quando configurado,

toda sorte de improbidade administrativa que se tenha cometido, porque s assim ter-se- por vlido o
processo democrtico. Porm, no pode olvidar de reconhecer, quando os elementos probatrios
permitirem, a no ocorrncia de qualquer ilegalidade ou afronta aos princpios constitucionais porque,
se de um lado urge punir a conduta mproba, fazendo valer o princpio da moralidade administrativa de
outro carece saber absolver, sempre que a razo no estiver com quem detenha o poder
investigatrio. PROCESSUAL CIVIL - NULIDADE DA SENTENA - CERCEAMENTO DE DEFESA E
EXORBITNCIA DO JULGAMENTO - INOCORRNCIA - PREFACIAIS RECHAADAS. "Constantes dos autos
elementos de prova documental suficientes para formar o convencimento do julgador, inocorre
cerceamento de defesa se julgada antecipadamente a controvrsia.". "Constado que o magistrado
decidiu a lide nos limites pleiteados na petio inicial, no h falar em vcio na sentena, por
julgamento ultra petita. NOMEAO DE FAMILIARES COMO SECRETRIOS MUNICIPAIS - AGENTES
POLTICOS - NATUREZA DAS ATRIBUIES FUNCIONAIS QUE AFASTA A SUBSUNO SMULA
VINCULANTE N. 13 STF - ORIENTAO PRETORIANA ASSENTE EM TAL SENTIDO. " luz de precedentes
da Suprema Corte e deste Sodalcio, a nomeao de parentes at o terceiro grau, como, no caso, de
companheira, para o cargo de Secretria Municipal, por ser de natureza axialmente poltica, no
ofende a Smula Vinculante n. 13, razo pela qual no se h de conjecturar de nepotismo".
CONTRATAO TEMPORRIA DE AFIM PARA O CARGO DE MOTORISTA - FAVORECIMENTO PARENTAL
CARACTERIZADO - INGRESSO NO SERVIO PBLICO SEM PRVIA REALIZAO DE PROCESSO SELETIVO,
CONQUANTO SIMPLIFICADO - NOMEAO ILCITA - MENOSCABO AOS POSTULADOS REPUBLICANOS DA
IGUALDADE, IMPESSOALIDADE E MORALIDADE - PRECEDENTES. "Nada veda a contratao de parentes
desde que isso derive de necessrio e regular procedimento licitatrio, dizer, de concurso pblico.
[...] Por contender com os princpios da moralidade e da impessoalidade, constitui improbidade
administrativa o ato do Prefeito de contratao direta de sua filha para a prestao de servio
temporrio ao Municpio, ainda quando o servio tenha efetivamente sido desempenhado e no tenha
havido dano para o Errio.". SENTENA REFORMADA EM PARTE - RECLAMO PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2008.072798-0. Relator: Des. Cid Goulart.
32.Apelao Cvel Mandado de Segurana. Magistrio Pblico. Contagem de perodos de exerccio de
funes de direo e cargos de confiana para fins de cmputo para aposentadoria especial.
Possibilidade. Precedente do Supremo Tribunal Federal. Recurso desprovido. Desde que cumprida a
idade mnima, a professora tem direito aposentadoria especial aps 25 anos efetivo exerccio unes
de magistrio na educao infantil ou no ensino fundamental e mdio, computando-se como tal o
tempo de servio em funo de confiana ou cargo em comisso de Diretora, Auxiliar de Diretora,
Secretria de Escola, Coordenadora ou Assessora Pedaggica, nos termos Lei
11.301/2006,
reconhecida como constitucional ADI 3772STF. Processo:2012.055835-7. Relator: Des. Pedro Manoel
Abreu.
33.AMBIENTAL - AO CIVIL PBLICA - ATIVIDADES DE CULTIVO DE PLANTAS, CRIAO DE ANIMAIS E
MANUTENO DE ABATEDOURO - AUSNCIA DO DEVIDO LICENCIAMENTO AMBIENTAL - OCUPAO EM
REA DE PRESERVAO PERMANENTE - DANO AMBIENTAL EVIDENCIADO - REPARAO DEVIDA. A
desobedincia s normas ambientais vigentes - quais sejam, a realizao de atividades de cultivo de
plantas, criao de animais e manuteno de abatedouro, sem o respectivo licenciamento ambiental,
alm da indevida ocupao de rea de preservao permanente -, a implicar manifesto dano ao meio
ambiente, obriga os responsveis sua plena reparao. Processo: 2012.003043-3).Relator: Des.
Luiz Czar Medeiros. Julgamento: 23/07/2013
34.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA INDENIZAO DANOS MORAIS. SERVIOS DE TELEFONIA.
COBRANA SUPERIOR VALOR "PLANO SUA EMPRESA" AVENADO. PEDIDO CANCELAMENTO CONTRATO
PERANTE ANATEL. IMPOSSIBILIDADE. INSCRIO NOME USURIA CADASTRO PROTEO CRDITO.
LEGALIDADE COBRANA MULTA RESCISO. EXPRESSAMENTE PACTUADO. MANUTENO DA INSCRIO
NO SPC/SERASA. VALORES NO PAGOS. EXERCCIO REGULAR DE DIREITO. EXCLUDENTES DE ILICITUDE
(ARTS. 14, 3, II, DO CDC E 188, I CC). DANO MORAL NO CONFIGURADO.Processo: 2011.0608673. Relator: Des. Jos Volpato de Souza. Julgamento:01/08/2013.
35.ADMINISTRATIVO - VECULO FURTADO E POSTERIORMENTE ENCONTRADO PELA PM - ENTREGA DO
BEM POLCIA CIVIL QUE O DEPOSITOU EM PTIO PARTICULAR - LIBERAO CONDICIONADA AO

PAGAMENTO DOS ENCARGOS DECORRENTES DE REMOO, DEPSITO E GUARDA - AUSNCIA DE


PROVA DE QUE A VTIMA CAUSOU O EVENTO ORIGINADOR DO DEPSITO OU DE DESDIA NOS
PROCEDIMENTOS DE LIBERAO - DIREITO LQUIDO E CERTO CARACTERIZADO PARA LIBERAO DO
BEM
SEM
A
COBRANA
CUSTOS
SENTENA
MANTIDA
REEXAME
DESPROVIDO. Processo: 2013.031171-4. Relator: Des. Jaime Ramos. Julgamento:08/08/2013.
36.ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PBLICO MUNICIPAL - PROGRESSO FUNCIONAL POR MERECIMENTO LEGISLAO QUE PREV A NECESSIDADE DE AVALIAO POR COMISSO ESPECIALMENTE FORMADA AUSNCIA DE PROVA DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS - IMPOSSIBILIDADE DE SUPRIMENTO PELO
PODER JUDICIRIO. Prevendo a legislao municipal que para a concesso da progresso funcional, o
servidor dever preencher, dentre outras, as condies de assiduidade, pontualidade, eficincia e
disciplina, a serem apuradas por comisso especialmente designada para esse fim, no possvel ao
Poder Judicirio suprir tal avaliao, sob pena de ofensa aos princpios da legalidade e da separao
dos Poderes. Processo: 2013.042389-9. Relator: Des. Jaime Ramos. Julgamento: 01/08/13 .
Cmara Especial Regional de Chapec
37.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. NOTCIA EQUIVOCADA A RESPEITO
DO FALECIMENTO DO AUTOR, VEICULADA EM PROGRAMA TELEVISIVO LOCAL. IMPROCEDNCIA NA
ORIGEM. IRRESIGNAO DA PARTE AUTORA. PROVA DOS AUTOS QUE APONTA PARA A INEXISTNCIA DO
ANIMUS DE OFENDER. RETRATAO, ADEMAIS, OFERTADA EM TEMPO HBIL. FATO SEM MAIOR
REPERCUSSO NA ESFERA JURDICA. AUSNCIA DE ILICITUDE. ABALO MORAL NO CONFIGURADO.
SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2013.029034-8. Relator: Dr. Eduardo Mattos
Gallo Jnior. Julgamento: 13/08/2013.
Turmas de Recursos
38.OBRIGAO DE FAZER. NEGATIVA DE ABERTURA DE CONTA SALRIO. MEIO EXIGIDO PARA
PERCEPO DOS RECURSOS DE ESTGIO. AUTORA QUE PRECISOU MANEJAR AO PARA OBTER TAL
DIREITO. DEMORA EXCESSIVA DA INSTITUIO FINANCEIRA PARA CUMPRIMENTO DA DETERMINAO
JUDICIAL. ABUSO E DESRESPEITO. QUANTUM REPARATRIO ADEQUADO E PROPORCIONAL. CARATER
PEDAGGICO.
NDICE
DE
ATUALIZAO
MONETRIA
MANTIDO.
RECURSO
DESPROVIDO.Processo: 0704583-55.2012.8.24.0023. Relatora: Juza Margani de Mello..
39.INSTITUIO FINANCEIRA. RECEBIMENTO DE MOEDA FALSA PELO CLIENTE. INVERSO DO NUS DA
PROVA. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM ARBITRADO LEVANDO-SE EM CONSIDERAO A
RAZOABILIDADE, PROPORCIONALIDADE, CONDIO ECONMICA DAS PARTES E A EXTENSO DO DANO.
SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. "[...] A instituio financeira, por fora de sua atividade,
tem o dever de examinar as moedas que circulam em sua agncia, para confirmar sua autenticidade,
no podendo transferir o nus da conferncia a seus clientes. Assim, se repassa nota falsa ao
consumidor age com desdia e desleixo, causando insegurana e desgaste emocional, exigindo
reparao pecuniria a ttulo de danos morais". Processo: 2013.100103-4 (Turmas de
Recursos). Relator: Juiz Paulo Marcos de Farias.
Julgamento: 25/07/2013. Classe: Recurso
Inominado.
40.APELAO CRIMINAL - INOBSERVNCIA DO RITO DA LEI 9.099/95 - AUSNCIA DE OPORTUNIDADE DE
DEFESA PRELIMINAR E DE DECISO, AINDA QUE IMPLCITA, QUE RECEBE A DENNCIA - NULIDADE DO
PROCESSO - PRESCRIO DA PRETENSO PUNITIVA DO ESTADO DECRETADA. "O procedimento previsto
no artigo 81 da Lei 9.099/95 prev que, aberta a audincia, ser dada a palavra ao defensor para
responder acusao. Somente aps o Juiz receber ou no a denncia. No sendo oportunizado ao
acusado o oferecimento de defesa preliminar, nem havendo deciso sobre o recebimento da denncia,
restam feridos os princpios do devido processo legal, do contraditrio e da ampla defesa, constituindo
inegvel cerceamento de defesa e, por consequncia, nulo est o processo a partir da audincia de
instruo e julgamento" (Apelao Criminal n. 2010.500173-0, de Canoinhas, rel. Des. Antonio Zoldan
da
Veiga). Processo: 2013.300947-2
(Turmas
de
Recursos).Relatora: Juza
Maira
Salete
Meneghetti. Origem: Seara. rgo Julgador: Terceira Turma de Recursos - Chapec. Data de
Julgamento: 02/08/2013. Classe: Apelao Criminal.

41.RECURSO INOMINADO. COMPRA E VENDA DE AUTOMVEL ENTRE PARTICULARES. VCIO


REDIBITRIO OCULTO. RESSARCIMENTO DE VALORES PAGOS EM CONSERTO DE MOTOR. REDUO DO
MONTANTE PAGO PELO VECULO. DEPRECIAO DO BEM. CHASSI REMARCADO. JULGAMENTO
ANTECIPADO DA LIDE. INDEFERIMENTO DA OITIVA DE TESTEMUNHAS. REQUERIMENTO DE AMBAS AS
PARTES PARA INSTRUO DO FEITO. SENTENA QUE INCUMBE AO RU O NUS DE DEMONSTRAR QUE
OS VCIOS FORAM DECORRENTES DE M UTILIZAO POR PARTE DO ADQUIRENTE. CERCEAMENTO DE
DEFESA CONFIGURADO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENA ANULADA. Caracteriza
cerceamento de defesa o julgamento antecipado da lide, quando requerida a produo de prova
testemunhal por ambas as partes, o magistrado afasta a tese defensiva por insuficincia de provas
quanto ao fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor que se pretendia
demonstrar. Processo: 2011.500730-2 (Turmas de Recursos).Relator: Juiz Maurcio Cavalazzi Pvoas
Julgamento: 22/07/2013.

Edio n. 12 de 30 de setembro de 2013.


rgo Especial
1.So inconstitucionais arts. 206, VI e 212, I, ambos Lei Estadual n. 6.843/1986, os quais preveem a aplicao da
penalidade de cassao de aposentadoria a policial civil pela prtica de ilcito disciplinar perpetrado no exerccio
de suas funes.
2.A proibio de utilizao de aparelhos celulares dentro das agncias bancrias viola frontalmente o art. 4 da
Constituio Estadual que assegura aos catarinenses os direitos e garantias individuais e coletivos, sociais e
polticos insculpidos no art. 5 da Carta Magna.
3.Lei de iniciativa parlamentar que determina a criao de creches domiciliares, elevando despesas do
Municpio, adentra em matria sobre a organizao e o funcionamento da administrao local, de competncia
do Poder Executivo, ferindo, com isso, a independncia dos poderes.
Seo Criminal
4.No se aplica agravante prevista no art. 61, II, alnea 'e', CP, no caso de convivncia em unio estvel da
vtima com o agressor em face do princpio da legalidade estrita e da proibio de analogia in malam partem.
5.Em sede de reviso criminal revela-se irregular o processamento de pedido de justificao judicial,
desacompanhado de cpia dos autos de processo-crime, ainda mais quando a ouvida da testemunha est
relacionada validade ou no de depoimento dela tomado anteriormente.
6.A ausncia de prova pericial no impede o reconhecimento da prtica da infrao penal consistente na
destruio de espcies ameaadas de extino em rea integrante ao Bioma Mata Atlntica.
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
7.Nos contratos de abertura de crdito em conta corrente, em perodo de inadimplncia, possvel a cobrana
da comisso de permanncia, entendida como a soma dos juros remuneratrios, dos juros moratrios e da multa
contratual.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
8.Os pleitos atinentes a concurso pblico, por no ostentarem expresso patrimonial mensurvel e por terem o
respectivo valor da causa aferido de forma subjetiva por simples estimativa, no se enquadram na hiptese
prevista no art. 2, caput, da Lei n. 12.153/2009.
Cmaras de Direito Criminal
9. vedada a delegao de funo jurisdicional ao administrador do presdio, para conceder benefcio de sadas
temporrias automatizadas, uma vez que os requisitos legais devem ser analisados pelo magistrado a cada
sada postulada, aps prvia manifestao do parquet.
10. invivel a expedio de salvo-conduto por meio de habeas corpus para evitar a decretao da priso
preventiva, se a informao do magistrado nega a existncia de ordem de segregao em qualquer aspecto.
11.No comete o crime de descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes ao poder familiar, a
genitora de adolescente que apresenta forte resistncia em no comparecer s aulas e no obedece s condutas
impostas por esta.
12.No h falar nulidade processo em razo de paciente ter sido citado por edital, mesmo com endereo
conhecido nos autos, acostado ao feito somente depois de determinada a referida citao, considerando-se-o,
foragido, ao tempo.
13.Incide em crime de falsificao de documento particular - art. 298 combinado com o art. art. 71, ambos do

Cdigo Penal - acadmica que adulterava avaliaes e postulava a reviso de nota em recurso administrativo.
14.Pratica o crime de leso corporal seguida de morte, circunstanciada pela violncia domstica, o acusado que
"joga" o veculo na direo da sua ex-companheira, e, tem o dolo de lesionar evidenciado pelos depoimentos de
testemunhas e pelos diversos registros de ocorrncia da vtima contra o acusado.
15.Aquele que efetua disparo acidental ao limpar a arma de fogo dentro do quarto de sua residncia, sem
testemunhas visuais, no comete crime por falta de comprovao do dolo.
16.A confisso extrajudicial de que acusada ateou fogo na residncia destinada moradia de sua famlia no
intuito de suicdio, no desclassifica crime de incndio doloso casa destinada habitao modalidade culposa.
Cmaras de Direito Civil
17. possvel pleitear alimentos em face dos avs paternos e maternos, uma vez que a me do infante no
exerce atividade remunerada e o pai encontra-se preso, sem receber auxlio-recluso.
18.Embora no preenchidos os requisitos para o usucapio ordinrio, em virtude da existncia de restrio
hipotecria, que afasta o justo ttulo e a boa-f, admite-se o extraordinrio se atendidas as exigncias legais.
19.A obrigao dos cnjuges de prestar alimentos, ainda que objeto de acordo firmado em ao de divrcio, no
deve ser mantida por perodo indeterminado quando a parte alimentada possui condies de arcar com a sua
prpria sobrevivncia.
20.Nas aes que tiverem por fundamento a falta de pagamento de aluguel, e o contrato estiver desprovido de
qualquer das garantias previstas no art. 37 da Lei de Locao, o pedido de liminar desalijatrio ser deferido,
quando prestada a cauo no valor equivalente a trs meses de aluguel.
21.Mesmo diante do vencimento antecipado da dvida, subsiste inalterado o termo inicial do prazo de
prescrio, in casu, o dia do vencimento da ltima parcela.
22.A interposio do recurso de apelao em data anterior publicao da sentena em cartrio no configura
intempestividade por prematuridade, salvo nas hipteses de manifesta m-f ou fraude processual.
23.Em acidente de trnsito com engavetamento envolvendo trs veculos, no se aplica a teoria do corpo neutro
quando o segundo carro, atingido na traseira pelo terceiro, antes colidiu na traseira do primeiro automvel.
24.No obstante a causa que levou a bito o segurado estivesse excluda do seguro contratado, consistente na
morte natural, a no comprovao de que ele tivesse conhecimento sobre o fato impeditivo, viola aos princpios
da transparncia e da boa f objetiva, circunstncia que autoriza o pagamento do valor da aplice.
25.Em ao interposta pelos cnjuges, a superveniente morte do varo, no autoriza a extino do processo sem
anlise do mrito, se antes, no se procedeu intimao pessoal do esplio ou sucessores, para o
desenvolvimento vlido e regular do processo.
Cmaras de Direito Comercial
26.Age com negligncia correntista que mantm, junto carto bancrio, senha de acesso, que afasta por
completo qualquer responsabilidade instituio bancria por movimentaes realizadas por terceiro fraudador.
27.Mesmo hiptese utilizao do peticionamento eletrnico, mostra-se cabvel a determinao de apresentao
do ttulo de crdito original em cartrio, considerando a possibilidade de circulao pela cartularidade do
documento.
28.A nota fiscal desprovida de assinatura destitui a presuno da prestao do servio contratado, sendo que
era nus do credor demonstrar a existncia da relao jurdica existente entre as partes.
29.Rescindido o contrato de arrendamento mercantil, e garantido arrendadora a retomada do bem, cessa a
obrigao da inadimplente quanto s prestaes vincendas a partir do momento que no mais frui o objeto
arrendado, persistindo sua obrigao em relao s parcelas no honradas at aquele evento.
30. impenhorvel o imvel de propriedade de empresa executada, a qual, alm de ser eminentemente familiar,
destina-se residncia de seu nico scio.
31.O cheque representa ordem de pagamento vista que, para subsistir, no necessita da demonstrao da sua
origem, assim sendo respeitadas as suas caractersticas prprias.
Cmaras de Direito Pblico
32.Servidora municipal, contratada sob regime temporrio, expirado quando se encontrava grvida, tem direito
licena-maternidade, especialmente quando celebra sucessivos contratos temporrios com mesmo
empregador.
33.Tratando-se de bem de propriedade privada, possvel o usucapio, ainda que, em situao
excepcionalssima, estivesse sob encargo do Municpio por fora de depsito judicial.
34.O Estado de Santa Catarina no parte legtima para figurar no polo passivo de demanda indenizatria, por
erro mdico causado por convnio de hospital (pessoa jurdica direito privado) com o Sistema nico de Sade.
35. razovel a concluso de ausncia de m-f do servidor que ao ser nomeado para cargo de provimento

efetivo continua exercendo outra funo decorrente de contrato temporrio, mormente quando pela
Administrao no lhe foi dada a oportunidade de opo.
36. ilegal e lesivo Administrao o Decreto do Governador do Estado que, indevidamente, concede "anistia" a
servidor efetivo integrante do magistrio pblico estadual que respondia a processo administrativo disciplinar,
por faltas reiteradas ao servio, sem que tenha havido deciso final pela autoridade competente.
Cmara Especial Regional de Chapec
37. juridicamente impossvel o pedido de abertura provisria de atade - tmulo e caixo -, para a prtica de
ato de f religiosa, consistente em oraes, formulado pelo vivo e pelos filhos da falecida.
38.Ainda que a comercializao dos produtos seja em localidades distintas, a proteo da marca, ao contrrio do
nome comercial, irradia efeitos que abrangem todo o territrio nacional e no apenas determinada regio.
Turmas de Recursos
39.A notcia dada ao prprio consumidor, no momento da compra, de que estaria morto passvel de
indenizao por dano moral. Trata-se de conduta irresponsvel do comerciante inserir em seu sistema de
informaes a notcia de bito daquele, sem justificativa.
40.Ainda que relao vivenciada entre os litigantes seja caracterizada por precedentes desentendimentos, tal
circunstncia no se presta a autorizar a prtica de ofensas verbais, porquanto violadora do direito honra e
dignidade pessoal.
41.A personalidade e o patrimnio da pessoa jurdica empresria, na sociedade limitada, no se confundem com
os de seus scios, de forma que os negcios jurdicos realizados pela primeira e as consequncias que deste
decorrerem, devem ser suportadas somente por esta.
42.Para tipificar a contraveno penal do art. 42 do DL 3.688/41, perturbao sossego deve atingir
multiplicidade indivduos. J incmodo proposital pessoa determinada pode configurar contraveno prevista art.
65 referida legislao.
43.Meras suspeitas de que o acusado mantinha em depsito produto de origem vegetal, sem licena vlida para
o armazenamento, outorgada pela autoridade competente, no autoriza a entrada de policiais em sua
residncia, sob o fundamento de flagrante delito.
rgo Especial
1.ARGUIO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRELIMINAR DE NO
CABIMENTO DO INCIDENTE AFASTADA. COMPETNCIA DO RGO ESPECIAL. CONSTITUIO FEDERAL, ART. 97.
CDIGO DE PROCESSO CIVIL, ARTS. 480 E 481. REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIA DE SANTA
CATARINA, ART. 159. AO DECLARATRIA CONDENATRIA CUMULADA COM PEDIDO DE ANTECIPAO DE
TUTELA. ARGUIO DE INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI ESTADUAL 6.843/1986, ARTS. 206, INC. VI, E 212, INC. I.
PREVISO DE APLICAO DA PENALIDADE DE CASSAO DE APOSENTADORIA A POLICIAL CIVIL PELA PRTICA DE
ILCITO DISCIPLINAR PERPETRADO NO EXERCCIO DE SUAS FUNES. AFRONTA AO REGIME CONTRIBUTIVO QUE
REGE O SISTEMA CONSTITUCIONAL DE PREVIDNCIA SOCIAL, AO FUNDAMENTO DA DIGNIDADE HUMANA E AOS
PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO ADQUIRIDO, DA SEGURANA JURDICA, DA VEDAO DE PENA DE
CARTER PERPTUO OU QUE ULTRAPASSE A PESSOA DO CONDENADO E DA PROTEO AO NCLEO ESSENCIAL
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS. CONSTITUIO, ARTS. 1, INC. III, 5, INCS. XXXVI, XLV e XLVII. CONSTITUIO DO
ESTADO DE SANTA CATARINA, ARTS. 1 e 4. ARGUIO JULGADA PROCEDENTE. 'CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PBLICO PUNIDO COM DEMISSO. POSTERIOR CASSAO DA APOSENTADORIA.
VIOLAO DOS PRINCPIOS DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, DO DIREITO ADQUIRIDO E DA SEGURANA
JURDICA. PROVIMENTO DO RECURSO ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA RESTABELECIDA. O Regime de
Previdncia Social deve ser "entendido semelhana do contrato de seguro, em que o segurado paga
determinada contribuio, com vistas cobertura de riscos futuros. Os proventos da aposentadoria e as penses
"no representam benefcios pela nova contribuio, mas retribuio pela contribuio paga ao longo dos trinta
e cinco anos". Desse modo, o servidor que cumpriu os requisitos constitucionais - idade e tempo de contribuio
(CR, art. 40) - tem direito adquirido aposentadoria, direito que poder exercer quando lhe aprouver. Com o
registro do ato aposentatrio pelo Tribunal de Contas, "o direito subjetivo, que era do tipo adquirido, passa a se
chamar ato jurdico perfeito". A pena de cassao da aposentadoria importa em violao no s aos princpios
do direito adquirido e, eventualmente, ao princpio da intangibilidade do ato jurdico perfeito, mas tambm aos
princpios da segurana jurdica e da dignidade da pessoa humana. Ademais, admitida a constitucionalidade da
pena de cassao da aposentadoria, ter-se- que admitir a constitucionalidade da cassao da penso devida ao
dependente do servidor punido. A pena teria carter perptuo e ultrapassaria a pessoa do condenado, o que
vedado pela Constituio da Repblica. Por fora da Emenda Constitucional n. 03/1993, que introduziu no

ordenamento jurdico o regime previdencirio contributivo (CR, art. 201, caput), todas as leis que autorizavam a
cassao da aposentadoria como pena disciplinar, porque com ela incompatveis, esto revogadas'. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DEVOLUO DOS AUTOS CMARA DE ORIGEM. DESNECESSIDADE. APLICAO DOS PRINCPIOS
DA CELERIDADE E DA ECONOMIA PROCESSUAL. DECLARAO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE DA
PENA DE CASSAO DE APOSENTADORIA QUE TORNA PREJUDICADA A ANLISE DA TESE DE MRITO DO AGRAVO
DE IRRAZOABILIDADE DA PENA APLICADA AO AGRAVANTE. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. '[...] AGRAVO DE
INSTRUMENTO - ARGUIO DE INCONSTITUCIONALIDADE REJEITADA - JULGAMENTO DO RECURSO - DEVOLUO
AO RGO JULGADOR ARGUINTE - DESNECESSIDADE - RECURSO PROVIDO. "Se o nico fundamento da causa a
inconstitucionalidade de texto de lei, inexistindo matria remanescente a ser decidida, desnecessrio que a
Corte Especial devolva os autos ao rgo julgador que a suscitou, para completar-lhe o julgamento, devendo,
desde logo, decidir o feito, a fim de evitar procrastinao incompatvel com os princpios que regem o processo
moderno". Processo: 2012.073279-5/0001.00.
Relator: Des.
Nelson
Schaefer
Martins. Julgamento: 06/08/2013.
2. COORDENADOR-GERAL DO CENTRO APOIO OPERACIONAL CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM - INOCORRNCIA. "Alm das atribuies previstas nas Constituies Federal e
Estadual, compete ao Procurador-Geral de Justia delegar a membro do Ministrio Pblico de segundo grau suas
funes de rgo de execuo, dentre elas a de ajuizar Ao Direta de Inconstitucionalidade" (ADI n.
2005.007821-1, Des. Mazoni Ferreira). AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - PROIBIO DE UTILIZAO
DE APARELHOS CELULARES DENTRO DAS AGNCIAS BANCRIAS - VIOLAO DIREITO DE LIBERDADE E AOS
PRINCPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE INSCULPIDOS NO ART. 4 DA CARTA ESTADUAL INCONSTITUCIONALIDADE. A proibio de utilizao de aparelhos celulares dentro das agncias bancrias viola
frontalmente o art. 4 da Constituio Estadual que assegura aos catarinenses os direitos e garantias individuais
e coletivos, sociais e polticos insculpidos no art. 5 da Carta Magna Federal. Soa desarrazoado e desproporcional
tolher a liberdade individual e proibir a utilizao de equipamento absolutamente indispensvel nos dias atuais
com a questionvel finalidade de garantir a segurana dos correntistas e demais usurios das instituies
bancrias. Processo: 2013.000434-5. Relator: Des. Luiz Czar Medeiros. Julgamento:21/08/2013.
3.INCONSTITUCIONALIDADE. Ao declaratria. Lei municipal. Creches domiciliares. Aumento de despesas.
Iniciativa da Cmara de Vereadores. Princpios constitucionais. Separao dos poderes. Educao. Afronta.
Demanda procedente. A lei de iniciativa parlamentar que cria creches domiciliares, atribuindo despesas ao
Municpio, adentra em matria sobre organizao e funcionamento da administrao local, afeta ao Executivo,
ferindo a independncia dos poderes. A educao, nela englobado o ensino infantil, de competncia do Estado,
razo
pela
qual
a
norma
que
delega
essa
responsabilidade
a
terceiros

inconstitucional. Processo: 2013.017517-0). Relator: Des. Jos Inacio Schaefer.


Seo Criminal
4.REVISO CRIMINAL. PREENCHIMENTO DOS PRESSUPOSTOS NECESSRIOS AO SEU CONHECIMENTO. PEDIDO
CABVEL PARA PLEITEAR A REDUO DA PENA. SEGUNDA FASE DOSIMTRICA. AGRAVANTE PREVISTA NO ART. 61,
INC. II, ALNEA 'E', DO CDIGO PENAL. CONVIVNCIA EM UNIO ESTVEL DA VTIMA COM O AGRESSOR.
EXIGNCIA DE CASAMENTO CIVIL PELA NORMA PENAL. PRINCPIO DA LEGALIDADE ESTRITA. ANALOGIA IN MALAM
PARTEM. CIRCUNSTNCIA EXCLUDA. MAJORAO IMPLEMENTADA PARA VRIAS AGRAVANTES EM EFEITO
"CASCATA". INCIDNCIA DE UMA SOBRE O PRODUTO DA OUTRA. INVALIDADE. CORREO PARA INCIDIREM,
TODAS, SOBRE A PENA ARBITRADA PARA O DELITO NA PRIMEIRA FASE DOSIMTRICA. PLEITO DE ABSORO DO
CRIME DE POSSE DE ARMA DE FOGO PELO CRIME DE HOMICDIO QUALIFICADO. IMPOSSIBILIDADE. CRIMES
AUTNOMOS, CONFORME DECISO DOS JURADOS, COM BASE NOS ELEMENTOS DE PROVA. PEDIDO REVISIONAL
PARCIALMENTE DEFERIDO, COM REDUO DA PENA. Processo: 2013.034765-4. Relator: Des. Rodrigo
Collao.Julgamento: 28/08/2013.
5.CRIMES SEXUAIS. REVISO CRIMINAL AFORADA COM BASE EM JUSTIFICAO JUDICIAL. INGRESSO DO PEDIDO
DESACOMPANHADO DE CPIA DOS AUTOS. INCIO DA OITIVA DA VTIMA, SEM CONHECIMENTO DO CONTEDO
DO PROCESSO. LOCALIZAO DOS AUTOS EM MEIO AUDINCIA. POSTERIOR JUNTADA DE CPIAS NO
INTEGRAIS. IRREGULARIDADES QUE, NO ENTANTO, NO PREJUDICAM A AVALIAO DOS ARGUMENTOS
EXPENDIDOS. Revela-se irregular o processamento de pedido de justificao judicial, desacompanhado de cpia
dos autos de processo-crime, ainda mais quando a ouvida da testemunha est relacionada validade ou no de
depoimento dela tomado anteriormente. Igualmente de se estranhar, a juntada de cpia do processo, sem que

conste sua integralidade. PRELIMINAR DE INVALIDADE DE TOMADA DE DEPOIMENTO NA FASE INQUISITRIA,


ESTANDO A VTIMA DESACOMPANHADA DE RESPONSVEL. FASE ADMINISTRATIVA. AUSNCIA DE EXIGNCIA
LEGAL A RESPEITO. MCULA INOCORRENTE. No prevendo a lei a obrigatria presena de responsvel pela
vtima adolescente ou criana, quando da tomada de suas declaraes, no h falar em nulidade da inquirio.
MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADOS. CONDENAO TRANSITADA EM JULGADO. JUSTIFICAO JUDICIAL.
VTIMA NO OUVIDA EM JUZO QUE REFORMULA SEU DEPOIMENTO, NEGANDO TER SIDO SUBMETIDA PELO RU
PRTICAS SEXUAIS. RETRATAO ISOLADA QUE SE MOSTRA INSUFICIENTE PARA DESDIZER OS DEMAIS
ELEMENTOS PROBATRIOS PRODUZIDOS NOS AUTOS. ACUSADO CONDENADO PELA PRTICA DE DIVERSOS
CRIMES SEXUAIS CONTRA DIVERSAS CRIANAS E ADOLESCENTES. CONFIRMAES DA VERSO APRESENTADA
PERANTE A AUTORIDADE POLICIAL, POR OUTRAS TESTEMUNHAS INQUIRIDAS EM JUZO. INTELIGNCIA DO ARTIGO
155 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. IMPERATIVIDADE DA CONFIRMAO DA SENTENA E ACRDO
CONDENATRIOS. PEDIDO INDEFERIDO. A deciso contrria evidncia dos autos, ensejadora da reviso
criminal, aquela que culmina com a condenao do acusado, mas que se mostra equivocada porque o exame
de todo o substrato inserido no processo inevitavelmente conduz absolvio do ru, por qualquer dos incisos
previstos no art. 386 do Cdigo de Processo Penal. Desse modo, uma vez constante no caderno processual
elementos que atestam a prtica da conduta delituosa, no merece prosperar o argumento deduzido em sede de
reviso criminal que busca a substituio da sentena com fulcro no art.621, I, CPP. O contedo da nova prova
produzida em justificao judicial deve ser substancialmente robusto, capaz de enfraquecer todo o acervo
probatrio at ento produzido. Se o novel elemento modifica em parte a situao ftica, mas sem refutar
cabalmente o substrato probante, descabe o acolhimento da reviso criminal.. II. vedado ao Magistrado
proferir sentena condenatria baseada exclusivamente em elementos de convico colhidos nos autos do
inqurito policial. Inteligncia do artigo 155 CPP. III. Por outro lado, a existncia de provas colhidas em juzo, sob
o crivo do contraditrio, que corroborem a veracidade dos elementos produzidos extrajudicialmente,
sustentando a verso apresentada pela acusao, suficiente para autorizar a manuteno da integridade do
dito
condenatrio.. Processo: 2013.011573-4.Relator: Des.
Jorge
Schaefer
Martins.
Julgamento: 28/08/2013.
6.PENAL. EMBARGOS INFRINGENTES (CPP, ART. 609, PARGRAFO NICO). CRIME CONTRA A FLORA. DENNCIA
QUE IMPUTA A PRTICA DE QUEIMADA EM FLORESTA NATIVA DA MATA ATLNTICA (LEI 9.605/1998, ART. 41 C/C
ARTS. 15, II, "I", E 53, II, "C"). PRETENDIDA A PREVALNCIA DO VOTO VENCIDO QUE RECONHECEU A
NECESSIDADE DE PROVA PERICIAL PARA VERIFICAR A ELEMENTAR NORMATIVA DO TIPO FLORESTA OU MATA.
DESCABIMENTO. POSSIBILIDADE DE AFERIR A ELEMENTAR SEM PERCIA TCNICA. ADVENTO DO NOVO CDIGO
FLORESTAL NO MODIFICOU AS ELEMENTARES DO ART. 41 DA LEI 9.605/1998. MATERIALIDADE COMPROVADA
POR BOLETIM DE OCORRNCIA AMBIENTAL, AUTO DE INFRAO AMBIENTAL, NOTIFICAO, AUTO DE
CONSTATAO, LEVANTAMENTO FOTOGRFICO E RELATRIO DA POLCIA MILITAR AMBIENTAL. INTERPRETAO
CONFORME A CONSTITUIO. DOCUMENTOS PBLICOS QUE GOZAM DE F PBLICA AT PROVA EM CONTRRIO.
INCIDNCIA DO ART. 156 DO CPP. REJEIO DOS EMBARGOS INFRINGENTES. - A ausncia de prova pericial no
impede o reconhecimento da prtica da infrao penal consistente na destruio de campos nativos, vegetao
rasteira, rvores nativas de grande porte, capes nativos em estgio de regenerao e espcies ameaadas de
extino em rea integrante ao Bioma Mata Atlntica, inclusive, contendo rea de preservao permanente com
diversas nascentes, veredas/banhados e pequenos cursos de gua, quando o conjunto probatrio confirma a
ao sobre o objeto material do tipo. - A interpretao jurdica em matria ambiental no pode conduzir a
resultado mais gravoso e lesivo ao direito de terceira dimenso, a saber, o meio ambiente. - Os autos de
constatao e relatrios elaborados pela polcia militar ambiental gozam de f pblica at prova em contrrio.
Incide o art. 156 do Cdigo de Processo Penal. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e provimento do recurso. Recurso conhecido e desprovido. Processo: 2013.010605-8. Relator: Des. Carlos Alberto Civinski. .
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
7.EMBARGOS INFRINGENTES. AO REVISIONAL. CONTRATO DE ABERTURA DE CRDITO EM CONTA CORRENTE.
PERODO DE INADIMPLNCIA. POSSIBILIDADE DE COBRANA DA COMISSO DE PERMANNCIA. ENTENDIDA
COMO A SOMA DOS JUROS REMUNERATRIOS (NO SUPERIOR TAXA PACTUADA, LIMITADA MDIA DE
MERCADO), DOS JUROS MORATRIOS (AT LIMITE 12%) E MULTA CONTRATUAL (NO SUPERIOR A 2%). VEDADA A
INCIDNCIA CUMULADA DE QUALQUER OUTRO ENCARGO SOB PENA DE BIS IN IDEM. ENUNCIADO III DO GRUPO
DE CMARAS DE DIREITO COMERCIAL. ESCLARECIMENTO INTERPRETATIVO.. Processo: 2013.0075320). Relatora:Des. Soraya Nunes Lins.

Grupo de Cmaras de Direito Pblico


8.COMPOSIO DE DIVERGNCIA - CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA - CONCURSO PBLICO - JUIZADO
ESPECIAL DA FAZENDA PBLICA - VALOR DADO CAUSA SUBJETIVAMENTE E POR ESTIMATIVA - CRITRIO
INSUSCETVEL DE UTILIZAO PARA A FIXAO DA COMPETNCIA - MATRIA NO EXPRESSAMENTE VEDADA
PELO ROL DO ART. 2, 1, DA LEI N. 12.153/2009 - INTERPRETAO LUZ DO ART. 98, I, DA CONSTITUIO
FEDERAL E CONSOANTE A LEI N. 10.259/2001 - SEGURANA JURDICA. 1 O critrio objetivo em razo do valor da
causa, previsto no art. 2, caput, da Lei n. 12.153/2009, resta prejudicado para fins de fixao da competncia
do Juizado Especial da Fazenda Pblica, quando o direito em discusso, por no ter contedo econmico
imediato, tem o seu valor aferido subjetivamente, por simples estimativa da parte. A no ser assim, a fixao do
juzo competente - Vara Fazendria ou Juizado Especial - ser ditada pela parte autora, pois na ausncia de
elementos balizadores definidos, basta a ela estabelecer o valor da causa em conformidade com a sua
preferncia. Isso, a toda evidncia, destoa da linha exegtica que se deve emprestar Lei n. 12.153/2009, que
cuidou de estabelecer a obrigatoriedade do ajuizamento das aes no Juizado Especial da Fazenda Pblica,
quando satisfeitos os requisitos nela estabelecidos. 2 Os pleitos atinentes a concurso pblico, por no
ostentarem expresso patrimonial mensurvel e por terem o respectivo valor da causa aferido de forma
subjetiva por simples estimativa, no se enquadram na hiptese prevista no art. 2, caput, da Lei n.
12.153/2009. Processo: 2011.064597-0
(Acrdo). Relator: Des.
Luiz
Czar
Medeiros.Julgamento: 14/08/2013. Classe: Conflito de Competncia.
Cmaras de Direito Criminal
9.RECURSO DE AGRAVO. INSURGNCIA DO MINISTRIO PBLICO CONTRA DECISO QUE CONCEDEU O BENEFCIO
DE SADAS TEMPORRIAS AUTOMATIZADAS AO AGRAVADO. DELEGAO DE FUNO JURISDICIONAL AO
ADMINISTRADOR DO PRESDIO. IMPOSSIBILIDADE. REQUISITOS LEGAIS QUE DEVEM SER ANALISADOS PELO
MAGISTRADO, A CADA SADA POSTULADA, APS PRVIA MANIFESTAO DO PARQUET. INTELIGNCIA ART. 123
DA LEI N. 7.210/84. DECISO CASSADA. RECURSO PROVIDO.Processo: 2013.052117-1. Relatora: Des. Marli
Mosimann.
10.HABEAS CORPUS. PRTICA, EM TESE, DO DELITO DE ESTELIONATO (ART. 171 DO CDIGO PENAL). EXPEDIO
DE SALVO-CONDUTO PARA EVITAR A DECRETAO DA PRISO PREVENTIVA DA SEGUNDA PACIENTE.
INFORMAO DO MAGISTRADO DE INEXISTNCIA DE ORDEM DE PRISO. NO CONHECIMENTO. REVOGAO DA
SEGREGAO CAUTELAR DO PRIMEIRO PACIENTE. INVIABILIDADE. DECISO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA NA
GARANTIA DA ORDEM PBLICA, ORDEM ECONMICA E APLICAO DA LEI PENAL. PERSISTNCIA DOS P
RESSUPOSTOS DO ART. 312 CPP. NECESSIDADE ACAUTELAMENTO DO MEIO SOCIAL. RISCO DE REITERAO
CRIMINOSA EVIDENCIADO. PRIMARIEDADE, BONS ANTECEDENTES, RESIDNCIA E EMPREGO FIXOS. PREDICADOS
SUBJETIVOS QUE, POR SI S, NO INVIABILIZAM A MANUTENO DA PRISO CAUTELAR. CONSTRANGIMENTO
ILEGAL INEXISTENTE. VIOLAO AO PRINCPIO PRESUNO INOCNCIA NO CONFIGURADA. HOMENAGEM,
OUTROSSIM, AO PRINCPIO DA CONFIANA NO JUIZ DA CAUSA. ORDEM CONHECIDA EM PARTE E
DENEGADA. Processo: 2013.054647-2).Relatora: Des. Marli Mosimann Vargas. Julgamento: 10/09/2013.
Classe:Habeas Corpus.
11.APELAO CRIMINAL. ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE. DESCUMPRIR, DOLOSA OU
CULPOSAMENTE, OS DEVERES INERENTES AO PODER FAMILIAR OU DECORRENTE DE TUTELA OU GUARDA, BEM
ASSIM DETERMINAO DA AUTORIDADE JUDICIRIA OU CONSELHO TUTELAR. ART. 249. PAIS QUE CONTRIBURAM
PARA A AUSNCIA ESCOLAR DO FILHO. SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. PLEITO PELA
ABSOLVIO SOB A ALEGAO DE QUE SEMPRE FORAM ATENTOS COM A EDUCAO DO MENOR E TENTARAM DE
VRIAS MANEIRAS FAZER COM QUE O FILHO COMPARECESSE S AULAS. PLEITO ACOLHIDO. PROVAS DOS AUTOS
QUE NO CORROBORAM PARA A PRTICA DA CONDUTA DOLOSA OU CULPOSA DOS PAIS. ADOLESCENTE QUE
APRESENTA FORTE RESISTNCIA EM NO COMPARECER S AULAS. GENITORA QUE DESDE O INCIO PROCUROU
AJUDA ATRAVS DO CONSELHO TUTELAR, POIS J NO SABIA MAIS QUE MEDIDA ADOTAR PARA QUE SEU FILHO
LHE OBEDECESSE. CONDUTA CONSISTENTE EM DESCUMPRIR OS DEVERES INERENTES AO PODER FAMILIAR QUE
NO RESTARAM VERIFICADAS. FIXAO DOS HONORRIOS ADVOCATCIOS AO DEFENSOR NOMEADO. OMISSO
NA
SENTENA
DE
PRIMEIRO
GRAU.
QUANTUM
ARBITRADO
EM
20
URH'S.
RECURSO
PROVIDO. Processo: 2012.088361-4. Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer.
12.HABEAS CORPUS. ROUBO TRIPLAMENTE CIRCUNSTANCIADO PELO EMPREGO DE ARMA, CONCURSO DE

AGENTES E RESTRIO DA LIBERDADE DA VTIMA, QUADRILHA ARMADA, EXPLOSO, SEQUESTRO E CRCERE


PRIVADO. AVENTADA NULIDADE DO PROCESSO EM RAZO DE O PACIENTE TER SIDO CITADO POR EDITAL MESMO
TENDO ENDEREO CONHECIDO NO PROCESSO. IMPOSSIBILIDADE. ENDEREO ACOSTADO AOS AUTOS
POSTERIORMENTE DETERMINAO DE CITAO POR EDITAL. DENUNCIADO AT ENTO FORAGIDO. ACUSADO
QUE, POR INTERMDIO DE SEU DEFENSOR, COMPARECE ESPONTANEAMENTE AO PROCESSO. AUSNCIA DE
PREJUZO. ADEMAIS, PROCURADOR QUE SE OMITE DE INFORMAR O PARADEIRO DE SEU DEFENDIDO. PRINCPIO
DA CONFIANA NO JUIZ DA CAUSA. NULIDADE INEXISTENTE. ORDEM DENEGADA. Processo: 2013.0469534. Relator: Des. Leopoldo Augusto Brggemann.
13.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A F PBLICA. FALSIDADE DOCUMENTAL. FALSIFICAO DE
DOCUMENTO PARTICULAR (ART. 298 C/C O ART. 71, CP). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA.
PRELIMINARES. ALEGADA INTEMPESTIVIDADE DA DENNCIA. PRAZO PARA O OFERECIMENTO DA PEA
ACUSATRIA CLASSIFICADO COMO IMPRPRIO, CUJA INOBSERVNCIA NO ACARRETA A IMPOSSIBILIDADE DE
REALIZAO DO ATO. EIVA AFASTADA. ARGUIDA NULIDADE DA PROVA PERICIAL, POR FALTA DE OPORTUNIZAO
DA FORMULAO DE QUESITOS E DA INDICAO DE ASSISTENTE TCNICO. VCIO INEXISTENTE. PERCIA
ELABORADA NA FASE INQUISITRIA. CONTRADITRIO DIFERIDO. LAUDOS COLACIONADOS AOS AUTOS. PARTE
QUE NO FAZ USO DAS FACULDADES PROCESSUAIS PREVISTAS NO ART. 159, 5, NA OPORTUNIDADE DA
RESPOSTA ACUSAO. PRECLUSO. PREFACIAL RECHAADA. MRITO. ACADMICA DO CURSO DE DIREITO QUE
ADULTERAVA AVALIAES E POSTULAVA A REVISO DE NOTA EM RECURSO ADMINISTRATIVO. EXAME
GRAFOTCNICO. SETE AVALIAES PERICIADAS. LAUDO CONCLUSIVO NO SENTIDO DA FALSIFICAO DO NOME
DO TITULAR DA PROVA. CINCO FALSIFICAES, TODAVIA, INAPTAS A LUDIBRIAR, PORQUANTO VERIFICADAS DE
PLANO PELOS PROFESSORES. TIPO DO ART. 298 DO CDIGO PENAL NO CONFIGURADO. ABSOLVIO NESTE
PONTO. DUAS FALSIFICAES QUE CONDUZIRAM MODIFICAO DA NOTA ATRIBUDA ACADMICA PELA
UNIVERSIDADE. APTIDO DO FALSO A LESAR A F PBLICA EVIDENCIADA. NEGATIVA DE AUTORIA. ALEGAO DE
QUE A FALSIFICAO TERIA SIDO PERPETRADA POR OUTREM, COM O OBJETIVO DE PREJUDICAR A ACUSADA.
AUSNCIA DE QUALQUER PROVA DA TESE DEFENSIVA. POSTULADA A APLICAO DO PRINCPIO DA
INSIGNIFICNCIA. IMPOSSIBILIDADE. LESO AO BEM JURDICO TUTELADO. CONDENAO MANTIDA. DOSIMETRIA.
PRETENDIDA A REDUA DA PENA-BASE. CULPABILIDADE ELEVADA DEVIDAMENTE JUSTIFICADA. EXCLUSO,
TODAVIA, DA VALORAO NEGATIVA DOS MOTIVOS E CIRCUNSTNCIAS DO CRIME, POR AUSNCIA DE
FUNDAMENTAO. SANO-BASE ADEQUADA. REDUO DA FRAO DA CONTINUIDADE DELITIVA DE OFCIO,
ANTE A ABSOLVIO DE CINCO DAS SETE FALSIFICAES. PENA ALTERNATIVA. PRESTAO PECUNIRIA FIXADA
EM DOIS SALRIOS-MNIMOS. PEDIDO DE MINORAO. NO ACOLHIMENTO. VALOR ADEQUADO CONDIO
FINANCEIRA DA APELANTE, QUE CURSOU UNIVERSIDADE PARTICULAR, TEM PROCURADOR CONSTITUDO E
DISPE
DE
NVEL
SUPERIOR
COMPLETO.
RECURSO
CONHECIDO
E
PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2013.012667-2. Relator: Des. Leopoldo Augusto Brggemann.
14.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A PESSOA. LESO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE, CIRCUNSTANCIADA
PELA VIOLNCIA DOMSTICA (ART. 129, 3. E 10, DO CP). ACUSADO QUE JOGOU O VECULO EM CIMA DA SUA
EX-COMPANHEIRA. DOLO DE LESIONAR A VTIMA EVIDENCIADO PELOS DEPOIMENTOS DE TESTEMUNHAS, PELAS
DECLARAES DOS IRMOS DA OFENDIDA E DO FILHO DOS ENVOLVIDOS, E PELOS DIVERSOS REGISTROS DE
OCORRNCIA DA VTIMA CONTRA O ACUSADO, SEMPRE DANDO CONTA DAS AMEAAS E PERSEGUIES QUE
SOFRIA. PLEITOS ABSOLUTRIO E DESCLASSIFICATRIO PARA O DELITO DE HOMICDIO CULPOSO NA DIREO DE
VECULO AUTOMOTOR AFASTADOS. DOSIMETRIA. SEGUNDA FASE. PRETENDIDA A COMPENSAO ENTRE A
AGRAVANTE DO MOTIVO TORPE E A ATENUANTE DA CONFISSO ESPONTNEA. IMPOSSIBILIDADE. DICO DO
ART. 67 DO CP. CONFISSO RECONHECIDA NA SENTENA, ADEMAIS, QUE FOI QUALIFICADA, NO MERECENDO
MAIOR VALORAO. PEDIDO REPELIDO. TERCEIRA FASE. MAJORANTE DA VIOLNCIA DOMSTICA. INCIDNCIA QUE
SE FAZ DEVIDA. ACUSADO QUE CONVIVEU COM A VTIMA POR MAIS DE VINTE ANOS, EMBORA ESTIVESSEM
SEPARADOS QUANDO DOS FATOS. EXEGESE DO 9., C/C O 10 DO ART. 129 DO CP. REQUERIMENTO
INACOLHIDO.
RECURSO
DEFENSIVO
DESPROVIDO. Processo: 2013.044934-3. Relator: Des.
Alexandre
d'Ivanenko. Julgamento: 03/09/2013
15.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A INCOLUMIDADE PBLICA. DISPARO DE ARMA DE FOGO. LEI N.
10.826/03, ART. 15. CONDENAO. RECURSO DEFENSIVO. ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO. PROVA
CONTRADITRIA. LIMPEZA DA ARMA. DISPARO ACIDENTAL. FATO QUE OCORREU DENTRO DO QUARTO DA
RESIDNCIA DO RU, SEM TESTEMUNHAS DE VISU. DVIDA ACERCA DO DOLO. IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIO

QUE SE IMPE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2013.008937-4.Relator: Des. Roberto Lucas
Pacheco. Julgamento: 05/09/2013
16.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A INCOLUMIDADE PBLICA. INCNDIO DOLOSO EM CASA DESTINADA
HABITAO (ART. 250, 1, II, ALNEA "A", DO CDIGO PENAL). ACUSADA QUE ATEIA FOGO EM CASA DESTINADA
HABITAO DE SUA FAMLIA. PLEITO DE DESCLASSIFICAO PARA A MODALIDADE CULPOSA (ART. 250, 2, DO
CP). ALEGAO DE QUE NO AGIU COM DOLO AO INCENDIAR SUA CASA. CONFISSO EXTRAJUDICIAL DE QUE
ATEOU FOGO NO INTUITO DE SE MATAR. RETRATAO EM JUZO ISOLADA. DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS NA
FASE POLICIAL E JUDICIAL QUE DO SUPORTE CONFISSO. ADEMAIS, NO COMPROVAO DE QUE AGIU COM
NEGLIGNCIA OU IMPRUDNCIA. SENTENA CONDENATRIA QUE DEVE SER MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2011.071352-7 (Acrdo).Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt
Schaefer.
Cmaras de Direito Civil
17.APELAO CVEL. AO DE ALIMENTOS DIRECIONADA EM FACE DOS AVS PATERNOS E MATERNOS. ME QUE
NO EXERCE ATIVIDADE REMUNERADA. PAI QUE SE ENCONTRA PRESO E NO RECEBE AUXLIO-RECLUSO POIS
NO POSSUI QUALIDADE DE SEGURADO DO INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL (INSS). SENTENA
FIXANDO PENSO ALIMENTCIA EM MEIO SALRIO MNIMO A SER SUPORTADA SOMENTE PELOS AVS MATERNOS.
APELANTE PLEITEIA A MAJORAO PARA UM SALRIO MNIMO E A CONDENAO TAMBM DO AV PATERNO AO
PAGAMENTO DA VERBA ALIMENTAR. MANIFESTAO FAVORVEL DA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIA.
DECLARAO DE IMPOSTO DE RENDA DO APELADO AV PATERNO ANEXADA A CONTESTAO QUE MOSTRA QUE
O MESMO POSSUI TERRENOS, CARRO, CAMINHO E 50% DAS COTAS DE UMA EMPRESA DE DESDOBRAMENTO DE
MADEIRAS. AUSNCIA DE COMPROVAO DA ALEGADA IMPOSSIBILIDADE DE PAGAMENTO DA VERBA FIXADA.
NUS QUE COMPETIA AO APELADO AV PATERNO, A TEOR DO DISPOSTO NO ARTIGO 333, INCISO II, DO CDIGO
DE PROCESSO CIVIL. OBSERVNCIA DO BINMIO NECESSIDADE E POSSIBILIDADE. ASSISTNCIA JUDICIRIA.
FIXAO CONFORME TABELA DA OAB. IMPOSSIBILIDADE. SUCUMBENTE COM CONDIES DE PAGAR OS
HONORRIOS. SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.044143-3. Relatora: Des. Denise
de Souza Luiz. Julgamento: 27/08/2013.
18.APELAO CVEL. SENTENA DE PROCEDNCIA EM AO DE USUCAPIO ORDINRIO. INSURGNCIA
INTERPOSTA PELO MINISTRIO PBLICO. CONTRATO PARTICULAR DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA DE UM
TERRENO INTEGRANTE DE LOTEAMENTO SOBRE O QUAL PESA HIPOTECA ANTERIOR, DEVIDAMENTE AVERBADA
NA RESPECTIVA MATRCULA IMOBILIRIA. GRAVAME QUE, AO MESMO TEMPO EM QUE NO IMPEDE A
CONFIGURAO DA PRESCRIO AQUISITIVA, IMPE A ANUNCIA DO CREDOR HIPOTECRIO NEGOCIAO
LEVADA A EFEITO, ACERCA DO QUE NO EXISTE DEMONSTRAO NA ESPCIE. AUSNCIA DOS REQUISITOS DO
JUSTO TTULO E DA BOA-F EXIGIDOS PELO ART. 551 DO CC/1916. CONJUNTO PROBATRIO QUE, APESAR DISTO,
EVIDENCIA ESTAREM REUNIDOS OS PRESSUPOSTOS DA USUCAPIO EXTRAORDINRIA ESPECIAL, PREVISTA NO
ART. 1.238, PARGRAFO NICO, DO CC/2002, ANTE A CONJUNTA APLICAO DESTE DISPOSITIVO COM A REGRA
DE TRANSIO ESPECFICA CONTIDA NO ART. 2.029 DO MESMO CDICE, DO QUE EXTRAI-SE A
IMPRESCINDIBILIDADE DE OCUPAO PELO PRAZO DE 12 ANOS. ELEMENTOS DE CONVICO QUE, NESTE
SENTIDO, COMPROVAM O EXERCCIO DA POSSE MANSA, PACFICA, ININTERRUPTA, E COM ANIMUS DOMINI, POR
TEMPO SUPERIOR AO NECESSRIO PARA A OBTENO DA DECLARAO DO DOMNIO EM FAVOR DOS AUTORES
APELADOS, QUE NOS TERRENOS ESTABELECERAM A SUA MORADIA. MANUTENO DA DECISO DE
ACOLHIMENTO DO PLEITO EXORDIAL, TODAVIA, POR FUNDAMENTO DIVERSO. PRECEDENTES DESTA CORTE.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2008.031551-0. Relatora: Des. Denise de Souza
Luiz. Julgamento: 27/08/2013.
19.APELAO CVEL. AO DE DIVRCIO LITIGIOSO. ALIMENTOS EX-ESPOSA. PEDIDO DE MAJORAO E DE
EXTENSO DA OBRIGAO ENQUANTO PERDURAR O DESEMPREGO. PENSO PAGA H POUCO MAIS DE 10 ANOS.
PESSOA JOVEM E APTA A INGRESSAR NO MERCADO DE TRABALHO. CONSIDERVEL LAPSO TEMPORAL
TRANSCORRIDO. CARTER NO PERPTUO DA VERBA ALIMENTAR. DECISO MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO.
Embora seja dever dos cnjuges prestar assistncia mtua, a teor do art. 1.566, inciso III, do Cdigo de Processo
Civil, no se pode manter a obrigao alimentar por perodo indeterminado quando a parte alimentada possui
condies de arcar com a sua prpria mantena, sob pena de tornar a medida vitalcia e dificultar ainda mais a
sua reinsero no mercado de trabalho. A obrigao de prestar alimentos, objeto de acordo firmado em ao de

divrcio, cessa quando demonstrado transcurso de considervel lapso temporal desde a fixao da verba
alimentar. Processo: 2012.058917-0. Relator: Des. Joo Batista Ges Ulyssa. Julgamento: 12/09/2013
20.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE DESPEJO PEDIDO LIMINAR DESALIJATRIO DEFERIDO. APLICAO DA LEI
8.245/91 (LEI DE LOCAES). INADIMPLNCIA NO DESCONSTITUDA, SEQUER CONTESTADA. CONTRATO SEM
PREVISO DE GARANTIA LOCATCIA. OFERECIMENTO CAUO PELA LOCADORA. REQUISITOS ENSEJADORES DA
CONCESSO LIMINAR DE DESOCUPAO DO IMVEL PRESENTES. PLEITO DEFERIDO. DECISO MANTIDA.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Segundo o contido no artigo 59 da Lei de Locao, n. 8245/91, 1,
conceder-se- liminar para desocupao desde que prestada a cauo no valor equivalente a trs meses de
aluguel, nas aes que tiverem por fundamento a falta de pagamento de aluguel, estando o contrato desprovido
de qualquer das garantias previstas no art. 37 da mesma lei. Assim, estando presentes os requisitos ensejadores
da concesso liminar de despejo, o seu deferimento medida que se impe. Processo: 2013.0291845). Relator: Des. Saul Steil. Julgamento:10/09/2013.
21.CIVIL. EMBARGOS EXECUO DE TTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE COMPRA E VENDA COM PACTO
ADJETO DE HIPOTECA. SENTENA QUE RECONHECEU A PRESCRIO DAS PRESTAES VENCIDAS AT OS CINCO
ANOS ANTERIORES AO AJUIZAMENTO DA DEMANDA EXECUTIVA. INSURGNCIA DA EMBARGADA. ALEGADA A
INOCORRNCIA DA PRESCRIO ANTE A PROPOSITURA DA AO PREVIAMENTE AO INCIO DA CONTAGEM DO
PRAZO PRESCRICIONAL. SUBSISTNCIA. CLUSULA DE VENCIMENTO ANTECIPADO DO DBITO QUE NO ALTERA
O TERMO INICIAL DA PRESCRIO. INCIO DO PRAZO PRESCRICIONAL APENAS COM O VENCIMENTO DO
CONTRATO (DEZEMBRO/2013). AO DE EXECUO PROPOSTA EM FEVEREIRO/2010. PRESCRIO AFASTADA.
SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. "Esta Corte pacificou entendimento no sentido de que, mesmo
diante do vencimento antecipado da dvida, subsiste inalterado o termo inicial do prazo de prescrio - no caso,
o dia do vencimento ltima parcela". Processo: 2013.048443-3. Relator:Des. Tulio Sartorato.
22.DIREITO DE FAMLIA. ALIMENTOS. PLEITO FORMULADO ENTRE EX-COMPANHEIROS. APELO DO RU
PROTOCOLIZADO ANTES DA PUBLICAO DA SENTENA EM CARTRIO. TEMPESTIVIDADE (ARTS. 214, 242, 463 E
506, INC. II, DO CPC). PRECEDENTES DA CORTE DO STJ. UNIO ESTVEL MANTIDA ENTRE 1984 E 1997. AUTORA
QUE, ALM DE POSSUIR IDADE RELATIVAMENTE AVANADA (61 ANOS), APRESENTA DIVERSOS DIAGNSTICOS DE
TRANSTORNOS E DISTRBIOS PSICOLGICOS. SEGUIDAS TENTATIVAS DE SUICDIO. INCAPACIDADE DE INSERO
NO MERCADO DE TRABALHO APS A SEPARAO, DO QUAL SE RETIROU AO INCIO DO CONVVIO AMOROSO
PARA DEDICAR-SE AO CUIDADO DO LAR. DEMANDADO QUE, SENDO MDICO OFTALMOLOGISTA BEM SUCEDIDO E
DISPONDO DE SITUAO FINANCEIRA ASSUMIDAMENTE CONFORTVEL, CAPAZ DE PRESTAR A ASSISTNCIA
PLEITEADA. IRRELEVNCIA, NO CASO, DA CIRCUNSTNCIA DE QUE A AUTORA DILAPIDOU COMPLETAMENTE SEU
PATRIMNIO. VNCULO ALIMENTAR QUE, EMBORA SEJA, DE REGRA, EXCEPCIONAL ENTRE EX-COMPANHEIROS,
RESTOU BEM DELINEADO DIANTE DA PROVA. ARBITRAMENTO DA VERBA ALIMENTAR. FIXAO EM 2 SALRIOS
MNIMOS. VALOR CONDIZENTE COM OS GASTOS DA ALIMENTANDA E SUFICIENTE PARA LHE GARANTIR A
SUBSISTNCIA SEM ONERAR EM DEMASIA AS FINANAS DO ALIMENTANTE. IMPOSSIBILIDADE, NO CASO, DE
MAJORAO. PRECEDENTES DA CMARA E STJ. RECURSOS DE AMBOS OS LITIGANTES CONHECIDOS E
DESPROVIDOS. 1. A interposio do recurso de apelao em data anterior publicao da sentena em cartrio
no configura intempestividade por prematuridade, mas, antes, indica que o recorrente de algum modo obteve
acesso ao contedo do decisrio e tomou cincia inequvoca do comando sentencial, contra o qual formulou,
fundamentadamente, a partir do dispositivo, as razes de sua insurgncia. 2. Salvo nas hipteses de manifesta
m-f ou fraude processual, deve ser conhecido, pois, o reclamo interposto de forma prematura, por aplicao
do princpio da instrumentalidade das formas, mesmo porque o escopo das normas processuais regentes da
matria (arts. 463 e 506, inc. II, do CPC) no vedar ou restringir o direito de petio no duplo grau de jurisdio
atravs da fixao de um termo inicial imperativo para o exerccio da faculdade recursal. 3. Em tema de
pretenso alimentcia envolvendo ex-companheiros, o pensionamento medida excepcional, a ser adotada
somente quando um ou outro no possui, em absoluto, condies de prover por meios prprios a sua
subsistncia, de forma que o nus da prova, nesse caso, recai, evidentemente, parte postulante, nos termos do
art. 333, inc. I, do CPC. 4. Demonstrando, a prova, de forma inequvoca, que a autora no possui condies de
manter o prprio sustento, por apresentar idade avanada para a insero no mercado de trabalho, do qual se
alijou ao incio do conbio, e, ainda, que acometida de severos distrbios psicossomticos, a fixao da
assistncia alimentar medida acertada, nos termos dos arts. 1.694 e 1.695 do CC, tanto mais porque o
demandado mdico de renome e scio de clnicas oftalmolgicas na capital gacha e possui confortveis

condies financeiras. 5. Cessado h mais de 15 (quinze) anos o vnculo afetivo entre os companheiros, os
alimentos, embora devidos, devem se pautar pela essencialidade, ou seja, serem fixados na estrita quantia
capaz de garantir a sobrevivncia digna da parte beneficiada, sem impor onerosidade desmedida obrigada
tampouco o dever de proporcionar outra um padro de vida superior ao tido por razovel ou quele que ela,
por foras prprias, se fosse possvel, atingiria atravs de atividade laboral ou outra forma de
remunerao. Processo: 2012.071987-6.Relator: Des. Eldio Torret Rocha. Julgamento: 29/08/2013.
23.APELAO CVEL. ACIDENTE DE TRNSITO. ENGAVETAMENTO ENVOLVENDO TRS VECULOS. SENTENA DE
IMPROCEDNCIA. INSURGNCIA DA DEMANDANTE. CULPA PELO SINISTRO. CONTROVRSIA ENVOLVENDO A
RESPONSABILIDADE DO RU PELAS AVARIAS OCASIONADAS NA PARTE DIANTEIRA DO VECULO DA AUTORA.
DEMANDANTE QUE, ANTES DE SER ABALROADA PELO RU, COLIDIU NO VECULO QUE LHE PRECEDIA.
IMPOSSIBILIDADE DE APLICAO DA TEORIA DO CORPO NEUTRO. PARTE DEMANDADA QUE DEVE RESPONDER
APENAS PELO CONSERTO DOS DANOS CONSTATADOS NA PARTE TRASEIRA DO AUTOMVEL, O QUE J FOI
REALIZADO. DESPESAS COM O ALUGUEL DE OUTRO VECULO. AUSNCIA DE PROVA DOCUMENTAL SOBRE O
PERODO EM QUE O CARRO PERMANECEU NA OFICINA PARA CONSERTO. DANOS QUE SO INCOMPATVEIS COM O
LAPSO DE DOIS MESES PARA REPAROS. DEVER DE INDENIZAR NO COMPROVADO. DANOS MORAIS. ACIDENTE
QUE GEROU MEROS DISSABORES, INCAPAZES DE OCASIONAR UM SOFRIMENTO MORAL INTENSO E
EXTRAORDINRIO, CAUSADOR DE SEQUELAS DE INDUVIDOSA REPERCUSSO. INDENIZAO INDEVIDA. Embora
no se descarte a possibilidade da autora ter sofrido algum dissabor ou aborrecimento em virtude do acidente
em que se envolveu, no se pode reconhecer a existncia de um sofrimento intenso, decorrente de uma
situao inusitada e de tamanha gravidade, que fuja do razovel ou que no fosse suportada pelo homem
comum. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2013.042757-4). Relator: Des. Jorge Luis Costa
Beber.Julgamento:29/08/2013.
24.APELAO CVEL. AO DE COBRANA DE SEGURO DE VIDA. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA AD
CAUSAM AFASTADA. MRITO. CONTRATO DE ADESO DE SEGURO DE VIDA. MORTE NATURAL EXCLUDA DOS
RISCOS COBERTOS. SEGURO QUE COBRIA, TO SOMENTE, MORTE ACIDENTAL. SEGURADO QUE NO TINHA
CONHECIMENTO DESTE FATO. PARTE R QUE NO DEMONSTROU FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO
DO DIREITO DA AUTORA. INTELIGNCIA DO ARTIGO 333, II, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. INTERPRETAO,
ADEMAIS, QUE SE FAZ DA FORMA MAIS FAVORVEL AO CONSUMIDOR. EXEGESE DO ART. 47 DO CDIGO DE
DEFESA
DO
CONSUMIDOR.
SENTENA
MANTIDA.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2010.032480-8. Relator: Des. Srgio Izidoro Heil. .
25.APELAO CVEL. AO DE NUNCIAO DE OBRA NOVA COM PEDIDO DE DEMOLIO. AO REQUERIDA POR
CNJUGES. MORTE DO CONJUGE VARO. SENTENA DE EXTINO DO PROCESSO SEM ANLISE DO MRITO. A
JUSTIFICATIVA LEVADA EM CONSIDERAO PELO TOGADO PARA A EXTINO DO FEITO SUBSUME-SE HIPTESE
LEGAL PREVISTA NO INCISO III DO ART. 267 DO CPC E NO NO INCISO IV COM CONSIGNOU NA SENTENA.
TODAVIA, ABANDONO DA CAUSA NO CONFIGURADO, PORQUANTO NO HOUVE A PRVIA INTIMAO PESSOAL
DA AUTORA PARA O IMPULSIONAMENTO DO FEITO, SOB PENA DE EXTINO. NO OBSERVNCIA DA REGRA
PROCESSUAL CONTIDA NO 1 DO ART. 267 DO CPC. SENTENA CASSADA. RETORNO DOS AUTOS ORIGEM
PARA PROSSEGUIMENTO DO FEITO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Falecendo o autor no curso do processo,
dar-se- a substituio da parte pelo seu esplio ou sucessores, contudo, no regularizada a substituio
processual aps a intimao para tanto, a extino da ao, por ausncia de pressuposto de constituio e de
desenvolvimento vlido e regular do processo, medida que se impe.". Processo: 2011.0075678. Relator: Des. Saul Steil. Julgamento: 12/09/2013. Classe: Apelao Cvel.
Cmaras de Direito Comercial
26.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO CUMULADA COM PEDIDO DE
INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. FURTO DE CARTO DE CONTA BANCRIA. CONTRATOS DE
EMPRSTIMO E SAQUES REALIZADOS POR TERCEIRO. ALEGAO DE QUE HOUVE O REQUERIMENTO, AO BANCO,
PARA QUE O CARTO FOSSE IMEDIATAMENTE BLOQUEADO. AUSNCIA DE INDCIO DE PROVA NESTE SENTIDO.
ART. 333, I, DO CPC. RELATIVIZAO DA INVERSO DO NUS PROBATRIO PREVISTA PELO CDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR. CARTO FURTADO QUE CONTAVA COM A ANOTAO DA SENHA DE ACESSO. NEGLIGNCIA.
FACILITAO DA SUPOSTA FRAUDE. ART. 14, 3, II, DO CDC. CULPA EXCLUSIVA DO CORRENTISTA. EXCLUDENTE
DE RESPONSABILIDADE. AUSNCIA DE NEXO CAUSAL. DEVER DE INDENIZAR NO CARACTERIZADO. PEDIDOS

IMPROCEDENTES. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Ainda que aplicveis em casos como o vertente
os ditames do CDC - o qual prev a possibilidade de inverso do nus da prova (art. 6, VIII) - tal princpio no se
mostra absoluto, e no possui o condo de afastar por completo a regra geral inscrita no art. 333, I, CPC. Age
com negligncia o correntista que mantm, junto ao carto bancrio, a sua senha de acesso, o que afasta por
completo qualquer responsabilidade da instituio bancria movimentaes realizadas por terceiro fraudador.
Processo: 2013.054027-4. Relator: Des. Ricardo Fontes. Julgamento: 12/09/2013.
27.APELAO CVEL. AO DE BUSCA E APREENSO. CONTRATO DE FINANCIAMENTO. SENTENA DE EXTINO
DO PROCESSO (ART. 267, I C/C O ART. 284, PARGRAFO NICO, TODOS DO CPC). APELO DA INSTITUIO
FINANCEIRA. MAGISTRADO SINGULAR QUE DETERMINOU A JUNTADA DA VIA ORIGINAL DA CDULA DE CRDITO
BANCRIO GARANTIDA POR ALIENAO FIDUCIRIA. DESCUMPRIMENTO. CASO DOS AUTOS QUE, NA REALIDADE,
DEMOSTRA SE TRATAR DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO, QUE, CONTUDO, CONTM EXPRESSAMENTE
CLUSULA DE CESSO DE CRDITO SEM ANUNCIA DO DEVEDOR. CIRCUNSTNCIA QUE, POR SI S, EMPRESTA O
EFEITO DE TTULO DE CRDITO, DIANTE DA POSSIBILIDADE DE CIRCULAO. INDISPENSABILIDADE DO
CONTRATO ORIGINAL, AINDA QUE ENCAMINHADA CPIA DIGITALIZADA PELO PETICIONAMENTO ELETRNICO,
NOS TERMOS DO ART. 2, DA LEI N. 11.419/2006. CONFERIDA OPORTUNIDADE PARA JUNTADA. NO
ATENDIMENTO. MANUTENO DA SENTENA SINGULAR QUE SE IMPE. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
Mesmo na hiptese de utilizao do peticionamento eletrnico, cabvel se mostra a determinao de
apresentao do ttulo de crdito original em cartrio, consoante disposio do art. 365, 2, CPC, considerando
a possibilidade de circulao pela cartularidade do documento (art. 29, 3, da Lei n. 10.931/2004). "Dada a
possibilidade de circulao por fora da clusula de cesso sem anuncia do devedor, a propositura da ao de
busca e apreenso requer a juntada da via original do contrato de financiamento; se, uma vez intimada, a parte
quedar inerte deixando de sanar a irregularidade, correta a extino do feito por inpcia da inicial, nos termos
do art. 284 do Cdigo de Processo Civil.". Processo: 2013.031478-9. Relator: Des. Dinart Francisco Machado.
Julgamento: 10/09/2013
28. AO MONITRIA - NOTA FISCAL RELATIVA PRESTAO DE SERVIO MDICO-HOSPITALAR - SENTENA QUE
INACOLHEU EMBARGOS MONITRIOS E JULGOU PROCEDENTE PEDIDO INJUNTIVO - RECURSO DOS
RUS/EMBARGANTES. PRELIMINARES DE CERCEAMENTO DE DEFESA, ILEGITIMIDADE PASSIVA E INPCIA DA
INICIAL - NULIDADES NO DECLARADAS - EXEGESE DO ARTIGO 249, 2, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. Na
forma do aludido artigo, deixam de se pronunciar as nulidades, caso o mrito seja decidido em favor de quem as
sustentou. INCIO DE PROVA ESCRITA - INSUFICINCIA, CONTUDO PARA FINS DE CONSTITUIO DO TTULO
EXECUTIVO - RELAO COMERCIAL NEGADA PELA PARTE R - INEXISTNCIA DE PROVA DA EXECUO DO
SERVIO ANTE A FALTA DE ASSINATURA NA NOTA FISCAL - AUSNCIA DE OUTROS ELEMENTOS DE PROVA HBEIS
A DEMONSTRAR A CONSTITUIO DA DVIDA - RELAO NEGOCIAL QUE NO PODE SER PRESUMIDA - EMBARGOS
MONITRIOS ACOLHIDOS - SENTENA REFORMADA - RECURSO PROVIDO. A nota fiscal desprovida de assinatura
destitui a presuno da prestao do servio contratado, sendo que era nus do sedizente credor demonstrar a
existncia da relao jurdica havida entre as partes. "A propositura de ao monitria, lastreada em documento
unilateralmente emitido (nota fiscal), desacompanhado de qualquer outro elemento hbil a certificar a
concretude da relao jurdica (como, por exemplo, comprovante de entrega da mercadoria), no se presta a dar
ao ttulo a pretendida eficcia. VERBAS SUCUMBENCIAIS - MODIFICAO DO DECISUM PROFERIDO EM PRIMEIRO
GRAU DE JURISDIO - APRECIAO EQUITATIVA - ATENDIMENTO AOS CRITRIOS LISTADOS NAS ALNEAS 'A', 'B'
E 'C' DO 3 C/C O 4 ART. 20 CCB. Modificada a sentena profligada, impe-se a inverso dos nus
sucumbenciais. Para a fixao dos honorrios de sucumbncia, deve-se estar atento para o trabalho
desempenhado e o zelo na defesa e exposio jurdica do advogado, no se aviltando os honorrios advocatcios
de forma a menosprezar a atividade do patrocinador da parte. Processo: 2009.001443-9. Relator: Des.
Robson Luz Varella. Julgamento: 10/09/2013. .
29.APELAO CVEL. AO DE RESCISO DE CONTRATO. ARRENDAMENTO MERCANTIL. OBRIGAO DA
ARRENDATRIA DE SATISFAZER AS PRESTAES VENCIDAS AT A RETOMADA DO BEM PELA INSTITUIO
FINANCEIRA E DIREITO DEVOLUO DO VALOR RESIDUAL GARANTIDO PAGO ANTECIPADAMENTE. RECURSO
DESPROVIDO. Se rescindido o contrato de arrendamento mercantil, e garantido arrendadora a retomada do
bem, cessa a obrigao da inadimplente quanto s prestaes vincendas a partir do momento que no mais frui
o objeto arrendado, persistindo sua obrigao em relao s parcelas no honradas at aquele evento, pois a
instituio financeira tem direito a perceber pelo tempo de uso sem o respectivo pagamento. Deve, de outra
parte, a arrendatria, devolver aquilo que houve adiantadamente como preo de opo de compra (VRG), se

essa parcela suplantar seu crdito, aps a devida compensao, pois Os valores pagos antecipadamente a ttulo
de VRG devem ser devolvidos arrendatria, sob pena de enriquecimento ilcito da instituio financeira
arrendante. Precedentes. . Processo: 2011.098019-7. Relator: Des. Paulo Roberto Camargo Costa.
30.APELAO CVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. IMVEL DE PROPRIEDADE DA EMPRESA EXECUTADA, A QUAL,
ALM DE SER EMINENTEMENTE FAMILIAR, DESTINA-SE RESIDNCIA DE SEU NICO SCIO. BEM DE FAMLIA.
IMPENHORABILIDADE. RECONHECIMENTO QUE SE IMPE. PRECEDENTES STJ. "A impenhorabilidade da Lei n
8.009/90, ainda que tenha como destinatrios as pessoas fsicas, merece ser aplicada a certas pessoas jurdicas,
s firmas individuais, s pequenas empresas com conotao familiar, por exemplo, por haver identidade de
patrimnios.". RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2012.083994-1. Relator: Des. Altamiro de
Oliveira. Julgamento: 27/08/2013.
31.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE RELAO JURDICA E INDENIZAO POR DANOS
MORAIS. CERCEAMENTO DE DEFESA NO VERIFICADO, AINDA MAIS QUANDO O APELANTE NEM MESMO INDICA
AS PROVAS QUE PRETENDE PRODUZIR. CHEQUE EMITIDO EM FAVOR DE TERCEIRO, COM REGULAR ENDOSSO AO
REQUERIDO. ENDOSSATRIO DE BOA-F. ALEGAO DE ROMPIMENTO DA RELAO NEGOCIAL ORIGINRIA DO
TTULO DE CRDITO. ARGUMENTO DESTITUDO DE CREDIBILIDADE E DE UM MNIMO DE PROVA. PRESENA DAS
CARACTERSTICAS DA AUTONOMIA, LITERALIDADE E CARTULARIDADE. INEXISTNCIA DE CONDUTA ILCITA E DE
DANO MORAL A SER INDENIZADO. MANUTENO DA SENTENA. RECURSO DESPROVIDO. No se anula o
processo para a reabertura da instruo se a prova documental exibida suficiente para a compreenso do
tema controvertido e o apelante nem mesmo indica qual seria a outra prova necessria. O cheque representa
ordem de pagamento vista que, para subsistir, no necessita da demonstrao da sua origem, assim sendo
respeitadas suas caractersticas prprias: literalidade, autonomia e cartularidade.Processo: 2012.0505789. Relator: Des. Jnio Machado. Julgamento: 05/09/2013.
Cmaras de Direito Pblico
32.CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDORA MUNICIPAL. CONTRATO TEMPORRIO (MUNICPIO DE
IMARU). CONTRATO EXPIRADO QUANDO SE ENCONTRAVA GRVIDA. DIREITO INDENIZAO. RECURSO DO RU.
RECURSO ADESIVO DA AUTORA. MAJORAO DOS HONORRIOS ADVOCATCIOS. RECURSO DO RU DESPROVIDO.
RECURSO ADESIVO DA AUTORA PROVIDO. "A empregada sob regime de contratao temporria tem direito
licena-maternidade, nos termos do art. 7, XVIII, da Constituio e do art. 10, II, b, do ADCT, especialmente
quando celebra sucessivos contratos temporrios com mesmo empregador". Processo: 2012.0610121.Relator: Des. Newton Trisotto. Julgamento: 27/08/13.
33.USUCAPIO EXTRAORDINRIO. EDIFICAES E EQUIPAMENTOS MECNICOS DEPOSITADOS EM MOS DO
MUNICPIO DE CRICIMA DURANTE A PENDNCIA DE AO ANULATRIA EM QUE LITIGAVAM A ATUAL
PROPRIETRIA DO IMVEL E A ANTERIOR. PRELIMINAR DE CARNCIA DE AO. DESCABIMENTO. BENS NO
PERTENCENTES AO ENTE MUNICIPAL, AINDA QUE SOB USO DESTE DURANTE O PERODO DE DEPSITO.
INAPLICABILIDADE DA SMULA N. 340 DO STF. POSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO RECONHECIDA. AGRAVO
RETIDO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. Tratando-se de bem de propriedade privada, possvel o usucapio, ainda
que, em situao excepcionalssima, estivessem sob encargo do Municpio por fora de depsito judicial.
CONTESTAO APRESENTADA POR CREDORA COM PENHORA AVERBADA NO REGISTRO DO BEM. INTERESSE
PROCESSUAL EVIDENTE. LEGITIMIDADE DA CONTESTANTE PARA OCUPAR O POLO PASSIVO DA AO. PREFACIAL
REJEITADA. USO PRODUTIVO DOS BENS RECLAMADOS. PRAZO DECENAL. ART. 1.238, PARGRAFO NICO, DO
CDIGO CIVIL. Havendo os autores utilizado os bens para manter atividade empresarial, aplica-se ao pedido de
usucapio extraordinrio o prazo de dez anos, ainda que se tenha feito pouco investimento ou manuteno nos
bens controvertidos ou que parte desses tenha sido perdida em arrematao de execuo trabalhista.
PERMANNCIA DOS AUTORES NO LOCAL CONHECIDA E TOLERADA PELO MUNICPIO. PERMISSO DADA A FIM DE
QUE OS OCUPANTES FIZESSEM MANUTENO DOS BENS. CONSONCIA DE DIVERSAS PROVAS ESCRITAS E ORAIS
A ESSE RESPEITO. PRESENA DE GUARDAS NO LOCAL MANTIDOS PELA PRPRIA MUNICIPALIDADE. DOCUMENTO
FIRMADO PELO AUTOR INCOMPATVEL COM O ALEGADO ANIMUS DOMINI. MERA DETENO. USUCAPIO
DESCABIDO. REFORMA DA SENTENA. INVERSO DO NUS DE SUCUMBNCIA. RECURSOS DE APELAO
CONHECIDOS E PROVIDOS. APELO ADESIVO PREJUDICADO. Processo: 2012.012872-1. Relator: Des. Jorge Luiz
de Borba. Julgamento: 27/08/13.

34.RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAO POR ERRO MDICO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DO


ESTADO DE SANTA CATARINA. HOSPITAL RU QUE PESSOA JURDICA DE DIREITO PRIVADO, CONVENIADO AO
SISTEMA NICO DE SADE. ADMINISTRAO, ORGANIZAO E FISCALIZAO DO SUS DEVIDA AOS ENTES
MUNICIPAIS. INTELIGNCIA DO ART. 17 E 18 DA LEI N. 8.080/90. INVIABILIDADE DE MANUTENO DO ESTADO NO
POLO PASSIVO DA DEMANDA. EXTINO DO FEITO, SEM RESOLUO DO MRITO, EM RELAO A TAL ENTE, NOS
TERMOS DO ART. 267, VI, DO CPC. O Estado de Santa Catarina no parte legtima para figurar no polo passivo
de demanda indenizatria por erro mdico causada por convnio de hospital (pessoa jurdica de direito privado)
com o Sistema nico de Sade porque, de acordo com os arts. 17 e 18 da Lei n. 8.080/90, a administrao,
organizao e fiscalizao dos servios prestados pelo SUS so de responsabilidade dos entes municipais,
competindo ao Estado apenas prestar apoio tcnico e financeiro. RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MDICO.
PARTO NORMAL REALIZADO SEM OS DEVIDOS CUIDADOS. ME DO AUTOR QUE PERMANECEU POR MAIS DE 24
HORAS EM TRABALHO DE PARTO. RECM NASCIDO QUE SOFREU FRATURA DE CLAVCULA, CIANOSE E FEBRE
ALTA. APLICAO DA TEORIA OBJETIVA, DE ACORDO COM O ART. 14 DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
CONDUTA DO PREPOSTO DO HOSPITAL, DANO E NEXO CAUSAL ENTRE ELES DEVIDAMENTE COMPROVADA.
RESPONSABILIDADE CIVIL CONFIGURADA. DEVER DE INDENIZAR CONSTATADO. Aplica-se a teoria da
responsabilidade civil objetiva para o caso de erro mdico de preposto de hospital privado conveniado com o
Sistema nico de Sade, nos termos do art. 14 do Cdigo de Defesa do Consumidor, uma vez que a relao
existente entre o autor e o nosocmio clara relao de consumo, de modo que o demandado se enquadra na
figura do fornecedor/prestador de servios (art. 3 do CDC), e o autor, por sua vez, na de consumidor (art. 2 do
CDC). Tratando-se de responsabilidade civil objetiva, se o dano e o nexo causal entre este e a conduta do ente
pblico foram devidamente demonstrados, caracterizado est o dever de indenizar por parte do Estado. DANOS
MORAIS. OFENSA INTEGRIDADE FSICA E PSQUICA DO AUTOR. ERRO MDICO QUE CONSISTIU EM LESO NA
CLAVCULA ESQUERDA, COM SEQUELAS DE RETARDO MENTAL LEVE E ENCURTAMENTO DA PERNA DIREITA.
DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO. "Qualquer ofensa integridade fsica, mesmo quando passageira e sem
deixar marcas estticas, produz, muito alm da sensao de incmodo, um decaimento na auto-estima da vtima
que, ao se ver nesta situao, nunca se conformar com o fato de ter de padecer, fsica e psiquicamente, em
razo da conduta culposa de outrem. Eis a identificado o dano moral." (TJSC, AC n. 2008.069491-1, rel. Des.
Newton Janke, j. 19.5.09). VALOR INDENIZATRIO. FIXAO NA ORIGEM DE R$ 200.000,00. PRETENDIDA A
MINORAO. POSSIBILIDADE. QUANTUM FIXADO EM SENTENA QUE SE MOSTRA ACIMA DAQUELES ARBITRADOS
EM CASOS SEMELHANTES POR ESTA CMARA DE JUSTIA. REDUO DO VALOR PARA R$ 100.000,00. O valor da
indenizao a ser arbitrada deve seguir critrios de razoabilidade e proporcionalidade, mostrando-se efetivo
repreenso do ilcito e reparao do dano, sem, em contrapartida, constituir enriquecimento ilcito. ENCARGOS
MORATRIOS. ALMEJADA FIXAO A PARTIR DO ARBITRAMENTO. REFORMA APENAS EM RELAO CORREO
MONETRIA, QUE DEVER INCIDIR A PARTIR DA FIXAO. JUROS DE MORA A PARTIR DO EVENTO DANOSO, DE
ACORDO COM A SMULA N. 54 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. NECESSIDADE DE REVISO EX OFFICIO EM
RELAO AOS NDICES APLICVEIS. MATRIAS DE ORDEM PBLICA. Sobre o valor dos danos morais devem
incidir juros moratrios a partir do evento danoso (Smula n. 54 do STJ), e correo monetria desde o
arbitramento (Smula n. 362 do STJ). Quanto aos ndices aplicveis, devero incidir juros de 0,5% ao ms at a
data da entrada em vigor do novo CC (11.1.03) e, aps, de 1% ao ms. A partir do arbitramento, devem ser
aplicados os ndices da poupana, que compreendem tanto os juros como a correo, conforme nova redao do
art. 1-F da Lei n. 9.494/97, que tem aplicao imediata. DANOS MATERIAIS. CONDENAO, NA ORIGEM, DE
PAGAMENTO DE PROFISSIONAL DE SADE PARA REALIZAR ACOMPANHAMENTO DIRIO DO AUTOR. AUSNCIA DE
PROVAS, NO ENTANTO, DE QUE O DEMANDANTE NECESSITE DE TAL ACOMPANHAMENTO. NUS DA PROVA DO
AUTOR NO CUMPRIDO. SENTENA REFORMADA NO PONTO. Incumbe parte autora a comprovao do fato
constitutivo de seu direito, nos termos do art. 333, I, do Cdigo de Processo Civil, sob pena de rejeio do pleito
inicial condenatrio. PENSO ALIMENTCIA. PERCIA MDICA INSUFICIENTE PARA CONCLUIR SE A INCAPACIDADE
LABORATIVA DO AUTOR TOTAL OU PARCIAL. SUBMISSO DOS AUTOS FASE DE LIQUIDAO DA SENTENA,
PARA APURAR OS PARMETROS DO PENSIONAMENTO. TERMO INICIAL A PARTIR DO ARBITRAMENTO. Constatada a
ausncia de parmetros para o fim de arbitrar o valor do pensionamento, necessria faz-se a submisso dos
autos fase de liquidao da sentena, para aferir os limites e valores da penso mensal vitalcia, nos termos do
art. 950 Cdigo Civil). RECURSO DO ESTADO CONHECIDO E PROVIDO. RECURSO DO HOSPITAL CONHECIDO E
PARCIALMENTE
PROVIDO.
REMESSA
PREJUDICADA.
SENTENA,
EM
PARTE,
REFORMADA. Processo: 2012.015026-1.Relator: Des. Francisco Oliveira Neto Julgamento: 03/09/2013.
35.ADMINISTRATIVO - SUPOSTA CUMULAO INDEVIDA DE CARGOS - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA -

INOCORRNCIA - DOLO OU M-F NO COMPROVADOS - EFETIVA PRESTAO DO SERVIO - MERA


IRREGULARIDADE ADMINISTRATIVA 1 Nem toda irregularidade administrativa pode ser classificada como
improbidade, mesmo quando aparentemente o ato tisnado de irregularidade se enquadre na tipificao genrica
do art. 11 da Lei n. 8.429/92. H que se emprestar ao texto uma interpretao teleolgica que se ajuste ao
esprito da norma como um todo. O escopo da lei no a de punir o administrado ou administrador
despreparado ou simplesmente incauto. Sua finalidade precipuamente combater a m-f, a ardilosidade, a
esperteza ou mesmo a deliberada afronta aos princpios norteadores da administrao pblica. 2 razovel a
concluso de ausncia de m-f do servidor que ao ser nomeado para cargo de provimento efetivo continua
exercendo outra funo decorrente de contrato temporrio, mormente quando pela Administrao no lhe foi
dada
a
oportunidade
de
opo. Processo: 2012.048627-6. Relator: Des.
Luiz
Czar
Medeiros. Julgamento: 03/09/2013.
36.ADMINISTRATIVO - AO POPULAR - ILEGALIDADE NA EDIO DO DECRETO ESTADUAL N. 1.366/2004 PELO
QUAL O GOVERNADOR DO ESTADO CONCEDEU "ANISTIA" A SERVIDOR EFETIVO DO MAGISTRIO PBLICO QUE
RESPONDIA A PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR POR FALTAS REITERADAS AO SERVIO - ATO CONTRRIO
AO PARECER CONCLUSIVO DA COMISSO PROCESSANTE - COMPROVAO DA INASSIDUIDADE HABITUAL - FALTA
GRAVE - ESTABILIDADE SINDICAL QUE NO IMPEDE A APLICAO DE SANO DISCIPLINAR - MANUTENO DA
SENTENA QUE ANULOU O DECRETO - APLICAO DAS PENALIDADES DA LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA IMPOSSIBILIDADE EM AO POPULAR - RECURSOS DESPROVIDOS. A ao popular no ampara direitos individuais
prprios, mas interesse da coletividade, constituindo forma de exerccio da soberania popular, com funo
fiscalizadora, corretiva ou supletiva da atividade administrativa, fundada nos princpios da legalidade e da
moralidade dos atos administrativos e da preservao da coisa pblica, com vistas ao estancamento de ato
ilegal lesivo moralidade administrativa ou ao patrimnio pblico. ilegal e lesivo administrao e, portanto,
invlido, o Decreto do Governador do Estado que, indevidamente, concede "anistia" a servidor efetivo integrante
do magistrio pblico estadual que, por faltas reiteradas ao servio, respondia a processo administrativo
disciplinar no qual a comisso processante j havia lanado parecer pela demisso prevista em lei, sem que
tenha havido deciso final pela autoridade competente. A estabilidade sindical do servidor pblico a que se
refere o art. 8, inciso VIII, da Constituio Federal de 1988, no impede a aplicao de sano disciplinar em
razo do cometimento de falta grave. A inassiduidade habitual do servidor pblico deve ser considerada falta
grave capaz de afastar a estabilidade sindical e autorizar a aplicao de sano at de demisso, como
explicitam o art. 167, II, e 1, da Lei Estadual n. 6.844/86 e o art. 137 Lei Estadual 6.745/85 Ao popular no
instrumento processual adequado para a condenao de agentes pblicos ou polticos a qualquer das sanes
previstas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei Federal 8.429/92). Processo: 2012.0782075. Relator: Des. Jaime Ramos. Julgamento: 29/08/2013.
Cmara Especial Regional de Chapec
37.APELAO CVEL. ALVAR JUDICIAL. PEDIDO DE ABERTURA PROVISRIA DE ATADE (TMULO E CAIXO) PARA
A PRTICA DE ATO DE F RELIGIOSA (ORAES), FORMULADO PELO VIVO E PELOS FILHOS DA FALECIDA.
SENTENA DE INDEFERIMENTO DA INICIAL POR TRATAR-SE DE PEDIDO JURIDICAMENTE IMPOSSVEL.
INEXISTNCIA DE DEMONSTRAO DE INTERESSE PBLICO OU PRIVADO ABSOLUTAMENTE RELEVANTE, A
JUSTIFICAR O DEFERIMENTO DO PEDIDO. REGULAMENTAO MUNICIPAL. PRAZO PARA EXUMAO NO
TRANSCORRIDO. AUSNCIA DE INTERESSE QUE JUSTIFIQUE A MEDIDA EM CARTER DE EXCEO. PREVALNCIA
DO INTERESSE SOCIAL E DA ORDEM PBLICA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2010.0409852). Relator: Des. Artur Jenichen Filho.
38. PROPRIEDADE INDUSTRIAL. AO DE ABSTENO DE USO DE MARCA CUMULADA COM INDENIZAO POR
PERDAS E DANOS E PEDIDO DE ANTECIPAO DA TUTELA. PROCEDNCIA NA ORIGEM. RECURSO DAS RS.
ALEGAO INFUNDADA DE QUE AS MARCAS NO POSSUEM SIGNOS SEMELHANTES CAPAZES DE GERAR
CONFUSO NO MERCADO CONSUMIDOR OU CARACTERIZAR CONCORRNCIA DESLEAL. FIGURA E EXPRESSO
DESIGNATIVAS QUE IMITAM O CONCEITO IDEOLGICO DE MARCA J EXISTENTE. IDENTIDADE DE SEGMENTO
MERCADOLGICO. INDEFERIMENTO PELO INPI DO REGISTRO DA MARCA APONTADA COMO ESPRIA (ART. 124,
INC. XIX, DA LEI 9.279/96). NOTIFICAES EXTRAJUDICIAIS NO ATENDIDAS. COMERCIALIZAO REALIZADA DE
FORMA CONSCIENTE. UTILIZAO INDEVIDA DA MARCA. AFIRMAO DE QUE OS PRODUTOS SO
COMERCIALIZADOS EM LOCALIDADES DISTINTAS. IRRELEVNCIA. EFEITOS DA PROTEO QUE ABRANGEM TODO
O TERRITRIO NACIONAL (ART. 129, CAPUT, DA LEI 9.279/96). CONCORRNCIA DESLEAL E DESVIO DE CLIENTELA

CARACTERIZADOS. ARGUIO DE QUE NO MOMENTO DO AJUIZAMENTO DA AO A AUTORA AINDA NO ERA


TITULAR DA MARCA. DESNECESSIDADE. DIREITO ASSEGURADO AO DEPOSITANTE DE ZELAR PELA SUA
INTEGRALIDADE MATERIAL OU REPUTAO (ART. 130, INC. III, DA LEI 9.279/96). SENTENA MANTIDA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2011.028497-8 (Acrdo). Relator: Des. Luiz Cesar Schweitzer.
Julgamento: 10/09/2013.
Turmas de Recursos
39.BLOQUEIO DE CARTO DE CRDITO POR MOTIVO DE BITO DO TITULAR - SOLICITAO REITERADA DO
MESMO PARA O DESBLOQUEIO QUE NO FOI ATENDIDA - TENTATIVA DE SOLUO PELA VIA ADMINISTRATIVA
(PROCON) - ALEGAO FORNECEDOR DE QUE DOCUMENTOS ERAM ILEGVEIS - DANO MORAL CONFIGURADORESTRIO AO CRDITO - DESINTELIGNCIA DOS FORNECEDORES - RECURSO INSTITUIO DE CRDITO
DESPROVIDO. Configura dano moral a notcia dada ao prprio consumidor, no momento da compra, de que
estaria morto. irresponsvel conduta da r que insere seu sistema de informaes notcia bito do consumidor,
sem justificativa, impingindo ao mesmo a necessidade de comprovar por documentos sues status de
vivo. Processo: 2013.101122-4. Relator: Dr. Alexandre Moraes.
40.RECURSO INOMINADO. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS FUNDADA EM OFENSA VERBAL
PROFERIDA PELO RU NA PRESENA DE VIZINHOS. DANO MORAL CONFIGURADO. PROCEDNCIA NA ORIGEM
MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO. Ao autor compete a prova dos fatos constitutivos do seu
direito (CPC, art. 333, inc. I). Tendo os autores/recorridos comprovado o ato ilcito (ofensas verbais) atribudo ao
requerido, praticado na presena de vizinhos, depreende-se configurado o dano moral suportado. Ainda que a
relao vivenciada entre os litigantes seja caracterizada por precedentes desentendimentos, tal circunstncia
no se presta a autorizar a prtica de ofensas verbais, porquanto violadora do direito honra e dignidade
pessoal. Raciocnio em contrrio respaldaria a desordem social, ainda que interpretada no restrito mbito
daquele cenrio de vizinhana, potencializando o risco de agravamento dos contornos do
conflito. Processo: 2013.200183-9). Relatora: Dra. Quitria Tamanini Vieira Pres. Julgamento:27/08/2013.
41.RECURSO INOMINADO. OBRIGAO DE FAZER. DANOS MORAIS. FLAGRANTE ILEGITIMIDADE PASSIVA AD
CAUSAM. NEGCIO JURDICO REALIZADO COM EMPRESA NO INCLUSA NO PLO PASSIVO DA AO. PRINCPIO
DA AUTONOMIA PATRIMONIAL DA PESSOA JURDICA. MATRIA COGNOSCVEL DE OFCIO. ANULAO DA
SENTENA. EXTINO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MRITO. A personalidade e o patrimnio da pessoa
jurdica empresria no se confunde com o de seus scios, de forma que os negcios jurdicos realizados pela
primeira e as consequncias que deste decorrerem, devem ser suportadas somente por esta, no podendo
invadir a personalidade e a esfera patrimonial dos scios de maneira injustificada. Ensina Fbio Ulhoa Coelho: "A
personalizao da sociedade limitada implica a separao patrimonial entre a pessoa jurdica e seus membros.
Scio e sociedade so sujeitos distintos, com seus prprios direitos e deveres. As obrigaes de um, portanto,
no se podem imputar ao outro. Desse modo, a regra da irresponsabilidade dos scios da sociedade limitada
pelas dvidas sociais. Colhe-se dos julgados do E. TJSC: "Atos praticados pela pessoa jurdica no podem ser
imputados aos seus scios, salvo hipteses taxativamente previstas em lei, sob pena de afrontar a autonomia
entre pessoa fsica e pessoa jurdica. Se o ato danoso ao ofendido foi praticado por pessoa jurdica, os
respectivos scios no possuem legitimidade passiva ad causam para responder diretamente pela ofensa face
distino entre pessoa fsica e pessoa jurdica, respondendo cada qual apenas pelas obrigaes contradas em
nome prprio. MATRIA ORDEM PBLICA. EXTINO DE OFCIO DO PROCESSO, NOS TERMOS DO ART. 267, VI,
CPC.
RECURSO
PREJUDICADO. Processo: 2013.400396-9. Relator: Dr.
Pedro
Aujor
Furtado
Jnior. Julgamento: 10/09/2013.
42.CONTRAVENO PENAL. PERTURBAO DO SOSSEGO - ART. 42, DL 3.688/41. SOM EM VOLUME EXCESSIVO.
AUSENCIA DE COMPROVAO DE QUE A PERTURBAO ATINGIU UMA COLETIVIDADE DE PESSOAS - FATO
ATPICO. Para tipificar a contraveno do art. 42 da Lei das Contravenes Penais, deve a perturbao do
sossego atingir uma multiplicidade de indivduos. Na espcie, a prova no aponta que o ru tenha perturbado o
sossego da coletividade. O incmodo proposital a uma pessoa determinada pode configurar a contraveno
prevista no artigo 65 da LCP, imputao que no se encontrada descrita na inicial. (TJRS, Rec. Crim. n.
71003738473, rel. Fabio Vieira Heerdt). DELITO DE AMEAA - ARTIGO 147 CP. DESAVENA ENTRE
FAMILIARES/VIZINHAS. DESENTENDIMENTOS DE LONGA DATA - ANIMOSIDADE. FATO ATPICO. PRELIMINAR DE
PRESCRIO AFASTADA - NO TRANSCORRIDOS MAIS DE DOIS ANOS ENTRE A DATA DOS FATOS E RECEBIMENTO

DA DENNCIA. Processo: 2013.501541-5. Relator: Dr. Fernando de Castro Faria.


43.AO PENAL - CRIME AMBIENTAL (ARTIGO 46, PARGRAFO NICO, DA LEI N. 9.605/98). VIOLAO DE
DOMICLIO. MERAS SUSPEITAS FUNDADAS EM DENNCIAS ANNIMAS. NO CARACTERIZAO DE FLAGRANTE
DELITO. PROVA ILCITA. ABSOLVIO DO ACUSADO - RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENA REFORMADA.
PREJUDICADO O RECURSO DO MINISTRIO PBLICO. Meras suspeitas de que o acusado mantinha em depsito
produto de origem vegetal, sem licena vlida para o armazenamento (Documento de Origem Florestal - DOF),
outorgada pela autoridade competente (FATMA), no autoriza a entrada de policiais em sua residncia, sob o
fundamento de flagrante delito. Sem eficcia probatria a prova colhida, pois obtida ilicitamente, cuja apurao
se deu diante de comportamento ilcito dos agentes estatais, violando o domiclio do acusado, no servindo de
suporte a legitimar sua condenao. Inadmissvel tambm a prova derivada da ilcita, pois evidente o nexo
causal entre a invaso do domiclio e a apreenso dos objetos. No h, tambm, que se valorizar a confisso do
apelante, eis que esta s ocorreu em decorrncia da apreenso ilegal, correndo-se o risco de tornar letra morta a
norma constitucional que veda a utilizao da prova ilcita. A absolvio medida que se
impe. Processo: 2013.501448-2. Relator: Dr. Fernando de Castro Faria. Julgamento: 09/09/2013.

Edio n. 13 de 31 de outubro de 2013.


rgo Especial
1.Lei municipal que proba o uso de telefones celulares no interior das agncias bancrias viola os princpios da
proporcionalidade e da razoabilidade, porquanto h outros meios de preservar a segurana dos cidados.
Seo Criminal
2.Ainda que algumas condutas tenham sido praticadas com lapso temporal superior a 30 dias, a identidade das
circunstncias de lugar e do modus operandi utilizado no cometimento de cada delito, legitima o
reconhecimento da continuidade delitiva.
3.A ofensividade lesiva da conduta de vender produtos falsificados no se limita ao reflexo patrimonial direto,
mas, tambm, segurana do consumidor e arrecadao tributria, no havendo que se falar, por isso, em
atipicidade da conduta, pela aplicao do princpio da insignificncia.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
4.A ao rescisria no o meio adequado para suscitar nulidade por ausncia de citao, cuja alegao dever
ser arguida em ao anulatria (querela nullitatis), prevista no art. 486 do Cdigo de Processo Civil.
5.Havendo prova testemunhal contraditria acerca da culpa exclusiva de um dos condutores dos veculos
envolvidos em acidente de trnsito, e existentes indcios de que ambos agiram imprudentemente, conclui-se
pela concorrncia de culpas.
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
6.Nos casos em que a instituio financeira no apresenta os contratos firmados entre as partes, aplica-se a
presuno de veracidade e a subsequente limitao dos encargos aos patamares previstos na legislao civil.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico

7.Considera-se erro minsculo e no se confunde com rasura no preenchimento dos campos reservados s
respostas das questes objetivas, candidato que no assinalou, no carto resposta, o tipo de prova realizada.
Cmaras de Direito Criminal
8.O advogado que insere informao falsa em documento subscrito por testemunha, a fim de instruir processo
criminal, com o objetivo de absolver seu cliente, comete o crime previsto no art. 299, caput, do Cdigo Penal.
9.Aquele que o nico responsvel pela administrao e pela atividade de produo de empresa denunciada
pela prtica de crime ambiental, parte legtima para figurar no polo passivo de ao penal originria.
10.Pratica o delito de extorso o agente que constrange a vtima a entregar-lhe grande soma de dinheiro,
mediante a ameaa de divulgao de fotos comprometedoras de sua conduta social.
11.O depoimento testemunhal, registros fotogrficos e relatrio ou outros documentos firmados por profissionais
habilitados e com conhecimento na rea ambiental, so provas suficientes para comprovar o crime de maustratos a animais, prescindindo-se, assim, exame pericial.
12.A apreenso de quantidade significativa de produto com prazo de validade vencido configura, em tese, crime
contra as relaes de consumo, bastando comprovao da materialidade o relatrio de atividades dos rgos
envolvidos na fiscalizao e o auto de intimao.
13.A mera visualizao pelos jurados do ru ingressando no plenrio do jri uniformizado, algemado e escoltado,
desde que com justificativa aceitvel, no viola a ordem jurdico-constitucional.
14.Tratando-se de medidas protetivas de urgncias afetas Lei Maria da Penha e havendo previso expressa de
que o seu descumprimento acarretaria na priso do transgressor, no h como lhe imputar a prtica do delito de
desobedincia.
15.Comete crime contra a ordem econmica quem vende derivado de petrleo em desacordo com as normas
estabelecidas na lei de regncia (art. 1, I, Lei 8.176/91), no havendo falar em desclassificao para delito
ambiental.
Cmaras de Direito Civil
16.Por fora da teoria da aparncia, no exigido que o consumidor diferencie cooperativas mdicas
pertencentes ao mesmo grupo, se, perante o pblico, apresentam-se como uma nica empresa e fazem uso da
mesma logomarca.
17.No pode o cadastro de pretendentes adoo sobrepor-se ao melhor interesse da criana, mormente, se no
caso especfico e excepcional, no configurou atos intencionais de burla ao sistema e existe convivncia
harmnica e saudvel com os atuais guardies.
18.Configura uso nocivo do direito de propriedade por ofensa aos direitos de vizinhana construir audes em
imvel topograficamente superior, ainda mais quando os laudos da defesa civil e do corpo de bombeiros
sinalizam risco de deslizamento em caso de chuva torrencial.
19.O reconhecimento da unio estvel post mortem pelos herdeiros do de cujus no suficiente, por si s, para
afirmar a existncia de uma relao com status matrimonial.
20. obrigao de meio e, no, de resultado, o contrato de vigilncia e monitoramento de estabelecimento
comercial, uma vez que a atividade exercida consiste em amenizar os riscos da prtica de ato ilcito, e no
assegurar a sua inocorrncia.
21.Na aquisio do imvel em hasta pblica, inexistindo ressalvas no edital de praa, no pode ser atribuda ao
arrematante a responsabilidade pelo pagamento das despesas condominiais anteriores alienao judicial.
22.A obrigao alimentar dos avs fundada no parentesco complementar, transitria, excepcional e,
sobretudo, subsidiria, de modo que invivel exigir deles o pagamento de alimentos quando no demonstrada
a falta dos pais.
23.Ausncia anestesiologista na sala de cirurgia aps a aplicao de anestesia em seu paciente configura
omisso negligente.
24.Tratando-se de imvel indivisvel de dois pavimentos destinado a fins residenciais, descabe a penhora de
parte que usada como depsito de mercadorias, uma vez que tal circunstncia no lhe retira o carter de bem
de famlia.
25.Age com negligncia e imprudncia o comerciante que, aps entregar veculo ao consumidor, o qual
permanece na sua posse por aproximadamente 15 dias, obriga-o devoluo por conta da reprovao de seu
crdito.
Cmaras de Direito Comercial
26.Para configurar prescrio intercorrente processo de execuo, reputa-se suficiente o decurso de lapso
temporal superior ao da prescrio do ttulo exequendo, sem que o exequente promova as diligncias que lhe
competir.

27.O contrato bancrio de instrumento de redirecionamento de crdito, que deixa de indicar a data de
vencimento do ttulo no preenche os requisitos para a execuo, tornando impossvel averiguar a sua
exigibilidade.
28.A legislao sobre cdula de crdito bancrio no exige a assinatura de duas testemunhas para a validade do
ttulo como executivo extrajudicial.
29.Em busca e apreenso de bem alienado fiduciariamente necessrio que o credor apresente a via original da
cdula de crdito bancrio correspondente para comprovar a posse do ttulo, no bastando cpia autenticada.
30. admissvel manejo ao prestao contas para casos de insuficincia informaes prestadas
extrajudicialmente.
31.O desfazimento da compra e venda em decorrncia da devoluo da mercadoria defeituosa, inviabiliza a
manuteno do contrato de financiamento vinculado ao negcio.
Cmaras de Direito Pblico
32. inconcebvel haver limite de idade mxima em concurso pblico, se o requisito estiver previsto to somente
no edital, uma vez que a restrio deve estar amparada por lei.
33.Unio entre pessoas do mesmo sexo merece ter aplicao mesmas regras e consequncias vlidas para a
unio heteroafetiva, inclusive no que diz respeito ao direito percepo do benefcio de penso por morte do
companheiro.
34.Em caso de fraude e violao do hidrmetro, desnecessria a comprovao de que foi o proprietrio da
residncia que a perpetrou, pois certo que se beneficiou com o registro do consumo de gua a menor.
35.No se pode, de maneira simplista, dar por mprobo um administrador que apenas e to somente em
atendimento mudana de destino de alguma verba pblica, se a ningum prejudicou ou beneficiou.
36. direito de todos e dever do Estado e de quem explora prestao de servios pblicos fornecer aos alunos
com deficincia todas as condies indispensveis frequncia e ao aproveitamento de curso.
37.Evidenciada a fraude na apurao do consumo de energia eltrica, em face de alterao no relgio medidor,
pode a concessionria cobrar as diferenas pretritas e, se no houver o pagamento, interromper o fornecimento
ao usurio, ainda que haja posterior absolvio, na rea criminal, por insuficincia de prova.
Cmara Especial Regional de Chapec
38.Inexistindo pedido de conservao, a destruio de imagens de gravao de reportagem jornalstica, aps o
transcurso do prazo legal, exerccio regular de um direito, disposto na Lei n. 5.250/1967.
Turmas de Recursos
39.A suspenso total dos servios telefnicos, sem qualquer justificativa, tendo em vista a descaracterizao de
inadimplncia, implica direito reparao do dano moral sofrido pelo usurio.
40.Apreenso mquinas caa-nqueis, com pessoas jogando no momento da abordagem policial, retira a
necessidade de percia tcnica a fim de comprovar a materialidade da contraveno penal de explorao de
jogos de azar.
41.Ainda que o cancelamento/atraso do voo decorra de circunstncias justificveis, o fato no exime a
companhia area de prestar todo o auxlio necessrio aos passageiros.
42.O afastamento compulsrio e involuntrio motivado por problemas de sade caracteriza exceo regra de
suspenso do pagamento de gratificao de incentivo regncia de classe.
rgo Especial
1.INCONSTITUCIONALIDADE. Ao declaratria. Lei municipal. Aparelhos celulares e rdios de comunicao.
Utilizao vedada dentro das agncias bancrias. Segurana. Princpios constitucionais. Razoabilidade.
Proporcionalidade. Afronta. Demanda procedente. A proibio do uso de telefones celulares e rdios de
comunicao nas agncias bancrias viola os princpios da proporcionalidade e razoabilidade, mormente porque
h
outros
meios
de
preservar
a
segurana
dos
cidados
contra
a
prtica
de
ilcitos
penais. Processo: 2013.034658-0. Relator: Des. Jos Incio Schaefer.
Seo Criminal
2.EMBARGOS INFRINGENTES. DIVERGNCIA LIMITADA CONTINUIDADE DELITIVA ENTRE DELITOS MESMA
ESPCIE. CRIME DE FALSIDADE DOCUMENTAL. CONDUTAS DISTRIBUDAS EM VRIAS AES PENAIS DISTINTAS.
LAPSO TEMPORAL INFERIOR A 30 DIAS, SE CONSIDERADAS TODAS AS CONDUTAS CRIMINOSAS. CRIME DE
EXCESSO DE EXAO. CONDIES DE TEMPO SUPERIOR 30 DIAS. CIRCUNSTNCIAS CASO CONCRETO QUE
AUTORIZAM RECONHECIMENTO DA CONTINUIDADE DELITIVA. EMBARGOS INFRINGENTES PROVIDOS, REDUO
PENA.Processo: 2013.043284-3. Relator: Rodrigo Collao. Julgamento: 25/09/2013.

3.EMBARGOS INFRINGENTES. VIOLAO DE DIREITO AUTORAL. CDIGO PENAL, ART. 184, 2.. PRINCPIO DA
INSIGNIFICNCIA. NO CONFIGURAO. VENDA DE CDS E DVDS FALSIFICADOS. PREJUZO FINANCEIRO AO
DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS. PREJUZO AO CONSUMIDOR. PREJUZO AO FISCO. HABITUALIDADE DA
CONDUTA. OFENSIVIDADE DA CONDUTA. EXPRESSIVA LESO AOS BENS JURDICOS TUTELADOS. A venda de
produtos falsificados - in casu, CDs e DVDs - no atinge apenas o patrimnio do detentor dos direitos autorais,
mas tambm a segurana do consumidor e a arrecadao tributria, esta que seria decorrente do comrcio
regular dos produtos. No obstante pequeno o valor relativo aos bens apreendidos, tais vetores evidenciam a
ofensividade da conduta do agente e a expressividade da leso aos bens jurdicos tutelados, notadamente
diante
da confisso
da venda irregular
reiterada h mais
de
5 anos.
RECURSO NO
PROVIDO.Processo: 2013.043308-9. Relator: Des. Roberto Lucas Pacheco. .
Grupo de Cmaras de Direito Civil
4.AO RESCISRIA. AO DECLARATRIA DE NULIDADE DE ATO JURDICO AJUIZADA EM PRIMEIRO GRAU DE
JURISDIO. EMENDA DA INICIAL. REMESSA DOS AUTOS A INSTNCIA AD QUEM. ANUNCIA DOS AUTORES.
PEDIDO DE PROCESSAMENTO COMO AO RESCISRIA. FALTA DE INDICAO DAS CAUSAS DE
RESCINDIBILIDADE DESCRITAS NO ART. 485 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. INDEFERIMENTO DA PETIO
INICIAL. EXTINO SEM RESOLUO DO MRITO. "Embora a jurisprudncia desta Corte exija a abertura de prazo
para que o autor da rescisria emende a inicial e, somente se no suprida a falha, que poder ser decretada a
extino do processo, no caso, a exordial foi indeferida no pela presena de deficincias que, se supridas,
poderiam possibilitar o conhecimento e julgamento do mrito da ao, mas por sua manifesta inadmissibilidade,
porquanto ausente o seu enquadramento em uma das hipteses previstas no art. 485 do CPC, no merecendo o
Acrdo recorrido, portanto, nenhum reparo".Processo: 2013.053059-6 (Acrdo). Relator: Des. Fernando
Carioni. Julgamento: 09/10/2013.
5.. ACIDENTE DE TRNSITO ENTRE NIBUS E CAMINHO/CARRETA. CRUZAMENTO DE VIAS SINALIZADO.
DEPOIMENTOS CONTRADITRIOS. PROVA FORNECIDA POR AUTORIDADE MUNICIPAL DE QUE O COLETIVO
INGRESSOU NA PISTA COM SINAL VERDE. CROQUI E FOTOS QUE REVELAM O PONTO DE IMPACTO DO NIBUS NO
CAMINHO/CARRETA. IMPRUDNCIA DE AMBOS OS MOTORISTAS. CULPA CONCORRENTE. INFRINGNCIA DOS
ARTS. 44 E 45 DO CDIGO BRASILEIRO DE TRNSITO. PREVALNCIA VOTO VENCIDO. RECURSO PROVIDO. 1
Duvidosa a prova testemunhal colhida nos autos acerca da culpa exclusiva de um dos veculos envolvidos em
sinistro de circulao, mas existentes indcios e evidncias a respeito de ambos os condutores terem atuado de
forma temerria, h que se concluir pela ocorrncia de culpa concorrente de ambos os contendores. 2
Ressaltando os autos que, embora tenha o nibus envolvido no sinistro ingressado no cruzamento quando o
semforo indicava sinal verde, com o ponto de impacto da coliso situando-se, no entanto, na lateral traseira do
veculo caminho/carreta, evidenciada est a transgresso de seu motorista quanto s cautelas atinentes
direo defensiva. Essas cautelas, acaso adotadas, evitaria a coliso com o outro veculo que se encontrava
atravessando a via que lhe era perpendicular, circunstncia que evidencia a sua parcela de culpa para o
acidente. 3 Da mesma forma, h que se entrever culpa do condutor do caminho/carreta, veculo de grande
porte e extenso, que, mesmo quando no provado cabalmente o seu ingresso no cruzamento com o sinal
aberto, no considerou as dificuldades naturais para a concluso da travessia da via na qual trafegava,
dificuldades
essas
inerentes
ao
longo
comprimento
do
veculo
e
o
peso
da
carga
transportada. Processo: 2011.045586-9. Relator: Des. Trindade Santos.
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
6.EMBARGOS INFRINGENTES. AO REVISIONAL. ACRDO RETIFICADO, A TEOR DO PRECEITUADO NO ART. 543C, 7, II, do CPC, PARA PERMITIR A INCIDNCIA DE JUROS REMUNERATRIOS TAXA MDIA DE MERCADO
DIVULGADA PELO BACEN, NOS CONTRATOS DE RENEGOCIAO DE DVIDAS NO EXIBIDOS NOS AUTOS. VOTO
DIVERGENTE. JUROS REMUNERATRIOS LIMITADOS 12% AO ANO. PREVALNCIA. DESCUMPRIDO PELA
INSTITUIO FINANCEIRA O COMANDO JUDICIAL DE EXIBIO DOS CONTRATOS REVISANDOS, H QUE SE
APLICAR A PRESUNO DE VERACIDADE PREVISTA NO ART. 359 DO CPC E LIMITAR OS JUROS TAXA LEGAL.
OBSERVNCIA DOS PRINCPIOS DA BOA-F OBJETIVA, DA IGUALDADE E DO EQUILBRIO ENTRE AS PARTES.
ANALOGIA (ART. 4 DA LICC) DOS PARMETROS CONTIDOS NOS ARTS. 406 E 591 DO CDIGO CIVIL E 161, 1,
DO CTN. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo:2013.054935-1. Relatora: Des. Soraya Nunes Lins.
Julgamento: 09/10/2013.

Grupo de Cmaras de Direito Pblico


7.MANDADO DE SEGURANA. CONCURSO PBLICO. CANDIDATA QUE NO ASSINALOU, NO CARTO RESPOSTA, O
TIPO DE PROVA REALIZADA. INEXISTNCIA DE PREJUZO EFETIVA CORREO. ERRO MATERIAL DESINFLUENTE.
AUSNCIA DE DANO AO INTERESSE PBLICO. ERRO MATERIAL DIMINUTO. PREVALNCIA DA RAZOABILIDADE.
ORDEM CONCEDIDA. "[...] o nmero da inscrio j constava regularmente dos dados impressos no carto de
respostas, como tambm o nome completo do candidato, que o assinou ao final. Logo, trata-se de erro material
insignificante, que no se confunde com rasura no preenchimento dos campos reservados s respostas das
questes objetivas, conforme previsto nas regras contidas nos itens 8.18 a 8.21, e que no prejudicou a
identificao do impetrante pela Comisso Examinadora para efeito de correo da prova. [...] Portanto, o erro
minsculo discutido nestes autos no-acarretou a impossibilidade ou dificuldade identificao do candidato
inscrito, que efetivamente participou das fases do concurso pblico, nem a regularidade deste, razes pelas
quais subsistem os fundamentos e a concluso da deciso de primeiro grau"..Processo: 2013.0362591. Relator: Des. Joo Henrique Blasi. Julgamento: 09/10/2013.
Cmaras de Direito Criminal
8.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A F PBLICA. FALSIDADE IDEOLGICA (ART. 299, CAPUT, DO CDIGO
PENAL). RECURSO DA DEFESA. PRETENDIDA ABSOLVIO. ACUSADA QUE INSERIU INFORMAO FALSA EM
DOCUMENTO SUBSCRITO POR TESTEMUNHA COM O ESCOPO DE ALTERAR A VERDADE SOBRE FATO
JURIDICAMENTE RELEVANTE, A FIM DE ROBUSTECER A PROVA EM FAVOR DE SEU CLIENTE, RU EM FEITO
CRIMINAL. DOLO EVIDENCIADO PELA PROVA ORAL. TIPICIDADE DA CONDUTA MANIFESTA. DESNECESSIDADE DE
COMPROVAO DE EFETIVO DANO. CRIME FORMAL. ABSOLVIO INVIVEL. SENTENA MANTIDA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. A causdica que produz documento com contedo falso, a fim de instruir feito
criminal com informaes no condizentes com a realidade e, dessa forma, avigorar a prova em favor de seu
cliente, com o escopo de absolv-lo, comete o crime previsto no art. 299, caput, do Cdigo
Penal. Processo: 2013.010277-5. Relator: Des. Paulo Roberto Sartorato.
9.HABEAS CORPUS. CRIME AMBIENTAL. CAUSAR POLUIO DE QUALQUER NATUREZA QUE POSSA RESULTAR EM
DANOS SADE HUMANA (ARTIGO 54 DA LEI N. 9.605/1998). TESE DE INPCIA DA EXORDIAL. ALEGAO DE
AFRONTA AO PRINCPIO DA AMPLA DEFESA. DENNCIA GENRICA. INOCORRNCIA. PACIENTE SCIOPROPRIETRIO DA EMPRESA CORR E RESPONSVEL PELOS ATOS DA SOCIEDADE. INICIAL QUE PREENCHE OS
REQUISITOS DO ARTIGO 41 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NO VERIFICADO.
ORDEM DENEGADA. Processo:2013.063511-9. Relator: Des. Jos Everaldo Silva. Julgamento: 08/10/2013.
10.PENAL. APELAO CRIMINAL. CRIME DE EXTORSO (CP, ART. 158 NA FORMA ART. 14, II). SENTENA
CONDENATRIA RECURSO DA DEFESA. VIOLNCIA IMPRPRIA. CONFIGURAO DA ELEMENTAR. EXIGNCIA DE
ELEVADA QUANTIA EM DINHEIRO SOB PENA DE DIVULGAO E UTILIZAO POLTICA DE FOTOS OBTIDAS EM
CLUBE RESERVADO PARA MULHERES. IRRELEVNCIA DA EXISTNCIA DE OUTRAS PESSOAS NO LOCAL. CRIME
IMPOSSVEL (CP, ART. 17). OBJETO MATERIAL APROPRIADO. INEXISTNCIA DE MEIO INIDNEO. NO
ACOLHIMENTO. SENTENA CONFIRMADA. - Pratica o crime de extorso, previsto no art. 158 CP, a agente que
constrange a vtima a entregar-lhe R$ 25.000,00, mediante a ameaa de divulgao de fotos comprometedoras
de sua conduta social, o que lhe causou intenso sofrimento psquico. - O emprego de violncia imprpria contra a
vtima apta a demonstrar a prtica do crime de extorso. - As ameaas de divulgao real e concreta de fotos
obtidas da vtima em casa de shows conhecida como Clube das Mulheres constitui meio idneo para a
configurao do crime de extorso, o que afasta a tese de crime impossvel. - Parecer PGJ pelo conhecimento e
improvimento do recurso. - Recurso conhecido e improvido. Processo: 2013.020753-2.Relator: Des. Carlos
Alberto Civinski. Julgamento: 01/10/2013.
11.APELAO CRIMINAL. CRIME AMBIENTAL. MAUS-TRATOS A ANIMAIS (ART. 32 DA LEI N 9.605/98). SENTENA
ABSOLUTRIA. RECURSO MINISTERIAL. PROVAS SUFICIENTES DOS MAUS-TRATOS SOFRIDOS PELOS ANIMAIS QUE,
ABANDONADOS, FORAM DEIXADOS SEM GUA E SEM ALIMENTAO. DEPOIMENTO TESTEMUNHAL, REGISTROS
FOTOGRFICOS E INFORMAES DA DIRETORIA DO BEM-ESTAR ANIMAL QUE CORROBORAM A PRECRIA
SITUAO EM QUE OS ANIMAIS SE ENCONTRAVAM. CONDENAO DO RU QUE SE IMPE. RECURSO CONHECIDO
E PROVIDO. Processo:2013.021931-7. Relator: Des. Volnei Celso Tomazini. Julgamento: 08/10/2013.

12.RECURSO CRIMINAL. CRIME CONTRA AS RELAES DE CONSUMO (ART. 7, IX, DA LEI 8.137/90). RECURSO DO
MINISTRIO PBLICO. INCONFORMISMO COM A REJEIO DA DENNCIA. EXORDIAL NO ADMITIDA EM RAZO DA
FALTA DE LAUDO PERICIAL A COMPROVAR A MATERIALIDADE DA INFRAO. AGENTE QUE MANTINHA PRODUTO
DE ORIGEM ANIMAL COM PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. CRIME DE PERIGO ABSTRATO. DESPICIENDA A
CONFECO DE LAUDO PERICIAL. PRECEDENTES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES. DENNCIA QUE PREENCHE OS
REQUISITOS LEGAIS. RECEBIMENTO QUE SE IMPE. RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.0560685. Relator: Des. Torres Marques.
13.APELAO CRIMINAL. TRIBUNAL DO JRI. HOMICDIO QUALIFICADO PELA SURPRESA (ART. 121, 2, IV, DO
CDIGO PENAL). CONDENAO. RECURSO DA DEFESA. PRELIMINAR. NULIDADE DO JULGAMENTO. RU QUE
INGRESSA NO PLENRIO UNIFORMIZADO, ESCOLTADO E ALGEMADO. SITUAO JUSTIFICADA PELA EXISTNCIA
DE ACESSO NICO. DISPENSADO O USO DE ALGEMAS DURANTE O JULGAMENTO. POSSIBILITADA A TROCA DA
VESTIMENTA. PERMANNCIA COM MARCA-PASSO. NECESSIDADE DA MEDIDA FUNDAMENTADA. AUSNCIA DE
VIOLAO ORDEM JURDICO-CONSTITUCIONAL. MRITO. ALEGADA CONTRARIEDADE ENTRE O VEREDICTO E A
PROVA DOS AUTOS. DECISO DOS JURADOS QUE ENCONTRA RESPALDO EM PROVA JUDICIALIZADA. CONSELHO
DE SENTENA QUE, DIANTE DE TODO O PROCESSADO, APENAS ELEGE A VERSO QUE ENTENDE MAIS
PLAUSVEL. PLEITO REJEITADO. RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO. Processo: 2013.0429468. Relator: Des. Leopoldo Augusto Brggemann.
14.APELAO CRIMINAL. CRIME DE DESOBEDINCIA. CDIGO PENAL, ART. 330. MEDIDAS PROTETIVAS DE
URGNCIA DA LEI N. 11.340/06. CONDENAO. RECURSO DEFENSIVO. DEFERIMENTO DE MEDIDAS PROTETIVAS
DE URGNCIA (LEI N. 11.340/06). DESCUMPRIMENTO. CONDUTA QUE ENSEJARIA A PRISO. IMPUTAO DO CRIME
DE DESOBEDINCIA. IMPOSSIBLIDADE. CONSEQUNCIA DIVERSA DAQUELA PREVISTA. Tratando-se de medidas
protetivas de urgncias afetas Lei 11.340/06 e havendo previso expressa de que o descumprimento
acarretaria na priso do transgressor, no h como lhe imputar a prtica do crime de desobedincia. DEFENSOR
DATIVO. HONORRIOS. COMPLEMENTAO. PARMETROS. LC ESTADUAL N. 155/97. Tendo sido adotado o rito
processual ordinrio, devem ser complementados em 5 URHs os honorrios do defensor dativo que atuou
durante todo o procedimento e interps recurso de apelao, se fixados em apenas 10 URHs pelo juzo a quo.
RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.051733-0. Relator: Des. Roberto Lucas Pacheco. Julgamento: 17/10/13
15.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A ORDEM ECONMICA. VENDA DE DERIVADO DE PETRLEO EM
DESACORDO COM AS NORMAS ESTABELECIDAS EM LEI (ART. 1, I, DA LEI N 8.176/91). RECURSO DEFENSIVO.
PLEITO DE ABSOLVIO. ALEGAO DE QUE OS MATERIAIS APREENDIDOS NA GARAGEM DE SUA RESIDNCIA ERA
UTILIZADOS NA FBRICA DE CALADOS DA FAMLIA E NO PARA VENDA COMO COMBUSTVEL. IMPOSSIBILIDADE.
VERSO POUCO CRVEL. CONFISSO QUE EFETUARA A VENDA A ALGUNS AMIGOS. MATERIALIDADE E AUTORIA
DEMONSTRADOS. CONFISSO QUE NO PODE CONDUZIR REDUO DA PENA ABAIXO DO MNIMO LEGAL.
INTELIGNCIA DA SMULA 231, DO STJ. DESCLASSIFICAO PARA CRIME AMBIENTAL. IMPOSSIBILIDADE.
ELEMENTARES DO CRIME DESCRITO NA LEI N 8.176/91 PREENCHIDAS. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2011.026362-0. Relatora: Des.
Beatriz
Silva
Bittencourt
Schaefer.
Julgamento: 03/10/2013.
Cmaras de Direito Civil
16.APELAO CVEL. AO COMINATRIA C/C TUTELA ANTECIPADA. UNIMED. SENTENA DE PROCEDNCIA.
RECURSO DA UNIMED. PREFACIAL DE ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. ALEGAO DE NO SER A MESMA
UNIMED COM A QUAL O AUTOR CONTRATOU O PLANO DE SADE. COOPERATIVAS PERTENCENTES AO MESMO
CONGLOMERADO. INCIDNCIA DA TEORIA DA APARNCIA. PREFACIAL AFASTADA. "Por fora da teoria da
aparncia, no h exigir que o consumidor diferencie duas cooperativas mdicas pertencentes ao Sistema
Cooperativo UNIMED, pois perante o pblico apresentam-se como uma nica empresa que disponibiliza servios
de assistncia mdica e hospitalar, e fazem uso inclusive da mesma logomarca." MRITO. PLEITO DE
IMPROCEDNCIA DO PEDIDO INICIAL. IMPUGNAO GENRICA. AUSNCIA DE ARGUMENTO OU DE PROVA CAPAZ
DE AFASTAR A IDONEIDADE DAS ALEGAES E PROVAS APRESENTADAS PELO AUTOR. NUS QUE COMPETIA
REQUERIDA. EXEGESE DO ARTIGO 333, II, CPC. SENTENA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
APLICAO DE OFCIO DA LITIGNCIA DE M-F REQUERIDA. MULTA DE 1% E INDENIZAO DE 10%), AMBAS
INCIDENTES SOBRE O VALOR ATUALIZADO DA CAUSA. INTELIGNCIA ARTIGOS 17, VII, E 18, CAPUT E 2,
CPC. Processo:2013.061719-7. Relatora: Des. Denise Volpato

17.AGRAVO DE INSTRUMENTO. ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE. NEGATIVA DE CONCESSO DA


GUARDA AOS AGRAVANTES. ALEGAO MINISTERIAL DE CONFIGURAO DA ADOO INTUITU PERSONAE.
RECURSO DOS GUARDIES DE FATO. PEDIDO DE CONCESSO DA GUARDA. SUBSISTNCIA. AGRAVANTES QUE
PRESTARAM ASSISTNCIA ME DA CRIANA DESDE A GRAVIDEZ, QUANDO EM SITUAO DE ABANDONO
FAMILIAR. TENTATIVA DA ME DE DOAR A CRIANA TERCEIRA PESSOA LOGO APS SEU NASCIMENTO. IMEDIATA
INTERVENO POLICIAL. APREENSO E ABRIGAMENTO DA CRIANA POR UM DIA. ENTREGA DA BEB NO DIA
SEGUINTE AOS AGRAVANTES PELO CONSELHO TUTELAR. PRESTAO CONTNUA DE ATOS DE CUIDADO
CRIANA, SEMPRE EM NOME DA ME. REALIZAO DE APROXIMAO REGULAR DA ME COM A BEB, BEM
COMO DAS IRMS MAIS VELHAS. NO CONFIGURAO DE ATOS INTENCIONAIS DE "BURLA" CADASTRO DE
ADOO. PRETENSO MINISTERIAL DE ABRIGAMENTO DA CRIANA AO ARGUMENTO DE QUE A SITUAO
POSSIBILITAR ADOO DIRETA (ANTE A CRIAO DE VNCULOS DE AFETO). ALEGAO ABSOLUTAMENTE
DESPROPOSITADA. BEB QUE NO SE ENCONTRA EM SITUAO DE RISCO. OFENSA AO PRINCPIO DA
RAZOABILIDADE EVIDENCIADA. DIREITO DA CRIANA DE CONVIVER EM AMBIENTE FAMILIAR HARMNICO.
AGRAVANTES QUE PROPICIARAM A APROXIMAO DAS IRMS MAIS VELHAS. INFANTE QUE SE ENCONTRA COM
OS AGRAVANTES DESDE O NASCIMENTO. NECESSRIA CONSIDERAO DA EXISTNCIA DE VNCULO
SOCIOAFETIVO MEDIANTE CONVVIO COMPROVADO POR MAIS DE 16 (DEZESSEIS) MESES. ENALTECIMENTO
CONSTITUCIONAL DO AFETO COMO ELEMENTO CARACTERIZADOR DA RELAO FAMILIAR (ARTIGO 226).
IMPOSSIBILIDADE DE O ESTADO-JUIZ INTERVIR NO MBITO FAMILIAR SEM QUE HAJA JUSTIFICATIVA DE ORDEM
PROTETIVA. COMPROVAO POR MEIO DE ACOMPANHAMENTO DO CONSELHO TUTELAR DA COMARCA DE BRAO
DO NORTE/SC DA SATISFAO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANA AO PERMANECER NA GUARDA DOS
AGRAVANTES. EVIDENTE ABUSO NO ABRIGAMENTO DA CRIANA ANTE A INEXISTNCIA DE SITUAO DE RISCO.
PREVALNCIA DO LAO AFETIVO EM RELAO LEGALIDADE ESTRITA. CADASTRO DE PRETENDENTES
ADOO QUE NO PODE SE SOBREPOR AO MELHOR INTERESSE DA CRIANA. INTELIGNCIA, ADEMAIS, DO
ARTIGO 28, 3,ECA. NECESSIDADE, ASSIM, DE CONCESSO GUARDA DA CRIANA COM OS AGRAVANTES.
RECURSO PROVIDO. 1 - Em processos nos quais se discute a proteo da criana ou adolescente o Poder
Judicirio deve buscar soluo adequada satisfao do melhor interesse desses seres em formao. Essa
determinao no decorre to-somente da letra expressa da Constituio (artigo 227) ou ECA (artigo 4), mas
advm igualmente de imperativo da razo, haja vista que a pacificao social (um dos escopos da atividade
jurdica estatal) no est alicerada unicamente na legalidade estrita, mas na aplicao racional do arcabouo
normativo e supranormativo. A promoo da dignidade humana, desde a formao de cada cidado, deve ser o
escopo primordial da ao estatal. 2 - O cadastro de adotantes e o arcabouo regulatrio legalmente
estabelecido para a adoo (artigo 50, ECA) tem como nico escopo a preservao da dignidade da criana ou
adolescente adotado - que, por evidente, se encontra em situao de vulnerabilidade -, na medida em que o
Poder Pblico exerce o controle prvio das condies psicossociais dos pretendentes adoo. Respeitando-se a
condio especial desses menores, busca-se evitar que o adotado seja novamente submetido situao de risco
(sofrendo maus tratos, ou sendo abandonado, por exemplo). Nessa medida, a adoo deve sempre resgatar a
dignidade da criana ou adolescente (de certo modo perdida), e a realizao do cadastro nico foi o meio legal
que o Estado brasileiro encontrou de alcanar esse objetivo. No obstante esse fato, o cadastro de pretendentes
adoo no tem o fim em si mesmo, ele to-somente um dos meios de preservar a incolumidade fsica e
psquica da criana ou adolescente em situao de abandono. Processo:2013.034514-8. Relatora: Des. Denise
Volpato. Julgamento: 01/10/2013. Classe: Agravo de Instrumento.
18.NUNCIAO DE OBRA NOVA. CUMULAO COM PLEITO DE DEMOLIO. AUDES CONSTRUDOS EM IMVEL
TOPOGRAFICAMENTE SUPERIOR. DECLIVIDADE DOS TERRENOS. PROXIMIDADE DOS TANQUES COM A DIVISA E
RESIDNCIA DOS AUTORES. LAUDOS DA DEFESA CIVIL E DO CORPO DE BOMBEIROS VOLUNTRIOS SINALIZANDO
RISCO DE DESLIZAMENTO DE TERRA EM CASO DE CHUVAS INTENSAS E PROLONGADAS. OBRA SEM
LICENCIAMENTO AMBIENTAL OU MEDIDAS TCNICAS PREVENTIVAS. RISCO SEGURANA E PATRIMNIO DOS
AUTORES. USO NOCIVO DO DIREITO DE PROPRIEDADE POR OFENSA AOS DIREITOS DE VIZINHANA. ALEGAO
DE QUE O DESFAZIMENTO DOS AUDES PRIVAR O IMVEL DO ACIONADO DE FONTE DE GUA PARA CULTIVO DE
GNEROS AGRCOLAS E CONSUMO ANIMAL. MATRIA FTICA AVENTADA SOMENTE EM GRAU DE RECURSO.
INDEVIDA INOVAO RECURSAL. NO CONHECIMENTO DO PONTO. EXEGESE ARTS. 515 E 517 CPC. SENTENA
QUE DETERMINOU O DESFAZIMENTO DOS TANQUES. INTELIGNCIA DOS ARTS. 1.288, 1.311 E 1.312 CCB.
'DECISUM' IRRETOCVEL. RECLAMO RECURSAL DESPROVIDO. 1 Incide em veto legal qualquer inovao em grau
de recurso, excetuada a admissibilidade de apreciao de matria no submetida ao juzo a quo quando

comprovada satisfatoriamente a ocorrncia de motivo de fora maior, como preconizado pelo art. 517 CPC. 2 Se,
por questes topogrficas e por subservincia s leis da fsica, a propriedade situada em nvel inferior tem a
obrigao de receber as guas que naturalmente fluem do imvel que lhe topograficamente superior,
permitindo o seu escoamento natural, por outro lado no pode a sua condio ser prejudicada por obras feitas
pelo dono ou possuidor do prdio superior, segundo o que ressalta, com exatido, o art. 1.288, in fine. 3
Concluindo os laudos da Defesa Civil Municipal e do Corpo de Bombeiros Voluntrios que os dois audes
construdos no prdio superior expem situao de risco o imvel topograficamente inferior, pela declividade
do terreno e potencial ocorrncia de deslizamentos em caso de chuvas intensas e prolongadas, aliada
inexistncia de licenciamento ambiental ou medidas tcnicas preventivas e acautelatrias, de se manter o
comando sentencial que determinou o desfazimento dos tanques embargados, segundo determinao dos arts.
1.311 e 1.312 CCB. Processo: 2013.047024-5. Relator: Des. Trindade dos Santos. Julgamento:03/10/2013.
19.DIREITO DE FAMLIA. AO DE RECONHECIMENTO DE UNIO ESTVEL "POST MORTEM". DE CUJUS EM VIDA
PROMOTOR DE JUSTIA APOSENTADO. SENTENA DE IMPROCEDNCIA. INSURGNCIA DA AUTORA. AUSNCIA DE
PROVA CONVINCENTE DA CONVIVNCIA PBLICA, CONTNUA E DURADOURA DITA ESTABELECIDA COM O
OBJETIVO DE CONSTITUIO DE FAMLIA. PROVA DOCUMENTAL INAPROVEITVEL, PORQUE INCAPAZ DE
CORROBORAR A TESE INICIAL. RECONHECIMENTO DO DIREITO DA AUTORA PELOS HERDEIROS DO DE CUJUS QUE
NO SUFICIENTE, POR SI S, PARA AFIRMAR A EXISTNCIA DE UMA RELAO COM STATUS MATRIMONIAL.
AUSENTES OS REQUISITOS IMPRESCINDVEIS PARA A CONFIGURAO DA SOCIEDADE CONJUGAL DE FATO.
EXEGESE DO ART. 1.723 DO CDIGO CIVIL. SENTENA DE IMPROCEDNCIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.
Ante os reflexos e as consequncias advindas do reconhecimento de uma unio estvel, sobretudo as que via de
regra recaem sobre o patrimnio, a famlia de uma das partes e a previdncia, merece aplausos o magistrado,
que no exerccio da magnnima misso de julgar, exige prova hgida, escorreita e extreme de dvida, da
pretensa unio. Processo: 2013.047423-6. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 24/09/2013 .
20. INDENIZATRIA. CONTRATO E VIGILNCIA E MONITORAMENTO DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL. ALEGADA
FALHA NA PRESTAO DO SERVIO. DESDIA DA EMPRESA CONTRATADA QUE TERIA RESULTADO NO SUCESSO DO
ASSALTO PRATICADO NAS DEPENDNCIAS DA REQUERENTE. PREJUZO MATERIAL ESTIMADO EM QUASE 1,5
MILHO DE REAIS. AUSNCIA DE SUBSTRATO PROBATRIO CAPAZ DE EVIDENCIAR O EFETIVO DESCUMPRIMENTO
DO DEVER DE CONTROLE POR PARTE DA REQUERIDA. NUS DA PROVA QUE COMPETIA VTIMA, A TEOR DO
PRECONIZADO NO ART. 333, INC. I, DO CPC. DEMONSTRAO, AO CONTRRIO DISTO, DE QUE PROFISSIONAIS
ATUARAM NO MONITORAMENTO, SATISFAZENDO, PORTANTO, O DEVER CONTRATUAL. OBRIGAO DE MEIO E,
NO, DE RESULTADO. ATIVIDADE EXERCIDA PELA REQUERIDA QUE CONSISTE EM AMENIZAR OS RISCOS DA
PRTICA DE ATO ILCITO, NO HAVENDO COMO ASSEGURAR, TODAVIA, A INOCORRNCIA DA AO CRIMINOSA.
CONSTATAO, EM VERDADE, DE QUE O ESTABELECIMENTO COMERCIAL POSTULANTE NO ADOTAVA MEDIDAS
PRIMRIAS DE CAUTELA E SEGURANA. PORTAS DEIXADAS ABERTAS AO FINAL DO EXPEDIENTE, VECULOS
DESTRANCADOS EXPOSTOS NO PTIO, E PERMISSO DADA A FUNCIONRIOS PARA QUE PERNOITASSEM NA
EMPRESA. PRTICA QUE PODE TER CONTRIBUDO PARA QUE A REQUERENTE, QUE POSSUI EXPRESSIVO CAPITAL
SOCIAL, FOSSE ELEITA PELOS ASSALTANTES. CONDUTA ILCITA DA R APELADA NO VISLUMBRADA. DEVER DE
REPARAR INEXISTENTE. RECLAMO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2012.015126-3). Relator: Des. Luiz
Fernando Boller.
21.APELAO CVEL. AO DE COBRANA DE DBITOS CONDOMINIAIS. SENTENA DE PROCEDNCIA. IMVEL
ADQUIRIDO EM HASTA PBLICA. OMISSO DO EDITAL QUANTO EXISTNCIA DE DVIDA CONDOMINIAL.
SUBTRAO DO CARTER PROPTER REM DOS DBITOS. INEXIGIBILIDADE FRENTE AO ARREMATANTE, ANTE SUA
BOA-F. SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. Processo: 2012.016129-5). Relator: Des. Jairo Fernandes
Gonalves.
22.APELAO CVEL. FAMLIA. 'AO DE ALIMENTOS'. OBRIGAO ALIMENTAR DERIVADA DE PARENTESCO.
IMPROCEDNCIA DA ORIGEM. (1) ALIMENTOS AVOENGOS. CARACTERSTICAS. - A obrigao alimentar dos avs,
fundada no parentesco (solidariedade familiar), complementar, transitria, excepcional e, sobretudo,
subsidiria, de modo que invivel cogitar da fixao de alimentos contra os avs quando no demonstrada a
'falta' dos pais. (2) PAI NO ENCONTRADO EM EXECUO. POSSIBILIDADES DA GENITORA, PORM, NO
DEMONSTRADAS. 'FALTA' DOS PAIS. PROVA ANMICA. NECESSIDADES DOS NETOS. AUSNCIA DE ELEMENTOS
PROBATRIOS CONCRETOS. CURSO SUPERIOR DE UM DOS ALIMENTANDOS, MAIOR DE IDADE, NO

COMPROVADO. PROGENITOR IDOSO E COM BOA PARTE DE SEUS PROVENTOS COMPROMETIDA. POSSIBILIDADES
INSUFICIENTES. OBRIGAO EXCEPCIONAL AFASTADA. - Em que pese possvel suprir a desdia dos autores
quanto demonstrao da 'falta' do pai, por meio de consulta s frustradas aes de execuo no SAJ - Sistema
de Automao do Judicirio -, a total anemia probatria quanto aos demais pressupostos da obrigao alimentar
dos avs impede a concesso do pleito. - Registre-se que a excepcionalidade da obrigao avoenga exige maior
rigor na anlise desses pressupostos, de modo que a ausncia de prova razovel da suposta incapacidade
econmico-financeira da genitora, das necessidades ordinrias e extraordinrias dos alimentandos (sobretudo
para aquele que maior de idade e no comprova ser estudante universitrio), e da tranquilidade das
possibilidades do progenitor (que conta com 80 anos de idades e grande parte de seus proventos
comprometida), impede o acolhimento da obrigao complementar. SENTENA MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO. Processo: 2013.052042-3). Relator: Des. Henry Petry Junior. Julgamento: 10/10/2013.
23.APELAES CVEIS. AO DE REPARAO DE DANOS. RESPONSABILIDADE CIVIL MDICA. CIRURGIA DE
HISTERECTOMIA TOTAL. PARADA CARDIORRESPIRATRIA APS APLICAO DE ANESTESIA QUE LEVOU A
PACIENTE A BITO. RESPONSABILIDADE DE MEIO. APLICAO DE ANESTESIA MENOS ADEQUADA AO CASO
CONCRETO. SINISTRO AGRAVADO PELA SADA DO ANESTESISTA DA SALA DE CIRURGIA LOGO APS A APLICAO
DO ANESTSICO. NEGLIGENCIA E IMPERCIA EVIDENCIADOS. DEVER DE INDENIZAR. PENSO MENSAL DEVIDA.
FORTES INDCIOS SOMADOS A PRESUNO DE DEPENDNCIA ECONMICA DA AUTORA. PESSOA MUITO IDOSA
QUE RESIDIA COM A FILHA (VTIMA). DANO MORAL. QUANTIFICAO. OBSERVNCIA DOS PRINCPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. MANUTENO DO VALOR ARBITRADO EM SENTENA. JUROS
MORATRIOS. ILICITO CIVIL CAUSADOR DE DANO MORAL. INVERSO DO NUS DE SUCUMBNCIA. RECURSO DA
AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. APELO DO RU DESPROVIDO. RECURSO DA SEGURADORA LITISDENUNCIADA.
PEDIDO DE ABATIMENTO DOS VALORES REFERENTES FRANQUIA. POSSIBILIDADE. APELO PARCIALMENTE
PROVIDO. RECONHECIMENTO, DE OFCIO, DA ILEGITIMIDADE DO INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL. I - Age
com impercia o mdico anestesista que ao aplicar anestesia "peridural" atinge rea designada a outro tipo de
procedimento, configurando o que a literatura mdica chama de "raqui total", fazendo com que a filha da autora
viesse a sofrer parada cardiorrespiratria e o consequente bito sucessivo. A ausncia do ru da sala de cirurgia
aps a aplicao de anestesia em sua paciente configura omisso negligente, em total inobservncia ao artigo
1, II, da resoluo n 1.802/2006 do Conselho Federal de Medicina, que orienta os anestesista para no
desassistirem seus pacientes em nenhum momento aps iniciado o procedimento anestsico at total
recuperao do mesmo. Em complemento, tem-se que o Ru foi condenado pena de censura, em processo
tico-profissional pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina, por ter se ausentado da sala
de cirurgia aps a aplicao de anestesia, em decorrncia dos mesmos fatos, no sendo essa a primeira vez a
prtica desse comportamento irresponsvel. II - So circunstncias indiciarias e presuntivas de que a autora,
pessoa muito idosa (na poca do sinistro, com 79 anos), me da vtima, que com ela residia at a sua morte,
sem renda prpria e beneficiria da justia gratuita, era dependente de sua filha, ento aposentada, solteira e
sem filhos. III - A morte de ente querido causa de abalo moral e intenso sofrimento para os familiares, em
particular para os mais prximos, fazendo mister a sua compensao pecuniria em sintonia com a extenso do
dano, grau de culpa e capacidade econmica das partes, no devendo acarretar enriquecimento da vtima e
empobrecimento do ofensor; serve a providncia como carter pedaggico, punitivo e profiltico inibidor. Assim,
levando-se em conta referidos parmetros, o quantum compensatrio deve ser mantido no patamar
estabelecido em sentena. IV - Em se tratando de ilcito civil gerador de dano moral, verifica-se a incidncia de
juros a partir do evento danoso, consoante o exposto na Smula 54 do Superior Tribunal de Justia, fixados em
6% ao ano antes da entrada em vigor do novo Cdigo Civil (art. 1.062 do CC/16) e, aps seu advento, em 1% ao
ms, com fulcro nas disposies do art. 406 do Cdigo Civil e do art. 161, 1, do Cdigo Tributrio Nacional. V Acolhendo-se o pedido da autora para a fixao de penso alimentcia tem-se que esta obteve completo xito na
demanda, fazendo-se necessrio condenar o ru a arcar com a totalidade da verba de sucumbncia. VI Havendo previso na aplice de participao obrigatria do segurado no importe de 20% da indenizao devida,
necessrio se faz abater da condenao da seguradora o valor mximo previsto a ttulo de participao
obrigatria do segurado. VII - O Instituto de Resseguros do Brasil S. A. (IRB) no detm legitimidade para figurar
no polo passivo de aes de cobrana de seguro, pois o artigo 68, caput, do Decreto-Lei n. 73/1966, que
impunha a sua participao em litisconsrcio passivo necessrio, foi revogado pelo artigo 12 da Lei n.
9.932/1999, bem como porque, consoante o disposto no artigo 14, caput, da Lei Complementar n. 126/2007, os
resseguradores no respondem diretamente perante o segurado pela indenizao, alm do que o artigo 101, II,
do Cdigo de Defesa do Consumidor veda a denunciao da lide e dispensa a formao do litisconsrcio nesses
casos. Processo: 2012.076614-3. Relator: Des. Joel Figueira Jnior. Julgamento: 10/10/2013

24.APELAO CVEL. EMBARGOS EXECUO. PENHORA DE PARTE DE IMVEL UTILIZADA COMO DEPSITO DE
MERCADORIAS. DESTINAO PRECPUA COMO MORADIA. BEM DE FAMLIA INDIVISVEL. IMPENHORABILIDADE.
RECURSO PROVIDO. Tratando-se de imvel indivisvel de dois pavimentos destinado precipuamente a fins
residenciais, descabida a penhora de parte que usada como depsito de mercadorias, uma vez que tal
circunstncia no lhe retira o carter de bem de famlia (Lei 8.009/1990).Processo: 2010.0300169. Relator: Des. Joel Figueira Jnior.
25.CONSUMIDOR. DANO MORAL. AQUISIO DE MOTOCICLETA MEDIANTE FINANCIAMENTO BANCRIO.
PRETENSO DIRIGIDA CONTRA AS CONCESSIONRIAS ENVOLVIDAS E A INSTITUIO FINANCEIRA. LEGITIMIDADE
PASSIVA ASSENTADA. ADQUIRENTE QUE, APS TER LIBERADO O BEM PELAS FORNECEDORAS E DE POSSE DO
PRODUTO H APROXIMADAMENTE 15 DIAS, FORA COMPELIDO DEVOLUO POR CONTA DA REPROVAO DE
SEU CRDITO. FALHA DO SERVIO IDENTIFICADA PELA AUSNCIA DE DILIGNCIA NA VIABILIDADE DO NEGCIO
JURDICO ANTES DA DISPONIBILIZAO DO VECULO. APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSUMERISTAS. CONDUTA
NEGLIGENTE VIOLADORA DO PRIMADO DA BOA-F E ETICIDADE, QUE TRAZ AO CONSUMIDOR
CONSTRANGIMENTO MORAL PERANTE AMIGOS E FAMILIARES, INCORPORANDO NO MEIO SOCIAL A PECHA DE
INADIMPLENTE.
SENTENA
REFORMADA.
RECURSOS
CONHECIDOS.
APELO
PROVIDO.
ADESIVO
DESPROVIDO.Processo: 2011.047977-3
(Acrdo). Relator: Des.
Ronei
Danielli.
Julgamento: 26/09/2013. Classe: Apelao Cvel.
Cmaras de Direito Comercial
26.APELAO CVEL - EXECUO FUNDADA EM CONTRATO DE ABERTURA DE CRDITO FIXO GARANTIDO POR
NOTA PROMISSRIA - SENTENA EXTINTIVA DO FEITO DIANTE DO RECONHECIMENTO DA PRESCRIO
INTERCORRENTE - APELO DO BANCO EXEQUENTE. PRESCRIO - DOCUMENTO PARTICULAR DE DVIDA TRANSCURSO DE MENOS DA METADE DO LAPSO TEMPORAL VINTENRIO PREVISTO NO ART. 177 DO CDIGO
CIVIL DE 1916, AO TEMPO DA ENTRADA EM VIGOR DO NOVO DIPLOMA - PRAZO QUINQUENAL - EXEGESE DOS
ARTS. 206, 5, I, E 2.028 DO CDIGO CIVIL DE 2002. "A pretenso de cobrana de dvidas lquidas constantes
de instrumento pblico ou particular que, durante a vigncia CC/16, sujeitava-se ao prazo vintenrio, a teor do
art. 177 do referido diploma, passou submeter-se ao prazo de 5) anos previsto no art. 206, 5., I, do Estatuto
Civil de 2002. Nas hipteses em que h reduo do lapso prescricional em virtude do advento do Cdigo Civil de
2002, aplica-se a regra de transio disposta em seu art. 2.028, de modo que, se at a entrada em vigor desta
codificao houver transcorrido menos da metade do prazo anterior, deve incidir o novo lapso temporal,
observando-se como termo inicial o dia 11.1.2003). NO LOCALIZAO DE BENS PENHORVEIS - ARQUIVAMENTO
ADMINISTRATIVO DO FEITO A PEDIDO DO EXEQUENTE, QUE SE PROLONGOU POR MAIS DE 11 ANOS - INRCIA
VERIFICADA NESSE INTERREGNO, NO IMPUTVEL AO JUDICIRIO OU A TERCEIROS, DURANTE O QUAL CABIA TO
SOMENTE CASA BANCRIA IMPULSIONAR O PROCESSO, J QUE A EXECUO CORRE NO SEU INTERESSE (CPC,
ART. 612, "CAPUT") - HIPTESE DO ART. 791, III, DO CPC QUE NO POSSUI O CONDO DE ESTANCAR A
CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL INTERCORRENTE - IMPOSSIBILIDADE DE SE ETERNIZAR A PERSECUO
DO CRDITO, CABENDO AO EXEQUENTE TOMAR AS PROVIDNCIAS CABVEIS ANTES DE PRESCRITO O TTULO
QUE EMBASA A EXECUO, AINDA QUE SUSPENSA E ARQUIVADA ADMINISTRATIVAMENTE - PREVALNCIA DO
PRINCPIO CONSTITUCIONAL DA SEGURANA JURDICA - INTERPRETAO LGICO-SISTEMTICA DO
ORDENAMENTO - PRECEDENTES DESTA CMARA E INMEROS JULGADOS DESTE TRIBUNAL. Apesar da acesa
controvrsia jurisprudencial sobre o tema, e revisitando o entendimento anteriormente adotado em situaes
anlogas, entende-se que para se configurar a prescrio intercorrente no processo de execuo reputa-se
suficiente o decurso de lapso temporal superior ao da prescrio do ttulo exequendo, sem que o exequente
promova as diligncias que lhe competir, independentemente de a demanda estar arquivada
administrativamente ou de prvia intimao do titular da execuo especificamente para impulsionar o feito.
Adotar-se interpretao diversa propiciaria ao exequente fazer uma espcie de poupana com seu crdito, na
medida em que, arquivado administrativo o processo sem que corra em seu desfavor a prescrio, poderia
aguardar indefinidamente at o executado obter algum patrimnio, para imediatamente aps retomar a marcha
do feito executivo - dez, quinze, vinte ou sabe-se l quantos anos aps - e, assim, cobrar a dvida, o que no se
coaduna com o princpio da segurana jurdica. Portanto, de forma alguma se deve interpretar os arts. 791, III, e
793 do CPC como um respaldo judicial inrcia do exequente, visto que no se coaduna com a interpretao
lgico-sistemtica do ordenamento jurdico que o arquivamento administrativo tenha o condo de criar um prazo
indeterminado localizao de bens em nome do executado. Precedentes da Cmara e desta

Corte. Processo: 2013.055986-4. Relator: Des. Robson Luz Varella.


27.APELAO CVEL. EMBARGOS EXECUO. SENTENA DE PROCEDNCIA. RECURSOS DE AMBAS AS PARTES.
RECURSO DO EMBARGADO. ALEGAO DE QUE O TTULO PREENCHE OS REQUISITOS PARA EXECUO.
CONTRATO BANCRIO. INSTRUMENTO DE REDIRECIONAMENTO DE CRDITO. AUSNCIA DE DATA DE
VENCIMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE AVERIGUAO DA MORA. AUSNCIA EXIGIBILIDADE. No havendo indicao
da data de vencimento do ttulo, torna impossvel averiguar a sua exigibilidade. com implemento da prestao
que se caracteriza a mora do devedor e, via de consequncia, torna a obrigao representada pelo ttulo exigvel
perante este. HONORRIOS ADVOCATCIOS ARBITRADOS EM R$ 6.000,00. INSURGNCIA AMBAS PARTES.
DESCABIMENTO DOS PEDIDOS MAJORAO E MINORAO. ART. 20, 3 E 4, CPC. RECURSOS CONHECIDOS E
DESPROVIDOS. Processo: 2012.012560-8 Relator:Des. Dinart Francisco Machado. Julgamento: 15/10/13.
28.APELAO CVEL. AO DE EXECUO. CDULA DE CRDITO BANCRIO. TTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
INTELIGNCIA DAS DISPOSIES DOS ARTS. 28 E 29 DA LEI N. 10.931/2004. PRECEDENTES DO STJ.
DESNECESSIDADE DA ASSINATURA DE DUAS TESTEMUNHAS. SENTENA CASSADA. RECURSO PROVIDO. A
legislao sobre cdula de crdito bancrio, para a validade do ttulo como executivo extrajudicial, no exige a
assinatura de duas testemunhas, haja vista exigir to s "a assinatura do emitente e, se for o caso, do terceiro
garantidor da obrigao, ou de seus respectivos mandatrios" (Lei n. 10.931/2004, art. 29,
VI). Processo: 2013.036075-5
(Acrdo). Relator: Des.
Paulo
Roberto
Camargo
Costa.
Julgamento:26/09/2013. Classe: Apelao Cvel.
29.INICIAL INDEFERIDA. Busca e apreenso. Cpia da cdula de crdito bancrio. Emenda para vinda do original.
Determinao descumprida. Extino. Insurgncia. Circularidade do ttulo. Documento indispensvel. Intimao
pessoal.
Desnecessidade.
Suspenso
da
demanda.
Inviabilidade.
Sucumbncia.
Manuteno.
Prequestionamento. Recurso desprovido. Em demanda de busca e apreenso de bem alienado fiduciariamente,
necessrio que o credor apresente a via original da cdula de crdito bancrio correspondente para comprovar a
posse do ttulo, no bastando cpia autenticada. Processo: 2013.056789-2 (Acrdo). Relator: Des. Jos Inacio
Schaefer. Julgamento: 01/10/2013.
30.APELAO CVEL. AO DE PRESTAO DE CONTAS. REJEIO IN LIMINE DA PETIO INICIAL. REBELDIA DA
PARTE AUTORA. MOVIMENTAO FINANCEIRA EM CONTA CORRENTE. INTELIGNCIA DO ARTIGO 914 CPC. DEVER
DE PRESTAR CONTAS EVIDENCIADO. perfeitamente admissvel o manejo da ao de prestao de contas para
os casos de insuficincia das informaes prestadas extrajudicialmente, situao ftica no rara nas causas que
envolvem os negcios jurdicos havidos com instituies financeiras. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. Processo:2013.033473-6 (Acrdo). Relator: Des. Altamiro de Oliveira. Julgamento: 01/10/2013.
Classe: Apelao Cvel.
31.APELAO CVEL. AO DE RESCISO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE COMPUTADOR E DE CONTRATO
DE SEU FINANCIAMENTO. DEVOLUO DO BEM LOJA EM DECORRNCIA DE PROBLEMAS SURGIDOS NO
PERODO DE 30 (TRINTA) DIAS DEPOIS DA AQUISIO. DIVERGNCIA QUANTO ENTREGA DO BEM AO
CONSUMIDOR APS UMA TENTATIVA DE SANAO DO DEFEITO POR MEIO DA ASSISTNCIA TCNICA. APLICAO
DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR AO CASO CONCRETO. NUS DE DEMONSTRAO QUE RECAI SOBRE
OS REQUERIDOS. REFORMA DA SENTENA. AUSNCIA DE INTERESSE NA DECRETAO DA NULIDADE DA
DECISO SE NO HOUVE PREJUZO PARA A PARTE EM VIRTUDE DA SUPERVENIENTE DECISO FAVORVEL, NOS
TERMOS DO ARTIGO 249, 2, CPC. DANO MORAL EVIDENCIADO COM INDEVIDA INSCRIO NOME DO
ADQUIRENTE CADASTRO RESTRITIVO CRDITO. INVERSO NUS SUCUMBNCIA. HONORRIOS ADVOCATCIOS.
OBEDINCIA AOS PARMETROS DO ARTIGO 20, 3, CPC. RECURSO PROVIDO. 1. O desfazimento da compra e
venda em decorrncia da devoluo da mercadoria defeituosa inviabiliza a manuteno do contrato de
financiamento vinculado ao negcio. 2. "Quando puder decidir do mrito a favor da parte a quem aproveite a
declarao da nulidade, o juiz no a pronunciar nem mandar repetir o ato, ou suprir-lhe a falta.". 3. O registro
do nome do autor em cadastro restritivo ao crdito sem origem lcita preenche os requisitos do artigo 186 do
Cdigo
Civil
e,
por
consequncia,
justifica
o
arbitramento
de
valor
a
ttulo
de
dano
moral. Processo: 2011.063942-7. Relator: Des. Jnio Machado Julgamento: 26/09/2013
Cmamas de Direito Pblico
32.REEXAME NECESSRIO EM MANDADO DE SEGURANA - CONCURSO PBLICO PARA OS QUADROS DA POLCIA

MILITAR - IDADE MXIMA - REQUISITO PREVISTO TO SOMENTE NO EDITAL - IMPOSSIBILIDADE - INEXISTNCIA DE


LEI A RESPEITO - ILEGALIDADE EVIDENCIADA NA ESPCIE - DIREITO LQUIDO E CERTO A SER AMPARADO SENTENA CONCESSIVA DA ORDEM MANTIDA - REMESSA NECESSRIA DESPROVIDA.Processo: 2013.053288-2
(Acrdo). Relator: Des. Gaspar Rubick. Julgamento: 24/09/2013.
33. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PBLICO. PENSO POR MORTE. RELAO HOMOAFETIVA. UNIO ESTVEL
COMPROVADA NOS AUTOS. ISONOMIA COM A UNIO ESTVEL HETEROAFETIVA, CONFORME PRECEDENTE DO STF.
RECONHECIMENTO QUE IMPLICA, NOS TERMOS DO ART. 43 DA LEI MUNICIPAL N. 2.421/04, DEPENDNCIA
FINANCEIRA PRESUMIDA. PENSO POR MORTE DEVIDA. "O Pleno do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da
ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da Relatoria do Ministro Ayres Britto, Sesso de 05/05/2011, consolidou o
entendimento segundo o qual a unio entre pessoas do mesmo sexo merece ter a aplicao das mesmas regras
e consequncias vlidas para a unio heteroafetiva" devendo ser reconhecido "O direito do companheiro, na
unio estvel homoafetiva, percepo do benefcio da penso por morte de seu parceiro restou decidida".
TERMO A QUO. DATA DO BITO NOS TERMOS DO ART. 53 DA LC N. 13/01. AUSNCIA DE RECURSO POR PARTE DA
AUTORA. IMPOSSIBILIDADE DE PREJUDICAR O ENTE PBLICO. MANUTENO DO TERMO INICIAL. RECURSO E
REMESSA DESPROVIDOS. No que toca o termo a quo, no merece reparo a sentena. Isso porque denota-se que
o art. 77 da Lei Municipal n. 2.421/04 prev que "Art. 77 A penso por morte ser devida aos dependentes a
contar: I - do dia do bito; II - da data da deciso judicial, no caso de declarao de ausncia; ou III - da data da
ocorrncia do desaparecimento do segurado por motivo de acidente, desastre ou catstrofe, mediante prova
idnea", ou seja, apenas no caso de morte presumida que a penso ser paga aps deciso judicial - no
sendo esta a hiptese dos autos. Logo, conquanto pudesse ser reconhecido o direito do autor ao pagamento do
benefcio desde o dia seguinte do bito do segurado, diante da ausncia de recurso da parte autora, mantm-se
o termo inicial conforme determinado na sentena, qual seja, da data do requerimento administrativo.
ENCARGOS MORATRIOS. PARCELAS ENSEJADO-RAS DA PRETENSO VENCIDAS NA VIGNCIA DA LEI 11.960/09.
CORREO MONETRIA INCIDNCIA DA TR A PARTIR DE QUANDO A PAR-CELA ERA DEVIDA. JUROS DE MORA.
CITAO. LAPSO INICIAL PARA A INCIDNCIA, UNICAMENTE, NDICES OFICIAIS POUPANA. Tratando-se de verbas
devidas a servidor pblico na vigncia da Lei n. 11.960/09, incide correo monetria, pela TR, a partir de
quando deveria ter sido paga cada parcela devida. A contar da citao incidiro, unicamente, para fins de juros e
correo monetria, os ndices oficiais aplicveis caderneta de poupana. SENTENA DE PROCEDNCIA
MANTIDA. RECURSO, EM PARTE, CONHECIDO E, NESTA, DESPROVIDO. RE-MESSA PARCIALMENTE PROVIDA PARA
ADEQUAR
OS
ENCARGOS
DE
MORA. Processo: 2013.015844-2.Relator: Des.
Francisco
Oliveira
Neto. Julgamento: 08/10/2013.
34.RESPONSABILIDADE CIVIL. CONCESSIONRIA DE SERVIO PBLICO DE GUA E SANEAMENTO. CONSTATAO
DE IRREGULARIDADES NO MEDIDOR. FRAUDE DEVIDAMENTE CONSTATADA. DESNECESSIDADE DE
COMPROVAO DA ATUAO DO AUTOR, DEVIDO AO BENEFCIO QUE TEVE COM A COBRANA DE CONSUMO A
MENOR. INCIDNCIA DE MULTA PELA VIOLAO E COBRANA DE TAXA DE RETIRADA DE HIDRMETRO. VALORES
EM CONSONNCIA COM ART. 108 DA RESOLUO N. 014/08 DA CASAN, INSTITUDA PELO DECRETO N. 1.388/08.
AUSNCIA DE COBRANA INDEVIDA E DE DANOS MORAIS. SENTENA DE IMPROCEDNCIA MANTIDA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. Em caso de violao do hidrmetro, desnecessria a comprovao de que foi o
proprietrio da residncia que a realizou, pois certo que este se beneficiou com o registro do consumo de gua
a menor, de sorte que a cincia ou no a respeito da irregularidade, por si s, no tem o condo de afastar a
responsabilidade pelo pagamento do valor no registrado, at porque este Tribunal de Justia j decidiu que "o
consumidor ser responsvel por danos causados aos equipamentos de medio ou ao sistema eltrico da
concessionria, decorrentes de qualquer procedimento irregular ou de deficincia tcnica das instalaes
eltricas internas da unidade consumidora".Processo: 2011.080256-3 (Acrdo). Relator: Des. Francisco
Oliveira Neto. Julgamento:08/10/2013. Classe:Apelao Cvel.
35.ADMINISTRATIVO - AO CIVIL PBLICA - IMPROBIDADE - REPASSE DE VALORES DO FUNDEF CONTA NICA
DO TESOURO ESTADUAL - AUSNCIA DE PREJUZO AO ERRIO - CUSTEIO DA DESPESA PBLICA. No se pode,
simplisticamente, dar por mprobo um administrador apenas e to somente em atendimento mudana de
destino
de
alguma
verba
pblica,
se
a
ningum
prejudicou
ou
beneficiou
pecaminosamente. Processo:2013.032021-8
(Acrdo). Relator: Des.
Luiz
Czar
Medeiros
Julgamento: 01/10/2013. Classe: Apelao Cvel.

36.CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO - AO CIVIL PBLICA DE OBRIGAO DE FAZER PROPOSTA PELO


MINISTRIO PBLICO EM FAVOR DE PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS PARA QUE TENHAM ASSISTNCIA
PESSOAL DIFERENCIADA AO FREQUENTAREM A UNIVERSIDADE - ACESSO EDUCAO - NECESSIDADES
ESPECFICAS PERTINENTES DEFICINCIA ALEGADA - INSTITUIO QUE DEFENDE SER DEVER DA FAMLIA A
ASSISTNCIA PESSOAL DO ALUNO - ASSISTNCIA ESPECIAL PRESTADA PELA INSTITUIO A OUTROS ALUNOS
DEFICIENTES - DIFERENCIAO INJUSTIFICADA - OBRIGAO LEGAL - EFEITOS "ERGA OMNES" - CABIMENTO NO
CASO. direito de todos e dever do Estado e de quem explora prestao de servios pblicos, fornecer aos
alunos portadores de necessidades especiais todas as condies indispensveis frequncia e ao
aproveitamento de curso superior, independentemente da deficincia apresentada pelo aluno. Em ao civil
pblica possvel a concesso de efeito "erga omnes" para que as determinaes contidas na sentena se
estendam a todos quantos estiverem em situao idntica do beneficirio imediato, cabendo verificar, na
execuo, com as garantias de contraditrio, as circunstncias de adequao do caso ao
comando. Processo: 2013.032559-3. Relator: Des. Jaime Ramos. Julgamento: 03/10/2013
37.ADMINISTRATIVO - SERVIO CONCEDIDO - CELESC - ACUSAO FURTO DE ENERGIA ELTRICA, SUSPENSO
FORNECIMENTO POR FALTA DE PAGAMENTO E COBRANA DE DIFERENAS PRETRITAS APURADAS RAZO DE
FRAUDE - CONFISSO DE DVIDA E PAGAMENTO - POSTERIOR ABSOLVIO NA REA CRIMINAL POR
INSUFICINCIA DE PROVA - CIRCUNSTNCIA QUE NO INVALIDA OS ATOS DA CONCESSIONRIA CONSIDERADOS
VLIDOS EM MANDADO DE SEGURANA - PLEITO DE REPETIO DE INDBITO E INDENIZAO DE DANOS
MORAIS - IMPROCEDNCIA - RECURSO DESPROVIDO. Evidenciada a fraude na apurao do consumo de energia
eltrica, em face de alterao no relgio medidor, pode a concessionria cobrar as diferenas pretritas e, se
no houver pagamento, interromper o fornecimento ao usurio. A confisso de dvida somente pode ser
invalidada nos casos previstos na legislao civil. A posterior absolvio do consumidor, na rea criminal, por
insuficincia de prova, no invalida os atos da concessionria, nem a sujeita repetio das parcelas que
recebeu por fora de confisso de dvida ou reparao de danos morais, ainda mais quando considerados
vlidos, tais atos, em mandado de segurana denegado. Processo: 2013.059546-8. Relator: Des. Jaime
Ramos. Classe: Apelao Cvel.

Turmas de Recursos
39.RELAO DE CONSUMO. INCORPORAO DE EMPRESAS. SUSPENSO INDEVIDA DO SERVIO DE TELEFONIA
MVEL. SOLICITAO DE CANCELAMENTO NO COMPROVADA PELA OPERADORA. ABALO MORAL
CARACTERIZADO. SERVIO ESSENCIAL. INSURGNCIA EM RELAO AO QUANTUM REPARATRIO. RESPEITO AOS
CRITRIOS DE RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. RECURSO DESPROVIDO. A suspenso total dos servios
telefnicos, sem qualquer justificativa para tal bloqueio, tendo em vista a descaracterizao de inadimplncia,
implica direito reparao do dano moral sofrido pelo usurio, qualificando-se a suspenso do uso dos servios
como ato ilcito praticado pela concessionria de telecomunicao. Processo: 2013.101699-4.Relatora: Dra.
Margani de Mello. Julgamento: 10/10/2013.
40.APELAO CRIMINAL CONTRAVENO PENAL. EXPLORAO DE JOGOS DE AZAR. ARTIGO 50 DO DECRETO-LEI
3.688/41. APREENSO DE MQUINAS CAA-NQUEIS. PESSOAS JOGANDO NO MOMENTO DA ABORDAGEM
POLICIAL. PERCIA TCNICA. DESNECESSIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA CABALMENTE COMPROVADAS.
CONDENAO MANTIDA. PENA SUSBTITUDA DE OFCIO. Processo: 2013.101654-7. Relatora: Margani Mello.
Julgamento: 03/10/13
41.RECURSO INOMINADO. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. TRANSPORTE AREO. POUSO
ALTERNATIVO REALIZADO EM AEROPORTO DIVERSO EM RAZO DAS PRECRIAS CONDIES CLIMTICAS.
CANCELAMENTO DA CONEXO. COMPANHIA AREA QUE, EM TAL CIRCUNSTNCIA (AINDA QUE SE REPUTE
PLAUSVEL A MOTIVAO PRIMEIRA), A PARTIR DISSO NO DISPENSA O NECESSRIO AUXLIO E ATENO AOS
PASSAGEIROS. REEMBARQUE PROMOVIDO NO DIA SEGUINTE, APS EXPRESSIVO TEMPO DE ESPERA E
SUCESSIVAS REMARCAES. CONDUTA OFENSIVA AOS DIREITOS DO CONSUMIDOR. CIRCUNSTNCIAS QUE
ACARRETAM
DEVER
DE
INDENIZAR.
RECURSO
CONHECIDO
NO
PROVIDO.
Relatora: Quitria
Tamanini. Julgamento: 24/09/13.

edio n. 14 de 29 de novembro de 2013.


rgo Especial
1.Compete ao ente Municipal disciplinar a implementao da adequada infraestrutura turstica,
inclusive no que diz respeito regulamentao, organizao e funcionamento do sistema de
transporte para fins de excurses e passeios, questo de interesse local, que no se confunde com
o estabelecimento de regras de trnsito.
Seo Criminal
2.No h falar em crime tentado quando av constrange sua prpria neta a praticar ato libidinoso
diverso da conjuno carnal, consistente em toques e carcias em diversas partes de seu corpo.
3.A apresentao de laudo pericial unilateral com base nas declaraes de pessoas que aportaram
ao local do acidente depois do seu acontecimento, no possui fora probatria capaz de derruir a
presuno de veracidade de boletim de ocorrncia e croqui elaborados por policiais rodovirios.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
4. inconcebvel o uso da via rescisria para reconquistar o direito ouvida de testemunha indicada
pela parte adversa e da qual houve desistncia na ao originria e em suposta declarao no
anexada inicial.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
5.Os juzes de paz, que prestam suas contribuies ao IPESC (atualmente IPREV) e satisfizerem os
requisitos necessrios, tm direito aposentadoria pelo regime especial de previdncia social
estadual.
Cmaras de Direito Criminal
6.Pelo princpio da dialeticidade recursal, segundo o qual efeito devolutivo da apelao criminal
encontra limites nas razes expostas pela defesa, no se conhece pedido de reforma dosimetria que
no apresentar qualquer argumento nesse sentido.

7.A medida protetiva de urgncia consistente no afastamento do agressor do lar possui natureza
jurdica cvel, razo porque no poder ser apreciada pelas Cmaras Criminais deste Tribunal de
Justia.
8.Pratica o crime de extorso aquele que aborda nibus de turismo que vinha do Paraguai e,
mediante utilizao de arma de fogo, passa-se por policial e exige dinheiro das vtimas.
9.A m situao econmica da empresa no afasta o crime contra a ordem tributria de no
recolhimento de ICMS, que se d com o dolo genrico evidenciado pela recusa ao cumprimento de
obrigao definida em lei.
10.Configura o delito de trfico interestadual de entorpecentes (artigo 33, caput, c/c artigo 40,
inciso V, ambos da Lei n. 11.343/2006) a aquisio de drogas de um Estado para o outro com
entrega pelos correios.
11.Incorre no crime de receptao qualificada o proprietrio de estabelecimento comercial do ramo
de telefonia que compra e vende celulares novos e usados por valor bem inferior ao que so
vendidos normalmente.
Cmaras de Direito Civil
12.O excesso de chuva e escassez de mo de obra no consubstancia fora maior para excluir a
responsabilidade por atraso na entrega de obra, porquanto so riscos inerentes construo civil.
13.O simples atraso no pagamento de uma das parcelas do prmio do seguro, por si s, no se
equipara ao inadimplemento total da obrigao do segurado e, assim, no confere direito
seguradora de descumprir sua obrigao alegando suspenso ou resoluo automtica do contrato.
14.A depresso no se confunde com incapacidade absoluta para os atos da vida civil, portanto, no
demonstrada a incapacidade do agente poca da contratao, no se justifica o pleito de
anulao do negcio jurdico firmado.
15.Quem voluntariamente assume a conduo de veculo automotor depois de ingerir qualquer
quantidade de lcool, deve estar preparado para as consequncias diretas ou indiretas desta
conduta, inclusive a possibilidade de vir a perder o direito cobertura do seguro contratado.
16.No h falar em reparao de danos morais quando a veiculao de notcia sem animus
injuriandi oucaluniandi, simplesmente narram, em linguagem jornalstica, as informaes
repassadas pelos policiais, prevalecendo o animus narrandi, imperativo do exerccio regular de
direito abrangido pelos rgos informativos.
17.O fornecimento de documentos pessoais pessoa que era de sua confiana, contribuindo, assim,
para a ocorrncia do abalo creditcio no gera direito indenizao.
18.Apesar de a regra civil considerar inexequvel a interdio de pessoa relativamente incapaz, fazse possvel o prosseguimento do feito, diante da demonstrao de que a interditanda possui
transtorno mental, esteja prximo de completar a maioridade e com gravidez de alto risco.
19. vlido o desconto de 10%, a ttulo de dzimo, do salrio dos jubilados/aposentados, que
operado por manifestao destes, se responsabilizaram em cumprir as normas estatutrias da
Caixa de Socorro dos obreiros da igreja evanglica Assembleia de Deus de Santa Catarina.
20.A pessoa pblica cujo mister traz em si o nus de ser constantemente alvo das mais variadas
crticas pela opinio, deve primar pela livre manifestao do pensamento, por servir de relevante
ferramenta no enriquecimento do debate poltico e no fortalecimento da sociedade democrtica.
Cmaras de Direito Comercial
21.O simples ajuizamento de ao trabalhista contra o ru no demonstra, por si s, interesse
pessoal na causa ou inimizade ntima, razo pela qual no est configurada a suspeio ou o
impedimento do depoente.
22.O contrato na modalidade de transporte martimo internacional no reclama a assinatura prvia
do destinatrio da carga. O ajuste feito validamente entre o expedidor e o transportador, e a
obrigao alcana o destinatrio que tem, no entanto, direito de regresso contra o expedidor se
com este outra coisa houver contratado.
23.Admite-se o protesto por indicao de boletos bancrios, se verificada a existncia da relao
comercial que d lastro s duplicatas emitidas e, tambm, do comprovante de entrega das
mercadorias ou da prestao dos servios.
24.A ocorrncia do evento da natureza que atinge a carcinicultura por determinado vrus que
inviabiliza a continuidade do negcio e impossibilita absolutamente o cumprimento da obrigao,
autoriza a resoluo do contrato de cdula rural hipotecria.

25.A impenhorabilidade da Lei 8.009/90 estende-se ao imvel do devedor, ainda que se encontre
locado a terceiros, desde que comprovado que a renda auferida com esta locao reverte para a
moradia ou subsistncia da famlia.
26.Revela-se incogitvel emitente de cheque pretender a discusso da causa debendi de ttulo
entregue por terceiro ao portador, sob o argumento de que este ltimo exerceria a prtica de
agiotagem.
Cmaras de Direito Pblico
27.Exerce conduta mproba descrita no artigo 11, caput e inciso I, da Lei 8.429/92 aquele que forja o
procedimento licitatrio por meio de carta-convite, para justificar o pagamento de despesas
realizadas sem concorrncia.
28.Ainda que no esteja devidamente comprovada a maternidade biolgica, a demonstrao da
maternidade afetiva, por meio de prova testemunhal unssona, guarnece a me de legitimidade
para intentar ao de responsabilidade civil ante o falecimento do filho.
29.Afigura-se inarredvel o dever do Estado de garantir o pleno acesso dos estudantes instituio
de ensino, mediante adoo de polticas sociais concretas e efetivas de implementao de
transporte escolar gratuito.
30.A indisponibilidade de acesso ao site no ltimo dia para inscrio em concurso pblico, feita
exclusivamente via internet, justifica medida liminar para assegurar a inscrio de candidato no
certame.
31.Na ausncia de inteno agente pblico fraudar licitatrio, evidenciando-se que se tratou de
simples inabilidade administrativa, no h razo para enquadr-lo nas condutas previstas na Lei de
Improbidade Administrativa.
32.A carncia de sinalizao adequada na implantao de lombada em via pblica configura
omisso especfica do poder pblico, e caracteriza o dever de ressarcir os danos morais e materiais.
33.A extino de inqurito policial ou a aprovao de contas pelo Tribunal de Contas do Estado no
prejudicam a condenao do indivduo, em ao civil pblica, ainda mais se comprovado o
percebimento irregular de verbas.
Cmara Especial Regional de Chapec
34.Deve ser reconhecida a paternidade quando falecido o pretenso genitor, e os herdeiros no se
dispem a colaborar com a investigao, inclusive quando o exame depende da coleta de material
de quem no figura como parte, mas mantm ntima relao com os sucessores (genitora).
Turmas de Recursos
35.Homologada a transao aps proposta do Ministrio Pblico, possvel que o Magistrado altere
a destinao da verba para entidade diversa da sugerida pelo Promotor de Justia.
36.Pratica o delito de violao de domiclio o ru que ingressa na residncia da vtima para utilizar a
piscina, sendo a conduta qualificada quando o ato cometido durante o perodo noturno.
37.Incabvel indenizao por danos morais quando demonstrado nos autos que o objeto encontrado
pelo consumidor produto no se tratava de corpo estranho (inseto), mas apenas fibra prpria fruta
utilizada na conserva.
rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI COMPLEMENTAR N. 421/2012 DO MUNICPIO DE
FLORIANPOLIS, QUE DISCIPLINA O CONTROLE E FISCALIZAO DO SERVIO DE TRANSPORTE
TURSTICO NA CAPITAL, IMPONDO LIMITES E CONDIES PARA A PRESTAO DO SERVIO, TAIS
COMO O CADASTRAMENTO DO OPERADOR, PROIBIO DE USO DE VECULO PARTICULAR OU
ESCOLAR PARA TRANSPORTAR TURISTAS, LIMITAES TCNICAS E IDADE MXIMA DA FROTA.
POSSIBILIDADE. COMPETNCIA DO MUNICPIO PARA LEGISLAR SOBRE ASSUNTOS DE INTERESSE
LOCAL. EXEGESE DO ART. 112, I, DA CARTA ESTADUAL. EXTRAPOLAO DE COMPETNCIA
LEGISLATIVA INOCORRENTE. MATRIA QUE NO SE CONFUNDE COM A ATINENTE S REGRAS DE
TRNSITO. SUSTENTADA A OCORRNCIA DE VCIO DE ILEGALIDADE EM FACE DE LEIS E DECRETOS
FEDERAIS E CONTRARIEDADE A RESOLUES EDITADAS PELO MINISTRIO DO TURISMO.
INVIABILIDADE DE AFERIO EM SEDE DE CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE.
PEDIDO JULGADO IMPROCEDENTE. 1. Inexiste, na Carta Catarinense, dispositivo que iniba a
regulamentao do servio de fretamento turstico por parte do Municpio, o que torna inafastvel o
legtimo poder/dever de o legislativo local dispor sobre o tema, assim como o faz quanto ao

transporte coletivo urbano, sob o regime de concesso ou permisso, nos termos do art. 30, V, da
Constituio da Repblica. 2. Compete ao ente Municipal disciplinar a implementao da adequada
infra-estrutura turstica, inclusive no que diz respeito regulamentao, organizao e
funcionamento do sistema de transporte para fins de excurses e passeios, questo de interesse
local, que no se confunde com o estabelecimento de regras de trnsito. Processo: 2012.0572278. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 18/09/2013.
Seo Criminal
2.EMBARGOS INFRINGENTES. EM APELAO CRIMINAL. CRIME DE ESTUPRO QUALIFICADO - VTIMA
MAIOR DE 14 E MENOR DE 18 ANOS - PRATICADO PELO AV, EM CONTINUIDADE DELITIVA (ART. 213,
1, C/C ART. 226, II, E ART. 71, TODOS DO CDIGO PENAL). INSURGNCIA DA DEFESA PELA
PREVALNCIA DO VOTO DIVERGENTE. PLEITO PELA ANLISE DO CASO CONCRETO SOB O PRISMA DA
PROPORCIONALIDADE E O CONSEQUENTE RECONHECIMENTO DA TENTATIVA. DECISO COLEGIADA
QUE, POR MAIORIA DE VOTOS, DECIDIU, ACERTADAMENTE, APLICAR A PENA NO CRIME EM
COMENTO SEM, TODAVIA, RECONHECER A CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIO PREVISTA NO ART. 14,
PARGRAFO NICO, CP. AV QUE, CRIMINOSAMENTE, CONSTRANGEU SUA PRPRIA NETA DE 15
ANOS A PRATICAR ATO LIBIDINOSO DIVERSO DA CONJUNO CARNAL, CONSISTENTE EM TOQUES E
CARCIAS DIVERSAS PARTES SEU CORPO, COMO SEIOS, NDEGAS, COXAS E ABDMEN.
INEXISTNCIA DE MOTIVOS PARA RECONHECER TENTATIVA, PORQUANTO DEMONSTRADA PERFEITA
SUBSUNO DA CONDUTA DO EMBARGANTE AO TIPO LEGAL PELO QUAL FOI CONDENADO.
MANUTENO DA PENA QUE SE IMPE.. Processo: 2013.054938-2. Relatora:Des. Marli Mosimann
Vargas. Julgamento: 30/10/13.
3.PENAL. EMBARGOS INFRINGENTES PARCIAIS (CPP, ART. 609, PARGRAFO NICO). DIVERGNCIA
QUANTO AO RECONHECIMENTO DA CULPA PELA COLISO. CRIME DE TRNSITO. HOMICDIO
CULPOSO NA DIREO DE VECULO AUTOMOTOR (ART. 302 DA LEI 9.503/97). COLISO DE
MOTOCICLETAS NA CONTRAMO DE DIREO. PRESUNO DE VERACIDADE DO BOLETIM DE
OCORRNCIA NO AFASTADA. DOCUMENTO ELABORADO POR AGENTE PBLICO. EXAME DOS
VESTGIOS DEIXADOS LOGO APS A OCORRNCIA DOS FATOS. CENA PRESERVADA. PERCIA
PARTICULAR REALIZADA DOZE DIAS APS A COLISO. ANLISE DESENVOLVIDA COM BASE NA
NARRATIVA DE PESSOAS PRESENTES DO LOCAL. DOCUMENTAO DAS CONDIES DO CENRIO
ENCONTRADO NO MOMENTO DA PERCIA NO REALIZADA. MANUTENO DA CONDENAO EM
RAZO DA EXISTNCIA DE ELEMENTOS SUFICIENTES PARA EVIDENCIAR A INVASO DA PISTA DE
DIREO CONTRRIA AO DO EMBARGANTE. ACRDO MANTIDO. - A apresentao, pela defesa, de
laudo pericial unilateral, realizado aps doze dias da ocorrncia dos fatos, desenvolvido com base
nas declaraes de pessoas que aportaram ao local do acidente aps a sua ocorrncia e sem a
delimitao do estado de preservao dos vestgios deixados, no possui fora probatria capaz de
derruir a presuno de veracidade de boletim de ocorrncia e croqui elaborados por policiais
rodovirios que examinaram a via com a cena do crime ainda preservada. - Observado pelos
agentes pblicos a presena de detritos, derramamento de leo e sangue, alm de ranhuras na
pista, decorrentes do arrasto das motocicletas envolvidas, possvel concluir que estes tinham
elementos suficientes para definir o ponto de impacto da coliso, apontando com segurana ao se
manifestarem nas fases indiciria e judicial. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e no provimento
do recurso. - Recurso conhecido e desprovido. Processo: 2013.010571-9 (Acrdo).Relator: Des.
Carlos Alberto Civinski. Julgamento: 30/10/2013. Classe: Embargos Infringentes.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
4.AO RESCISRIA. DESCONSTITUIO DA COISA JULGADA LASTREADA EM PEDIDO DE OITIVA DE
TESTEMUNHA NO INQUIRIDA NA AO ORIGINRIA E EM DECLARAO NO JUNTADA NA AO.
JUZO RESCISRIO UTILIZADO COMO SUCEDNEO DE REVISO DE DECISO TRANSITADA EM
JULGADO. CARNCIA DE AO. CPC, ART. 267, VI. EXTINO. 1 Inconcebvel o uso da via rescisria
para reconquistar-se o direito ouvida de testemunha indicada pela parte adversa e da qual houve
desistncia na ao originria e em suposta declarao no anexada inicial. 2 Configurada est a
carncia de ao, arrostando o processo extino, quando utilizada a rescisria como sucedneo
de reviso de deciso transitada em julgado, mormente quando ingressada ela totalmente fora das

possibilidades elencadas pelo art. 485 CPC. Processo: 2009.056356-1.Relator: Des. Trindade dos
Santos. Julgamento: 13/11/13.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
5.MANDADO DE SEGURANA - JUIZ DE PAZ - NOMEAO ANTERIOR CONSTITUIO DE 1988 MANUTENO EM EXERCCIO CONFORME O ADCT - CONTRIBUIES PREVIDENCIRIAS RECOLHIDAS
AO IPREV - PREVISO LEGAL - VNCULO MANTIDO POR DECISO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO DIREITO APOSENTADORIA PELO REGIME DE PREVIDNCIA ESTADUAL - ORDEM CONCEDIDA. De
acordo com as Constituies da Repblica de 1988 e do Estado de Santa Catarina de 1989 e
respectivos ADCT e a legislao estadual, os Juzes de Paz, que prestam suas contribuies ao IPESC
(atualmente IPREV) e satisfizeram os requisitos necessrios, tm direito aposentadoria pelo
regime especial de previdncia social estadual. Processo: 2013.053582-6. Relator:Des. Jaime
Ramos. Julgamento: 13/11/2013. Classe: Mandado de Segurana.
Cmaras de Direito Criminal
6.PENAL. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A LIBERDADE SEXUAL. ATENTADO VIOLENTO AO
PUDOR CONTRA MENOR DE CATORZE ANOS (ART. 214 C/C 224, "A", AMBOS DO CP). ATUAL CRIME
DE ESTUPRO DE VULNERVEL (ART. 217-A, CAPUT, DO CP). RECURSO DA DEFESA. MATERIALIDADE E
AUTORIA DEVIDAMENTE COMPROVADAS. PROVAS SUFICIENTES PARA DEMONSTRAR QUE O
ACUSADO CONSTRANGEU A VTIMA A DEIXAR QUE PRATICASSE COM ELA ATO LIBIDINOSO DIVERSO
DA CONJUNO CARNAL. CONDENAO QUE SE IMPE. PLEITO DE REANLISE DA DOSIMETRIA. NO
CONHECIMENTO. AUSNCIA DE DIALETICIDADE RECURSAL. SENTENA MANTIDA. FIXAO DE
HONORRIOS ADVOCATCIOS. CABIMENTO. DEFENSOR NOMEADO EM SEDE RECURSAL. - O conjunto
probatrio que demonstra com riqueza de detalhes que o acusado praticou atos libidinosos diversos
da conjuno carnal com a vtima, antes da vigncia da Lei 12.015/2009, apto a fundamentar a
condenao pela prtica do crime previsto no art. 214, caput c/c art. 224, "a", ambos CP. - Nos
crimes sexuais, que geralmente no deixam vestgios materiais, as declaraes da vtima de tenra
idade, ainda que colhidas somente por meio de psiclogo, so de extrema importncia para a
condenao do agente.- Pelo princpio da dialeticidade recursal, segundo o qual o efeito devolutivo
da apelao criminal encontra limites nas razes expostas pela defesa, no se conhece do pedido
de reforma da dosimetria quando o apelante no apresenta qualquer argumento nesse sentido. So cabveis honorrios advocatcios ao defensor dativo que tenha sido nomeado como procurador
judicial especial para atuar no mbito recursal. - Parecer da PGJ conhecimento e desprovimento do
recurso. - Recurso parcialmente conhecido e desprovido. Processo: 2013.010775-1. Relator: Des.
Carlos Alberto Civinski. Julgamento: 05/11/13.
7.AGRAVO POR INSTRUMENTO. MARIA DA PENHA. MEDIDA PROTETIVA DE URGNCIA. AFASTAMENTO
DO LAR (LEI 11.340/2006, ART. 22, II). COMPETNCIA. RECURSO QUE OBJETIVA A MANUTENO DA
SUPOSTA VTIMA E DOS FILHOS DO CASAL NA RESIDNCIA CONJUGAL. AGRAVO FUNDAMENTADO NO
ART. 888, VI, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL, BEM COMO NA CONVENINCIA E COMODIDADE DA
AGRAVANTE E DOS SEUS DESCENDENTES. PROVIDNCIA DE NATUREZA CVEL. IMPOSSIBILIDADE DE
AS CMARAS CRIMINAIS REGULAREM DIREITO PATRIMONIAL. REMESSA A UMA DAS CMARAS DE
DIREITO CIVIL. RECURSO NO CONHECIDO. REDISTRIBUIO. - As tutelas de urgncia definidas pela
Lei Maria da Penha possuem natureza cvel e criminal, cuja competncia, no primeiro grau de
jurisdio, regulada pelo art. 33 da legislao. No mbito recursal, a lei omissa quanto
competncia, o que torna essencial distinguir a natureza jurdica da medida para fins de distribuio
do processo. - A medida protetiva de urgncia consistente no afastamento do agressor do lar (Lei
11.340/2006, art. 22, II), que visa a manuteno da suposta vtima e dos seus descendentes no lar
conjugal, a fim de melhor atender convenincia e comodidade destes, possui natureza jurdica
cvel, razo porque no poder ser apreciada pelas Cmaras Criminais deste Tribunal de Justia. Recurso no conhecido e redistribudo a uma das Cmaras de Direito Civil desta
Corte. Processo: 2013.075359-6 Relator: Des. Carlos Alberto Civinski. Julgamento: 12/11/2013.
8.APELAO CRIMINAL. CRIME DE EXTORSO (ART. 158 CP). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO
DE AMBOS OS RUS, PUGNANDO PELA ABSOLVIO POR INSUFICINCIA DE PROVAS DA
MATERIALIDADE DO CRIME E DA AUTORIA. ACUSADOS QUE ABORDARAM UM NIBUS DE TURISMO

QUE VINHA DO PARAGUAI E, MEDIANTE UTILIZAO DE ARMA DE FOGO, PASSANDO-SE POR


POLICIAIS, EXIGIRAM DINHEIRO DAS VTIMAS. DECLARAES DAS VTIMAS E DOS POLICIAIS
MILITARES QUE ATENDERAM OCORRNCIA, ALM DO RECONHECIMENTO POR ALGUNS DOS
OFENDIDOS DOS ACUSADOS, QUE SO APTAS A EMBASAR A CONDENAO. CRIME DE EXTORSO
CARACTERIZADO. DOSIMETRIA. REPAROS, DE OFCIO. PRIMEIRA FASE DE APLICAO DA PENA.
EXCLUSO DAS CIRCUNSTNCIAS DO CRIME. FUNDAMENTAO INIDNEA. RECURSOS
DESPROVIDOS E, DE OFCIO, REDUZIDA A PENA PARA AMBOS OS RUS. Processo: 2013.0186513. Relator: Des. Volnei Celso Tomazini.
9.APELAO CRIMINAL. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTRIA EM CONTINUIDADE DELITIVA (ART.
2, INCISO II, DA LEI N. 8.137/1990, QUATRO VEZES, C/C O ART. 71 DO CDIGO PENAL). NO
RECOLHIMENTO DE ICMS. SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. ARGUIO DE
INCONSTITUCIONALIDADE DO TIPO PENAL. DVIDA DE NATUREZA TRIBUTRIA QUE NO SE
CONFUNDE COM DE NATUREZA CIVIL. INADIMPLEMENTO QUE PREJUDICA TODA A COLETIVIDADE.
AFRONTA CARTA MAGNA INEXISTENTE. PLEITO ABSOLUTRIO. TESE DE ATIPICIDADE DA CONDUTA
POR AUSNCIA DO ELEMENTO SUBJETIVO, CONSISTENTE NA INTENO DE FRAUDAR O FISCO.
INVIABILIDADE. RECUSA AO CUMPRIMENTO DE OBRIGAO DEFINIDA EM LEI. DOLO GENRICO
EVIDENCIADO. CONDUTA TPICA E ANTIJURDICA. ALEGADA INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA.
M SITUAO ECONMICA DA EMPRESA QUE NO EXCLUI O COMPORTAMENTO ILCITO DO
ACUSADO. IMPOSTO PAGO PELO CONSUMIDOR, SENDO O COMERCIANTE SIMPLES REPASSADOR.
ABSOLVIO INVIVEL. DOSIMETRIA. CONSEQUNCIAS DOS DELITOS VALORADAS NEGATIVAMENTE.
PENA-BASE EXASPERADA EM VIRTUDE DA QUANTIA DESFALCADA DOS COFRES PBLICOS.
MONTANTE NORMAL ESPCIE, CONSIDERADO CADA DELITO INDIVIDUALMENTE. AFASTAMENTO DO
AUMENTO QUE, TODAVIA, NO TEM EFEITO SOBRE A PENA, FIXADA NO MNIMO LEGAL EM SEGUNDA
FASE POR CONTA DA ATENUANTE DA CONFISSO ESPONTNEA (SMULA 231 STJ). RECURSO
CONHECIDO
E
PROVIDO
PARTE.Processo: 2013.052252-0. Relator: Des.
Augusto
Brggemann. Origem
10.TRFICO INTERESTADUAL DE ENTORPECENTES. ARTIGO 33, CAPUT, C/C ARTIGO 40, V, DA LEI N.
11.343/2006. AQUISIO DE ENTORPECENTE. ECSTASY. ENTREGA PELOS CORREIOS. CONDENAO
EM PRIMEIRO GRAU. RECURSO DEFENSIVO. 1-PRELIMINARES. 1.1.NULIDADE DA SENTENA. 1.1.1.
ALEGAO DE OMISSO QUANTO ANLISE DE TODAS AS TESES DEFENSIVAS. SENTENA QUE
EXPS SUFICIENTEMENTE OS MOTIVOS DA CONDENAO. DESNECESSIDADE DE ABORDAGEM
INDIVIDUAL DAS TESES, QUANDO AS RAZES DO CONVENCIMENTO FOREM DEVIDAMENTE
EXPOSTAS, COMO NO CASO DOS AUTOS. ADEMAIS, MATRIAS OMITIDAS QUE NO IMPLICARIAM NA
NULIDADE DA SENTENA, SOMENTE NO AFASTAMENTO DAS MAJORANTES. PREFACIAL RECHAADA.
O Magistrado no est obrigado a rebater todas as teses aventadas pela defesa. Basta que indique
as razes do seu convencimento, sem que necessite explicitar os motivos pelos quais no julgou em
sentido contrrio, ou seja, o por qu no acolheu cada uma das teses defensivas. Ainda que fosse
imprescindvel a abordagem de toda a retrica recursal para garantir a higidez da deciso, ad
argumentandum, as teses no abordadas implicariam, quando muito, no afastamento da majorante
relativa ao trfico interestadual, visto que os temas teoricamente no abordados apenas se
relacionam provenincia do entorpecente, e no quanto ao comrcio ilegal de drogas em si
considerado. 1.1.2. PERCIA POR AMOSTRAGEM. GRANDE QUANTIDADE DE ENTORPECENTE.
DESNECESSIDADE DE EXAME EM TODO O MATERIAL APREENDIDO. ENTORPECENTES VISIVELMENTE
IDNTICOS. MATERIAL PARA ANLISE EXTRADO DE CADA UM DOS INVLUCROS APREENDIDOS.
NULIDADE AFASTADA. A alegao de nulidade da percia por amostragem no se sustenta. Em casos
em que apreendida uma grande quantidade de droga, a percia em todo o material no se faz
necessria, e apenas se justificaria se houvesse srias dvidas acerca da homogeneidade dos
entorpecentes apreendidos, ou seja, se visivelmente no se pudesse concluir pela identidade fsica
da amostra periciada com relao ao estupefaciente remanescente, o que no ocorreu. 1.2.
NULIDADE DA DENNCIA. 1.2.1. DESCRIO INSUFICIENTE DO FATO CRIMINOSO. VCIO NO
VERIFICADO. PEA QUE PREENCHE OS REQUISITOS DO ART. 41 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL.
DESCRIO PORMENORIZADA DOS FATOS E DE TODAS AS SUAS CIRCUNSTNCIAS. POSSIBILIDADE
DO PLENO EXERCCIO DA DEFESA. EIVA REPELIDA. Ao contrrio do que alega a defesa, a denncia

no inepta. Com efeito, o fato criminoso foi devidamente narrado com todas as circunstncias
relevantes para o deslinde da quaestio, possibilitando o exerccio da plena e ampla defesa. 1.2.2.
JUSTA CAUSA. AUSNCIA DA TRADIO DO ENTORPECENTE QUE TORNARIA ATPICA A CONDUTA DE
"ADQUIRIR". AO DOS POLICIAIS QUE IMPEDIU A POSSE DA DROGA. TESES QUE SE CONFUNDEM
COM O MRITO. ADEMAIS, TRADIO PRESCINDVEL PARA A CONFIGURAO DO TRFICO NA
MODALIDADE ADQUIRIR. AQUISIO QUE TEM SEU INCIO PELA CONTRATAO DA COMPRA.
PRECEDENTE DA SEO CRIMINAL DESTA CORTE. O fato de a conduta dos policiais ter impedido a
consumao da aquisio em nada altera a tipicidade da conduta, podendo, quando muito, implicar
no excepcional reconhecimento da tentativa. 2. MRITO. 2.1. TRFICO. ATIPICIDADE DA CONDUTA
PELA AUSNCIA DA TRADIO. ALEGADA ATIPICIDADE DA CONDUTA DE "ENCOMENDAR" O
ENTORPECENTE. RECONHECIMENTO INVIVEL. AQUISIO DO ENTORPECENTE QUE PRINCIPIA COM
O ACERTO ACERCA DO PREO E DA COISA. CONDUTA DE ADQUIRIR PERFEITAMENTE
CONSUBSTANCIADA. AUSNCIA DE PROVAS. ABSOLVIO. INVIABILIDADE. SLIDO CONJUNTO
PROBATRIO BASEADO EM DEPOIMENTOS POLICIAIS. UTILIZAO DA FUNDAMENTAO ATACADA
COMO SUBSTRATO DECISRIO. CONDENAO MANTIDA. A ausncia da tradio dos entorpecentes
adquiridos no afasta a tipicidade da conduta, restando a persecuo penal direcionada conduta
do acusado em "adquirir" o entorpecente, e no simplesmente encomend-lo. 2.2. DIVERSIDADE
ENTRE A IDENTIDADE DO DESTINATRIO DA CORRESPONDNCIA E A DO ACUSADO. IRRELEVNCIA.
SUBTERFGIO UTILIZADO PARA DIFICULTAR A AO POLICIAL. ADEMAIS, CONJUNTO PROBATRIO
QUE INDICA A ATITUDE DO ACUSADO NO SENTIDO DE RECEBER O PACOTE NO QUAL ESTAVA O
ENTORPECENTE. ADEMAIS, REGISTRE-SE A COINCIDNCIA ENTRE O ENDEREO CONSTANTE DA
ENCOMENDA COM AQUELE ONDE ELE RESIDE. O fato de ter o acusado utilizado nome fictcio no
afasta, isoladamente, a possibilidade do reconhecimento da autoria. Indicao clara de ter a
conduta sido adotada com o intuito de afastar consequncias penais da aquisio ilcita realizada,
com o propsito de, no caso de a encomenda ser interceptada, ser possvel a utilizao do
subterfgio para colocar em dvida a sua atuao. Incongruncia, no entanto, com a utilizao do
mesmo endereo e com o comportamento de vir buscar o que estava para ser entregue pelo
carteiro. Sendo assim, o embuste utilizado como forma de ocultar a identidade do autor da
encomenda, indicada claramente pelo forte conjunto probatrio, no sobrevive anlise mais
aprofundada das provas contidas no processo. 2.3. ALEGAO DE ESPERA POR APARELHOS
ELETRNICOS QUE SERIAM ENTREGUES PELOS CORREIOS, A JUSTIFICAR O EQUVOCO NO
RECEBIMENTO DA ENCOMENDA. AUSNCIA DE PROVAS SUFICIENTES A DEMONSTRAR A HIGIDEZ DA
EXPLICAO. DOCUMENTAO JUNTADA QUE PERMITE JUSTAMENTE A CONCLUSO CONTRRIA, OU
SEJA, DE QUE UM DELES NO SERIA ENTREGUE NO ENDEREO DO ACUSADO E O OUTRO NA DATA
DOS FATOS. No bastasse o fato de que o prazo para a entrega do notebook apenas se escoaria 18
(dezoito) dias aps os acontecimentos (tendo em vista que o referido equipamento foi comprado
apenas dois dias antes dos fatos) o endereo onde ele seria entregue no o do acusado, mas de
outra pessoa e situado na cidade de Gaspar, o que afasta toda e qualquer possibilidade de que o
acusado efetivamente estivesse a esperar a entrega do equipamento. Quanto ao Tablet, do mesmo
modo, a tese defensiva no prospera. Isso porque o acusado nem mesmo sabia o valor do produto
adquirido, destacando-se que sua aquisio se deu praticamente 10 (dez) meses antes dos fatos.
difcil supor que uma pessoa que tenha adquirido um produto pela internet, cujo prazo incial de
entrega (previsto entre 3 e 7 dias teis) no tenha sido respeitado, ao ser informada que o produto
seria entregue a partir de maro, sem indicao de data certa ou ao menos estimativa de entrega,
tenha esperado incessantemente por mais quatro meses, a ponto de abordar o carteiro que chegou
ao prdio. Acaso, por hiptese, houvesse uma prova inequvoca de que o Tablet chegaria no mesmo
dia ou perodo prximo ao do entorpecente, ainda assim no teria o condo de afastar a ligao
entre o acusado e a droga adquirida, em especial porque os policiais afirmaram com segurana que
o acusado assumiu a identidade de Bruno com a finalidade de receber a encomenda. Tal
circunstncia, somada s demais provas, permite concluir, com absoluta segurana, no apenas a
aquisio do entorpecente como tambm a sua destinao ao comrcio, em especial, quanto
ultima, diante da grande quantidade de entorpecente apreendida. 2.4. AUSNCIA DE ASSINATURA
DO ACUSADO CONFIRMANDO O RECEBIMENTO DA ENCOMENDA. DINMICA DOS ACONTECIMENTOS
QUE TORNOU IRRELEVANTE TAL CIRCUNSTNCIA. O fato de no ter assinado o recebimento da
mercadoria irrelevante, pois as circunstncias da priso justificam tal omisso, uma vez que to

logo o acusado assumiu a identidade do destinatrio Bruno, foi preso em flagrante, antes mesmo de
ter a encomenda em suas mos. Logo, irrelevante a assinatura ou no do recebimento da
mercadoria ilcita no caso dos autos. 2.5. RECONHECIMENTO DA TENTATIVA. DELITO PERMANENTE
QUE NO ADMITE, EM REGRA, A FIGURA TENTADA. EXCEPCIONALIDADE DO CASO CONCRETO.
ACUSADO QUE ADQUIRE O ENTORPECENTE EM OUTRO ESTADO DA FEDERAO PARA SER
ENTREGUE PELOS CORREIOS. INTERCEPTAO DA CARGA ILCITA PELA POLCIA FEDERAL.
ACOMPANHAMENTO DOS AGENTES DURANTE A ENTREGA DA MERCADORIA NO ENDEREO DO
ACUSADO. ENTORPECENTES QUE, POR POUCO, NO CHEGAM S MOS DO ACUSADO.
CONSUMAO OBSTADA PELA PRONTA AO DOS AGENTES ESTATAIS. DIMINUIO MNIMA, DIANTE
DO INTER CRIMINIS QUASE INTEGRALMENTE TRILHADO. TENTATIVA PERFEITA CARACTERIZADA.
RECURSO PROVIDO NO PONTO. A tentativa de trfico ilcito de entorpecentes rara em face das
dezoito condutas tpicas previstas no tipo do art. 33. Quem traz consigo a droga j consumou a
infrao, logo, muito difcil pensar em tentativa de venda, afinal, para vender preciso ter
consigo. Por outro lado, no impossvel. A tentativa de adquirir substncia entorpecente vivel,
por exemplo, at pelo fato de que quem pretende comprar no traz consigo a droga (NUCCI,
Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. 2. ed. rev., atual. e ampl. So
Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. p. 317). Foroso o reconhecimento da tentativa no caso dos
autos, uma vez que a aquisio efetivamente no se consumou pela pronta ao dos agentes
estatais que lograram interceptar a encomenda ilcita e efetuar a priso do acusado. De se dizer,
ainda, que a ao dos policiais, ao contrrio do que afirma a defesa, apenas impediu a consumao
do crime, mas no a sua caracterizao, posto que o ato de adquirir restou configurado com o
acerto das condies acerca do objeto e do preo, e com a prpria remessa do produto. Levando-se
em conta que a droga adquirida chegou a ser levada at o endereo do acusado, sendo-lhe quase
entregue em mos, torna imperioso concluir que o caminho do crime foi quase integralmente
trilhado, posto que bastava que o acusado pegasse a encomenda para si para que restasse
consumado o crime de trfico de drogas na modalidade adquirir. Tal motivo impe a reduo
mnima de 1/3 (um tero) diante da quase consumao do delito em tela, configurando a tentativa
perfeita. 2.6. CAUSA DE AUMENTO DE PENA. TRFICO ENTRE ESTADOS DA FEDERAO. ARTIGO 40,
V, DA LEI 11.343/2006. PRETENSO DE AFASTAMENTO DO AUMENTO AO ARGUMENTO DE QUE O
ENDEREO DO REMETENTE NO BASTA COMPROVAO DA PROVENINCIA DO TXICO.
PROVENINCIA COMPROVADA PELO CARIMBO DE POSTAGEM DOS CORREIOS. INTERESTADUALIDADE
COMPROVADA. AUMENTO MANTIDO. Muito embora a defesa tenha certa razo quando afirma que a
simples indicao de o endereo do remetente situar-se em outro Estado no baste ao aumento da
pena, o carimbo de expedio dando conta que a encomenda foi postada no Estado de So Paulo
suficiente para justificar o aumento operado, posto comprovar, sem margem dvidas, a
interestadualidade do delito. 2.7. APLICAO EM GRAU MXIMO DO REDUTOR PREVISTO NO ARTIGO
33, 4, DA LEI DE TXICOS. IMPOSSIBLIDADE. NATUREZA E QUANTIDADE DA DROGA QUE NO
PERMITEM A REDUO ALM DO MNIMO. PERCIA POR AMOSTRAGEM QUE LEGTIMA PARA
CONSTATAR A GRANDE QUANTIDADE DE ENTORPECENTE APREENDIDA. REDUO MNIMA MANTIDA.
Invivel a incidncia do redutor em sua mxima expresso em razo da natureza e da expressiva
quantidade de entorpecente apreendida (mais de mil e duzentos comprimidos de ecstasy), em
especial diante da admissibilidade da percia por amostragem, que legtima para constatar a
grande quantidade de entorpecente apreendida. 3. DOSIMETRIA. FIXAO DA PENA-BASE NO
MNIMO LEGAL. INVIABILIDADE. MAJORAO DIANTE DAS CIRCUNSTNCIAS REPUTADAS COMO
NEGATIVAS, EM DECORRNCIA DA NOCIVIDADE DO ENTORPECENTE E DA GRANDE QUANTIDADE
APREENDIDA. EXEGESE DO ART. 42, DA LEI N. 11.343/2006. PENA CORRETAMENTE DOSADA. 4.
REGIME INICIALMENTE FECHADO DE CUMPRIMENTO DA PENA. CRIME EQUIPARADO A HEDIONDO.
NOVA ORIENTAO DO STF. RECONHECIMENTO DA POSSIBILIDADE DE FIXAO DE REGIME DIVERSO
DO FECHADO. ALTERAO PARA O SEMIABERTO, ANTE A QUANTIDADE DE PENA, A PRIMARIEDADE E
A PRESENA DE CIRCUNSTNCIA JUDICIAL NEGATIVA APTA A INVIABILIZAR A FIXAO DE REGIME
MAIS BRANDO. PROVIMENTO DO RECURSO QUANTO AO TPICO. Seguindo a orientao adotada
pelo plenrio do STF HC n. 111.840/ES, em que foi declarada, incidenter tantum, por maioria de
votos (8 a 3), a inconstitucionalidade do 1, do art. 2 da Lei n. 8.072/90, em face de seu conflito
com o princpio constitucional da individualizao da pena, viabiliza-se a adoo de regime mais
brando para o resgate da pena privativa de liberdade aos condenados pelo delito de trfico de

drogas, desde que preenchidos os requisitos legais. Consideradas na fixao da pena base, de
forma negativa, a qualidade e quantidade da droga, vivel a fixao do regime semiaberto no caso
concreto. 5. RESTRITIVAS DE DIREITOS. POSSIBILIDADE JURDICA. DECISO DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL QUE DECLAROU, INCIDENTALMENTE, A INCONSTITUCIONALIDADE DA VEDAO. EFEITO
ERGA OMNES CONFERIDO PELA RESOLUO N. 5/2012 DO SENADO FEDERAL. SUSPENSO DA
EXECUO DO TRECHO PROIBITIVO DA NORMA CONTEMPLADA NO 4 DO ART. 33 LEI N.
11.343/06. ACUSADO QUE NO FAZ JUS AO BENEFCIO, ANTE A CONSIDERAO NEGATIVA DAS
CIRCUNSTNCIAS DO CRIME. INTELIGNCIA DO ART. 44, INCISO III, DO CDIGO PENAL. Em face da
suspenso, pelo Senado Federal, da execuo do trecho da norma que veda aos apenados por
trfico de drogas a substituio por penas restritivas de direitos, no mais subsiste bice legal para
a sua concesso, motivo pelo qual, preenchidos os requisitos legais, dever ser concedida a
benesse (Apelao Criminal (Ru Preso) n. 2012.057633-1, de Chapec, deste Relator). Contudo,
no preenchidos os requisitos, invivel a substituio almejada. 6. PEDIDO DE LIBERDADE
PROVISRIA. ACUSADO QUE RESPONDEU A TODO O PROCESSO PRESO. CONFIRMAO PARCIAL DA
SENTENA CONDENATRIA. SEGREGAO CAUTELAR DETERMINADA COM BASE EM PREMISSAS
FTICAS. INDEFERIMENTO. No h falar em liberdade provisria, posto ter havido a confirmao
parcial da sentena, no se vislumbrando motivos a justificar a precoce soltura. Alis, o acusado
respondeu a todo o processo preso e no coerente que agora, no momento em que sua
condenao parcialmente confirmada, outorgar-lhe a liberdade. Ademais, a deciso que converteu
a priso em flagrante em preventiva escorou-se em premissas concretas, como o caso da grande
quantidade de droga apreendida e de sua natureza sinttica. 7. DETRAO. INSTITUTO AFETO AO
JUZO DA EXECUO. NOVA DIRETRIZ ESTABELECIDA LEI 12.736/2012. REQUISITO OBJETIVO PARA
PROGRESSO NO CUMPRIDO PELO ACUSADO. Diante da nova diretriz estabelecida pela Lei
12.736/2012, observa-se que no foi preenchido o pressuposto objetivo para a progresso do
regime
prisional. Processo: 2013.028276-7. Relator: Des.
Jorge
Schaefer
Martins.
Julgamento:31/10/2013. .
11.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMNIO. RECEPTAO QUALIFICADA (ART. 180, 1,
CP). PLEITO DE ABSOLVIO. ALEGAO DE DESCONHECIMENTO DA ORIGEM ILCITA DOS BENS
ADQUIRIDOS DA CORR E POSTERIORMENTE REVENDIDOS EM SEU ESTABELECIMENTO COMERCIAL.
ALEGAO DE QUE ACREDITAVA SEREM LCITOS OS APARELHOS DE TELEFONE CELULAR
COMPRADOS, POIS CONTINHAM NOTA FISCAL. CORR QUE VENDIA CELULARES NOVOS DA EMPRESA
ONDE TRABALHAVA POR PREO BEM INFERIOR AO DE MERCADO AO RU E COM NOTA FISCAL EM
NOME DE CLIENTES DA LOJA ONDE TRABALHAVA. RU PROPRIETRIO DE ESTABELECIMENTO
COMERCIAL QUE COMPRA E VENDE CELULARES NOVOS E USADOS. ACUSADO QUE ALEGOU
ADQUIRIR OS CELULARES POR VALOR BEM INFERIOR AO QUE SO VENDIDOS NORMALMENTE.
EXERCCIO DA PROFISSO NO MESMO RAMO QUE EVIDENCIA QUE DEVIA SABER DA ORIGEM ILCITA
DOS APARELHOS COMPRADOS. ADEMAIS, RU QUE REVENDIA ESTES APARELHOS ADQUIRIDOS EM
SEU ESTABELECIMENTO TAMBM POR PREO INFERIOR E COM A NOTA FISCAL EM NOME DE
TERCEIRO. NO COMPROVAO DE QUE NO TINHA QUALQUER CINCIA DE QUE PUDESSEM SE
TRATAR DE OBJETOS ORIUNDOS DE CRIME. CONDENAO MANTIDA. PLEITO DE ABSOLVIO NO
ACOLHIDO. DESCLASSIFICAO PARA RECEPTAO CULPOSA OU SIMPLES. RU QUE
COMERCIANTE E PRATICOU O CRIME NESTA CONDIO. APLICAO DO "CAPUT" DO ART. 180 DO CP
QUE NO SE VERIFICA. REQUISITOS DO ART. 180, 3, DO CP NO PREENCHIDOS. IMPRUDNCIA
NO VERIFICADA. TIPO PENAL QUE ABARCA O DOLO DIRETO (SABE) E O DOLO EVENTUAL (DEVE
SABER). CIRCUNSTNCIAS DO CASO CONCRETO QUE SE AMOLDAM AO DESCRITO NA LEGISLAO
COMO RECEPTAO QUALIFICADA. DOSIMETRIA. ALTERAO PROMOVIDA DE OFCIO COM RELAO
AO AUMENTO NA SEGUNDA FASE DE APLICAO DA PENA. PRESENA DA AGRAVANTE DA
REINCIDNCIA. MAGISTRADO QUE ELEVOU A PENA EM UM ANO DE RECLUSO. PATAMAR
DEMASIADO. READEQUAO. CONTINUIDADE DELITIVA QUE PERMANECE EM 1/5, VISTO QUE
ADEQUADAMENTE FIXADA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2012.0291093. Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer. Julgamento: 31/10/2013
Cmaras de Direito Civil
12.DIREITO CIVIL E CONSUMERISTA - OBRIGAES - COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA -

ALIENAO DE TERRENO COM EDIFICAO DE CASA - ATRASO NA ENTREGA DA OBRA PELA


CONSTRUTORA - RESCISO CONTRATUAL C/C RESTITUIO DE VALORES MOVIDA PELO ADQUIRENTE
- PROCEDNCIA DO PEDIDO NO JUZO A QUO - INCONFORMISMO - 1. INEXISTNCIA DE RELAO DE
CONSUMO - CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - INAPLICABILIDADE - AFASTAMENTO - 2. ATRASO
NA ENTREGA DA OBRA - CASO FORTUITO OU FORA MAIOR - PERCALOS PREVISVEIS E EVITVEIS RISCO INERENTE ATIVIDADE - BICES INCOMPROVADOS - INADIMPLEMENTO CONFIGURADO SENTENA, DE BOA LAVRA, MANTIDA - APELO IMPROVIDO. 1. Os contratos imobilirios de
construtora se submetem disciplina jurdica do Cdigo de Defesa do Consumidor. 2. Excesso de
chuvas e escassez de mo de obra no consubstanciam fora maior para excluir a responsabilidade
por atraso na entrega de obra, porquanto so riscos inerentes construo civil, descabendo
transferi-los ao consumidor adquirente. Processo: 2012.057290-0. Relator: Des. Monteiro
Rocha. Julgamento: 31/10/2013.
13.VENDA CASADA DO SEGURO COM CONSRCIO DE CARRO. CONTRATO DE ADESO. NEGATIVA DE
PAGAMENTO DE INDENIZAO SECURITRIA EM VIRTUDE DE ATRASO NO PAGAMENTO DE PARCELA
DO PRMIO. SUSPENSO OU CANCELAMENTO AUTOMTICO DO SEGURO. IMPOSSIBILIDADE.
APLICAO DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CLUSULAS CONTRATUAIS ABUSIVAS E
ILEGAIS. VERBA DEVIDA. O simples atraso no pagamento de uma das parcelas do prmio, por si s,
no se equipara ao inadimplemento total da obrigao do segurado e, assim, no confere direito
seguradora de descumprir sua obrigao, alegando suspenso ou resoluo automtica do contrato,
face

ilegalidade
das
clusulas
contratuais
nesse
sentido.
RECURSO
DESPROVIDO. Processo: 2010.021893-8. Relator: Des.
Gilberto
Gomes
de
Oliveira.
Julgamento: 07/11/2013.
14.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE NULIDADE DE ATO JURDICO. TRANSFERNCIA DE
IMVEL AO EX-CNJUGE. ALEGADA FALTA DE DISCERNIMENTO PARA OS ATOS DA VIDA CIVIL.
DEPRESSO. MNGUA PROBATRIA DA INCAPACIDADE. PRAZO PRESCRICIONAL. FLUNCIA.
SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. No demonstrada a incapacidade do agente poca
da contratao, o termo inicial para se pleitear a anulao do negcio jurdico ocorre na data da sua
formalizao. Processo: 2013.064555-0 (Acrdo). Relator: Des. Fernando Carioni. Origem
Julgamento: 29/10/2013. Classe: Apelao Cvel.
15.APELAO CVEL. AO DE COBRANA. SEGURO DE VECULO. NEGATIVA DE PAGAMENTO,
LASTREADA NO ARGUMENTO DE QUE O CONDUTOR DO VECULO SEGURADO ESTARIA DIRIGINDO
SOB O EFEITO DA INGESTO DE BEBIDA ALCOLICA. EXCLUSO DE COBERTURA EXPRESSAMENTE
ELENCADA NAS CONDIES GERAIS DA APLICE. JUNTADA DE AUTO DE CONSTATAO DE SINAIS
DE EMBRIAGUEZ LAVRADO PELA POLCIA MILITAR E SUBSCRITO PELO MDICO PLANTONISTA, LOGO
APS O ACIDENTE DE TRNSITO, CONFIRMANDO A ALCOOLEMIA. CAUSA DETERMINANTE PARA A
OCORRNCIA DO SINISTRO, QUE RESULTOU NA MORTE DE UM DOS PASSAGEIROS DO VECULO
SEGURADO. AGRAVAMENTO DO RISCO CARACTERIZADO. ARTS. 765 E 768, AMBOS DO CC.
OBRIGAO DE INDENIZAR AFASTADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Nos dias de hoje, onde as
campanhas publicitrias e educativas so absolutamente enfticas e conhecidas de todos, quem
voluntariamente assume a conduo de veculo automotor depois de ingerir qualquer quantidade
de lcool, deve estar preparado para as consequncias diretas ou indiretas desta conduta, o que, no
caso em contenda, inclui a possibilidade de vir a perder o direito cobertura do seguro
contratado. Processo: 2013.062992-7. Relator: Des.
Luiz
Fernando
Boller. Julgamento: 07/11/2013.
16.APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS.
REPORTAGEM TRANSMITIDA POR EMISSORA DE TELEVISO AFILIADA REDE RIC RECORD,
NOTICIANDO A CONDUO DE CIDADO PRISO, PELA POLCIA MILITAR, EM CUMPRIMENTO A
MANDADO EXPEDIDO POR INADIMPLEMENTO DE PENSO ALIMENTCIA. INOBSERVNCIA DA
EXISTNCIA DE ALVAR DE SOLTURA, EXPEDIDO EM RAZO DO PAGAMENTO DO DBITO. DEMANDA
AJUIZADA PELO ALIMENTANTE EM DESFAVOR DA ESTAO RETRANSMISSORA DE TV. ALEGADO
ABALO ANMICO SUPORTADO EM RAZO DA DISSEMINAO DE SUA IMAGEM E DE SEU NOME PELO

VECULO DE COMUNICAO, QUE TERIA AGIDO SEM A CAUTELA DEVIDA AO DIVULG-LOS.


SENTENA DE IMPROCEDNCIA. INSURGNCIA DO DEMANDANTE. ANIMUS DIFAMANDI E INJURIANDI
NO EVIDENCIADOS NA REPORTAGEM TELEVISIVA. VEICULAO DE FATOS VERDICOS, DE
INTERESSE PBLICO, E TRANSMITIDOS DE FORMA ADEQUADA E CIVILIZADA. EMISSORA REGIONAL
QUE SE AMPAROU NAS DECLARAES E NA PRPRIA ATUAO DA AUTORIDADE POLICIAL,
RELATANDO O MOTIVO DO RECOLHIMENTO DELEGACIA DE POLCIA, SEM EXPRIMIR COMENTRIO
INJURIOSO, INVERDICO OU DEPRECIATIVO DA IMAGEM DO APELANTE. INEXISTNCIA DE ABUSO NO
DIREITO DE MANIFESTAO DO PENSAMENTO. AUSNCIA DE CONDUTA CONTRRIA AO DIREITO,
REQUISITO PARA A CONFIGURAO DO ATO ILCITO. DEVER DE INDENIZAR NO TIPIFICADO.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "A veiculao de notcia desabonadora s autoriza a
responsabilizao por eventuais danos de ordem moral quando evidenciado o intuito especfico de
agredir moralmente a vtima, pois, no mais, deve prevalecer o animus narrandi imperativo do
exerccio regular de direito abrangido pelos rgos informativos". Processo: 2013.0034049. Relator: Des. Luiz Fernando Boller. Julgamento: 07/11/2013.
17.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO CUMULADA COM DANOS
MORAIS. PROCEDNCIA. FINANCIAMENTO BANCRIO CONTRADO EM NOME DA AUTORA.
COINCIDNCIA DAS ASSINATURAS CONSTANTES NO CONTRATO IMPUGNADO E NA CARTEIRA DE
HABILITAO DA DEMANDANTE. INADIMPLEMENTO. INSCRIO INDEVIDA NO RGO DE PROTEO
AO CRDITO. RECORRIDA LUDIBRIADA POR SEU SOBRINHO. PRETENSO DE FIGURAR APENAS COMO
AVALISTA, E NO DEVEDORA PRINCIPAL. DVIDA INEXISTENTE. CONTUDO, AUSNCIA DE NEXO DE
CAUSALIDADE ENTRE O ATO E O DANO. AUTORA QUE FORNECEU SEUS DOCUMENTOS PESSOAIS A
PESSOA QUE ERA DE SUA CONFIANA, CONTRIBUINDO, ASSIM, PARA A OCORRNCIA DO ABALO
CREDITCIO. INDENIZAO INDEVIDA. RECURSO PROVIDO EM PARTE. Processo: 2013.0633081. Relator: Des. Srgio Izidoro Heil. Julgamento:14/11/2013.
18.APELAO CVEL. AO DE INTERDIO. SENTENA EXTINTIVA, SEM RESOLUO DO MRITO.
ADOLESCENTE PORTADORA DE TRANSTORNO MENTAL E COM GRAVIDEZ DE ALTO RISCO.
RELATIVAMENTE INCAPAZ. POSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO. INCIDNCIA DOS PRINCPIOS DA
ECONOMIA E CELERIDADE PROCESSUAL. SENTENA REFORMADA. RETORNO DOS AUTOS ORIGEM
PARA REGULAR PROSSEGUIMENTO. RECURSO PROVIDO. Apesar da regra civil considerar inexequvel
a interdio de pessoa relativamente incapaz, diante da demonstrao de que a interditanda possui
transtorno mental, esteja prximo de implementar a maioridade e com gravidez de alto risco, faz-se
possvel o prosseguimento da interdio, mormente visando prestigiar os princpios da economia
celeridade
processual. Processo: 2013.058581-4. Relator: Srgio
Izidoro
Heil.
Julgamento:24/10/2013.
19.APELAO CVEL. AO REVISIONAL DE BENEFCIO DE PREVIDNCIA PRIVADA C/C COBRANA,
PROPOSTA POR PASTOR EVANGLICO. RECURSO DA REQUERIDA CONVENO DAS IGREJAS
EVANGLICAS ASSEMBLIA DE DEUS. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. ALEGAO DE QUE
NO MAIS A RESPONSVEL PELO AUXLIO AOS OBREIROS, DESDE A CRIAO DA CAIXA DE
EVANGELIZAO DAS ASSEMBLIAS DE DEUS DE SANTA CATARINA - CEADESCP. APELADO QUE SE
RESPONSABILIZOU EM CUMPRIR AS NORMAS ESTATUTRIAS, ESTABELECIDAS NO REGIMENTO
INTERNO, O QUAL PREV A POSSIBILIDADE DE DESCONTO DE 10%, A TTULO DE DZIMO, DO
SALRIO DOS JUBILADOS/APOSENTADOS, EM FAVOR DA CAIXA DE SOCORRO. PREFACIAL DE
ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM ACOLHIDA. EXTINO FEITO, FULCRO ART. 267, VI, CPC.
SENTENA
CASSADA. Processo: 2009.036567-3. Relator: Des.
Srgio
Izidoro
Heil. Julgamento: 07/11/2013.
20.INDENIZATRIA. DANO MORAL. EXPRESSES OFENSIVAS PROFERIDAS POR SECRETRIO
MUNICIPAL CONTRA VEREADOR, EM ENTREVISTA RADIALSTICA. MANIFESTAO INSERTA EM UM
QUADRO DE CRTICAS RECPROCAS, REFERENCIANDO SUPOSTA CONDUTA DE AUTOPROMOO
ADOTADA PELO OFENDIDO. CRTICAS INERENTES AO MEIO PBLICO E POLTICO A QUE
PERTENCENTE O AUTOR. INOCORRNCIA DE ABALO ANMICO, QUE S SE CONFIGURA DIANTE DA
PROVA DE M-F DO RESPONSVEL PELA VEICULAO OU DO ABUSO DE DIREITO. INEXISTNCIA DE

COMPROVAO NESSE SENTIDO. SENTENA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. A


coliso de dois primados igualmente essenciais ao Estado de Direito, quais sejam, a proteo aos
atributos pessoais da honra, imagem e intimidade e a garantia da liberdade de imprensa, demanda
do julgador a necessria ponderao das circunstncias do caso concreto. Diante disso, sendo o
ofendido figura pblica, de destaque no mbito social, cujo mister traz em si o nus de ser
constantemente alvo das mais variadas crticas pela opinio pblica, deve-se primar pela livre
manifestao do pensamento, por servir de relevante ferramenta no enriquecimento do debate
poltico e no fortalecimento da sociedade pluralista e democrtica. Processo: 2012.0562459. Relator: Des. Ronei Danielli.
Cmaras de Direito Comercial
21. SOCIEDADE LIMITADA. "AO DECLARATRIA DE INCLUSO EM SOCIEDADE CUMULADA COM
DISSOLUO, APURAO DE HAVERES E PARTILHA DE BENS DA SOCIEDADE ENTRE OS SCIOS".
IMPROCEDNCIA NA ORIGEM. AGRAVO RETIDO DA PARTE R. CONTRADITA DE TESTEMUNHA. AO
TRABALHISTA AJUIZADA CONTRA O RU. PARTICULARIDADE QUE NO CONFIGURA SUSPEIO OU
IMPEDIMENTO. INDEFERIMENTO IMPERIOSO. O simples ajuizamento de ao trabalhista contra o ru
no demonstra, por si s, interesse pessoal na causa ou inimizade ntima, razo pela qual no est
configurada a supeio ou o impedimento do depoente. AGRAVO RETIDO DO APELANTE. AUSNCIA
DE PEDIDO EXPRESSO. NO CONHECIMENTO. Inexistente requerimento expresso pela parte
interessada quanto ao agravo retido, mostra-se, nos termos do 1 do art. 523 CPC, necessrio o
seu no conhecimento. APELAO DO AUTOR. ALEGADA INCLUSO EM QUADRO SOCIETRIO POR
ALTERAO CONTRATUAL NO REGISTRADA. SOLENIDADE INDISPENSVEL. INTELIGNCIA DO ART.
301 DO CDIGO COMERCIAL VIGENTE POCA. RECURSO DESPROVIDO. Segundo o art. 301 do
Cdigo Comercial vigente epoca, necessrio o registro em rgo competente para tornar vlidas
as alteraes no contrato social das sociedades comerciais. Se inobservada a solenidade, no h
falar em reconhecimento da incluso no quadro societrio da empresa. Processo: 2013.0571152. Relator: Des. Ricardo Fontes. Julgamento: 31/10/13.
22.APELAO CVEL. COBRANA. TRANSPORTE MARTIMO INTERNACIONAL. FRETE, SOBRE-ESTADIA
(DAYS OF DEMURRAGE) E CAPATAZIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. JUNTADA DE PETIO. NO
INTIMAO DA PARTE CONTRRIA. FATOS J REBATIDOS. AUSNCIA DE PREJUZO. No importa em
declarao de nulidade a falta de intimao da parte acerca da juntada de petio protocolizada
pela outra, na qual no apresentada tese ou documento novo, mas apenas reafirmadas alegaes j
contraditadas. PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE ATIVA. REJEIO. COBRANA DA SOBRE-ESTADIA.
LEGITIMIDADE DA TRANSPORTADORA PROPRIETRIA DO CONTINER. A sobre-estadia (demurrage ou
sobredemora) compensao devida ao proprietrio do continer em razo da reteno dessa
unidade de carga por prazo superior ao contratualmente previsto como de iseno (free time).
Expirado o prazo de iseno sem que o continer tenha sido desovado e devolvido ao proprietrio,
torna-se devida ao proprietrio a sobre-estadia. PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE ATIVA. COBRANA DA
CAPATAZIA. REJEIO. LEGITIMIDADE DA TRANSPORTADORA. TERMINAL HANDLING CHARGE.
OPERAES DE PTIO. INCLUSO EXPRESSA NO BILL OF LADING. A transportadora parte legtima
para demandar a cobrana da quantia relativa capatazia, quando discriminado no Bill of Lading.
DESEMBARQUE DAS MERCADORIAS NO TERMINAL PORTURIO. OBRIGAO DA TRANSPORTADORA
CUMPRIDA. DESTINO DADO S MERCADORIAS. LIMITES DA LIDE. A obrigao da transportadora
encerra-se com a entrega e o desembarque do continer no terminal porturio de destino. O que
acontece da em diante no de sua responsabilidade e no pode ser a ela oposto pela destinatria
como justificativa para o inadimplemento contratual. Eventual responsabilidade do porto (quanto
conservao das mercadorias desembarcadas) ou da expedidora (quanto ao envio dessas
mercadorias destinatria, se devia ou no as ter enviado), h de ser objeto de ao prpria, que
tenha tais fatos como causa de pedir e aponte os respectivos fundamentos jurdicos. BILL OF
LADING. FALTA DE ASSINATURA DA DESTINATRIA DA MERCADORIA. IRRELEVNCIA. tpico dessa
modalidade de transporte, em que expedidor (shipper) e consignatrio (consignee) encontram-se a
um oceano de distncia um do outro, que aquele firme com a transportadora o contrato de
transporte martimo e este apenas conhea de seus termos, receba a carga e, se assim constar do
conhecimento de embarque (freight collect), pague o transporte e demais custos. Por suas prprias

particularidades, diga-se, "geogrficas", esse tipo de contrato no reclama a assinatura prvia do


destinatrio da carga. O ajuste feito validamente entre o expedidor e o transportador, e a
obrigao alcana o destinatrio, que ter, no entanto, direito de regresso contra o expedidor se
com este outra coisa contratara. EXPEDIDORA. DEVOLUO DE MERCADORIAS. MATRIA DE DEFESA
APRESENTADA APENAS EM GRAU RECURSAL. Implica ofensa ao devido processo legal, mais
especificamente aos princpios do juiz natural, da estabilidade da demanda e da ampla defesa, a
apresentao, em grau recursal, de teses defensivas no opostas por ocasio da
contestao. Processo: 2009.041114-5 (Acrdo). Relatora: Des. Janice Goulart Garcia Ubialli.
Julgamento: 31/10/2013 Classe: Apelao Cvel.
23.APELAO CVEL - AO ORDINRIA - ALEGADA LICITUDE DO PROTESTO, POR INDICAO, DE
BOLETO BANCRIO - DUPLICATA VIRTUAL - ADMISSO QUANDO EXISTENTE A RELAO COMERCIAL
ENTRE AS PARTES E O COMPROVANTE DE ENTREGA DA MERCADORIA OU DE PRESTAO DE
SERVIOS - OCORRNCIA NA HIPTESE - ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIA E DESTA CORTE - LEGALIDADE DO PROTESTO - EXEGESE DO ART. 8,
PARGRAFO NICO, DA LEI 9.492/1997 - APELO DESPROVIDO. Consoante a jurisprudncia do
Superior Tribunal de Justia, atenta ao progresso tecnolgico e influncia deste na praxe das
relao comerciais, "os boletos de cobrana bancria vinculados ao ttulo virtual, devidamente
acompanhados dos instrumentos de protesto por indicao e dos comprovantes de entrega de
mercadoria ou da prestao dos servios, suprem a ausncia fsica do ttulo cambirio eletrnico e
constituem, em princpio, ttulos executivos extrajudiciais". Seguindo o entendimento daquela Corte
Superior, este Egrgio Tribunal, inclusive no mbito deste rgo Julgador, passou a entender que se
admite o protesto por indicao de boletos bancrios, se verificada a existncia da relao
comercial que d lastro s duplicatas emitidas e, tambm, o comprovante de entrega das
mercadorias ou da prestao dos servios, sendo prescindvel a comprovao da recusa do aceite
ou a indevida reteno do ttulo original pelo sacado (devedor). Verificado, no caso concreto, que o
protesto por indicao de boletos bancrios se efetivou com obedincia aos requisitos acima
delineados,
no
h
como
se
concluir
pela
ilegalidade
do
procedimento
cartorrio. Processo: 2012.027402-8. Relator: Des.
Robson
Luz
Varella.
Julgamento:05/11/2013. .
24.APELAO CVEL. EMBARGOS EXECUO. SENTENA DE PARCIAL PROCEDNCIA. INSURGNCIA
DOS EMBARGANTES. CDULA RURAL HIPOTECRIA. CULTIVO DE CAMARES (CARCINICULTURA)
ATINGIDO PELO VRUS DENOMINADO "MANCHA BRANCA". CASO FORTUITO. HIPTESE EVIDENCIADA.
CONTINUIDADE DO NEGCIO INVIABILIZADA POR EVENTO DA NATUREZA IMPREVISVEL E
INEVITVEL. AUSNCIA DE CULPA DOS EMBARGANTES. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DE ACORDO
COM PROGRAMA ESTADUAL DE CULTIVO DE CAMARES MARINHOS, ELABORADO PELA EPAGRI E DO
QUAL, O BANCO EMBARGADO TINHA PLENO CONHECIMENTO. BOA-F CONTRATUAL DOS
EMBARGANTES. INADIMPLEMENTO INVOLUNTRIO DAS PARCELAS CONTRATADAS, DIANTE DO
INSUCESSO DO EMPREENDIMENTO. FINANCIAMENTO COM RECURSOS CONTROLADOS DO CRDITO
RURAL (ATIVIDADE PESQUEIRA). APLICAO DA TEORIA DO RISCO DA ATIVIDADE-FIM DESENVOLVIDA
PELA INSTITUIO BANCRIA. DVIDA INEXIGVEL. TTULO ILQUIDO. EXCLUDENTE DE
RESPONSABILIDADE CIVIL. INTELIGNCIA DO ART. 393 DO CPC. DESCONSTITUIO DA GARANTIA
HIPOTECRIA E CONSEQUENTE EXTINO DA EXECUO. PREJUDICADAS AS DEMAIS TESES
RECURSAIS. NUS DA SUCUMBNCIA. INVERSO DIANTE DA REFORMA DA SENTENA A QUO.
HONORRIOS ADVOCATCIOS FIXADOS EM R$ 5.000,00 (CINCO MIL REAIS). EXEGESE DO ART. 20,
3 E 4 DO CPC. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. "se o caso fortuito ou de fora maior for
definitivo, impossibilitando absolutamente o cumprimento da obrigao, haver a resoluo do
contrato". Processo: 2009.063684-0. Relator: Des.
Dinart
Francisco
Machado.
Julgamento: 22/10/2013.
25.APELAO CVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. RECURSO DO EMBARGADO. PENHORABILIDADE DO
IMVEL. AUSNCIA DE PROVAS DE QUE O IMVEL CONSTITUI BEM DE FAMLIA. IMVEL
CONSTRINGIDO QUE, SEGUNDO A EMBARGANTE, LOCADO A TERCEIROS E CUJA RENDA REVERTE
EM BENEFCIO DO CASAL. POSSIBILIDADE DE PROTEO EM TESE. INTELIGNCIA DA SMULA 486,

DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. FALTA DE PROVAS. MERAS ALEGAES SEM QUALQUER


RESPALDO PROBATRIO. NUS DA EMBARGANTE (ART. 333, I, DO CPC). AUSNCIA DOS REQUISITOS
NECESSRIOS PARA A PROTEO DO IMVEL SOB A GIDE DA LEI N. 8.009/90. MANUTENO DA
PENHORA. SENTENA REFORMADA E RECURSO PROVIDO NO PONTO, SOB FUNDAMENTO DIVERSO.
"Nos termos do enunciado da Smula 486 do Superior Tribunal de Justia, a impenhorabilidade da
Lei n. 8.009/1990 estende-se ao imvel do devedor, ainda que se encontre locado a terceiros, desde
que comprovado que a renda auferida com esta locao reverte para a moradia ou subsistncia da
famlia, hiptese, todavia, no verificada nestes autos.". PENHORABILIDADE DO IMVEL.
PRESUNO DE QUE A DVIDA FOI CONTRADA EM BENEFCIO DO CASAL. MANUTENO DA
PENHORA. RECURSO PREJUDICADO NO PONTO. NUS DE SUCUMBNCIA. PRETENSO DE INVERSO.
POSSIBILIDADE. REFORMA DA SENTENA. EMBARGANTE QUE FIGURA COMO NICA SUCUMBENTE
NA DEMANDA, DEVENDO SUPORTAR AS DESPESAS PROCESSUAIS E HONORRIOS ADVOCATCIOS.
APLICAO DO ART. 20, CAPUT, DO CPC. APELO PROVIDO NO PONTO. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. Processo: 2011.000578-1
(Acrdo). Relator: Des.
Gerson
Cherem
II.
Julgamento: 07/11/2013.
26.APELAO CVEL. EMBARGOS MONITRIOS. CHEQUES. RECURSO DA EMBARGANTE. ALEGADA
PRTICA DE AGIOTAGEM. PRETENDIDA DISCUSSO ACERCA DA CAUSA DEBENDI. IMPOSSIBILIDADE.
DEBATE QUE SE LIMITA AO EMBARGADO - PORTADOR DAS CRTULAS - E AO TERCEIRO QUE
SUPOSTAMENTE AS ENTREGOU. EMITENTE DOS TTULOS QUE, ADEMAIS, RECONHECE T-LOS
EMPRESTADO A SEU EX-CNJUGE. PRESCINDIBILIDADE, POR TAL MOTIVO, DE REVELAO DA
ORIGEM DAS CAMBIAIS. SENTENA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Revela-se
incogitvel emitente de cheque pretender a discusso da causa debendi de ttulo entregue por
terceiro ao portador, sob argumento de que este ltimo exerceria a prtica de
agiotagem.Processo: 2008.073152-5. Relator: Des. Gerson Cherem II. Julgamento: 24/10/2013.
Cmaras de Direito Pblico
27.AO CIVIL PBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PROCEDIMENTO LICITATRIO FORJADO
POR MEIO DE CARTA-CONVITE, PARA JUSTIFICAR O PAGAMENTO DE DESPESAS REALIZADAS SEM
CONCORRNCIA. DOLO EVIDENTE. VIOLAO A VALORES CONSTITUCIONALMENTE PROTEGIDOS.
INTELIGNCIA DO ART. 11 DA LEI N. 8.429/1992. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO PARA JULGAR
PROCEDENTE O PEDIDO. Processo: 2008.027100-5 (Acrdo). Relator: Des. Paulo Henrique
Moritz Martins da Silva. Julgamento: 29/10/2013.
28.RESPONSABILIDADE CIVIL. 1. AGRAVO RETIDO. ALEGADA ILEGITIMIDADE DA AUTORA, EM RAZO
DE NO CONSTAR COMO ME NO REGISTRO CIVIL DO DE CUJUS. MATERNIDADE AFETIVA
DEVIDAMENTE DEMONSTRADA, UMA VEZ QUE A PROVA TESTEMUNHAL FOI UNNIME EM AFIRMAR
QUE A AUTORA FOI QUEM O CRIOU DESDE PEQUENO. LEGITIMIDADE CONFIGURADA. Ainda que no
tenha restado devidamente comprovada a maternidade biolgica da autora, ficou devidamente
demonstrada a maternidade afetiva, a qual j legitima a autora a requerer a presente indenizao
em face do ru. 2. SUICDIO DE PRESO. OMISSO ESPECFICA. DEVER DE CUIDADO DOS AGENTES
PBLICOS. APLICAO DA TEORIA OBJETIVA. INTELIGNCIA DO ART. 37, 6, DA CONSTITUIO
FEDERAL. NEXO CAUSAL ENTRE A CONDUTA DO ENTE PBLICO E A OMISSO DEVIDAMENTE
CARACTERIZADO. DEVER DE INDENIZAR RECONHECIDO NESTE GRAU DE JURISDIO. "(...) havendo
uma omisso especfica, o Estado deve responder objetivamente pelos danos dela advindos. Logo,
se o prejuzo consequncia direta da inrcia da Administrao frente a um dever individualizado
de agir e, por conseguinte, de impedir a consecuo de um resultado a que, de forma concreta,
deveria evitar, aplica-se a teoria objetiva, que prescinde da anlise da culpa" (TJSC, AC n.
2009.046487-8, rel. Des. Luiz Czar Medeiros, j. 15.9.09). 3. DANO MORAL. QUANTUM
INDENIZATRIO. VALOR QUE DEVE ATENDER S FINALIDADES DO INSTITUTO INDENIZATRIO.
MAJORAO EM ATENO AO SEU CARTER REPRESSIVO-PEDAGGICO E EM CONSONNCIA COM O
ENTEDIMENTO ADOTADO POR ESTA CMARA. O valor da indenizao a ser arbitrada deve seguir
critrios de razoabilidade e proporcionalidade, mostrando-se efetivo repreenso do ilcito e
reparao do dano, sem, em contrapartida, constituir enriquecimento ilcito. 4. ENCARGOS
MORATRIOS. DANOS MORAIS. JUROS DE MORA A PARTIR DO EVENTO DANOSO. EXEGESE DA

SMULA N. 54 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. CORREO MONETRIA DESDE O


ARBITRAMENTO, DE ACORDO COM A SMULA N. 362 DA CORTE SUPERIOR. INCIDNCIA DOS
NDICES DA POUPANA, NOS TERMOS DO ART. 1-F DA LEI N. 9.494/97, ALTERADO PELA LEI N.
11.960/09. Os juros de mora devero incidir a partir do evento lesivo, nos termos da Smula n. 54
STJ, em 1% ao ms. A partir do arbitramento, devero incidir os ndices da caderneta de poupana,
nos termos do art. 1-F da Lei n. 9.494/97, alterado pela Lei n. 11.960/09, que compreendem tanto a
correo monetria como os juros de mora. 5. PENSO MENSAL. GENITORA. FILHO QUE AINDA
RESIDIA COM A ME. FAMLIA DE BAIXA RENDA. DEPENDNCIA ECONMICA PRESUMIDA. TERMO
INICIAL E FINAL. REPARAO DEVIDA. 5.1 "Aos pais assegura-se constitucionalmente o direito
assistncia dos filhos na velhice, na carncia e na enfermidade. Este direito, ainda que potencial
tem valor econmico e integra o patrimnio da pessoa. Tal solidariedade da famlia no pode ser
desconhecida do direito. Logo, se desaparece em conseqncia de ato ilcito h dano concreto,
mesmo que a filha, solteira, adulta e ainda residente na casa paterna no contribusse
financeiramente para sua manuteno, mas a ela dedicasse seu labor por meio de afazeres
domsticos. Cuidando-se de famlia pobre, a recomposio do evento danoso decorrente de ato
ilcito deve ser a mais ampla possvel, no encontrando a obrigao de pensionar limite para ser
reconhecida no fato da filha j ser maior de 25 anos, poca do infortnio, e dependente
economicamente dos pais". 5.2 Nos termos da jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia, a
penso mensal deve ser fixada no importe de 2/3 sobre o salrio mnimo at que a vtima viesse a
completar 25 anos idade, e, a partir dessa data, em 1/3 do salrio mnimo at a data em que a
falecida viesse a completar 65 anos de idade. SENTENA DE PROCEDNCIA REFORMADA, TO
SOMENTE PARA MAJORAR O QUANTUM INDENIZATRIO E DETERMINAR O PAGAMENTO DE PENSO
AUTORA E READEQUAR OS ENCARGOS MORATRIOS. AGRAVO RETIDO E RECURSO DO RU
DESPROVIDOS.
RECURSO
DA
AUTORA
PROVIDO.
REMESSA,
EM
PARTE,
PROVIDA. Processo: 2012.064393-1.Relator: Des.
Francisco
Oliveira
Neto.
Julgamento: 29/10/2013 .
29.APELAO CVEL - CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO - AO CIVIL PBLICA COM PEDIDO
LIMINAR - IMPLEMENTAO DE TRANSPORTE ESCOLAR GRATUITO AOS ALUNOS DO MUNICPIO DE
TRS BARRAS, MATRICULADOS NO ENSINO MDIO DA REDE PBLICA ESTADUAL - INGERNCIA DO
PODER JUDICIRIO NAS ATRIBUIES DO EXECUTIVO - NO OCORRNCIA - DEVER INARREDVEL DO
ESTADO DE GARANTIR O ACESSO EDUCAO - EXEGESE DO ART. 208, VII, E DO ART. 211, 3,
AMBOS DA CF, BEM COMO DO ART. 163, VII, DA CE, E AINDA, DO ART. 4, VIII, E DO ART. 10, VII,
ESTES LTIMOS DA LF N. 9.394/96 (LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAO NACIONAL) SENTENA ESCORREITA - HARMONIA ORIENTAO PRETORIANA ASSENTE - RECURSO
DESPROVIDO. "Educar, certamente, representa algo muito alm do oferecimento de vagas em
escolas pblicas. Garantir o acesso ao ensino mdio obrigatrio, fornecendo material didtico,
transporte e alimentao, , antes de tudo, exerccio de cidadania, a fim de proporcionar
oportunidade de uma vida mais digna queles menos favorecidos economicamente. Na ausncia de
medidas concretas para efetivao desse direito por parte do Executivo, resta ao Judicirio atentar
ao administrador sobre os seus deveres perante a sociedade e a ordem constitucional. No se trata,
no caso em voga, de ingerncia deste Poder no mbito da discricionariedade administrativa. No h
margens para escolha pelo ente pblico. Proporcionar o acesso educao dever do Estado, no
havendo alternativas, a no ser oferecer, de fato, os mecanismos essenciais para tanto. "O direito
educao um dos mais sagrados direitos sociais, porquanto a prpria Constituio lhe confere o
status de direito pblico subjetivo, impondo Administrao Pblica o encargo de propiciar, com
polticas sociais concretas e efetivas, o amplo acesso aos estabelecimentos de
ensino".. Processo: 2008.023956-4. Relator: Des.
Cid
Goulart. Julgamento:22/10/2013. .Classe: Apelao Cvel.
30.AGRAVO INSTRUMENTO. CONCURSO PBLICO. INSCRIO EXCLUSIVAMENTE VIA INTERNET. STIO
INDISPONVEL LTIMO DIA PRAZO DA INSCRIO. LIMINAR ASSEGURAR A INSCRIO DO AUTOR NO
CERTAME.
RECURSO
PROVIDO.Processo: 2013.050235-3. Relator: Des.
Pedro
Manoel
Abreu. Julgamento: 22/10/13

31.ADMINISTRATIVO - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - INOCORRNCIA. 1 Nem toda irregularidade


administrativa pode ser classificada como improbidade, mesmo quando aparentemente o ato
tisnado de ilegalidade se enquadre na tipificao genrica do art. 11 da Lei 8.429/92. 2 Na ausncia
de inteno do agente pblico em fraudar o procedimento licitatrio, evidenciando-se que se tratou
de simples inabilidade administrativa, no h razo para o enquadramento da conduta na
LIA. Processo: 2013.032113-1. Relator: Des. Luiz Czar Medeiros.
32.RESPONSABILIDADE CIVIL. LOMBADA NA VIA. AUSNCIA DE SINALIZAO ADEQUADA. QUEDA DE
CICLISTA, QUE VEIO A BITO POR TRAUMATISMO CRNIO ENCEFLICO. CONFIGURAO DA OMISSO
ESPECFICA DO PODER PBLICO. APLICAO DA TEORIA OBJETIVA. NEXO CAUSAL ENTRE O
ACIDENTE E A OMISSO DO MUNICPIO DE CURITIBANOS NA CONSERVAO E FISCALIZAO DA VIA
PBLICA. DEVER DE RESSARCIR OS DANOS MORAIS E MATERIAIS CARACTERIZADO, MNGUA DA
EXISTNCIA DE CAUSAS EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ENTE MUNICIPAL.
"'A implantao de lombada em via municipal sem a necessria sinalizao legal configura omisso
especfica do ente pblico, em razo da inobservncia ao seu dever individualizado de agir'.
PENSO MENSAL FIXADA DE ACORDO COM CRITRIO SEDIMENTADOS E PACIFICADOS PELA
DOUTRINA E JURISPRUDNCIA: TERMO FINAL AOS 25 ANOS DE IDADE PARA O FILHO MENOR E AO
DIA EM QUE O DE CUJUS COMPLETARIA 70 ANOS PARA A PENSO DEVIDA VIVA. DIREITO DE
ACRESCER. IMPOSSIBILIDADE, CONTUDO, DE SE UTILIZAR O SALRIO MNIMO COMO INDEXADOR DE
CORREO MONETRIA. EFEITOS DA MORA E CORREO MONETRIA PELA TAXA SELIC A PARTIR DO
ARBITRAMENTO, AT A DATA DA ENTRADA EM VIGOR DA LEI N. 11.960/2009. PARCELAS VINCENDAS
QUE DEVERO SER ATUALIZADAS PELOS NDICES DA RESPECTIVA CATEGORIA PROFISSIONAL.
NECESSIDADE, ADEMAIS, DE SE RESGUARDAR EVENTUAL DIREITO A SER RECONHECIDO EM FAVOR
DO AUTOR DA AO DE INDENIZAO N. 022.13.001102-0, SEM PREJUZO DO DIREITO DE
ACRSCIMO. CONEXO ENTRE AS CAUSAS QUE, A DESPEITO DA PREJUDICIALIDADE EXTERNA, NO
IMPEDE O JULGAMENTO DO PROCESSO NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRA. VERBA DE NATUREZA
ALIMENTAR, NECESSRIA AO ATENDIMENTO DAS NECESSIDADES VITAIS BSICAS. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. "(...) quanto primeira prestao da penso alimentcia, os
juros de mora e a correo monetria, devidos desde a data do evento danoso (...), sero balizados
pela Taxa Selic at a data da publicao da Lei n. 11.960/09, quando deve ser substituda pelos
ndices aplicveis caderneta de poupana. Em relao s demais parcelas, os juros de mora e a
correo monetria devem incidir a partir de cada vencimento, balizados pela Taxa Selic, at a
vigncia da Lei n. 11.960/09 (30.06.2009), ocasio em que devem incidir os ndices da sobredita
aplicao financeira. Quanto s parcelas vincendas, "(...) justa e possvel a utilizao do salrio da
vtima como base de clculo da penso mensal indenizatria e a sua respectiva correo anual de
acordo com os ndices adotados no mbito da categoria profissional. Se estivesse trabalhando, a
expectativa de que auferiria recursos com base nos mesmos parmetros.". Mesmo que constatada
a prejudicialidade externa no que toca quantificao da penso mensal, em razo da pendncia
do julgamento de demanda ajuizada por outro suposto filho da vtima, o processo pode ser julgado
imediatamente na excepcional hiptese de as partes, que dependiam economicamente do de cujus,
necessitarem da verba para o atendimento de suas necessidades vitais bsicas; deve-se, contudo,
resguardar o montante cabvel a eventual reconhecimento do direito na demanda prejudicante, sem
prejuzo do direito de acrscimo, para o fim de se evitar decises conflitantes. RECURSO DOS
AUTORES. MAJORAO DO QUANTUM INDENIZATRIO ARBITRADO A TTULO DE DANOS MORAIS,
CONFORME OS PARMETROS DESTA CMARA. CONSIDERAO, ADEMAIS, DOS POSTULADOS DA
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE APLICVEIS ESPCIE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
A compensao pelo dano moral deve ser arbitrada no sentido de reconstituir a dor, o sofrimento
suportado pelos ofendidos pela perda do ente querido, bem como ser capaz de evitar a reiterao
da prtica lesiva, sem causar queles enriquecimento indevido, mostrando-se indispensvel a
anlise dos fatos concretos apresentados, notadamente quanto extenso do dano e capacidade
econmica das partes. REEXAME NECESSRIO. CONSECTRIOS LEGAIS. JUROS DE MORA A CONTAR
DO EVENTO DANOSO (SMULA N. 54 DO STJ) E CORREO MONETRIA A PARTIR DO
ARBITRAMENTO (SMULA N. 362 DO STJ), AT A DATA DA ENTRADA EM VIGOR DA LEI N.
11.960/2009. NDICE APLICVEL CADERNETA DE POUPANA. "As alteraes trazidas na Lei n.
9.494, de 10 de setembro de 1997, com a redao dada pela Lei n. 11.960, de 29 de junho de 2009

- que uniformizou a atualizao monetria e os juros incidentes sobre todas as condenaes


judiciais impostas Fazenda Pblica -, possui aplicabilidade imediata, inclusive em relao quelas
demandas ajuizadas anteriormente edio da novel legislao". Processo: 2013.0055665. Relator: Des. Carlos Adilson Silva.
33.REXAME NECESSRIO E APELAO CVEL. AO CIVIL PBLICA AJUIZADA COM FULCRO NA LEI N.
7.347/1985. DEMANDA PROPOSTA EM DESFAVOR DE AGENTES POLTICOS QUE PERCEBERAM
INDENIZAO DE VIAGENS COM BASE NO DECRETO MUNICIPAL N. 10/2001. PEDIDO DE ANULAO
DOS PAGAMENTOS REALIZADOS DE FORMA INDEVIDA E DE DEVOLUO DOS VALORES AO ERRIO.
APELO INTERPOSTO PELO EX-ALCAIDE. SENTENA QUE O CONDENOU AO RESSARCIMENTO DE
VALORES RECEBIDOS A MAIOR. ADEQUAO DO JULGADO PARA EXCLUIR DA CONDENAO
QUANTIA REFERENTE ANTECIPAO DE COMBUSTVEL. COMPROVAO DESTA DESPESA.
PREVISO LEGAL PARA O SEU PAGAMENTO. ANULAO DE DIVERSAS NOTAS DE EMPENHO.
AUSNCIA DE PROVA ACERCA DA REALIZAO DA VIAGEM PARA DEFESA DE INTERESSE PBLICO.
DESRESPEITO AOS PRINCPIOS DA MORALIDADE, PUBLICIDADE E LEGALIDADE. EXTINO DE
INQURITO POLICIAL E APROVAO DE CONTAS PELO TRIBUNAL DE CONSTAS DO ESTADO.
IRRELEVNCIA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. REMESSA OFICIAL. APLICAO
SISTMICA DO DISPOSTO NAS LEIS N. 4.717/1965 E 7.853/1985. ANLISE DOS PEDIDOS JULGADOS
IMPROCEDENTES. PREVALNCIA DO INTERESSE PBLICO. PLEITO INICIAL QUE BUSCA A
CONDENAO DO CONTADOR E TESOUREIRO MUNICIPAL AO RESSARCIMENTO AO ERRIO.
AUSNCIA DE PROVAS ACERCA DO PERCEBIMENTO, POR ESTES, DE VALORES DE FORMA IRREGULAR.
ATUAO DOS AGENTES APENAS NOS ATOS PROCEDIMENTAIS. MANUTENO DA SENTENA EM
REEXAME, QUANTO A ESTE PONTO. Processo: 2011.063030-2. Relator: Des. Jos Volpato de
Souza. Julgamento: 07/11/2013.
Cmara Especial Regional de Chapec
34. APELAO CVEL. AO DE INVESTIGAO DE PATERNIDADE CUMULADA COM PETIO DE
HERANA. EXAME DE DNA PRODUZIDO NOS AUTOS QUE INCONCLUSIVO EM RELAO A UMA DAS
INVESTIGANTES. SENTENA ANTERIOR QUE CASSADA POR ESTE TRIBUNAL, DETERMINANDO O
RETORNO DOS AUTOS PARA REALIZAO DE NOVO EXAME DE DNA. LABORATRIO RESPONSVEL
PELA PRODUO DA PROVA QUE REQUER O FORNECIMENTO DE MATERIAL GENTICO DA GENITORA
DOS RUS. REQUISIO NO ATENDIDA. TENTATIVA DE PRODUZIR A PROVA POR MEIO DA
EXUMAO DO CADVER FRUSTRADA. DILIGNCIA INEXITOSA ANTE A RECUSA DOS DIVERSOS
RGOS PBLICOS CONSULTADOS EM REALIZ-LA GRATUITAMENTE. RUS QUE ALEGAM NO TER
CONDIES DE ARCAR COM OS GASTOS DISPENDIDOS COM TAL EXAME. NEGATIVAS REITERADAS
QUE DEMONSTRAM TOTAL DESINTERESSE POR PARTE DOS RUS E SUA GENITORA NO DESLINDE DA
DEMANDA. APLICAO, POR ANALOGIA, DA SMULA 301 STJ. PATERNIDADE RECONHECIDA.
SENTENA MANTIDA. Deve ser reconhecida a paternidade quando falecido o pretenso genitor, como
no caso concreto, e os rus/herdeiros no se dispem a colaborar com a investigao, inclusive
quando o exame depende da coleta de material de quem no figura como parte mas mantm
ntima relao com os rus (genitora), pois dever das partes e de todos que de alguma forma
participam do processo no criar embaraos efetivao de provimentos judiciais (art.14, V, do
CPC). LITIGNCIA DE M F. ART. 17 CPC. INOCORRNCIA. SENTENA REFORMADA APENAS NESTE
PARTICULAR PARA AFASTAR A CONDENAO. Processo: 2013.041858-2 . Relator: Des. Artur
Jenichen Filho.
Turmas de Recursos
35.APELAO CRIMINAL. HOMOLOGADA A TRANSAO COMO PROPOSTA PELO MINISTRIO
PBLICO. MAGISTRADO QUE APENAS ALTERA A DESTINAO DA VERBA PARA ENTIDADE DIVERSA DA
EXIGIDA PELO APELANTE. INSURGNCIA MINISTERIAL. A TEOR DO ENUNCIADO 77 DO FONAJE "O
JUIZ PODE ALTERAR A DESTINAO DAS MEDIDAS PENAIS INDICADAS NA PROPOSTA DE TRANSAO
PENAL". DESTINAO DA VERBA, ADEMAIS, EM CONSONNCIA COM A RESOLUO N 54/2012 DO
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA. SENTENA MANTIDA POR SEUS PRPRIOS FUNDAMENTOS.
RECURSO RESPROVIDO. "No letra morta a locuo 'apreciao do juiz', constante no 3, do art.

76, da Lei n. 9.099/95, e, no obstante no possa o Magistrado alterar as condies ou a proposta


em si, pode o Juiz (poder-dever), em apreciando a proposta, dar multa destino diverso do sugerido
pelo Promotor de Justia, inexistindo tal extremo de discricionariedade ao Ministrio Pblico no art.
76,
da
Lei
n.
9.099/95".Processo: 2013.400612-3 Relator: Dr.
Mauricio
Mortari
Julgamento:12/11/2013.
36. CRIME DE VIOLAO DOMICLIO DURANTE PERODO NOTURNO. ART. 150, 1, CP. INSTRUO
QUE REVELA A ENTRADA DO RU NO DOMICLIO DA VTIMA, SEM SUA CONCORDNCIA, PARA
BANHAR-SE NA PISCINA. REA DE LAZER EXTERNA QUE FAZ PARTE DO "COMPARTIMENTO"
PROTEGIDO PELO LEGISLADOR. CASA DE PRAIA. LOCAL DE HABITAO EVENTUAL TAMBM
TUTELADO PELO DIREITO PENAL. INTIMIDADE E PRIVACIDADE COMPREENDIDAS NA LIBERDADE
INDIVIDUAL QUE VIOLADA DURANTE O CRIME. FATO TPICO E ANTIJURDICO. ABSOLVIO
IMPOSSVEL. CONDENAO. REFORMA DA SENTENA. RECURSO PROVIDO. No crime de violao de
domiclio, geralmente praticado na clandestinidade, longe dos olhos de testemunhas, as palavras da
vtima possuem fundamental importncia para a condenao, mormente porque, quando possvel,
quem acaba surpreendendo o agente. A permanncia do ru apenas em rea externa, sem ingresso
nos cmodos da casa da vtima, no afasta a tipicidade do delito, uma vez que o objeto protegido
alcana toda a estrutura que compe a habitao, nela includos o jardim, o quintal, a garagem e,
inclusive, a piscina. Assim, pratica o delito de violao de domiclio o ru que ingressa na residncia
da vtima e se utiliza da piscina, cuja conduta qualificada quando o ato cometido durante o
perodo noturno. A violao de casa de praia configura o delito do art. 150 CP, uma vez que o
legislador optou por proteger no apenas o local de residncia diria, contnua e ininterrupta, mas
todo e qualquer compartimento habitado ( 4, inc. I), ainda que eventualmente, excluindo apenas
as instalaes do 5 do referido dispositivo. A absolvio de agente que viola terreno de terceiro
para tomar banho de piscina importa autorizao judicial para ingresso de qualquer pessoa em
residncia alheia, o que se revela absolutamente inadequado e configura evidente desprezo da lei
penal em vigor. Processo: 2013.500668-1. Relatora: Dra. Viviane Isabel Daniel Speck de Souza.
37.RECURSO INOMINADO. SUPOSTO FATO PRODUTO. PROPALADA EXISTNCIA CORPO ESTRANHO NO
PACOTE DE ACAR. PONTOS PRETOS SIMILARES A "FERRINHOS". NUS PROVA DO FORNECEDOR.
NECESSIDADE, CONTUDO, DE PARTE DISPONIBILIZAR MATERIAL DITO IMPRPRIO AO CONSUMO
PARA ANLISE. CIRCUNSTNCIA INCONTROVERSAMENTE INOCORRENTE, VISTO QUE R ALEGOU
QUE, 2 OPORTUNIDADES, TENTOU CONTATO PARA VERIFICAR PRODUTO DITO DEFEITUOSO BEM
COMO PARA PROCEDER SUA TROCA, PEREMPTORIAMENTE NEGADO PELA CONSUMIDORA (FATO
CONSTATADO PELO SILNCIO QUANDO DA OPORTUNIDADE DA RPLICA). IMPOSSIBILIDADE,
PORTANTO, DE SE EXIGIR A INVERSO DO NUS DA PROVA. OUTROSSIM, INVIABILIDADE DE
IMPUTAR A RESPONSABILIDADE CIVIL AO FORNECEDOR, SOB PENA DE ERIGIR A SUA
RESPONSABILIDADE DA TICA DO RISCO DA ATIVIDADE, QUE ADMITE EXCLUDENTE DE
RESPONSABILIDADE (ART. 12, 3., DO CDC), AO CENRIO DA TEORIA DO RISCO INTEGRAL, QUE
NO ADMITE EXCLUSO DE RESPONSABILIDADE. O CASO CONCRETO, ADEMAIS, NO PODE SER
ENQUADRADO COMO FATO DO PRODUTO (ART. 12 CDC), PORQUE A PROVA QUE A FORNECEDORA
PODERIA
PRODUZIR
.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 080113974.2012.8.24.0038. Relator: Dr.
Fernando
de
Castro
Faria.
Julgamento: 21/10/2013. Classe: Recurso Inominado

edio n. 15 de 18 de dezembro de 2013.


rgo Especial
1.A incidncia do ICMS apenas sobre a energia eltrica efetivamente consumida incide em erro de
fato ao desprezar os aspectos tcnicos quanto composio da tarifa incidente.
2. inconstitucional a Lei Complementar n. 20/2005, do municpio de So Jos que prev
gratificao de representao aos cargos de Secretrio Municipal e de Secretrio Adjunto, quando
exercidos por servidores cedidos por outros Poderes e que optaram pelos vencimentos que
percebem em seus rgos de origem.
Seo Criminal

3.Age com omisso dolosa a me que, "garantidora" legal do dever de cuidado, zelo e proteo da
prole, flagra o companheiro abusando sexualmente da filha e a abandona sem tomar qualquer
providncia.
4.No bice decreto condenatrio inexistncia de exame dependncia toxicolgica, porque laudo
no se presta a constatar materialidade delitiva ou existncia de vestgios deixados pela infrao, e
sim a imputabilidade do agente.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
5.No seio de uma empresa com regime familiar, a titularidade de quotas e a administrao so
realidades que frequentemente se confundem, portanto, a previso, no contrato social, de que as
atividades de administrao sero realizadas apenas por um dos scios no suficiente para
afastar a responsabilidade dos demais.
Cmaras de Direito Criminal
6.A notcia de infrao ambiental instaurada pela Polcia Militar Ambiental, respaldada por Relatrio
de Fiscalizao da FATMA vlida a lastrear a persecuo penal.
7.As medidas cautelares diversas da priso so insuficientes para afastar o perigo real de o agente
reiterar na prtica de crimes cometidos na internet, visto que no afastam o livre acesso aos
equipamentos eletrnicos.
8. desnecessria a realizao de percia no sistema de interceptaes telefnicas, quando a
pretenso fundar-se na alegao genrica da possibilidade de existir adulterao, sem indicar onde
residiria o vcio.
9.A falta de frequncia dos filhos escola no pode ser imputada aos pais, incapazes, isto sim, de
impedir que o filho sofresse com as ofensas no ambiente escolar.
10.Em se tratando de jri, a mera veiculao do caso na mdia, circunstncia que, isolada, no se
presta a retirar o nimo imparcial do conselho de sentena, logo, no h que se falar em nulidade
do julgamento.
Cmaras de Direito Civil
11.Inexistindo prejuzo a terceiros, em homenagem ao princpio constitucional da dignidade humana
possvel retificar prenome causador de constrangimento ao seu portador.
12.O dissabor advindo do descumprimento contratual por concessionria que assumiu a
responsabilidade pela transferncia do veculo e no a efetuou em prazo razovel no possui fora
para lesionar direito personalssimo, no caracterizando, assim, dano moral passvel de
ressarcimento.
13. anulvel a clusula quota litis firmada em contrato de prestao de honorrios advocatcios
que prev a reteno, em favor do advogado, do percentual de 50% do montante das parcelas
atrasadas do benefcio previdencirio pertencentes ao cliente.
14.O veculo de comunicao que, objetivando melhor ilustrar a reportagem, indevidamente associa
indivduo prtica de ilcito penal, extrapola da liberdade de informao e desrespeita o princpio da
presuno de inocncia, configurando, in casu, dano moral in re ipsa.
15.A cincia inequvoca sobre a impossibilidade de paternidade biolgica, o ato voluntrio e
consciente de registro pblico espontneo e a ausncia de demonstrao de vcio de consentimento
ato irretratvel e irrevogvel.
16.Age ilicitamente empresa que impede a retirada de veculos do seu ptio, sem previso legal
para autotutela do direito de garantir crdito, passando exercer posse viciada pela precariedade,
obtida por abuso de confiana.
17.O proprietrio de veculo que permite sua conduo por outrem responde solidariamente pelos
prejuzos causados por este, sendo parte legtima para figurar no polo passivo da ao
indenizatria.
Cmaras de Direito Comercial
18.Tratando-se de dano moral decorrente da devoluo indevida de cheque, diante da existncia de
saldo em conta para regular pagamento do ttulo, a competncia para processar o julgar o reclamo
pertence s Cmaras de Direito Civil deste Tribunal.
19.Aquele que porta cheque formalmente perfeito no est obrigado a demonstrar a origem da
dvida, valendo o ttulo pelo que ele representa.
Cmaras de Direito Pblico

20. ilegal a excluso do concurso pblico de candidato convocado para o preenchimento de vaga
por meio de carta com aviso de recebimento que retorna ao remente com a anotao de
destinatrio "no procurado".
21.No h direito adquirido grade curricular, possuindo a instituio de ensino superior a
prerrogativa de alter-la mesmo durante o desenvolvimento do curso.
22.Compete Justia Federal processar e julgar ao de usucapio ajuizada por pessoa jurdica
brasileira controlada por capital estrangeiro e cujos scios residem no exterior, ante a necessidade
de interveno do INCRA no feito.
Cmara Especial Regional de Chapec
23.A averbao junto Cartrio de Registro de Imveis da existncia ao anulatria de ato jurdico
no compromete o direito de propriedade, uma vez que est preservada a possibilidade de usar,
gozar e at mesmo dispor do bem.
Turmas de Recursos
24.O ato de portar telefone celular em estabelecimento prisional no configura o delito previsto no
artigo 349-A do Cdigo Penal, pois no se amolda aos verbos descritos no tipo penal.
rgo Especial
1.EMBARGOS INFRINGENTES EM AO RESCISRIA. TRIBUTRIO. ICMS. DECISO RESCINDENDA
QUE DETERMINA A INCIDNCIA DO TRIBUTO APENAS SOBRE O VALOR DA ENERGIA ELTRICA
EFETIVAMENTE CONSUMIDA. DESCONSIDERAO DE ESPECIFICIDADES TCNICAS QUANTO
COMPOSIO DA TARIFA INCIDENTE NA ESPCIE. ERRO DE FATO CONSTATADO. HIPTESE DE
RESCISO DO ARTIGO 485, IX, DO CPC VERIFICADA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "O
acrdo que determinou a incidncia do ICMS apenas sobre a energia eltrica efetivamente
consumida incidiu em erro de fato ao desprezar os aspectos tcnicos da matria, deixando
descoberta a demanda de potncia contratada e utilizada, o que enseja a resciso do
julgado". Processo: 2010.006888-3
(Acrdo).Relator: Des.
Srgio
Izidoro
Heil. Julgamento: 20/11/2013.
2.ADIN. PROMOTOR DE JUSTIA. LEGITIMAO PARA INGRESSAR COM O PEDIDO. PREVISO NA
CARTA ESTADUAL. REPETINDO-SE AES COM IDNTICO TEOR, A EXTINO DE SER APLICADA
SEGUNDA DELAS, POSTO TER SIDO A SUA PROPOSITURA QUE FEZ NASCER A LITISPENDNCIA.
CDIGO DE PROCESSO CIVI, ART. 267, ITEM V. PROPOSTA DE REVOGAO DO DIPLOMA LEGAL
ATACADO. PROJETO REJEITADO PELO LEGISLATIVO LOCAL. MCULA DE INCONSTITUCIONALIDADE
NO APAGADA. GRATIFICAO DE REPRESENTAO DESTINADA AOS OCUPANTES DE CARGOS DE
SECRETRIO MUNICIPAL E SECRETRIO ADJUNTO CEDIDOS POR OUTROS RGOS PBLICOS E QUE
PERMANECEM COM OS VENCIMENTO DA ORIGEM. CARGOS COMISSIONADOS QUE SO
REMUNERADOS EXCLUSIVAMENTE POR SUBSDIOS. FORMA VENCIMENTAL QUE NO ADMITE A
ACOPLAGEM DE QUALQUER TIPO DE GRATIFICAO. ART. 111, INCISO VI, DA CARTA ESTADUAL.
OFENSA INQUESTIONVEL. PRINCPIO DA LEGALIDADE. USURPAO. INCONSTITUCIONALIDADE
RECONHECIDA E DECLARADA. 1 indiscutvel a legitimao do Promotor de Justia para ingressar
com ao direta de inconstitucionalidade, consoante expressamente dispe o art. 85, inc. VII da
Carta Poltica Estadual, quando atacada norma legal de interesse do Municpio em que atua ele. 2
Promovida pelo Ministrio Pblico ao direta de inconstitucionalidade que reproduz idntico pedido
de inconstitucionalidade precedentemente deflagrado, cujo mrito no obteve, ainda, deciso do
Tribunal, sendo as mesmas as partes inscritas no respectivo polo passivo e iguais o pedido e a
causa de pedir, configurada v-se a figura processual da litispendncia, impondo a extino, no da
primeira dessas aes, mas daquela por ltimo deduzida. 3 Nenhuma influncia lana sobre o
desate de ao direta de insconstitucionalidade a remessa Cmara Legislativa, pelo Chefe do
Executivo Municipal, de projeto de revogao das normas inquinadas das mculas que se quer
extirpar, quando esse projeto vem a ser rejeitado e arquivado pelos legisladores locais. 4 A
gratificao de representao, prevista nos arts. 3. e 4. LC 20/2005 de So Jos, de inescondvel
inconstitucionalidade, por legitimar remunerao, como forma de acrscimo, dos cargos de
Secretrio Municipal e Secretrio Adjunto, quando exercidos por servidores cedidos por outros
Poderes e que optaram pelos vencimentos que percebem em seus rgos de origem. 5 A
inconstitucionalidade torna-se evidente quando incidem os dispositivos legais invectivados em

ostensiva ofensa ao princpio constitucional da legalidade ao dispor sobre forma vencimental de


cargos comissionados de alto escalo diversa do subsdio, em ostensiva ofensa ao art. 111, VI,
Constituio
Estadual. Processo: 2009.069722-6
. Relator: Des.
Trindade
dos
Santos
Julgamento: 20/11/2013.
Seo Criminal
3.REVISO CRIMINAL. DECISO CONTRRIA TEXTO DE LEI. ESTUPRO. VIOLNCIA PRESUMIDA.
GENITORA. OMISSO. CRIME OMISSIVO IMPRPRIO. FIGURA DO "GARANTIDOR". PARTICIPAO POR
OMISSO. CINCIA INEQUVOCA DO ABUSO. INRCIA CONFIGURADA. A omisso pode constituir
elemento do tipo penal (crime omissivo prprio ou puro) ou apenas forma de alcanar o resultado
previsto em um crime comissivo (crime omissivo imprprio ou comissivo por omisso). Nestes
casos, a conduta descrita no tipo comissiva, mas o resultado ocorre por no o ter impedido o
sujeito ativo. No crime omissivo imprprio o resultado pode ser atribudo ao omitente tanto por uma
inrcia dolosa quanto culposa (desde que tambm punvel a ttulo de culpa). A omisso s
"penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado" (CP, art. 13,
2.), colocando-se na figura do "garantidor". Este tem o dever de engendrar esforos para, ao
menos, tentar evitar o resultado. So distintas as figuras da omisso imprpria e da participao por
omisso. Enquanto na primeira o "garantidor" age como verdadeiro autor da omisso, da qual
decorre o resultado, na segunda o partcipe, desejando resultado, limita-se a se omitir para auxiliar
a sua consecuo. Somente nesta pode-se cogitar da participao de menor importncia. Age com
verdadeira omisso dolosa a me que - "garantidora" legal do dever de cuidado, zelo e proteo da
prole (CP, art. 13, 2., "a") - flagra companheiro abusando sexualmente da filha e abandona sem
tomar qualquer providncia. PEDIDO IMPROCEDENTE. Processo: 2013.030344-9. Relator: Roberto
Lucas Pacheco. Julgamento: 27/11/2013.
4.REVISO CRIMINAL. TRFICO DE DROGAS E POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO. JULGAMENTO
CONTRRIO EVIDNCIA DOS AUTOS. REAVALIAO DE PROVAS. NO CONHECIMENTO. O pedido
de reviso criminal no deve ser conhecido quando formulado com o propsito de reavaliao do
conjunto probatrio. TRFICO DE DROGAS. EXAME DE DEPENDNCIA TOXICOLGICA.
MATERIALIDADE. No bice ao decreto condenatrio a inexistncia de exame de dependncia
toxicolgica, porque o laudo no se presta a constatar a materialidade delitiva ou a existncia de
vestgios deixados pela infrao (art. 158 CPP), e sim a imputabilidade do agente (arts. 45 e 46 da
Lei 11.343/06). SUBSTITUIO DA PENA. QUANTUM DA REPRIMENDA. invivel a substituio da
pena privativa de liberdade por restritiva de direitos se o quantum da sano corporal imposta
superior a 4 anos. AUSNCIA DE DEFESA. OFERECIMENTO DE ALEGAES FINAIS. TESE NO
VENTILADA. ANLISE NA SENTENA. INEXISTNCIA DE PREJUZO. Se as alegaes finais foram
oferecidas, no h nulidade por ausncia de defesa tcnica. A abordagem parcial, em alegaes
finais, dos temas tratados no feito no representa prejuzo ao Acusado, a ponto de justificar a
anulao do processo pela deficincia da defesa, se as teses que deveriam ser suscitadas nas
razes derradeiras foram analisadas pelo juzo por ocasio da prolao sentena. REVISO
CONHECIDA EM PARTE E INDEFERIDA. Processo: 2013.016202-5. Relator: Des. Srgio Rizelo.
Julgamento:27/11/2013.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
5.EMBARGOS INFRINGENTES. RESCISO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMVEL.
CUMPRIMENTO DE SENTENA. INEXISTNCIA DE BENS EM NOME DA DEMANDADA SUFICIENTES
PARA RESPONDER PELO CRDITO PERSEGUIDO. DESCONSIDERAO DA PERSONALIDADE JURDICA.
PENHORA DE IMVEIS DOS SCIOS. OPOSIO DE EMBARGOS DE TERCEIRO. ACRDO
IMPUGNADO QUE AFASTOU A CONSTRIO DE BENS DOS SCIOS SEM PODERES DE
ADMINISTRAO. VOTO DISSIDENTE QUE ADMITIA A PENHORA DE IMVEIS DOS EMBARGANTES, EM
RAZO DAS PECULIARIDADES DO CASO. INFRINGENTES RESTRITO EXTENSO EFEITOS DA
DESCONSIDERAO. TESE DE PRESCRIO AFASTADA. ANLISE DO MRITO. EMPRESA EM REGIME
FAMILIAR. CONJUNTO PROBATRIO QUE CONDUZ CONCLUSO DE QUE TODOS PARTICIPAVAM DA
GESTO, AINDA QUE FORMALMENTE A ADMINISTRAO ESTIVESSE RESTRITA AO FILHO. ALEGAO
DE AUSNCIA DE AUFERIO DE LUCRO NO EVIDENCIADA. RETIRADA DOS COTISTAS

MAJORITRIOS POUCO TEMPO APS DEFLAGRADA A AO PRINCIPAL. NTIDA PRETENSO DE


RESGUARDAR O PATRIMNIO FAMILIAR. MANTO PROTETIVO DA PERSONALIDADE JURDICA QUE
DIFICULTA O RESSARCIMENTO DOS PREJUZOS DE CONSUMIDORES DE BOA-F. PREVALNCIA DO
VOTO VENCIDO. EMBARGOS INFRINGENTES CONHECIDOS E PROVIDOS. "[...] no seio de uma
organizao empresarial mais modesta, mormente quando se trata de sociedade entre me e filha,
a titularidade de quotas e a administrao so realidades que frequentemente se confundem. Nesse
passo, as deliberaes sociais, na maior parte das vezes, se do no dia-a-dia, sob a forma de
decises gerenciais. Logo, muito difcil apurar a responsabilidade por eventuais atos abusivos ou
fraudulentos. Em hipteses como essa, a previso, no contrato social, de que as atividades de
administrao sero realizadas apenas por um dos scios no suficiente para afastar a
responsabilidade dos demais. Seria necessrio, para afastar a referida responsabilidade, a
comprovao de que um dos scios estava completamente distanciado da administrao da
sociedade.". Processo: 2012.053051-7. Relator: Des. Danielli.
Cmaras de Direito Criminal
6.MANDADO SEGURANA. CRIME AMBIENTAL. POLUIO DE RECURSO HDRICO. INTERPOSIO
CONTRA DECISO DO MAGISTRADO QUE ANULOU O RECEBIMENTO DA DENNCIA POR AUSNCIA DE
PROVA DA MATERIALIDADE E DETERMINOU A REALIZAO PRVIA DE PERCIA PARA COMPROVAO
DO DANO HDRICO. IMPOSSIBILIDADE DE REVISO DO DESPACHO QUE RECEBEU A DENNCIA.
PRECEDENTE STJ. NOTCIA INFRAO AMBIENTAL INSTAURADA POLCIA MILITAR AMBIENTAL.
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO INVESTIGTRIO, EMBASADO FISCALIZAO FATMA, VLIDO
LASTREAR PERSECUO PENAL. DECISO CASSADA. WRIT CONCEDIDO. Processo: 2013.0373738. Relator: Des. Everaldo Silva. Julgamento: 26/11/13.
7.PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. IMPUTADA A PRTICA DE CRIMES CONTRA A
CRIANA E ADOLESCENTE. AGENTE ASSUME QUE SE PASSAVA POR GAROTA E INDUZIA
ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO A FICAREM NUAS E PRATICAREM ATOS PORNOGRFICOS NA
FRENTE DOS SEUS COMPUTADORES PARA GRAVAR AS IMAGENS, SEM O CONHECIMENTO E
CONSENTIMENTO DELAS, AMEA-LAS E/OU DISPONIBILIZAR NA INTERNET. PRESENTES O FUMUS
COMISSI DELICTI E O PERICULUM LIBERTATIS. MEDIDAS CAUTELARES INSUFICIENTES PARA
GARANTIR A ORDEM PBLICA, INSTRUO CRIMINAL E INTEGRIDADE DAS VTIMAS. RISCO
CONCRETO DE REITERAO DOS DELITOS. GRAVIDADE DEMONSTRADA PELO MODUS OPERANDI DA
AO CRIMINOSA, PERPETRADA, EM TESE, MEDIANTE LUDIBRIAO E POSTERIOR AMEAA.
POSSIBILIDADE DE O AGENTE AMEAAR AS ADOLESCENTES E PREJUDICAR A COLHEITA DE NOVAS
PROVAS. PERICULOSIDADE CONFIGURADA. PONDERAO DO DIREITO LIBERDADE FRENTE AO
PRINCPIO MAIOR DA PROTEO INTEGRAL DA CRIANA E DO ADOLESCENTE. PRIMARIEDADE, BONS
ANTECEDENTES, ENDEREO FIXO E ATIVIDADE LABORAL LCITA INSUFICIENTES PARA AFASTAR A
PRISO PREVENTIVA. DECISO REFORMADA. - A garantia da ordem pblica, instruo criminal e
integridade das vtimas exigem a manuteno da priso preventiva como forma de evitar a
reiterao das infraes penais, preservar a colheita de provas e a integridade fsica e psquica das
vtimas quando os delitos so, em tese, praticados por meio de redes sociais, pois o acesso a esses
aplicativos amplo e irrestrito e pode ser feito de qualquer lugar e por qualquer aparelho eletrnico
com wi-fi. Precedentes do STJ. - As medidas cautelares diversas da priso so insuficientes para
afastar o perigo real de o agente reiterar na prtica de crimes cometidos na Internet, visto que no
afastam o livre acesso aos equipamentos eletrnicos. - O princpio maior da proteo integral da
criana e do adolescente prevalece sobre a liberdade do sujeito que prtica graves crimes contra os
sujeitos da referida proteo. - A primariedade, a ausncia de antecedentes criminais, a existncia
de relaes familiares, endereo fixo e atividade laboral lcita no so suficientes para revogar a
priso preventiva, inclusive, porque no impediram a prtica de vrios delitos. - Parecer da PGJ pelo
conhecimento e provimento do recurso. - Recurso conhecido e provido. Processo: 2013.0731648. Relator: Des. Carlos Alberto Civinski. Julgamento: 26/11/2013.
8.APELAES CRIMINAIS. CRIMES DE TRFICO DE DROGAS E ASSOCIAO PARA O TRFICO.
SENTENA CONDENATRIA. RECURSOS DA DEFESA. PRELIMINARES. INPCIA DA DENNCIA
ARGUIDA PELO RU LUIZ. DESCRIO SUFICIENTE DOS ILCITOS E DE SEUS AUTORES. OBSERVNCIA

AO ART. 41 DO CPP. DEFESA ASSEGURADA. EIVA INEXISTENTE. NULIDADES RELATIVAS S


INTERCEPTAES TELEFNICAS SUSCITADAS POR FERNANDO. PROVA REGULARMENTE DEFERIDA E
REALIZADA. DESCOBERTA DE NOVOS ENVOLVIDOS QUE NO MACULA A VALIDADE DO
MONITORAMENTO. DESNECESSIDADE DE DEGRAVAO INTEGRAL DOS DILOGOS E DE REALIZAO
DE PERCIA NO SISTEMA GUARDIO READER. PREFACIAIS AFASTADAS. TRFICO DE DROGAS.
ABSOLVIO PRETENDIDA POR FERNANDO E LUIZ. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS.
ACERVO PROBATRIO QUE EVIDENCIA A MERCANCIA EXERCIDA PELOS RECORRENTES. INVIVEL A
DESCLASSIFICAO DA CONDUTA PARA O ART. 28 DA LEI DROGAS OU APLICAO DO PRINCPIO DA
INSIGNIFICNCIA, AMBAS PLEITEADAS POR LUIZ. DELITO DE PERIGO ABSTRATO QUE NO ADMITE A
EXCLUDENTE SUPRALEGAL DE TIPICIDADE. CONDENAES MANTIDAS. ASSOCIAO PARA O
TRFICO. PLEITO ABSOLUTRIO FORMULADO POR FERNANDO, LUIZ E GUILHERME. ALEGADA
INSUFICINCIA DE PROVAS ACERCA DA HABITUALIDADE E ESTABILIDADE DO VNCULO ASSOCIATIVO.
LIGAO ILCITA ENTRE OS RUS AMPLAMENTE DEMONSTRADA, SOBRETUDO POR MEIO DAS
INTERCEPTAES TELEFNICAS E DA PROVA ORAL. PEDIDO DE APLICAO DO PRINCPIO DA
CONSUNO ENTRE OS DELITOS DE TRFICO DE DROGAS E ASSOCIAO. INVIABILIDADE. CRIMES
AUTNOMOS. MANUTENO DAS CONDENAES. DOSIMETRIA. APELANTE FERNANDO. PLEITO DE
REDUO DA PENA. CULPABILIDADE, CONDUTA SOCIAL, MOTIVOS E CONSEQUNCIAS DO CRIME
SOPESADOS DE FORMA NEGATIVA. FUNDAMENTOS HBEIS A JUSTIFICAR APENAS OS DOIS
PRIMEIROS VETORES. ADEQUAO DA REPRIMENDA. RECORRENTE LUIZ. PEDIDO DE FIXAO DA
PENA NO MNIMO LEGAL. POSSIBILIDADE. MAJORAO DA REPRIMENDA MEDIANTE MOTIVAO
INIDNEA. EXTENSO DOS EFEITOS DA DECISO AOS CORRUS NO APELANTES, DE OFCIO (ART.
580 CPP). REDUTORA DO ART. 33, 4, DA LEI 11.343/06. APLICAO POSTULADA POR FERNANDO E
LUIZ. CONDENAO POR ASSOCIAO AO TRFICO QUE OBSTA A CONCESSO DA BENESSE.
SUBSTITUIO DA PENA CORPORAL PLEITEADA POR FERNANDO E LUIZ. INVIABILIDADE DIANTE DO
QUANTUM DA PENA APLICADO (ART. 44, I, CP). PRETENDIDA A REDUO DA PENA DE MULTA PELO
APELANTE LUIZ. SANO FIXADA NO MNIMO LEGAL. ALEGADA INSUFICINCIA FINANCEIRA. MATRIA
AFETA AO JUZO DA EXECUO. NO CONHECIMENTO. RESTITUIO DE BENS. OBJETOS E VALORES
APREENDIDOS COM LUIZ. VINCULAO COM O NARCOTRFICO DEMONSTRADA. MANUTENO DO
PERDIMENTO DECRETADO NA SENTENA. Processo: 2013.013900-2. Relator: Des. Torres
Marques. Julgamento: 26/11/2013.
9.APELAO. ECA. INFRAO ADMINISTRATIVA. DESCUMPRIMENTO DOS DEVERES INERENTES AO
PODER FAMILIAR (ECA, ART. 249). AGENTE QUE PERMITE QUE O FILHO REITERADAMENTE SE
AUSENTE DA ESCOLA. REPRESENTAO JULGADA PROCEDENTE. RECURSO DA DEFESA. ELEMENTO
SUBJETIVO NO DEMONSTRADO. EVASO DO ADOLESCENTE SOB O ARGUMENTO DE QUE ALVO DE
BULLYING PRATICADO POR COLEGAS DE CLASSE. OFENSAS RELATADAS PELO MENOR E SUA IRM EM
JUZO. ADOLESCENTE COM IDADE DE 15 ANOS QUE EST MATRICULADO TERCEIRA SRIE ENSINO
FUNDAMENTAL E APRESENTA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM E DFICIT PSICOMOTOR. GENITOR
QUE BUSCA RESOLVER SITUAO PERANTE ADMINISTRAO ESCOLAR. ELEMENTOS A EVIDENCIAR
QUE, NO OBSTANTE A COMPROVADA E REITERADA AUSNCIA DO MENOR NO AMBIENTE ESCOLAR,
O REPRESENTADO BUSCA CONTORNAR A SITUAO. NCLEO FAMILIAR, ADEMAIS, DE BAIXA RENDA
E SEM INSTRUO. CULPA OU DOLO DOS REPRESENTADOS NO EVIDENCIADOS. ABSOLVIO QUE
SE IMPE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.Processo: 2013.021913-5. Relator: Des. Leopoldo
Augusto Brggemann
10.APELAO CRIMINAL. JRI. HOMICDIO QUALIFICADO POR RECURSO QUE DIFICULTOU OU
IMPOSSIBILITOU A DEFESA DA VTIMA. ART. 121, 2, INCISO IV, DO CDIGO PENAL. PROCESSUAL
PENAL. PLEITO DE NULIDADE DO JULGAMENTO. PARCIALIDADE. R QUE DEIXOU DE PEDIR O
DESAFORAMENTO E DE SUSCITAR EXCEO DE SUSPEIO DOS JURADOS NA OCASIO DO SORTEIO.
ARTS. 106 E 427 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. MATRIA NO PRECLUSA, POR SE TRATAR DE
CAUSA DE NULIDADE ABSOLUTA. CONHECIMENTO. MCULA INEXISTENTE. MERA VEICULAO DO
CASO NA MDIA. CIRCUNSTNCIA QUE, ISOLADA, NO SE PRESTA A RETIRAR O NIMO IMPARCIAL DO
CONSELHO DE SENTENA. JURADOS QUE PRESTARAM O COMPROMISSO DE EXAMINAR A CAUSA
COM IMPARCIALIDADE. PRESUNO DE QUE DESTA FORMA PROCEDERAM. PREAMBULAR REPELIDA.
natural que um homicdio cause comoo na cidade onde ocorreu, a ponto de despertar o

interesse da mdia, todavia, a mera divulgao do fato, por si s, no se presta a tornar parcial a
deciso dos jurados, principalmente porque, no caso, a alegao desta mcula no veio
acompanhada de elementos outros que viabilizassem tal constatao. Portanto, no h se falar em
nulidade do julgamento. MRITO. PRETENDIDO O RECONHECIMENTO DA LEGTIMA DEFESA. PEDIDO
ABSOLUTRIO RECEBIDO COMO ANULATRIO. IMPOSSIBILIDADE DE O TRIBUNAL PROCEDER AO
JUZO RESCISRIO. INTELIGNCIA DO 3 DO ART. 593 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL.
ALEGAO DE DECISO MANIFESTAMENTE CONTRRIA PROVA DOS AUTOS. INOCORRNCIA.
VERSO ACOLHIDA PELOS JURADOS QUE ENCONTRA RESPALDO NO CONJUNTO PROBATRIO,
NOTADAMENTE PELO RELATO DAS TESTEMUNHAS PRESENCIAIS E INFORMAES DA OUTRA VTIMA
SOBREVIVENTE. SUCESSO DOS FATOS QUE NO EVIDENCIA A OCORRNCIA DA REFERIDA
EXCLUDENTE DE ILICITUDE. CONDENAO MANTIDA. "Em se tratando de jri, somente a deciso em
manifesto confronto com os elementos do processo, totalmente dissociada da reconstituio ftica
trazida aos autos, que pode ensejar a nulidade do julgamento. No caso, foi adotada a verso que
pareceu mais convincente aos jurados, a qual encontra amparo nas provas existentes no feito"
RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2013.010374-6. Relator: Des. Jorge Schaefer Martins.
Julgamento: 05/12/2013.
Cmaras de Direito Civil
11.DIREITO CONSTITUCIONAL, CIVIL E REGISTROS PBLICOS - LRP - RETIFICAO DE REGISTRO
CIVIL - INCLUSO DE PRENOME - PEDIDO IMPROCEDENTE NO JUZO A QUO - INCONFORMISMO PLEITO PROPOSTO QUANDO ATINGIDA A MAIORIDADE CIVIL - RECONHECIMENTO SOCIAL POR
AGNOME PBLICO E NOTRIO - PRENOME CAUSADOR DE CONSTRANGIMENTO - ACOLHIMENTO PREVALNCIA DO PRINCPIO CONSTITUCIONAL DA DIGNIDADE HUMANA - DIREITO POTESTATIVO
(ART. 56 DA LRP) - PRENOME DE DIFCIL PRONNCIA - CONSTRANGIMENTO IPSO FACTO - AUSNCIA
DE PREJUZO AOS APELIDOS DE FAMLIA E A TERCEIROS - PROCEDNCIA DO PLEITO RETIFICATRIO SENTENA REFORMADA - APELO PROVIDO. Inexistindo prejuzo a terceiros, em homenagem ao
princpio constitucional da dignidade humana defere-se o pedido retificatrio de prenome causador
de constrangimento ao seu portador. Processo: 2013.061926-3). Relator: Des. Monteiro Rocha.
12.AO DE RESCISO DE CONTRATO C/C DANOS MORAIS. COMPRA E VENDA DE VECULO.
VENDEDORA QUE NO EFETUOU A TRANSFERNCIA DO VECULO EM PRAZO RAZOVEL. AUTOR QUE
FICOU IMPOSSIBILITADO TRANSITAR COM AUTOMVEL. SENTENA DE IMPROCEDNCIA.
IRRESIGNAO. ALEGADO DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL. CONCESSIONRIA QUE ASSUMIU A
RESPONSABILIDADE PELA TRANSFERNCIA DO VECULO. DEVER DE INDENIZAO. RESCISO DO
CONTRATO. DEVOLUO DOS VALORES PAGOS. DANOS MORAIS NO CONFIGURADOS. MERO
DISSABOR. SENTENA REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. NUS
SUCUMBENCIAIS DISTRIBUDOS. "A responsabilidade pela transferncia do veculo da
concessionria de veculos contratada para tal fim e, pois, legitimada a responder, judicialmente,
pelo cumprimento da obrigao". "(...) O mero aborrecimento ou dissabor advindo do
descumprimento contratual no possui fora para lesionar direito personalssimo, no
caracterizando, assim, dano moral passvel de ressarcimento.Processo: 2013.0631551). Relator: Des. Saul Steil. Julgamento: 03/12/2013.
13.APELAO CVEL. AO DE REVISO DE CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS DE ADVOCACIA
JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. RECURSO INTERPOSTO PELOS RUS. AFIRMAO DE QUE O
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE RESULTOU EM CERCEAMENTO DE DEFESA. SUBSTRATO
PROBATRIO J ENCARTADO NOS AUTOS, QUE SE MOSTRA EFICIENTE PARA O DESFECHO DA
CONTROVRSIA. PRINCPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. ART. 130 CPC. PREJUDICIAL
AFASTADA. PRETENDIDO RECONHECIMENTO DA PRESCRIO. INOCORRNCIA. INTELIGNCIA ART.
2.028 C/C. ART. 205, CC/02. ALEGADA LEGALIDADE DOS HONORRIOS PACTUADOS. CLUSULA
CONTRATUAL QUE PREV A RETENO DA TOTALIDADE DO PROVEITO ECONMICO OBTIDO PELO
CONTRATANTE, A TTULO DE ATRASADOS, EM DEMANDA PREVIDENCIRIA. ABUSIVIDADE DA
CONTRAPRESTAO CONVENCIONADA. DESEQUILBRIO ENTRE OS CONTRATANTES. INOBSERVNCIA
DO PRINCPIO DA FUNO SOCIAL DO CONTRATO E DA BOA-F. REDUO DA VERBA. " anulvel a
clusula quota litis firmada em contrato de prestao de honorrios advocatcios que prev a

reteno, em favor do advogado, do percentual de 50% montante das parcelas atrasadas benefcio
previdencirio pertencentes ao cliente, porquanto, alm de injusta e abusiva, submete o
constituinte a desvantagem desproporcional em relao ao causdico, o que afronta os princpios da
funo social do contrato e da boa-f que devem nortear essa espcie de negcio jurdico".
RECURSO ADESIVO. PRETENDIDA CONDENAO DOS RUS AO PAGAMENTO DE DANO MORAL.
ALEGADOS TRANSTORNOS EXPERIMENTADOS EM RAZO DA RETENO ABUSIVA DA TOTALIDADE
DO PROVEITO ECONMICO OBTIDO NAS DEMANDAS PREVIDENCIRIAS. SITUAO QUE NO
ULTRAPASSA A ESFERA DO MERO ABORRECIMENTO. AUSNCIA DE EFICIENTE SUBSTRATO
PROBATRIO ACERCA DO ALEGADO ABALO. NUS DO QUAL NO SE DESINCUMBIU O APELANTE.
ART. 333, INC. I, CPC. RECURSOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS. Processo: 2012.0070619. Relator: Des. Luiz Fernando Boller. Julgamento:05/12/2013.
14.APELAES CVEIS. RESPONSABILIDADE CIVIL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS.
REPORTAGEM TRANSMITIDA POR EMISSORA DE TV AFILIADA REDE RIC RECORD, NOTICIANDO A
PRTICA DE SAQUES DE MERCADORIAS, EM PERODO DE GRAVES ENCHENTES NA REGIO.
UTILIZAO, NA MATRIA JORNALSTICA, DE IMAGEM DE CIDADO, MUNIDO DE DUAS SACOLAS
PLSTICAS DE SUA PROPRIEDADE. ALEGADO ABALO ANMICO, EM RAZO DA ASSOCIAO AOS
ATOS ILCITOS PRATICADOS. SENTENA DE PROCEDNCIA. IRRESIGNAO DA EMISSORA DE
TELEVISO, QUE RESSALTOU A AUSNCIA DE INTUITO DIFAMATRIO NA REPORTAGEM, INVOCANDO
O EXERCCIO REGULAR DO DIREITO DE INFORMAO, PREVISTO NO ART. 220 DA CONSTITUIO
FEDERAL. VECULO DE COMUNICAO QUE, OBJETIVANDO MELHOR ILUSTRAR A REPORTAGEM,
INDEVIDAMENTE ASSOCIOU INDIVDUO PRTICA DE ILCITO PENAL. PROVA TESTEMUNHAL
ESCORREITA NO SENTIDO DE QUE A CAPTAO DA IMAGEM DO CIDADO OCORREU EM VIA PBLICA
DISTANTE DO LOCAL DOS SAQUES. EXTRAPOLAO DA LIBERDADE DE INFORMAO E
DESRESPEITO AO PRINCPIO DA PRESUNO DE INOCNCIA. SATISFAO DOS REQUISITOS DO
DEVER DE INDENIZAR. DANO MORAL IN RE IPSA. PREJUZO PRESUMIDO. PEDIDO DE MAJORAO DA
VERBA INDENIZATRIA. MONTANTE ORIGINALMENTE INSTITUDO EM R$ 10.000,00 (DEZ MIL REAIS),
QUE SE MOSTRA CONSENTNEO REPARAO DA LESO MORAL. PRETENDIDA ELEVAO DOS
HONORRIOS ADVOCATCIOS SUCUMBENCIAIS, FIXADOS NO EQUIVALENTE A 15% SOBRE O VALOR
DA CONDENAO. INVIABILIDADE. IMPORTNCIA QUE SE REVELA ADEQUADA REMUNERAO DOS
SERVIOS
PRESTADOS
PELO
PROFISSIONAL.
INSURGNCIAS
CONHECIDAS
E
DESPROVIDAS. Processo: 2013.006046-0
(Acrdo). Relator: Des.
Luiz
Fernando
Boller.
Julgamento:05/12/2013. Classe:Apelao Cvel.
15.APELAO CVEL. AO NEGATRIA DE PATERNIDADE C/C RETIFICAO DE REGISTRO DE
NASCIMENTO. SENTENA DE IMPROCEDNCIA. INSURGNCIA DO GENITOR REGISTRAL.
RECONHECIMENTO DE FILIAO ALHEIA COMO SE FOSSE PRPRIA. CINCIA INEQUVOCA SOBRE A
IMPOSSIBILIDADE DE PATERNIDADE BIOLGICA. ATO VOLUNTRIO E CONSCIENTE. REGISTRO
PBLICO ESPONTNEO. AUSNCIA DE DEMONSTRAO DE VCIO DE CONSENTIMENTO. ATO
IRRETRATVEL E IRREVOGVEL. ASSEVERADA INEXISTNCIA DE VNCULO SOCIOAFETIVO COM O
MENOR. ARGUMENTO REFUTADO. ESTUDO SOCIAL QUE CORROBOROU O CONTRRIO. DESAVENA
COM A GENITORA DO MENOR E DIFICULDADE FINANCEIRA EM ADIMPLIR OS ALIMENTOS QUE
MOTIVARAM O AJUIZAMENTO DA DEMANDA. VNCULO QUE SE MANTM. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2013.071774-1.Relator: Des.
Jairo
Fernandes
Gonalves. Julgamento: 28/11/13.
16.REINTEGRAO DE POSSE DE BENS MVEIS. CONSTRIO INDEVIDA. RETENO DE CARRETAS
PARA TRANSPORTES. EXERCCIO ARBITRRIO DAS PRPRIAS RAZES PARA GARANTIA DE SUPOSTOS
DBITOS POSSE INJUSTA DA DEMANDADA EVIDENCIADA. PROCEDNCIA DA AO QUE SE IMPE.
LITIGNCIA DE M-F. CONDENAO DECORRENTE DA INTERPOSIO, EM PRIMEIRA INSTNCIA, DE
EMBARGOS DECLARATRIOS. INOCORRNCIA DAS HIPTESES PREVISTAS NO ARTIGO 17 CPC.
RECURSO CONHECIDO E PARCIAMENTE PROVIDO PARA AFASTAR CONDENAO PENAS LITIGNCIA
DE
M-F. Processo: 2012.022936-0.Relator: Des.
Ronei
Danielli
Julgamento: 28/11/2013. Classe: Apelao Cvel.

17.APELAO CVEL. AO DE REPARAO POR DANOS MATERIAIS. ACIDENTE DE TRNSITO.


DEMANDA AJUIZADA PELO CONDUTOR DO VECULO ABALROADO. DEMONSTRAO CABAL ACERCA
DO PREJUZO. JUNTADA DE ORAMENTOS IDNEOS E NO IMPUGNADOS. LEGITIMIDADE ATIVA
INEQUVOCA. AFASTADA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DO PROPRIETRIO DO VECULO
CAUSADOR DO SINISTRO. AUSNCIA DE COMPROVAO DA COMPRA E VENDA DO AUTOMVEL.
RESPONSABILIDADE SOLIDRIA. SENTENA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. I Afigura-se parte legtima para ajuizar ao de ressarcimento pelos prejuzos causados em
decorrncia de acidente de trnsito o condutor do veculo que demonstrar cabalmente a ocorrncia
do efetivo prejuzo, bem como sua responsabilidade pelo desembolso da quantia destinada ao
conserto do automvel. II - O proprietrio de veculo que permite sua conduo por outrem
responde solidariamente pelos prejuzos causados por este, sendo parte legtima para figurar no
plo passivo da ao indenizatria. Apenas para argumentar, em que pese o entendimento
jurisprudencial consubstanciado na Smula 132 do Superior Tribunal de Justia e na Smula 2 deste
Tribunal de Justia de Santa Catarina, no sentido de que o antigo proprietrio no responde por
eventuais danos causados em acidente que envolva o veculo alienado, deve o alienante
comprovar, induvidosamente, a transferncia da propriedade do bem para que se configure a sua
ilegitimidade
passiva
"ad
causam",
o
que
na
espcie
vertente
no
ocorreu. Processo: 2011.033973-0
(Acrdo). Relator: Des.
Joel
Figueira
Jnior. Julgamento: 28/11/2013.
Cmaras de Direito Comercial
18.APELAO CVEL - AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS - DEVOLUO INDEVIDA DE
CHEQUE POR INSUFICINCIA DE FUNDOS - EXISTNCIA DE SALDO EM CONTA PARA REGULAR
PAGAMENTO DO TTULO - CONTROVRSIA RECURSAL QUE RESIDE APENAS NA EXISTNCIA DE
ABALO MORAL INDENIZVEL E RESPECTIVA QUANTIFICAO - MATRIA DE CUNHO EMINENTEMENTE
CIVIL - INCOMPETNCIA DAS CMARAS DE DIREITO COMERCIAL PARA A ANLISE DO FEITO EXEGESE DO ART. 6, I, DO ATO REGIMENTAL N 41/2000 E ARTS. 1, II, E 3 DO ATO REGIMENTAL N
57/2002 - RECURSO NO CONHECIDO - REDISTRIBUIO. Cingindo-se a questo debatida nos autos
pura e simplesmente sobre o dano moral decorrente da devoluo indevida de cheque, diante da
existncia de saldo em conta para regular pagamento do ttulo, a competncia para processar o
julgar o reclamo pertence s Cmaras de Direito Civil deste Tribunal. Processo: 2013.0699292. Relator: Des. Robson Luz Varella.
19.APELAO CVEL. AO DE RESCISO DE COMPRA E VENDA MERCANTIL CUMULADA COM
ANULATRIA DE TTULO DE CRDITO QUE FOI PRECEDIDA DE CAUTELAR DE SUSTAO DE
PROTESTO. CHEQUE ENCAMINHADO AO TABELIONATO. SINGELA ALEGAO - DESACOMPANHADA DE
UM MNIMO DE PROVA - DE QUE FOI EMITIDO PARA PAGAMENTO DE MERCADORIAS, AS QUAIS NO
FORAM ENTREGUES. TTULO QUE OSTENTA AS CARACTERSTICAS DA LITERALIDADE, AUTONOMIA E
CARTULARIDADE. DESNECESSIDADE DA DEMONSTRAO DA ORIGEM DA CRTULA. IMPROCEDNCIA
DO PEDIDO INICIAL. HONORRIOS ADVOCATCIOS. ARBITRAMENTO POR EQUIDADE E QUE NO
MERECE A RECLAMADA REDUO. PLENA OBSERVNCIA AO ARTIGO 20, 4, CPC. RECURSO
DESPROVIDO. 1. Aquele que porta cheque formalmente perfeito no est obrigado a demonstrar a
origem da dvida, valendo o ttulo pelo que ele representa. 2. Nas situaes previstas no 4 do
artigo 20 CPC, honorrios advocatcios devem ser fixados mediante apreciao equitativa do
magistrado, vedando-se, porm, o seu arbitramento em quantia nfima, incapaz de remunerar, com
dignidade, o trabalho desenvolvido. Processo: 2011.042841-5.Relator: Des. Jnio Machado.
Julgamento: 28/11/2013. Data de Publicao: 10/12/2013. .
Cmaras de Direito Pblico
20. AO DE ANULAO DE ATO ADMINISTRATIVO, DANOS MORAIS E LUCROS CESSANTES ADMINISTRATIVO - CONCURSO PBLICO - CARGO DE PROFESSORA DE CORTE E COSTURA CONVOCAO - NICA TENTATIVA DE NOTIFICAO DA CANDIDATA POR A.R. - RETORNO DA CARTA
COM ANOTAO DE DESTINATRIO "NO PROCURADO" - PREJUZO QUE NO DEVE RECAIR SOBRE A
AUTORA - DIREITO NOMEAO PARA O CARGO PARA O QUAL FOI APROVADA - RECURSO ADESIVO
DA SUPLICANTE - PLEITO DE PERCEPO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS - ABALO MORAL

CONFIGURADO, EIS QUE A DEMANDANTE, SE CORRETAMENTE CONVOCADA, TOMARIA POSSE NOS


PRIMEIROS MESES DE 2008 - LUCROS CESSANTES - IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO, SOB
PENA DE ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA, DIANTE DA AUSNCIA DO EFETIVO EXERCCIO DO CARGO PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA - RECLAMO DO ENTE MUNICIPAL DESPROVIDO E
PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO DA DEMANDANTE. No tendo a suplicante sido convocada
validamente para o preenchimento da vaga aberta, ilegal a sua excluso do concurso pblico. "O
pagamento de remunerao a servidor pblico e o reconhecimento de efeitos funcionais
pressupem o efetivo exerccio do cargo, sob pena de enriquecimento sem causa. Nos termos da
jurisprudncia STJ, inverso do nus da sucumbncia somente ocorrer quando, provimento recurso
especial, decorrer improcedncia in totum dos pedidos do autor, o que no houve no presente
caso.. Processo: 2010.063637-0. Relator: Des. Cid Goulart. Julgamento: 05/11/2013.
21.ADMINISTRATIVO - ENSINO SUPERIOR - REQUERIMENTO PARA CURSAR GRADE CURRICULAR
VIGENTE QUANDO DO INGRESSO NA UNIVERSIDADE - AUSNCIA DE DIREITO LQUIDO E CERTO 1 Em
sede de mandado de segurana o direito lquido e certo deve ser demonstrado de plano. Inexistente
ou insuficientemente comprovado, impe-se o indeferimento da ordem mandamental ou, se j
processado o feito, a denegao do pedido. 2 No h direito adquirido grade curricular. A
instituio de ensino superior tem a prerrogativa de alter-la mesmo durante o desenvolvimento do
curso. O estudante que se afasta do curso e, posteriormente, pretende o reingresso, dever aceitar
as alteraes ocorridas na grade curricular realizadas pela Universidade em conformidade com sua
autonomia didtico-cientfica e administrativa (Art. 207, caput, CF). 3 Ainda que se admita a
permanncia do vnculo original do aluno que no freqentou ininterruptamente a faculdade, esse
fato no serve como argumento para o reconhecimento do direito concluso do curso de acordo
com a grade curricular vigente, quando do ingresso na universidade. Processo: 2013.0254933.Relator: Des. Luiz Czar Medeiros. Julgamento: 03/12/2013.
22.AO RESCISRIA - VIOLAO DE DISPOSIO LITERAL DE LEI (CPC, ART. 485, INCISO V) - AO
DE USUCAPIO AJUIZADA POR PESSOA JURDICA BRASILEIRA CONTROLADA POR CAPITAL
ESTRANGEIRO E CUJOS SCIOS RESIDEM NO EXTERIOR - AQUISIO DE IMVEL RURAL INOBSERVNCIA DA LEGISLAO QUE EXIGE AUTORIZAO DO INCRA - PROCEDNCIA DO PEDIDO
RESCISRIO - REMESSA AUTOS JUSTIA FEDERAL. Viola literal disposio de lei, vale dizer, o
disposto no art. 190 da Constituio l, art. 5 da Lei 5.709/71 e arts. 11 e 13 Decreto n. 74.964/74, a
sentena rescindenda que julga procedente o pedido de usucapio e declara o domnio de imvel
rural para pessoa jurdica controlada por capital estrangeiro, cujos scios residem no exterior, sem
que ela tenha obtido a prvia autorizao do Ministrio da Agricultura ou do INCRA, motivo pelo
qual se rescinde a sentena, com base no art. 485, inciso V, CPC, e se determina a remessa dos
autos

Justia
Federal
ante
a
necessidade
de
participao
do
INCRA
no
feito. Processo: 2012.066518-8. Relator:Des. Jaime Ramos. Julgamento: 28/11/2013.
Cmara Especial Regional de Chapec
23.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO ANULATRIA DE ATO JURDICO. ALEGADA DOAO INOFICIOSA
DE ASCENDENTE PARA DESCENDENTE. PRETENSO RECONHECIMENTO DA PRESCRIO. MATRIA
NO ANALISADA NA DECISO AGRAVADA. IMPOSSIBILIDADE DE EXAME EM GRAU DE RECURSO SOB
PENA DE INCORRER EM SUPRESSO DE INSTNCIA. PEDIDO DE ANTECIPAO DE TUTELA DEFERIDO.
DETERMINAO PARA CONSTAR NA MATRCULA DO IMVEL A EXISTNCIA DE LITGIO SOBRE O
IMVEL OBJETO DA DOAO. POSSIBILIDADE. PRESENA DOS REQUISITOS INDISPENSVEIS, NO
OBSTANTE INCLUSIVE, O PODER DE CAUTELA DO JUIZ. EXEGESE DO ART. 5, INCISO XXXV, DA
CONSTITUIO FEDERAL E ARTS. 273 E 798 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. NECESSIDADE DE
RESGUARDAR DIREITOS DA PARTE E EVENTUAIS DIREITOS DE TERCEIROS DE BOA-F. DECISO
MANTIDA. [...] A averbao junto ao CRI da existncia da presente ao no compromete o direito
de propriedade, uma vez que est preservada a possibilidade de usar, gozar e at mesmo dispor do
bem. [...] patente a existncia do "fumus boni iuris" e do "periculum in mora" quando ocorre a
possibilidade de um terceiro ser enganado com a aquisio de um imvel pendente de uma ao
em que se discute a validade do acordo realizada entre as partes..Processo: 2013.0399392. Relator: Des. Artur Jenichen Filho.

Edio n. 16 de 31 de janeiro de 2014.


rgo Especial
1.S se faz necessria lei complementar para as matrias para cuja disciplina a Constituio Federal
expressamente faz tal exigncia. Caso disciplinada a matria por lei em que o processo legislativo observou o da
lei complementar, mas que no havia a exigncia Constitucional, os seus dispositivos so como de lei ordinria.
Seo Criminal
2.No se pode confundir a continuidade delitiva simples prevista no caput do art. 71 do Cdigo Penal, com a
continuidade especfica prevista no seu pargrafo nico. Tanto num quanto no outro para que se possa aplicar
patamar superior a 1/6, impe-se ao magistrado analisar critrios objetivo e subjetivo.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
3.O furto de veculo ocorrido em terreno baldio, sem qualquer vnculo com o estabelecimento demandado, no
enseja a responsabilidade de ressarcimento por qualquer prejuzo causado.
Cmaras de Direito Criminal
4.A confisso qualificada, na qual o agente agrega confisso teses defensivas descriminantes ou exculpantes,
no tem o condo de ensejar o reconhecimento da atenuante prevista no art. 65, inciso III, alnea "d", do Cdigo
Penal.
5.Constitucionalmente, todas as decises judiciais devem ser fundamentadas, pena de nulidade. Nada impede,
porm, que o julgador faa remisso ao teor de outra pea constante do caderno processual, ou mesmo adote
consideraes de outrem como razes de decidir.
6.Atendidos os requisitos legais para a autorizao do trabalho externo do detento, no se pode neg-lo
simplesmente por tratar de vaga de emprego em comarca contigua.
7.Prtica o crime militar de falsidade ideolgica o agente pblico que determina a insero de dados falsos em
registro de ocorrncia, com a inteno de alterar a verdade sobre fato relevante, atentando contra a
administrao militar.
8.O gestor pblico parte legtima passiva em processo crime, deflagrado para apurar o crime do art. 50, inciso
I, pargrafo nico, inciso I, da Lei n. 6.766/1979, haja vista tratar-se de delito comum imputvel a qualquer
pessoa.
Cmaras de Direito Civil
9.A converso esquerda via de mo dupla somente pode ser encetada com absoluta segurana, exigindo do
motorista certeza de que a realizar sem colocar em risco outros veculos ou pessoas que eventualmente se
encontrem no local.
10.Se o advogado, por incria, no junta o instrumento de procurao, procedimento de sua exclusiva
responsabilidade, mesmo aps ter sido oportunizado o saneamento, assume o nus de ver a ao, por ele
representada, no conhecida.
11.A incapacidade do interditando deve ser demonstrada por meio de prova substancial, por isso que na sua
ausncia no pode haver o deferimento da tutela antecipada com a nomeao de curador provisrio,

resguardando-se, contudo, ante os indcios da sua caracterizao, os bens imveis, tornando-os indisponveis.
12.A ausncia de pactuao de arras em contrato de compra e venda de imvel, aliada existncia de clusula
que expressamente afasta o direito de arrependimento dos contratantes, impossibilita a devoluo em dobro,
quando do desfazimento do negcio, da parcela dada como entrada.
13.O fiador o responsvel pelo pagamento dos aluguis e demais encargos decorrentes de contrato de locao
prorrogado por prazo indeterminado em caso de previso contratual expressa nesse sentido, subsistindo a
garantia at a entrega efetiva das chaves ao locador ou a quem caiba administrar do bem objeto da avena.
Cmaras de Direito Comercial
14.Em ao revisional de contrato de financiamento para aquisio de veculo, baseada em relao de consumo,
a competncia absoluta do foro do domiclio do consumidor.
15.A certificao nos autos da entrega de carta notificatria, no endereo do devedor, recebida por sua genitora,
medida vlida para a constituio em mora, com vistas ao deferimento de busca e apreenso.
Cmaras de Direito Pblico
16. concesso do auxlio-acidente exige-se o preenchimento de todos os requisitos previstos art. 86 da Lei
8213/1991.
17.Descabe, por meio de mandado de segurana, a atribuio de efeito suspensivo de recurso interposto
perante o Conselho da Magistratura, por oficial interino de cartrio de imveis, afastado em virtude da
constatao de irregularidades, quando tratar-se de designao em carter transitrio e precrio e demonstrado
a perda da confiana em ato devidamente motivado.
18.Admite-se a licitao na modalidade prego presencial na contratao de servios de coordenao,
superviso, controle e de subsdio fiscalizao de obras rodovirias estaduais, quando amparada em legislao
estadual.

rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL. REGULAMENTAO DE ATIVIDADES SONORAS EM
VIAS PBLICAS. MATRIA DE LEI ORDINRIA DISCIPLINADA POR LEI COMPLEMENTAR. POSSIBILIDADE DE
REVOGAO POR LEI ORDINRIA. PRECEDENTE DA SUPREMA CORTE. INVIABILIDADE DE INVOCAO DE
AFRONTA INDIRETA CONSTITUIO ESTADUAL OU DE MCULA A NORMA INFRACONSTITUCIONAL NA VIA DA
AO DIRETA. INAPLICABILIDADE DO INC. III DO ART. 141 DA CONSTITUIO DO ESTADO HIPTESE DOS
AUTOS. IMPROCEDNCIA. I. A inconstitucionalidade "[...] d-se apenas entre a lei e a Constituio, numa relao
direta, sem que ocorra qualquer intermediao de outros atos jurdicos entre ambas, e que coloque normaobjeto outro padro (intermedirio) de validade." II. "A jurisprudncia desta Corte, sob o imprio da EC 1/69 - e a
Constituio atual no alterou o sistema - firmou-se no sentido de que s se exige lei complementar para as
matrias para cuja disciplina a Constituio expressamente faz tal exigncia, e, se porventura a matria,
disciplinada por lei cujo processo legislativo observado tenha sido o da lei complementar, no seja daquelas para
que a Carta Magna exige essa modalidade legislativa, os dispositivos que tratam dela se tm como dispositivos
de lei ordinria". III. O escopo da participao popular direta em determinadas matrias de cunho edilcio,
centra-se na ideia de definir lindes para o planejamento estratgico das cidades, diretamente imbricados com
questes sobrelevantes, de difcil reversibilidade, como a ocupao do solo e o zoneamento urbano, por

exemplo. No o caso, porm, da matria sob exame, para a qual no se exige a participao comunitria
prevista no inc. III do art. 141 Constituio Estado. Processo: 2013.005814-2. Relator: Des. Joo Henrique
Blasi.

Seo Criminal
2.AO PENAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. CONDENAO. REVISO CRIMINAL DOSIMETRIA DA PENA.
DIMINUIO. CABIMENTO DA VIA ELEITA CONDICIONADO EXISTNCIA DE ERRO TCNICO OU INJUSTIA DA
DECISO. CONTINUIDADE DELITIVA. DOIS CRIMES. AUMENTO DE METADE DA PENA. IMPOSSIBILIDADE. PEDIDO
DEFERIDO. No h se confundir a continuidade delitiva simples prevista no caput do artigo 71 do Cdigo Penal,
com a continuidade especfica prevista no pargrafo nico. Porm, para que se possa aplicar patamar superior a
1/6, impe-se ao Juiz de Direito a meno ao critrio objetivo (nmero de infraes praticadas) e subjetivo
correspondente s circunstncias judiciais desfavorveis. Caso contrrio, o cometimento de apenas dois crimes e
a ausncia de circunstncias judiciais desfavorveis torna injusta a aplicao em patamar acima do mnimo
legal. Processo: 2013.023784-1. Relator: Des. Jorge Schaefer Martins. Julgamento: 11/12/2013.

Grupo de Cmaras de Direito Civil


3.EMBARGOS INFRINGENTES. AO DE INDENIZAO. DANOS MATERIAIS. FURTO DE MOTOCICLETA
ESTACIONADA EM TERRENO BALDIO EM FRENTE A ACADEMIA DE GINSTICA. PROPRIETRIO DO BEM FURTADO
FREQENTADOR DO ESTABELECIMENTO. REA NO PERTENCENTE EMPRESA E NO DISPONIBILIZADA PARA
ESTE FIM. AUSNCIA DO DEVER DE GUARDA E VIGILNCIA. INAPLICABILIDADE DA SMULA 130 STJ. DEVER DE
INDENIZAR AFASTADO. PREVALNCIA DO VOTO MAJORITRIO. RECURSO DESPROVIDO. Delineado nos autos que o
furto de veculo ocorreu em terreno baldio, sem qualquer vnculo com o estabelecimento demandado, refuta-se a
responsabilidade de ressarcimento qualquer prejuzo causado.Processo: 2013.067411-1. Relator: Des.
Fernando Carioni. Julgamento: 11/12/13.

Cmras de Direito Criminal


4.PENAL. APELAO CRIMINAL. RECURSO DA DEFESA. TRIBUNAL DO JRI. CRIME CONTRA A VIDA. HOMICDIO
DUPLAMENTE QUALIFICADO (ART. 121, 2, II E IV, DO CDIGO PENAL). SENTENA CONDENATRIA.
DOSIMETRIA. SEGUNDA FASE. CONFISSO QUALIFICADA QUE NO CARACTERIZA A ATENUANTE PREVISTA NO
ART. 65, III, "D", DO CP. SENTENA MANTIDA. - A confisso qualificada, na qual o agente agrega confisso teses
defensivas descriminantes ou exculpantes, no tem o condo de ensejar o reconhecimento da atenuante
prevista no art. 65, III, "d", CP. - Recurso conhecido e desprovido. Processo:2013.081572-4. Relator: Des.
Altamiro de Oliveira. Julgamento: 17/12/2013.

5.RECURSO CRIMINAL. QUEIXA-CRIME. CALNIA, DIFAMAO E INJRIA (ARTS. 138, 139 E 140 DO CDIGO
PENAL). REJEIO EM FACE DA AUSNCIA DE INDCIOS DA PRTICA DELITIVA. INSURGNCIA DOS QUERELANTES.
PRELIMINAR. NULIDADE DA DECISO POR AUSNCIA DE FUNDAMENTAO IDNEA. MAGISTRADO SINGULAR QUE
ADOTA COMO RAZES DE DECIDIR O PARECER EXARADO PELO REPRESENTANTE MINISTERIAL. POSSIBILIDADE.
INEXISTNCIA DE LESO ORDEM CONTIDA NO ART. 93, IX, CFB. EIVA RECHAADA. " sabido que, nos termos
do artigo 93, inciso IX, da Constituio Federal, todas as decises judiciais devem ser fundamentadas, sob pena
de nulidade. Por outro lado, nada impede que o rgo julgador, em sua atividade jurisdicional, faa remisso ao
teor de outra pea constante do caderno processual, ou mesmo adote consideraes de outrem como razes de

decidir, desde que, dessa forma, fiquem devidamente evidenciados os fundamentos de ordem ftico-jurdica
que, na hiptese, servem de substrato s concluses alcanadas, e que no haja omisso em relao a aspectos
que deve o decisum necessariamente abordar".MRITO. PRETENSO RECEBIMENTO DA QUEIXA-CRIME.
IMPOSSIBLIDADE. PEA INAUGURAL QUE DEIXOU DE APRESENTAR QUALQUER EVIDNCIA DOS CRIMES QUE
IMPUTA AO QUERELADO. CONDIES DE PROCEDIBILIDADE NO PREENCHIDAS. FALTA DE JUSTA CAUSA PARA A
AO PENAL. DECISO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "Para o exerccio regular da ao penal
pblica ou privada, indispensvel, entre os pressupostos do art. 43 do CPP, a justa causa, expressa em suporte
mnimo de prova da imputao. A credibilidade da ao decorre de prova evidente do fato. O simples relato da
suposta ofensa na queixa crime, isoladamente, no justifica o seu recebimento". Processo: 2013.0088365. Relator: Des. Marli Mosimann Vargas. Julgamento: 17/12/2013.

6.AGRAVO EM EXECUO PENAL. PEDIDO DE TRABALHO EXTERNO INDEFERIDO NA ORIGEM. REQUISITOS LEGAIS
PREENCHIDOS. VAGA DE EMPREGO EM COMARCA CONTGUA QUE NO PODE OBSTAR O DEFERIMENTO DA
SPLICA. PROXIMIDADE DO PRESDIO COM O LOCAL DE TRABALHO. REGIME SEMIABERTO QUE NO INSPIRA
FISCALIZAO OSTENSIVA DA ATIVIDADE LABORAL. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. BENEFCIO
CONDICIONADO APRESENTAO DE PROPOSTA ATUALIZADA DE EMPREGO. Processo: 2013.0817168. Relator: Des. Cinthia Beatriz da Silva Schaefer.

7.APELAES CRIMINAIS. CRIME CONTRA A ADMINISTRAO MILITAR. FALSIDADE IDEOLGICA (ART. 312 DO
CDIGO CASTRENSE). DESCLASSIFICAO NA SENTENA PARA O DELITO DE PREVARICAO (ART. 319 DO
MESMO DIPLOMA LEGAL). IRRESIGNAO DO RGO DO MINISTRIO PBLICO. PUGNADA A CONDENAO DO
RU PELO ILCITO DE FALSIDADE IDEOLGICA. POSSIBILIDADE. CONJUNTO PROBATRIO QUE EVIDENCIA A
PRTICA DA CONDUTA DESCRITA NO ART. 312 DO DECRETO-LEI N. 1001/69. AGENTE QUE DETERMINA A
INSERO DE DADOS FALSOS EM REGISTRO DE OCORRNCIA, COM O FITO DE ALTERAR A VERDADE SOBRE FATO
JURIDICAMENTE RELEVANTE, ATENTANDO CONTRA A ADMINISTRAO MILITAR. RECURSO PROVIDO.
INSURGNCIA DEFENSIVA. PRETENSA ABSOLVIO DO CRIME DE PREVARICAO POR AUSNCIA DE DOLO.
APELO PREJUDICADO, DIANTE DO PROVIMENTO DO RECLAMO MINISTERIAL. Processo: 2013.0523515. Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima Filho. Julgamento: 17/12/2013.

8.APELAO CRIMINAL. CRIMES PERPETRADOS PELO AGENTE ENQUANTO DETENTOR DO CARGO DE PREFEITO
MUNICIPAL. RECURSO DA DEFESA. PRELIMINARES. ARGUIDA A NULIDADE DO FEITO POR OFENSA AO RITO
ESTABELECIDO NO DECRETO-LEI 201/67. IMPUTAO DE DIVERSOS DELITOS SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS
DISTINTOS. CORRETA ADOO DO RITO ORDINRIO, QUE POSSIBILITA DEFESA AMPLA E IRRESTRITA.
PRECEDENTES. EIVA INEXISTENTE. ARGUIDA A AUSNCIA DE JUSTA CAUSA PARA A DEFLAGRAO DA AO
PENAL. FATOS APURADOS EM REPRESENTAO PERANTE O TRIBUNAL DE CONTAS E A JUSTIA ELEITORAL.
INDEPENDNCIA ENTRE AS INSTNCIAS. PREFACIAL REPELIDA. SUSCITADA A ILEGITIMIDADE PASSIVA QUANTO AO
CRIME DO ART. 50, I, PARGRAFO NICO, I, DA LEI 6.766/79. ALEGAO DE QUE O GESTOR PBLICO NO PODE
SER SUJEITO ATIVO DO ILCITO. CRIME COMUM DIRIGIDO A QUALQUER PESSOA QUE EXECUTE A AO NUCLEAR
DO TIPO. PREFACIAL AFASTADA. PARCELAMENTO ILEGAL DE SOLO URBANO (ART. 50, I, PARGRAFO NICO, I, DA
LEI 6.766/79). SUSTENTADA A OCORRNCIA DE MERAS IRREGULARIDADES DE CUNHO URBANSTICO NA
FORMAO DO LOTEAMENTO. RU QUE PROMOVEU O PARCELAMENTO DO SOLO SEM QUALQUER LICENA DOS
RGOS AMBIENTAIS E ADMINISTRATIVOS. INEXISTNCIA DE INFRAESTRUTURA NO EMPREENDIMENTO.
AUSNCIA DE INSCRIO DO LOTEAMENTO NO REGISTRO IMOBILIRIO. QUESTES QUE ULTRAPASSAM A ESFERA
DE IRREGULARIDADES. FRACIONAMENTO DO SOLO REVELIA DAS OBRIGAES LEGAIS. CONDENAO
MANTIDA. ALIENAO DE BEM PBLICO SEM AUTORIZAO LEGISLATIVA (ART. 1, X, DL 201/67), SEM AVALIAO
E LICITAO (ART. 89 DA LEI 8.666/93). SUSTENTADO O FRACIONAMENTO DA CONDUTA. NO OCORRNCIA.
AVALIAO DA UTILIDADE PBLICA PELOS REPRESENTANTES DO POVO QUE NO SE CONFUNDE COM A

NECESSIDADE DE RESGUARDAR A ISONOMIA E SELECIONAR A PROPOSTA MAIS VANTAJOSA PARA A


ADMINISTRAO MUNICIPAL MEDIANTE O PROCEDIMENTO LICITATRIO. INTENO DE AUFERIR VANTAGEM E
LESAR O ERRIO EVIDENCIADA. DOLO CARACTERIZADO. CONDENAO PELA PRTICA DE AMBOS OS CRIMES
MANTIDA. CONCESSO DE EMPRSTIMO A MUTURIOS SEM AUTORIZAO DA CMARA MUNICIPAL E EM
DESACORDO COM A LEI (ART. 1, IX, DO DECRETO-LEI 201/67). RU QUE NO OBSERVOU O REGRAMENTO DO
FUNDO MUNICIPAL DE HABITAO PARA A DESTINAO DE EMPRSTIMO COM DINHEIRO PBLICO E NO
SOLICITOU AUTORIZAO DO PODER LEGISLATIVO. CONCESSO A PESSOAS NO HABILITADAS SEGUNDO OS
CRITRIOS DE BAIXA RENDA DEFINIDOS EM LEI MUNICIPAL. AUTORIA E MATERIALIDADE DEMONSTRADAS.
MANUTENO DA CONDENAO. DOSIMETRIA. CRIME DO ART. 1, IX, DO DECRETO-LEI 201/67 E CRIME DO ART.
50, I, PARGRAFO NICO, I, LEI 6.766/79. CIRCUNSTNCIAS DO DELITO VALORADAS NEGATIVAMENTE.
MOTIVAO INERENTE AO TIPO PENAL. AFASTAMENTO. CONSEQUENTE ADVENTO DA PRESCRIO EM RELAO
AO INJUSTO DO ART. 1, IX, DO DECRETO-LEI 201/67. EXTINO DA PUNIBILIDADE DECRETADA. CRIME DO ART.
1, X, DO DECRETO-LEI 201/67. ANLISE DE OFCIO. MAJORAO POR CONTA DAS CIRCUNSTNCIAS DO DELITO.
VALORAO ESCORREITA, COM BASE EM ELEMENTOS QUE NO FAZEM PARTE DO NCLEO DO TIPO PENAL.
INEXISTNCIA DE BIS IN IDEM. REPRIMENDA HGIDA. PERDA DO CARGO E DA FUNO PBLICA.
FUNDAMENTAO LIMITADA AO ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO PENAL VIOLADO. AUSNCIA DE COTEJO ENTRE
O EFEITO DA CONDENAO E O ATUAL CARGO PBLICO DO AGENTE. AFASTAMENTO. RECURSO PROVIDO EM
PARTE. Processo: 2013.037821-9. Relator: Des. Torres Marques. Julgamento:17/12/2013. Classe: Apelao
Criminal.
Cmaras de Direito Civil
9.RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRNSITO. SENTENA DE IMPROCEDNCIA FUNDAMENTADA NA CULPA
EXCLUSIVA DO AUTOR, QUE TERIA ULTRAPASSADO INDEVIDAMENTE TERCEIRO VECULO QUE CEDEU PASSAGEM
PARA O RU INGRESSAR NA PISTA EM SENTIDO OPOSTO. INSUBSISTNCIA. TESE DEFENSIVA DISTINTA DA
ESTAMPADA NO REGISTRO DE OCORRNCIA POLICIAL, O QUAL DESCREVE CLARAMENTE AS CARACTERSTICAS
GEOMTRICAS DA VIA E CONCLUSIVO ACERCA DA DINMICA DO SINISTRO. PRIMEIRO RU QUE, AO INGRESSAR
ESQUERDA EM VIA DE MO DUPLA, FOI IMPRUDENTE E INTERROMPEU BRUSCAMENTE A TRAJETRIA NORMAL
DO AUTOR, IMPOSSIBILITANDO A ESQUIVA. PRESUNO JURIS TANTUM DE VERACIDADE NO DERRUDA.
CONDUTA DO PRIMEIRO RU MANIFESTAMENTE PREPONDERANTE PARA A OCORRNCIA DO SINISTRO.
RESPONSABILIDADE DOS RUS EVIDENCIADA. DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO. DANOS MATERIAIS.
ORAMENTOS ACOSTADOS AOS AUTOS QUE DEMONSTRAM DE MANEIRA SEGURA O PREJUZO SUPORTADO.
SENTENA DE IMPROCEDNCIA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. A manobra de ingresso esquerda em via de
mo dupla, pelo risco que oferece, somente pode ser encetada com absoluta segurana, exigindo do motorista,
para tanto, certeza de que a realizar sem colocar em risco outros veculos ou pessoas que eventualmente se
encontrem no local. Processo: 2013.079932-7. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato.

10.APELAO CVEL. INSTRUMENTO DE PROCURAO. PRAZO OFERTADO. DEFEITO NO SANADO. ARTIGO 37 DO


CDIGO DE RITOS. NO CONHECIMENTO. Se o advogado, por incria, no junta o instrumento de procurao,
diga-se, procedimento de sua exclusiva responsabilidade, mesmo aps ter sido oportunizado o saneamento
judicialmente, assume o nus de ver a ao, por ele representada, no conhecida. Processo: 2013.0763339.Relator: Des. Fernando Carioni.

11.AO DE INTERDIO. DEFERIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA E NOMEAO DA FILHA DO REQUERIDO COMO


SUA CURADORA PROVISRIA. INEXISTNCIA DE PROVA SUBSTANCIAL ACERCA DA INCAPACIDADE DO
INTERDITANDO. MEDIDA EXCEPCIONAL. DILAO PROBATRIA NECESSRIA PARA ESCLARECER O SEU REAL
ESTADO DE SADE. RECURSO PROVIDO PARA AFASTAR A INTERDIO PROVISRIA. POR OUTRO LADO, COM
ARRIMO NO PODER GERAL DE CAUTELA, VISANDO RESGUARDAR O PATRIMNIO DO INTERDITANDO E EVITAR-LHE
PREJUZO,
DECRETA-SE,
DE
OFCIO,
A
INDISPONIBILIDADE
TO
S
DE
SEUS
BENS

IMVEIS. Processo: 2013.056248-3.Relator: Des.


Maria
do
Rocio
Luz
Julgamento: 17/12/2013. Data de Publicao: 07/01/2014.Classe: Agravo de Instrumento.

Santa

Rita.

12.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO. COMPRA E VENDA DE IMVEL. PROCEDNCIA PARCIAL NA ORIGEM.


RECLAMO DA AUTORA. REPARAO. PRIVAO PELA UTILIZAO DO CARRO. MATRIA NO DEBATIDA EM
PRIMEIRA INSTNCIA. INOVAO RECURSAL. NO CONHECIMENTO. No se conhece, em sede recursal, de tema
no agitado em primeiro grau, por configurar supresso de instncia. RESTITUIO EM DOBRO DA PARCELA
ADIMPLIDA COMO ENTRADA DO PREO AJUSTADO. IMPOSSIBILIDADE. AUSNCIA DE PACTUAO CONTRATUAL DE
ARRAS. DIREITO DE ARREPENDIMENTO EXPRESSAMENTE AFASTADO NO PACTO. DEVOLUO NA FORMA SIMPLES
QUE SE IMPE. A ausncia de pactuao de arras em contrato de compra e venda de imvel, aliada existncia
de clusula que expressamente afasta o direito de arrependimento dos contratantes, impossibilita a devoluo
em dobro, quando do desfazimento do negcio, da parcela dada como entrada. RESSARCIMENTO PELO USO E
DESGASTE DO VECULO DADO COMO PARTE DO PAGAMENTO DO IMVEL. AUSNCIA DE PROVAS ACERCA DAS
CONDIES EM QUE O BEM FOI ENTREGUE CONSTRUTORA. DEPRECIAO NO DEMONSTRADA.
DESVALORIZAO DO PREO DE MERCADO, NO EXGUO LAPSO TEMPORAL, INOCORRENTE. INDENIZAO PELA
FRUIO DO AUTOMVEL, POR OUTRO LADO, DEVIDA. VEDAO DO ENRIQUECIMENTO ILCITO. A inexistncia de
demonstrao das condies em que o veculo - dado em pagamento como parte do preo do imvel - foi
entregue construtora, aliada falta de comprovao da sua deteriorao no momento da devoluo, inviabiliza
a pretendida reparao por eventuais prejuzos materiais. O transcurso de 2 (dois) meses insuficiente
desvalorizao do preo de mercado de automvel que no sofreu mudana de modelo, nem de ano de
fabricao. devida indenizao pela construtora referente ao perodo em que o automotor esteve sob sua
posse e sua disposio para uso e fruio, ainda que alegue no t-lo utilizado de fato. DANOS MORAIS. ABALO
ANMICO NO DEMONSTRADO. DEVER DE REPARAR INEXISTENTE. A frustrao na compra e venda de imvel, por
si s, no d azo a a [...]Processo: 2013.077353-6. Relator: Des. Odson Cardoso Filho.

13.APELAO CVEL. EMBARGOS EXECUO DE TTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE LOCAO. FIANA


SUBSISTENTE AT A EFETIVA ENTREGA DAS CHAVES. POSSIBILIDADE DE PENHORA DE BEM DE FAMLIA DOS
FIADORES. RECURSO DESPROVIDO. - O fiador responsvel pelo pagamento dos aluguis e demais encargos
decorrentes de contrato de locao prorrogado por prazo indeterminado em caso de previso contratual
expressa nesse sentido, subsistindo a garantia at a entrega efetiva das chaves ao locador ou a quem caiba a
administrao do bem objeto da avena. Nessa hiptese, pois, afigura-se inaplicvel a Smula 214 do Superior
Tribunal de Justia, por no se tratar de posterior aditamento ou modificao de clusulas contratuais, mas sim
de mera prorrogao da relao locatcia, nos termos do art. 47, caput, da Lei n. 8.245/1991. II - No gera
nenhuma dvida de interpretao a redao do art. 3, VII, da Lei n. 8.009/1990 ao dispor com manifesta clareza
que o imvel residencial de propriedade do fiador em contratos de locao no afetado pela impenhorabilidade
oponvel aos bens de famlia. Exegese diversa contraria frontalmente texto expresso de lei e viola princpio
basiliar de hermenutica, positivado no art. 4 da Lei de Introduo do Cdigo Civil, porquanto inversa aos fins
sociais orientadores da Lei n. 8.009/1990 e oposta s exigncias do bem comum, pois, se assim no fosse, o
mercado imobilirio locatcio entraria em colapso em curto espao de tempo, tendo em vista que muito pouco ou
nada serviria a to decantada garantia pessoal fidejussria. Ademais, o direito social constitucional de moradia
(art. 6 da Constituio Federal) h de ser interpretado como garantia de acesso habitao, sem prejuzo da
possibilidade de incidncia de nus real ou fidejussrio sobre o imvel. Processo: 2011.097574-9
(Acrdo). Relator: Des. Joel Figueira Jnior. Julgamento: 16/12/2013. Classe: Apelao Cvel.

Cmaras de Direito Comercial


14.Agravo de instrumento. Ao revisional. Contrato de financiamento para aquisio de veculo. Relao de

consumo. Competncia absoluta. Domiclio do consumidor. Precedente do Superior Tribunal de Justia. Deciso
que, com base no endereo do autor constante no ajuste firmado entre as partes, declina da competncia.
Afirmao inserta nas razes recursais de mudana de residncia aps a aquisio do bem que desautoriza a
suposio realizada pela magistrada a quo. Deciso reformada, para manter o feito na comarca do atual
domiclio do postulante, informado na exordial. Recurso provido. Processo: 2012.061864-6.Relator: Des.
Ronaldo Moritz Martins da Silva.

15.AGRAVO DE INSTRUMENTO. IRRESIGNAO DA PARTE R CONTRA DECISO QUE DEFERIU LIMINAR DE BUSCA
E APREENSO. ALEGADA INVALIDADE DA NOTIFICAO EXTRAJUDICIAL REALIZADA. TESE RECHAADA. CARTA
NOTIFICATRIA ENTREGUE POR OFICIAL DE CARTRIO NO ENDEREO DA DEVEDORA E RECEBIDA POR SUA
GENITORA. CONSTITUIO EM MORA COMPROVADA. DECISO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2012.071709-2 (Acrdo). Relator: Des. Tulio Pinheiro. Julgamento:19/12/2013.

Cmaras de Direito Pblico


16.APELAO. INFORTUNSTICA. LAUDO PERICIAL QUE ATESTA FRATURA CONSOLIDADA E ADEQUADAMENTE
TRATADA NO TORNOZELO. PEDIDO DE AUXLIO-ACIDENTE. FALTA DE PROVA DA REDUO DA CAPACIDADE
LABORAL. BENEFCIO DESCABIDO. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Falto um dos pressupostos
legais para a concesso do benefcio vindicado pela acionante (auxlio-acidente - art. 86, caput, da Lei n.
8.213/91), qual seja a prova da reduo de sua capacidade laboral, de ser desprovido o
apelo. Processo: 2013.070178-6 (Acrdo). Relator: Des. Joo Henrique Blasi. Julgamento: 16/12/2013. Data
de Publicao: 07/01/2014. Classe: Apelao Cvel.

17.MANDADO DE SEGURANA. OFICIAL INTERINA DE CARTRIO DE IMVEIS AFASTADA EM VIRTUDE DA


CONSTATAO DE IRREGULARIDADES EM PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PRETENSO DE
CONCESSO DE EFEITO SUSPENSIVO AO RECURSO OFERTADO PERANTE O CONSELHO DA MAGISTRATURA.
INADMISSIBILIDADE. DESIGNAO EFETUADA EM OBSERVNCIA AO INTERESSE DO PODER PBLICO E COM
CARTER TRANSITRIO E PRECRIO. PERDA DE CONFIANA DEVIDAMENTE MOTIVADA PELA AUTORIDADE
APONTADA COMO COATORA. OFENSA A DIREITO LQUIDO E CERTO DA IMPETRANTE NO EVIDENCIADA. ORDEM
DENEGADA.Processo: 2013.041117-9
(Acrdo). Relator: Des.
Nelson
Schaefer
Martins.
Julgamento:16/12/2013. Data de Publicao: 07/01/2014. Classe: Mandado de Segurana.

18.AGRAVO DE INSTRUMENTO. LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANA. LICITAO NA MODALIDADE PREGO


PRESENCIAL. CONTRATAO PARA SERVIOS DE COORDENAO, SUPERVISO, CONTROLE E DE SUBSDIO
FISCALIZAO DE OBRAS RODOVIRIAS ESTADUAL.POSSIBILIDADE. APLICAO DA LEI ESTADUAL N.
12.337/2002. DECRETO ESTADUAL N. 2.617/2009, NA REDAO DADA PELA INSTRUO NORMATIVA N. 10/SEA.
PRECEDENTES DA CORTE. RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.041277-9 (Acrdo). Relator: Des. Jlio Csar
Knoll. Julgamento: 16/12/2013. Classe: Agravo de Instrumento.

Edio n. 17 de 28 de fevereiro de 2014.


rgo Especial
1.Padece de vcio formal de inconstitucionalidade a lei municipal, de iniciativa parlamentar, que verse
sobre regime previdencirio e estabilidade de servidor pblico.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
2.Agente penitencirio que se encontra em estgio probatrio no faz jus remoo.
3.No configura nepotismo, quando inexistente subordinao hierrquica ou influncia direta ou indireta,
a nomeao de parente em segundo grau de Juiz de Direito, por afinidade, para exercer cargo
comissionado na instncia superior.
Cmaras de Direito Criminal
4.Age sob plio da excludente de ilicitude da legtima defesa putativa aquele que efetua um nico disparo
de arma de fogo, em regio no vital, contra algoz embriagado que, em meio discusso, faz meno
sacar arma fogo de sua cintura.
5.Aquele que, no interior de sua residncia, mantm a posse de uma carabina de presso adaptada para a
utilizao de munio calibre .22 comete crime definido no art. 12 e no o previsto no art. 16, pargrafo
nico, IV, da Lei n. 10.826/03.
6. desnecessria a presena, durante a colheita da prova testemunhal, de intrprete da lngua brasileira
de sinais, no caso de ser o ru surdo-mudo.
7. prescindvel a acusao, na pea recursal, enumere cada um dos acusados que pretende atingir com o
apelo.
Cmaras de Direito Civil
8.A negativa de crdito, diante apresentao cdula de identidade em mau estado de conservao, no
gera abalo moral.
9. inadequado o ajuizamento, pelo sublocatrio, de ao reintegratria para reaver a posse de imvel
perdida em decorrncia de acordo firmado entre o locador e o locatrio e que foi homologado por
sentena.

10.Compete Justia Estadual, em detrimento da Justia Trabalhista, a apreciao de ao que envolva a


suplementao de aposentadoria em face de entidade de previdncia privada.
11.A utilizao de imvel como estacionamento no denota servio de carter produtivo a justificar a
aquisio da propriedade por usucapio extraordinrio, nos moldes do art. 1.238, pargrafo nico, do CC.
12.A prtica advocatcia displicente que ocasiona prejuzos constituinte gera dever de indenizar danos
materiais e morais.
13.Ofende norma consumerista a divulgao de informaes essenciais, quanto ao preo total, nas
entrelinhas do anncio do produto.
Cmaras de Direito Comercial
14.A prescrio quinquenal para ao monitria fundada em cheque sem executividade comea a contar
da data em que a crtula foi emitida.
15.Aps o distrato, nada alm da utilizao da marca e sua insgnia pode ser proibido empresa
franqueadora, sendo-lhe permitido manter parte do nome e suas cores, desde que no combinadas de
modo a identificar a empresa franqueada.
Cmaras de Direito Pblico
16.No bojo de ao civil pblica por ato de improbidade administrativa, a apresentao imediata de
contestao ao invs de manifestao por escrito, como determina o art. 17, 7, da Lei n. 8.429/92, no
gera revelia.
17.Carece de interesse processual, por inutilidade, o pedido de declarao da insolvncia civil do devedor
quando o processo de execuo, ajuizado de forma precedente, foi suspenso em razo da inexistncia de
bens a saldar o dbito.
18.A aposentadoria concedida a servidor pblico no atingida pela decretao da perda de cargo
determinada em ao de improbidade administrativa, sendo nulo o ato administrativo que determina a
cassao.
19.No obrigatria a construo de ciclovia em obras de modernizao (duplicao) e de conservao
de rodovias estaduais que atravessem permetro urbano.
20.Existindo previso em lei municipal, o Sindicato de Servidores Pblicos Municipais possui legitimidade
para impetrar mandado de segurana coletivo e preventivo com vistas a assegurar a indicao de
membros da comisso especial de concurso pblico.
21.Manifestao de radialistas no sentido de instruir a populao a reivindicar seus direitos por meio de
ato pblico no pode ser obstada quando ausente qualquer incitao violncia.

rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL N. 009/2012 DO MUNICPIO DE SO MIGUEL
DO OESTE. ALEGAO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 4., PARGRAFO NICO; ART. 45, 5.; ART.
71, XIII; ART. 108, 4. E 5.; ART. 185, 1. E 2.; E ART. 195. 1. PRELIMINAR DE INPCIA DA INICIAL

AFASTADA. RECONHECIMENTO DE OFCIO DA IMPOSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO COM RELAO AO


ART. 45, 5.; E ART. 185, 1. E 2. DA LEI MUNICIPAL. UTILIZAO DA CONSTITUIO FEDERAL COMO
PARMETRO. IMPOSSIBILIDADE. EXTINO DO PROCESSO, EM PARTE, SEM JULGAMENTO DO MRITO (CPC,
ART. 267, VI). 2. VCIO DE ORIGEM QUANTO AO ART. 71, XIII, ART. 108, 4. E 5. E ART. 195 DA LEI.
INICIATIVA EXCLUSIVA DO CHEFE DO EXECUTIVO PARA CRIAO DE LEIS QUE DISPONHAM SOBRE O
REGIME PREVIDENCIRIO E A ESTABILIDADE DOS SERVIDORES PBLICOS. EXISTNCIA DE AFRONTA AO
DISPOSTO NO ART. 50, 2., II E IV, DA CONSTITUIO ESTADUAL DE SANTA CATARINA. PEDIDO QUE
MERECE
GUARIDA.
INCONSTITUCIONALIDADE
FORMAL
PARCIALMENTE
RECONHECIDA. Processo:2012.037693-7
(Acrdo). Relator: Des.
Raulino
Jac
Brning.
Julgamento: 05/02/2014. Classe: Ao Direta de Inconstitucionalidade

Grupo de Cmaras de Direito Pblico


2.MANDADO DE SEGURANA - AGENTE PENITENCIRIO EM ESTGIO PROBATRIO - REMOO IMPOSSIBILIDADE - ORDEM DENEGADA. Nos termos do art. 20, inciso II, da Lei Complementar Estadual n.
472/2009, vedada a remoo do Agente Penitencirio que se encontre em estgio
probatrio. Processo: 2013.066273-8
(Acrdo). Relator: Des.
Jaime
Ramos.
Julgamento: 12/02/2014. Classe: Mandado de Segurana.

3.AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANA. PRETENDIDA NOMEAO EM CARGO


COMISSIONADO DE SECRETRIO JURDICO DE DESEMBARGADOR. INDEFERIMENTO. PARENTESCO EM
SEGUNDO GRAU, POR AFINIDADE, COM MAGISTRADO DE PRIMEIRA INSTNCIA JUDICANTE NO INTERIOR
DO ESTADO. CIRCUNSTNCIAS FTICAS QUE REVELAM INEXISTNCIA DE SUBORDINAO E DE INFLUNCIA
PARA A ALMEJADA NOMEAO. AUSNCIA DE VULNERAO AOS PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS
ENGASTADOS NO ART. 37 DA CONSTITUIO DA REPBLICA, BEM ASSIM SMULA VINCULANTE N. 13 E
RESOLUO N. 07/ 2005, DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA. PRECEDENTES DA CORTE VERSANTES
SOBRE CASOS QUEJANDOS EM QUE HOUVE A CONCESSO DA ORDEM MANDAMENTAL. CARACTERIZAO
DE DANO AO IMPETRANTE PELO CARTER ALIMENTAR DA PRETENSO. PERICULUM IN MORA E FUMUS BONI
JURIS POSITIVADOS. INOCORRNCIA DE PREJUZO AO ENTE PBLICO NOMEANTE PELA CONCESSO DE
PROVIMENTO LIMINAR SE A ORDEM VIER A SER DENEGADA A FINAL. AGRAVO PROVIDO. LIMINAR
CONCEDIDA. "Para a caracterizao de nepotismo, a enquadrar-se nas vedaes da Resoluo n 07/2005
do CNJ e da Smula Vinculante n. 13 do Supremo Tribunal Federal, exige-se o vnculo de subordinao
hierrquica entre a pessoa nomeada e aquele magistrado ou servidor que determinou a
incompatibilidade, ou a influncia direta ou indireta do parente na indicao para o cargo.", hiptese
inocorrente na espcie, a determinar, bem por isso, a inexistncia de bice nomeao do
impetrante.Processo: 2014.000914-2 (Acrdo). Relator: Des. Joo Henrique Blasi.

Cmaras de Direito Criminal


4.APELAO CRIMINAL. LESO CORPORAL GRAVE (ART. 129, 1, INC. I, DO CDIGO PENAL). RECURSO DA
DEFESA. PEDIDO DE ABSOLVIO. RECONHECIMENTO DA EXCLUDENTE DE ILICITUDE DE LEGTIMA DEFESA
PUTATIVA. OCORRNCIA. ACUSADO QUE AGIU PENSANDO ESTAR NA IMINNCIA DE SOFRER INJUSTA
AGRESSO. PROVA ORAL QUE CONFIRMA A VERSO DO APELANTE. REQUISITOS DO ART. 25 DO CDIGO
PENAL PREENCHIDOS. DEMAIS PEDIDOS PREJUDICADOS. CONHECIMENTO PARCIAL DO RECURSO E, NESTA
EXTENSO,
PROVIDO. Processo: 2013.063739-5
(Acrdo). Relator: Des.
Ricardo
Roesler. Origem: Campos
Novos. rgo
Julgador: Segunda
Cmara
Criminal. Data
de

Julgamento: 04/02/2014. Juiz Prolator: Ruy Fernando Falk. Classe: Apelao Criminal.

5.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A INCOLUMIDADE PBLICA. POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO
DE USO PERMITIDO (ART. 12 DA LEI N. 10.826/2003). CONDENAO. POSSE DE ARMA DE FOGO COM
NUMERAO SUPRIMIDA (ART. 16, PARGRAFO NICO, IV, DA LEI 10.826/03). ABSOLVIO. RECURSO DO
MINISTRIO PBLICO. PLEITO CONDENATRIO. IMPOSSIBILIDADE. LAUDO PERICIAL QUE NO APONTA
ADULTERAO DE SINAIS IDENTIFICADORES. ATIPICIDADE. CARABINAS DE AR COMPRIMIDO ("ARMAS DE
PRESSO") ADAPTADAS PARA CALIBRE DE USO PERMITIDO (CAL. .22) . AUSNCIA DE TIPO PENAL
ESPECFICO. CONDUTA AMOLDADA AO DISPOSTO NO ART. 12 DA LEI DE REGNCIA, J RECONHECIDO.
SENTENA
MANTIDA.
DOSIMETRIA.
REPRIMENDA
CORRETAMENTE
APLICADA.
RECURSO
DESPROVIDO. Processo:2013.062016-3
(Acrdo). Relator: Des.
Ricardo
Roesler
Julgamento: 04/02/2014.

6.HOMICDIOS QUALIFICADOS. CONCURSO MATERIAL. PRONNCIA. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. 1.


PRELIMINARES. NULIDADE DA INSTRUO. ALEGAO DE OITIVA DAS TESTEMUNHAS DE ACUSAO NA
AUSNCIA DO ACUSADO. INTRPRETE DA LNGUA BRASILEIRA DE SINAIS QUE NO ACOMPANHOU A
COLHEITA DAS PROVAS. ACAREAO IMOTIVADAMENTE NEGADA PELA AUTORIDADE A QUO. TESTEMUNHA
DE ACUSAO CONTRADITADA. VCIOS NO OCORRENTES. PRELIMINARES AFASTADAS NOS TERMOS DO
PARECER DA PROCURADORIA-GERAL DA JUSTIA. 2. MRITO. MATERIALIDADE DOS DELITOS COMPROVADA
POR MEIO DE LAUDOS PERICIAIS. NEGATIVA DE AUTORIA. INDCIOS INCRIMINADORES SUFICIENTES
EXTRADOS DO CONJUNTO PROBATRIO. DESNECESSIDADE DE JUZO DE CERTEZA NESSA FASE DE
ADMISSIBILIDADE. PROVIMENTO NEGADO. Segundo o disposto no caput do artigo 413 do Cdigo de
Processo Penal basta para a pronncia do acusado o convencimento acerca da materialidade do fato e a
existncia de indcios suficientes de autoria ou de participao, no se exigindo prova cabal como a
necessria para alicerar sentena condenatria proferida pelo Juiz Singular, pois a pronncia nada mais
que o juzo de admissibilidade da acusao a ser apreciada com maior profundidade pelo Conselho de
Sentena, juiz natural para o julgamento do mrito nos crime dolosos contra a vida. 2.1. PRETENSO DE
RECONHECIMENTO DE EXCLUDENTE DE ILICITUDE. LEGTIMA DEFESA. INVIABILIDADE NESTA FASE
PROCESSUAL. ELEMENTOS PROBATRIOS COLIDENTES QUE AFASTAM A POSSIBILIDADE DE ABSOLVIO
SUMRIA. A pronncia mero juzo de admissibilidade; certa a existncia do crime, toda e qualquer
discusso que se distancie dos indcios da autoria (CPP, art. 408), deve ser feita perante o Tribunal do Jri.
A liminar absolvio, portanto, em sede provisional, exige cabal demonstrao da excludente de
criminalidade ou causa de iseno, sem o que no pode ser admitida. 2.2. AFASTAMENTO DA
QUALIFICADORA DO MOTIVO FTIL. NARRATIVA DE CIRCUNSTNCIA FTICA QUE INDICA A RAZO
MOTIVADORA DO COMPORTAMENTO DO RU. POSICIONAMENTO DOUTRINRIO E JURISPRUDENCIAL
QUANTO POSSIBILIDADE DO CIME NO CARACTERIZAR A FUTILIDADE. ELEMENTOS PROBATRIOS QUE,
NO OBSTANTE, PODEM VIR A ALICERAR A CONGRUNCIA ENTRE OS FATOS NARRADOS NA DENUNCIA E
A INSERO DO GRAVAME. EVENTUAL CONFIGURAO DA FUTILIDADE RELACIONADA AO MVEL DO
CRIME QUE, NO CASO CONCRETO, NO PODE SER SUPRIMIDA DA APRECIAO PELO CONSELHO DE
SENTENA, SOB PENA DE VIOLAO AO JUIZ NATURAL. O fim de um relacionamento amoroso, no entanto,
pode no justificar a qualificadora do motivo ftil. Ressalva-se, no entanto, que somente aps a detalhada
verificao do fato concreto, como ocorre nos debates do plenrio do jri, possvel aos jurados
avaliarem o grau de comprometimento do ru com a causa que determinou a sua conduta criminosa, bem
como se a sua ao pode ser considerada ftil, ou seja, desproporcional em virtude da causa que a
determinou 2.3. CONFIGURAO DA VIOLNCIA DOMSTICA. INSURGNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE
INCURSO APROFUNDADA NESTA ETAPA PROCESSUAL. QUESTO A SER DIRIMIDA PELO CONSELHO DE
SENTENA, QUE DETM PRERROGATIVA CONSTITUCIONAL PARA DELIBERAR SOBRE OS CRIMES CONEXOS.
IMPOSSIBILDIADE DE O JUIZ SINGULAR EXERCER QUALQUER JUZO DE VALOR QUANTO AOS CRIMES
CONEXOS. PRECEDENTES.Havendo infrao penal conexa descrita na pea acusatria, deve o magistrado,

ao pronunciar o ru por crime doloso contra a vida, submeter seu julgamento ao Tribunal do Jri, sem
proceder a qualquer anlise de mrito ou de admissibilidade quanto a eles, tal como procederam as
instncias
ordinrias. Processo: 2013.008870-5
.Relator: Des.
Jorge
Schaefer
Martins.
Julgamento: 06/02/2014.

7.PENAL. PROCESSUAL PENAL. APELAO CRIMINAL (RU PRESO). CRIMES CONTRA O PATRIMNIO E A
SADE PBLICA. FURTO E TRFICO DE DROGAS (ART. 155, CAPUT, DO CDIGO PENAL E ART. 33, CAPUT,
DA LEI 11.343/2006). SENTENA CONDENATRIA. PRELIMINAR. INTEMPESTIVIDADE ALEGADA PELA
DEFESA DE MARCOS. NOME DO APELADO NO INDICADO NA PEA QUE MANIFESTA O INTERESSE EM
RECORRER. DESNECESSIDADE. NOME INSERIDO NAS RAZES RECURSAIS. RECURSO DA ACUSAO.
MRITO. DESCLASSIFICAO DO CRIME DE ROUBO PARA FURTO. PRETENDIDO O RECONHECIMENTO DO
USO DE ARMA. NO EVIDENCIADO EMPREGO DE ARTEFATO BLICO OU DE VIOLNCIA. PRETENDIDA
CONDENAO DOS DEMAIS AGENTES PRESOS NO MOMENTO DA ABORDAGEM POLICIAL PELA PRTICA DO
CRIME PATRIMONIAL. IMPOSSIBILIDADE. PROVA INSUFICIENTE A DEMONSTRAR O CONCURSO E A UNIDADE
DE DESGNIOS. TRFICO DE DROGAS. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. CONDENAO DO
APELADO MATHEUS. CRACK LOCALIZADO NO SEU QUARTO. VOLUME SIGNIFICATIVO DE MATERIAL
ENTORPECENTE ACONDICIONADO PARA VENDA. APREENSO DE BALANA DE PRECISO. DOSIMETRIA.
CIRCUNSTNCIA DO CRIME DESFAVORVEL. APREENSO DE 25 G DE CRACK. MATERIAL CAPAZ DE CAUSAR
DEPENDNCIA EM MAIS DE CINQUENTA PESSOAS. RECONHECIDA A CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIO DA
PENA (ART. 33, 4, DA LEI 11.343/2006). APLICAO DA FRAO DE 1/6 EM RAZO DA QUANTIDADE E
DA ALTA NOCIVIDADE SOCIEDADE DA DROGA APREENDIDA. SENTENA PARCIALMENTE REFORMADA. - A
apresentao de manifestao recursal que expressa o interesse do Ministrio Pblico em recorrer da
sentena no precisa conter o nome de todos os apelados contra os quais se voltaro as razes recursais.
A mera referncia aos nomes dos rus, com a omisso de um deles, constitui simples erro material que
no representa prejuzo processual. - No demonstrado que o autor da ao de subtrao portava arma
de fogo ou empregou ameaa ou violncia na sua prtica, tem-se invivel o afastamento da
desclassificao que reconheceu a prtica de furto ao roubo. - A priso em flagrante dos agentes no
momento em que realizavam a diviso do produto do furto, por si s, no constitui prova suficiente de que
todos tenham contribudo para a ao delituosa e devam responder pela sua prtica. - Apreendido
material entorpecente (crack), alm de balana de preciso e outros artefatos que indicam a guarda para
comrcio, impe-se a condenao do agente que reconheceu ocupar o quarto em que a droga foi
apreendida. - Em razo do disposto no art. 42 da Lei 11.343/2006, possvel a exasperao da pena em
razo quantidade e qualidade do material entorpecente apreendido. - O crack, substncia entorpecente
altamente nociva ao usurio e sociedade, com nmero crescente de consumidores, deve ser valorado
negativamente no exame das circunstncias judiciais, sobretudo quando a quantidade pode ser
subdividida em quantidade capaz de atingir um grupo maior de pessoas. - A concesso da benesse
prevista no art. 33, 4, da Lei 11.343/2006 impe a adoo de balizas para determinar a frao redutora.
A quantidade e espcie de material entorpecente apreendidos so os principais critrios utilizados para a
concesso do benefcio. O forte impacto do crack na sociedade, decorrente do alto grau de dependncia a
que esto expostos os seus usurios, aliado a quantidades que permitem a sua venda para grandes
grupos, impe a fixao da frao redutora no mnimo legal previsto. - Parecer da PGJ pelo conhecimento
e desprovimento do recurso. - Recurso conhecido e parcialmente provido.Processo: 2011.0656519). Relator: Des. Carlos Alberto Civinski

Cmaras de Direito Civil


8.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS.
AUTORA QUE TEVE SEU CRDITO NEGADO PELA R DIANTE DA APRESENTAO DE DOCUMENTO DE
IDENTIDADE EM MAU ESTADO DE CONSERVAO. EXERCCIO REGULAR DO DIREITO. DEVER DE CAUTELA.

CONDUTA APTA A AFASTAR A OCORRNCIA DE FRAUDES E FALSIFICAES. RECUSA DA DEMANDANTE EM


APRESENTAR QUALQUER OUTRO DOCUMENTO HBIL A COMPROVAR SUA IDENTIDADE. SENTENA
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. No configura dano moral passvel de compensao pecuniria a
simples negativa de concesso de crdito, por parte da R, diante da apresentao de documento de
identidade em pssimo estado de conservao (datado de mais de 25 anos), apresentando, inclusive,
fotografia descolada, pois a conduta d r legtima e justificvel, por visar o impedimento de ocorrncia
de fraudes por parte de terceiros. Ademais, "in casu", ficou comprovado que a Demandada forneceu
outras alternativas Autora, que se recusou injustificadamente a apresentar documento diverso que
pudesse atestar sua identidade, tal como carteira de habilitao ou de trabalho. Processo: 2012.0616020).Relator: Des. Joel Figueira Jnior Julgamento: 04/02/2014

9.AO DE REINTEGRAO DE POSSE. SUBLOCATRIO ALIJADO DO EXERCCIO POSSESSRIO APS


ACORDO, HOMOLOGADO POR SENTENA, DE DESOCUPAO DO IMVEL FIRMADO, SUA REVELIA,
ENTRE A LOCADORA E A LOCATRIA. PERDA DA POSSE EM DECORRNCIA DE ATO JUDICIAL, PORTANTO
ATO LCITO. AUSNCIA DE ESBULHO, REQUISITO ESSENCIAL TUTELA REINTEGRATRIA, A TEOR DO
ARTIGO 927 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE TERCEIRO CABVEIS NA ESPCIE.
INADEQUAO DA VIA ELEITA. SENTENA DE EXTINO SEM JULGAMENTO DE MRITO MANTIDA.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2013.019710-7 (Acrdo).Relator: Des. Ronei
Danielli. Julgamento: 04/02/2014. Juiz Prolator: Fbio Nilo Bagattoli. Classe: Apelao Cvel.

10.DIREITO PROCESSUAL CIVIL E CONSTITUCIONAL - PREVIDNCIA COMPLEMENTAR FECHADA - AO DE


COBRANA - DECLINAO DE COMPETNCIA - REMESSA JUSTIA TRABALHISTA - IRRESIGNAO DA R PEDIDO DE NATUREZA CIVIL - COMPETNCIA DA JUSTIA ESTADUAL - DECISO REFORMADA - AGRAVO
PROVIDO. da Justia Estadual a competncia para processar e julgar ao envolvendo previdncia
complementar fechada, porquanto a matria de natureza civil. Processo: 2013.051972-9
(Acrdo). Relator: Des. Monteiro Rocha. Julgamento: 06/02/2014.

11.DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL - PROPRIEDADE - USUCAPIO EXTRAORDINRIO - REA


USUCAPIENDA EM DESOBEDINCIA S NORMAS MUNICIPAIS DE PARCELAMENTO DO SOLO URBANO IMPOSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO RECONHECIDA NA SENTENA - EXTINO TERMINATIVA DO
PROCESSO NO JUZO A QUO - INCONFORMISMO - 1. PLEITO DE AFASTAMENTO DA PRELIMINAR DE
IMPOSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO - IMVEL USUCAPIENDO COM DIMENSO INFERIOR TESTADA
MNIMA EXIGIDA PELA LEGISLAO MUNICIPAL - IRRELEVNCIA - INOCORRNCIA DE M-F - PREVALNCIA
DA FUNO SOCIAL DA PROPRIEDADE - PRELIMINAR AFASTADA - 2. CAUSA MADURA - APLICAO DO ART.
515, 3, CPC - APRECIAO DO MRITO - 3. LAPSO PRESCRICIONAL - INCOMPROVAO IMPROCEDNCIA DO PEDIDO - APELO EM PARTE PROVIDO. 1. Inocorrendo m-f do autor, a desobedincia
s normas de parcelamento do solo pela rea usucapienda no obsta o usucapio, afastando-se a
impossibilidade jurdica do pedido. 2. Pode o Tribunal apreciar o meritum causae se a lide estiver em
condies de imediato julgamento (art. 515, 3, CPC). 3. invivel o reconhecimento da prescrio
aquisitiva se ausente prova segura da posse ad usucapionem, com animus domini durante todo o prazo
prescricional. Processo: 2013.061950-0. Relator: Monteiro Rocha. Julgamento: 13/02/14.

12.AO DE INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS


ADVOCATCIOS. NEGLIGNCIA NA PROPOSITURA DE RECLAMATRIA TRABALHISTA. SENTENA DE PARCIAL
ROCEDNCIA. INSURGNCIA DA PARTE R. CERCEAMENTO DE DEFESA. PLEITO DE PRODUO DE PROVA

ORAL. DESNECESSIDADE. PRINCPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO DO MAGISTRADO. ART. 130 DO CPC.


ACERVO PROBATRIO SUFICIENTE PARA O DESLINDE DA CONTROVRSIA. DESDIA NO EXERCCIO DA
PROFISSO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO. OBRIGAO DE MEIO. DEVER DE DESENVOLVER O
TRABALHO CONTRATADO COM DILIGNCIA E MELHOR TCNICA PROCESSUAL. NEGLIGNCIA DA R
EVIDENCIADA. DISPLICNCIA NA DEFESA DOS INTERESSES DO CONSTITUINTE. INTELIGNCIA DO ARTIGO
32 DO ESTATUTO DO ADVOGADO. CULPA CARACTERIZADA. DEVER DE INDENIZAR OS PREJUZOS
MATERIAIS. DANO ANMICO EXISTENTE. EXPECTATIVA NA REPRESENTAO DE FORMA ADEQUADA E
SEGURA. PLEITO DE REDUO DA VERBA INDENIZATRIA. VALOR FIXADO QUE BEM ATENDE AS
FINALIDADES PEDAGGICAS E PUNITIVAS DAS INDENIZAES DESSE JAEZ. Embora seja certo que a
atividade do advogado constitua obrigao de meio, j que dele no se pode exigir a garantia do
resultado da ao, no menos correto que a sua contratao pelo constituinte sempre ornada do
depsito da mais alta confiana, dele se esperando zelo e diligncia, alm da defesa por todos os meios
legais admitidos, sobretudo com o cumprimento rigoroso das formas e prazos processuais, que por dever
de ofcio deve conhecer. Por isso, quando tal atividade exercida com displicncia, desleixo e falta de
conhecimentos, ocasionando prejuzos financeiros a parte interessada, as sensaes negativas que da
derivam no podem ser comparadas a um simples aborrecimento ou singelo contratempo corriqueiro,
afrontando, ao revs, atributos prprios da dignidade pessoal. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo:2012.091058-8. Relator: Des.
Subst.
Jorge
Luis
Costa
Beber. Julgamento: 13/02/2014.

13.APELAO CVEL. AO CIVIL PBLICA JULGADA PROCEDENTE, DETERMINANDO QUE NAS VENDAS
PRAZO, A EMPRESA R INFORME O VALOR DO PREO VISTA, O NMERO E O VALOR DAS PRESTAES E
OS RESPECTIVOS ENCARGOS FINANCEIROS, UTILIZANDO, PARA TANTO, DE LETRAS DE TAMANHO
UNIFORME E QUE NO DIFICULTEM A PERCEPO DE TODAS ESSAS INFORMAES PELO CONSUMIDOR.
CERCEAMENTO DE DEFESA. SUBSTRATO PROBATRIO EFICIENTE PARA A SOLUO DA CONTROVRSIA.
PRINCPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. ART. 130 DO CPC. PREJUDICIAL AFASTADA. ALEGADA
IMPOSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO EM RAZO DA AUSNCIA DE LEI IMPONDO UTILIZAO DE LETRAS
E CARACTERES EM TAMANHO UNIFORME, NA DIVULGAO DO PREO E CONDIES DE PAGAMENTO EM
OFERTA DE PRODUTOS. TESE INSUBSISTENTE. LEGISLAO CONSUMERISTA QUE IMPE O DEVER DE OS
FORNECEDORES PRESTAREM INFORMAES DE FORMA CLARA E ADEQUADA. INCONSTITUCIONALIDADE
DO ART. 9, INC. I, DO DECRETO N 5.903/06. DISPOSITIVO QUE, REGULAMENTANDO A LEI N 10.962/04,
APENAS ESCLARECE A FORMA COMO OS FORNECEDORES DEVEM AFIXAR O PREO DOS PRODUTOS.
INEXISTNCIA DE OFENSA AO PRINCPIO DA LEGALIDADE. "'O artigo 9 do Decreto n 5.903/2006 no faz
nada mais nada menos do que esquadrinhar, de forma mais detalhada e especfica, as formas pelas quais
os fornecedores devem afixar os preos de seus produtos para que no contrariem a Lei n 10.962/2004 e
para que, consequentemente, no se submetam s infraes do CDC. O fato de o Decreto impor a
necessidade de exposio dos preos com letras uniformes e de tamanhos iguais no inova na ordem
jurdica, mas apenas esclarece o que a Lei n 10.962/2004 entende por 'letras legveis'. Logo, no h que
se cogitar de ofensa ao princpio da legalidade'. AUSNCIA DE INTERESSE DE AGIR DO PARQUET. RGO
MINISTERIAL QUE POSSUI A FUNO DE DEFESA DA ORDEM JURDICA E DOS INTERESSES SOCIAIS, NOS
TERMOS DO ART. 127 DA CF/88. LEGITIMIDADE PARA PROMOVER O INQURITO CIVIL E AO CIVIL
PBLICA PARA PROTEO DO DIREITO DOS CONSUMIDORES. ART. 129 DA MAGNA CARTA, ART. 82, INC. I,
DA LEI N 8.078/90 E ART. 5 DA LEI N 7.345/85. PRETENDIDA CONDENAO DO MINISTRIO PBLICO EM
PENA POR LITIGNCIA DE M-F. CONDUTA MALICIOSA E DESLEAL NO TIPIFICADA. INOCORRNCIA,
ADEMAIS, DA ALEGADA VIOLAO AO PRINCPIO DA ISONOMIA. TERMOS DE AJUSTE DE CONDUTA
SUBSCRITOS POR OUTRAS EMPRESAS, EM CASOS ANLOGOS, NORMATIZANDO A UTILIZAO DE LETRAS
E CARACTERES EM TAMANHO UNIFORME, NA DIVULGAO DO PREO DO PRODUTO E RESPECTIVAS
CONDIES DE PAGAMENTO E ENCARGOS. REDE DE LOJAS COMERCIAIS APELANTE QUE CONFERE
DESTAQUE APENAS AO VALOR DAS PRESTAES, INSERINDO, EM TAMANHO BASTANTE REDUZIDO, AS
INFORMAES QUANTO AO TOTAL VISTA OU PRAZO, E OS ACRSCIMOS LEGAIS. FATOS CONSTATADOS
NO RESPECTIVO INQURITO CIVIL. PRTICA ABUSIVA. VIOLAO DO DEVER DE INFORMAO EM OFERTA E
PUBLICIDADE. NECESSIDADE DE UTILIZAO DE LETRAS EM TAMANHO UNIFORME E QUE NO DIFICULTEM

A PERCEPO DOS CONSUMIDORES. INTELIGNCIA DO ART. 6, INC. III, E ART. 31, AMBOS DO CDC, E DO
ART. 9, INC. I, DO DECRETO N 5.903/06. IMPOSIO DE MULTA PARA O CASO DE DESCUMPRIMENTO DA
OBRIGAO. ART. 461, 4, DO CPC. ELEMENTO COERCITIVO NECESSRIO. REDUO, TODAVIA, DA
ASTREINTE PARA O VALOR DE R$ 5.000,00 PARA CADA AO CONTRRIA AO COMANDO JUDICIAL.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. Processo: 2012.039827-0).Relator: Des. Fernando
Boller.

Cmaras de Direito Comercial


14.APELAO CVEL. AO MONITRIA EMBASADA EM CHEQUE PRESCRITO. PRESCRIO QUINQUENAL DA
AO. TERMO INICIAL PARA A CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL. VENCIMENTO DO CHEQUE. ORDEM
DE PAGAMENTO VISTA. SURGIMENTO DA PRETENSO (ARTIGO 189 DO CC). PRESCRIO RECONHECIDA.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Assim, como no procedimento monitrio h inverso do contraditrio,
por isso dispensvel meno ao negcio jurdico subjacente emisso da crtula de cheque prescrito, o
prazo prescricional para a ao monitria baseada em cheque sem executividade, o de cinco anos
previsto no artigo 206, 5, I, do Cdigo Civil/2002 - a contar da data de emisso estampada na crtula.
(Ministro Luiz Felipe Salomo). Processo:2013.085845-6 (Acrdo). Relatora: Des. Soraya Nunes Lins
Julgamento: 6/02/2014. J Juiz Prolator: Srgio Agenor de Arago. Classe: Apelao Cvel.
15.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE OBRIGAO DE NO FAZER. DEFERIMENTO DO PLEITO DE
ANTECIPAO DOS EFEITOS DA TUTELA PARA IMPEDIR A UTILIZAO DA MARCA "REDECASH", OBJETO DE
CONTRATO DE FRANQUIA. POSTERIOR CELEBRAO DO DISTRATO DE PARCERIA. MARCA QUE EST
REGISTRADA NO INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL, MAS SEM DIREITO AO USO
EXCLUSIVO DAS EXPRESSES "REDE" E "CASH". CORES QUE TAMBM NO PODEM SER OBJETO DE
REGISTRO, DE ACORDO COM O ARTIGO 124, INCISO VIII, DALEI N. 9.279, DE 14.5.1996. RECURSO
DESPROVIDO. Processo: 2012.073488-5 (Acrdo). Relator: Des. Jnio Machado.Origem: Balnerio
Cambori. rgo
Julgador: Quinta
Cmara
de
Direito
Comercial. Data
de
Julgamento: 06/02/2014. Juiz Prolator: Osmar Mohr. Classe: Agravo de Instrumento.

Cmaras de Direito Pblico


16.CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. AO CIVIL PBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.
-BOLSA-ATLETA-. AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO CONTRA DECISO QUE DECRETOU A REVELIA
DE UM DOS RUS. RECURSO PROVIDO. 01. -Toda e qualquer interpretao consubstancia ato de vontade,
devendo o intrprete considerar o objetivo da norma. Descabe a fixao de alcance de modo a prejudicar
aquele que a norma almeja proteger- (AgRgAI n. 218.668, Min. Marco Aurlio). As leis e os regulamentos
devem ser interpretados - de modo a no conduzir a absurdos- (Moniz de Arago); devem ser
interpretados tambm luz do princpio da razoabilidade. Conforme Caio Tcito, - o princpio da
razoabilidade filia-se regra da observncia da finalidade da lei que, a seu turno, emana do princpio da
legalidade. A noo de legalidade pressupe a harmonia perfeita entre os meios e os fins, a comunho
entre o objeto e o resultado do ato jurdico. A vontade do legislador, como da autoridade administrativa,
deve buscar a melhor soluo e a menos onerosa para os direitos e liberdades, que compem a
cidadania-; conforme Ccero: - summum jus, summa injuria. 02. -No h violao ao rito previsto no art. 17
da Lei 8.429/1992 se o juzo a quo determina ao agente pblico a apresentao de defesa prvia e este se
antecipa e oferta contestao-. No provoca revelia o fato de o ru, citado da ao, ter quedado silente,
se
apresentou
manifestao
por
escrito
epressamente
intitulada
de
contestao-. Processo: 2013.050087-8. Relator: Des. Newton Trisotto.

17.PROCESSO CIVIL - PEDIDO DE DECLARAO DE INSOLVNCIA CIVIL EM AUTOS APARTADOS APS


CONSTATAO DA INEXISTNCIA DE BENS A PENHORAR EM EXECUO QUE, POR ESSE MOTIVO, FOI
SUSPENSA - AUSNCIA DO INTERESSE DE AGIR - INDEFERIMENTO DA PETIO INICIAL E EXTINO DO
PROCESSO SEM RESOLUO DO MRITO. No obstante a orientao do Superior Tribunal de Justia no
sentido da possibilidade de declarao de insolvncia civil nos prprios autos de execuo suspensa por
ausncia de bens penhorveis (REsp 616163/MG, Min. Humberto Gomes de Barros), ou em autos
apartados baseados no mesmo ttulo executivo entranhado da execuo suspensa, foroso reconhecer
que para o credor no h utilidade alguma nessa declarao de insolvncia se de antemo sabido que
nenhum bem ser arrecadado e se, por outro lado, em todo o tempo ele pode indicar, na prpria execuo
suspensa, enquanto no houver prescrio, bens penhorveis cuja existncia venha a descobrir, para o
xito singular de sua pretenso executiva sem os entraves burocrticos do processo de insolvncia e o
concurso de credores. Afinal, tambm a insolvncia civil ficaria suspensa espera da descoberta de bens
arrecadveis. Ainda mais quando no h notcia da existncia de outros credores. Em tal caso, evidente
a ausncia de interesse jurdico-processual de agir, para o pedido de insolvncia civil, devendo ser
indeferida
a
respectiva
petio
inicial
e
extinto
o
processo
sem
resoluo
do
mrito. Processo: 2013.060591-0. Relator: Des. Jaime Ramos.

18.ANULATRIA DE ATO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR QUE TEVE A SUA APOSENTADORIA CASSADA EM


DECORRNCIA DO CUMPRIMENTO DA APLICAO DA PENA DE PERDA DO CARGO DETERMINADA EM AO
CIVIL DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. ILEGALIDADE. PENALIDADES DE NATUREZAS DISTINTAS.
IMPOSSIBILIDADE DE CONFERIR INTERPRETAO EXTENSIVA, QUE CAUSE PREJUZO PARTE, S
PENALIDADES DA LEI N. 8.429/1992. SERVIDOR QUE, AO PASSAR PARA A INATIVIDADE, TEM O SEU
VNCULO FUNCIONAL ROMPIDO. CONDENAO DA AUTARQUIA PREVIDENCIRIA AO PAGAMENTO DAS
PRESTAES VENCIDAS E NO ADIMPLIDAS. INCIDNCIA, NA HIPTESE, DO ART. 1-F DA LEI N.
9.494/1997, COM A REDAO DADA PELA LEI N. 11.960/2009, A PARTIR DA CITAO (ART. 219 DO CPC).
NUS DA SUCUMBNCIA. INVERSO. ANTECIPAO DOS EFEITOS DA TUTELA. POSSIBILIDADE. REQUISITOS
DO ART. 273 DO CPC PREENCHIDOS. SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. Consoante
entendimento preconizado no Superior Tribunal de Justia, o "direito aposentadoria submete-se aos
requisitos prprios do regime jurdico contributivo e a sua extino no decorrncia lgica da perda da
funo pblica posteriormente decretada" (REsp n. 1.186.123/SP, rel. Ministro Herman Benjamin).
"Enquanto a perda da funo pblica acarreta a cessao do vnculo funcional, a passagem para a
inatividade tem como pressuposto, justamente, a cessao desse vnculo, de modo que o indivduo
continue a receber uma contraprestao pecuniria sem realizar qualquer atividade de cunho laborativo.
[...]. Ao passar para a inatividade, o agente deixa de integrar a carreira, no mais ocupando o cargo para
o qual fora nomeado e tornando possvel que outro indivduo venha a ingressar na carreira ou, mesmo, a
partir de remoo ou progresso funcional originrio. H, portanto, uma ruptura do vnculo funcional
originrio. A sua situao jurdica, doravante, ser regida por outro vnculo, este de natureza
previdenciria, mantido com o mesmo ente federado [...]. evidente, portanto, que a remunerao
regular est associada ao exerccio da funo pblica e o benefcio previdencirio ao cumprimento dos
requisitos estabelecidos em lei, com especial nfase ao imperativo recolhimento da contribuio
previdenciria." Processo: 2013.081078-6. Relator: Des.
Jos
Volpato
de
Souza. Julgamento: 06/02/2014

19.AO CIVIL PBLICA PROPOSTA PELA ASSOCIAO DOS CICLOUSURIOS DA GRANDE FLORIANPOLIS
(VIACICLO) EM FACE DO ESTADO DE SANTA CATARINA, DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INFRA-ESTRUTURA
(DEINFRA) E SULCATARINENSE - MINERAO, ARTEFATOS DE CIMENTO, BRITAGEM E CONSTRUES LTDA.
PLEITO OBJETIVANDO CONSTRUO DE CICLOVIA E EQUIPAMENTOS DE SEGURANA NA RODOVIA SC 405

(TREVO DA SETA A TREVO DO RIO TAVARES) NOS TERMOS DA LEGISLAO DE REGNCIA (LEI ESTADUAL
N. 10.728/98). ARGUIO DE ILEGITIMIDADE ATIVA. NO ACOLHIMENTO. ASSOCIAO CONSTITUDA H
MAIS DE UM ANO E DESTINADA PROTEO DO MEIO AMBIENTE. REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS
(ART. 5, V, "a" e "b", DA LEI N. 7.347/85). ILEGITIMIDADE PASSIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
AFASTADA. ENTE PBLICO INCUMBIDO DE ZELAR PELO CUMPRIMENTO DAS NORMAS APLICVEIS AO CASO.
MRITO. PROCEDIMENTO LICITATRIO PARA IMPLANTAO DE FAIXA ADICIONAL DE TRNSITO NA
RODOVIA SC 405. ALEGAO DE NO ATENDIMENTO DA LEI ESTADUAL N. 10.728/98. LEGISLAO
APLICADA PARA CONSTRUO DE NOVAS RODOVIAS ESTADUAIS. ILEGALIDADE NO COMPROVADA.
SENTENA
DE
PROCEDNCIA
REFORMADA.
RECURSO
PROVIDO. Processo: 2011.0481493). Relator: Des. Gaspar Rubick.

20.MANDADO DE SEGURANA COLETIVO E PREVENTIVO. SENTENA DE INDEFERIMENTO DA EXORDIAL.


DEMANDA DEFLAGRADA POR SINDICATO DE SERVIDORES PBLICOS MUNICIPAIS E POR MEMBRO DE
COMISSO ESPECIAL DE CONCURSO PBLICO. PRETENSO ALUSIVA PARTICIPAO DE MEMBROS
INDICADOS PELO ENTE SINDICAL EM REUNIES DE COMISSO DE CONCURSO PBLICO. LEGITIMAO
ATIVA NESSA PARTE RECONHECIDA. Os sindicatos tm legitimidade para postular em juzo a concesso de
ordem com o fito de assegurar a participao de membros de comisso de concurso pblico que, nos
termos da legislao municipal, devem ser por ele indicados. ILEGITIMIDADE, PORM, PARA QUESTIONAR
A INSCRIO DE CANDIDATA ESPECFICA NO CERTAME. AUSNCIA DE FEIO COLETIVA QUANTO AO
INTERESSE EM LITGIO. CONSTATAO DE QUE, NO ENTANTO, NO H PROVA PR-CONSTITUDA DA
AMEAA AVENTADA. INCOMPATIBILIDADE DO RITO DO WRIT OF MANDAMUS COM DILAO PROBATRIA.
"'O mandado de segurana no pode ser utilizado quando o justo receio em questo apenas uma
remota possibilidade ou, ainda, que o direito dependa de dilao probatria. Nesse sentido, a exordial
deve vir acompanhada de prova indiscutvel, completa e transparente do direito lquido e certo.
MANUTENO DA SENTENA POR FUNDAMENTOS DIVERSOS. MULTA IMPOSTA NA FORMA DO ART. 538,
PARGRAFO NICO, DO CPC. AUSNCIA DE INTUITO PROTELATRIO AFASTAMENTO DA PENALIDADE
PECUNIRIA. RECURSO NESSA PARTE PROVIDO. "'No lcito presumir intuito protelatrio em atitude da
parte a quem no interessa a perpetuao da lide'".Processo: 2012.014208-2 (Acrdo). Relator: Des.
Jorge Luiz de Borba. Julgamento: 11/02/2014. Juiz Prolator: Welton Rbenich. .

21.CONSTITUCIONAL. AO DE OBRIGAO DE NO FAZER. PLEITO VISANDO A COIBIO DOS


LOCUTORES DE ESTAO RADIOFNICA DE INCITAR A POPULAO DO MUNICPIO DE IMBITUBA A
REALIZAR MANIFESTAES DEFRONTE AO PAO MUNICIPAL, SOB A ALEGAO DE EVITAR POSSVEIS ATOS
DE VIOLNCIA. PROGRAMA RADIOFNICO QUE APENAS SE PRONUNCIOU ACERCA DE FATO DO COTIDIANO
DA CIDADE E ORIENTOU OS FUNCIONRIOS DE UMA EMPRESA LOCAL A SALVAGUARDAREM SEUS
DIREITOS. LIBERDADE DE EXPRESSO E MANIFESTAO. EXEGESE DOS ARTS. 5, IV E 220, DA
CONSTITUIO FEDERAL. INEXISTNCIA, ADEMAIS, DE PROVAS ACERCA DA POSSIBILIDADE DE SE CRIAR
SITUAO DE VIOLNCIA OU BALBRDIA. RESTRIO DE INFORMAO QUE CONFIGURARIA EVIDENTE ATO
DE CENSURA. SENTENA DE IMPROCEDNCIA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "A
liberdade de expresso constitui um dos fundamentos essenciais de uma sociedade democrtica e
compreende no somente as informaes consideradas como inofensivas ou favorveis, mas tambm as
que possam causar transtornos, resistncia, inquietar pessoas, pois a Democracia somente existe
baseada na consagrao do pluralismo de idias e pensamentos, da tolerncia de opinies e do esprito
aberto ao dilogo.".No enseja a coibio pelo Poder Judicirio, ato praticado por programa radiofnico
que convoca seus ouvintes no sentido de realizarem manifestaes em frente Prefeitura Municipal,
tratando-se, to-somente, de informao para que a populao salavaguarde seus direitos, agindo, desta
feita, no pleno exerccio das liberdades outorgadas pelos arts. 5, IV e 220, da Constituio da
Repblica.Processo: 2011.032606-3 (Acrdo). Relator: Des. Subst. Carlos Adilson Silva.

Edio n. 18 de 31 de maro de 2014.


rgo Especial
1.No cabvel ao direta de inconstitucionalidade de lei municipal que autoriza a circulao de nibus
da APAE pelos corredores de trnsito exclusivos dos coletivos municipais, por lhe faltar a
impessoalidade necessria para tanto.
Seo Criminal
2.A Defensoria Pblica pode ajuizar pedido de reviso criminal mesmo sem a expressa autorizao do
condenado, em homenagem aos princpios da dignidade da pessoa humana, da liberdade e do acesso
justia.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
3.No concurso pblico de analista jurdico, a comprovao da experincia tcnica na rea, para fins de
pontuao em prova de ttulos, demanda certido contendo descrio pormenorizada do perodo de
atuao do candidato enquanto advogado, no bastando meno dos processos em que atuou.
4.A reprovao de candidato por inaptido no exame fsico, quando no divulgada a motivao do ato,
enseja nulidade, por inobservncia aos princpios da ampla defesa e da impessoalidade.
Cmaras de Direito Criminal
5.No crime de estupro de vulnervel, em que a vtima mantm unio estvel e constituiu famlia com o
ofensor, possvel o reconhecimento do princpio da insignificncia pela ausncia de ofensividade da
conduta, de periculosidade social da ao, de reprovabilidade da conduta e, principalmente, pela
inocorrncia de qualquer leso ao bem juridicamente tutelado.
6.No existe nulidade no interrogatrio quando o magistrado, induzido a erro aps o defensor noticiar
que a denncia no havia sido recebida em relao a determinado crime, deixa de inquirir o ru sobre a
respectiva conduta.
7.A Defensoria Pblica de Santa Catarina no pode atuar, no bojo da ao penal, como assistente de
acusao, em razo da ausncia de previso legal.
8.No cabe recurso criminal deciso que determina arquivamento do inqurito policial, a pedido do
Ministrio Pblico.
9.A impossibilidade justificada de comparecimento do advogado constitudo do ru em audincia, em
nome do princpio da liberdade de escolha de defensor, autoriza a transferncia da solenidade para
outra data, no cabendo a nomeao de dativo, ainda que apenas para o ato.
10.A juntada de fotografia do acusado quando da apresentao de alegaes finais, pelo Ministrio
Pblico, no enseja a reabertura da instruo processual e tampouco representa afronta ao princpio da
paridade de armas.
Cmaras de Direito Civil

11.Viola direito do consumidor, na seara dos contratos de seguro, a oferta de carro reserva, com cmbio
manual, a segurado que deficiente fsico, em razo da inutilidade da prestao, ainda que no exista
clusula especfica quanto necessidade de disponibilizar veculo automtico.
12.Mostra-se desnecessria, em ao de interdio, a nomeao de curador dativo ao incapaz quando
um dos herdeiros foi nomeado para exercer provisoriamente o mnus.
13.Cabvel incidncia disposies do CDC, nos moldes da teoria maximalista, em ao de indenizao
por danos materiais e morais por vcios ocultos em micronibus zero quilmetro adquirido para
transporte escolar.
14. devida indenizao por abalo moral a adolescente de 12 (doze) anos que teve seu nome
indevidamente inscrito nos cadastros de proteo ao crdito em decorrncia da utilizao de seus
dados pessoais por estelionatria.
15.No cabvel a declinao da competncia, em virtude do princpio da identidade fsica do juiz,
quando j encerrada a instruo e o feito aguarda apenas a prolao de sentena.
16.Faz jus a honorrios o advogado que atuou, perante a FIFA, com o intuito de reconhecer o direito de
participao do clube que revelou o jogador nas transaes posteriores.
Cmaras de Direito Comercial
17.Pretender, em ao de execuo, autenticao extrajudicial de sentena arbitral, criar entrave no
previsto na norma que a reconhece como ttulo judicial.
18.Em aes que envolvam contrato de participao financeira, condenao instituio bancria ao
pagamento de juros sobre capital prprio depende requerimento expresso na inicial, sob pena de ser
extra petita a deciso que a conceder.
19. possvel determinao da emenda da petio inicial, em ao de busca e apreenso, para que a
parte possa, validamente, constituir em mora o devedor.
20.Inexiste ilegalidade na cobrana das tarifas administrativas de abertura de crdito e de emisso de
carn, desde que expressamente previstas em contrato firmado at a data de 30 de abril de 2008.
Cmaras de Direito Pblico
21.Afronta o princpio da proporcionalidade exigir a afixao de placa destinada a informar que imvel
pblico ocupado por particular objeto de ao civil pblica, por ato de improbidade administrativa.
22.Na ao de indenizao por desapropriao indireta, possvel, diante das peculiaridades do caso
concreto, a fixao de honorrios advocatcios em patamar superior ao fixado no Decreto-Lei n.
3.365/41, ainda que o Superior Tribunal de Justia tenha disciplinado de forma distinta ao julgar recurso
repetitivo.
23.A queda de poste de sustentao de alambrado em mau estado de conservao, que causou o bito
de aluno de estabelecimento educacional municipal, configura omisso especfica do poder pblico e
enseja dever de indenizar.
24.Gravidez gemelar, aliada idade da gestante e o diagnstico de toxoplasmose, absorve riscos
maiores do que o normal e exige decises mdicas complexas, motivo por que no se pode imputar, ao

mdico do Municpio e ao Poder Pblico, a responsabilidade pelo bito dos fetos.


Cmara Especial Regional de Chapec
25.A demora na entrega de diploma de graduao caracteriza a deficincia na prestao de servios e
capaz de gerar dano moral.
Turmas de Recursos
26.Apesar de o crime de desobedincia estar inserido no Captulo "Dos crimes praticados por particular
contra a Administrao em Geral", nada obsta que o funcionrio pblico figure como sujeito ativo, desde
que no tenha relao de subordinao com o servidor autor da ordem.
27. admissvel a utilizao, como prova emprestada, de depoimento prestado em processo que tramita
em segredo de justia, no ocorrendo violao de sigilo.

rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL QUE AUTORIZA A CIRCULAO DOS
NIBUS DA ASSOCIAO DOS PAIS E AMIGOS DE EXCEPCIONAIS (APAE) NOS CORREDORES DE TRFEGO
DE NIBUS COLETIVOS URBANOS DO MUNICPIO. ATO NORMATIVO DE EFEITOS CONCRETOS. AUSNCIA
DE IMPESSOALIDADE QUE DESAUTORIZA A ANLISE DA NORMA EM ABSTRATO. EXTINO DO
PROCESSO SEM RESOLUO DO MRITO. Processo: 2012.042291-1. Relator: Des. Moacyr de Moraes
Lima Filho. Julgamento: 05/03/2014.

Seo Criminal
2.REVISO CRIMINAL AJUIZADA DEFENSORIA PBLICA. DESNECESSIDADE DE HABILITAO OU DE
ANUNCIA EXPRESSA DO CONDENADO. ART. 623 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. INSTITUIO
ESSENCIAL FUNO JURISDICIONAL DO ESTADO. ASSISTNCIA JURDICA E INTEGRAL AOS
NECESSITADOS. ARTS. 5, INC. LXXXIV, E 134, AMBOS DA CONSTITUIO FEDERAL. DIREITO DE TER
DIREITO. PRINCPIOS DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, DA LIBERDADE E DO ACESSO JUSTIA.
ATRIBUIES
E
DEVERES
DOS
DEFENSORES
PBLICOS.
PLEITO
REVISIONAL
CONHECIDO. Processo: 2013.069335-5). Relator Designado: Des. Rodrigo Collao.

Grupo de Cmaras de Direito Pblico


3.MANDADO DE SEGURANA. ADMINISTRATIVO. PROCESSO CIVIL. CONCURSO PBLICO. EDITAL N.
193/2011. CARGO DE ANALISTA JURDICO DO QUADRO DE PESSOAL DO PODER JUDICIRIO DO ESTADO
DE SANTA CATARINA. LEGITIMIDADE DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIA CONFIRMADA.
PRECEDENTES. PROVA DE TTULOS. "APROVAO EM CONCURSO PBLICO" PARA CARGOS DE OFICIAL
DA INFNCIA E JUVENTUDE DO TRIBUNAL DE JUSTIA DE SANTA CATARINA E AGENTE FISCAL DE
TRANSPORTE DO DETER/SC. CARGOS QUE EXIGEM CURSO SUPERIOR, INCLUSIVE DE DIREITO.
NECESSRIA ATRIBUIO DOS PONTOS. EDITAL QUE NO RESTRINGE QUE A ESCOLARIDADE DO CARGO
PARA O QUAL O IMPETRANTE FOI APROVADO SEJA EXCLUSIVA DE DIREITO. "EXPERINCIA TCNICA NA
REA". EXERCCIO DA ADVOCACIA. ART. 5 DO REGULAMENTO DO ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB.

PARTICIPAO ANUAL MNIMA EM CINCO ATOS PRIVATIVOS DE ADVOGADO EM CAUSAS DISTINTAS.


CERTIDES QUE NO INDICAM QUANDO SE DEU A ATUAO. AUSNCIA DE EFETIVA COMPROVAO.
IMPOSSIBILIDADE DE COMPUTAR OS PONTOS. DECISO DA COMISSO DE CONCURSO, NESTA PARTE,
CONFIRMADA. CONCESSO PARCIAL DA SEGURANA. Processo: 2013.015885-1). Relator: Des. Srgio
Roberto Baasch Luz.

4.MANDADO DE SEGURANA. CONCURSO PBLICO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR. EDITAL N. 212/DISIEP/DP/CBMSC. INAPTIDO NO EXAME DE AVALIAO FSICA. AUSNCIA DE DIVULGAO DOS
MOTIVOS DA REPROVAO. AUTORIDADE COATORA QUE, DEVIDAMENTE NOTIFICADA, SE MANTM
INERTE. IMPOSSIBILIDADE DA PARTE PRODUZIR PROVA NEGATIVA. NULIDADE VERIFICADA. VIOLAO A
DIREITO LQUIDO E CERTO. ORDEM CONCEDIDA. "O ato de reprovao de candidato em concurso
pblico, no exame de capacidade fsica, deve necessariamente ser motivado, sendo vedada sua
realizao segundo critrios subjetivos do avaliador, bem como a ocorrncia de sigilo no resultado do
exame e de irrecorribilidade, sob pena de violao dos princpios da ampla defesa e da
impessoalidade". Processo: 2013.028426-6. Relator: Des.
Srgio
Roberto
Baasch
Luz.
Julgamento: 12/03/2014. .

Cmaras de Direito Criminal


5.APELAO CRIMINAL. ESTUPRO DE VULNERVEL. CDIGO PENAL, ART. 217-A. CONDENAO. APELO
DEFENSIVO. CONSTITUIO DE NCLEO FAMILIAR. PROTEO CONSTITUCIONAL. CONSTITUIO
FEDERAL, ART. 226. OFENSIVIDADE DA CONDUTA. PERICULOSIDADE SOCIAL DA AO.
REPROVABILIDADE
DO
COMPORTAMENTO.
AUSNCIA.
LESO
JURDICA.
INOCORRNCIA.
INSIGNIFICNCIA PENAL DA CONDUTA. O Supremo Tribunal Federal firmou posicionamento no sentido de
que a aplicao do princpio da insignificncia "exige a satisfao dos seguintes vetores: (a) mnima
ofensividade da conduta do agente; (b) ausncia de periculosidade social da ao; (c) reduzidssimo
grau de reprovabilidade do comportamento; e (d) inexpressividade da leso jurdica provocada".
Embora formalmente tpica, a conjuno carnal com menor de 14 anos pode, em circunstncias muito
excepcionais, caracterizar um ato insignificante para o direito penal, quando no importar em ofensa ao
bem juridicamente protegido pela norma, qual seja, a dignidade sexual. A famlia "base da
sociedade", sendo-lhe, por isso, assegurada "especial proteo do estado" (CF, art. 226). Diante de
prova robusta da intensa e efetiva constituio de ncleo familiar entre a suposta vtima e o acusado,
denotando-se clara harmonia no relacionamento entre si e com seus parentes, a adequao
formalmente tpica da conduta deve ceder espao proteo da famlia. Em um contexto como esse,
fica evidente a ausncia de ofensividade da conduta, de periculosidade social da ao, de
reprovabilidade da conduta e, principalmente, a inocorrncia de qualquer leso ao bem juridicamente
protegido. RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.057402-4. Relator: Des. Roberto Lucas Pacheco..

6.APELAO CRIMINAL. JUSTIA GRATUITA. COMPETNCIA DO JUZO DA CONDENAO. NO


CONHECIMENTO. PRELIMINARES. INPCIA DA DENNCIA. AUSNCIA DE DETALHAMENTO DA CONDUTA
REFERENTE AO DELITO DE AMEAA. INOCORRNCIA. ATENDIMENTO AOS REQUISITOS DO ART. 41 DO
CDIGO DE PROCESSO PENAL. REJEIO. NULIDADE POR SUPOSTA DEFICINCIA NO INTERROGATRIO.
EQUVOCO CAUSADO PELO PRPRIO DEFENSOR, QUE INDUZIU A MAGISTRADA EM ERRO. EXEGESE DO
ART. 565 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. PREJUZO, ADEMAIS, NO EVIDENCIADO. PREFACIAIS
RECHAADAS. MRITO. AMEAA. EXTORSO E PERTURBAO DA TRANQUILIDADE. MATERIALIDADE E
AUTORIA DELITIVAS INCONTESTES. CONFISSO E PALAVRAS DA VTIMA CORROBORADAS PELOS DEMAIS
ELEMENTOS PROBATRIOS. PERTURBAO DA TRANQUILIDADE. AO QUE CONSTITUIU MEIO

NECESSRIO PRTICA DA EXTORSO. PRINCPIO DA CONSUNO. EXTORSO. ALEGAO DE CRIME


IMPOSSVEL. NO OCORRNCIA. IDONEIDADE DO MEIO COATIVO EMPREGADO. VTIMA ATEMORIZADA.
EXIGNCIA DE DINHEIRO MEDIANTE GRAVE AMEAA. CONSTRANGIMENTO EVIDENCIADO.
IMPOSSIBILDIADE DE DESCLASSIFICAO PARA A CONTRAVENO DE PERTURBAO- DA
TRANQUILIDADE. RECONHECIMENTO DA TENTATIVA, NO OBSTANTE SE TRATAR DE CRIME FORMAL.
OFENDIDA QUE, APS CONTATO DO AGENTE, PROCUROU A POLCIA. ITER CRIMINIS PERCORRIDO QUE
NO AUTORIZA A MITIGAO EM SUA FRAO MXIMA. POSSIBILIDADE DE ANLISE DO CASO
CONCRETO SOB O PRISMA DA PROPORCIONALIDADE. DOSIMETRIA. REPRIMENDA AJUSTADA. PEDIDO DE
APLICAO DO ART. 46 DA LEI DE DROGAS. INVIABILIDADE. DEPENDNCIA DE GRAU MODERADO QUE
NO
AFASTA
A
RESPONSABILIDADE
PENAL
DO
AGENTE.
RECURSO
PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2013.064195-4. Relator: Des.
Moacyr
de
Moraes
Lima
Filho.
Julgamento:11/03/2014. Classe: Apelao Criminal.

7.MANDADO DE SEGURANA EM MATRIA CRIMINAL. INSURGNCIA CONTRA INDEFERIMENTO DE


PEDIDO DE HABILITAO DA DEFENSORIA PBLICA COMO ASSISTENTE DE ACUSAO. INVIABILIDADE.
INEXISTNCIA DE DISPOSIO REGULAMENTAR ACERCA DA POSSIBILIDADE DO REFERIDO RGO
ATUAR COMO ASSISTENTE DE ACUSAO. ADEMAIS, VTIMAS QUE ESTO ASSISTIDAS PELO MINISTRIO
PBLICO, O QUAL CONDUZ A AO PENAL. DIREITO LQUIDO E CERTO INEXISTENTES. SEGURANA
DENEGADA. Processo: 2014.002369-2. Relatora:Desa.
Marli
Mosimann
Vargas
Julgamento: 11/03/2014. Classe: Mandado de Segurana.

8.RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. INSURGNCIA CONTRA DECISO QUE NO RECEBEU O APELO


DEDUZIDO PELA SUPOSTA VTIMA. DECISUM QUE ACOLHE PEDIDO DE ARQUIVAMENTO DE INQURITO
POLICIAL FORMULADO PELO PARQUET. IRRECORRIBILIDADE. AUSNCIA DE RECURSO PREVISTO EM LEI.
MINISTRIO PBLICO TITULAR DA AO PENAL E RESPONSVEL POR AFERIR A PRESENA DE JUSTA
CAUSA, RESSALVADA A HIPTESE PREVISTA PELO ART. 28 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL.
POSSIBILIDADE DE IMPETRAO DE MANDADO DE SEGURANA APENAS SE HOUVESSE ILEGALIDADE
MANIFESTA OU DECISO TERATOLGICA, INEXISTENTES NA HIPTESE. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2014.002013-9. Relator: Des. Srgio Rizelo. Julgamento: 11/03/2014

9.HABEAS CORPUS. PROCURADOR CONSTITUDO. IMPOSSIBILIDADE DE COMPARECIMENTO EM


AUDINCIA. MOTIVO JUSTIFICADO. EXEGESE DO ART. 265, 1 E 2, CPP. POSSVEL VIOLAO AO
PRINCPIO DA LIVRE ESCOLHA DE DEFENSOR. REDESIGNAO DE AUDINCIA. CONCESSO DO PEDIDO
DE ORDEM, CONFIRMANDO A LIMINAR. O motivo justificado antes da realizao da audincia
suficiente para a sua redesignao. Ademais, a nomeao de defensor dativo, no precedida da
renncia ou revogao do mandato conferido ao advogado constitudo e da anuncia ou inrcia do ru,
constitui cerceamento de defesa, porquanto viola o direito de liberdade de escolha, e impe o
reconhecimento de nulidade absoluta. Processo: 2014.006225-4.Relator: Des. Moacyr de Moraes
Lima Filho Julgamento: 11/03/2014.

10.HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA O PATRIMNIO. PACIENTE PRESO PREVENTIVAMENTE PELA


SUPOSTA PRTICA DO CRIME DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO PELO EMPREGO DE ARMA, CONCURSO DE
PESSOAS E RESTRIO DE LIBERDADE DA VTIMA (ART. 157, 2, I, II E V, DO CDIGO PENAL). ALEGADO
CONSTRANGIMENTO ILEGAL ANTE A JUNTADA DE FOTOGRAFIA DO PACIENTE, PELO RGO MINISTERIAL,
NA APRESENTAO DAS ALEGAES FINAIS. PLEITO QUE VISA O DEFERIMENTO DA REABERTURA DA

INSTRUO PROCESSUAL, A FIM DE CONTRADITAR TAL DOCUMENTO. INVIABILIDADE. INDEFERIMENTO


DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO PELO MAGISTRADO A QUO. NECESSIDADE DE PRODUO DE PROVAS
OU REALIZAO DE DILIGNCIAS QUE FICA A CRITRIO DO TOGADO. SISTEMA DA PERSUASO
RACIONAL
E
PRINCPIO
LIVRE
CONVENCIMENTO
MOTIVADO.
ORDEM
CONHECIDA
E
DENEGADA. Processo:2014.009714-7. Relatora: Desa.
Marli
Mosimann
Vargas.
Julgamento: 11/03/2014.

Cmaras de Direito Civil


11.AO REPARATRIA. CONTRATO DE SEGURO DE AUTOMVEL. SINISTRO NO BEM. SEGURADO
DEFICIENTE FSICO. PREVISO CONTRATUAL DE CARRO RESERVA. OFERTA DE VECULO MANUAL.
INUTILIDADE PARA O CONSUMIDOR. AUSNCIA DE INFORMAO ADEQUADA ACERCA DOS LIMITES DO
SEGURO. DISPOSIO CONTRATUAL DUVIDOSA. INADIMPLEMENTO CARACTERIZADO. RESTITUIO DO
VALOR COBRADO PELO BENEFCIO. DANOS MORAIS CARACTERIZADOS. SENTENA REFORMADA.
RECURSO PROVIDO. dever do fornecedor dar informao adequada e clara sobre os diferentes
produtos e servios, com especificao correta de quantidade, caractersticas, composio, qualidade e
preo, bem como sobre os riscos que apresentem (art. 6, III, do CDC). Em caso de dvidas, outrossim,
as clusulas sero interpretadas da forma mais favorvel ao aderente (art. 47 do CDC). Destarte, tendo
o segurado deficiente fsico celebrado contrato de seguro prevendo carro reserva, sem que em
momento algum lhe tenha sido explicitado de maneira clara (art. 6, VIII, do CDC) que o veculo seria
manual, incompatvel com sua condio de deficiente fsico, a qual, alis, foi devidamente observada
pelo corretor credenciado, est caracterizado inadimplemento por parte da seguradora. Pertinente,
nesse contexto, a devoluo do quantum a maior cobrado em razo do benefcio no utilizado, bem
como a indenizao por danos morais ao consumidor privado de meio de locomoo durante o reparo
do seu carro original. Processo: 2014.001278-5). Relatora: Desa. Maria do Rocio Luz Santa Ritta.
Julgamento: 11/03/2014.

12.CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE INTERDIO C/C PEDIDO DE NOMEAO DE CURADOR


C/C PEDIDO LIMINAR AJUIZADA PELOS FILHOS E OUTROS HERDEIROS DA INTERDITANDA. DECISO
LIMINAR QUE NOMEOU O FILHO MAIS VELHO CURADOR PROVISRIO. INSURGNCIA DOS AGRAVANTES.
PLEITO DE NOMEAO DE CURADOR DATIVO. ALEGAO DE IRREGULARIDADES NA ADMINISTRAO DO
PATRIMNIO DA INTERDITANDA. AUSNCIA DE COMPROVAO. DOCUMENTOS, ADEMAIS, QUE SUGEREM
LOCUPLETAMENTO DO AGRAVANTE CUSTA DOS RENDIMENTOS DA INTERDITANDA. AGRAVADO QUE EM
POUCOS MESES DE EXERCCIO DA CURATELA J LOGROU POUPAR CONSIDERVEL QUANTIA. NOMEAO
DE CURADOR DATIVO QUE SE MOSTRA DESNECESSRIA NO CASO. INTERLOCUTRIO MANTIDO.
RECURSO
DESPROVIDO Processo: 2013.070586-3. Relator: Des.
Marcus
Tulio
Sartorato.
Julgamento: 11/03/2014. Juiz Prolator: Flvio Andre Paz de Brum. Classe: Agravo de Instrumento.

13.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANO MATERIAL E MORAL. CONSTATAO DE VCIO


OCULTO EM MICRONIBUS ADQUIRIDO ZERO QUILMETRO. PRETENSO JULGADA PARCIALMENTE
PROCEDENTE. RENITNCIA DA APELANTE QUANTO INCIDNCIA DAS COGENTES DISPOSIES DO CDC.
VECULO UTILIZADO PARA A EXECUO DAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DO APELADO. IRREFUTVEL
CONDIO DE DESTINATRIO FINAL. APLICABILIDADE DA TEORIA MAXIMALISTA. RELAO DE CONSUMO
CONFIGURADA. PRECEDENTES STJ. "A expresso destinatrio final, de que trata o art. 2, caput CDC
abrange quem adquire mercadorias para fins no econmicos, e tambm aqueles que, destinando-os a
fins econmicos, enfrentam o mercado de consumo em condies de vulnerabilidade; espcie em que
caminhoneiro reclama a proteo do Cdigo de Defesa do Consumidor porque o veculo adquirido,

utilizado para prestar servios que lhe possibilitariam sua mantena e a da famlia, apresentou defeitos
de fabricao". AUSNCIA DE EFICIENTE SUBSTRATO PROBATRIO A COMPROVAR A TESE DA
ALIENANTE, NO SENTIDO DE QUE OS DEFEITOS RELATADOS PELO APELADO SERIAM INEXISTENTES, BEM
COMO DE QUE DECORREM DA UTILIZAO IRREGULAR PELO CONSUMIDOR. NUS QUE LHE INCUMBIA,
EM RAZO DA INVERSO DO NUS DA PROVA. ART. 6, INC. VIII, CDC. ORDENS DE SERVIO QUE
EVIDENCIAM A EXISTNCIA DOS DEFEITOS J DESDE O VIGSIMO DIA DE USO, TENDO O APELADO
ENCAMINHADO O COLETIVO DIVERSAS VEZES CONCESSIONRIA AUTORIZADA DA APELANTE, SEM
OBTER XITO NA SOLUO DOS PROBLEMAS. CIRCUNSTNCIA QUE AUTORIZA, SIM, A PRETENDIDA
SUBSTITUIO DO PRODUTO. INTELIGNCIA DO ART. 18, 1, INC. I, DO CDC. OBJETIVADO
AFASTAMENTO DA REPARAO PELO PREJUZO DE CUNHO MORAL. PRETENSO REJEITADA. SITUAO
VIVENCIADA QUE ULTRAPASSOU O LIMITE DO MERO ABORRECIMENTO. INSOFISMVEL DEVER DE
REPARAR O DANO INFLIGIDO. "A compra de um veculo novo representa, para muitos, a conquista do
to almejado bem da vida. Por essa mesma razo, incute, no adquirente, a ideia de segurana,
tranquilidade, durabilidade e conforto. O incessante surgimento de defeitos nos mais variados mbitos
do produto adquirido frustra drasticamente as expectativas cultivadas, ensejando abalo passvel de
indenizao. PRETENDIDA MINORAO DO QUANTUM REPARATRIO, ORIGINALMENTE INSTITUDO EM
R$ 20.000,00. INVIABILIDADE. OBSERVNCIA DOS PRINCPIOS DA PROPORCIONALIDADE E
RAZOABILIDADE. JUROS MORATRIOS E CORREO MONETRIA QUE, NO TOCANTE INDENIZAO
PELO DANO DE CUNHO MORAL, DEVEM SER FIXADOS A PARTIR DA DATA DA SENTENA CONDENATRIA.
DECISUM REFORMADO NESTE TPICO. "Firmou-se nesta Cmara, na sesso realizada no dia 22.07.2010,
o entendimento segundo o qual a incidncia dos juros moratrios, em casos envolvendo dano moral,
d-se somente a partir da sentena determinando o pagamento da indenizao, porque, antes disso, o
direito reparao ainda no havia sido reconhecido, nem caracterizada, consequentemente, a mora" .
MONTANTE RELATIVO INDENIZAO PELO DANO DE CUNHO MATERIAL QUE DEVER SER ACRESCIDO
DE JUROS DE MORA A CONTAR DA CITAO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2012.090423-1. Relator: Des. Luiz Fernando Boller.

14.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO C/C. INDENIZAO POR DANO


DE CUNHO MORAL. INSCRIO DO NOME DA APELANTE NO CADASTRO RESTRITIVO DOS RGOS DE
PROTEO AO CRDITO. INEXISTNCIA DE RELAO JURDICA ENTRE AS PARTES. DADOS PESSOAIS DA
DEMANDANTE INDEVIDAMENTE UTILIZADOS POR ESTELIONATRIA, PARA CONTRAIR A DVIDA LEVADA A
APONTE. QUANTUM REPARATRIO ORIGINALMENTE INSTITUDO EM R$ 5.000,00. PRETENDIDA
MAJORAO DA VERBA PARA R$ 30.000,00. ACOLHIMENTO QUE, ENTRETANTO, PODERIA DESNATURAR A
TUTELA JURISDICIONAL EM FONTE DE LUCRO E ENRIQUECIMENTO INDEVIDO. AMPLIAO DA VANTAGEM
PECUNIRIA PARA R$ 12.000,00, COM OS ENCARGOS DA SENTENA. HONORRIOS ADVOCATCIOS
SUCUMBENCIAIS FIXADOS NO EQUIVALENTE A 10% SOBRE O VALOR DA CONDENAO. ELEVAO.
INVIABILIDADE. VALOR QUE SE MOSTRA ADEQUADO REMUNERAO DOS SERVIOS PRESTADOS
PELOS CAUSDICOS CONSTITUDOS PELA POSTULANTE. RECLAMO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. APELO ADESIVO. BANCO RU QUE ALUDE O DESCONHECIMENTO DA FRAUDE AT O MOMENTO
DA CITAO NOS AUTOS DA DEMANDA INDENIZATRIA. EXERCCIO REGULAR DE UM DIREITO QUE
JUSTIFICARIA O AFASTAMENTO DA RESPONSABILIDADE CIVIL. TESE IRRELEVANTE. CASA BANCRIA QUE,
POR ATUAR NO MERCADO DE CRDITO, DEVE VALER-SE DE MECANISMOS E PROCEDIMENTOS CAPAZES
DE CONFERIR SEGURANA S OPERAES PACTUADAS. CAUTELA INDEMONSTRADA. OFENDIDA QUE,
ADEMAIS, CONTA APENAS 12 ANOS DE IDADE, NO POSSUINDO CAPACIDADE PARA A PRTICA DOS ATOS
DA VIDA CIVIL. PECULIARIDADE INOBSERVADA PELO DEMANDADO. PRETENDIDA MINORAO DO
MONTANTE COMPENSATRIO. EXCESSIVIDADE NO CONSTATADA. ACOLHIMENTO, AO CONTRRIO
DISTO, DO PLEITO MAJORATRIO DEDUZIDO PELA VTIMA NO RECLAMO PRINCIPAL. ALEGADA
INEXISTNCIA DE INTIMAO PESSOAL ACERCA DA DECISO QUE DETERMINOU A BAIXA DA MALSINADA
ANOTAO, SOB PENA DE MULTA DIRIA NO VALOR DE R$ 100,00. OMISSO QUE CONSUBSTANCIARIA
AFRONTA O ENUNCIADO N 410 DA SMULA DO STJ, INVIABILIZANDO A INCIDNCIA DA ASTREINTE.
OFENSOR REVEL NA DEMANDA INDENIZATRIA. INTIMAO PERFECTIBILIZADA ATRAVS DE SEU
PROCURADOR, DOTADO DE PODERES PARA RECEBER INTIMAO, NOS AUTOS DA AO

ACAUTELATRIA EM APENSO. INTERPOSIO DE RECURSO DE APELAO CVEL, QUE DENOTA PLENA


CINCIA ACERCA DA MULTA ARBITRADA. INEQUVOCO CONHECIMENTO ACERCA DA OBRIGAO DE
FAZER. POSSIBILIDADE DE RELATIVIZAO DA REGRA SUMULADA. APLICAO DOS PRINCPIOS DA
CELERIDADE E ECONOMIA PROCESSUAL. PRECEDENTES DO STJ E DESTE PRETRIO. " possvel a
cobrana das astreintes fixadas para o cumprimento de obrigao de no-fazer, quando h regular
intimao da deciso judicial que impe essa obrigao, ainda que no tenha sido o ru intimado
pessoalmente a esse respeito, pois, apesar do ditame da Smula 410 do STJ, vigora o entendimento na
Segunda Seo, diante da sistemtica processual estabelecida a partir da Lei 11.232/2005, de que
vlida a intimao da parte devedora para o cumprimento de obrigao de fazer ou no fazer, sob pena
de multa diria, se realizada na pessoa de seu advogado, via imprensa oficial". EXCESSIVIDADE DA
MULTA NO CONSTATADA. IMPORTNCIA ARBITRADA QUE REVELA-SE AQUM DO QUE TEM SIDO
REITERADAMENTE INSTITUDO POR ESTA CORTE EM CASOS ANLOGOS. INSURGNCIA CONHECIDA E
DESPROVIDA. Processo: 2013.064491-2. Relator: Des.
Luiz
Fernando
Boller. Julgamento: 13/03/2014.

15.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE USUCAPIO PROCESSADA PERANTE O JUIZADO ESPECIAL DA


TRINDADE/NORTE DA ILHA. JUSTIA GRATUITA POSTULADA PELOS AUTORES NESTE GRAU DE
JURISDIO. LEI N. 1.060/50. POSSIBILIDADE. PRINCPIO DO ACESSO JUSTIA. CF, ART. 5, LXXIV.
REQUISITOS AUTORIZADORES DO BENEPLCITO POR ORA PRESENTES. INEXISTNCIA, ADEMAIS, DE
PROVA INEQUVOCA QUE DESAUTORIZE TAL CONCESSO. DEFERIMENTO. DECISO ATACADA QUE
DETERMINOU A REMESSA DOS AUTOS VARA DE REGISTROS PBLICOS COM BASE NA RESOLUO
4/2011. PROCESSO COM AUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO ENCERRADA. IMPOSSIBILIDADE.
OBSERVNCIA DO PRINCPIO DA IDENTIDADE FSICA DO JUIZ NA HIPTESE. ART. 132 DO CPC. DECISO
REFORMADA. RECURSO PROVIDO. "[...] considerando que o feito que subjaz ao presente conflito
aguarda somente a prolao de sentena - vez que a fase instrutria j foi encerrada, segundo
manifestao das partes e do prprio Juzo suscitante -, no h dvida de que, em observncia ao
princpio da identidade fsica do juiz insculpido no art. 132 do CPC, a autoridade judicial responsvel
pela conduo do feito que est incumbida de dar-lhe o devido desfecho.". Processo: 2013.060891-6
(Acrdo). Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento:18/03/2014.

16.AO DE COBRANA. HONORRIOS. TRANSFERNCIA DE JOGADOR DE FUTEBOL AO EXTERIOR.


MECANISMO DE SOLIDARIEDADE FIFA. PERCENTUAL SOBRE A TRANSAO HAVIDA ENTRE CORINTHIANS
PAULISTA E FENERBAHE DA TURQUIA CABVEL EM PROL DO FIGUEIRENSE. CELEBRAO DE CONTRATO
COM O ESCRITRIO AUTOR TENDENTE A COBRANA DO VALOR. SERVIO PRESTADO. VERBA
HONORRIA
DEVIDA.
SENTENA
DE
PROCEDNCIA
MANTIDA.
RECURSO
DESPROVIDO. Processo:2013.049868-3. Relatora: Desa.
Maria
do
Rocio
Luz
Santa
Ritta. Julgamento:18/03/2014. Juiz Prolator: Cludio Eduardo Rgis de F. e Silva. Classe: Apelao
Cvel.

Cmaras de Direito Comercial


17.APELAO CVEL. EMBARGOS EXECUO. ESTADO-JUIZ ORIGINRIO QUE OS JULGA
IMPROCEDENTES. INCONFORMISMO DA EMBARGANTE. PRELIMINAR DE CARNCIA DE AO. ALEGAO
DE NO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS INSERTOS NO ART. 586 DO CDIGO BUZAID. SENTENA
ARBITRAL QUE TTULO EXECUTIVO JUDICIAL. DESNECESSIDADE DE AUTENTICAO DO TTULO
PERANTE SERVENTIA EXTRAJUDICIAL. TTULO JUDICIAL QUE OBSERVA OS REQUISITOS DA LEI.
PRETENSO DE NULIDADE DO COMPROMISSO ARBITRAL. RAZES QUE NO ATACARAM A

FUNDAMENTAO DA SENTENA. IRRESIGNAO QUE NO ABORDA O ACERTO OU DESACERTO DO


DECISUM, DEIXANDO DE EXPOR O VCIO EM QUE EVENTUALMENTE HAJA INCORRIDO O ESTADO-JUIZ DE
ORIGEM. RAZES RECURSAIS QUE CONSISTEM EM REPRODUO IDNTICA DA PETIO INICIAL. APELO
QUE NO PREENCHE REQUISITO EXTRNSECO DA REGULARIDADE FORMAL. APLICAO DO PRINCPIO DA
DIALETICIDADE. INTELIGNCIA DO DISPOSTO NO INCISO II DO ART. 514 DO CDIGO DE PROCESSO
CIVIL. NO CONHECIMENTO NESSE ASPECTO. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2009.000189-6. Relator: Desa.
Substa.
Rosane
Portella
Wolff.
Julgamento: 06/03/2014.

18.APELAO CVEL - ADIMPLEMENTO CONTRATUAL - SUBSCRIO DEFICITRIA DE AES. AGRAVO


RETIDO - REITERADO COMO PEDIDO PRELIMINAR DO RECURSO - VIABILIDADE DA EXIBIO - APLICAO
DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E POSSIBILIDADE DE INVERSO DO NUS DA PROVA.
pacfica a jurisprudncia acerca da incidncia do Cdigo de Defesa do Consumidor sobre os contratos de
telefonia e, consequentemente, os direitos garantidos pela referida norma. Com a incidncia da
legislao consumerista sobre os contratos de participao financeira em anlise, permissvel a
inverso do nus da prova, consoante disposto no art. 6, VIII, da Lei n. 8.078/90, a fim de determinar a
exibio dos documentos necessrios ao equacionamento da lide, com base na hipossuficincia do
consumidor ante a pujana econmica da r, aliada facilidade que detm a empresa de telefonia em
esclarecer a relevncia dos fatos contrapostos, condio esta que no representa desequilbrio
processual entre as partes. Assumindo a Brasil Telecom S/A os direitos e obrigaes da
Telecomunicaes de Santa Catarina S/A e da Telebrs, por meio da sucesso empresarial havida,
incontestes seu dever e sua legitimidade para a exibio dos documentos determinados na sentena.
EXIBIO DE CONTRATOS DE PARTICIPAO FINANCEIRA - ALEGAO DE AUSNCIA DE DOCUMENTOS
INDISPENSVEIS PROPOSITURA DA DEMANDA - SUFICINCIA DAS INFORMAES TRAZIDAS - FATURA
TELEFNICA DOCUMENTO IRRELEVANTE, POR NO INDICAR A QUALIDADE DE ACIONISTA - NOME
COMPLETO DA PARTE E NMERO DE INSCRIO NO CADASTRO DE PESSOAS FSICAS - ELEMENTOS
BASTANTES PARA A PESQUISA PELA EMPRESA DE TELEFONIA DEMANDADA - PREFACIAL RECHAADA.
Para a pesquisa acerca da existncia de contrato de participao financeira, basta a informao do
nome completo da parte e do nmero de sua inscrio no Cadastro de Pessoas Fsicas - CPF, elementos
suficientes para que a r proceda busca em seu sistema interno. Com a reunio de tais dados, no h
que se falar em ausncia de documentos indispensveis ao ajuizamento da demanda nem em
impossibilidade de busca de tais expedientes pela Brasil Telecom, pois os elementos mnimos para
pesquisa, consoante afirmado pela prpria empresa de telefonia, foram providenciados pela parte
autora, tanto administrativamente, quanto em Juzo. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM EM RELAO
AOS DIREITOS E OBRIGAES ORIUNDOS DA TELESC S/A, TELEBRS - REJEIO - EMPRESA SUCESSORA
QUE ASSUME AS OBRIGAES DA PESSOA JURDICA SUCEDIDA. Plenamente cabvel a responsabilizao
da pessoa jurdica sucessora decorrente do descumprimento contratual originariamente firmado por sua
antecessora, porquanto contraente dos direitos e obrigaes decorrentes da empresa sucedida.
PREJUDICIAL DE MRITO - PRESCRIO - DIREITO OBRIGACIONAL - NATUREZA PESSOAL APLICABILIDADE DOS ARTS. 177 DO CC/1916 E 205 DO CC/2002 C/C 2.028 DO CODEX VIGENTE - PRAZO
DECENRIO OU VINTENRIO - TERMO INICIAL - DATA DA ENTRADA EM VIGOR DO NOVO CDIGO CIVIL
OU DA SUBSCRIO DEFICITRIA DOS TTULOS ACIONRIOS, RESPECTIVAMENTE - PREJUDICIAL
INOCORRENTE. O prazo prescricional das aes pessoais de natureza obrigacional, dentre as quais se
inclui a complementao de subscrio de aes de telefonia e seus consectrios lgicos, poder ser de
dez ou vinte anos, de acordo com seu transcurso na data da vigncia do Novo Cdigo Civil. O prazo
prescricional previsto no art. 27 da legislao consumerista aplicvel to somente s aes de
reparao de danos, cujo fundamento encontre respaldo em qualquer das hipteses listadas nos artigos
12 a 17 do mesmo Codex, obstada sua incidncia em circunstncias alheias a estas. CMPUTO DO
NMERO DE AES A SEREM SUBSCRITAS - ENTENDIMENTO CONSOLIDADO PELO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIA - MOMENTO DA INTEGRALIZAO DO CAPITAL - BALANCETE MENSAL - CRITRIOS A SEREM
UTILIZADOS NO CLCULO DA LIQUIDAO EM EVENTUAL CONVERSO EM PERDAS E DANOS - COTAO
DAS AES EM BOLSA DE VALORES - NO CONHECIMENTO DO RECURSO NESTE PONTO, POR FALTA DE

INTERESSE RECURSAL. O Superior Tribunal de Justia firmou posicionamento no sentido de que o valor
patrimonial do ttulo acionrio deve ser fixado na oportunidade da integralizao, esta assim entendida
como a data do pagamento da quantia pactuada, com base no respectivo balancete mensal aprovado.
No tendo sido a maior cotao das aes em bolsa de valores fixada na sentena como critrio de
converso em perdas e danos, a pretenso recursal referente a este ponto no h de ser conhecida por
manifesta falta de interesse recursal. RESPONSABILIDADE DO ACIONISTA CONTROLADOR POR
EVENTUAIS ILEGALIDADES - OBRIGAO EXCLUSIVA DA EMPRESA DE TELEFONIA - CORREO
MONETRIA - RELAO COM O VALOR PATRIMONIAL DO TTULO ACIONRIO INEXISTENTE - CONTRATO
FIRMADO POSTERIORMENTE PORTARIA N. 881/90 - INCIDNCIA. Esta Corte de Justia, em consonncia
com o entendimento do Superior Tribunal de Justia, h muito vem afastando a responsabilidade da
Unio nas aes visando cobrana da diferena de aes a serem subscritas pela concessionria de
servio de telefonia. "Ora, a Requerida, na qualidade de sucessora da Telesc, possui responsabilidade
pela subscrio das aes objeto da presente demanda, sendo inclusive desnecessria e at
impertinente a discusso acerca da responsabilidade do acionista controlador, uma vez que eventual
descumprimento contratual imputvel sociedade annima e aos seus sucessores." (Apelao Cvel
n. 2013.037641-1). Isso porque a contratao no se deu com a Unio, e sim com a concessionria de
servio pblico - empresa de telefonia -, a qual responsvel por seus prprios atos. Alm disso, a lide
versa sobre adimplemento de contrato de participao financeira, e no sobre ato praticado com abuso
de poder pelo acionista controlador. O ndice de atualizao da moeda no se confunde com o valor
patrimonial da ao; enquanto esta se fulcra no balancete da empresa, aquele computado com base
em aplicaes financeiras, investimentos, inflao, dentre outros. No h falar em impossibilidade de
incidncia de correo monetria atinente aos contratos firmados posteriormente edio da Portaria
n. 881/90, uma vez que o direito guerreado no se atrela apenas ao capital investido na Sociedade
Annima, decorrendo da subscrio, realizada a menor, dos ttulos acionrios. COMPLEMENTAO DAS
AES - CONSECTRIOS LGICOS DOS TTULOS ACIONRIOS - DIVIDENDOS E BONIFICAES VIABILIDADE. Fazendo jus a parte apelada integralidade de seus ttulos acionrios desde a data do
adimplemento contratual, certo que igualmente possui direito aos consectrios lgicos destes advindos
a partir de referido marco temporal. JUROS SOBRE CAPITAL PRPRIO - NECESSIDADE DE PEDIDO
EXPRESSO NA PETIO INICIAL - NOVO ALINHAMENTO DE ENTENDIMENTO COM AS RECENTES DECISES
DO STJ E DA PRPRIA CMARA JULGADORA. Os juros sobre o capital prprio, embora derivados de
recursos de acionistas ou obtidos no exerccio da atividade econmica, pela privao temporria do
respectivo capital, devem albergar pedido expresso na petio inicial, no sendo considerado, pela
interpretao restritiva do art. 293 do Cdigo de Processo Civil, como consectrio lgico, sob pena de
julgamento extra petita. HONORRIOS DE SUCUMBNCIA - APRECIAO EQUITATIVA - NATUREZA
CONDENATRIA DA DECISO - ATENDIMENTO AOS CRITRIOS LISTADOS NAS ALNEAS 'A', 'B' E 'C' DO
3 DO ART. 20 DA LEI SUBSTANTIVA CVEL - RECURSO DESPROVIDO. Em se tratando de demanda de
natureza condenatria, adequada se mostra a utilizao dos critrios cominados no 3 do art. 20 do
CPC para fixao da verba honorria em 15% (quinze por cento) do valor da condenao, remunerandose adequadamente o profissional de acordo com a natureza da causa - que no traduz em aguda
complexidade da matria -, o tempo de tramitao, a quantidade de peas, tendo em conta, ainda, o
expressivo volume de demandas relacionados aos mesmos fatos e fundamentos de
direito. Processo: 2013.091441-7
(Acrdo).Relator: Des.
Robson
Luz
Varella. Julgamento: 11/03/2014.

19.APELAO CVEL. BUSCA E APREENSO. FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE ALIENAO


FIDUCIRIA. NOTIFICAO PESSOAL EFETUADA POR ESCRITRIO DE ADVOCACIA. IMPOSSIBILIDADE.
PROTESTO EDITALCIO. AUSNCIA DE COMPROVAO DO ESGOTAMENTO DOS MEIOS DE NOTIFICAO
PESSOAL. MORA. CARACTERIZAO. AUSNCIA. EMENDA DA INICIAL. CABIMENTO. RETORNO DOS
AUTOS COMARCA DE ORIGEM. Processo: 2013.090975-3 (Acrdo). Relator: Des. Salim Schead dos
Santos. Julgamento:27/02/2014.

20.APELAO CVEL. REVISO DE CONTRATO. FINANCIAMENTO DE VECULO EM ALIENAO FIDUCIRIA.


ADMISSIBILIDADE. RECURSO DO AUTOR. AGRAVO RETIDO. IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO.
RECURSO UTILIZADO EM RAZO DA INADMISSO DA APELAO CVEL. UTILIZAO DE VIA IMPRPRIA.
RECURSO NO CONHECIDO. RECURSO DA FINANCEIRA R. JUROS DE MORA E MULTA CONTRATUAL NOS
LIMITES DOS PLEITOS RECURSAIS. AUSNCIA DE INTERESSE RECURSAL. PLEITOS NO CONHECIDOS.
SENTENA ULTRA PETITA. ANLISE DE PEDIDOS SEM SOLICITAO. COMISSO DE PERMANNCIA,
CLUSULA-MANDATO E IOF. ANULAO DE PARTE DA SENTENA QUE ABORDOU ENCARGOS SEM QUE
EXISTISSEM PEDIDO NA INICIAL. PLEITO RECURSAL PREJUDICADO. cedio que ao Magistrado defeso
proferir sentena diversa daquela pedida ou considerar questes no levantadas pelas partes, sob pena
de incorrer em extra ou ultra petita, ferindo o disposto no artigo 460 da Lei Processual, que acarreta a
nulidade total ou parcial da sentena. MRITO. ADESIVIDADE DO CONTRATO EVIDENCIADA.
POSSIBILIDADE DE REVISAR AS CLUSULAS DO CONTRATO. TARIFAS ADMINISTRATIVAS. TARIFA DE
ABERTURA DE CRDITO (TAC) E TARIFA DE EMISSO DE CARN (TEC) OU OUTRAS DENOMINAES
TENDO O MESMO FATO GERADOR. POSSIBILIDADE DE COBRANA DESDE QUE EXPRESSAMENTE
PREVISTA E O CONTRATO TENHA SIDO FIRMADO AT 30/04/2008. MUDANA DE ENTEDIMENTO. ADOO
DAS TESES EMANADAS PELO STJ NO JULGAMENTO DO RESP. 1.251.331/RS E 1.255.573/RS COM FORA
DE REPETITIVO. LEGALIDADE DA TAC E TEC NO CASO CONCRETO. CONTRATO FIRMADO ANTES DA
RESPECTIVA DATA. REPETIO DE INDBITO. CABIMENTO. EXISTNCIA DE ENCARGOS ABUSIVOS. DEVER
DE PROMOVER A DEVOLUO DOS VALORES COBRADOS INDEVIDAMENTE, NA FORMA SIMPLES, DIANTE
DA AUSNCIA DE M-F DA INSTITUIO FINANCEIRA. VEDAO DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA.
NUS SUCUMBENCIAL READEQUADO. Recurso do autor no conhecido. Recurso da r conhecido em
parte e parcialmente provido. Processo: 2012.020291-7 (Acrdo).Relator: Des. Subst. Guilherme
Nunes Born. Origem: Gaspar. rgo Julgador: Quinta Cmara de Direito Comercial. Data de
Julgamento: 13/03/2014. Juiz Prolator: Cssio Jos Lebarbenchon Angulski. Classe: Apelao Cvel.

Cmaras de Direito Pblico


21.AO CIVIL PBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. DOAES ILEGAIS E PERMISSO
DE USO DE IMVEIS PBLICOS A PARTICULARES. DETERMINAO PARA QUE SEJAM AFIXADAS PLACAS
NA RESIDNCIA DE ALGUNS DOS RUS INDICANDO A EXISTNCIA DA ACP. DESPROPORCIONALIDADE DA
MEDIDA. PRECEDENTES DESTA CMARA. RECURSO PROVIDO. A determinao para que sejam colocadas
placas na residncia dos requeridos "deve ser considerada desproporcional, uma vez que o interesse de
terceiros encontra-se devidamente tutelado, visto que a deciso interlocutria determinou a expedio
de ofcio ao cartrio de imveis para que averbe na matrcula do imvel objeto do litgio as necessrias
restries". Processo: 2013.022972-7 (Acrdo). Relator: Des. Subst. Paulo Henrique Moritz Martins
da Silva. Julgamento: 11/03/2014. Juiz Prolator: Juliano Serpa.Classe: Agravo de Instrumento.

22.DESAPROPRIAO INDIRETA. HONORRIOS ADVOCATCIOS. OBSERVNCIA DO ART. 27, 1, DO


DECRETO-LEI N. 3.365/41. LIMITES DE 0,5% A 5% SOBRE A CONDENAO OU SOBRE A DIFERENA
ENTRE A CONDENAO E A OFERTA, CONFORME O CASO. TEMA DECIDIDO PELO STJ SOB O REGIME DO
ART. 543-C. PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO QUE RECOMENDAM A MANUTENO DO MONTANTE
DE 10% FIXADO NO ACRDO, EXCEPCIONALMENTE, SOB PENA DE AVILTAMENTO DO TRABALHO DO
CAUSDICO. APLICABILIDADE DA TCNICA INTERPRETATIVA DO DISTINGUISHING. JUZO DE RETRATAO
NEGATIVO. Processo:2011.088772-9 (Acrdo). Relator: Des. Subst. Paulo Henrique Moritz Martins da
Silva. Julgamento: 11/03/2014. Juiz Prolator: Andr Milani. Classe: Apelao Cvel.

23.RESPONSABILIDADE CIVIL. APELAO CVEL E REEXAME NECESSRIO. AO DE INDENIZAO POR


DANOS MORAIS. ADOLESCENTE QUE, AO SUBIR NA CERCA DA QUADRA DE ESPORTES DA ESCOLA PARA
APANHAR UMA BOLA QUE FICOU PRESA NO TELHADO, SOFRE QUEDA EM RAZO DO POSTE QUE
SUSTENTAVA A CERCA TER QUEBRADO E ATINGIDO O ADOLESCENTE QUANDO J CADO AO CHO,
PROVOCANDO-LHE TRAUMATISMO CRANIANO E, POR CONSEQUNCIA, BITO. APELO DO MUNICPIO
OBJETIVANDO O RECONHECIMENTO DA CULPA EXCLUSIVA DA VTIMA. INOCORRNCIA. CONFIGURAO
DA OMISSO ESPECFICA DO PODER PBLICO. DESCUMPRIMENTO DO DEVER DE ASSEGURAR A
INTEGRIDADE DO ESTUDANTE QUE ESTAVA SOB SUA PROTEO DIRETA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA
DO ESTADO, QUE RESPONDE NA FORMA DO ART. 37, 6, DA CF. DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO.
"O dever do Estado de manter a organizao e a salubridade do ambiente destinado ao ensino dos
educandos regularmente matriculados na rede pblica, com o intento de proteger a integridade fsica
dos alunos no transcorrer do perodo letivo, deve ser considerado como um encargo especfico, isto , o
seu desrespeito traduz-se como descumprimento a um dever legal individualizado de agir, passando a
ser a conduta direta a propiciar o evento danoso" (Apelao Cvel n. 2011.077349-9, da Capital, rel.
Des. Luiz Czar Medeiros, j. em 19/06/2012). "A Administrao Pblica, ao receber estudantes menores
em estabelecimentos de ensino oficiais, assume o dever de zelar pela sua integridade fsica, devendo
empregar, para tanto, a mais diligente vigilncia, sob pena de arcar com os danos emergentes da sua
omisso" (Apelao Cvel n. 2009.029694-5, de Canoinhas, rel. Des. Newton Janke, j. 10/05/2011).
INDENIZAO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. QUANTUM INDENIZATRIO ARBITRADO EM
OBSERVNCIA AOS PARMETROS DESTA CORTE. CONSIDERAO, ADEMAIS, DOS POSTULADOS DA
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE APLICVEIS ESPCIE. MANUTENO. A indenizao a ttulo
de danos morais deve ser arbitrada no sentido de reconstituir o constrangimento sofrido pelo ofendido,
bem como ser capaz de impedir a reiterao do ato ilcito por parte do ofensor - sem causar quele
enriquecimento indevido - mostrando-se indispensvel a anlise dos fatos concretos apresentados,
notadamente quanto extenso do dano e capacidade econmica do ofensor. Em se tratando da
morte de criana menor de idade, predomina na jurisprudncia o entendimento de que a penso
mensal a que fazem jus os pais devida no valor de 2/3 do salrio mnimo. O juiz, ao arbitrar o valor da
indenizao, deve levar em considerao os princpios da razoabilidade e da reprovabilidade, a teoria
do desestmulo, a gravidade e a extenso do dano causado. PLEITO PARA QUE O INCIO DO PAGAMENTO
DA PENSO SEJA A DATA EM QUE A VTIMA COMPLETARIA 16 ANOS, IDADE EM QUE PODERIA EXERCER
ATIVIDADE LABORAL. IMPOSSIBILIDADE. PARTICULARIDADES DO CASO EM CONCRETO. VTIMA QUE J
CONTRIBUA PARA O SUSTENTO DO LAR, PORQUANTO RECEBIA BOLSA APRENDIZAGEM DO PROGRAMA
VERDE VIDA. Em que pese o pequeno valor da bolsa aprendizagem recebida, constata-se que o menor
contribua para o sustento do lar. Ademais, a jurisprudncia tem assentado entendimento de que no
necessrio a comprovao da dependncia econmica dos pais para a concesso de penso em
decorrncia de morte de filho menor: "Nos termos do entendimento consolidado desta Corte, a
dependncia econmica dos pais em relao ao filho menor falecido presumida, mormente em se
tratando de famlia de baixa renda". CONSECTRIOS LEGAIS. INVIABILIDADE DE SE DETERMINAR, DE
OFCIO, A INCIDNCIA DOS JUROS DESDE A DATA DO EVENTO DANOSO (SMULA N. 54 STJ), SOB PENA
DE VIOLAO AO PRINCPIO DA NON REFORMATIO IN PEJUS. CORREO MONETRIA. ADOO DO
NDICE QUE MELHOR REFLITA A INFLAO ACUMULADA DO PERODO: IPCA (NDICE DE PREOS AO
CONSUMIDOR AMPLO) O Superior Tribunal de Justia, ao apreciar o REsp n. 1.270.439/PR, representativo
da controvrsia, nos termos do art. 543-C, 1, do CPC, declarou a inconstitucionalidade parcial do art.
5 da Lei n. 11.960/09, no tocante ao critrio de correo monetria nele previsto, mantendo, no
entanto, a eficcia do dispositivo quanto ao clculo dos juros moratrios. Quanto ao ndice de correo
monetria, na esteira das decises desta Terceira Cmara de Direito Pblico, no caso de dvidas da
Fazenda Pblica, dever ser observado aquele que melhor reflita a inflao acumulada do perodo, qual
seja, o IPCA - IBGE.Processo: 2012.055554-0. Relator: Des. Subst. Carlos Adilson Silva.
Julgamento:11/03/2014. Juiz Prolator: Selso de Oliveira. Classe: Apelao Cvel.

24.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. GRAVIDEZ GEMELAR.


"MORTE" FETAL. ALEGAO DE SUPOSTO ERRO MDICO EM RAZO DA FALTA DE DIAGNSTICO ACERCA
DA IMPOSSIBILIDADE DE AMBOS OS FETOS NASCEREM COM VIDA. SUSPEITA DE QUE OS
MEDICAMENTOS MINISTRADOS TERIAM CONTRIBUDO PARA O EVENTO. JULGAMENTO CONVERTIDO EM
DILIGNCIA, A FIM DE ELUCIDAR SE O TRATAMENTO MDICO FOI ADEQUADO. DESIGNAO DE NOVA
PERCIA MDICA E TOMADA DE DEPOIMENTO PESSOAL DO MDICO RESPONSVEL. NOVOS ELEMENTOS
DE PROVA QUE SE PRESTAM AO IRREFUTVEL DESLINDE DA QUAESTIO. ARCABOUO PROBATRIO QUE
DEMONSTRA, EXTREME DE DVIDAS, A CORRETA ATUAO DO PROFISSIONAL DE SADE, ASSIM COMO
A IMPOSSIBILIDADE DE SE PRECISAR O MOMENTO EXATO DA "MORTE" FETAL. ERRO MDICO NO
CARACTERIZADO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Atestada, por percia judicial, a correta
atuao do profissional de sade vinculado ao ente municipal, sobretudo por ter sido a gestante
diagnosticada com toxoplasmose ativa - doena que traz gravidez riscos inesperados e muito acima
do comum -, no h se falar em responsabilidade civil em decorrncia da "morte" fetal e,
consequentemente, no dever de indenizar. Processo:2009.054023-3. Relator: Des. Subst. Carlos
Adilson Silva Julgamento: 18/03/2014.

Cmara Especial Regional de Chapec


25.APELAO CVEL E RECURSO ADESIVO. AO INDENIZATRIA. M PRESTAO DE SERVIOS.
DEMORA NA ENTREGA DE DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR. SENTENA DE PARCIAL PROCEDNCIA NA
ORIGEM. IRRESIGNAO DE AMBAS AS PARTES. MRITO. APLICAO DAS NORMAS CONSUMERISTAS.
HIPTESE QUE SE ENQUADRA NO ARTIGO 14 DO CDIGO DE PROTEO E DEFESA DO CONSUMIDOR.
REQUERIDA QUE DEU AZO A DEMORA NA ENTREGA DO DIPLOMA DE GRADUAO. RESPONSABILIDADE
DEVIDAMENTE RECONHECIDA. DANOS MATERIAIS. INEXISTNCIA DE PROVA CABAL DE QUE A AUTORA
SERIA CONTRATADA EM EMPREGO QUE DEPENDIA DOS DOCUMENTOS EXIGIDOS DA REQUERIDA.
INTELIGNCIA DO ARTIGO 333, INCISO I, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. PREJUZO PATRIMONIAL QUE
NO SE RECONHECE. ABALO MORAL. INDENIZAO FIXADA EM PATAMAR APTO A REPRIMIR A CONDUTA
DANOSA, BEM COMO A EVITAR ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. INDENIZAO CORRETAMENTE
ARBITRADA. SENTENA MANTIDA. RECURSOS DESPROVIDOS. Processo: 2011.028901-9.Relator: Des.
Subst. Eduardo Mattos Gallo Jnior.

Turmas de Recursos
26.HABEAS CORPUS. PLEITO DE TRANCAMENTO DE AO PENAL. ART. 648, I DO CDIGO DE PROCESSO
PENAL. AUSNCIA DE JUSTA CAUSA QUE S SE ADMITE, EXCEPCIONALMENTE, QUANDO VERIFICADAS A
ATIPICIDADE DA CONDUTA, INSUFICINCIA DE INDCIOS DE MATERIALIDADE E AUTORIA OU A EXTINO
DA PUNIBILIDADE. INOCORRNCIA. POSSIBILIDADE, ADEMAIS, DE O FUNCIONRIO PBLICO ATUAR
COMO SUJEITO ATIVO DO CRIME DE DESOBEDINCIA, SOB PENA DE MENOSPREZO E INEFICCIA DA
ATIVIDADE PBLICA. ORDEM DENEGADA. Processo:2014.200002-9. Relator: lvaro Luiz Pereira de
Andrade. Julgamento:11/03/2014.

27.APELAO CRIMINAL. CRIME DE INJRIA (ART. 140 DO CDIGO PENAL). REJEIO DA QUEIXA-CRIME
(ART. 395, I, DO CPP). PRELIMINAR. ARGUIO PELO APELADO DE NULIDADE DO FEITO POR UTILIZAO
DE PROVA ILCITA. JUNTADA PELO QUERELANTE DE DEPOIMENTO PRESTADO PELO QUERELADO EM
PROCESSO QUE TRAMITA SOB SEGREDO DE JUSTIA. INOCORRNCIA. PROVA TESTEMUNHAL
MATERIALMENTE ADMITIDA. VIOLAO EVENTUAL DE INFORMAO PROTEGIDA QUE DEVE SER

APURADA EM AUTOS PRPRIOS. ILICITUDE INEXISTENTE. MRITO. DECLARAES PRESTADAS PELO


APELADO NA CONDIO DE TESTEMUNHA EM PROCESSO CRIMINAL DESTINADO A APURAR SUPOSTA
PRTICA DO CRIME DE EXTORSO ATRIBUDO AO APELANTE. AFIRMAO REPUTADA DESONROSA
INSERIDA NO MBITO DOS FATOS SINDICADOS NA PERSECUO CRIMINAL. CRIME CONTRA A HONRA
NO CONFIGURADO. PREQUESTIONAMENTO. ALEGADA VIOLAO AO ARTIGO 5, XXXV, DA
CONSTITUIO DA REPBLICA. ACESSO JUSTIA CRIMINAL DEVIDAMENTE ASSEGURADO. SENTENA
MANTIDA POR SEUS PRPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2013.2008448. Relator: Edson Marcos de Mendona. Julgamento: 11/03/2014.

Edio n. 19 de 30 de abril de 2014.


Grupo de Cmaras de Direito Pblico
1. admissvel protesto de CDA e a inscrio do nome do contribuinte nos rgos de proteo ao
crdito.
2.Em concurso pblico, falta de comparecimento do candidato prova de aptido fsica, ainda que em
virtude de recuperao ps-cirrgica, impede designao de nova data para realizao do exame,

observncia princpio da isonomia.


Cmaras de Direito Criminal
3. possvel, de forma excepcional, o arrolamento extemporneo de testemunhas feito pelo defensor
constitudo, desde que presente desdia do causdico nomeado na apresentao da resposta
acusao.
4.No h crime de patrocnio infiel, por atipicidade, se a conduta prevista no art. 355 do Cdigo Penal
for praticada em mbito extrajudicial.
5.No crime de furto, o aditamento denncia para incluso da qualificadora do rompimento de
obstculo no pode ser rejeitado com fundamento na ausncia de laudo pericial, pois tal proceder
implica supresso do direito de produzir provas acerca da nova imputao.
6.Em sede de ao penal privada, configura perempo a apresentao intempestiva de alegaes
finais, pelo querelante, porquanto equivale ausncia de pedido condenatrio.
7.O empregado contratado para o transporte da madeira no comete o crime descrito no art. 46,
pargrafo nico, da Lei n. 9.605/98, pois o tipo penal exige que o sujeito ativo seja comerciante.
8.No faz jus concesso de autorizao para trabalho externo o apenado que pretende laborar em
empresa privada de propriedade da companheira, porquanto, nessa hiptese, ocorre prejuzo
fiscalizao idnea necessria.
9.Invivel a aplicao retroativa de decreto de indulto mais benfico a reeducando anteriormente
beneficiado por ato normativo de mesma natureza, uma vez que se trata de manifestao discricionria
do Chefe do Executivo e no de lei propriamente dita.
Cmaras de Direito Civil
10.Deve ser indenizado o consumidor que adquire veculo com acessrios diversos daqueles descritos
em folder promocional, se o fornecedor, no momento da transao, omite a informao de que o bem
adquirido no ser equipado com tais itens.
11.Em ao de complementao de seguro obrigatrio, devida a atualizao do valor da indenizao
por morte ou invalidez permanente desde a edio da MP 340/06 at a data do sinistro.
12.A existncia de duas clusulas contratuais relativas cobrana de multa por resciso antecipada do
contrato de locao caracteriza bis in idem, porquanto possuem a mesma natureza.
13.A impossibilidade de consumidor efetivar transao com carto de crdito em decorrncia da falta
de seu desbloqueio pela instituio bancria, se ele possuir outros meios de realizar a compra, no
enseja indenizao por danos morais.
14.No configura abalo moral a inscrio de nome em cadastro de proteo ao crdito por dvida
contrada por ex-cnjuge que foi autorizado expressamente a utilizar a ficha cadastral, sobretudo aps a
credora, to logo tomou conhecimento do divrcio, ter realizado a baixa da restrio.
15.Em liquidao de sentena, no pode ser utilizado, como prova emprestada, contrato firmado entre o
executado e terceira pessoa estranha lide.

16.Ofensa verbal proferida por tcnico de futebol ao coordenador do evento, no calor de disputa
futebolstica, no gera dano moral, ainda que tenha ocorrido em cidade pequena do interior.
17.No possui natureza de deciso interlocutria autnoma o ato judicial que acolhe ou rejeita
embargos de declarao, razo pela qual no pode ser atacado isoladamente por agravo de
instrumento.
18.A disponibilizao de acrdo no stio eletrnico no Tribunal de Justia tem carter oficial e no
meramente informativo.
Cmaras de Direito Comercial
19. abusiva a clusula contratual que autoriza a cobrana de encargo sob a rubrica "servios de
terceiros", uma vez que no pode o consumidor ser onerado por fato gerador indeterminado.
20.Convertida em perdas e danos a obrigao de subscrever aes, a indenizao ser calculada pela
multiplicao do nmero de aes devidas pelo valor cotado em Bolsa de Valores na data do trnsito
em julgado, com juros de mora desde a citao, e no pela maior cotao no perodo entre a data da
integralizao e o referido trnsito em julgado.
21.A dobra acionria consectrio lgico do reconhecimento subscrio das aes de telefonia fixa e
no depende de pedido expresso da parte autora.
22.Diante de situao excepcional analisada luz dos princpios da razoabilidade e da economia
processual, o ajuizamento da execuo aps o trintdio legal no acarreta a improcedncia da ao
cautelar de arresto.
Cmaras de Direito Pblico
23.Candidato provecto e portador de doena assintomtica, aprovado em concurso, no pode ter
obstada sua nomeao em razo daquelas circunstncias, mormente se o edital no previu o exame de
aptido fsica como etapa do certame.
24.A lotao inicial em cargo pblico no pode ser alterada em virtude do interesse do servidor em
acompanhar o cnjuge, tambm agente pblico, tal como ocorre em pedidos de remoo desse jaez.
25. decenal o prazo de prescrio a ser observado nas aes destinadas cobrana de fatura
relacionada prestao de servio pblico.
26.O Municpio pode instituir a cobrana de contribuio de melhoria para pavimentao de rua, desde
que observe as disposies do Cdigo Tributrio Nacional e do Decreto-Lei n. 195/67.
27.O transcurso de longo lapso temporal entre o trmino irregular da empresa devedora e a criao da
suposta sucessora, aliado ausncia de comprovao da transferncia do fundo de comrcio, obsta o
redirecionamento da execuo fiscal.

Grupo de Cmaras de Direito Pblico


1.PREVENO DE DIVERGNCIA. CPC, ART. 555, 1. CERTIDO DE DVIDA ATIVA. POSSIBILIDADE DE
PROTESTO E DE NEGATIVAO DO DEVEDOR NOS SERVIOS DE PROTEO AO CRDITO. DECISO

MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (...) 13. A possibilidade do protesto da CDA no implica ofensa aos
princpios do contraditrio e do devido processo legal, pois subsiste, para todo e qualquer efeito, o
controle jurisdicional, mediante provocao da parte interessada, em relao higidez do ttulo levado
a protesto. 14. A Lei 9.492/1997 deve ser interpretada em conjunto com o contexto histrico e social.
De acordo com o "II Pacto Republicano de Estado por um sistema de Justia mais acessvel, gil e
efetivo", definiu-se como meta especfica para dar agilidade e efetividade prestao jurisdicional a
"reviso da legislao referente cobrana da dvida ativa da Fazenda Pblica, com vistas
racionalizao dos procedimentos em mbito judicial e administrativo".15. Nesse sentido, o CNJ
considerou que esto conformes com o princpio da legalidade normas expedidas pelas Corregedorias
de Justia dos Estados do Rio de Janeiro e de Gois que, respectivamente, orientam seus rgos a
providenciar e admitir o protesto de CDA e de sentenas condenatrias transitadas em julgado,
relacionadas s obrigaes alimentares. 16. A interpretao contextualizada da Lei 9.492/1997
representa medida que corrobora a tendncia moderna de interseco dos regimes jurdicos prprios do
Direito Pblico e Privado. A todo instante vem crescendo a publicizao do Direito Privado (iniciada,
exemplificativamente, com a limitao do direito de propriedade, outrora valor absoluto, ao
cumprimento de sua funo social) e, por outro lado, a privatizao do Direito Pblico (por exemplo,
com a incorporao - naturalmente adaptada s peculiaridades existentes - de conceitos e institutos
jurdicos e extrajurdicos aplicados outrora apenas aos sujeitos de Direito Privado, como, e.g., a
utilizao de sistemas de gerenciamento e controle de eficincia na prestao de servios). 17. Recurso
Especial provido, com superao da jurisprudncia do STJ.. Se o protesto, em tal contexto, no
vedado, seria um contrassenso obstar que o credor, previamente propositura da execuo fiscal,
levasse o nome do inadimplente aos rgos restritivos, como SPC e SERASA, porque se trata de uma via
eficaz de recuperao extrajudicial da dvida e que pode dar importante contribuio reduo
significativa do nmero de processos em curso no judicirio brasileiro. Estatsticas do Conselho Nacional
de Justia, divulgadas no incio de 2014, reafirmam um fato de todos conhecido: Nosso maior cliente o
prprio Estado, no mbito Federal, Estadual e Municipal. Essa ocupao direta das nossas prateleiras,
mas os entes pblicos ainda geram demandas para outros segmentos da sociedade por conta, v.g., de
uma estrutura irracional de servios, de um sistema tributrio catico e convidativo ao litgio, de planos
econmicos mirabolantes e da quantidade e qualidade de normas que regem a vida de todos
ns. Processo: 2013.034281-2 (Acrdo).Relator: Des. Subst. Paulo Henrique Moritz Martins da Silva
Julgamento: 09/04/2014.Juiz Prolator: Frederico Andrade Siegel. Classe: Agravo de Instrumento.

2.MANDADO DE SEGURANA PREVENTIVO. CONCURSO PBLICO. SOLDADO DA POLCIA MILITAR.


INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE NOVA DATA PARA A REALIZAO DO EXAME DE APTIDO FSICA.
PERODO DE RECUPERAO APS PROCEDIMENTO CIRRGICO. CANDIDATO PREDISPOSTO HRNIA
INGUINAL RECIDIVANTE. NO COMPARECIMENTO NO DIA DA PROVA. TRATAMENTO DIFERENCIADO QUE
VIOLARIA O PRINCPIO DA ISONOMIA. EDITAL QUE PREV A EXCLUSO DO CERTAME. AUSNCIA DE
DEMONSTRAO DA OFENSA A DIREITO LQUIDO E CERTO. ORDEM DENEGADA. "O Supremo Tribunal
Federal, com repercusso geral do RE n. 630733 (Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado pelo plenrio em
15.03.2013), reafirmou a 'inexistncia de direito constitucional remarcao de provas em razo de
circunstncias pessoais dos candidatos', ao validar a proibio editalcia em ateno ao princpio da
isonomia". Processo: 2013.046589-7
(Acrdo). Relator:Des.
Jorge
Luiz
de
Borba
Julgamento: 09/04/2014. Classe: Mandado de Segurana.

Cmaras de Direito Criminal


3.CORREIO PARCIAL. INSURGNCIA DO REPRESENTANTE DO MINISTRIO PBLICO. TESTEMUNHAS
ARROLADAS EXTEMPORANEAMENTE PELA DEFESA. EXCEPCIONALIDADE DO CASO CONCRETO. AUSNCIA
DE INDICAO DOS TESTIGOS NA RESPOSTA ACUSAO. PEA APRESENTADA POR DEFENSOR DATIVO.

PREJUZO PARA A DEFESA. POSTERIOR CONSTITUIO DE ADVOGADO E APRESENTAO DO ROL DE


TESTEMUNHAS ANTES DA AUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO. INEXISTNCIA DE INDEVIDO
TUMULTO PROCESSUAL. DECISO QUE PRESTIGIOU A AMPLA DEFESA E A BUSCA PELA VERDADE NO
PROCESSO PENAL. PRECEDENTE DESTA CMARA. DISCRICIONARIEDADE DO MAGISTRADO NA
CONDUO DO PROCESSO QUE AUTORIZARIA, INCLUSIVE, A OITIVA DE TESTEMUNHAS ALM DAS
INDICADAS PELAS PARTES. INTELIGNCIA DO ART. 209 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. RECLAMO
DESPROVIDO. Processo: 2013.080103-1
(Acrdo). Relator: Des.
Jorge
Schaefer
Martins.Origem: Joinville. rgo
Julgador: Quarta
Cmara
Criminal. Data
de
Julgamento:03/04/2014. Classe: Reclamao.

4.HABEAS CORPUS. CRIME DE PATROCNIO INFIEL. ADVOGADO DE INSTITUIO QUE RECEBEU VERBAS
ESTATAIS, EM TESE, DESVIADAS. PARTICIPAO DO PACIENTE COMO DEFENSOR DE AGENTE INDICIADO
POR SUPOSTO CRIME PRATICADO CONTRA A INSTITUIO PARA A QUAL O PACIENTE ADVOGA, DURANTE
OITIVA EM INQURITO POLICIAL. REQUISITOS DO TIPO PENAL NO PREENCHIDOS. TRANCAMENTO DO
INQURITO
POLICIAL.
CONCESSO
DO
PEDIDO
DE
ORDEM. Processo: 2014.016574-9
(Acrdo). Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima Filho. Origem: Iara. rgo Julgador:Terceira
Cmara Criminal. Data de Julgamento: 01/04/2014. Classe: Habeas Corpus.

5.RECURSO CRIMINAL. FURTO QUALIFICADO. ROMPIMENTO DE OBSTCULO. CDIGO PENAL, ART. 155,
4., I. REJEIO DO ADITAMENTO DENNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE CONDENAO. AUSNCIA DE
LAUDO PERICIAL. RECURSO MINISTERIAL. MOMENTO INADEQUADO PARA O AFASTAMENTO DA
QUALIFICADORA. BICE POSSIBILIDADE DA ACUSAO FAZER PROVA DO ALEGADO. RECEBIMENTO DO
ADITAMENTO QUE SE IMPE. Mostra-se inapropriada a rejeio do aditamento denncia que narra a
prtica do crime de furto qualificado pelo rompimento de obstculo (CPP, art. 155, 4., I), sob o
fundamento de que inexiste nos autos laudo pericial acerca do arrombamento da porta da residncia da
vtima, pois impossibilita que a acusao, no curso da instruo processual, possa fazer prova dessa
imputao. RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.086814-1. Relator: Des. Roberto Lucas Pacheco.
Julgamento: 03/04/2014. Classe: Recurso Criminal.

6.RECURSO CRIMINAL. QUEIXA-CRIME. CRIMES CONTRA A HONRA. INJRIA (ART. 140, CAPUT, C/C O ART.
141, III, AMBOS DO CDIGO PENAL) E INJRIA QUALIFICADA (ART. 140, 3, C/C O ART. 141, III, AMBOS
DO CDIGO PENAL). SENTENA QUE DECLAROU EXTINTA A PUNIBILIDADE DA QUERELADA ANTE O
RECONHECIMENTO DA PEREMPO PELA AUSNCIA DE ALEGAES FINAIS. RECURSO DOS
QUERELANTES. PLEITO QUE VISA A ANLISE DO MRITO PELO TOGADO SINGULAR. NO CABIMENTO.
ALEGAES FINAIS APRESENTADAS FORA DO PRAZO PREVISTO EM LEI. INTEMPESTIVIDADE QUE
EQUIVALE INEXISTNCIA E, CONSEQUENTEMENTE, AUSNCIA DE PEDIDO CONDENATRIO. DECISO
MANTIDA. ANULAO DO PROCESSO EM RELAO AO DELITO DESCRITO NO ART. 140, 3, DO CDIGO
PENAL A PARTIR DO RECEBIMENTO DA QUEIXA-CRIME. REQUERIMENTO DA DOUTA PROCURADORIAGERAL DE JUSTIA. VIABILIDADE. AO PENAL PBLICA CONDICIONADA REPRESENTAO DA VTIMA.
INTELIGNCIA DO ART. 145, PARGRAFO NICO, DO CDIGO PENAL. ANULAO QUE SE IMPE.
RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO. Processo: 2013.053608-6).Relatora: Desa. Marli Mosimann
Vargas. Julgamento: 01/04/2014.

7.APELAO CRIMINAL. CRIME AMBIENTAL. ART. 46, PARGRAFO NICO, DA LEI 9.605/98. SETENA
CONDENATRIA. RECURSO DEFENSIVO. ALEGAO DE ATIPICIDADE DA CONDUTA, UMA VEZ QUE O

ACUSADO NO PREENCHE OS REQUISITOS DO DELITO. PLEITO QUE DEVE SER ACOLHIDO. TIPO PENAL
QUE EXIGE AGENTE ATIVO ESPECFICO. APELANTE QUE APENAS AUXILIOU O TRANSPORTE, NO TENDO A
QUALIDADE DE COMERCIANTE. ABSOLVIO QUE SE IMPE, EM RAZO DO ART. 386, III, DO CDIGO DE
PROCESSO PENAL. RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.047191-7 (Acrdo). Relatora:Desa. Substa.
Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer. Julgamento: 01/04/2014

8.RECURSO DE AGRAVO. EXECUO PENAL. PLEITO VISANDO A CONCESSO DO EXERCCIO DE


TRABALHO EXTERNO. REGIME SEMIABERTO. IMPOSSIBILIDADE. BENESSE QUE EXIGE PREENCHIMENTO
DE REQUISITOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS (ARTS. 36 E 37 DA LEP). EMPRESA PRIVADA DE PROPRIEDADE
DA COMPANHEIRA DO APENADO. FISCALIZAO RGIDA E IDNEA DO EMPREGADOR PREJUDICADA.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2014.014154-3. Relatora: Desa. Marli Mosimann
Vargas. Julgamento: 08/04/2014.

9.AGRAVO EM EXECUO PENAL. INSURGNCIA DA DEFESA CONTRA DECISO QUE INDEFERIU PEDIDO
DE APLICAO RETROATIVA DO DECRETO DE INDULTO N. 5.993/06, SOB ALEGAO DE QUE MAIS
BENFICO AO APENADO. IMPOSSIBILIDADE. RETROATIVIDADE INAPLICVEL HIPTESE. DECRETO QUE
NO SE CARACTERIZA COMO LEI PENAL. ATO SUJEITO DISCRICIONARIDADE DO PRESIDENTE DA
REPBLICA. SITUAO DO APENADO REGULADA PELO DECRETO ANTERIOR. EXTINO DA PENA
SOMENTE SE CUMPRIDO O PERODO DE PROVA. DECISO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. 1. "'A retroatividade penal diz respeito eficcia temporal da norma penal, a determinar
que produza efeitos relativamente a fatos ocorridos antes do termo inicial da sua vigncia formal,
sendo-lhe estranha a "indulgentia principis", ato discricionrio da competncia do Presidente da
Repblica". 2. Por estar sujeito discricionariedade do Presidente da Repblica, o decreto de indulto
editado segundo a convenincia do Administrador Pblico, na forma que este repute mais conveniente
ao interesse pblico, de modo a concluir-se que ao impor perodo de prova no Decreto n. 5.620/05, o
presidente
entendeu
a
medida
conveniente,
julgando-a
adequada
ao
interesse
da
sociedade. Processo: 2013.078280-3. Relator: Des.
Paulo
Roberto
Sartorato. Julgamento: 08/04/2014.

Cmaras de Direito Civil


10.AO DE RESCISO CONTRATUAL CUMULADA COM INDENIZAO POR PERDAS E DANOS E
INDENIZAO A TTULO DE DANO MORAL. COMPRA E VENDA DE VECULO. AUTOR QUE ALEGA TER SIDO
VTIMA DE PUBLICIDADE ENGANOSA. R QUE ENTREGOU VECULO DIVERSO DAQUELE APRESENTADO EM
FOLDER. AUTOMVEL QUE NO ESTAVA EQUIPADO COM ABS, AIR BAG E I-SYSTEM. EMPRESA
REVENDEDORA QUE NO CUMPRIU COM SEU DEVER DE INFORMAO INDUZINDO O AUTOR EM ERRO.
OBRIGAO DA R DE INDENIZAR OS PREJUZOS CAUSADOS AO CONSUMIDOR. IMPOSSIBILIDADE DE
RESCISO DA AVENA. CONVERSO EM PERDAS E DANOS. NOTA DE COMPRA ESPECIFICANDO OS
VALORES DO AUTOMVEL E DEVIDAMENTE ASSINADA PELO COMPRADOR. DANO MORAL INEXISTENTE.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. O Cdigo de Defesa do Consumidor obriga os fornecedores a
cumprirem com o dever de informao acerca do produto ou servio ofertado, responsabilizando-os
pelos vcios na publicidade. No basta a existncia da informao, h a necessidade de ser transmitida
ao consumidor de forma completa e verdadeira haja vista que a informao sobre o produto influencia
diretamente na deciso do consumidor. dizer, que atravs da publicidade que consumidor adquire o
produto. RECURSO ADESIVO EMPRESA R PREJUDICADO. Processo: 2013.088503-7. Relator: Des.

Subst. Saul Steil. Julgamento: 08/04/2014.

11.CIVIL. AO DE COBRANA DE COMPLEMENTAO DE SEGURO OBRIGATRIO (DPVAT). ACIDENTE DE


TRNSITO OCORRIDO EM 09.05.2012. PRETENDIDA A ATUALIZAO DO VALOR DA INDENIZAO
SECURITRIA DESDE A PUBLICAO DA MEDIDA PROVISRIA N. 340/06. POSSIBILIDADE. NOVO
POSICIONAMENTO ENCAMPADO PELO GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CIVIL DESTE TRIBUNAL DE
JUSTIA. CORREO MONETRIA DO VALOR PREVISTO NA LEI N. 6.194/74 POSSVEL, PORM APENAS
AT A DATA DO SINISTRO. DEVIDA A COMPLEMENTAO DO VALOR PAGO. DIFERENA A SER
NOVAMENTE ATUALIZADA DESDE A DATA DO PAGAMENTO ADMINISTRATIVO E ACRESCIDA DE JUROS DE
MORA DESDE A CITAO. APLICAO DA SMULA 426 DO STJ. SENTENA REFORMADA APENAS PARA
FIXAR O TERMO FINAL DA CORREO MONETRIA DO VALOR PREVISTO NA LEI N. 6.194/74. RECURSO
PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2014.016223-1. Relator: Des.
Marcus
Tulio
Sartorato.
Julgamento:08/04/2014

12.EMBARGOS EXECUO. TTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE LOCAO. EXEQUENTE


QUE PRETENDE EXECUTAR MULTA CONTRATUAL EM RAZO DA RESCISO ANTECIPADA DO PACTO
LOCATCIO. PENALIDADE EXPRESSAMENTE AVENADA. POSSIBILIDADE. CDIGO DE PROCESSO CIVIL,
ARTIGO 585, INCISO V. DISPENSA DE INSTAURAO DE PROCESSO DE CONHECIMENTO. Na linha das
decises do Superior Tribunal de Justia " possvel a execuo de crditos decorrentes de multa pela
resciso unilateral do contrato, quando expressamente prevista no contrato de locao, na forma do
CPC, art. 585, IV.3. Recurso conhecido e parcialmente provido (REsp n. 280.145/SP, Rel. Ministro Edson
Vidigal, Quinta Turma, julgado em 21-11-2000, DJ 18-12-2000, p. 234). EXECUO DE CONTRATO DE
LOCAO. CUMULAO DE MULTAS COMPENSATRIAS. INVIABILIDADE NA ESPCIE, SOB PENA DE
DUPLA CONDENAO. CAUSA COMUM. RESCISO ANTECIPADA. REFORMA DO DECISUM. Se as multas
estabelecidas no contrato de locao esto sendo exigidas em razo da resciso antecipada do contrato
de locao indiscutvel que elas tm a mesma natureza, motivo pelo qual a cumulao dos encargos
ocasionaria bis in idem, o que inadmitido pelo ordenamento jurdico. EMBARGOS EXECUO.
PEDIDO DE REDUO DO VALOR DA MULTA. CUMPRIMENTO PARCIAL DO CONTRATO DE LOCAO.
CARNCIA DE AO. AUSNCIA DE INTERESSE. PONDERAO J OBSERVADA PELA EXEQUENTE.
INCIDNCIA DE JUROS MORATRIOS SOBRE O VALOR DA MULTA. CITAO. PENALIDADE RELACIONADA
AO PLEITO AFASTADA. PERDA DE INTERESSE RECURSAL. Tento a parte exequente observado a
diminuio proporcional do valor da multa de acordo com o tempo restante para o trmino da locao,
no h interesse de agir da parte embargante ao pugnar pela aplicao da penalidade de modo
reduzido. Estando o argumento da incidncia dos juros moratrios relacionado multa compensatria
declarada ilegal nesta Corte de Justia, carece a parte apelante de interesse recursal nesse aspecto.
HONORRIOS ADVOCATCIOS PACTUADOS PELAS PARTES. INCLUSO DA VERBA NO VALOR EXECUTADO
INADMISSVEL. INCUMBNCIA DO MAGISTRADO FIX-LA. Apenas nos casos de purgao da mora em
ao de despejo possvel a incluso dos honorrios advocatcios previstos contratualmente nos
valores executados, consoante o art. 62, inc. II, da Lei n. 8.245/1991. Nas demais demandas judiciais
prevalece a verba honorria fixada pelo Juzo. RECURSO ADESIVO. MAJORAO DA VERBA ADVOCATCIA.
IMPOSSIBILIDADE. REDISTRIBUIO DOS NUS DA SUCUMBNCIA. LITIGNCIA DE M-F DA
EMBARGANTE. HIPTESES NO CONFIGURADAS. Tendo havido modificao na forma da distribuio dos
nus da sucumbncia em razo do acolhimento parcial dos embargos do devedor, no prospera o
pedido de majorao da verba honorria formulado pela exequente. Ao contrrio, nessa hiptese devese redistribuir os nus da sucumbncia. No identificada a distoro dos fatos ou o pedido contrrio
lei, bem como no comprovada a inteno da parte de prejudicar a parte contrria, no h motivo para
que se considere a recorrente como litigante de m-f. Processo: 2013.034195-1. Relator:Des. Jairo
Fernandes Gonalves. Julgamento: 03/04/2014

13.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANO DE CUNHO MORAL. CONTRATAO DE CARTO


DE CRDITO. UTILIZAO FRUSTRADA EM RAZO DA AUSNCIA DE DESBLOQUEIO DO DISPOSITIVO,
PELO BANCO DEMANDADO. INSURGNCIA DO TITULAR, OBJETIVANDO A ATRIBUIO DE
RESPONSABILIDADE CIVIL CASA BANCRIA APELADA. AUSNCIA DE QUALQUER INDCIO, ENTRETANTO,
DE QUE TAL EPISDIO TENHA RESULTADO EM PREJUZO AO CONSUMIDOR. APELANTE QUE, DIANTE DO
OBSTCULO, CONCLUIU SUAS COMPRAS UTILIZANDO-SE DE DINHEIRO EM ESPCIE. CONSTATAO,
AINDA, DE QUE O DEMANDANTE POSSUA UM OUTRO CARTO DE CRDITO VINCULADO MESMA
INSTITUIO FINANCEIRA. INEXISTNCIA DE APONTAMENTO DE QUALQUER IRREGULARIDADE
RELACIONADA A ESTE SEGUNDO DISPOSITIVO MAGNTICO. CARNCIA DE JUSTIFICATIVA PARA A
PRETENDIDA ATRIBUIO DO DEVER DE INDENIZAR. MERO ABORRECIMENTO. RECLAMO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2013.090915-5. Relator: Des.
Luiz
Fernando
Boller.
Julgamento:27/03/2014.

14.AGRAVO RETIDO. IRRESIGNAO CONTRA DECISO QUE INDEFERIU PEDIDO DE SUBSTITUIO DE


TESTEMUNHA. AUSNCIA DE CONTRARRAZES, E CONSEQUENTE REITERAO DO PLEITO DE
APRECIAO DO RECURSO. ART. 523, 1, DO CPC. INSURGNCIA NO CONHECIDA APELAO CVEL.
AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO C/C. INDENIZAO POR DANO DE CUNHO MORAL.
INSCRIO DO NOME DA APELANTE NO CADASTRO RESTRITIVO DOS RGOS DE PROTEO AO
CRDITO. DVIDA CONTRADA PELO EX-CNJUGE. IRREGULARIDADE DO MALFADADO APONTAMENTO
RECONHECIDA NA ORIGEM. PRETENDIDA ATRIBUIO DE RESPONSABILIDADE CIVIL APELADA.
ALEGAO DE QUE A CREDORA TERIA SIDO PREVIAMENTE COMUNICADA ACERCA DO TRMINO DO
RELACIONAMENTO CONJUGAL. TESE QUE NO ENCONTRA RESPALDO NOS AUTOS. DEMONSTRAO, AO
CONTRRIO, DE QUE A INSURGENTE HAVIA AUTORIZADO A UTILIZAO DE SUA FICHA CADASTRAL PELO
EX-CONSORTE. INEXISTNCIA DE QUALQUER INDCIO DE QUE A COOPERATIVA RECORRIDA TENHA
AGIDO DE M-F AO COMANDAR A FORMALIZAO DA MALSINADA ANOTAO. APELADA QUE,
ADEMAIS, PROCEDEU A BAIXA DA RESTRIO TO LOGO CIENTIFICADA DO DIVRCIO. CONDUTA
ENCETADA, INCLUSIVE, ANTES MESMO DA SUA CITAO. BOA-F EVIDENCIADA. NEGATIVAO QUE, AO
QUE TUDO INDICA, DECORREU DA DESDIA DA PRPRIA VTIMA. CARNCIA DE JUSTIFICATIVA PARA A
PRETENDIDA
ATRIBUIO
DO
DEVER
DE
INDENIZAR.
RECLAMO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO.Processo: 2013.019479-2
(Acrdo). Relator: Des.
Luiz
Fernando
Boller.
Julgamento: 27/03/2014

15.AGRAVO DE INSTRUMENTO - AO DE ADIMPLEMENTO CONTRATUAL - IMPUGNAO AO


CUMPRIMENTO DE SENTENA - RECURSO DO EXEQUENTE. JUSTIA GRATUITA - BENEFCIO CONCEDIDO,
INICIALMENTE, APENAS PARA ISENTAR A PARTE DO RECOLHIMENTO DAS CUSTAS INICIAIS IMPOSSIBILIDADE DE DEFERIMENTO PARCIAL DA GRATUIDADE - INTELIGNCIA DO ART. 5, INC. LXXIV,
DA CRFB/1988 - DESERO NO VERIFICADA. Se o pedido formulado no juzo "a quo" foi deferido,
isentando-se a parte autora do pagamento das custas processuais, a ausncia de revogao do
benefcio - tendo em vista no haver alterao ftica referente condio de hipossuficincia financeira
da parte beneficiada - mostra-se suficiente para estender a benesse para o segundo grau de jurisdio.
TOGADO DE PRIMEIRO GRAU QUE AFASTA DETERMINAO DE EXIBIO DO CONTRATO DE
PARTICIPAO FINANCEIRA IMPONDO A REALIZAO DE PROVA PERICIAL APENAS COM BASE NA
RADIOGRAFIA JUNTADA AOS AUTOS NA FASE DE CONHECIMENTO - AVENTADA NECESSIDADE DE
APRESENTAO DO CONTRATO PARA APURAO DO MONTANTE CONDENATRIO - TESE DE QUE O
VALOR INDICADO NA RADIOGRAFIA CORRESPONDE IMPORTNCIA CAPITALIZADA E NO AO VALOR
INTEGRALIZADO ESTABELECIDO NA CONTRATAO - - INCONFORMISMO ACOLHIDO - CONSTATAO,
ADEMAIS, DE QUE NA SITUAO TELADA O VALOR DO APORTE FINANCEIRO INTEGRALIZADO

APRESENTADO PELO AGRAVANTE (R$ 2.376,00) DIVERGE DA QUANTIA APONTADA PELA EMPRESA DE
TELEFONIA (R$ 1.117,63), ALM DE INEXISTIR AMBOS OS VALORES NA RADIOGRAFIA DO CONTRATO INVIABILIDADE DE UTILIZAO DE PROVA EMPRESTADA COM O FITO DE ESTABELECER A QUANTIA
EFETIVAMENTE INTEGRALIZADA - DECISO AGRAVADA REFORMADA PARA DETERMINAR QUE O DEVEDOR
EXIBA O CONTRATO FIRMADO ENTRE AS PARTES LITIGANTES, A TEOR DO QUE PREV O ART. 475-B, 1,
DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL, SOB PENA DE INCIDNCIA DO 2 DO MESMO DISPOSITIVO LEGAL RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO NESTE ASPECTO. "[...] no prospera a alegao de que a utilizao
do contrato de participao financeira para elaborao dos clculos de liquidao fere a coisa julgada,
ao argumento de que a radiografia subsidiou a sentena, no tendo sido impugnada oportunamente,
porquanto, para a fase de conhecimento, imprescindvel apenas a juntada da aludida radiografia, uma
vez que somente por meio dela se possibilita averiguar a legitimidade da parte e o prazo prescricional,
informaes estas necessrias ao julgamento da demanda. J o "quantum" efetivamente desembolsado
pelo consumidor - constante no contrato - somente ganha relevncia na fase de cumprimento de
sentena, a fim de viabilizar a elaborao dos clculos, motivo pelo qual inarredvel neste momento a
anlise do instrumento contratual, no havendo se falar, por isso, em ofensa coisa julgada, e
tampouco em precluso. [...] Se assim o , [...] h que prevalecer, para fins de elaborao dos clculos
de liquidao, o valor do contrato, dividido pelo VPA da poca, encontrando-se, desta forma, a
quantidade de aes que deveriam ter sido emitidas no momento da integralizao, motivo pelo qual se
faz necessria a juntada do contrato de participao financeira firmado entre as partes, pena de
aplicao do art. 475-B, 2, do CPC". Processo: 2013.009297-9 (Acrdo).Relator: Des. Robson Luz
Varella. Julgamento: 01/04/2014

16.DIREITO CIVIL. INDENIZAO. DANOS MORAIS. POSTULAO IMPROCEDENTE. PALAVRAS INJURIOSAS


PROFERIDAS EM LOCAL PBLICO. TCNICO DE FUTEBOL QUE OFENDE O COORDENADOR DO EVENTO,
APS A EXPULSO DE UM DOS JOGADORES DE SUA EQUIPE PELO RBITRO. SITUAO CONFIGURADORA
DE MERO DISSABOR. 'DECISUM' CONFIRMADO. RECLAMO DESACOLHIDO. Dano moral aquele que a
vtima sofre em seu ntimo, capaz de lhe impingir humilhaes e intranquilidades exacerbadas. E no se
integram os pressupostos ensejadores da reparao civil quando as ofensas irrogadas aos
pretensamente ofendidos no desbordam os contornos de um mero dissabor, delineando a situao
ftica um aborrecimento cotidiano, ocorrido numa partida de futebol e que, como tal, no se traduzem,
nem mesmo no plano potencial, dano moral, no dando margem, portanto, reparao
pecuniria. Processo: 2014.008512-8. Relator: Des.
Trindade
dos
Santos.
Julgamento:03/04/2014. Juiz Prolator: Manuel Cardoso Green. Classe: Apelao Cvel.

17.AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO INTERPOSTO CONTRA DECISO DO JUZO DE ORIGEM QUE


REJEITOU OS EMBARGOS DE DECLARAO OPOSTOS CONTRA A SENTENA. IMPROPRIEDADE DO
RECURSO. DECISO IRRECORRVEL ISOLADAMENTE, POIS INTEGRA A SENTENA PROLATADA PELO JUZO
SINGULAR. DECISO QUE DEVER SER COMBATIDA ATRAVS DE RECURSO DE APELAO. APLICAO
DAS PENALIDADES PREVISTAS NO ARTIGO 18, CAPUT E PARGRAFO 2 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL
(MULTA DE 1% E INDENIZAO DE 5% SOBRE O VALOR DA CAUSA). QUESTO QUE PODER SER
SUSCITADA EM SEDE DE RECURSO DE APELAO E DECIDIDA NESTE TRIBUNAL DE JUSTIA. RECURSO
INADEQUADO AGRAVADO DE INSTRUMENTO NO CONHECIDO. A deciso que acolhe ou rejeita
embargos de declarao no tem a natureza de deciso interlocutria autnoma, de sorte que no pode
ser atacada isoladamente pela via do agravo de instrumento, sendo objeto apenas de recurso de
apelao em face da sentena, atravs do qual poder ser discutido inclusive a aplicao das
penalidades nos embargos de declarao previstas no artigo 18, caput e 2, do Cdigo de Processo
Civil. Processo:2013.060634-5. Relator: Des. Subst. Saul Steil. Julgamento: 15/04/14

18.EMBARGOS DE DECLARAO. ALEGADO EQUVOCO NA REDAO DO ARESTO. SUBSISTNCIA, EM


PARTE. IRREGULARIDADE, EM VERDADE, VERIFICADA NO DOCUMENTO DISPONIBILIZADO NO STIO
ELETRNICO DESTA CORTE. PUBLICAO QUE, SEGUNDO ATUAL POSICIONAMENTO DO STJ, POSSUI
NATUREZA OFICIAL. NECESSIDADE DE CORREO DO VCIO. EMBARGOS ACOLHIDOS, SEM CONCEDERLHES, NO ENTANTO, EFEITOS INFRINGENTES. "Com o advento da Lei n. 11.419/2006, que veio
disciplinar "(...) o uso de meio eletrnico na tramitao de processos judiciais, comunicao de atos e
transmisso de peas processuais", a tese de que as informaes processuais fornecidas pelos sites
oficiais dos Tribunais de Justia e/ou Tribunais Regionais Federais, somente possuem cunho informativo
perdeu sua fora, na medida em que, agora est vigente a legislao necessria para que todas as
informaes veiculadas pelo sistema sejam consideradas oficiais". Processo: 2013.0823439. Relator:Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 08/04/2014.

Cmaras de Direito Comercial


19.APELAO CVEL. AO DE RESTITUIO C/C REPETIO DE INDBITO. SENTENA DE PROCEDNCIA.
INSURGNCIA DA INSTITUIO FINANCEIRA DEMANDADA. DESPESAS COM "SERVIOS DE TERCEIROS".
NOVO ENTENDIMENTO DA CMARA. ABUSIVIDADE NA CONTRATAO DO ENCARGO. PACTO QUE NO
ESCLARECE, DE FORMA ESPECFICA, QUAIS SERIAM OS SERVIOS PRESTADOS E O VALOR
CORRESPONDENTE A CADA DESPESA. OFENSA AOS ARTIGOS 46 E 51, IV, DO CDC, QUE IMPEM AO
FORNECEDOR O DEVER DE CLAREZA NA REDAO DOS CONTRATOS E OBSTAM O ESTABELECIMENTO
DE OBRIGAES INCOMPATVEIS COM A BOA-F. SENTENA MANTIDA. REPETIO DE INDBITO.
AUTORIZAO NA FORMA SIMPLES, CONFORME DETERMINADO NA SENTENA. INSURGNCIA NO
ACOLHIDA. NUS DE SUCUMBNCIA QUE NO SOFRE ALTERAO. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2014.017145-0 .Relator: Desa. Soraya Nunes Lins. Julgamento: 03/04/2014
20.APELAO CVEL. AO DE ADIMPLEMENTO CONTRATUAL QUE VISA A SUBSCRIO ACIONRIA.
TELEFONIA. AGRAVO RETIDO INTERPOSTO PELA R. PARCIAL PROVIMENTO. APLICAO DA MULTA POR
ATO ATENTATRIO AO EXERCCIO DA JURISDIO (CPC, ART. 14, PARGRAFO NICO). PENALIDADE QUE
DEVE SER AFASTADA. EXISTNCIA DE SANO PROCESSUAL ESPECFICA: PRESUNO DE VERACIDADE
DOS FATOS QUE SE PRETENDIA PROVAR (ART. 359, CPC). ILEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA.
INOCORRNCIA. PRESCRIO. AO DE CUNHO OBRIGACIONAL (PESSOAL). INCIDNCIA DO PRAZO
PREVISTO NOS ARTS. 177 DO CDIGO CIVIL DE 1916 E 205 DO CDIGO CIVIL DE 2002. AFRONTA AO
PRINCPIO DA ISONOMIA. INEXISTNCIA. CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. INVERSO DO NUS DA
PROVA. POSSIBILIDADE. PORTARIAS MINISTERIAIS. ILEGALIDADE. ALEGADA RESPONSABILIDADE DA
UNIO DECORRENTE DA EMISSO DAS REFERIDAS PORTARIAS E POR FIGURAR COMO ACIONISTA
CONTROLADOR. PERDAS E DANOS. NOVO ENTENDIMENTO DA CMARA. CLCULO COM BASE NA
COTAO DAS AES NO FECHAMENTO DO PREGO DA BOLSA DE VALORES NA DATA DO TRNSITO EM
JULGADO. RECURSO PROVIDO NESSE ASPECTO. HONORRIOS ADVOCATCIOS. ARBITRAMENTO COM
BASE NO 3 DO ART. 20 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. INVERSO INDEVIDA. PREQUESTIONAMENTO
GENRICO.
IMPOSSIBILIDADE.
RECURSO
DE
APELAO
CONHECIDO
E
PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2013.086372-5. Relatora: Desa. Soraya Nunes Lins. Julgamento:03/04/2014.

21.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE ADIMPLEMENTO CONTRATUAL EM FASE DE CUMPRIMENTO


SENTENA. MAGISTRADO A QUO QUE DETERMINA A EMENDA DA INICIAL ADEQUANDO-SE O CLCULO
COISA JULGADA, NO PRAZO DE DEZ DIAS. IRRESIGNAO DA CREDORA. VENTILADA AUSNCIA DE
IMPUGNAO, POR PARTE DA R, QUANTO AOS CLCULOS APRESENTADOS NO CUMPRIMENTO DE
SENTENA, NA FORMA DO ART. 475-L DO CDIGO DE RITOS. TEMTICA QUE NO FOI DISCUTIDA NA

INTERLOCUTRIA ORA ESGRIMIDA. RAZES RECURSAIS EVIDENTEMENTE DISSOCIADAS. ENFOQUE


OBSTADO. SUSTENTADA NECESSIDADE DE INCLUSO DAS AES DE TELEFONIA CELULAR.
ACOLHIMENTO. ALTERAO DO POSICIONAMENTO DO COLEGIADO, EM FACE DO NOVO ENTENDIMENTO
ACERCA DO TEMA NA CORTE DA CIDADANIA, NO SENTIDO DE QUE A DOBRA ACIONRIA CONSECTRIO
DO RECONHECIMENTO DO DIREITO SUBSCRIO DAS AES DA TELEFONIA FIXA. PRECEDENTES DO
TRIBUNAL DA CIDADANIA. DEFENDIDA INCLUSO DOS DIVIDENDOS, BONIFICAES E JUROS SOBRE O
CAPITAL PRPRIO. TESE ALBERGADA. PROVENTOS QUE, COMO FORMA DE DISTRIBUIO DOS LUCROS
DA COMPANHIA, CONSEQUNCIA NECESSRIA DO DIREITO S AES. IMPERATIVA CONSIDERAO NO
QUANTUM A SER APURADO NA FASE EXECUTIVA DAS REFERIDAS PARCELAS DERIVADAS DAS AES DE
TELEFONIA
FIXA.
DECISRIO
MODIFICADO.
REBELDIA
CONHECIDA
EM
PARTE
E
ALBERGADA. Processo: 2014.000723-4). Relator: Des. Jos Carlos Carstens Khler.

22.APELAO CVEL. CAUTELAR DE ARRESTO. IMPROCEDNCIA EM RAZO DO AJUIZAMENTO DA


PRINCIPAL (EXECUO) TER SIDO POSTERIOR AO TRINTDIO LEGAL. INOBSTANTE A PROPOSITURA
DEPOIS DO DECURSO DO PRAZO LEGAL (ART. 806 DO CPC), H EXCEPCIONALIDADES NO CASO QUE
PERMITEM A MANUTENO DA LIMINAR DE ARRESTO DEFERIDA. QUESTO ANALISADA SOB A TICA
DOS PRINCPIOS DA RAZOABILIDADE, ECONOMIA PROCESSUAL, RAZOABILIDADE NA DURAO DO
PROCESSO.
INVERSO
DOS
NUS
SUCUMBENCIAIS.
Recurso
conhecido
e
provido.Processo: 2013.002753-2. Relator: Des. Subst. Guilherme Nunes Born.

Cmaras de Direito Pblico


23.ADMINISTRATIVO - CONCURSO PBLICO MUNICIPAL PARA O CARGO DE AUXILIAR DE SERVIOS
GERAIS - CANDIDATO COM 66 ANOS - DECLARAO DE INAPTIDO EM EXAME DE ADMISSO - DOENAS
ASSINTOMTICAS E IDADE AVANADA - PERCIA QUE CONSIDERA O CANDIDATO APTO PARA O EXERCCIO
DAS ATIVIDADES RELACIONADAS AO CARGO - AUSNCIA DE LEGISLAO QUE DETERMINE IDADE
MXIMA PARA NOMEAO E POSSE EM CARGO PBLICO - TUTELA ANTECIPADA - NOMEAO E POSSE SENTENA MANTIDA - RECURSO IMPROVIDO. "PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO - TUTELA
ANTECIPADA - CONCURSO PBLICO - CANDIDATO APROVADO - NOMEAO. 1 "Os candidatos aprovados
em concurso pblico tm direito subjetivo nomeao para a posse que vier a ser dada nos cargos
vagos existentes ou nos que vierem a vagar no prazo de validade do concurso" (RE n. 227.480, Min
Carmen Lcia). 2 A fora da plausibilidade do direito vindicado autoriza ao juiz analisar com menor rigor
o 'periculum in mora'. 3 O reconhecimento da verossimilhana que impe a nomeao de candidato
aprovado em concurso pblico leva tambm concluso da ocorrncia do perigo de dano irreparvel ou
de difcil reparao. O exerccio funcional o meio de o demandante obter a sua remunerao, verba
alimentar que por certo lhe garantir o sustento. No razovel supor que dela ele no necessite de
imediato e que poder esperar at o final do processo. De outro vrtice, a nomeao a posteriori poder
acarretar o 'periculum in mora' inverso, na medida em que eventual sentena positiva com efeitos
retroativos implicar perda para o ente pblico - o servidor receber sem ter efetivamente
trabalhado". Processo: 2013.075903-1. Relator: Des. Jaime Ramos. Julgamento: 03/04/2014

24.SERVIDORA ESTADUAL. ESCRIV DE POLCIA CIVIL. PEDIDO DE "REMOO" PARA ACOMPANHAMENTO


DE CNJUGE INDEFERIDO ADMINISTRATIVAMENTE. PLEITO QUE, NA VERDADE, DIZIA RESPEITO
LOTAO INICIAL EM CARGO PBLICO. CONVENINCIA DA ADMINISTRAO. RECURSO DESPROVIDO. "I A orientao desta Corte no sentido de afastar a incidncia do art. 226 da Lei Maior como fundamento
para concesso de remoo de servidor pblico na hiptese em que no se pleiteia a remoo para
acompanhar cnjuge, mas sim a lotao inicial de candidato aprovado em concurso pblico.

Precedentes. II - Fixada pela Administrao a lotao inicial do servidor, conforme regras previamente
definidas no edital do concurso, invivel a remoo pretendida, sob pena, inclusive, de ingerncia do
Judicirio em assunto prprio da Administrao Pblica. Processo: 2013.084336-9.Relator: Des. Subst.
Paulo Henrique Moritz Martins da Silva.

25.AGRAVO INTERNO EM APELAO CVEL - ARTIGO 557, 1, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL - AO


DE COBRANA - FATURA DE GUA E ESGOTO - PRESCRIO QUINQUENAL - RECONHECIMENTO NO JUZO
A QUO, COM O CONSEQUENTE INDEFERIMENTO DA PETIO INICIAL - INTERPOSIO DE RECURSO DE
APELAO CVEL PELA CONCESSIONRIA DE SERVIO PBLICO - NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO
RECURSO, COM LASTRO NO CAPUT DO ARTIGO 557 DO CPC - DECISO EM CONFRONTO COM
ENTENDIMENTO STJ, RESP N. 1.117.903/RS, SOB SISTEMTICA DO ARTIGO 543-C DO CPC, NO SENTIDO
DE QUE, EM CASOS TAIS, O PRAZO PRESCRICIONAL DECENAL - ORIENTAO ENCAMPADA POR ESTA
CORTE DE JUSTIA, NA OCASIO DO JULGAMENTO DA APELAO CVEL N. 2013.033679-2, SUBMETIDO
ANLISE DO GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO NOS TERMOS DO ARTIGO 515, 3, DO CPC RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. Em que pese o Superior Tribunal de Justia ter decidido, em sede
de recurso repetitivo, que o prazo prescricional para a cobrana de crditos decorrentes de tarifa de
gua e esgoto aquele previsto no artigo 205 CCB, oscilante era a jurisprudncia desta Casa de Justia
sobre a temtica jurdica sob enfoque. 2. Todavia, a divergncia reinante acabou por ser composta com
o julgamento da Apelao Cvel n. 2013.033679-2. 3. Naquela oportunidade, proveu-se o recurso de
apelao interposto pela Celesc contra a sentena que, ao fundamento de que o prazo prescricional era
de cinco anos, extinguiu, com resoluo do mrito, ao de cobrana de faturas de energia eltrica,
firmando, assim, o entendimento de que decenal o prazo para o credor ajuizar a ao visando a
cobrana de fatura resultante da prestao de servio pblico. 4. Dirimida a divergncia entre as
Cmaras de Direito Pblico, com o alinhamento orientao preconizada pelo Superior Tribunal de
Justia, de rigor o provimento do agravo inominado que pretende, em ltima anlise, o
reconhecimento de que no se operou a prescrio, haja vista o ajuizamento da ao de cobrana
dentro do prazo decenal. 5. "[...] a Primeira Seo desta Corte, no julgamento do REsp 1.117.903/RS,
processado nos termos do art. 543-C do CPC, consolidou o entendimento de que a contraprestao
cobrada por concessionria de servio pblico a ttulo de fornecimento de gua potvel encanada
ostenta natureza jurdica de tarifa ou preo pblico, submetendo-se - prescrio decenal (art. 205 CC
de 2002) ou vintenria (art. 177 CC/16) quando for aplicvel a regra de transio prevista no art. 2.028
CCB".Processo: 2013.085645-2/0001.00. Relator: Des. Subst. Carlos Adilson Silva.

26.TRIBUTRIO - CONTRIBUIO DE MELHORIA - PAVIMENTAO DE RUA - APLICABILIDADE DE LEI


COMPLEMENTAR MUNICIPAL QUE INSTITUI A CONTRIBUIO DE MELHORIA - NORMA ESPECFICA VLIDA
- OBSERVNCIA AO PRINCPIO DA LEGALIDADE - BASE DE CLCULO - VALORIZAO DO IMVEL - EDITAL
QUE ATENDE AOS REQUISITOS ESTAMPADOS NO DECRETO-LEI N. 195/67 E NOS ARTS. 81 E 82 CTN SENTENA REFORMADA - INVERSO DOS NUS SUCUMBENCIAIS -. "Para a cobrana da contribuio de
melhoria, no h a necessidade da edio de lei especfica a cada obra que implique valorizao dos
imveis por ela atingidos. Cumpre o preceito constitucional a edio de lei municipal que discrimine os
requisitos especficos exigidos pelo art. 82 do CTN, bem assim a expedio de editais com o
detalhamento e exigncias nela definidos.". "1 O Municpio est legitimado a instituir a Contribuio de
Melhoria em razo da previsvel e inquestionvel valorizao que a obra de pavimentao asfltica
acarreta. Basta que o Poder Pblico expea edital com as especificaes definidas em lei. 2 'A partir do
D.L. 195/67, a publicao do edital necessria para cobrana da Contribuio de Melhoria, mas no
para a realizao da obra pblica'). 3 O fato gerador da Contribuio de Melhoria o acrscimo do valor
do imvel localizado nas reas afetadas direta ou indiretamente pela obra pblica. legal e preenche os
requisitos estabelecidos no DL 195/67, a frmula adotada pela municipalidade para a cobrana do
referido tributo que prev o rateio proporcional do custo parcial da obra entre todos os imveis includos

na respectiva zona de influncia (art. 3, 2) e tem como parmetro a valorizao das obras
realizadas. Uma vez respeitadas essas diretrizes, lcito que na individualizao do clculo do tributo
tambm seja utilizado como critrio a metragem da testada do bem" Processo: 2014.0119845. Relator: Des. Srgio Roberto Baasch Luz.

27.AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUO FISCAL. PRETENSO DE REDIRECIONAMENTO POR SUCESSO


(ART. 133, I, CTN). INVIABILIDADE. AUSNCIA PROVA QUE INDIQUE, COM SUBSTNCIA, TRANSFERNCIA
DO FUNDO DE COMRCIO. CONSIDERVEL LAPSO DE TEMPO ENTRE O ENCERRAMENTO IRREGULAR DA
EMPRESA
DEVEDORA
E
CONSTITUIO
DA
SUPOSTA
SUCESSORA.
RECURSO
DESPROVIDO. Processo: 2013.054095-1. Relator: Des. Ricardo Roesler.

Edio n. 20 de 30 de Maio de 2014.

rgo Especial
1.A edio de smula vinculante versando sobre a matria discutida no bojo do mandado de injuno
autoriza a extino da ao constitucional.
Seo Criminal
2.Constitui nulidade absoluta a falta de apresentao de ru preso sesso de julgamento do Tribunal do
Jri, por equvoco da administrao prisional, ainda que tenha ocorrido anuncia do defensor dativo com
a realizao do ato.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
3.A crtica veemente lanada em entrevista ao vivo, direcionada a padre inserido no meio poltico, no
enseja responsabilizao civil por estar acobertada pelo direito liberdade de expresso.
4.Em contrato de seguro, o fato de o campo da aplice relativo aos danos morais estar em branco no
autoriza a concluso quanto ausncia de cobertura, haja vista a necessidade de clusula expressa
nesse sentido.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
5. cabvel a oposio de embargos infringentes contra a deciso no unnime proferida em embargos
de declarao, uma vez que possui ntido carter integrativo do julgamento da apelao.
6.A deciso administrativa de no conhecimento de recurso dirigido ao Governador do Estado, sob o
fundamento da inexistncia de previso legal, malfere anterior deciso proferida em mandado de
segurana condicionando a excluso de policial militar das fileiras da corporao soluo do
procedimento administrativo.
Cmaras de Direito Criminal
7.Punio prvia aplicada de acordo com os costumes tribais no exonera indgena integrado
sociedade da devida responsabilizao no campo do direito penal.
8.O prazo fixado pelo magistrado para a realizao do exame de insanidade mental no garante
Defensoria Pblica a contagem dobrada, por ausncia de previso legal.

9.A no devoluo de oito fitas VHS locadora de filmes, diante do nfimo valor destes objetos, da falta
de comprovao do dolo na conduta e da possibilidade de discusso na esfera cvel, no configura o
crime de apropriao indbita.
10.Laudo de constatao provisria realizado sem o amparo de qualquer equipamento ou produto
qumico no serve converso da priso em flagrante em preventiva, pela ausncia de prova segura da
materialidade.
11.A negociao de veculo, posteriormente identificado como de procedncia ilcita, condicionada
apresentao dos documentos atestando a origem, afasta o dolo necessrio configurao do crime de
receptao.
Cmaras de Direito Civil
12.O fato de o imvel integrar herana jacente no obsta que seja objeto de ao de usucapio por
quem exerce a posse ad usucapionem.
13.Verificada culpa instituio escolar na interrupo servio de ensino, vivel restituio valor
despendido com uniforme.
14.A empresa jornalstica deve ser responsabilizada por falso anncio veiculado em seus classificados a
respeito de jovem cujo nome e telefone so informados como de prestadora de servios sexuais.
15.O envio de mensagens provocativas ex-companheira feito pela atual namorada do genitor, sem
qualquer tom de ameaa, no justifica a proibio de aproximao e comunicao desta com os filhos
oriundos daquela relao conjugal.
16.Desnecessrio o sobrestamento da ao de complementao de seguro obrigatrio, quando atestada
a inexistncia de invalidez por percia mdica, em virtude da tramitao de ADI versando sobre a Lei n.
11.945/2009.
17.Nos contratos de seguro na "modalidade perfil", cabe seguradora comprovar que o condutor
principal do veculo no era de fato aquele indicado na aplice.
Cmaras de Direito Comercial
18.Alienao veculo antes publicao sentena determinou sua restituio no representa bice
cobrana de astreinte.
19. possvel, na anlise do pedido de concesso de gratuidade da justia, a utilizao dos critrios
fixados pela Defensoria Pblica do Estado de Santa Catarina para a caracterizao do estado de
hipossuficincia.
20.Laudo de avaliao de imvel que apenas indica o valor de comercializao dos bens, sem a
descrio da metodologia utilizada, no se mostra hgido a derruir laudo anterior e criterioso lavrado
por expert.
21.A falta de comprovao escorreita da cadeia de endossos constitui bice para exigir, do emitente, o
pagamento do valor expresso no cheque.
Cmaras de Direito Pblico
22.No viola direito do consumidor o fato de ter sido transportado em p no interior de coletivo de
transporte intermunicipal, mesmo que a rota atinja aproximadamente 100 km (cem quilmetros) de
distncia, quando ausente prova de outros excessos.

23. vivel a prorrogao do contrato de concesso do servio pblico de transporte coletivo quando a
realizao de nova licitao, em razo da necessidade de indenizao s concessionrias pelo
desequilbrio econmico-financeiro, mostrar-se demasiadamente onerosa aos cofres pblicos.
24.A concesso de servio pblico anterior ao advento da Lei 8.987/95, mas contempornea
Constituio Federal de 1988, deve ser mantida at o final do prazo fixado no contrato ou no ato de
outorga, ainda que no tenha observado procedimento licitatrio.
25.O excesso de prazo na concluso do processo administrativo disciplinar autoriza o deferimento do
pedido de exonerao de servidor estadual fundado na posse em cargo federal para o qual foi aprovado
em concurso pblico.
26.Os templos religiosos situados no municpio de Florianpolis esto dispensados do pagamento da
taxa de resduos slidos e da taxa de servios urbanos, a primeira por dispensa legal e a ltima por vcio
de inconstitucionalidade.
rgo Especial
1.CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNO. MORA LEGISLATIVA DEFINIDORA DAS
LEIS COMPLEMENTARES QUE CONFEREM DIREITO APOSENTADORIA ESPECIAL AOS SERVIDORES
PBLICOS (CR, ART. 40, 4). APROVAO DE PROPOSTA DE SMULA VINCULANTE NO SENTIDO DE QUE
SE APLICAM - AO SERVIDOR PBLICO, NO QUE COUBER, AS REGRAS DO REGIME GERAL DE PREVIDNCIA
SOCIAL SOBRE APOSENTADORIA ESPECIAL DE QUE TRATA O ARTIGO 40, PARGRAFO 4, INCISO III, DA
CONSTITUIO FEDERAL, AT EDIO DE LEI COMPLEMENTAR ESPECFICA-. SUPERVENIENTE FALTA DO
INTERESSE DE AGIR. MANDADO DE INJUNO EXTINTO. 01. "O interesse de agir - que consiste 'no
apenas na utilidade, mas especificamente na necessidade do processo como remdio apto aplicao
do direito objetivo no caso concreto' (Humberto Theodoro Jnior) - condio da ao (CPC, art. 267, VI).
Tambm o 'para excepcionar, reconvir ou recorrer' (Theotnio Negro). E deve 'projetar-se at o
encerramento do processo'. A supervenincia de fato modificativo do pedido da parte que resultar na
perda do objeto da ao ou do recurso deve ser considerada, de ofcio, pelo rgo julgador (CPC, art.
462). 02. Conforme a Smula Vinculante n. 33, -aplicam-se ao servidor pblico, no que couber, as regras
do Regime Geral de Previdncia Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, pargrafo
4, inciso III, da Constituio Federal, at edio de lei complementar especfica-. Resta sem objeto,
consequentemente, mandado de injuno impetrado por servidores do Estado de Santa Catarina que
tem por objeto a declarao da -mora legislativa para edio de norma regulamentadora, face a inrcia
do Sr. Governador do Estado de Santa Catarina, assegurando o direito das Partes Impetrantes a
averbarem o tempo exercido e que exercem atualmente, no servio pblico como atividade especial,
como o adicional de tempo de servio em 40% (quarenta por cento), aplicando a Lei 8.213/91 no que
couber em sintonia com o princpio da isonomia com a iniciativa privada at que sobrevenha legislao
regulamentadora, nos termos do inciso III, 4, do art. 40, da CF/88 e inciso IV, 2 do Art. 50 da Carta
Estadual-.Processo: 2012.040390-4. Relator: Des. Newton Trisotto.Julgamento: 07/05/2014

Seo Criminal
2.REVISO CRIMINAL. TRIBUNAL DO JRI. AUSNCIA DE CONDUO DO RU PRESO EM OUTRO ESTADO
PARA A SESSO DE JULGAMENTO. REQUISIO ENCAMINHADA AO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAO
PRISIONAL. CONFUSO ENTRE O REQUERENTE E OUTRO APENADO HOMNIMO. PRESENA DISPENSADA
EXCLUSIVAMENTE PELO DEFENSOR DATIVO. AFRONTA AO ART. 457, 2, DO CDIGO DE PROCESSO
PENAL. NECESSRIA FORMULAO DE DISPENSA FORMAL PELO RU E PELO SEU DEFENSOR. PREJUZO
AO PLENO EXERCCIO DA AUTODEFESA. IMPOSSIBILIDADE DE O RU SER INTERROGADO NA PRESENA
DOS JURADOS. AUSNCIA DE INQUIRIO DE TESTEMUNHAS NO PLENRIO. NULIDADE DO JULGAMENTO.
PEDIDO
REVISIONAL
DEFERIDO,
COM
A
ANULAO
DA
SESSO
DO
TRIBUNAL
DO
JRI. Processo: 2014.008200-5. Relator: Des.
Rodrigo
Collao. Julgamento: 30/04/2014. Classe: Reviso Criminal.

Grupo de Cmaras de Direito Civil


3.EMBARGOS INFRINGENTES. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DE ALEGADA
INJRIA, AJUIZADA POR PADRE DA IGREJA CATLICA CONTRA EMISSORA DE RDIO E VEREADOR.
ENTREVISTA CONCEDIDA AO VIVO. DECLARAES DO EDIL QUE, ENTRE OUTROS TEMAS, COMPREENDEU
CRTICA PESSOAL AO PROCO, AFILIADO A PARTIDO POLTICO ADVERSO. DECISO COLEGIADA QUE, EM
SEDE DE APELAO CVEL, POR MAIORIA DE VOTOS, DEU PROVIMENTO AO RECLAMO, JULGANDO
IMPROCEDENTE O PEDIDO. EXTINO DA PUNIBILIDADE DO QUERELADO NA INSTNCIA CRIMINAL.
DECISO QUE NO PRODUZ EFEITOS NA ESFERA CIVIL. "A sentena penal absolutria fundada em falta
de prova, na circunstncia de no constituir crime o fato de que resultou o dano, na de estar prescrita a
condenao, enfim, em qualquer motivo peculiar instncia criminal quanto s condies de imposio
de suas sanes, no exerce nenhuma influncia no cvel" (Dias, Jos de Aguiar. Da Responsabilidade
Civil. v. 2. Rio de Janeiro: Forense, 1983. p. 914-920 - grifei). ROBUSTO ACERVO PROBATRIO RELATIVO
EXISTNCIA DE FORTE DIVERGNCIA DOUTRINRIA ENTRE OS ENVOLVIDOS NO DEBATE. MILITNCIA
POLTICA. ATUAO QUE ATRAI, COMO CONSEQUNCIA, A SUBMISSO AO DIREITO DE CRTICA.
PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL INDENIZATRIA NO TIPIFICADOS. RECLAMO CONHECIDO
E DESPROVIDO. "A liberdade de expresso e de informao um direito fundamental, sendo facultada a
qualquer pessoa a livre manifestao do pensamento, opinies e idias, por intermdio de escritos,
imagem, palavra ou qualquer outro meio, assim como o direito de informar ou receber informaes. Nas
sociedades democrticas essa garantia tem sido constante, visto que inexiste democracia sem a
liberdade de expresso e informao" (Donnini, Oduvaldo; Donnini, Rogrio Ferraz. Imprensa livre, dano
moral, dano imagem e sua quantificao a luz do novo cdigo civil. So Paulo: Editora Mtodo, 2002. p.
35). Processo:2012.051069-4 (Acrdo). Relator: Des. Luiz Fernando Boller.

4.EMBARGOS INFRINGENTES. ACIDENTE DE TRNSITO. DIVERGNCIA ADSTRITA LIDE SECUNDRIA


QUANTO POSSIBILIDADE DE IMPUTAR SEGURADORA A RESPONSABILIDADE DE ARCAR COM A
INDENIZAO POR DANOS MORAIS. APLICE SECURITRIA EMITIDA COM O CAMPO PARA ESTA
MODALIDADE INDENIZATRIA EM BRANCO. PREVISO, ENTRETANTO, PARA COBERTURA DE DANOS
CORPORAIS. DANOS MORAIS INCLUSOS NESTA CATEGORIA. INEXISTNCIA DE CLUSULA EXPRESSA
EXCLUINDO A COBERTURA PARA DANOS MORAIS. PRECEDENTES DESTA CORTE E DO STJ.
RESPONSABILIDADE DA SEGURADORA NO TOCANTE AOS DANOS MORAIS, AT O LIMITE ESTABELECIDO
NO CONTRATO PARA DANOS CORPORAIS, RECONHECIDA. PREVALNCIA DO VOTO VENCIDO PORQUE EM
CONSONNCIA COM O ENUNCIADO DA SUMULA 402 DO STJ. RECURSO PROVIDO. Em ateno aos
ditames do Cdigo de Defesa do Consumidor, o fato de constar na aplice securitria campo especfico
para a cobertura de indenizao por danos morais em branco no tem o condo de eximir a empresa
seguradora do pagamento mngua de expressa anuncia do segurado. Mesmo porque, o normal
quando algum contrata um seguro faz-lo de forma abrangente, descurando-se de especificidades
acerca das inmeras hipteses de excluso da cobertura unilateralmente impostas pela seguradora e
que, por vezes, contrariam a prpria destinao maior do contrato aderido.Processo: 2013.067398-2
(Acrdo). Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 14/05/2014. Juiz Prolator: Antnio
Zoldan da Veiga. Classe: Embargos Infringentes.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
5.AGRAVO (ART. 532 DO CPC). EMBARGOS INFRINGENTES OPOSTOS CONTRA ACRDO, NO UNNIME,
PROLATADO EM EMBARGOS DE DECLARAO. CABIMENTO. RECURSO PROVIDO. "So cabveis embargos
infringentes na hiptese em que h reforma da sentena de mrito por ocasio do julgamento da
apelao, por acrdo no unnime, ou houver julgado procedente ao rescisria, nos termos do art.
530 do CPC. "Na espcie, houve reforma da sentena de mrito no julgamento da apelao. Entretanto,
houve desacordo no julgamento dos embargos de declarao, com o proferimento de voto divergente, o
que culminou a reforma da sentena por maioria. Assim, considerando que o acrdo proferido no
julgamento dos embargos de declarao possui carter integrativo do acrdo da apelao, entende-se
pelo cabimento dos embargos infringentes. Agravo regimental no provido. Processo: 2011.082790-5
(Acrdo). Relator: Des. Subst. Stanley da Silva Braga. Julgamento: 14/05/2014. Classe: Agravo (art.

532 do CPC) em Apelao Cvel.

6.AGRAVO (ART. 557 CPC). ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANA. POLICIAL MILITAR. EXCLUSO
DOS QUADROS DA INSTITUIO. INTERPOSIO DE RECURSO AO GOVERNADOR DO ESTADO. DECISO,
EM MANDADO DE SEGURANA PRECEDENTE, ASSEGURANDO O CONHECIMENTO DO RECURSO (QUEIXA)
AO CHEFE DO EXECUTIVO, CONDICIONANDO A EXCLUSO SOLUO DO PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO. RECURSO NO CONHECIDO PELO CHEFE DO EXECUTIVO, COM FUNDAMENTO NO ART.
49, 2., DO ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DE SANTA CATARINA. IMPROPRIEDADE.
DECISO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO. OBSERVAO, ADEMAIS, DE PRECEDENTES DESTA CORTE.
ORDEM PARCIALMENTE CONDEDIDA, PARA ANULAR O ATO E DETERMINAR A APRECIAO DO SEU
MRITO. Processo: 2013.046935-2. Relator: Des.
Ricardo
Roesler. Julgamento: 14/05/2014. Classe: Agravo ( 1 art. 557 do CPC) em Mandado de Segurana.

Cmaras de Direito Criminal


7.APELAO CRIMINAL. LESES CORPORAIS. MBITO FAMILIAR. CDIGO PENAL, ART. 129, 9..
CONDENAO. APELO DEFENSIVO. ABSOLVIO. RU INDGENA. PUNIO SEGUNDO AS LEIS DE SUA
TRIBO. CONFIGURAO DE BIS IN IDEM. NO ACOLHIMENTO. RU QUE, EMBORA DE ORIGEM INDGENA,
ESTAVA TOTALMENTE INTEGRADO SOCIEDADE. NO APLICAO DA LEI N. 6.001/73. CONDENAO
MANTIDA. Constatado nos autos que o ru, apesar de sua origem indgena, estava totalmente integrado
sociedade, no h falar em absolvio em razo de ele ter sido punido, tambm, de acordo com as leis
de sua tribo. DOSIMETRIA. RECONHECIMENTO DA ATENUANTE PREVISTA NO ART. 56 DA LEI N. 6.001/73.
REDUO DA PENA AQUM DO MNIMO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA SMULA N. 231 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. REPRIMENDA INALTERADA. "O art. 56, da Lei n 6.001/73, se destina
apenas aos ndios em fase de aculturao e no queles j completamente integrados civilizao dos
brancos." In casu, o ru encontra-se totalmente integrado cultura urbana, razo pela qual no h falar
na aplicao dessa atenuante. E, ainda que assim no fosse, tendo o sentenciante fixado a pena no
mnimo legal, esta no poderia ser reduzida, conforme entendimento firmado na Smula n. 231 do
Superior Tribunal de Justia, acolhido por este Tribunal de Justia de forma unnime. RECURSO NO
PROVIDO. Processo: 2013.086669-7. Relator: Des. Roberto Lucas Pacheco. Julgamento: 24/04/2014.

8.RECLAMAO. EXAME DE INSANIDADE MENTAL. QUESITOS. CARGA DOS AUTOS. SILNCIO DA PARTE.
PRECLUSO CONSUMATIVA. PRAZO EM DOBRO. INAPLICABILIDADE. INEXISTNCIA DE PRAZO LEGAL.
LAPSO ESTIPULADO PELO PRPRIO MAGISTRADO. 1. Devolvidos os autos pela defesa sem a
apresentao de quesitos ao exame de insanidade mental, objeto da intimao, opera-se a precluso
consumativa. 2. Tratando-se de prazo estipulado pelo prprio magistrado para a prtica de qualquer ato
processual, mngua de determinao legal especfica, no se h falar em duplicidade de prazo em
favor da Defensoria Pblica. PEDIDO IMPROCEDENTE. Processo: 2014.020685-6. Relator: Des. Roberto
Lucas Pacheco.

9.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMNIO. APROPRIAO INDBITA. (ART. 168 DO CDIGO
PENAL). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. PLEITEADA ABSOLVIO. VIABILIDADE. R[EU
QUE LOCOU 8 FITAS DE VDEO VHS E NO AS DEVOLVEU LOCADORA. ANLISE DO CASO CONCRETO
QUE EVIDENCIA AUSNCIA DE PROVAS DO DOLO ESPECFICO EM APROPRIAR-SE DA COISA ALHEIA E
DELA DISPOR COMO SE DONO FOSSE. FALTA DE PRESSUPOSTO PARA A CONFIGURAO DO DELITO.
ADEMAIS, MNIMA REPROVABILIDADE DA CONDUTA. VALOR IRRISRIO DOS BENS. INADIMPLEMENTO DE
OBRIGAO CONTRATUAL. QUESTO QUE PODE SER RESOLVIDA NO MBITO CVEL. RU NO
REINCIDENTE. DELITO DE BAGATELA CONFIGURADO. ABSOLVIO QUE SE FAZ NECESSRIA.
HONORRIOS ADVOCATCIOS. MAGISTRADO DE PRIMEIRO GRAU QUE FIXOU VALOR ABAIXO DO
COSTUMEIRAMENTE APLICADO. MAJORAO QUE SE MOSTRA DEVIDA. RECURSO CONHECIDO E

PROVIDO. Processo:2013.048791-0
(Acrdo). Relator: Des.
Julgamento: 06/05/2014. Classe: Apelao Criminal.

Subst.

Volnei

Celso

Tomazini.

10.HABEAS CORPUS. TRFICO DE DROGAS. APREENSO DE 48 FRASCOS DE LANA PERFUME. PRISO


EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. ALEGADA AUSNCIA DE PROVA DA MATERIALIDADE DO
DELITO. LAUDO DE CONSTATAO PROVISRIO, NA ESPCIE, INSUFICIENTE PARA ATESTAR A EXISTNCIA
DO CRIME. HIPTESE EXCEPCIONAL. CONSTATAO FEITA A OLHO NU, SEM O AUXLIO DE QUALQUER
EQUIPAMENTO OU PRODUTO QUMICO. LAUDO PERICIAL DEFINITIVO AINDA NO JUNTADO AOS AUTOS.
REQUISITOS DO ART. 312 DO CPP NO PREENCHIDOS. CONCESSO DE LIBERDADE PROVISRIA, COM A
IMPOSIO DE MEDIDAS CAUTELARES PREVISTAS NO ART. 319 DO CPP. EXEGESE DO ART. 321 DO
MESMO
DIPLOMA
PROCESSUAL.
ORDEM
CONCEDIDA. Processo: 2014.025193-0
(Acrdo). Relator: Des. Rui Fortes. Julgamento:06/05/2014. Classe: Habeas Corpus.

11.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMNIO. RECEPTAO QUALIFICADA (ART. 180, 1, DO


CDIGO PENAL). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DEFENSIVO. MATERIALIDADE E AUTORIA
COMPROVADAS. AUSNCIA, CONTUDO, DE PROVA BASTANTE DO LEMENTO SUBJETIVO DO TIPO (DOLO
OU CULPA). COMERCIANTE QUE TERIA SOLICITADO A ENTREGA DA DOCUMENTAO DO VECULO
(OBJETO MATERIAL) COMO CONDICIONANTE CONCRETIZAO DA COMPRA. PLAUSIBILIDADE DA
VERSO DE QUE TERIA ARMAZENADO O BEM TO S AT O RETORNO DO VENDEDOR COM OS
DOCUMENTOS
PROMETIDOS
EM
MOS.
ABSOLVIO
QUE
SE
IMPE.
RECURSO
PROVIDO. Processo: 2013.002255-6
(Acrdo). Relator: Des.
Rodrigo
Collao.
Julgamento: 08/05/2014

Cmaras de Direito Civil


12.AO DE USUCAPIO. IMVEL PARTE DE HERANA JACENTE. EVENTUAL RECONHECIMENTO DA
PRESCRIO AQUISITIVA POSSVEL AT O RECONHECIMENTO DA VACNCIA. AUSNCIA DE BICE
CONTINUIDADE DA PRESENTE LIDE. SUSPENSO DO PRESENTE PROCESSO IMPERTINENTE. RECURSO
PROVIDO. O bem integrante de herana jacente s devolvido ao Estado com a sentena de declarao
de vacncia, podendo, at ali, ser possudo ad usucapionem. Incidncia da Smula
83/STJ. Processo: 2013.083601-0. Relator:Des. Subst. Saul Steil. Julgamento: 06/05/2014

13.AO REPARATRIA. INTERRUPO DO SERVIO DE ENSINO. CULPA POR PARTE DO PRESTADOR.


TRANSFERNCIA DA ALUNA PARA OUTRA ESCOLA. ART. 418 DO CDIGO CIVIL. DEVOLUO DAS ARRAS
CONFIRMATRIAS. RESTITUIO DOBRADA DE PRESTAO PAGA. ART. 42 DO CDC. AUSNCIA DE DOLO
DO FORNECEDOR. PRETENSO DESCARTADA. TAXA DE MATRCULA NA NOVA ENTIDADE ESCOLAR.
DESPESA QUE NO CONSTITUI PREJUZO. NOVO UNIFORME. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAO NO ANO
LETIVO SEGUINTE, DADA A MUDANA DE ESTABELECIMENTO DE ENSINO. FORMATURA. ADESO
OPCIONAL. CUSTEIO A CARGO DA PARTE AUTORA. DANOS MORAIS. NO CORRNCIA. DESCUMPRIMENTO
DA OBRIGAO APENAS NO MBITO MATERIAL. SITUAO QUE NO CAUSA ABALO ANMICO
SIGNIFICATIVO. VERBA INDENIZATRIA INDEVIDA. HONORRIOS. SUCUMBNCIA RECPROCA. SMULA
306
DO
STJ.
COMPENSAO
MANTIDA.
RECURSO
CONHECIDO
E
PARCIALMENTE
PROVIDO.Processo: 2013.035971-4
(Acrdo). Relator: Des.
Subst.
Saul
Steil. Julgamento: 06/05/2014. Classe: Apelao Cvel.

14.AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. SENTENA DE IMPROCEDNCIA. INSURGNCIA DA


AUTORA. PUBLICAO DE ANNCIO EM JORNAL DE GRANDE CIRCULAO. SERVIOS DE PROSTITUIO.
TELEFONEMAS INCONVENIENTES COM CONVITES INDECOROSOS. NEXO DE CAUSALIDADE COMPROVADO.

LESO HONRA OBJETIVA EVIDENCIADA. DANO MORAL PRESENTE NA HIPTESE. RECURSO CONHECIDO
E PROVIDO. No direito honra, a pessoa tomada frente sociedade, no crculo social em que se insere,
em funo do valor nsito considerao social. Da, a violao produz reflexos na sociedade,
acarretando para o lesado diminuio social, com consequncias pessoais (humilhao,
constrangimento, vergonha) e patrimoniais (no campo econmico, como abalo de crdito, descrdito da
pessoa ou da empresa; abalo de conceito profissional). Com efeito, sendo a honra, objetivamente,
atributo valorativo da pessoa na sociedade (pessoa como ente social), a leso se reflete, de imediato, na
opinio pblica, considerando-se perpetrvel por qualquer meio possvel de comunicao (escrito,
verbal, sonoro)..Processo: 2013.011882-6). Relator: Des. Ronei Danielli. Julgamento: 06/05/2014.

15.PROCESSUAL CIVIL. AO VISANDO A APLICAO DE MEDIDA PROTETIVA. PEDIDO DE PROIBIO DE


APROXIMAO E DE COMUNICAO DA NAMORADA DO GENITOR COM OS SEUS DOIS FILHOS MENORES.
INDEFERIMENTO PELO MAGISTRADO A QUO. VEROSSIMILHANA DAS ALEGAES DOS AGRAVANTES NO
VERIFICADA. MENSAGENS TELEFNICAS ENVIADAS PELA AGRAVADA GENITORA. INEXISTNCIA DE
CONTEDO AMEAADOR AOS INFANTES. TEXTO QUE REFLETE APENAS DESENTENDIMENTOS EM
DECORRNCIA DA SEPARAO E DO NOVO RELACIONAMENTO DO GENITOR. DEMAIS DOCUMENTOS QUE
NO SE PRESTAM COMO PROVA POR REFLETIREM OPINIO PESSOAL OU POR SEREM PRODUZIDOS DE
FORMA UNILATERAL. NECESSIDADE DE DILAO PROBATRIA PARA AVALIAR A EXISTNCIA DE EVENTUAL
SITUAO DE RISCO. INTERLOCUTRIO MANTIDO. RECURSO DESPROVIDO. Para a concesso da tutela
antecipada, deve o juiz observar o cumprimento dos seguintes requisitos legais, insculpidos no art. 273
do Cdigo de Processo Civil: a) a prova inequvoca da verossimilhana da alegao; b) o fundado receio
de dano irreparvel ou de difcil reparao, ou o evidente abuso de direito de defesa ou o manifesto
propsito protelatrio do ru; e c) a reversibilidade dos fatos ou dos efeitos decorrentes da execuo da
medida. Processo: 2013.070705-6
(Acrdo). Relator: Des.
Marcus
Tulio
Sartorato
Julgamento: 06/05/2014.

16.PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAO. OMISSO VERIFICADA. PEDIDO DE SUSPENSO DO


PROCESSO AT O JULGAMENTO DA ADINS 4.350 E 4.627 NO ANALISADO NO ACRDO DA APELAO.
NECESSIDADE DE ANLISE DA MATRIA. EVENTUAL DECLARAO DE INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI
11.945/2009 QUE NO ALTERAR O DESLINDE DO FEITO PARA A AUTORA, ANTE A CONSTATAO DE
AUSNCIA DE INVALIDEZ. DEMAIS TESES QUE IMPLICAM EM REDISCUSSO DA MATRIA DECIDIDA. ART.
535, CPC. INADMISSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO. EMBARGOS ACOLHIDOS PARCIALMENTE SEM
EFEITOS INFRINGENTES. 1. O que viabiliza os embargos de declarao so as hipteses elencadas no art.
535 do Cdigo de Processo Civil. Estas havero que estar precisa e claramente apontadas na pea
recursal, para que possam, se for o caso, ser decididas pelo julgador, no sendo suficiente a vaga aluso
aos dispositivos legais. 2. No comete qualquer ilicitude o relator que, ciente da questo controvertida
posta nos autos pelas partes, soluciona motivadamente o tema, ainda que no tenha respondido a todos
os
questionamentos
ali
formulados. Processo: 2014.009458-1. Relator: Des.
Marcus
Tulio
Sartorato. Julgamento: 06/05/2014.

17.AO DE COBRANA. SEGURO. APLICAO DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. SIGNATRIO


DO CONTRATO INSERIDO COMO CONDUTOR PRINCIPAL DO AUTOMVEL, MAS NO EXCLUSIVO.
PERMISSO DE UTILIZAO DO BEM POR FAMILIARES. AUSNCIA DE DETURPAO DE INFORMAES NO
ATO DE CELEBRAO DA AVENA (ART. 766 DO CC/2002). INDICATIVO DE QUE O DESCENDENTE ERA O
USURIO EXCLUSIVO DO BEM, OUTROSSIM, INEXISTENTE. RESSARCIMENTO DEVIDO. CORREO
MONETRIA. TERMO INICIAL A PARTIR DA DATA DA RECUSA DE PAGAMENTO ADMINISTRATIVO. RECURSO
DESPROVIDO. Em contrato de seguro na "modalidade perfil", no qual o signatrio fixado como condutor
principal do carro, mas no o nico, permitido aos familiares o uso ocasional do objeto. Cabe a
seguradora, por outro lado, provar que o filho era o usurio preponderante do automvel, a ponto de
inquinar de falsas as informaes passadas no questionrio. Do contrrio, deve pagar o seguro aprazado.
A atualizao monetria visa a preservar o valor da moeda contra o potencial corrosivo da inflao,
motivo pelo qual se mantm como termo inicial de incidncia sobre o seguro, in casu, a data da recusa
ao pagamento administrativo, mais benfico ao segurado do que o dia do ajuizamento da ao,

conforme proposto pela seguradora. Processo: 2013.064891-0. Relatora: Desa. Maria do Rocio Luz
Santa Ritta. Julgamento: 13/05/2014. Juiz Prolator: Gustavo Schlupp Winter. Classe:Apelao Cvel.

Cmaras de Direito Comercial


18.APELAO CVEL. AO DE EXECUO. IMPUGNAO AO CUMPRIMENTO DE SENTENA. DECISO
QUE REJEITOU A IMPUGNAO E JULGOU EXTINTA A EXECUO. ALEGADA NECESSIDADE DE INTIMAO
PESSOAL DA INSTITUIO FINANCEIRA PARA CUMPRIMENTO DA DETERMINAO JUDICIAL.
DESNECESSIDADE. APLICABILIDADE DA SMULA 410 DO STJ QUE SE RESTRINGE S OBRIGAES
ANTERIORES S MODIFICAES OPERADAS PELA LEI N. 11.232/2005. ENTENDIMENTO EXARADO PELO
STJ NO EDA N. 857758/RS. CINCIA DA PARTE A RESPEITO DO TRNSITO EM JULGADO DA SENTENA QUE
OCORREU APS A VIGNCIA DA LEI N. 11.232/2005. AFIRMAO DA INSTITUIO FINANCEIRA DE QUE
EFETUOU A VENDA EXTRAJUDICIAL DO VECULO. ALEGADA IMPOSSIBILIDADE DE APLICAO DA MULTA
DIRIA ANTE A INVIABILIDADE DE DEVOLUO DO BEM. SENTENA QUE DETERMINOU A RESTITUIO
DO VECULO SOB PENA DE MULTA DIRIA PUBLICADA EM MOMENTO ANTERIOR ALIENAO.
ASTREINTES DEVIDAS. DESCUMPRIMENTO DA ORDEM DE RESTITUIO DO BEM. VALOR DA MULTA DIRIA
APURADO PELA CREDORA NO MONTANTE DE R$ 333.500,00 (TREZENTOS E TRINTA E TRS MIL E
QUINHENTOS REAIS). MINORAO CABVEL. LIMITAO DE SEU MONTANTE TOTAL A R$ 10.000,00, EM
ATENO AOS PRINCPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE E DA VEDAO DO
ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. TESE ACOLHIDA, NO TEMA. PLEITO PELA CONDENAO DO APELANTE EM
LITIGNCIA DE M-F SUSCITADO EM CONTRARRAZES. CARACTERIZAO. BANCO APELANTE QUE
REALIZOU A VENDA EXTRAJUDICIAL DO IMVEL APS A DETERMINAO JUDICIAL PELA RESTITUIO.
ATUAO DE MODO TEMERRIO. EXEGESE DO ARTIGO 17, V, DO CPC. MULTA FIXADA EM 1% E
PAGAMENTO DE INDENIZAO EM FAVOR DA APELADA DE 10% SOBRE O VALOR DA EXECUO.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. Processo: 2014.011852-0. Relatora: Desa. Soraya
Nunes Lins. Julgamento: 08/05/2014.

19.AGRAVO DE INSTRUMENTO - AO REVISIONAL - CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE AUTOMVEL TUTELA ANTECIPADA INDEFERIDA - RECURSO DA AUTORA. DECLARAO DE HIPOSSUFICINCIA PRESUNO RELATIVA DE VERACIDADE - DECISO AGRAVADA QUE DETERMINOU A JUNTADA DE
DOCUMENTOS PROBATRIOS DA FRAGILIDADE FINANCEIRA - INEXISTNCIA, AT O PRESENTE MOMENTO,
DE DEMONSTRAO DA PRECARIEDADE DE RECURSOS FINANCEIROS - O BSERVNCIA DOS CRITRIOS
EMANADOS PELA DEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DE SANTA CATARINA - INTERLOCUTRIA MANTIDA.
Para a aferio da situao de hipossuficincia idnea a garantir a concesso do benefcio da gratuidade
da justia, esta Cmara de Direito Comercial tem adotado os mesmos critrios utilizados pela Defensoria
Pblica do Estado de Santa Catarina, dentre os quais o percebimento de renda mensal lquida inferior a
trs salrios mnimos, considerado o desconto de valores provenientes de aluguel e de meio salrio
mnimo por dependente. Na hiptese dos autos, contudo, no foram produzidas provas da necessidade
da Assistncia Judiciria Gratuita, razo pela qual, at agora, resta impossibilitada sua concesso.
PURGAO DA MORA - ABSTENO DA INSCRIO DO NOME DA AGRAVANTE EM CADASTROS DE
RESTRIO CREDITCIA E MANUTENO DA POSSE DO BEM - MEDIDAS CONDICIONADAS AO
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS ASSENTADOS PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA - FALTA DE
DEMONSTRAO DA PERTINNCIA DAS ALEGAES QUE INVIABILIZA A CONCESSO DA TUTELA DE
URGNCIA - SUSTENTADA A ABUSIVIDADE DE ENCARGOS NO PERODO DE NORMALIDADE DO CONTRATO
- TESE QUE SE REVELA INVEROSSMEL - TAXA DE JUROS REMUNERATRIOS CONTRATADOS (24,9% AO
ANO) INFERIOR MDIA DE MERCADO DO BANCO CENTRAL PARA O PERODO (29,81% AO ANO) - PEDIDO
DE DEPSITO MENSAL EM JUZO DO VALOR QUE CONSIDERA DEVIDO OU DA PARCELA CONTRATADA DESPROVIMENTO DIANTE DA AUSNCIA DE VEROSSIMILHANA DO DIREITO INVOCADO IMPOSSIBILIDADE, IGUALMENTE, DA MANUTENO DO BEM EM POSSE DA AUTORA - RECURSO
DESPROVIDO. Segundo entendimento pacificado pelo Superior Tribunal de Justia, admite-se o
deferimento dos pedidos de absteno ou de cancelamento da inscrio do nome da autora, ora
recorrente, nos rgos de proteo ao crdito e de manuteno em seu favor da posse do bem, desde
que preenchidos cumulativamente trs requisitos, a saber: a) efetiva comprovao da existncia de
litigiosidade judicial do dbito; b) demonstrao de que as alegaes formuladas na demanda
fundamentam-se em posicionamento dos Tribunais Superiores; c) depsito dos valores incontroversos ou

prestao de cauo idnea a critrio do Magistrado. In casu, no constatada a verossimilhana das


alegaes pela inexistncia de abusividade dos encargos praticados, j que inferiores mdia de
mercado da data do ajuste, a pretenso de antecipao dos efeitos da tutela encontra resistncia
incontornvel, sendo invivel, por consequncia, impedir a inscrio do nome da autora nos cadastros
restritivos ao crdito e a manuteno da posse sobre o bem objeto do ajuste. Ademais, "a natureza do
depsito incidental eminentemente cautelar, uma vez que funciona como verdadeira cauo para a
pretenso do autor, qual seja, o afastamento dos efeitos da mora. Assim, o objetivo precpuo dessa
medida est condicionado verificao da abusividade do contrato, de modo que a ausncia da prova
suficiente a sustentar as alegaes do autor esvazia por completo a utilidade do pleito consignatrio"
(Agravo de Instrumento n. 2011.088554-3, rela. Desa. Rejane Andersen, j. em 12/6/2012). SUPRESSO
DE INSTNCIA - DISCUSSO DE COBRANA DE IMPOSTO SOBRE OPERAES FINANCEIRAS, TARIFA DE
CADASTRO E REGISTRO DE CONTRATO E, AINDA, FORMA DE APLICAO DOS JUROS E INVERSO DO
NUS DA PROVA - TEMTICAS QUE NO FORAM OBJETO DA DECISO RECORRIDA - PREJUDICADA A
ANLISE, SOB PENA DE RESTRIO DO JULGAMENTO EM PRIMEIRO GRAU - PRECEDENTES DESTE
TRIBUNAL - NO CONHECIMENTO DO RECURSO NESTE PONTO. Limita-se a deciso apenas ao contedo
do interlocutrio agravado, portanto, no cabe analisar a legalidade da exigncia de imposto sobre
operaes financeiras, tarifa de cadastro e registro de contrato, o mtodo de incidncia dos juros e,
ainda, o nus de prova, sob a tica do Cdigo de Defesa do Consumido, evitando-se, assim, a supresso
de instncia. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. Processo: 2012.031783-0 (Acrdo). Relator: Des.
Robson Luz Varella. Julgamento: 06/05/2014. Juiz Prolator: Mrio Bianchini Filho. Classe:Agravo de
Instrumento.

20.AGRAVO DE INSTRUMENTO - AO EXECUTIVA - DECISO INDEFERITRIA DO PEDIDO DE NOVA


AVALIAO DO IMVEL PENHORADO, MANTENDO O VALOR ESTIMADO PELO EXPERT - RECURSO DO
EXECUTADO - PRETENSO DE REAVALIAO - ERRO NA ATRIBUIO DO PREO AO BEM PENHORADO ART. 683, I, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL - VALOR DE MERCADO DO IMVEL - LAUDO GENRICO
EMITIDO POR CORRETOR DE IMVEIS - MATERIAL PROBATRIO INSUFICIENTE - RECURSO DESPROVIDO. O
Cdigo de Processo Civil, excepcionalmente, admite a nova avaliao do imvel constrito quando
ocorridas algumas das hipteses previstas no art. 283, desde que a parte insurgente argua
fundamentadamente. No se mostra, portanto, razovel admitir laudo genrico produzido
unilateralmente pelo agravado, em detrimento de avaliao subscrita por perito, pormenorizada e
amparada em tcnica que busca mitigar a subjetividade, como meio probatrio hbil a demonstrar que o
preo atribudo aos bens constritos discrepa da realidade de mercado. Processo: 2012.0436367. Relator: Des. Robson Luz Varella. Julgamento:13/05/2014.

21.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO CUMULADA COM NULIDADE DE


ATO JURDICO. DOIS CHEQUES. SENTENA DE PROCEDNCIA. RECURSO DA REQUERIDA. CIRCULAO
DAS CRTULAS POR ENDOSSO. CADEIA NO COMPROVADA QUANTO A UM DOS TTULOS. INEXISTNCIA
DO DBITO MANTIDA EM RELAO A ESTE. O cheque ttulo de crdito que circula mediante endosso,
mas requer a comprovao da correta cadeia de transferncias para permitir a cobrana da dvida nele
representada, sob pena de no ser exigvel perante o emitente original. CIRCULAO DOS CHEQUES
(ENDOSSO) QUE OPERA A ABSTRAO DOS DIREITOS NELES CONTIDOS, DESVINCULANDO-SE DO
NEGCIO SUBJACENTE. PRINCPIO DA INOPONIBILIDADE DAS EXCEES PESSOAIS APLICVEL. ALEGAO
DE SUPOSTO ADIMPLEMENTO DA DVIDA (COM RELAO AO SEGUNDO CHEQUE ONDE SE VERIFICOU
CORRETA A CADEIA DE ENDOSSOS) QUE SE MOSTRA ANTERIOR AO VENCIMENTO DA CRTULA. FATO
IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO NO DEMONSTRADO PELO AUTOR, NESTE CASO. DVIDA
EXISTENTE. DECISO REFORMADA NO PONTO. Nas demandas declaratrias negativas o nus da prova do
fato constitutivo do direito recai sobre o demandado; contudo, se demonstrado, cabe ao autor
apresentar fatos impeditivos, modificativos ou extintivos. PEDIDO DE NULIDADE DOS PROTESTOS DE
AMBOS OS CHEQUES. APONTAMENTO APS TRANSCURSO DO PRAZO PARA APRESENTAO DAS
CRTULAS. ATO NOTARIAL TARDIO. ILEGALIDADE RECONHECIDA DE OFCIO. PRECEDENTES DESTA
CORTE.
SUCUMBNCIA
RECPROCA.
RECURSO
CONHECIDO
E
PARCIALMENTE
PROVIDO.Processo: 2010.027855-6). Relatora: Desa. Substa. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt
Schaefer. Julgamento: 08/05/2014. Classe: Apelao Cvel.

Cmaras de Direito Pblico


22.APELAO CVEL. AO CIVIL PBLICA. DIREITO DO CONSUMIDOR. TRANSPORTE INTERMUNICIPAL DE
PASSAGEIROS EM P. PEDIDO DE DECLAO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 59 DO
DECRETO ESTADUAL N. 12.601/80 E DO ART. 122 DA INSTRUO NORMATIVA N. 07/91 DO DETER.
AUSNCIA DE AFRONTA AO ART. 22, XI, DA CRFB, QUE DISPE SOBRE A COMPETNCIA DA UNIO PARA
LEGISLAR SOBRE TRANSPORTE E TRNSITO. NORMAS REGULAMENTADORAS DO TRANSPORTE
INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS EM P QUE DECORREM DA COMPETNCIA PRPRIA DO ESTADO. "No
h no texto constitucional previso expressa em relao competncia para a explorao de servio de
transporte intermunicipal. A Constituio cuidou apenas de dispor sobre a competncia para a explorar
os transportes terrestres rodovirio interestadual e internacional de passageiros - privativa da Unio, nos
termos do art. 21, XII, alnea 'e' - e para explorar o transporte coletivo no mbito local - do Municpio, de
acordo com o artigo 30, inciso V. Da a concluso, ante o disposto no artigo 25, 1, de que a matria
da competncia dos Estados-membros (....). Nessa ordem de idias, se a prestao desse servio
compete aos Estados-membros, estes detm competncia tambm para regulamentar essa prestao"
(do corpo do acrdo do STF, ADI n. 2349, rel. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, j. 31.8.05). REQUERIMENTO
DE INTERRUPO DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS EM P E DE ADEQUAO DO FORNECIMENTO DOS
SERVIOS AOS PRECEITOS CONTIDOS NO CDC. DIREITOS CONSUMERISTAS NO VIOLADOS. No h que
se falar em afronta aos direitos dos passageiros quando no se comprova que o nmero de passageiros
em p nos transportes intermunicipais no excedeu o limite mximo estabelecido pela lei. SENTENA DE
IMPROCEDNCIA MANTIDA. APELO E REMESSA DESPROVIDOS. Processo: 2011.081134-2 Relator: Des.
Subst. Francisco Oliveira Neto. Julgamento: 06/05/14.

23.APELAES CVEIS. AO CIVIL PBLICA. INADEQUAO DA VIA ELEITA. PREFACIAL AFASTADA.


TRANSPORTE COLETIVO MUNICIPAL. PRORROGAO DA CONCESSO, COM O ESCOPO DE RESTABELECER
O EQUILBRIO ECONMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO E AMORTIZAR OS PREJUZOS ACUMULADOS
PELAS CONCESSIONRIAS. DEVER DE INDENIZAR RECONHECIDO EM AO JULGADA POR ESTA CMARA.
INDENIZAO DE ELEVADA MONTA, QUE REPRESENTA ONEROSIDADE DEMASIADA AOS COFRES
PBLICOS. POSSIBILIDADE DE PRORROGAR. PONDERAO DOS INTERESSES EM JOGO. PREVALNCIA DO
INTERESSE PBLICO. POSSIBILIDADE DE EXTINGUIR A CONCESSO, CASO HAJA AMORTIZAO DOS
CUSTOS ANTES DE FINDO O PRAZO DE PRORROGAO. SENTENA REFORMADA. RECURSOS PROVIDOS.
1. " POSSVEL A DECLARAO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE, NA AO CIVIL PBLICA, DE
QUAISQUER LEIS OU ATOS NORMATIVOS DO PODER PBLICO, DESDE QUE A CONTROVRSIA
CONSTITUCIONAL NO FIGURE COMO PEDIDO, MAS SIM COMO CAUSA DE PEDIR, FUNDAMENTO OU
SIMPLES QUESTO PREJUDICIAL, INDISPENSVEL RESOLUO DO LITGIO PRINCIPAL, EM TORNO DA
TUTELA DO INTERESSE PBLICO" (RESP N. 403355/DF, MIN. ELIANA CALMON). 2. Como cedio, os
prestadores de servios pblicos, ao longo dos perodos de concesso ou permisso do servio tm
inequvoco direito ao equilbrio econmico-financeiro atinente ao vnculo estabelecido com o Poder
Pblico e que, pois, quando da concluso do liame, se restar a descoberto algum crdito da derivado,
revela-se cabvel a indenizao por este remanescente insatisfeito. 3. "O princpio da proporcionalidade
impede que se imponha ao concessionrio o dever de sofrer perda patrimonial tal com exclui a elevao
de tarifas que possam colocar em risco a estabilidade econmica da Nao. Tambm exclui a
possibilidade de que se constranja o poder pblico a desembolsar vultosos recursos para indenizar o
contratado apenas porque se reputa indispensvel extinguir a contratao e realizar licitao. Solues
extremadas, que ignoram as consequncias secundrias da preponderncia de um nico valor, no so
conformes ao Direito. No se cumpre a vontade da Constituio quando se desmerece um valor nela
consagrado, ainda que pretexto de dar aplicao s prprias normas constitucionais. Uma alternativa
consistiria na aplicao dos prazos da concesso, de modo a assegurar que o prazo mais longo permita a
realizao dos resultados assegurados ao interessado. A prorrogao compatvel com a Constituio
especialmente quando todas as outras alternativas para produzir a recomposio acarretariam sacrifcios
ou leses irreparveis s finanas pblicas ou aos interesses dos usurios. Essa a alternativa que
realiza, do modo mais intenso possvel, todos os valores e princpios constitucionais. Compem-se os
diferentes princpios e obtm-se a realizao harmnica de todos eles. Por isso, alterou-se o
entendimento para aceitar a soluo da prorrogao do prazo da concesso como instrumento para
produzir a recomposio da equao econmico-financeira original." 4. Em um juzo de ponderao, no
enfoque do caso concreto, em que conflitam o dever do Administrador Pblico em proceder com a

realizao de licitao para a concesso de servios pblicos, e do outro lado o direito das
concessionrias de auferirem a justa indenizao em decorrncia do desequilbrio econmico-financeiro
no liame dos contratos entabulados com a Municipalidade, vislumbro que a forma menos onerosa e
penosa para o interesse da coletividade, nesta hiptese, a convalidao da prorrogao da concesso.
Isso porque, os crditos das concessionrias, os quais foram inclusive reconhecidos e confirmados por
deciso desta colenda Cmara, representariam impacto de elevada proporo para os cofres municipais
por conta da vultosa quantia a ser paga a ttulo indenizatrio, e que, por conseguinte, acarretariam
srios danos sade financeira do ente pblico. 5. H de se ressalvar, contudo, que, caso no transcurso
da prorrogao verifique-se, nos termos do laudo pericial produzido na ao n. 020.08.018833-8, que os
prejuzos das concessionrias foram diludos e o reequilbrio econmico-financeiro do contrato ento
restabelecido, o Municpio dever declarar extinta a concesso e, via de consequncia, proceder na
realizao de licitao. Ou ainda, se o ente pblico no transcurso da prorrogao dispuser de recursos
financeiros suficientes e entender que deva indenizar as concessionrias pelos prejuzos suportados,
estar, ento, autorizado a extinguir a concesso e deflagrar procedimento licitatrio para a prestao
do servio de transporte coletivo municipal. Processo: 2013.057791-0. Relator: Des. Srgio Roberto
Baasch Luz.

24.AGRAVO EM APELAO CVEL. ART. 557, 1, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. AO DE OBRIGAO


DE FAZER C/C PRECEITO COMINATRIO COM PEDIDO LIMINAR. MUNICIPALIDADE QUE INGRESSA COM A
AO BUSCANDO A MANUTENO DA CONCESSO OUTORGADA R. MEDIDA DE URGNCIA
CONCEDIDA. CONCESSIONRIA QUE SE INSURGE MEDIANTE A INTERPOSIO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO, NEGATIVA DE SEGUIMENTO, EM RAZO DE SUA MANIFESTA IMPROCEDNCIA.
CONCESSO POSTERIOR CONSTITUIO DE FEDERAL DE 1988, MAS ANTERIOR AO ADVENTO DA LEI
FEDERAL N. 9.897/1995, E POR PRAZO DETERMINADO. APLICABILIDADE DOS ARTIGOS 42 E 43 DA
LEGISLAO FEDERAL. VALIDADE DA CONCESSO ENQUANTO PERDURAR O PRAZO PREVISTO. DECISO
MONOCRTICA
ACERTADA.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2013.0743461). Relator: Des. Subst. Stanley da Silva Braga. Julgamento: 06/05/2014. Classe: Agravo ( 1 art.
557 do CPC) em Agravo de Instrumento.

25.EMBARGOS DE DECLARAO. SERVIDORA PBLICA ESTADUAL. APROVAO EM CONCURSO NA


ESFERA FEDERAL. PEDIDO DE EXONERAO COM DECLARAO DE VACNCIA DO CARGO. PLEITO
INDEFERIDO NA ESFERA ADMINISTRATIVA, SOB O ARGUMENTO DA PENDNCIA DE PROCESSO
DISCIPLINAR QUE PODERIA LEVAR SUA DEMISSO. AO JUDICIAL BEM SUCEDIDA, GARANTINDO O
DIREITO DE DESLIGAMENTO DOS QUADROS DO ESTADO. SENTENA CONFIRMADA. JULGAMENTO DA
APELAO OMISSO QUANTO A UM DOS PLEITOS DO ESTADO. SUPRIMENTO, SEM MODIFICAO DO
RESULTADO. PROCESSO ADMINISTRATIVO QUE GEROU PENA MAIS BRANDA (CASSAO DE LICENA
MDICA COM DEVOLUO DE VALORES). DECISO AINDA PASSVEL DE MODIFICAO, PORQUE
PENDENTE RECURSO DA SERVIDORA. IMPOSSIBILIDADE, TODAVIA, DE APLICAO DE SANO MAIS
SEVERA (DEMISSO), O QUE ESVAZIA A PRETENSO DO ESTADO DE VER A DELIBERAO SOBRE A NO
DECLARAO DE VACNCIA DO CARGO. RECURSO PROVIDO, SEM MODIFICAO DO RESULTADO DA
APELAO. Processo: 2011.018026-1. Relator: Des. Subst. Paulo Henrique Moritz Martins da Silva.
Julgamento: 06/05/2014. Classe: Embargos de Declarao em Apelao Cvel.

26.EXECUO FISCAL - IPTU - PRESCRIO - INOCORRNCIA - SENTENA REFORMADA - "EXCEO DE


PR-EXECUTIVIDADE" - JULGAMENTO COM BASE NO ART. 515, 3, DO CPC - IPTU - IMUNIDADE
CONFERIDAS AOS TEMPLOS RELIGIOSOS - TAXA DE COLETA DE RESDUOS SLIDOS - LEI MUNICIPAL QUE
DISPENSA A COBRANA AOS TEMPLOS RELIGIOSOS - TAXA DE SERVIOS URBANOS - ILEGALIDADE DA
EXAO - PROCEDNCIA DOS PEDIDOS PARA RECONHECER A NULIDADE DAS EXAES. A Constituio
Federal prev que "sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio,
Estados, DF e Municpios" (art. 150) "instituir impostos sobre" (inciso VI) "b) templos de qualquer culto"
(alnea 'b)'), sendo que "as vedaes expressas no inciso VI, alneas 'b' e 'c', compreendem somente o
patrimnio, a renda e os servios, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas" ( 4). A Lei Complementar Municipal n. 480, de 20 de dezembro de 2013, ratifica o que j

previa a Lei Complementar Estadual n. 007, de 6 de janeiro de 1997, dizendo que "ficam dispensados do
pagamento das taxas adjetas propriedade, lanadas no carn de cobrana do IPTU, enquanto
mantiverem as condies prprias de cada situao" "os imveis utilizados como templos de qualquer
culto religioso, quando destinados exclusivamente a esta finalidade" (inciso II). A taxa de servios
urbanos prevista no art. 308, da Consolidao das Leis Tributrias de Florianpolis, concernente a
limpeza e conservao de calamento, por no atender aos requisitos de especificidade e divisibilidade,
incorre em inconstitucionalidade por afronta ao art. 150, inciso II, da CF/88 e, por isso, no pode ser
exigida
do
muncipe. Processo: 2013.071784-4. Relator: Des.
Jaime
Ramos. Data
Julgamento:15/05/14. Classe: Apelao Cvel

Edio n. 21 de 1 de Julho de 2014.

rgo Especial
1. inconstitucional lei municipal que, para a concesso de benefcios de readaptao funcional e de
afastamento e movimentao temporria por motivo de doena, estabelea distino de tratamento
entre servidor estvel e aquele em estgio probatrio.
2.No padece de inconstitucionalidade, por vcio formal de iniciativa, lei municipal de origem
parlamentar que estabelea perodo mnimo para a inscrio e para a realizao de concurso pblico.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
3. possvel a mitigao do princpio da irrepetibilidade em relao s parcelas alimentares posteriores
ao advento da maioridade civil do alimentando quando demonstrado que o registro civil de seu
nascimento foi feito pela genitora de forma unilateral e com m-f, e que aquele detinha cincia sobre
a inexistncia de vnculo biolgico com o alimentante e no mantinha com este relao de afetividade.
Cmaras de Direito Criminal
4.No comprovada a tese de tentativa de fuga, a conduta do ru que, durante seu deslocamento, causa
estragos na viatura configura o delito de dano ao patrimnio pblico.
5. inaplicvel o princpio da insignificncia ao furto praticado durante a realizao de programa
sexual, ainda que de montante inferior ao salrio mnimo vigente poca dos fatos, se a acusada
reiteradamente emprega idnticomodus operandi.
6.Estar o ru condenado por sentena transitada em julgado foragido impede a emisso da guia de
recolhimento e o consequente incio da execuo da pena privativa de liberdade, assim como torna
vlida a expedio de mandado de priso.
7.A restituio de veculo apreendido em processo de apurao de ato infracional no se condiciona ao
pagamento de despesas relativas apreenso, remoo e estadia.
8.Reconhecida a legtima defesa em relao ao crime de ameaa, consectrio lgico que a
excludente abarque tambm o crime-meio de porte de arma de fogo.
9.O arquivamento de inqurito policial, com a ressalva da possibilidade de reabertura, no caso de
provas novas, e sem manifestao explcita sobre a atipicidade do fato, no faz coisa julgada material a
desafiar a interposio de recurso de apelao.
10.O oferecimento de queixa-crime estritamente em relao a uma das autoras de anncio calunioso
veiculado em rede social importa na extino da punibilidade, em homenagem ao princpio da
indivisibilidade da ao penal privada.

Cmaras de Direito Civil


11. decenal a prescrio relativa a demanda ajuizada por cliente contra advogado visando reaver
valores indevidamente retidos por este, porquanto o prazo trienal previsto no art. 206, 3, V, do
Cdigo Civil aplica-se apenas hiptese de responsabilidade civil extracontratual.
12.A presena de larva em bombom de marca renomada sem a suficiente comprovao da procedncia
e da validade do produto no enseja responsabilizao civil, sobretudo por se tratar de empresa com
reconhecido padro de qualidade.
13. possvel estender a desconsiderao da personalidade jurdica empresa diversa daquela
executada, desde que sejam integrantes do mesmo grupo econmico.
14.O caroneiro que, ciente da embriaguez do motorista, e sem fazer uso do cinto de segurana, fica
paraplgico aps sofrer acidente deve arcar com metade dos danos que experimentou, porquanto
caracterizada a hiptese de culpa concorrente.
15.No assiste direito ao ECAD de ver antecipado o recolhimento de valores relativos a trilha sonora
aplicada em filme, a cada exibio, caso o autor tenha expressamente autorizado a utilizao da obra
para tal fim.
16.A significativa recuperao de doena grave enfrentada por devedor de penso alimentcia, aliada
ao fato de ser a alimentanda menor impbere, inviabiliza o pleito de exonerao da verba.
17.Cnjuge que abandonou o lar por longo perodo no tem direito partilha do imvel adquirido por
usucapio pela esposa que ali permaneceu com a famlia desfeita.
Cmaras de Direito Comercial
18.Em ao de busca e apreenso lastreada em contrato de financiamento, prescindvel a juntada da
via original do ajuste, porquanto no se lhe aplicam os princpios da cartularidade e da circularidade.
19.Afigura-se possvel ao juiz, para assegurar o resultado prtico equivalente, determinar ao rgo de
trnsito que promova a baixa de gravame de alienao fiduciria em registro de veculo quando
medida anterior para compelir a instituio financeira a efetuar tal comunicao tenha sido ineficaz.
20.Embora o rgo Especial do Tribunal de Justia tenha declarado a inconstitucionalidade da
capitalizao de juros com periodicidade inferior a um ano nas operaes realizadas pelas instituies
integrantes do Sistema Financeiro Nacional, possvel, em prestgio da segurana jurdica, sobrestar o
andamento do feito at deciso a ser proferida pelo Supremo Tribunal Federal em ADI que verse sobre
o tema.
Cmaras de Direito Pblico
21.O municpio que mantm creche domiciliar responsvel pelo pagamento de indenizao por danos
morais, materiais e estticos sofridos por criana que suportou queimaduras em decorrncia do
manuseio de gua fervente.
22.Faz jus a indenizao por abalo moral o motorista de ambulncia exonerado que, aps ser
reintegrado ao cargo por determinao judicial, alvo, durante entrevista concedida por representante
do municpio, de expresses ofensivas que fazem aluso causa de sua dispensa ilegal.
23.Padece de nulidade o julgamento de recurso quando a intimao sobre sua incluso em pauta no
contemplar o nome correto dos advogados da parte.
24.A entrega de mercadorias feita por estabelecimento comercial ao consumidor, quando derivada de

bonificao em programa de fidelidade, no enseja a incidncia de ICMS.


Cmara Especial Regional de Chapec
25.No comprovada na alienao de quotas societrias pelo companheiro a terceiros a ocorrncia de
fraude, incabvel a incluso desses bens na partilha decorrente da dissoluo da unio estvel.
Turmas de Recursos
26.A falta de informao expressa ao consumidor acerca da incluso nas parcelas de financiamento de
veculo de valores relativos a contrato de seguro autoriza a restituio simples da quantia paga.

rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 1 DO ART. 6 DA LEI COMPLEMENTAR N. 180/10, DO
MUNICPIO DE ITAJA, QUE DISPE SOBRE A READAPTAO FUNCIONAL, OS AFASTAMENTOS
VINCULADOS PERCIA MDICA E A MOVIMENTAO TEMPORRIA POR MOTIVO DE SADE.
CONDICIONA O GOZO DOS BENEFCIOS COMPROVAO DE QUE A MOLSTIA FOI ADQUIRIDA DEPOIS
DO INGRESSO NO SERVIO PBLICO. OFENSA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, ISONOMIA E
ESTABILIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE. PEDIDO ACOLHIDO. 2 DO ART. 6 DA LEI COMPLEMENTAR
N. 180/10. SUJEITA O SERVIDOR, SE HOUVER INDCIOS DE QUE A PATOLOGIA EXISTIA ANTES DO
INGRESSO NO SERVIO PBLICO, A PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. IDENTIDADE DE VCIOS E
RELAO DE INSTRUMENTALIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE POR ATRAO. Processo: 2013.0112099. Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima Filho. Julgamento: 04/06/2014. Classe: Ao Direta de
Inconstitucionalidade.

2.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. JULGAMENTO DEFINITIVO (ART. 12 DA LEI N.


12.069/2001). VIABILIDADE. LEI MUNICIPAL DE ORIGEM PARLAMENTAR QUE ESTABELECE PERODO
MNIMO PARA INSCRIO EM CONCURSO PBLICO E INTERSTCIO MNIMO PARA A REALIZAO DO
CERTAME. USURPAO DA INICIATIVA PRIVATIVA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO. INOCORRNCIA.
Uma vez devidamente instrudo o feito, com a expedio das notificaes exigidas pelo artigo 12 da Lei
n. 12.069/2001, possvel o julgamento definitivo da ao. "No h inconstitucionalidade formal por
vcio de iniciativa em lei oriunda do Poder Legislativo que disponha sobre aspectos de concursos
pblicos sem interferir, diretamente, nos critrios objetivos para admisso e provimento de cargos
pblicos". Processo: 2013.055506-2. Relator: Des.
Salim
Schead
dos
Santos. Julgamento: 04/06/2014

Grupo de Cmaras de Direito Civil


3.EMBARGOS INFRINGENTES. EMBARGOS EXECUO DE ALIMENTOS. INSURGNCIA CONTRA
ACRDO QUE, POR MAIORIA, DEU PROVIMENTO AO APELO DO EMBARGADO PARA DETERMINAR O
PROSSEGUIMENTO DA EXECUCIONAL. SUPOSTO FILHO REGISTRADO UNILATERALMENTE E DE M-F
PELA GENITORA EM NOME DO EX-ESPOSO, COM BASE NA PRESUNO DE PATERNIDADE PREVISTA NO
CC/16. CONDIO DE PAI AFASTADA SOMENTE NA TERCEIRA DEMANDA NEGATRIA DE PATERNIDADE,
AOS 23 ANOS DO ALIMENTANDO. VERBA ALIMENTAR INADIMPLIDA DE 2002 A 2011. RELATIVIZAO DO
PRINCPIO DA IRREPETIBILIDADE ALIMENTAR. OBSERVNCIA DOS PRINCPIOS DA BOA F OBJETIVA E
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. PERMANNCIA DOS ALIMENTOS RELATIVOS APENAS AO PERODO EM
QUE O ALIMENTANDO ERA MENOR DE IDADE. CLARIVIDENTE M-F DESTE AO ALCANAR A
MAIORIDADE E PROSSEGUIR COM A COBRANA, TENDO CINCIA DE QUE O ALIMENTANTE NO ERA SEU

PAI BIOLGICO E NO MANTINHA QUALQUER RELAO DE SOCIOAFETIVIDADE CONSIGO. EXTINO DA


DVIDA
INDEVIDAMENTE
COBRADA.
PREVALNCIA
DO
VOTO
VENCIDO.
RECURSO
PROVIDO. Processo: 2013.010591-5.Relator: Des. Srgio Izidoro Heil. Julgamento: 11/06/14.

Cmaras de Direito Criminal


4.APELAO CRIMINAL. DANO CONTRA O PATRIMNIO PBLICO. PLEITO ABSOLUTRIO POR AUSNCIA
DE ANIMUS NOCENDI. RU QUE, AO SER TRANSPORTADO DELEGACIA DE POLCIA, QUEBRA O
REVESTIMENTO DO BAGAGEIRO DE VIATURA. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS INCONTESTES.
INEXIGIBILIDADE DE DEMONSTRAO DE DOLO ESPECFICO NO CASO. CONDENAO MANTIDA.
DOSIMETRIA. FIXAO DE REGIME INICIAL MAIS BRANDO E SUBSTITUIO POR MEDIDAS RESTRITIVAS
DE DIREITOS. ACUSADO MULTIRREINCIDENTE. PRESSUPOSTOS LEGAIS NO SATISFEITOS. RECURSO
NO PROVIDO. Processo: 2014.003284-2 (Acrdo).Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima
Filho. Origem: Joaaba. rgo
Julgador: Terceira
Cmara
Criminal. Data
de
Julgamento: 03/06/2014.

5.RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. FURTO SIMPLES. REJEIO DA DENNCIA PELO PRINCPIO DA


INSIGNIFICNCIA. RECURSO DA ACUSAO. PLEITO DE REFORMA DA SENTENA. PROCEDNCIA. FURTO
DE R$ 520,00 EM ESPCIE. RES FURTIVA QUE REPRESENTA CERCA DE 80% DO VALOR DO SALRIO
MNIMO VIGENTE POCA DOS FATOS. CONDUTA OFENSIVA A BEM JURDICO TUTELADO. REQUISITOS
DA INSIGNIFICNCIA NO PREENCHIDOS. PRECEDENTES DESTE TRIBUNAL. ACUSADA, ADEMAIS, QUE
POSSUI CONTRA SI OUTROS DOIS INQURITOS POLICIAIS PELA PRTICA DE FURTOS. DENNCIA
RECEBIDA NOS TERMOS DA SMULA 709 DO STF. RECURSO PROVIDO. Processo: 2014.027147-5
(Acrdo). Relator: Des. Rui Fortes. Julgamento: 03/06/2014. Classe: Recurso Criminal.

6.MANDADO DE SEGURANA EM MATRIA CRIMINAL. INSURGNCIA CONTRA O INDEFERIMENTO DO


PEDIDO DE INSTAURAO DO PROCESSO DE EXECUO PENAL. PLEITO FUNDAMENTADO NA
INVIABILIDADE DE REQUERER OS BENEFCIOS DA LEI DE EXECUO PENAL. AO PENAL TRANSITADA
EM JULGADO. EXPEDIO DE MANDADO DE PRISO. IMPETRANTE FORAGIDO. EXPEDIO DE GUIA DE
RECOLHIMENTO E, CONSEQUENTE, INCIO DA EXECUO PENAL QUE OCORRE SOMENTE APS O RU
SER PRESO. INTELIGNCIA DO ART. 674 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL E ART. 105 DA LEI DE
EXECUO
PENAL.
DIREITO
LQUIDO
E
CERTO
INEXISTENTES.
SEGURANA
DENEGADA. Processo: 2014.010795-0. Relatora: Desa.
Marli
Mosimann
Vargas
Julgamento:27/05/2014.

7.CORREIO PARCIAL (RECLAMAO) - PEDIDO DE RESTITUIO DE VECULO APREENDIDO PARA


APURAO DE ATO INFRACIONAL - DECISO LIBERATRIA DO BEM CONDICIONADA AO PAGAMENTO DAS
DESPESAS COM A APREENSO - INVIABILIDADE - INAPLICABILIDADE DA LEGISLAO DE TRNSITO DEVOLUO REGIDA PELA LEI PROCESUAL PENAL QUE NO FAZ QUALQUER EXIGNCIA QUANTO AO
PAGAMENTO DE DESPESAS - RECURSO PROVIDO. Processo: 2014.015609-4. Relatora: Desa. Salete
Silva Sommariva. Julgamento: 27/05/2014.

8.APELAO CRIMINAL. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO (ART. 14 DA LEI N.
10.826/03). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DEFENSIVO. ACUSADO ABSOLVIDO DA PRTICA DO
CRIME DE AMEAA, EM RAZO DO RECONHECIMENTO DA LEGTIMA DEFESA. REPRESENTANTE DO
MINISTRIO PBLICO QUE, EM ALEGAES FINAIS, DESTACA QUE A UTILIZAO DA ARMA DE FOGO FOI
NECESSRIA PARA VIABILIZAR A DEFESA DA VTIMA. DENNCIA QUE SOMENTE NARRA A UTILIZAO

DO ARTEFATO PARA REALIZAR A AMEAA. AUSNCIA DE DESCRIO DE CONDUTAS RELACIONADAS AO


PORTE DE ARMA DE FOGO. AFRONTA AO PRINCPIO DA CORRELAO. ABSOLVIO DEVIDA. RECURSO
PROVIDO. Processo: 2013.005261-4. Relator: Des. Rodrigo Collao.

9.RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - ARQUIVAMENTO DO INQURITO POLICIAL - ACOLHIMENTO DE


PARECER MINISTERIAL - INTERPOSIO DE APELAO - NO CONHECIMENTO NA ORIGEM EM RAZO DO
DESCABIMENTO - ALEGAO RECURSAL DE QUE TAL DECISUM POSSUI FORA DEFINITIVA CAPAZ DE
DESAFIAR O ALUDIDO RECURSO (CPP, ART. 593, II) - FEITO QUE SEQUER ULTRAPASSOU A FASE
INDICIRIA - INADMISSIBILIDADE DO INGRESSO DO ASSISTENTE DA ACUSAO ANTES DO
RECEBIMENTO DE EVENTUAL DENNCIA (CPP, ART. 268) - DECISO DE ARQUIVAMENTO IRRECORRVEL
E QUE NO GEROU COISA JULGADA MATERIAL - RECURSO DESPROVIDO. I - Somente se admite o
ingresso do assistente de acusao aps a deflagrao da ao penal, vale dizer, aps o recebimento
da denncia (CPP, art. 268), razo pela qual no h falar-se em sua admissibilidade na fase de inqurito
policial e, consequentemente, em legitimidade recursal (CPP, art. 577). II - "Nos crimes de ao pblica
incondicionada, quando o prprio Ministrio Pblico requerer o arquivamento do procedimento
investigatrio, irrecorrvel a deciso do Juiz que defere o pedido". III - Embora no se olvide o
entendimento exarado pelo STJ no sentido de que o decreto de arquivamento fundado em manifesta
atipicidade ou incidncia de justificante apto a produzir coisa julgada material, tal situao no ocorre
quando o magistrado ressalva a possibilidade, nos termos dos arts. 18 e 28 do CPP, ser recebida nova
acusao lastreada em novas provas, sem se manifestar de modo definitivo pela atipicidade do
fato.Processo: 2014.017000-1
(Acrdo). Relatora: Desa.
Salete
Silva
Sommariva. Julgamento:27/05/2014.

10.HABEAS CORPUS. SUPOSTA PRTICA DO CRIME DE CALNIA. ELABORAO E COMPARTILHAMENTO


EM REDE SOCIAL DE ANNCIO COM CONTEDO QUE VEICULA SUPOSTA CALNIA. INICIAL ACUSATRIA
QUE NARRA A PRTICA DO DELITO EM COAUTORIA. QUEIXA-CRIME OFERTADA CONTRA APENAS UMA
DAS AUTORAS. RENNCIA TCITA AO DIREITO DE QUEIXA QUANTO A OUTRA. EXTENSO DA RENNCIA
EM FAVOR DA QUERELADA. EXEGESE DOS ARTS. 48 E 49 DO CPP. PRINCPIO DA INDIVISIBILIDADE DA
AO PENAL PRIVADA. EXTINO DA PUNIBILIDADE. ORDEM CONCEDIDA PARA DETERMINAR O
TRANCAMENTO DA AO PENAL. Processo:2014.027040-4 (Acrdo). Relator: Des. Rodrigo Collao.
Julgamento: 05/06/2014. Classe: Habeas Corpus.

Cmaras de Direito Civil


11.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. DEMANDA AJUIZADA
POR CLIENTE CONTRA ADVOGADO. ALEGAO DE INDEVIDA APROPRIAO DE VALORES. SENTENA
QUE RECONHECEU O PRAZO TRIENAL DA PRESCRIO. RECURSO DO AUTOR. PRETENDIDA INCIDNCIA
DO LAPSO PRESCRICIONAL DO ART. 27 DO CDC. IMPOSSIBILIDADE. APLICAO INDEVIDA DO PRAZO
TRIENAL. PREVALNCIA DO ART. 206, 3, V, DO CC/02, SOMENTE PARA OS CASOS DE
RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL OU AQUILIANA. DISCUSSO SOBRE RETENO INDEVIDA
DE VALORES QUE REFLETE A INADIMPLNCIA DO CONTRATO DE MANDATO. INCIDNCIA DO PRAZO
DECENAL DO ART. 205 DO CC/02. PRESCRIO INEXISTENTE. decenal a prescrio, fulcrada no art.
205 do CC/02, quando a causa discute indevida reteno de valores perpetrada por advogado em
prejuzo do cliente, refletindo a hiptese ntido descumprimento contratual, abarcando a norma
timbrada no art. 206, 3, V, do CC/02, apenas os casos de responsabilidade civil aquiliana ou
extracontratual. CONTROVRSIA QUE EXIGE A NECESSIDADE DE MAIOR EXAME DE MATRIA FTICA.
REQUERIMENTO DAS PARTES PARA PRODUO DE PROVAS. SENTENA PROFERIDA IMEDIATAMENTE
APS A RPLICA. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAO DO ART. 515, 3, DO CPC. REMESSA DOS AUTOS
ORIGEM. INSTRUO PROBATRIA DEVIDA. SENTENA DESCONSTITUDA. APELO CONHECIDO E
PROVIDO. Processo: 2014.009102-8. Relator: Des. Jorge Luis Costa Beber. Julgamento:05/06/2014.

12.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. LARVA SUPOSTAMENTE


ENCONTRADA DENTRO DE BOMBOM NESTL. EMPRESA RENOMADA, COM ALTO PADRO DE
QUALIDADE. AUSNCIA DE PROVA EFETIVA ACERCA DOS FATOS NARRADOS NA INICIAL.
RESPONSABILIDADE CIVIL NO DEMONSTRADA. SENTENA DE IMPROCEDNCIA. MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO. Processo: 2014.021689-5.Relator: Des. Srgio Izidoro Heil.

13.AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUO DE HONORRIOS ADVOCATCIOS. PEDIDO DE


DESCONSIDERAO DA PERSONALIDADE JURDICA DA EMPRESA EXECUTADA. INDEFERIMENTO NA
ORIGEM. MEDIDA EXCEPCIONAL, ADMITIDA SOMENTE NAS HIPTESES EM QUE CONFIGURADOS OS
REQUISITOS DO ART. 50 DO CDIGO CIVIL. CONJUNTO PROBATRIO QUE APONTA O ESVAZIAMENTO
PATRIMONIAL DA EMPRESA EXECUTADA. ABUSO DA PERSONALIDADE JURDICA EVIDENCIADO. GRUPO
ECONMICO COM ESTRUTURA MERAMENTE FORMAL. POSSIBILIDADE DE EXTENSO DA
DESCONSIDERAO PARA ATINGIR DEMAIS EMPRESAS DO GRUPO. RECURSO PROVIDO. "Reconhecido o
grupo econmico e verificada confuso patrimonial, possvel desconsiderar a personalidade jurdica
de uma empresa para responder por dvidas de outra, inclusive em cumprimento de sentena, sem
ofensa

coisa
julgada". Processo: 2012.085940-0. Relator: Des.
Domingos
Paludo. Julgamento: 08/05/2014.

14.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANO DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRNSITO.


VECULO QUE ABALROA TRASEIRA DE CAMINHO. SENTENA DE IMPROCEDNCIA. 1. RECURSO DO
AUTOR. 1.1. PEDIDO DE REFORMA DO DECISUM AO ARGUMENTO DE QUE NO FOI DESCONSTITUDO O
BOLETIM DE ACIDENTE DE TRNSITO. SUBSISTNCIA. PROVAS TESTEMUNHAIS CONTRADITRIAS,
INCAPAZES DE DERRUIR A PRESUNO IURIS TANTUM DE QUE SE REVESTE O BOLETIM DE
OCORRNCIA. ADEMAIS, PRESUNO DE CULPABILIDADE DO VECULO QUE PROVOCA COLISO
TRASEIRA. 1.2. TRANSPORTE DE CORTESIA (CARONEIRO). INCIDNCIA DA SMULA 145 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIA. CULPA GRAVE DO CONDUTOR DEMONSTRADA. CONDUO DE VECULO APS
INGESTO DE BEBIDA ALCOLICA. COLISO COM TRASEIRA DE CAMINHO. ACIDENTE DEIXANDO A
VTIMA PARAPLGICA E COM PERDA DE CONTROLE ESFINCTERIANO. 1.3. CULPA CONCORRENTE.
CARONEIRO QUE, POR DEIXAR DE USAR CINTO DE SEGURANA, CONTRIBUI COM A GRAVIDADE DAS
LESES. OUTROSSIM, AUTOR CIENTE DA INGESTO DE LCOOL PELO MOTORISTA, POIS COM ELE
CONSUMIA CERVEJA. RISCO ASSUMIDO. RESPONSABILIDADE DO CONDUTOR MINORADA A 50%. 1.4.
DANO MORAL. OFENSA SADE. ABALO ANMICO IN RE IPSA. QUANTUM ARBITRADO EM R$50.000,00,
COM BASE NOS CRITRIOS DE RAZOABILIDADE E DE PROPORCIONALIDADE, RESPEITADOS OS
ASPECTOS COMPENSATRIO E INIBITRIO DO DANO MORAL. 1.5. PENSO MENSAL. PERDA DA
CAPACIDADE LABORATIVA. CABIMENTO. NECESSIDADE DE PROVER A SUBSISTNCIA. 1.6. CONSTITUIO
DE CAPITAL. PRESCINDIBILIDADE. POSSIBILIDADE DE APLICAO PELO JUZO DE CUMPRIMENTO DA
SENTENA. INTELIGNCIA DO ARTIGO 475-Q DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. SMULA 313 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA SUPERADA PELA REVOGAO DO ARTIGO 602 DO DIGESTO
PROCESSUAL CIVIL. 1.7. DESPESAS COM TRATAMENTO. OFENSA SADE FSICA. DEVER DE O OFENSOR
INDENIZAR O OFENDIDO. 1.8. SUCUMBNCIA RECPROCA RECONHECIDA. 2. RECURSO CONHECIDO E EM
PARTE PROVIDO. Processo: 2011.001216-4. Relator: Des. Raulino Jac Brning

15.DIREITO AUTORAL. TRILHA SONORA DE FILMES EXIBIDOS EM SALAS DE CINEMA. ANTECIPAO DE


TUTELA. AUSNCIA DE REQUISITOS AUTORIZADORES. INTERPRETAO DO ART. 68 DA LEI DE DIREITOS
AUTORAIS. POSSIBILIDADE DE EXPRESSA AUTORIZAO DOS COMPOSITORES. NECESSIDADE DE EXAME
DOS CONTRATOS. AUSNCIA, ADEMAIS DE PERICULUM IN MORA. QUESTO QUE DEVER SER DEFINIDA
EM SENTENA DE MRITO. A Lei de Direitos Autorais, em seu art. 68, dispe que a exibio pblica de
trilhas sonoras depender de expressa autorizao dos compositores, preceito este que se afasta do
dever compulsrio de recolhimento, previsto pela norma inserta na revogada Lei n. 5.988/73. O art. 105
da Lei n. 9.610/98 no foi redigido com ateno necessidade de harmonizao com as normas do
Cdigo de Processo Civil. Conquanto a norma autorize a expedio de ordem para imediata paralisao

da atividade lesiva ao direito autoral, ela nada disps sobre provimento antecipatrio ou tutela
acautelatria. A concesso de liminar, h de respeitar, conforme o caso, os requisitos do art. 273 ou do
art.
798
do
CPC. Processo: 2010.064344-7. Relator: Des.
Sebastio
Csar
Evangelista.
Julgamento: 05/06/2014.

16.AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXONERAO DE ALIMENTOS. TUTELA ANTECIPADA INDEFERIDA.


ALEGADA DOENA EM ESTGIO TERMINAL DO ALIMENTANTE. DOCUMENTOS APRESENTADOS EM
CONTRAMINUTA QUE, EM SEDE DE COGNIO SUMRIA, DO CONTA DA RECUPERAO BASTANTE
SENSVEL DA SADE DO AGRAVANTE. PRESUMIDA A NECESSIDADE DA VERBA PELA BENEFICIRIA.
MENOR IMPBERE. EXTINO DA OBRIGAO DESCABIDA. PLEITO ALTERNATIVO DE REDUO DO
ENCARGO. ACOLHIMENTO. CONCORDNCIA DA RECORRIDA EM AUDINCIA REALIZADA NA AO
REVISIONAL DOS ALIMENTOS. RECURSO PROVIDO EM PARTE.Processo: 2014.013775-7. Relator: Des.
Srgio Izidoro Heil. Julgamento: 05/06/2014. Classe: Agravo de Instrumento.

17.DIREITO DE FAMLIA. SOBREPARTILHA. PRETENSO DO VARO DIVISO DE IMVEL ADQUIRIDO


PELO CASAL NO CURSO DO MATRIMNIO. REGISTRO DOMINIAL QUE AINDA CONSTA A TITULARIDADE
CONJUNTA DO BEM. DEMANDADA QUE, GUISA DE DEFESA, ALEGA A OCORRNCIA DA USUCAPIO.
INCONTROVERSO ABANDONO DO LAR, PELO AUTOR, NO LONGNQUO ANO DE 1967, DEIXANDO
PROPRIA SORTE A ESPOSA E OS 7 FILHOS COMUNS. AFASTAMENTO QUE SE DEU DE FORMA
UNILATERAL, VOLUNTRIA E COMPLETA. DIVRCIO DECRETADO APENAS EM 2000. SENTENA
INACOLHEDORA DO PLEITO EXORDIAL. USUCAPIO ENTRE CNJUGES. NO APLICAO DA CAUSA
IMPEDITIVA PRESCRIO AQUISITIVA (ARTS. 197, INC. I, E 1.244 CC/02, CORRESPONDENTES AOS
ARTS. 168, INC. I, E 553 DO CC/16). ABANDONO DO NCLEO FAMILIAR A PARTIR DO QUAL SUCEDEU A
SEPARAO DE FATO DO CASAL. COMPLETA DISSOCIAO DO VNCULO AFETIVO E ESVAZIAMENTO DOS
LAOS MATRIMONIAIS. INEXISTNCIA DE MANCOMUNHO. CESSAO, NAQUELE ENSEJO, DOS EFEITOS
PRPRIOS AO REGIME DE BENS. POSSE EXERCIDA DE FORMA EXCLUSIVA E EM NOME PRPRIO PELA
VIRAGO SOBRE O IMVEL POR 45 (QUARENTA E CINCO) ANOS ININTERRUPTOS, SEM QUALQUER
OPOSIO DO VARO. REGRA OBSTATIVA DA USUCAPIO ENTRE OS CNJUGES QUE DEVE MERECER
INTERPRETAO TELEOLGICA, OU SEJA, CONFORME O ESCOPO DA NORMA E NA CONFORMIDADE DA
EVOLUO DOS INSTITUTOS DO DIREITO DE FAMLIA. ACOLHIMENTO DA TESE DE USUCAPIO COMO
DEFESA QUE SE AFIGURA PERFEITAMENTE VIVEL. PRECEDENTE DA CORTE. RECURSO IMPROVIDO. 1. A
posse exercida exclusivamente pelo cnjuge separado de fato sobre o imvel que serve de residncia
famlia, pode, excepcionalmente, dar ensejo usucapio do bem registrado em conjunto, a depender
das circunstncias, quando ficar demonstrado cabalmente que essa posse unilateral exercida em
nome prprio e no por conveno entre as partes ou imposio judicial, tampouco se qualificando
como mera tolerncia do outro cnjuge enquanto pendente a partilha definitiva dos bens. 2. Assim
sendo, a norma que impede a fluncia dos prazos de usucapio entre os cnjuges enquanto no
dissolvida a sociedade conjugal - art. 197, I, CC/02, correspondente ao art. 168, inc. I, CC/16 -, deve
merecer interpretao teleolgica, sob a tica, portanto, da evoluo dos institutos no mbito do
Direito de Famlia, tanto mais porque o escopo da regra salvaguardar a unidade patrimonial da famlia
enquanto harmnicos os interesses dos consortes e existente o vnculo de afeto que ensejou, em
primeiro plano, o casamento. 3. Destarte, se a posse exercida por um dos cnjuges sobre o bem no
decorre da mancomunho - mas, ao contrrio, exercida por mais de 45 anos pela virago de forma
exclusiva, em virtude do completo abandono do ncleo familiar e dos bens pelo esposo -, deve ser
reconhecida a usucapio como defesa e merecer rejeio, de conseguinte, a pretenso do desertor de
partilhar o imvel que serviu de abrigo, nesses anos todos, ao que sobrou da famlia
desfeita.Processo: 2013.065549-6. Relator: Des. Eldio Torret Rocha. Julgamento: 05/06/14.Juiz
Prolator: Antnio Carlos ngelo. Classe: Apelao Cvel.

Cmaras de Direito Comercial


18.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE BUSCA E APREENSO. DECISO AGRAVADA QUE DETERMINA A
JUNTADA DA VIA ORIGINAL DO CONTRATO. AO EMBASADA EM CONTRATO DE FINANCIAMENTO, E NO

EM CDULA DE CRDITO BANCRIO. DOCUMENTO QUE NO CONSTITUI TTULO DE CRDITO E,


PORTANTO, NO CARACTERIZADO PELA CARTULARIDADE NEM EST SUJEITO CIRCULARIDADE POR
ENDOSSO.
DESNECESSIDADE
DE
JUNTADA
DA
VIA
ORIGINAL.
RECURSO
PROVIDO.Processo: 2014.012281-1. Relatora: Desa.
Soraya
Nunes
Lins. Julgamento: 29/05/2014.Juiz Prolator: Paulo da Silva Filho. Classe: Agravo de Instrumento.

19.APELAO CVEL. AO DE OBRIGAO DE FAZER C/C PEDIDO DE ANTECIPAO DE TUTELA.


CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE VECULO GARANTIDO POR ALIENAO FIDUCIRIA. SENTENA DE
PROCEDNCIA. RECLAMO DA INSTITUIO FINANCEIRA. AGRAVO RETIDO. INSURGNCIA CONTRA
DECISO QUE ANTECIPOU OS EFEITOS DA TUTELA. ANLISE DO MRITO DO AGRAVO EM CONJUNTO
COM O DO APELO POR IDENTIDADE DAS RAZES RECURSAIS. APELAO. PLEITO PELA ATRIBUIO DE
EFEITO SUSPENSIVO AO RECURSO. QUESTO APRECIADA PELO JUZO A QUO. DECISO IRRECORRIDA.
PRECLUSO EVIDENCIADA. NO CONHECIMENTO. ALEGAO DE QUE NO H POSSIBILIDADE MATERIAL
AO CUMPRIMENTO DO COMANDO JUDICIAL. DECISO QUE DETERMINOU INSTITUIO FINANCEIRA
QUE PROMOVESSE A RETIFICAO DO DOCUMENTO DO AUTOR (CPF) NA INFORMAO DE ALIENAO
FIDUCIRIA ENCAMINHADA AO RGO DE TRNSITO. NECESSIDADE DE O REPRESENTANTE LEGAL DO
AGENTE FINANCEIRO ENCAMINHAR REQUERIMENTO SOLICITANDO A BAIXA DO GRAVAME, PARA
POSTERIOR RETIFICAO (ART. 3, DA PORTARIA N. 237/2010 EXPEDIDA PELO DETRAN/SC). ALTERAO
DA MULTA POR OUTRA MEDIDA CAPAZ DE DAR MAIOR EFETIVIDADE AO REAL OBJETIVO DA PARTE.
INTELIGNCIA DO ART. 461, 3 E 5, DO CPC. NECESSIDADE DE DESCOBERTA DA MEDIDA MAIS
ADEQUADA OBTENO DO RESULTADO PRTICO EQUIVALENTE AO DO ADIMPLEMENTO OU DA TUTELA
ESPECFICA, NO CASO CONCRETO, A EXPEDIO DE OFCIO AO RGO DE TRNSITO COMPETENTE
PARA PROCEDER BAIXA DA RESTRIO. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E, NESTA, PARCIALMENTE
PROVIDO.Processo: 2013.001038-6. Relatora: Desa. Soraya Nunes Lins. Julgamento: 29/05/2014.

20.I - AO DE REVISO DE CONTRATOS. APELO DA INSTITUIO FINANCEIRA. CONTRATO DE


ABERTURA DE CRDITO EM CONTA CORRENTE. INSTRUMENTO NO ENCARTADO NOS AUTOS.
PRESUNO DE VERACIDADE DOS FATOS ALEGADOS PELA AUTORA. ART. 359 DO CPC. CAPITALIZAO
DE JUROS. NECESSIDADE DE PREVISO LEGAL E DISPOSIO CONTRATUAL EXPRESSA. COBRANA
INVIABILIZADA PELA IMPOSSIBILIDADE DE SE AFERIR A RESPECTIVA PACTUAO. JUROS
REMUNERATRIOS. INSURGNCIA QUE NO SE COADUNA COM OS TERMOS DA SENTENA. AUSNCIA
DE ESPECFICA IMPUGNAO DA MOTIVAO EXTERNADA PELO JULGADOR DE 1 GRAU. VIOLAO DOS
PRINCPIOS DA DIALETICIDADE E CONGRUNCIA. INOBSERVNCIA DO ART. 514 CPC. RECLAMO NO
CONHECIDO NESTE TPICO. INVIABILIDADE DO EMPREGO DA TAXA REFERENCIAL COMO INDEXADOR DE
CORREO MONETRIA NOS CONTRATOS DE ABERTURA DE CRDITO EM CONTA CORRENTE E DE
ARRENDAMENTO MERCANTIL, EM RAZO DA INEXISTNCIA DE DISPOSIO CONTRATUAL
AUTORIZADORA. FALTA DE INTERESSE RECURSAL QUANTO CDULA DE CRDITO BANCRIO COM
ALIENAO FIDUCIRIA EM GARANTIA, PORQUANTO EXPRESSAMENTE PRONUNCIADA A LEGALIDADE DA
RESPECTIVA UTILIZAO. PRETENDIDA CUMULAO DA COMISSO DE PERMANNCIA COM OS DEMAIS
ENCARGOS AJUSTADOS. VEDAO. SMULA 472 DO STJ E ENUNCIADO III DO GRUPO DE CMARAS DE
DIREITO COMERCIAL. "[...] Nos termos da Smula 472 do Superior Tribunal de Justia e do Enunciado III
do Grupo de Cmaras de Direito Comercial desta Corte, lcita a cobrana da comisso de
permanncia, se pactuada expressamente, vedada, todavia, a cumulao com correo monetria,
juros moratrios, remuneratrios e multa". NUS SUCUMBENCIAIS. VERBA APLICADA DE FORMA
RECPROCA E PROPORCIONAL DERROTA DE CADA LITIGANTE. DISTRIBUIO ACERTADA. EXEGESE DO
ART. 21, CAPUT, DO CPC. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO. APELO DA AUTORA.
TENCIONADA DESCARACTERIZAO DA MORA COM RELAO AO CONTRATO DE ABERTURA DE CRDITO
EM CONTA CORRENTE. ARGUMENTO QUE CONSTITUI INOVAO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE DE
ACATO, SOB PENA DE OFENSA AO PRINCPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIO. ART. 515, 1, DO CPC.
INSURGNCIA NO CONHECIDA NESTE PONTO. IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAO DA COMISSO DE
PERMANNCIA COM OS JUROS REMUNERATRIOS NO PERODO DE INADIMPLEMENTO. AUSNCIA DE
INTERESSE RECURSAL. SENTENA RECORRIDA QUE VEDOU A ALUDIDA CUMULAO TANTO NO
CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL, BEM COMO NA CDULA DE CRDITO BANCRIO COM
ALIENAO FIDUCIRIA EM GARANTIA, E, DE OUTRO VRTICE, AFASTOU A INCIDNCIA DA COMISSO
DE PERMANNCIA NO CONTRATO DE ABERTURA DE CRDITO EM CONTA CORRENTE. COMPENSAO
DOS HONORRIOS ADVOCATCIOS. INVIABILIDADE. INTELIGNCIA DO ART. 23, DA LEI N 8.906/94.

NECESSIDADE DE PARCIAL REFORMA DO DECISUM. RECURSO CONHECIDO EM PARTE, E PARCIALMENTE


PROVIDO. II - AO DE BUSCA E APREENSO. CDULA DE CRDITO BANCRIO COM ALIENAO
FIDUCIRIA EM GARANTIA. PLEITEADA ATRIBUIO DE EFEITO SUSPENSIVO INSURGNCIA. APELO
RECEBIDO APENAS NO EFEITO DEVOLUTIVO. ART. 3, 5, DO DECRETO-LEI 911/69. DECISO
IRRECORRIDA. PRECLUSO. JULGAMENTO DO RECLAMO QUE, ADEMAIS, TORNA INCUA A PRETENSO.
AFASTAMENTO DA MORA. INVIABILIDADE. ABUSIVIDADE NO CONSTATADA. REQUISITO INDISPENSVEL,
SEGUNDO DECIDIDO PELO STJ POR OCASIO DO JULGAMENTO DO RESP. N 1.061.530/RS.
INADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL DA DVIDA BEM EVIDENCIADO. "[...] ORIENTAO 2 - CONFIGURAO
DA MORA a) O reconhecimento da abusividade nos encargos exigidos no perodo da normalidade
contratual (juros remuneratrios e capitalizao) descarateriza a mora; b) No descaracteriza a mora o
ajuizamento isolado de ao revisional, nem mesmo quando o reconhecimento de abusividade incidir
sobre os encargos inerentes ao perodo de inadimplncia contratual". EMPENHO PELA VEDAO DA
INCIDNCIA DE JUROS REMUNERATRIOS CONCOMITANTEMENTE COBRANA DE COMISSO DE
PERMANNCIA DURANTE O PERODO DE INADIMPLNCIA. FALTA DE INTERESSE RECURSAL. SENTENA
PROLATADA NOS AUTOS DA AO REVISIONAL QUE J VEDOU A RESPECTIVA CUMULAO. RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2014.022790-8. Relator: Des.
Luiz
Fernando
Boller. Julgamento:17/06/2014.

Cmaras de Direito Pblico


21.APELAO CVEL E REEXAME NECESSRIO. AO DE INDENIZAO. ACIDENTE EM CRECHE
DOMICILIAR MANTIDA PELO MUNICPIO DE BLUMENAU. QUEIMADURAS DE SEGUNDO GRAU
PROVOCADAS POR DERRAMAMENTO DE GUA FERVENTE TRANSPORTADA INDEVIDAMENTE.
LEGITIMIDADE AD CAUSAM DO ENTE PBLICO CONFIGURADA. FISCALIZAO DEFICIENTE DAS ROTINAS
DO AMBIENTE ESCOLAR POR PARTE DO ENTE PBLICO. PRELIMINAR RECHAADA. MRITO.
IRRESIGNAO QUANTO POSSIBILIDADE DE A MENOR SOFRER DANOS MORAIS, ANTE A SUA TENRA
IDADE. APLICAO DO ART. 1, III, DA CFRB/1988 E DO ART. 3 DA LEI N. 8.069/1990 (ECA). RECURSO
DESPROVIDO. POSSIBILIDADE DE CUMULAO DE INDENIZAO PELOS DANOS MORAIS E MATERIAIS
SOFRIDOS. APLICAO DA SMULA 387 DO STJ. JUROS MORATRIOS. IRRESIGNAO QUANTO
FIXAO DO TERMO A QUO. APLICAO DA SMULA N. 54 DO STJ. FLUNCIA A PARTIR DA DATA DO
EVENTO DANOSO. CORREO MONETRIA. TERMO INICIAL. DATA DO ARBITRAMENTO DO QUANTUM
INDENIZATRIO, NA FORMA DA SMULA N. 362 DO TRIBUNAL DA CIDADANIA. APLICAO DO ART. 1-F
DA LEI N. 9.494/1997, COM REDAO DETERMINADA PELA LEI N. 11.960/2009. APLICAO DOS
PERCENTUAIS PREVISTOS NO NDICE DE PREOS AO CONSUMIDOR AMPLO - IPCA. RECURSO
VOLUNTRIO E REMESSA NECESSRIA DESPROVIDOS. Conforme lecionou Hely Lopes Meirelles, "[as
pessoas fsicas e as pessoas jurdicas que exercem funes delegadas] respondem objetivamente pelos
danos que seus empregados, nessa qualidade, causarem a terceiros, pois, como dissemos
precedentemente, no justo e jurdico que s a transferncia ou a execuo de uma obra ou de um
servio originariamente pblico a particular caracterize sua intrnseca natureza estatal e libere o
executor privado das responsabilidades que teria o Poder Pblico se o executasse diretamente, criando
maiores nus de prova ao lesado". Como cedio, as leses epiderme causadas por queimaduras
causam dor aguda, e so de reparao to difcil quanto incerta, exigindo, por vezes, extensas cirurgias
plsticas. Alm do mais, ante o arcabouo de normas existentes no ordenamento jurdico ptrio, no se
pode negar a existncia de um dano moral apenas em virtude de a vtima ser criana de tenra idade.
"[...] STJ ao apreciar REsp n. 1.270.439/PR, representativo de controvrsia, declarou a
inconstitucionalidade parcial do art. 5 da Lei 11.960/2009, no tocante ao critrio de correo
monetria nele previsto, mantida, no entanto, a eficcia do dispositivo quanto ao clculo dos juros
moratrios. Dessa forma, dever incidir sobre a base de clculo dos juros de mora alquota no
percentual de 1% ao ms, a partir do evento danoso, consoante Smula 54 do STJ, tal como consta na
sentena, at a entrada em vigor da Lei 11.960/2009 (30/06/2009), que deu nova redao ao art. 1-F
da Lei 9.494/1997, quando o percentual deve ser substitudo pelo ndice aplicvel caderneta de
poupana. Quanto aos critrios da correo monetria, o ndice a ser observado dever ser aquele que
melhor reflita a inflao acumulada do perodo, qual seja, o IPCA, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatstica - IBGE, cujos termos iniciais foram bem delineados pela sentena, a saber: a partir de seu
arbitramento em sentena (Smula 362 STJ)". Processo:2013.091317-8). Relator: Des. Stanley da
Silva Braga. Julgamento: 03/06/2014.

22.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO DANOS MORAIS. SERVIDOR PBLICO EXONERADO DO


CARGO DE MOTORISTA DE AMBULNCIA. SUPOSTA LESO AOS COFRES PBLICOS, APURADA EM
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR, EM VIRTUDE DE ELEVADO NMERO DE MULTAS DE TRNSITO
NO EXERCCIO DA FUNO. REINTEGRAO AO CARGO POR FORA DE DECISO JUDICIAL. FATO,
TODAVIA, NOTICIADO EM JORNAIS LOCAIS POR REPRESENTANTE DO ENTE MUNICIPAL, COM A
UTILIZAO INDEVIDA DE EXPRESSES DEPRECIATIVAS CONTRA O FUNCIONRIO. ACUSAO DE
IRRESPONSVEL, INDISCIPLINADO, INFRATOR E DESMERECEDOR DE CONFIANA. ABALO MORAL
EVIDENCIADO. DEVER DE INDENIZAR. MINORAO DO QUANTUM INDENIZATRIO NO ACOLHIDA.
HONORRIOS ADVOCATCIOS. VENCIDA A FAZENDA PBLICA. FIXAO NO PATAMAR MXIMO DE 10%
DA CONDENAO. JUROS E CORREO MONETRIA. OMISSO DA SENTENA QUANTO AO INDEXADOR.
JUROS DE MORA E CORREO MONETRIA CALCULADOS COM BASE NO ART. 1-F LEI N. 9.494/1997.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. REEXAME NECESSRIO. CONDENAO QUE NO
EXCEDE 60 SALRIOS MNIMOS (ART. 475, 2, cpc). NO CONHECIMENTO. Processo:2012.0878125. Relator: Des. Subst. Stanley da Silva Braga.

24.APELAO CVEL EM MANDADO DE SEGURANA. TRIBUTRIO. ICMS. PROGRAMA DE


RELACIONAMENTO "CLUBE ANGELONI". ACMULO DE PONTOS E POSTERIOR TROCA DE PRODUTOS.
NO INCIDNCIA DO TRIBUTO SOBRE OPERAO DE ENTREGA DA MERCADORIA. BASE DE CLCULO.
LCE N. 87/96, ART. 13, I, 1, II, ALNEA "A". DESCONTO NO DEPENDENTE DE CONDIO FUTURA E
INCERTA. SMULA 475/STJ. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO N. 1.111.156/SP. SEGURANA CONCEDIDA.
RECURSO
PROVIDO. Processo: 2013.065794-0. Relator: Des.
Srgio
Roberto
Baasch
Luz.
Julgamento:10/06/14
Turmas de Recursos
26.RECURSO INOMINADO. AO DE INDENIZAO. FINANCIAMENTO JUNTO INSTITUIO FINANCEIRA
PARA AQUISIO DE UM VECULO AUTOMOTOR. INCLUSO DO CONTRATO DE SEGURO VEICULAR COM
VALORES DISSOLVIDOS NAS PARCELAS DO FINANCIAMENTO SEM ANUNCIA DO REQUERENTE.
INEXISTNCIA DE PROVA NO SENTIDO DE QUE O RECORRENTE FOI ADEQUADAMENTE INFORMADO
ACERCA DA CONTRATAO DO SEGURO. DEVER DE INFORMAO VIOLADO. CABIMENTO DA
RESTITUIO DO VALOR PAGO DE FORMA SIMPLES. DANOS MORAIS DESCABIDOS, CAUSANDO A
COBRANA IRREGULAR MERO DISSABOR. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE. Ao fazer uma
anlise detida do contrato de financiamento de veculo firmado entre as partes, verifica-se que no
houve expressa meno na avena de que ocorreria a contratao de seguro para o automvel
financiado, existindo no contrato apenas clusula genrica sobre a destinao do valor da cobertura
securitria em caso de contratao dessa garantia adicional. A violao do dever de informao implica
no induzimento a erro do consumidor, situao apta a tornar ilegal a contratao efetivada sob tal
circunstncia, cabendo a restituio dos valores pagos indevidamente na forma simples. Para a
caracterizao do dano moral o autor deveria comprovar a extrapolao do limite da mera cobrana
irregular, lhe causando algo capaz de gerar abalo psicolgico, vexame ou grave sofrimento, superior
queles sentidos nas relaes comerciais em geral. No houve incluso do nome do recorrente nos
rgos de proteo ao crdito, nem ao menos h indcios de que tenha sofrido consequncias maiores
com o ato ilegal de cobrana. No presente caso, assim, no se vislumbra a ocorrncia de abalo moral,
mas sim mero dissabor, o que no foi suficiente para perfectibilizar abalo anmico. Neste sentido: O
mero dissabor no pode ser alado ao patamar do dano moral, mas somente aquela agresso que
exacerba a naturalidade dos fatos da vida, causando fundadas aflies ou angstias no esprito de
quem ela se dirige. Recurso especial conhecido e provido, para restabelecer a r. Sentena.. Sentena
parcialmente
reformada. Processo: 2013.401014-6. Relator:Mauricio
Mortari. Origem: Tubaro. rgo
Julgador: Quarta
Turma
de
Recursos
Cricima.
Julgamento: 03/06/2014.

Edio n. 22 de 1 de Agosto de 2014.

rgo Especial
1. constitucional lei municipal que autorize a regularizao de construes e de atividade no
residencial sem licena de funcionamento, no ocorrendo violao autonomia estadual e tampouco
interferncia na atuao do Corpo de Bombeiros Militar.
2.Possui vcio formal de constitucionalidade lei municipal que cria fundo de melhoria da Polcia Militar
de Santa Catarina, pois atividade de segurana pblica no se insere no mbito da competncia do
municpio para legislar.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
3.Candidata que se submete a cirurgia oftalmolgica durante concurso pblico, a fim de atender aos
requisitos do edital, no pode ser considerada inapta.
4.No se afigura razovel e proporcional a demolio de edificao construda sem licena e em rea
de preservao permanente que havia sido degradada por mineradora, quando demonstrado que o
proprietrio promoveu o equilbrio ambiental da rea.
Cmaras de Direito Criminal
5.Admite-se a manuteno da medida cautelar de afastamento do cargo pblico, mesmo diante do
trmino da instruo processual, na hiptese de o agente ter se prevalecido da funo para perpetrar
diversos crimes, haja vista a possibilidade concreta de reiterao delituosa.
6.Vivel a relativizao da presuno de violncia no delito de estupro de vulnervel quando a vtima
consente em ter conjuno carnal e demonstra maturidade sexual, por ausncia de violao ao bem
jurdico tutelado.
7.Impossvel a abstrativizao do controle difuso de constitucionalidade e concesso de efeito erga
omnes ao julgamento incidental a fim de fixar regime distinto do fechado ao condenado por crime de
trfico de drogas.
8.Nos procedimentos destinados apurao de infrao administrativa prevista no Estatuto da
Criana e do Adolescente, o prazo recursal inicia-se quando da intimao do procurador publicada no
Dirio da Justia e no da intimao pessoal do representante da pessoa jurdica.
9.O fato de o perito oficial ter transcrito laudo lavrado por mdico particular no subtrai a
credibilidade das concluses daquele.
10.Na execuo penal imprescindvel a instaurao de procedimento administrativo, a ser presidido
pelo diretor do estabelecimento prisional, para apurao de falta disciplinar, bem como deve ser
assegurado ao apenado o regular exerccio do direito de defesa realizado por advogado constitudo ou
defensor pblico.
Cmaras de Direito Civil
11.Vivel o acolhimento institucional de idoso que sofre maus-tratos dos filhos e reside em imvel
sujeito a runa.
12.Paciente que apresenta problemas de sade aps utilizao de clipe de escritrio em
procedimento cirrgico odontolgico possui direito a indenizao em antecipao de tutela.
13.Possvel a indicao de bens alienados fiduciariamente com a finalidade de garantir o juzo por

segurado que pleiteia o recebimento de prmio a ttulo de antecipao dos efeitos da tutela.
14.Veculo de imprensa que, ao divulgar matria jornalstica inverdica, faz referncia a particular
como suposto policial civil embriagado em festa fantasia abusa do direito de informao e fere a
honra do indivduo prejudicado.
15.O valor dos alimentos fixados provisoriamente em antecipao de tutela passvel de execuo,
mesmo na hiptese de revogao da verba por ocasio do julgamento do correspondente agravo de
instrumento.
16.Em que pese ao significativo dissenso doutrinrio e jurisprudencial acerca da interpretao do art.
37, 6, da Constituio Federal, factvel o reconhecimento da legitimidade de agente pblico para
figurar no polo passivo de ao indenizatria intentada por particular.
Cmaras de Direito Comercial
17.Compete ao foro de domiclio do executado o processamento de execuo de ttulo extrajudicial
proposta por cooperativa de crdito, haja vista a existncia de relao consumerista.
18.Em ao de busca e apreenso decorrente de contrato de financiamento de veculo com garantia
de alienao fiduciria, a mora s purgada com o pagamento integral da dvida pelo devedor.
19.Dvida contrada por interposta pessoa no desonera quem de direito deve adimplir com as
obrigaes assumidas e instrumentalizadas por duplicata mercantil virtual expedida por
estabelecimento comercial.
20.A contratao de servios bancrios como emprstimo pessoal, seguro, carto de crdito e limite
especial desnatura a modalidade de conta-salrio, afastando a ilegalidade do saldo devedor exigido
pela casa financeira.
21.Alterao fraudulenta de contrato social para incluso de scio e administrador em empresa j
constituda por terceiros pode ser suspensa, a ttulo de tutela antecipada, razo do perigo de dano
irreparvel ao scios primitivos.
Cmaras de Direito Pblico
22.Configura tredestinao lcita quando o Municpio, observado o interesse pblico, edifica
educandrio infantil em terreno doado pelo Estado para construo de centro de cultura e lazer.
23. dever do Municpio indenizar por dano material e moral o particular que teve infeco bacteriana
originada por falta de assepsia na aplicao de vacina por agente pblico da rea da sade.
24.Afronta a legislao ambiental a edificao de antena de estao de rdio-base para telefone
celular em rea de proteo ambiental sem obteno das licenas prvia e de instalao, estudo e
relatrio de impacto ambiental e em desrespeito s distncias regulamentares mnimas em relao
aos imveis vizinhos.
25. Como garantia do acesso sade, a municipalidade deve manter posto de atendimento instalado
em nosocmio, de maneira ininterrupta, de forma a proporcionar a reduo das consultas de menor
complexidade pelo hospital local.

rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO URBANSTICO. LEI MUNICIPAL QUE AUTORIZA A

REGULARIZAO DE CONSTRUES E DE ATIVIDADE NO RESIDENCIAL SEM LICENA DE


FUNCIONAMENTO. AUSNCIA DE AFRONTA CONSTITUIO ESTADUAL. IMPROCEDNCIA DA
AO. Processo: 2010.038962-2. Relator: Des.
Cesar
Abreu. Origem: Capital. rgo
Julgador: rgo Especial.Data de Julgamento: 02/04/2014. .

2.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 4.122, DE 21.12.2005, DO MUNICPIO DE


JARAGU DO SUL, QUE CRIOU O FUNDO MUNICIPAL DE MELHORIA DA POLCIA MILITAR DO ESTADO DE
SANTA CATARINA - FUMPOM. NORMA QUE ESTABELECE A DESTINAO DE RECURSOS
ORGANIZAO POLICIAL MILITAR SEDIADA NO MUNICPIO. RGO QUE INTEGRA A ADMINISTRAO
DIRETA ESTADUAL E EST SUBORDINADO AO GOVERNADOR DO ESTADO. INCOMPETNCIA DO
MUNICPIO PARA LEGISLAR SOBRE MATRIA RELACIONADA S SUAS ATIVIDADES. ARTIGOS 50, 2,
INCISO I, E 107, AMBOS DA CONSTITUIO ESTADUAL. INSTITUIO DE TAXA COMO FONTE DE
CUSTEIO DA SEGURANA PBLICA. IMPOSSIBILIDADE. AUSNCIA DE SERVIO PBLICO ESPECFICO E
DIVISVEL. ARTIGO 145, INCISO II, DA CONSTITUIO FEDERAL, E ARTIGO 125, INCISO II, DA
CONSTITUIO ESTADUAL. PRESENA DE VCIOS FORMAL E MATERIAL. PROCEDNCIA DO PEDIDO
INICIAL, COM EFEITOS "EX NUNC", A PARTIR DA PUBLICAO DO ACRDO. Processo: 2013.0145160). Relator: Des. Jnio Machado. Julgamento:02/07/2014

Grupo de Cmaras de Direito Pblico


3.MANDADO DE SEGURANA. CONCURSO PBLICO PARA O CURSO DE FORMAO DE SOLDADOS QUADRO DE PRAAS BOMBEIROS MILITARES. EXAME DE SADE. CANDIDATA QUE, CONSIDERADA
INAPTA POR APRESENTAR BAIXA ACUIDADE VISUAL, REALIZOU C IRURGIA OFTALMOLGICA NO CURSO
DO CERTAME, PASSANDO A APRESENTAR VISO DENTRO DOS LIMITES PREVISTOS NO EDITAL. FATO
SUPERVENIENTE. NECESSIDADE DE OBSERVNCIA AOS PRINCPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. CONCESSO DA SEGURANA EM DEFINITIVO. "Destarte, se antes da realizao
do procedimento cirrgico, quando a correo visual podia se dar simplesmente com o uso de culos
ou lentes de contato, j se visualizava o direito do impetrante ao ingresso na Corporao, a
eliminao do candidato que teve seu problema sanado em interveno mdica importa,
indiscutivelmente, em violao a direito lquido e certo". Processo:2013.004363-9). Relator: Des.
Carlos Adilson Silva. Julgamento: 09/07/2014

4.EMBARGOS INFRINGENTES. AO DEMOLITRIA. AMBIENTAL. IMVEL CONSTRUDO SEM A LICENA


NECESSRIA E EM REA DE PRESERVAO PERMANENTE. MAIORIA DE VOTOS PELA REFORMA DA
SENTENA DE PROCEDNCIA DIANTE DAS PECULIARIDADES DO CASO. VOTO VENCIDO PELA
IMPERIOSA DEMOLIO DA CONSTRUO POR SER IRREGULAR. SITUAO NOTADAMENTE PECULIAR.
APLICAO DOS PRINCPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. PRECEDENTES. LOCAL
EM QUE HAVIA UMA PEDREIRA. ATIVIDADE PREJUDICIAL AO MEIO AMBIENTE. PERCIAS QUE
DEMONSTRARAM TER A NOVA PROPRIETRIA BUSCADO RESTAURAR O EQUILBRIO AMBIENTAL NA
REA OCUPADA COM A PRESERVAO DE PLANTAS NATIVAS E A IMPLANTAO DE SISTEMAS QUE
PODERIAM MINIMIZAR EVENTUAIS IMPACTOS AMBIENTAIS. CONCLUSO DO VOTO MAJORITRIO QUE
SE REVELA CORRETA. RECURSO DESPROVIDO. "O princpio da razoabilidade pode ser definido como
aquele que exige proporcionalidade, justia e adequao entre os meios utilizados pelo Poder Pblico,
no exerccio de suas atividades - administrativas ou legislativas -, e os fins por ela almejados,
levando-se em conta critrios racionais e coerentes. [...]. Portanto, o que se exige do Poder Pblico
uma coerncia lgica nas decises e medidas administrativas e legislativas, bem como na aplicao
de medidas restritivas e sancionadoras; estando, pois, absolutamente interligados, os princpios da
razoabilidade e proporcionalidade. A proporcionalidade, portanto, deve ser utilizada como parmetro
para se evitarem os tratamentos excessivos (ubermassig), inadequados (unangemessen), buscandose sempre no caso concreto o tratamento necessrio exigvel (erforderlich, unerlablich, undeting
notwendig), como corolrio ao princpio da igualdade". Processo: 2013.077696-5. Relator: Des.
Subst. Stanley da Silva Braga. Julgamento: 09/07/14.

Cmaras de Direito Criminal


5.HABEAS CORPUS. SUPOSTA PRTICA DOS CRIMES DE FORMAO DE QUADRILHA, PECULATODESVIO (POR SESSENTA E SEIS VEZES), ESTELIONATO E DE QUEBRA DO SIGILO TELEFNICO SEM
AUTORIZAO JUDICIAL. SUBSTITUIO DA PRISO PREVENTIVA POR OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES
(SUSPENSO DO EXERCCIO DA FUNO PBLICA, PROIBIO DE FREQUENTAR A DELEGACIA DE
POLCIA E DE MANTER CONTATO COM AS TESTEMUNHAS). TRMINO DA INSTRUO PROCESSUAL.
PLEITO DE RETORNO AO EXERCCIO DA ATIVIDADE PBLICA. INDEFERIMENTO MANTIDO. DELITOS
SUPOSTAMENTE COMETIDOS NO EXERCCIO DAS ATRIBUIES DO CARGO PBLICO. AFASTAMENTO
JUSTIFICADO NA IMPOSIO DE UM BICE REITERAO CRIMINOSA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
AFASTADO.
ORDEM
DENEGADA. Processo: 2014.034931-4. Relator: Des.
Rodrigo
Collao. Julgamento: 04/07/2014. Juza
Prolatora: Luciana
Pelisser
Gottardi
Trentini. Classe: Habeas Corpus.

6.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL. ESTUPRO DE VULNERVEL. SENTENA


ABSOLUTRIA. INSURGNCIA DO MINISTRIO PBLICO. PRETENDIDA CONDENAO DO RU NOS
MOLDES DA DENNCIA. INVIABILIDADE. EXISTNCIA DO FATO E MATERIALIDADE DEMONSTRADAS.
CONSENTIMENTO ESPONTNEO DA MENOR PARA O ATO SEXUAL EVIDENCIADO E INDICATIVOS DE
MATURIDADE PARA TANTO. AUSNCIA DE VIOLAO AO BEM JURDICO TUTELADO (LIBERDADE
SEXUAL). PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO QUE CONDUZEM RELATIVIZAO DA PRESUNO
DE
VIOLNCIA.
ABSOLVIO
MANTIDA.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2013.019932-1. Relator: Des.
Subst.
Newton
Varella
Jnior. Julgamento: 10/07/2014.

7.PENAL. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A SADE PBLICA. TRFICO DE DROGAS (LEI
11.343/2006, ART. 33, CAPUT). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA ACUSAO. MATERIALIDADE
E AUTORIA NO IMPUGNADAS. DOSIMETRIA. PRIMEIRA FASE. MAJORAO DA PENA. CRACK. NATUREZA
NOCIVA EVIDENCIADA. INCIDNCIA DO ART. 42 DA LEI 11.343/2006. REGIME INICIAL FECHADO.
POSSIBILIDADE. NO INCIDNCIA DOS EFEITOS DA DECISO PROFERIDA NO HC 111.840/ES EM
CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE PELO STF. ARGUMENTO CONSOLIDADO EM
RECENTE PRECEDENTE DO STF (RECLAMAO 4.335/AC). INVIABILIDADE DE ABSTRATIVIZAO DO
CONTROLE DIFUSO. CIRCUNSTNCIAS DO CASO CORROBORAM FIXAO DO REGIME FECHADO.
APREENSO DE CRACK E MACONHA. SENTENA REFORMADA. - A natureza da droga apreendida
permite o aumento da pena na primeira fase da dosimetria, pois "o juiz, na fixao das penas,
considerar, com preponderncia sobre o previsto no art. 59 do Cdigo Penal, a natureza e a
quantidade da substncia ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente" (Lei
11.343/2006, art. 42). - Considerando o entendimento do STF firmado na Reclamao 4.335/AC, de
que no possvel a abstrativizao do controle difuso, no possvel aplicar o entendimento firmado
no HC 111.840/ES para a fixao de regime inicial diverso do fechado nos crimes de trfico de drogas,
por no se tratar de lei em sentido estrito. - O agente condenado por trfico de drogas, crime
altamente censurvel pela Constituio Federal, no faz jus fixao de regime mais brando,
sobretudo quando apreendido com substncia entorpecente altamente nociva como o crack e certa
quantidade de maconha. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e o parcial provimento do recurso. Recurso conhecido e provido. Processo: 2014.002924-7. Relator: Des. Carlos Alberto Civinski.
Julgamento:01/07/2014. Juiz Prolator: Rodrigo Vieira de Aquino. Classe: Apelao Criminal (Ru
Preso).

8.APELAO / ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE. APURAO DE INFRAO


ADMINISTRATIVA. INTIMAO DA SENTENA. PROCURADORES CONSTITUDOS INTIMADOS VIA DIRIO
DA JUSTIA. INTERPOSIO DO RECURSO APS A INTIMAO PESSOAL DO REPRESENTADO.
IRRELEVNCIA. INTEMPESTIVIDADE CONFIGURADA. RECURSO NO CONHECIDO. "Em sede de

procedimento que visa apurao de infraes administrativas previstas no Estatuto da Criana e do


Adolescente, devem ser observadas as regras gerais do Cdigo de Processo Civil. O requerido ser
intimado da sentena, portanto, na pessoa do seu advogado constitudo, por meio do Dirio da Justia
eletrnico. Regularmente intimados os procuradores via Dirio da Justia eletrnico e transcorrido o
lapso recursal, intempestiva a apelao interposta somente aps a intimao pessoal do
representante legal da empresa requerida ". Processo: 2014.025916-3. Relatora: Desa. Marli
Mosimann Vargas. Julgamento:01/07/2014.

9.APELAO CRIMINAL. LESO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE, CAUSANDO INCAPACIDADE PARA AS


OCUPAES HABITUAIS, POR MAIS DE TRINTA DIAS (ART. 129, 1, I, DO CDIGO PENAL). SENTENA
CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. ABSOLVIO POR INSUFICNCIA PROBATRIA. INVIABILIDADE.
APELANTE QUE, AO DESFERIR UM SOCO NO OLHO ESQUERDO DA VTIMA, CAUSOU-LHE CATARATA
TRAUMTICA. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS DEVIDAMENTE COMPROVADAS. DECLARAES
UNSSONAS E COERENTES DA VTIMA, ALIADAS AOS LAUDOS PERICIAIS QUE ATESTAM A LESO
SOFRIDA. PROVA TCNICA CONFECCIONADA POR PERITO OFICIAL. LAUDO QUE TRANSCREVE
RELATRIO MDICO FORNECIDO PELA VTIMA. POSSIBILIDADE. MERA TRANSCRIO QUE NO AFASTA
A CREDIBILIDADE DO PROFISSIONAL. ADEMAIS, REALIZAO DE NOVO EXAME, PELO PERITO OFICIAL,
CONFIRMANDO A LESO TRAUMTICA. LAPSO TEMPORAL DE UM MS ENTRE OS FATOS E A DATA DO
EXAME PERICIAL QUE NO ACARRETA PREJUZO SUA EFICCIA. REALIDADE FTICA QUE JUSTIFICA A
DEMORA
NO
EXAME.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2013.0682565. Relatora: Desa. Marli Mosimann Vargas. Julgamento: 01/07/2014.

10.HABEAS CORPUS. EXECUO PENAL. TENTATIVA DE FUGA. FALTA GRAVE. REGRESSO DE REGIME.
MODIFICAO DA DATA-BASE. PERDA DE DIAS REMIDOS. MATRIA DE EXECUO PENAL. DISCUSSO
NO MBITO DO PRESENTE WRIT. POSSIBILIDADE. JURISPRUDNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIA. PARTICULARIDADES DO CASO CONCRETO. Conquanto esta Cmara, usualmente, no admita
a discusso de matria de execuo penal no mbito do habeas corpus, compreende-se ser possvel,
em situaes particulares, excepcionar esse entendimento. Ademais, em 27 de maio de 2014, o
Superior Tribunal de Justia, por meio da Quinta Turma, ao apreciar o Agravo Regimental no Recurso
em Habeas Corpus n. 39523/SC, cujo Relator foi o Ministro Moura Ribeiro, decidiu "por unanimidade,
negar provimento ao Agravo Regimental, e conceder habeas corpus, de ofcio, a fim de determinar ao
Tribunal de origem que aprecie o pleito formulado no mandamus l impetrado (HC n. 2013.022595-6),
como entender de direito". Na verdade, aludido julgamento originou-se de Recurso Ordinrio
interposto pela Defensoria Pblica do Estado de Santa Catarina contra acrdo proferido por este
rgo Fracionrio no Habeas Corpus n. 2013.022595-6, oportunidade na qual no se conheceu da
ordem, precisamente, por versar sobre matria de execuo penal. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR - PAD. ALEGAO DE NULIDADE. PROCEDIMENTO NO ACOMPANHADO POR DEFESA
TCNICA. DETENTO OUVIDO PERANTE O JUZO DA EXECUO. ATO ACOMPANHADO PELA DEFENSORIA
PBLICA DO ESTADO DE SANTA CATARINA. POSICIONAMENTO DESTE RGO COLEGIADO. VCIO
SANADO. ATUAL JURISPRUDNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. ARTIGOS 47, 48 E 59, TODOS
DA LEI N. 7.210/1984 - LEI DE EXECUES PENAIS. VIOLAO. ARTIGO 5, LIV E LV, DA CONSTITUIO
FEDERAL. PRINCPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITRIO.
OFENSA. STATUS LIBERTATIS. LIMITAO. INTERPRETAO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS.
PARTICULARIDADES DO CASO CONCRETO. VCIO EXISTENTE. ORDEM CONCEDIDA. "Para o
reconhecimento da prtica de falta disciplinar, no mbito da execuo penal, imprescindvel a
instaurao de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o
direito de defesa, a ser realizado por advogado constitudo ou defensor pblico
nomeado". Processo: 2014.038211-8. Relator: Des. Jorge Schaefer Martins. Julgamento:10/07/14.

Cmaras de Direito Civil


11.BUSCA E APREENSO. IDOSA. RISCO INTEGRIDADE FSICA. FILHOS COM SRIOS DISTRBIOS DE
CONVVIO FAMILIAR. MORADIA EM ESTADO DE RUNA. PRESSUPOSTOS PARA A CONCESSO DA

MEDIDA DE URGNCIA SATISFEITOS. RECURSO PROVIDO. A busca e apreenso de pessoa vulnervel


medida extrema, porm cabvel sempre que estiver delineada a imposio de maus tratos, risco
iminente integridade ou desobedincia a ordem legal. No caso, os elementos indicam com
suficiente solidez que a protegida, pessoa de avanada idade e problemas srios de sade, encontrase sob vrios riscos se mantido o contato com os filhos, e alm disso reside em casa em pssimo
estado, cujo risco de desmoronamento est atestado pela defesa civil. Processo: 2013.0906726.Relatora: Desa. Maria do Rocio Luz Santa Ritta. Julgamento: 24/06/14. Juza Prolatora: Karina
Mller Queiroz de Souza.

12.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO INDENIZATRIA. TRATAMENTO ODONTOLGICO REALIZADO EM


ESCOLA DE PS-GRADUAO - IPENO. PACIENTE QUE COMPROVA TER SIDO IMPROVISADO O USO DE
CLIPS DE ESCRITRIO EM SUBSTITUIO DE PINO DE ESTOQUE. OXIDAO DO MATERIAL
RESPONSVEL PELA PERDA DO PROVISRIO, BEM COMO POR INFECO BUCAL GRAVE. DECISO QUE
ANTECIPA OS EFEITOS DA TUTELA, ORDENANDO O PAGAMENTO PELOS DEMANDADOS DE OUTRO
PROFISSIONAL PARA O TRMINO DO TRATAMENTO. INSURGNCIA. ALEGAO DE AUSNCIA DE
VEROSSIMILHANA E DE PERIGO DE LESO IRREPARVEL PACIENTE. ARGUMENTO DE CULPA
EXCLUSIVA DA VTIMA, ALM DA EXARCEBADA QUANTIA ORADA PARA SANAR OS PROBLEMAS
EXISTENTES. INSUBSISTNCIA. QUEBRA DE CONFIANA A AFASTAR A TESE DE ABANDONO DO
TRATAMENTO. CONDUTA CULPOSA DOS PROFISSIONAIS SATISFATORIAMENTE DEMONSTRADA A
ENSEJAR A MANUTENO DA DECISO RECORRIDA. DIREITO SADE QUE SE SOBREPE A EVENTUAL
INTERESSE
FINANCEIRO.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2013.0860231. Relator: Des. Ronei Danielli. Julgamento: 24/06/2014.

13.AGRAVO DE INSTRUMENTO. COBRANA DE SEGURO. DECISO PROFERIDA EM SEDE DE COGNIO


SUMRIA DETERMINANDO AGRAVANTE O DEPSITO EM JUZO DO VALOR DA APLICE MEDIANTE A
PRESTAO DE CAUO PELA VTIMA. DOCUMENTOS COLACIONADOS AOS AUTOS COMPROVANDO A
LESO SOFRIDA PELO SEGURADO E A NECESSIDADE DE SER SUBMETIDO A TRATAMENTO MDICO.
ADMISSIBILIDADE DOS BENS OFERTADOS A TTULO DE CAUO PELO SEGURADO. AUTOMVEL
ALIENADO FIDUCIARIAMENTE. GARANTIA QUE RECAIR SOBRE AS PRESTAES J QUITADAS PELO
AGRAVADO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. plenamente admissvel a indicao a ttulo de
cauo de bem alienado fiduciariamente, pois a garantia recair sobre as prestaes
quitadas. Processo: 2014.020843-4. Relator:Des. Subst. Saul Steil. Julgamento: 01/07/2014.

14.AO DE INDENIZAO POR LUCROS CESSANTES E DANO MORAL. AUTOR QUE PARTICIPOU DE
EVENTO FANTASIADO DE POLICIAL CIVIL. ENTREVISTA CONCEDIDA A PROGRAMA CULTURAL. MDIA
REPRODUZIDA PELOS RUS COM CONTEDO INVERDICO. PROGRAMA POLICIAL QUE INDAGAVA O
SECRETRIO DE SEGURANA DO ESTADO ACERCA DA PRESENA DE POLICIAL CIVIL TOTALMENTE
EMBRIAGADO DURANTE O EVENTO. FATOS CONFIRMADOS PELOS RUS. ABUSO DO DIREITO DE
INFORMAR. LIBERDADE DE IMPRENSA QUE NO PODE FERIR O DIREITO A HONRA E A IMAGEM. AUTOR
QUE FOI ALVO DE CHACOTA PERANTE A SOCIEDADE LOCAL. DANO MORAL CARACTERIZADO. DEVER
DE INDENIZAR. LUCROS CESSANTES INEXISTENTES. RETRATAO PBLICA DOS RUS
DESNECESSRIA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. A liberdade de imprensa est
assegurada na Constituio Federal, todavia, no deve ser exercida de forma absoluta pois encontra
limites nos direitos fundamentais igualmente tutelados pela Carta Magna, de modo que no pode se
sobrepor ao direito honra, imagem, e privacidade. O exerccio do direito de informar sem a
necessria preocupao com a veracidade dos fatos por demais abusivo, e ultrapassa em muito o
mero dissabor, ocasionando verdadeiro abalo psquico vtima, sendo suscetvel de
indenizao.Processo: 2014.009335-2. Relator: Des. Subst. Saul Steil Julgamento:08/07/2014.

15.APELAO CVEL. AO DE EXECUO DE ALIMENTOS. CONCESSO DE ALIMENTOS PROVISRIOS

QUANDO DA ANLISE DA ANTECIPAO DOS EFEITOS DA TUTELA RECURSAL EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO. POSTERIOR JULGAMENTO DO AGRAVO, COM A CASSAO DA LIMINAR. SENTENA DE
EXTINO DO FEITO. INSURGNCIA. EFEITO EX NUNC DA DECISO QUE RETIROU A VERBA ALIMENTAR
FIXADA PROVISORIAMENTE. POSSIBILIDADE DE COBRANA DA VERBA ALIMENTAR REFERENTE AO
PERODO EM QUE O DECISUM ESTAVA VIGENTE. SENTENA MODIFICADA. RECURSO
PROVIDO. Processo: 2014.013183-4. Relator: Des. Srgio Izidoro Heil

16.RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAO. DANO MORAL. AO AJUIZADA CONTRA DELEGADO DE


POLCIA, EM VIRTUDE DE ENTREVISTA CONCEDIDA A VECULO TELEVISIVO, NA QUAL,
PRETENSAMENTE, REVELOU DETALHES DE INQURITO POLICIAL QUE TRAMITAVA EM SEGREDO DE
JUSTIA, DO QUAL O AUTOR FIGURAVA COMO INDICIADO. SENTENA EXTINTIVA DO FEITO POR
ILEGITIMIDADE DO DEMANDADO (ART. 267, INC. VI, DO CPC). EXPRESSIVA DIVERGNCIA DOUTRINRIA
E JURISPRUDENCIAL ACERCA DA LEGITIMIDADE OU NO DO AGENTE PBLICO PARA RESPONDER
DEMANDA INDENIZATRIA AJUIZADA PELO PARTICULAR COM FULCRO NO ART. 37, 6, DA CF.
EXEGESE TELEOLGICA DO DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL QUE NO DIRECIONA, DE ANTEMO, O
ACERTO SUBJETIVO DA LIDE. LEGITIMAO PASSIVA ALTERNATIVA OU CUMULATIVA (ART. 5, INCS. V, X
E XXXV E ART. 37, 4 E 6, DA CF, E ARTS. 186, 927 E 942 DO CC). PRECEDENTES DO STF E DO STJ.
SENTENA DESCONSTITUDA. RECURSO PROVIDO. 1. Embora sobre o tema sobrepaire acentuada
divergncia doutrinria e jurisprudencial, a melhor exegese do texto constitucional repousa na
interpretao segundo a qual a regra do art. 37, 6 eminentemente ampliativa e dirigida em favor
exclusivo do administrado e no voltada para restringir-lhe o direito de ao, menos ainda para
estabelecer garantia para o administrador pblico que, no desempenho da atividade pblica agiu, em
tese, com culpa ou dolo e, por isso, causou dano a terceiro, relegando, apenas para o plano
regressivo, a sua responsabilizao. 2. Ao consignar que o Estado atravs das pessoas jurdicas de
direito pblico e daquelas de direito privado prestadoras de servio pblico , responder pelos danos
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, o par. 6 do art. 37, da CF, ao contrrio de
direcionar e restringir a legitimao passiva da ao indenizatria, garante ao administrado que o
Estado Brasileiro no se eximir da obrigao de reparar os prejuzos causados por seus servidores,
oferecendo, ao particular, maiores garantias de efetividade da tutela reparatria (art. 5, incs. V e X,
da CR). 3. Quando a ao de responsabilidade estatal envolver a discusso acerca da culpa ou dolo do
agente pblico que praticou o ato alegadamente lesivo, pode o administrado optar por litigar,
isoladamente, contra o Estado ou contra o servidor, ou, mesmo, contra ambos em litisconsrcio
facultativo, devendo, o autor, contudo, ao modular seu direito de ao, estar ciente dos benefcios e
desvantagens decorrentes dessa eleio. Processo: 2013.071832-7.Relator: Des. Eldio Torret
Rocha. Julgamento: 03/07/2014. Juza Prolatora: Marta Regina Jahnel. Classe:Apelao Cvel.

Cmaras de Direito Comercial


17.AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEO DE INCOMPETNCIA OPOSTA NOS AUTOS DA AO DE
EXECUO DE TTULO EXTRAJUDICIAL, AJUIZADA POR COOPERATIVA DE CRDITO NO LOCAL DA
CELEBRAO
DO
CONTRATO
QUE,

POCA,
COINCIDIA
COM
A RESIDNCIA
DO
EXECUTADO/EXCIPIENTE. ACOLHIMENTO DA EXCEO OPOSTA PELO EXECUTADO E REMESSA DOS
AUTOS COMARCA DE LAGES, O LOCAL DO SEU ATUAL DOMICLIO, CONFORME OS DITAMES DO
CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. INCIDNCIA DAS DISPOSIES DA LEGISLAO
CONSUMERISTA S COOPERATIVAS QUE DESEMPENHAM ATIVIDADE EQUIPARADA INSTITUIO
FINANCEIRA. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA E DA CASA. RELAO MANTIDA
ENTRE AS PARTES QUE DE CONSUMO. INCIDNCIA E PREVALNCIA, PORTANTO, DAS NORMAS DO
CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. COMPETNCIA QUE ABSOLUTA EM FAVOR DO CONSUMIDOR.
FACILITAO DA DEFESA DOS SEUS DIREITOS. ARTIGO 6, INCISOS VII E VIII, DA LEI N. 8.078, DE
11.9.1990. MANUTENO DA DECISO AGRAVADA COM A REMESSA DOS AUTOS COMARCA DE
LAGES. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2013.070656-6. Relator: Des. Jnio Machado.

18.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE BUSCA E APREENSO. CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE

VECULO COM GARANTIA DE ALIENAO FIDUCIRIA. DECISO QUE ACOLHEU O PEDIDO DA


DEVEDORA DO NEGCIO FIDUCIRIO E DEFERIU A PURGA DA MORA MEDIANTE O DEPSITO DAS
PARCELAS VENCIDAS. NOVA ORIENTAO DA CMARA. PURGAO DA MORA QUE SE D MEDIANTE O
PAGAMENTO DA INTEGRALIDADE DA DVIDA PENDENTE. RECURSO ESPECIAL N. 1.418.593/MS,
SUBMETIDO AO RITO DO ARTIGO 543-C DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. PRECEDENTES DA CASA.
RECURSO
PROVIDO. Processo: 2013.053437-4.Relator: Des.
Jnio
Machado. Julgamento: 03/07/2014.

19.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO C/C. INDENIZAO POR


DANO DE CUNHO MORAL. INADIMPLEMENTO DE DVIDA QUE MOTIVOU NO S A INSCRIO DO
NOME DO DEMANDANTE NO CADASTRO RESTRITIVO DOS RGOS DE PROTEO AO CRDITO,
COMO, TAMBM, A INDICAO A PROTESTO DE DUPLICATA DE VENDA MERCANTIL CONTRA ELE
EMITIDA. ALEGAO DE QUE A CONTRATAO TERIA SIDO PERFECTIBILIZADA POR TERCEIRO, FATO
QUE JUSTIFICARIA A ATRIBUIO DO DEVER DE INDENIZAR. AUSNCIA DE PARTICIPAO DO
POSTULANTE NA NEGOCIAO. FATO INCONTROVERSO. EXISTNCIA DE QUADRO FTICO,
ENTRETANTO, DE QUE TERIA ELE CONSENTIDO COM A UTILIZAO DO SEU CADASTRO COMERCIAL.
ADQUIRENTE DAS MERCADORIAS QUE TERIA CONTRATADO A PRESTAO DE MO-DE-OBRA PARA A
CONSTRUO DE UM MURO NA RESIDNCIA DO APELANTE, RECEBENDO EM PAGAMENTO,
JUSTAMENTE, OS MATERIAIS COMERCIALIZADOS PELA DEMANDADA. COMPRA E VENDA AUTORIZADA
PELA SECRETRIA DO PRETENSO OFENDIDO. RESPECTIVA OITIVA DISPENSADA PELO PRPRIO TITULAR
DA DVIDA, APS A RECUSA DE SUA ASSISTENTE EM COMPARECER NA AUDINCIA DE INSTRUO E
JULGAMENTO, PARA ESCLARECIMENTO DOS FATOS. ASSINATURA DA PREPOSTA CONSIGNADA NO
CANHOTO DE RECEBIMENTO DE MERCADORIAS ANEXO NOTA FISCAL. CIRCUNSTNCIA QUE
CORROBORA A EFETIVA ENTREGA DOS PRODUTOS PELA CONSTRUTORA APELADA. DBITO
EXISTENTE. DUPLICATA VIRTUAL. DESNECESSIDADE DE ACEITE. PRECEDENTES DO STJ E DESTE
PRETRIO. RESTRIO LCITA. ESCORREITA DECISO DE 1 GRAU, QUE RECONHECEU A LEGALIDADE
DAS ANOTAES RESTRITIVAS. PEDIDO PARA CONDENAO DO RECORRENTE EM PENA POR
LITIGNCIA DE M-F, DEDUZIDO PELA REQUERIDA EM SEDE DE CONTRARRAZES. CONDUTAS
ELENCADAS NO ART. 17 DO CPC NO TIPIFICADAS. PRETENSO REJEITADA. RECLAMO CONHECIDO E
DESPROVIDO.Processo: 2011.097763-3. Relator: Des.
Luiz
Fernando
Boller. Julgamento: 01/07/2014.

20.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE NULIDADE DE ATO JURDICO C/C. INDENIZAO POR


DANO DE CUNHO MORAL. ALEGADA IRREGULARIDADE NA REPRESENTAO PROCESSUAL DO
ESTABELECIMENTO BANCRIO REQUERIDO. AUSNCIA DO RESPECTIVO ESTATUTO SOCIAL, QUE
INVIABILIZARIA A AFERIO DA CONFORMIDADE NA OUTORGA DE PODERES AOS ADVOGADOS
CONSTITUDOS. PRETENDIDA APLICAO DOS EFEITOS DA REVELIA. TESE NO ACOLHIDA. JUNTADA
DE INSTRUMENTO PBLICO DE PROCURAO. DOCUMENTO QUE TORNA DESNECESSRIA A
APRESENTAO DO ALUDIDO INSERTO. "Comprovado nos autos que os advogados da casa bancria
foram constitudos pelos representantes legais desta, conforme demonstra instrumento pblico de
procurao acostado aos autos, desnecessria a juntada do estatuto social da instituio financeira,
no havendo falar em defeito de representao" (Apelao Cvel n 2011.097713-8, de Porto Unio.
Rel. Des. Robson Luz Varella. J. em 18/09/2012). RELAO JURDICA RECONHECIDA. ALEGAO, NO
ENTANTO, DE QUE O VNCULO ESTABELECIDO COM O BANCO LIMITAR-SE-IA AO ESTABELECIMENTO DE
MEIO PARA O RECEBIMENTO DE SEUS PROVENTOS COMO FUNCIONRIO PBLICO MUNICIPAL. DITA
UTILIZAO DE RECURSOS DENTRO DA MARGEM SALARIAL. FATO QUE EVIDENCIARIA A ILEGALIDADE
DA EXISTNCIA DE SALDO DEVEDOR. SUBSTRATO PROBATRIO INEFICIENTE COMPROVAO DO
ALEGADO. DEMONSTRAO, AO CONTRRIO, DA REALIZAO DE REITERADOS SAQUES MENSAIS EM
MONTANTE SUPERIOR AO AUFERIDO GUISA DE PROVENTOS.CONTRATAO DE EMPRSTIMO
PESSOAL EM TERMINAL DE AUTO-ATENDIMENTO. AUTORIA DA NEGOCIAO QUE, EMBORA TENHA
SIDO RECHAADA, NO FOI DERRUDA PELO DEVEDOR APELANTE. CONSTATAO, ADEMAIS, DE QUE
A MONTA CREDITADA NA CONTA BANCRIA FOI GRADUALMENTE USUFRUDA PELO CORRENTISTA
ATRAVS DE RETIRADAS PECUNIRIAS MENSAIS. CASA BANCRIA QUE LOGROU XITO EM
COMPROVAR A CONTRATAO DE OUTROS SERVIOS PELO DEVEDOR APELANTE. SEGURO PESSOAL,
PATRIMONIAL, LIMITE ESPECIAL E CARTO DE CRDITO. PARTICULARIDADES QUE NO SE COADUNAM
COM A NATUREZA CONTRATUAL DA CONTA-SALRIO, REVELANDO TRATAR-SE DE CONTA CORRENTE.

INEXISTNCIA DE JUSTIFICATIVA PARA A DECLARAO DE NULIDADE DA COBRANA DAS PRESTAES


DO MTUO. CRDITO EFETIVAMENTE USUFRUDO. INVIABILIDADE DA CONDENAO DO BANCO
REQUERIDO DEVOLUO EM DOBRO DOS VALORES PAGOS, OU, SEQUER, AO PAGAMENTO DE
INDENIZAO
PELO
SUPOSTO
ABALO
ANMICO
INFLIGIDO.
RECLAMO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo:2013.080894-9. Relator: Des.
Luiz
Fernando
Boller.
Julgamento: 15/07/2014. Juiz Prolator: Fernando Vieira Luiz. Classe: Apelao Cvel.

21.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DECLARATRIA DE NULIDADE C/C INDENIZATRIA.


INDEFERIMENTO DA ANTECIPAO DE TUTELA. ALTERAO NO CONTRATO SOCIAL DA EMPRESA
AGRAVANTE QUE INCLUIU OS AGRAVADOS NO QUADRO SOCIAL E COLOCOU UM DELES COMO NICO
ADMINISTRADOR. ALEGAO DAS AGRAVANTES, AT ENTO NICAS SCIAS DA EMPRESA, DE QUE
SUAS ASSINATURAS FORAM FALSIFICADAS. COMPARAO DESSAS COM AS ASSINATURAS DAS
AGRAVANTES APOSTAS EM OUTROS DOCUMENTOS. ANLISE, EM COGNIO SUMRIA, QUE PERMITE
VERIFICAR VISVEIS DIFERENAS NA GRAFIA. VEROSSIMILHANA DA ALEGAO DE FALSIFICAO
DEMONSTRADA. PERIGO DE DANO IRREPARVEL OU DE DIFCIL REPARAO IGUALMENTE VERIFICADO.
REVERSIBILIDADE DA MEDIDA. DEFERIMENTO DA ANTECIPAO DE TUTELA QUE SE IMPE, PARA
SUSPENDER OS EFEITOS DA ALTERAO CONTRATUAL IMPUGNADA. PRETENDIDA EXPEDIO DE
OFCIO A DIVERSOS RGOS. NECESSIDADE NO VERIFICADA NO MOMENTO. RECURSO
PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2014.004282-9.Relatora: Desa.
Soraya
Nunes
Lins. Julgamento: 10/07/2014.

Cmaras de Direito Pblico


22.AO POPULAR. REEXAME NECESSRIO. TERRENO DOADO PELO ESTADO PARA A CONSTRUO DO
CENTRO DE CULTURA E LAZER. MUNICPIO QUE DEMOLIU PARTE DA REA PARA A EDIFICAO DO
EDUCANDRIO
INFANTIL.
NECESSIDADE
COMPROVADA.
INTERESSE
PBLICO
MANTIDO.
TREDESTINAO LCITA. AUSNCIA DE ILEGALIDADE OU LESIVIDADE. IMPROCEDNCIA DO PEDIDO.
SENTENA MANTIDA. REMESSA DESPROVIDA. Processo: 2013.056500-1. Relator: Des. Subst. Jlio
Csar Knoll. Julgamento:26/06/2014

23.ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL - RESPONSABILDADE DO MUNICPIO - INDENIZAO POR


DANOS MORAIS E MATERIAIS - APLICAO DE VACINA POR PREPOSTO DA MUNICIPALIDADE INFECO EM RAZO DA FALTA DE ASSEPSIA - DEVER DE INDENIZAR - DANO MATERIAL COMPROVADO
- DANO MORAL - IMPORTE QUE SE AFIGURA RAZOVEL E PROPORCIONAL. Por fora da
responsabilidade objetiva consagrada pelo art. 37, 6, da CF/88, o Municpio est obrigado a
indenizar os danos causados por atos de seus agentes, e somente se desonera se provar que o ato
ilcito se deu por culpa exclusiva da vtima ou de terceiro, caso fortuito ou fora maior. Assim, se o
agente municipal no tomou os devidos cuidados na aplicao de vacinas e como consequncia veio
a ocasionar infeco no autor, resta configurada a ao danosa do agente do Poder Pblico Municipal
que d ensejo obrigao de indenizar os danos materiais e morais sofridos por aquele. O valor a
ttulo de indenizao por danos morais dever ser fixado pelo magistrado com prudente arbtrio, de
acordo com as peculiaridades do caso concreto, para assegurar, com razoabilidade e
proporcionalidade, a justa reparao do prejuzo e dar um conforto material vtima que sofreu leses
e viveu momentos de sofrimento e angstia, sem proporcionar-lhes enriquecimento sem causa, nem
menosprezar o carter punitivo e a finalidade de coibir novos abusos de parte do ofensor.
Considerando que o arbitramento do respectivo "quantum" aleatrio, porque no tem base
financeira ou econmica prpria, levam-se em conta os aspectos sociais, culturais e econmicos das
partes, o grau da culpa do ofensor e a extenso do dano provocado. Processo: 2013.0764049. Relator: Des. Jaime Ramos. Julgamento: 26/06/2014

24.AO CIVIL PBLICA AMBIENTAL - EDIFICAO DE ANTENA DE ESTAO RDIO-BASE PARA


TELEFONE CELULAR - COMPETNCIA DA JUSTIA ESTADUAL - DESNECESSIDADE DE PARTICIPAO
PROCESSUAL DA AGNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAO (ANATEL) E DO IBAMA INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI ESTADUAL N. 12.864/2004 POR AFRONTA COMPETNCIA
LEGISLATIVA DA UNIO - INOCORRNCIA - DESNECESSIDADE DE SUBMISSO AO RGO ESPECIAL CONSTRUO LOCALIZADA EM REA DE PROTEO AMBIENTAL (APA) DA "BALEIA FRANCA" SEM AS
LICENAS PRVIA E DE INSTALAO - AUSNCIA DE ESTUDO E RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL DESRESPEITO S DISTNCIAS REGULAMENTARES DE RECUOS MNIMOS EM RELAO S DIVISAS DO
IMVEL E S RESIDNCIAS VIZINHAS - DEMOLIO DETERMINADA NA SENTENA - CONVERSO EM
INDENIZAO - IMPOSSIBILIDADE - RECURSO DESPROVIDO. A competncia para apreciar demanda
ambiental contra construo de Estao Rdio-Base da Justia Estadual, e no da Justia Federal,
porque o que se discute o cumprimento da legislao ambiental e no os servios de
telecomunicao, ficando dispensada a interveno da ANATEL. desnecessria a citao ou
intimao do IBAMA para integrar a lide se a controvrsia no gira em torno das atribuies que lhe
so conferidas pela Resoluo n. 237 do CONAMA. No inconstitucional a Lei Ordinria Estadual n.
12.684/2004 se no h invaso da competncia da Unio para legislar sobre telecomunicaes,
porque a matria ambiental e o Estado de Santa Catarina, por fora do disposto no art. 24, inciso VI,
da Constituio Federal de 1988, tem competncia para legislar concorrentemente sobre a proteo
do meio ambiente e controle da poluio, ditando normas especficas a serem seguidas pelas
empresas que exeram atividades potencialmente poluentes, em seu territrio. Rejeitada a arguio
de inconstitucionalidade da lei estadual, no ocorre a reserva de plenrio a que se referem o art. 97
da Constituio Federal de 1988 e a Smula Vinculante n. 10 do Supremo Tribunal Federal, da porque
no cabe a submisso da questo ao rgo Especial do Tribunal, como soa o art. 481, primeira parte,
do Cdigo de Processo Civil. Se a Estao Rdio-Base foi construda em rea de Proteo Ambiental
da Baleia Franca, sem a necessria Licena Prvia e Licena de Implantao, sem o Estudo de
Impacto Ambiental e o Relatrio de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), que so exigidos pela Lei Estadual
n. 12.864/2004 (em vigor na data da instalao das antenas), e com desrespeito s distncias
regulamentares de recuos mnimos em relao s divisas do imvel e aos imveis residenciais
vizinhos, a edificao precria e violadora da legislao ambiental, estando correta a sentena que
determinou a sua demolio. A edificao de estao de rdio-base que desrespeita a legislao
ambiental e as normas de posturas quanto aos recuos mnimos em relao s divisas do prprio
imvel e aos imveis residenciais vizinhos, no sendo possvel a regularizao, no pode ser mantida,
no cabendo substituir a pena de demolio por indenizao. "A lide, portanto, limitada pelo pedido.
O juiz no pode ir alm (sentena 'ultra petita'), nem ficar aqum (sentena 'citra petita'), nem
conhecer
de
pedido
ou
fundamento
que
o
autor
no
fez
(sentena
'extra
petita')".. Processo: 2013.016471-3. Relator: Des. Jaime Ramos. Julgamento:03/07/2014. Juiz
Prolator: Maurcio Fabiano Mortari. Classe: Apelao Cvel.

25.REEXAME NECESSRIO E APELAO CVEL. AO CIVIL PBLICA. MUNICPIO DE CAADOR.


RESTABELECIMENTO DO HORRIO DE FUNCIONAMENTO DE POSTO DE ATENDIMENTO. PRELIMINARES
DE IMPOSSIBILIDADE JURDICA E DE ILEGITIMIDADE PASSIVA REJEITADAS. VIOLAO AO PRINCPIO DA
SEPARAO DOS PODERES NO CONFIGURADO. DIREITO SADE. OBRIGAO DA MUNICIPALIDADE
DE DISPONIBILIZAR AOS MUNICIPES OS MEIOS NECESSRIOS PARA A SUA CONSECUO. MULTA
COMINATRIA. IMPOSIO AO AGENTE POLTICO, PESSOALMENTE. INADMISSIBILIDADE. REFORMA DA
SENTENA NO PONTO. PROVIMENTO PARCIAL DA REMESSA E DO RECURSO VOLUNTRIO. Hiptese em
que o Ministrio Pblico do Estado de Santa Catarina ajuza ao civil pblica contra o municpio de
Caador, com o propsito de ver restabelecido o horrio de funcionamento de posto de atendimento
instalado em nosocmio, o qual foi reduzido por determinao do ente pblico. Necessidade de se
manter o servio operando ininterruptamente, a fim de garantir aos cidados pleno acesso ao
atendimento mdico, porquanto, com a medida, estar-se- "desafogando" hospital local, no qual
prestado atendimento mdico mais complexo, o qual, com a reduo do horrio retro, viu-se
assoberbado com casos mais corriqueiros e que no reclamam servios especializados. Preambulares
de ilegitimidade passiva e de impossibilidade jurdica manifestamente improcedentes, porquanto
cedio o entendimento jurisprudencial, firmado com lastro em normas constitucionais e
infraconstitucionais, que, em hipteses como a presente, a responsabilidade solidria. Alegada
violao ao princpio de separao dos poderes que, por igual, no se sustenta, pois "A partir da
consolidao constitucional dos direitos sociais, a funo estatal foi profundamente modificada,
deixando de ser eminentemente legisladora em pr das liberdades pblicas, para se tornar mais ativa

com a misso de transformar a realidade social. Em decorrncia, no s a administrao pblica


recebeu a incumbncia de criar e implementar polticas pblicas necessrias satisfao dos fins
constitucionalmente delineados, como tambm, o Poder Judicirio teve sua margem de atuao
ampliada, como forma de fiscalizar e velar pelo fiel cumprimento dos objetivos constitucionais. "4.
Seria uma distoro pensar que o princpio da separao dos poderes, originalmente concebido com o
escopo de garantia dos direitos fundamentais, pudesse ser utilizado justamente como bice
realizao dos direitos sociais, igualmente fundamentais. Com efeito, a correta interpretao do
referido princpio, em matria de polticas pblicas, deve ser a de utiliz-lo apenas para limitar a
atuao do judicirio quando a administrao pblica atua dentro dos limites concedidos pela lei. Em
casos excepcionais, quando a administrao extrapola os limites da competncia que lhe fora
atribuda e age sem razo, ou fugindo da finalidade a qual estava vinculada, autorizado se encontra o
Poder Judicirio a corrigir tal distoro restaurando a ordem jurdica violada". "5. O indivduo no pode
exigir do estado prestaes suprfluas, pois isto escaparia do limite do razovel, no sendo exigvel
que a sociedade arque com esse nus. Eis a correta compreenso do princpio da reserva do possvel,
tal como foi formulado pela jurisprudncia germnica. Por outro lado, qualquer pleito que vise a
fomentar uma existncia minimamente decente no pode ser encarado como sem motivos, pois
garantir a dignidade humana um dos objetivos principais do Estado Democrtico de Direito. Por este
motivo, o princpio da reserva do possvel no pode ser oposto ao princpio do mnimo existencial". "6.
Assegurar um mnimo de dignidade humana por meio de servios pblicos essenciais, dentre os quais
a educao e a sade, escopo da Repblica Federativa do Brasil que no pode ser condicionado
convenincia poltica do administrador pblico. A omisso injustificada da administrao em efetivar
as polticas pblicas constitucionalmente definidas e essenciais para a promoo da dignidade
humana no deve ser assistida passivamente pelo Poder Judicirio" (REsp 1041197, rel. Min.
Humberto Martins, p. 16-9-2009). Impossibilidade, em contrapartida, de se impor o gestor municipal,
pessoalmente, o pagamento da astreinte, uma vez que no foi parte na ao, e, neste passo, no
exerceu o direito ao contraditrio e ampla defesa. "1. Nos termos da jurisprudncia pacfica desta
Corte, em se tratando de obrigao de fazer, permitido ao juiz, de ofcio ou a requerimento da
parte, a imposio de multa cominatria ao devedor (astreintes), mesmo contra a Fazenda Pblica. "2.
No possvel, contudo, a extenso ao agente poltico de sano coercitiva aplicada Fazenda
Pblica em decorrncia da sua no participao efetiva no processo. Entendimento contrrio acabaria
por violar os princpios do contraditrio e da ampla defesa. "Agravo regimental
improvido. Processo: 2013.055289-1 (Acrdo). Relator: Des. Subst. Stanley da Silva Braga
Julgamento: 14/06/2014.

Edio n. 23 de 1 de Setembro de 2014.

rgo Especial
1.Segundo interpretao conforme a Constituio, a norma municipal que elege o ndice CUB para
avaliao do valor venal do imvel com vistas ao clculo do IPTU constitucional, desde que
conjugado com outros critrios.
Seo Criminal
2.Sentena de improcedncia em ao indenizatria ex delicto, concernente ao mesmo fato que
motivou a deciso condenatria, no constitui prova nova a justificar o ajuizamento de reviso
criminal.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
3.O fato de o relator originrio vencido em parte ter lavrado acrdo no qual foram expostas as
razes dos votos vencedores no enseja violao a direito lquido e certo a ser amparado por
mandado de segurana.

Cmaras de Direito Criminal


4.Em sede de execuo penal, no pode ser reconhecida a reincidncia em desfavor do apenado
que no teve sopesada a agravante na sentena condenatria transitada em julgado.
5.Admite-se o trancamento da ao penal por ausncia de justa causa em razo da ausncia de
laudo pericial, e da impossibilidade de sua confeco pelo decurso do tempo, que ateste leses
decorrentes da prtica do delito de tortura na modalidade castigo fsico.
6.Defensor dativo que exige honorrios advocatcios do ru assistido pode ser equiparado a
funcionrio pblico para fins penais.
7.Atropelamento pedestre em estacionamento privado configura o injusto culpvel descrito no art.
302, caput, ctb
Cmaras de Direito Civil
8.A indenizao estipulada decorrncia de dano moral por protesto de ttulo de crdito pago deve
ser minorada quando o devedor possuir os meios e no mitigar os prejuzos do credor, porquanto
viola a boa-f objetiva.
9.A ao de repetio do valor pago a maior pelo consumidor em decorrncia de clusula abusiva no
bojo de contrato de plano de sade submete-se ao prazo prescricional de cinco anos do art. 27 do
CDC.
10.Responsvel pelo pagamento de indenizao moral emissora de TV cujo jornalista excede carter
humorstico de reportagem, como cuspir no copo da cerveja que ser ingerida pelo entrevistado
sem que este perceba.
11.A simulao de compra e venda de bem imvel para encobertar mtuo tpico de agiotagem pode
ser considerada avena jurdica rrita que enseja a anulao da escritura pblica e dos atos de
registro.
12.Associao sem fins lucrativos pode ser equiparada a fornecedora para o reconhecimento de
relao consumerista quando habitualmente prestar servios de proteo e segurana veicular a
seus associados.
13.Estabelecimento bancrio que insiste procedimento de segurana comum e obsta por longo
perodo a entrada de consumidor que transporta em carrinho criana com deficincia responde pelo
abalo moral ocasionado.
Cmaras de Direito Comercial
14.O momento para apurao de haveres do scio que se retirou de sociedade limitada por tempo
indeterminado deve ser contado a partir do dia em que foi efetuado o pedido de excluso do
dissidente.
15. possvel busca e apreenso de veculos pertencentes concessionria de transporte pblico
desde que seja preservada a continuidade do servio.
16.Afigura-se vivel a penhora de bem de famlia dado em garantia de mtuo bancrio contratado
por empresa que possui como scios marido e mulher integrantes da mesma entidade familiar.
17.A ausncia de intimao da parte adversa acerca da deciso proferida nos embargos de
declarao no constitui nulidade na hiptese de a questo ser reanalisada pelo tribunal em sede de

apelao.
18.No h ordem de preferncia na forma de cauo prestada por empresa estrangeira com a
finalidade de garantir o adimplemento das despesas e dos honorrios advocatcios da parte adversa
em ao de cobrana intentada na justia brasileira.
Cmaras de Direito Pblico
19. cabvel a restituio da diferena do valor recolhido do ICMS nas operaes em que o tributo
arrecadado na operao inicial seja menor do que o preo da venda final.
20.No admitida a incidncia do ICMS na importao de bens por quem no seu contribuinte
habitual em relao aos fatos geradores ocorridos antes das alteraes introduzidas pela EC n.
33/2001 e LC n. 116/2003.
21.Admite-se a relativizao da coisa julgada nas demandas de fornecimento de medicamentos para
garantir ao paciente a substituio da medicao que perdeu eficcia.
22.Quanto restituio de IPTU cobrado indevidamente de proprietrio que foi alijado do domnio
til pela desapropriao indireta, os juros moratrios e a correo monetria devem incidir no
exerccio financeiro seguinte tomada do bem pelo ente pblico.

rgo Especial
1.ADI. TRIBUTRIO. IMPOSTO PREDIAL TERRITORIAL URBANO. LEI COMPLEMENTAR N. 270/13, DO
MUNICPIO DE CAADOR, QUE SUBSTITUIU ANEXO DO CDIGO TRIBUTRIO MUNICIPAL. ALTERAO
DA PLANTA GENRICA E CLCULO DO VALOR DO METRO QUADRADO PREDIAL E TERRITORIAL.
UTILIZAO DO CUB COMO NDICE DE AFERIO DO VALOR DO METRO QUADRADO CONSTRUDO.
POSSIBILIDADE, UMA VEZ QUE A MENSURAO SE DEU POR MEIO DE ESTUDO TCNICO, QUE
AVALIOU TODAS AS PECULIARIDADES DE CADA PROPRIEDADE, INCLUINDO LOCALIZAO,
ALINHAMENTO, POSICIONAMENTO, SITUAO DA UNIDADE CONSTRUDA, DEPRECIAO TEMPORAL,
VALOR DE TRANSAO COMERCIAL OU ALUGUEL. PRINCPIO DA ISONOMIA NO VIOLADO.
NECESSIDADE, PORM, DE VALER-SE DA INTERPRETAO CONFORME CONSTITUIO. UTILIZAO
DO NDICE (CUB) TO SOMENTE PARA A AFERIO DO VALOR VENAL E ATUALIZAO DA PLANTA
GENRICA, POR MEIO DE LEI. IMPOSSIBILIDADE, PORM, DE SER UTILIZADO COMO NDICE DE
REAJUSTE ANUAL DO IPTU, MEDIANTE DECRETO DO PODER EXECUTIVO, SOB PENA DE FERIR O
PRINCPIO DA LEGALIDADE. ALEGAO DE VIOLAO AOS PRINCPIOS DA CAPACIDADE
CONTRIBUTIVA E DA VEDAO AO CONFISCO. INOCORRNCIA. NO DEMONSTRAO DE QUE O
VALOR VENAL ATRIBUDO AOS IMVEIS SUPERIOR AO VALOR PRATICADO NO MERCADO. FRMULA
UTILIZADA PELO MUNICPIO, A PARTIR DAS CONCLUSES DA COMISSO ESPECIAL DE AVALIAO,
QUE LEVOU EM CONTA CRITRIOS CIENTFICOS E CONSIDEROU CARACTERSTICAS OBJETIVAS, COMO
A LOCALIZAO, AS DIMENSES, A QUALIDADE E PECULIARIDADES DAS PROPRIEDADE. LEI
MUNICIPAL QUE POSSIBILITA, AINDA, A CONCESSO DE ISENO DO IPTU PROPRIETRIO DE NICO
IMVEL, CUJA RENDA FAMILIAR NO ULTRAPASSE A 2 SALRIOS MNIMOS. CIRCUNSTNCIA QUE
DEMONSTRA ATENO CITADOS PRINCPIOS. LEGITIMIDADE DA COBRANA QUE, TODAVIA, NO
OBSTA O CONTRIBUINTE DE INSURGIR-SE CONTRA O LANAMENTO E DEMONSTRAR,
CONCRETAMENTE, QUE O SEU IMVEL POSSUI VALOR INFERIOR AO CONSTATADO PELA FAZENDA
MUNICIPAL. PEDIDO JULGADO IMPROCEDENTE. MODULAO DOS EFEITOS. EFICCIA PRORROGADA
A PARTIR DO EXERCCIO FINANCEIRO DE 2015, TERMOS DO ART. 17 LEI ESTADUAL
12.069/01.Processo: 2013.089448-3. Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima Filho.

Seo Criminal
2.1. AGRAVO REGIMENTAL. DECISO QUE NEGOU SEGUIMENTO, MONOCRATICAMENTE, A REVISO

CRIMINAL. FUNGIBILIDADE. 2. PROVA NOVA. SENTENA DE IMPROCEDNCIA DE AO EX DELICTO


NA ESFERA CVEL. 1. Deve ser admitido como agravo sequencial (art. 557, 1, do CPC) o agravo
regimental (art. 195 do RITJSC) interposto contra o teor de deciso monocrtica que nega
seguimento reviso criminal antes manejada, se protocolado no prazo de 5 dias e no verificada
m-f (art. 579 do CPP). 2. No configura prova nova (art. 621, inc. III, do CPP), a ponto de justificar
o ajuizamento de reviso criminal e o revolvimento da coisa julgada, a sentena que, na esfera cvel,
julga improcedente ao indenizatria ex delicto com relao aos mesmos fatos pelos quais o
revisionando
foi
condenado
na
seara
penal.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO.Processo: 2014.013888-3). Relator: Des. Srgio Rizelo.

Grupo de Cmaras de Direito Civil


3.MANDADO SEGURANA. JULGAMENTO DE APELAES CVEIS CONEXAS PELA PRIMEIRA CMARA
DE DIREITO CIVIL. RELATOR ORIGINRIO VENCIDO QUANTO A UM DOS TEMAS ABORDADOS.
PRETENDIDA APLICAO ART. 115, 1, DO REGIMENTO INTERNO DO TJSC. RAZES DOS VOTOS
VENCEDORES QUE CONSTAM DO ACRDO. AUSNCIA DE PREJUZO S PARTES. ATO ILEGAL NO
CARACTERIZADO. VIOLAO DIREITO LQUIDO E CERTO NO VERIFICADA. AUSNCIA DE
INTERESSE PROCESSUAL. INDEFERIMENTO DA INICIAL. EXTINO DO WRIT SEM RESOLUO DO
MRITO. Processo: 2013.036346-9.Relator: Des. Fernando Carioni.

Cmaras de Direito Criminal


4.RECURSO DE AGRAVO. EXECUO PENAL. INCONFORMISMO DO RGO DO MINISTRIO PBLICO.
DECISO QUE CONSIDEROU O REEDUCANDO REINCIDENTE PARA FINS DE CONCESSO DE
BENEFCIOS. EXISTNCIA DE DUAS CONDENAES DEFINITIVAS. LTIMA SENTENA CONDENATRIA
QUE NO RECONHECEU A AGRAVANTE, EMBORA FOSSE POSSVEL. EQUVOCO QUE DEMANDAVA A
INTERPOSIO DE RECURSO DA ACUSAO ANTES DO RESPECTIVO TRNSITO EM JULGADO. ERRO
QUE NO PODE SER SUPRIDO PELO JUZO DA EXECUO, SOB PENA DE AFRONTA COISA JULGADA.
PRECEDENTE STJ. CONSIDERAO DA PRIMARIEDADE DO APENADO QUE SE IMPE. "[...] Decreto
condenatrio transitado em julgado no pode ser alterado pelo Juzo da Execuo, ttulo de
ocorrncia de erro material, para reconhecimento de reincidncia no verificada no ttulo executivo,
sob pena de ofensa coisa julgada". RECURSO PROVIDO. Processo: 2014.028321-2
(Acrdo). Relator: Des. Jorge Schaefer Martins.

5.HABEAS CORPUS. CRIME DE TORTURA. ARTIGO 1, II, C/C 4, I, DA LEI 9.455/1997. PRETENSO
DE TRANCAMENTO DA AO PENAL. NULIDADE. ALEGAO DE NO ENFRENTAMENTO DAS
PRELIMINARES SUSCITADAS EM DEFESA PRVIA. NO OCORRNCIA. MATRIA SUSCITADA QUE SE
CONFUNDE COM O MRITO, ASSIM IDENTIFICADA PELA AUTORIDADE A QUO. TORTURA CASTIGO.
AGRESSES FSICAS PRATICADAS CONTRA DETENTOS. CHUTES E CORONHADAS DE ESPINGARDA
CALIBRE 12. AUSNCIA DE JUSTA CAUSA. INEXISTNCIA DE EXAME DE CORPO DE DELITO. FALTA DE
COMPROVAO DA MATERIALIDADE. TRANCAMENTO DA AO PENAL, NOTADAMENTE DIANTE DA
IMPOSSIBILIDADE FTICA DE SUA REALIZAO PELO DECURSO DO TEMPO. IMPOSSIBILIDADE DE
REALIZAO DE EXAME DE CORPO DE DELITO INDIRETO DIANTE DA DESDIA DA AUTORIDADE
POLICIAL, QUE NEGLIGENCIOU QUANTO DETERMINAO DE SUA EFETIVAO. ENCAMINHAMENTO
DE CPIA DOS AUTOS PARA O MINISTRIO PBLICO, PARA APURAO DO SUPOSTO CRIME DE
PREVARICAO. ORDEM CONCEDIDA. "Os crimes que deixam vestgios materiais devem redundar na
elaborao do exame de corpo de delito, que o exame pericial, para a formao da materialidade
(prova da sua existncia), conforme prev o art. 158, CPP [...] Como regra, os crimes contra o meio
ambiente so capazes de deixar vestgios (poluies em geral, matana de animais, devastao de
florestas, danos a plantas etc.), motivo pelo qual o art. 19 da Lei 9.605/98 faz referncia percia de
constatao do dano ambiental". Processo: 2014.037199-5). Relator: Des. Jorge Schaefer

Martins.
6.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A ADMINISTRAO. CONCUSSO (ART. 316, DO CDIGO
PENAL). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DEFENSIVO. ADVOGADO NOMEADO COMO
DEFENSOR DATIVO QUE EXIGE VERBA PARA O EXERCCIO DA DEFESA. ALEGAO DE ATIPICIDADE
DA CONDUTA POR SER MUNUS PBLICO. DESEMPENHO DE FUNO PBLICA. ENQUADRAMENTO NO
ARTIGO 327 DO CDIGO PENAL. CONDUTA TPICA. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIA E DESTA CORTE CATARINENSE. PEDIDO DE ABSOLVIO POR INSUFICINCIA
PROBATRIA. NOMEAO QUE OCORREU APS REUNIO DOS ADVOGADOS DE PONTE SERRADA
ONDE DELIBERARAM CONJUNTAMENTE NO ACEITAREM O ENCARGO COMO FORMA DE PRESSIONAR
O ESTADO A PAGAR DVIDA DE ATUAES PRETRITAS. DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS FIRMES
NESTE SENTIDO. MOVIMENTO SEMELHANTE EM OUTRAS CIDADES. AJUSTE DOS PROFISSIONAIS DA
REA JURDICA DAQUELA CIDADE EM COBRAR VERBA MNIMA. RELATOS DOS ASSISTIDOS DE QUE O
APELANTE TERIA DECLARADO SOMENTE PATROCINAR A DEFESA MEDIANTE O PAGAMENTO DE
CENTO E SETENTA REAIS. RENNCIA NO FORMALIZADA EXPRESSAMENTE, CONTUDO, DIANTE DAS
PARTICULARIDADES DO CASO CONCRETO, POSSVEL CONCLUIR PELA NO ACEITAO E PEDIDO DE
HONORRIOS COMO ADVOGADO PRIVADO. DVIDA QUE DEVE BENEFICIAR O RU. ABSOLVIO QUE
SE IMPE. PREJUDICADAS AS DEMAIS TESES DEFENSIVAS. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. Processo: 2013.056557-5. Relatora: Desa. Subst. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt
Schaefer. .

7.APELAO CRIMINAL. HOMICDIO CULPOSO NA DIREO DE VECULO AUTOMOTOR. SENTENA


CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. CULPA. ATROPELAMENTO DE PEDESTRE EM
ESTACIONAMENTO. AUSNCIA DE CAUTELA. IMPRUDNCIA CARACTERIZADA. Age com culpa, na
modalidade imprudncia, aquele que conduz, desatentamente, veculo automotor em
estacionamento beira de rodovia e acaba por atropelar pedestre que se encontrava frente do
automvel. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2014.008911-9. Relator: Des. Srgio
Rizelo.

Cmaras de Direito Civil


8.DANOS MORAIS. PROTESTO INDEVIDO. DVIDA PAGA NA DATA CONVENCIONADA. QUITAO QUE
TORNA INVIVEL QUALQUER RESTRIO AO CRDITO DO AUTOR. DANO MORAL CONFIGURADO.
CONJUNTURA FTICA INDICANDO, TODAVIA, A INTIMAO PRVIA DO REQUERENTE ACERCA DA
IMINNCIA DO APONTAMENTO. DEVER DE MITIGAR OS PRPRIOS PREJUZOS NO OBSERVADO (DUTY
TO MITIGATE THE LOSS). MINORAO DO QUANTUM INDENIZATRIO. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. Processo: 2013.076194-0. Relator: Des. Ronei Danielli. .

9.APELAO CVEL. CONTRATO DE PLANO DE SADE. REAJUSTE POR FAIXA ETRIA. ABUSIVIDADE DA
CLUSULA RECONHECIDA NA ORIGEM. DEVOLUO DOS VALORES PAGOS A MAIOR. PRESCRIO.
NO OCORRNCIA. INCIDNCIA DO PRAZO QUINQUENAL DO ART. 27 DO CDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. A existncia de clusula contratual abusiva,
prevendo o reajuste das mensalidades de plano de sade em razo da modificao da faixa etria
dos contratantes - em afronta s disposies da Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) -, configura
evidente hiptese de defeito na prestao do servio, amoldando-se lgica da responsabilidade
objetiva. Aplicvel repetio dos valores pagos indevidamente, portanto, o prazo prescricional de
cinco anos previsto no artigo 27 do CDC. Processo: 2014.010026-2). Relator: Des. Domingos
Paludo.

10.APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AO DE INDENIZAO.

DANOS MORAIS. VEICULAO DE IMAGENS CONSTRANGEDORAS. - PROCEDNCIA NA ORIGEM. (1)


CONFLITO APARENTE ENTRE O DIREITO HONRA E IMAGEM E LIBERDADE DE IMPRENSA E
LIBERDADE DE EXPRESSO. PRINCPIO DA PROPORCIONALIDADE. LIBERDADE JORNALSTICA QUE
NO PODE OFENDER HONRA E IMAGEM. - Todos possuem direito liberdade de expresso e de
opinio, sendo a liberdade de informao inerente de imprensa. O exerccio jornalstico deve ser
livre e independente, cumprindo seu mister de informar a sociedade quanto aos fatos cotidianos de
interesse pblico, propiciando a formao de opinies e conscincias crticas, a bem contribuir para
a democracia, sendo fundamental ao Estado Democrtico de Direito, portanto, que a imprensa seja
livre e sem censura. - No obstante, tal garantia no absoluta, pois encontra limite na
inviolabilidade da intimidade da vida privada, da honra e da imagem, cabendo aos profissionais da
mdia se acautelar com relao divulgao de verses que transcendam mera narrativa ftica e
que exponham indevidamente a intimidade ou acarretem danos honra e imagem dos indivduos,
em afronta ao corolrio fundamental da dignidade da pessoa humana. QUANTUM. VETORES
JURISPRUDENCIAIS ATENDIDOS. IMPORTE ADEQUADO. MINORAO INCABVEL. - A fixao do
importe indenizatrio a ttulo de danos morais, atendendo s peculiaridades do caso concreto,
levar em conta os critrios de proporcionalidade e razoabilidade, com observncia das condies
do ofensor e do bem jurdico tutelado. Alm disso, deve-se atentar s suas feies punitiva,
reparatria e preventiva, no devendo ser excessivo, a ponto de gerar enriquecimento sem causa
ao beneficirio, nem irrisrio, sob pena de se tornar incuo. Manuteno. (5) JUROS DE MORA.
RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL. SMULA 54 STJ. - De acordo com o enunciado 54 da
Smula do Superior Tribunal de Justia, nos casos de responsabilidade extracontratual, os juros de
mora fluem do evento danoso. HONORRIOS. PRETENDIDA MINORAO. ARBITRAMENTO
ADEQUADO. MANUTENO. - honorrios advocatcios devem ser arbitrados luz do que dispe o
art. 20, 3 e alneas, do Cdigo de Processo Civil, razo por que seu estabelecimento h de ser
proporcional ao labor. Observadas essas diretrizes, no h falar em minorao do
Arbitrado. Processo: 2014.031007-6. Relator: Des. Henry Petry Jnior.
11.CIVIL. AO DECLARATRIA DE NULIDADE DE ATO JURDICO. CELEBRAO DE ESCRITURA
PBLICA DE COMPRA E VENDA DE BEM IMVEL. NEGCIO SIMULADO PARA ENCOBRIR CONTRATO
VERBAL DE MTUO TPICO DA PRTICA DE AGIOTAGEM. ALEGADO PELOS RUS A AUSNCIA DE
PROVAS DO EMPRSTIMO FINANCEIRO. IRRELEVNCIA. SIMULAO QUE PODE SER RECONHECIDA
MEDIANTE FORTES INDCIOS, ANTE A DIFICULDADE DE SE ENCONTRAR LASTRO PROBATRIO EM
ATOS DISSIMULADOS. OCORRNCIA NA HIPTESE. COMPRA E VENDA REALIZADA A PREO VIL, O
QUAL FOI VERIFICADO EM PERCIA JUDICIAL. AUSNCIA DE COMPROVAO PELOS RUS DO
PAGAMENTO DO PREO ESTIPULADO NO NEGCIO JURDICO. EXISTNCIA DE TESTEMUNHAS,
ADEMAIS, APONTANDO TEREM CELEBRADO NEGCIOS COM OS RUS NAS MESMAS
CIRCUNSTNCIAS. APELANTES QUE NO SE DESIMCUMBIRAM DO NUS DE PROVAR A
REGULARIDADE DAS TRANSAES, EMBORA J INVERTIDO O NUS DA PROVA EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO, POR VEROSSIMILHANA DAS ALEGAES DE RELAO DE AGIOTAGEM. INDCIOS
SUFICIENTES PARA RECONHECIMENTO DA SIMULAO DA COMPRA E VENDA DO BEM IMVEL.
ANULAO DOS ATOS QUE SE IMPE. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. A simulao
consiste num desacordo intencional entre a vontade interna e a declarada, para criar,
aparentemente, um ato negocial que inexiste, ou para ocultar, sob determinada aparncia, o
negcio querido, enganando-se terceiro, o fisco, ou fraudando-se a lei, o que acarreta a invalidade
do negcio. 2. desnecessria a exigncia da prova direta e imediata da simulao, bastando para
configur-la indcios e presunes convincentes que apontem os fatos cuja existncia possa partir o
magistrado para chegar, ou no, certeza da simulao alegada. Processo: 2014.0470688. Relator: Des. Marco Tulio Sartorato.

12.AO DE OBRIGAO DE FAZER. ASSOCIAO SEM FINS LUCRATIVOS. PRESTAO DE SERVIOS


SECURITRIOS. RELAO DE CONSUMO. APLICAO DO CDC. POSSIBILIDADE. INVERSO DO NUS
DA PROVA. HIPOSSUFICINCIA TCNICA E ECONMICA DO CONSUMIDOR. CABIMENTO. INTELIGNCIA
DO ART. 6, VIII, CDC. DECISO ACERTADA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2014.031017-9
(Acrdo).Relator: Des. Subst. Saul Steil.

13.RESPONSABILIDADE CIVIL. CONSUMIDOR. DANO MORAL. ACESSO DE CLIENTE A


ESTABELECIMENTO BANCRIO OBSTACULIZADO. CONSUMIDORA QUE COMPARECE AGNCIA COM
FILHA DE 8 (OITO) ANOS, PORTADORA DE DEFICINCIA, ACOMODADA EM CARRINHO DE BEB.
INSISTNCIA NA SUBMISSO AO SISTEMA DE SEGURANA COMUM. UTILIZAO DE ENTRADA
SECUNDRIA APS LONGO PERODO DE RECUSA, COM O AUXLIO DE AUTORIDADE POLICIAL. FALHA
DO SERVIO CARACTERIZADA. DANO MORAL EVIDENCIADO. QUANTUM COMPENSATRIO ARBITRADO
COMPATVEL COM O CRITRIO DA PROPORCIONALIDADE. VERBA HONORRIA MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO.Processo: 2013.002556-9 (Acrdo). Relator: Des. Ronei Danielli.

Cmaras de Direito Comercial


14.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE DISSOLUO PARCIAL DE SOCIEDADE COMERCIAL.
APURAO DE HAVERES POR MEIO DE BALANO ESPECIAL. DATA BASE A SER CONSIDERADA:
MOMENTO EM QUE O SCIO RETIRANTE MANIFESTOU A VONTADE. RECURSO PROVIDO. "A data-base
para apurao dos haveres coincide com o momento em que o scio manifestar vontade de se
retirar da sociedade limitada estabelecida por tempo indeterminado.)". . Processo: 2014.004597-3
(Acrdo).Relator: Des. Jnio Machado.

15.AGRAVO DE INSTRUMENTO. BUSCA E APREENSO. DECISO INTERLOCUTRIA QUE DEFERIU A


MEDIDA LIMINAR, MAS MANTEVE OS BENS NA POSSE DA AGRAVADA, EM RAZO DE SER
PRESTADORA DE SERVIO PBLICO. INSURGNCIA DO BANCO. MRITO. MEDIDA LIMINAR DE BUSCA
E APREENSO IRRECORRIDA. DISCUSSO ACERCA DA MANUTENO DA POSSE EM FAVOR DA
EMPRESA AGRAVADA. CONCESSO DE TRANSPORTE PBLICO. OBJETO DA DEMANDA RESTRITO A
SEIS CARROCERIAS. GARANTIA DO PACTO QUE, SE RETIRADA DA EMPRESA, POR SI S, NO OFENDE
O PRINCPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIO PBLICO. NECESSIDADE DE ANLISE AMPLA DO
ACERVO PROBATRIO. EMPRESA QUE POSSUI MAIS DE DUZENTOS VECULOS DESTINADOS AO
TRANSPORTE DE PESSOAS. OBJETO DA DEMANDA QUE NO INVIABILIZA O ADIMPLEMENTO DA
OBRIGAO.
DECISO
CASSADA.
RECURSO
PROVIDO. Processo: 2014.027760-4
(Acrdo). Relator: Des. Subst. Guilherme Nunes Born.

16.AGRAVO DE INSTRUMENTO. REVISIONAL DE CONTRATO BANCRIO. PEDIDO INCIDENTAL DE


RECONHECIMENTO DE IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMLIA. DECISO INTERLOCUTRIA
REJEITANDO. INSURGNCIA DA PARTE AUTORA. MRITO. CONTRATOS DE MTUO BANCRIO.
GARANTIA OFERTADA NA FORMA DA LEI 9.514/97. INADIMPLEMENTO DO PACTO. ALIENAO
EXTRAJUDICIAL DO BEM. ALEGAO DE IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMLIA. PESSOA JURDICA
DEVEDORA. NICOS SCIOS MARIDO E MULHER, TAMBM DEVEDORES SOLIDRIOS. EMPRESA
FAMILIAR. NUMERRIO REVERTIDO EM BENEFCIO DA UNIDADE FAMILIAR. PRESUNO NO
AFASTADA. INAPLICABLIDADE DA LEI 8.009/90 ESPCIE. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIA. DECISO MANTIDA. " autorizada a penhora do bem de famlia quando dado em garantida
hipotecria da dvida contrada em favor da sociedade empresria, da qual so nicos scios marido
e mulher.. RECURSO IMPROVIDO. Processo: 2013.085357-3 (Acrdo). Relator: Des. Subst.
Guilherme Nunes Born.
17.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR OFENSA AO BOM NOME DE EMPRESA EM SUAS
ATIVIDADES MERCANTIS NA PRAA. INSCRIO DO NOME DA AUTORA NO CADASTRO RESTRITIVO
DOS RGOS DE PROTEO AO CRDITO. AUSNCIA DE INTIMAO DA MADEIREIRA REQUERIDA
ACERCA DOS EMBARGOS DE DECLARAO OPOSTOS PELA PARTE ADVERSA. OMISSO QUE
JUSTIFICARIA A CASSAO DA DECISO QUE ACRESCEU SENTENA, DECLARAO DE
INEXISTNCIA DO DBITO. MATRIA QUE, TODAVIA, INTEGRA A EXPOSIO ARGUMENTATIVA DO
APELO. REAPRECIAO DA QUESTO PELO TRIBUNAL. AUSNCIA DE PREJUZO. DESNECESSIDADE DE
PRONUNCIAMENTO DA NULIDADE. PRECEDENTES DO STJ. LEGALIDADE DO MALSINADO APONTE,
CALCADA NO ARGUMENTO DE QUE A POSTULANTE TERIA ADQUIRIDO MATRIA-PRIMA PARA

UTILIZAO NA CONSTRUO CIVIL. SUBSTRATO PROBATRIO, ENTRETANTO, INEFICIENTE


COMPROVAO DO ARRAZOADO. DOCUMENTOS ACOSTADOS AOS AUTOS PELA PRETENSA
CREDORA, QUE NO COMPROVAM A EFETIVA ENTREGA DAS MERCADORIAS. NOTA FISCAL
DESPROVIDA DA ASSINATURA DO RECEBEDOR. REGISTRO NEGATIVO QUE, ADEMAIS, FAZ MENO A
DVIDA DIVERSA DAQUELA RETRATADA POR ESTE ESCRITO. RESTRIO INDEVIDA. ABALO DE
CRDITO DA PESSOA JURDICA. DANO DE CUNHO MORAL PRESUMIDO. SMULA N 227 DO STJ.
INSOFISMVEL DEVER DE REPARAR. RECLAMO CONHECIDO E DESPROVIDO. APELO ADESIVO.
EMPRESA VTIMA QUE OBJETIVA A AMPLIAO DA VANTAGEM PECUNIRIA, ORIGINALMENTE
INSTITUDA EM R$ 5.000,00. INOBSERVNCIA DOS PRINCPIOS DA PROPORCIONALIDADE E
RAZOABILIDADE. MAJORAO QUE SE IMPE. FIXAO DA VERBA EM R$ 15.000,00, COM OS
ENCARGOS DA SENTENA. HONORRIOS ADVOCATCIOS SUCUMBENCIAIS FIXADOS NO
EQUIVALENTE A 10% SOBRE O VALOR DA CONDENAO. ALMEJADA MAJORAO. PLEITO
DENEGADO. VALOR QUE SE MOSTRA ADEQUADO REMUNERAO DOS SERVIOS PRESTADOS PELO
PATRONO CONSTITUDO PELA REQUERENTE. INSURGNCIA CONHECIDA E PARCIALMENTE
PROVIDA. Processo: 2012.089162-8). Relator: Des. Luiz Fernando Boller.

18.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE COBRANA. DEMANDA AJUIZADA POR EMPRESA


ESTRANGEIRA, COM SEDE NA ILHA DE TAIWAN - CHINA. INSURGNCIA CONTRA DECISO QUE NO
ACEITOU A PRESTAO DE CAUO NA MODALIDADE FIDEJUSSRIA, EXTERIORIZADA POR
CONTRATO DE FIANA. ALEGADA DESNECESSIDADE DE PRESTAO DE CAUO. IRRESIGNAO
INOPORTUNA, PORQUANTO DEVERIA TER SIDO APRESENTADA CONTRA A DECISO ANTERIOR, QUE,
COM FULCRO NO ART. 835 DO CPC, DETERMINOU A PRESTAO DE CAUO SUFICIENTE PARA
SATISFAZER O PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS E HONORRIOS ADVOCATCIOS DEVIDOS AO
PATRONO DA PARTE ADVERSA. PRECLUSO TEMPORAL CONFIGURADA. VIABILIDADE DE PRESTAO
DA CAUO NA FORMA REAL OU FIDEJUSSRIA. ART. 827 DO CPC. AUSNCIA DE DISTINO OU
PREVALNCIA DE UMA SOBRE A OUTRA. ARGUMENTO PROFICIENTE. RECURSO PARCIALMENTE
CONHECIDO E PROVIDO. "De acordo com o art. 835 do CPC, o estrangeiro, que no possua imveis
no Brasil, dever, nas aes que aqui intentar, prestar cauo suficiente s custas e honorrios de
advogado da parte contrria. [...] diante da ausncia de especificao no enunciado do art. 835 do
CPC acerca de qual modalidade de garantia que dever ser prestada para garantir as despesas e
honorrios advocatcios da parte adversa, de ser considerado como possvel, conforme
interpretao autntica fornecida pelo art. 827 da legislao processual, a prestao de cauo em
qualquer de suas formas, desde que idnea a seu fim". Processo: 2014.013994-0
(Acrdo). Relator: Des. Luiz Fernando Boller

Cmaras de Direito Pblico


19.TRIBUTRIO - ICMS - SUBSTITUIO TRIBUTRIA - FATO GERADOR PRESUMIDO - BASE DE
CLCULO - OPERAO FINAL - ALEGAO DE VENDA POR PREO INFERIOR - PLEITO DE
COMPENSAO DO ICMS SUPOSTAMENTE PAGO A MAIOR COM O DEVIDO NAS OPERAES FUTURAS
- JULGAMENTO POR ESTA QUARTA CMARA DE DIREITO PBLICO QUE SEGUIU O ENTENDIMENTO DA
CORTE DE INEXISTNCIA DE CRDITO TRIBUTRIO - RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO - PROVIMENTO
QUE REFORMOU A DECISO DE SEGUNDO GRAU PARA RECONHECER O DIREITO RESTITUIO DO
ICMS - RETORNO DOS AUTOS DETERMINADO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA PARA QUE ESTE
TRIBUNAL COMPLEMENTE O JULGAMENTO NO TOCANTE VERIFICAO DAS NORMAS ESTADUAIS
SOBRE A FORMA COMO A DEVOLUO SER FEITA - APLICAO ANALGICA DO ART. 10 DA LC N.
87/96 E DO ART. 40 LEI ESTADUAL N. 10.297/96 - Processo: 2006.007492-4). Relator:Des. Jaime
Ramos.

20.PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTRIO - APELAO CVEL JULGADA -RECURSO EXTRAORDINRIO


INTERPOSTO - REVISO DO ACORDO DETERMINADA POR FORA DO ART. 543-B, 3, DO CPC, PARA
EVENTUAL RETRATAO EM FACE DE JULGAMENTO, PELO STF, DE RECURSO COM REPERCUSSO
GERAL, EM QUE NO FOI ADMITIDA INCIDNCIA DE ICMS NA IMPORTAO DE BENS OU MERCADORIA

POR QUEM NO SEU CONTRIBUINTE HABITUAL DESDE QUE OS FATOS GERADORES SEJAM
ANTERIORES EC N. 33/2001 E LC N. 116/2003 - FATOS GERADORES POSTERIORES A ESSAS
NORMAS - ACRDO ANTERIOR DE ACORDO COM O ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL - CONFIRMAO DO ACRDO REANALISADO. "1. H competncia constitucional para
estender a incidncia do ICMS operao de importao de bem destinado a pessoa que no se
dedica habitualmente ao comrcio ou prestao de servios, aps a vigncia da EC 33/2001. "2. A
incidncia do ICMS sobre operao de importao de bem no viola, em princpio, a regra da
vedao cumulatividade (art. 155, 2, I da Constituio), pois se no houver acumulao da
carga tributria, nada haveria a ser compensado." "3. Divergncia entre as expresses 'bem' e
'mercadoria' (arts. 155, II e 155, 2, IX, a da Constituio). constitucional a tributao das
operaes de circulao jurdica de bens amparadas pela importao. A operao de importao
no descacteriza, to-somente por si, a classificao do bem importado como mercadoria. Em
sentido semelhante, a circunstncia de o destinatrio do bem no ser contribuinte habitual do
tributo tambm no afeta a caracterizao da operao de circulao de mercadoria. Ademais, a
exonerao das operaes de importao pode desequilibrar as relaes pertinentes s operaes
internas com o mesmo tipo de bem, de modo a afetar os princpios da isonomia e da livre
concorrncia. "CONDIES CONSTITUCIONAIS PARA TRIBUTAO "4. Existncia e suficincia de
legislao infraconstitucional para instituio do tributo (violao dos arts. 146, II e 155, XII, 2, i
da Constituio). A validade da constituio do crdito tributrio depende da existncia de lei
complementar de normas gerais (LC 114/2002) e de legislao local resultantes do exerccio da
competncia tributria, contemporneas ocorrncia do fato jurdico que se pretenda tributar. "5.
Modificaes da legislao federal ou local anteriores EC 33/2001 no foram convalidadas, na
medida em que inexistente o fenmeno da 'constitucionalizao superveniente' no sistema jurdico
brasileiro. A ampliao da hiptese de incidncia, da base de clculo e da sujeio passiva da regramatriz de incidncia tributria realizada por lei anterior EC 33/2001 e LC 114/2002 no serve de
fundamento de validade tributao das operaes de importao realizadas por empresas que no
sejam comerciais ou prestadoras de servios de comunicao ou de transporte intermunicipal ou
interestadual. "6. A tributao somente ser admissvel se tambm respeitadas as regras da
anterioridade e da anterioridade, cuja observncia se afere com base em cada legislao local que
tenha modificado adequadamente a regra-matriz e que seja posterior LC 114/2002. Recurso
extraordinrio interposto pelo Estado do Rio Grande do Sul conhecido e ao qual se nega provimento.
Recurso
extraordinrio
interposto
por
FF.
Claudino
ao
qual
se
d
provimento". Processo: 2012.074877-4.Relator: Des. Jaime Ramos.

21.AGRAVO DE INSTRUMENTO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. PROCEDNCIA DO PEDIDO.


SENTENA TRANSITADA EM JULGADO. POSTERIOR AGRAVAMENTO DA DOENA. NECESSIDADE DE
SUBSTITUIO DOS MEDICAMENTOS. INDEFERIMENTO NA ORIGEM, AO ARGUMENTO DE OFENSA
COISA JULGADA. SADE. DIREITO FUNDAMENTAL DE DUPLA FACE, SOCIAL E INDIVIDUAL
INDISPONVEL. PRIMAZIA DO DIREITO VIDA E SADE EM RELAO AO INTERESSE ECONMICO
DO AGRAVADO. CONCESSO DE TUTELA ESPECFICA. PRESENA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES
DA MEDIDA DE URGNCIA PLEITEADA (PLAUSIBILIDADE DO DIREITO INVOCADO E PERIGO DA
DEMORA). RELATIVIZAO DA COISA JULGADA. RECURSO PROVIDO. "'O direito sade - alm de
qualificar-se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas - representa consequncia
constitucional indissocivel do direito vida. O Poder Pblico, qualquer que seja a esfera
institucional de sua atuao no plano da organizao federativa brasileira, no pode mostrar-se
indiferente ao problema da sade da populao, sob pena de incidir, ainda que por censurvel
omisso, em grave comportamento inconstitucional' Assim, presentes os requisitos autorizadores
da medida de urgncia (plausibilidade do direito invocado e perigo da demora) adequada a sua
concesso, para o fornecimento de medicamentos, tendo em vista a relevncia do prprio bem
juridicamente tutelado. Processo: 2014.003617-0. Relator: Des. Ricardo Roesler.

22.APELAO CVEL. AO DE REPETIO DE INDBITO TRIBUTRIO. DESAPROPRIAO INDIRETA


NO TERRENO DO CONTRIBUINTE. RESTITUIO DOS VALORES DE IPTU INDEVIDAMENTE PAGOS.
MUNICPIO QUE ALEGA A FALTA DE PROVA DA OCORRNCIA DA OCUPAO. SUBSISTNCIA.
CONSULTA AO SISTEMA DE AUTOMAO DO JUDICIRIO QUE ACUSA O INCIO DA OBRA NO ANO DE

2000. IMPOSTO RESTITUVEL A PARTIR DO EXERCCIO REFERENTE AO ANO DE 2001. CORREO


MONETRIA. NDICE INPC. JUROS DE MORA. PREVISO EM LEI MUNICIPAL NO PERCENTUAL DE 0,5%
AO MS. HONORRIOS MANTIDOS. SENTENA PARCIALMENTE REFORMADA. Em uma perfunctria
anlise da ao de desapropriao indireta movida pelo contribuinte contra a municipalidade, de
conferncia fcil no SAJ, denota-se naquela sentena que a ocupao ocorreu em 31-3-2000, e da
que se deve dar incio o pedido de repetio dos valores j pagos por Manoel Feliciano Custdio.
Destarte, porque no Municpio de So Jos o IPTU tem como fato gerador a propriedade, o domnio
til ou a posse de imvel por natureza ou por acesso fsica, localizado na zona urbana, no primeiro
dia de cada exerccio, dever da municipalidade devolver ao contribuinte os valores pagos do
imposto territorial, a partir do exerccio 2001, porque dali em diante ele j no era mais o
contribuinte. No tocante correo monetria, a par da disposio do art. 409 CTN de So Jos,
aplicvel o INPC no caso concreto, at porque este o ndice adotado atualmente pela douta
Corregedoria Geral de Justia. "(...) em face da lacuna do art. 167, nico do CTN, a taxa dos juros
de mora na repetio de indbito deve, por analogia e isonomia, ser igual que incide sobre os
correspondentes dbitos tributrios estaduais ou municipais pagos com atraso; e a taxa de juros
incidente sobre esses dbitos deve ser de 1% ao ms, a no ser que o legislador, utilizando a
reserva de competncia prevista no 1 do art. 161 do CTN, disponha de modo diverso". Desta
forma, deve-se dar razo ao recorrente no ponto, a fim de que os juros de mora incidam no
percentual de 0,5% ao ms, em paralelo ao disposto no art. 411 do Cdigo Tributrio do Municpio
de So Jos. Processo: 2011.015954-1. Relator: Des. Subst. Jlio Csar Knoll.

Edio n. 24 de 1 de Outubro de 2014.

Grupo de Cmaras de Direito Civil


1.Deciso concessiva de efeito suspensivo em agravo de instrumento manejado contra o deferimento
de antecipao de tutela em processo referente ao servio de concentre scoring da Serasa contraria
determinao do Superior Tribunal de Justia, que suspendeu o julgamento de todos os feitos relativos
a esse servio.

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2. cabvel o ajuizamento de ao rescisria, no que concerne aos honorrios advocatcios arbitrados,
na hiptese em que se pretende questionar eventual afronta aos critrios objetivos previstos no art.
20, 3 e 4, do Cdigo de Processo Civil.
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3.Em composio de divergncia, na forma do art. 555, 1, do Cdigo de Processo Civil, firmou-se o
entendimento de que invivel o desconto ou a compensao de valores recebidos a ttulo de auxliodoena no perodo em que o beneficirio manteve vnculo empregatcio.
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4.No ofende o princpio da reserva do possvel a deciso do magistrado corregedor da unidade
prisional que ordena a transferncia de presos definitivos para outras penitencirias em razo da
superlotao e das condies insalubres para resguardar a dignidade da pessoa humana.
5.Configura o delito de peculato a conduta do escrivo de polcia que extravia termo circunstanciado
que tinha em posse para se apropriar do valor apreendido no caderno indicirio.
6.Adoo da Recomendao n. 33/2010 do CNJ, que instituiu a estratgia contra a vitimizao
secundria, para a oitiva de menores de idade que sofreram abusos sexuais, no afronta o
contraditrio e a ampla defesa.
7.Comete o crime de prevaricao, nos termos do art. 319 do Cdigo Penal Militar, o soldado que
acoberta a conduta ilcita do colega de farda que pratica atos libidinosos com adolescente no interior
de quartel de bombeiros.
8.Pratica o delito de inexigibilidade ilegal de licitao, previsto no art. 89, caput, da Lei n. 8.666/93, o
administrador que, ao acolher parecer de procurador municipal, autoriza a contratao direta de
servio de transporte pblico com fundamento em critrio geogrfico.
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9. ao de indenizao por danos morais em virtude do crime de denunciao caluniosa inaplicvel
a causa impeditiva da prescrio prevista no art. 200 do Cdigo Civil, porquanto no verificada a
relao de prejudicialidade entre as esferas cvel e penal.
10.Em observncia liberdade de expresso e direito informao, no se afigura razovel a
exigncia de que stio de buscas na internet remova, em relao a um nome, expresses sugeridas de
acordo com pesquisas usurios.
11.Consoante novo entendimento de rgo Fracionrio desta Corte, proibida a capitalizao de juros
nos contratos de compra e venda de imvel financiado diretamente com a construtora, ainda que
expressamente convencionada, porquanto no incide o art. 4 da Lei de Usura.
12.Comete ato ilcito passvel de indenizao de ordem moral o fornecedor que, aps tolerar repetidos
atrasos no pagamento de prestaes, surpreende o consumidor ao incluir seu nome no cadastro de
inadimplentes e vincular o afastamento da negativao ao pagamento antecipado de fatura.
13.Na hiptese de ser fundamental a anlise do ttulo dominial verificao do exerccio da posse
indireta, faz jus reintegrao possessria o proprietrio de rea cedida a municpio para edificao de
escola, que, aps o abandono pelo ente pblico, serviu de residncia a invasor.

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14. possvel a aplicao da teoria finalista mitigada para o reconhecimento de relao consumerista
entre empresa individual de responsabilidade limitada e instituio financeira.
15. nulo protesto de dvida feito por empresa que, contratada para realizar transporte areo e
desembarao aduaneiro mercadorias destinadas exposio em feira no exterior, realiza entrega 1
semana aps trmino evento.
16.A juntada em embargos de declarao de documento emitido cinco anos antes, com o ntido
propsito de procrastinar a entrega da prestao jurisdicional, caracteriza litigncia de m-f e enseja
o pagamento de multa, indenizao e despesas processuais, alm do que acarreta a perda do direito
aos honorrios sucumbenciais.
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17.Ao imvel inserido em rea urbana no se aplicam as disposies da Lei do Parcelamento do Solo e
do Cdigo Florestal para a regularizao de obra.
18.Afigura-se desproporcional e desarrazoada a exigncia, em edital de concurso pblico para o cargo
de escriturrio de instituio financeira, de que o candidato no possua restrio em rgo de proteo
ao crdito.
19.No possui direito adquirido renovao da licena o motorista que no demonstra aptido fsica
quando submetido a exame peridico formulado pelo Departamento de Trnsito.
20.A simples referncia a nmero de processo em acrdo que no revela o nome da parte
insuficiente para caracterizar dano imagem, ainda que em contexto de possveis irregularidades
cometidas pelos procuradores que atuaram nos feitos mencionados.

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1.MANDADO DE SEGURANA IMPETRADO CONTRA DECISO LIMINAR EM AGRAVO DE INSTRUMENTO
QUE CONCEDEU EFEITO SUSPENSIVO PARCIAL ANTECIPAO DE TUTELA DEFERIDA EM AO CIVIL
PBLICA. POSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO PELA AUSNCIA DE PREVISO LEGAL DE RECURSO COM
EFEITO SUSPENSIVO CONTRA AQUELE DECISUM E PELA PRESENA DE ILEGALIDADE NA DECISO
COATORA. DECISUM ATACADO PROFERIDO APS DETERMINAO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA
DETERMINANDO A SUSPENSO DOS FEITOS QUE VERSASSEM SOBRE A QUESTO TRATADA NO RESP N.
1.419.697/RS. ILEGALIDADE VERIFICADA. VIOLAO DOS ARTS. 265, INC. VI, 266 E 543-C DO CPC.
SUSPENSO DA ACTIO COLETIVA NA FASE EM QUE SE ENCONTRAVA, OU SEJA, APS A CONCESSO
PARCIAL DA ANTECIPAO DE TUTELA. LIMINAR DO AGRAVO DE INSTRUMENTO CASSADA. SEGURANA
DEFERIDA. Processo:2014.020763-8. Relator: Des. Alexandre d'Ivanenko.

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2.AO RESCISRIA. ALEGADA VIOLAO LITERAL DISPOSIO DE LEI. ART. 485, V, DO CPC.
DISCUSSO SOBRE HONORRIOS ADVOCATCIOS FIXADOS EM EMBARGOS EXECUO JULGADOS
PARCIALMENTE PROCEDENTES. CABIMENTO DA AO RESCISRIA. QUESTIONAMENTO ACERCA DOS
CRITRIOS OBJETIVOS DISCIPLINADOS NOS 3 E 4 DO ART. 20 DO CPC. AUSNCIA DE VALORAO
NA DECISO RESCINDENDA. HIPTESE EM QUE, AO FIXAR VERBA HONORRIA, NO SE PROCEDEU A
NENHUM JUZO DE VALOR SEGUNDO OS CRITRIOS PREVISTOS NAS ALNEAS "A", "B" E "C" DO 3 DO
ART. 20 CPC, CONFORME 4 DO MESMO PRECEITO LEGAL, LIMITANDO-SE A ESTIPULAR UM
PERCENTUAL SOBRE O VALOR DO DBITO, SEM APRESENTAR A NECESSRIA MOTIVAO. RESCISO

QUE SE IMPE. PEDIDO PROCEDENTE. Conforme orientao firmada no julgamento do REsp


1.217.321/SC, cabvel ao rescisria quanto parte da sentena relacionada fixao de
honorrios advocatcios "somente para discutir violao ao direito objetivo veiculado no art. 20 e 3
e 4, CPC, como regras que dizem respeito disciplina geral dos honorrios". Processo: 2012.0761174. Relatora: Desa. Soraya Nunes Lins.

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3.APELAO CVEL. COMPOSIO DE DIVERGNCIA COM FUNDAMENTO NO ART. 555, 1, DO CPC.
PREVIDENCIRIO. AUXLIO-DOENA CONCEDIDO NA SENTENA. AUSNCIA DE RECURSO DA
AUTARQUIA PREVIDENCIRIA. RECURSO DA AUTORA. CONTROVRSIA ENTRE AS CMARAS DE DIREITO
PBLICO ACERCA DA POSSIBILIDADE DE DESCONTO DOS VALORES RECEBIDOS A TTULO DE AUXLIODOENA NO PERODO EM QUE A SEGURADA MANTEVE VNCULO EMPREGATCIO. DIVERGNCIA
COMPOSTA, POR MAIORIA, NO SENTIDO DA IMPOSSIBILIDADE DE DESCONTO OU COMPENSAO PELO
RGO ANCILAR, SOB PENA DE RECONHECIMENTO DA INEFICINCIA DO INSS. EXERCCIO DE
ATIVIDADE LABORAL PARA MANUTENO DA SUBSISTNCIA, COM INEGVEL SACRIFCIO DA SADE E
POSSIBILIDADE DE PIORA DO QUADRO CLNICO. INTERPRETAO DA LEI PREVIDENCIRIA QUE DEVE
LEVAR EM CONSIDERAO OS PRINCPIOS DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E DA IGUALDADE.
PRECEDENTES DO TRF4. SENTENA REFORMADA NO PONTO. RECURSO PROVIDO. DEMAIS TERMOS DO
VEREDICTO CONFIRMADOS EM REEXAME NECESSRIO. No se afigura justo tenha o beneficirio que
devolver, ou compensar, na hiptese, os valores percebidos do rgo Ancilar, pois, nesse caso, estarse-ia, em outras palavras, chancelando a ineficincia da Autarquia Previdenciria, porquanto indeferiu
o auxlio-doena, mesmo estando o segurado incapacitado para o labor, obrigando-o a retornar ao
trabalho, por ausncia de alternativa manuteno da sobrevivncia, em prejuzo do seu estado
mrbido. Se a Justia revela-se no estado de interao entre os litigantes com o objetivo de equilibrar
as relaes, nada mais justo do que ponderar os efeitos das decises judiciais sobre as pessoas
envolvidas, privilegiando-se sempre o princpio constitucional fundamental da dignidade da pessoa
humana. "1. O trabalho exercido pelo segurado no perodo em que estava incapaz decorre da
necessidade de sobrevivncia, com inegvel sacrifcio da sade do obreiro e possibilidade de
agravamento do estado mrbido. 2. No obstante a ausncia de previso legal para tal compensao,
a prtica de tais descontos, com aval do Judicirio, redundaria em recompensar a falta de eficincia do
INSS na hiptese dos autos, pois, inegavelmente, o benefcio foi negado erroneamente pela percia
mdica da Autarquia. Processo: 2013.088629-7. Relator: Des. Carlos Adilson Silva..

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4.MANDADO SEGURANA. IMPETRAO ESTADO DE SANTA CATARINA CONTRA DECISO JUIZ
CORREGEDOR DA UNIDADE PRISIONAL DETERMINOU TRANSFERNCIA PARA AS PENITENCIRIAS DOS
SEGREGADOS COM SENTENA CONDENATRIA TRANSITADA EM JULGADO, SOB O FUNDAMENTO DE
SUPERLOTAO CARCERRIA, CONDIES INSALUBRES E CONVIVNCIA ENTRE PRESOS PROVISRIOS
E DEFINITIVOS. ALEGADA OFENSA AO PRINCPIO DA SEPARAO DOS PODERES. INOCORRNCIA.
MEDIDA ADOTADA COM RESPALDO LEGAL. INTELIGNCIA DO ART. 66, VIII, LEP. PRINCPIO DA RESERVA
DO POSSVEL QUE NO AUTORIZA A MODIFICAO DA DECISO. MAGISTRADO QUE, PREZANDO PELA
OBSERVNCIA AO PRINCPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, SEPARA PRESOS PROVISRIOS DE
PRESOS DEFINITIVOS. DECISO MANTIDA. SEGURANA NO CONCEDIDA. 1. No h falar em violao
do princpio da separao dos poderes, uma vez agiu o Magistrado a quo em estrito cumprimento ao
que determina o art. 66, VIII, LEP, que possibilita ao juiz da execuo "interditar, no todo ou em parte,
estabelecimento penal que estiver funcionando em condies inadequadas ou com infringncia aos
dispositivos desta Lei". 2. No plausvel ao Estado escusar-se na reserva do possvel na hiptese de
superlotao de presdios, muito menos limitar-se a afirmar que a segurana pblica deve ser
preservada, quando tais argumentos implicam em fechar os olhos dignidade da pessoa
humana. Processo: 2014.024745-0. Relator: Des. Paulo Roberto Sartorato.

5. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A ADMINISTRAO DA JUSTIA. PECULATO (ART. 312, CAPUT,
DO CDIGO PENAL). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. NULIDADE DO PROCESSO
DEVIDO AO INDEFERIMENTO DO EXAME DE INSANIDADE MENTAL E INIMPUTABILIDADE PENAL DO RU.
PERCIA REQUERIDA NA AUDINCIA DE INSTRUO. IMPOSSIBILIDADE DE AVALIAR O ESTADO
PSICOLGICO DO RU POCA DO FATO. ADEMAIS, SITUAES FTICAS E DEPOIMENTOS QUE NO
INDICAM A INIMPUTABILIDADE DO RU. OBSERVNCIA DO ART. 149 DO CDIGO DO PROCESSO PENAL.
ORDENAO QUE SE MOSTROU DISPENSVEL PELO MAGISTRADO. PRELIMINAR REJEITADA. NULIDADE
DO PROCESSO ANTE O INDEFERIMENTO DOS QUESTIONAMENTOS ACERCA DA PERCIA GRAFOTCNICA.
INVIABILIDADE DE QUESTIONAMENTO ACERCA DA FORMAO DO PERITO E DA METODOLOGIA
EMPREGADA NO LAUDO. EXAME REALIZADO POR PERITA CRIMINAL DO INSTITUTO GERAL DE PERCIA.
PRESUNO DE CAPACIDADE PARA REALIZAO DO LAUDO PERICIAL. VCIO INEXISTENTE. PLEITO
ABSOLUTRIO POR ATIPICIDADE DA CONDUTA. RECONHECIMENTO DO PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA.
IMPOSSIBILIDADE. CRIME CONTRA A ADMINISTRAO DA JUSTIA. BEM JURDICO TUTELADO
(MORALIDADE ADMINISTRATIVA) QUE NO PODE SER AUFERIDO PELO VALOR ECONMICO DA
VANTAGEM INDEVIDA. PLEITO ABSOLUTRIO POR INSUFICINCIA DE PROVAS. NAO CABIMENTO.
MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS CONFIGURADAS. CONTEXTO PROBATRIO DEMONSTRA QUE O
RU, APROVEITANDO-SE DO SEU CARGO, ESCRIVO DE POLCIA, FALSIFICOU ASSINATURA E EXTRAVIOU
TERMO CIRCUNSTANCIADO, O QUAL ESTAVA SOB SUA RESPONSABILIDADE, A FIM DE APROPRIAR-SE DA
QUANTIA A ELE ATRELADO. DEPOIMENTO DO DELEGADO DE POLCIA AFIRMANDO TER DEIXADO O
TERMO CIRCUNSTANCIADO AOS CUIDADOS DO RU PARA REMESSA AO FRUM. LAUDO PERICIAL
ATESTA CONVERGNCIA GRFICA ENTRE DOCUMENTO QUESTIONADO E GRAFIA DO AGENTE. PROVAS
SUFICIENTES. CONDENAO MANTIDA. REDUO DA PENA-BASE PARA O MNIMO LEGAL. NO
ACOLHIMENTO. CIRCUNSTNCIAS DO CRIME QUE TRANSCENDERAM A ESTRUTURA DO TIPO PENAL.
AGENTE QUE FALSIFICOU ASSINATURA DE SERVIDORA PBLICA E EXTRAVIOU DOCUMENTO PBLICO A
FIM DE APROPRIAR-SE DE NUMERRIO VINCULADO A ELE. MOTIVAO IDNEA. RECURSO CONHECIDO
E DESPROVIDO. Processo: 2013.073233-4. Relatora: Desa. Marli Mosimann Vargas.

6. ESTUPRO DE VULNERVEL EM CONTINUIDADE DELITIVA. ARTIGO 217-A C/C ARTIGO 71, AMBOS DO
CDIGO PENAL. SENTENA ABSOLUTRIA IMPRPRIA. RECURSO DO RU. PRELIMINAR. CERCEAMENTO
DE DEFESA. ADOO DA RECOMENDAO N. 33/2010 DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA.
DEPOIMENTO SEM DANO. NO OBSERVNCIA DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. ALEGAO DE
INSEGURANA JURDICA E PREJUZO IRREPARVEL DEFESA. INOCORRNCIA. MTODO DE OITIVA DA
VTIMA DE CRIMES SEXUAIS. INSTRUMENTO DE IDEALIZAO DA PROTEO DOS DIREITOS DA
CRIANA E DO ADOLESCENTE. PROTOCOLO ASSINADO ENTRE O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA, O
UNICEF E A OSCIP "CHILDHOOD BRASIL". ESTRATGIA CONTRA A VITIMIZAO SECUNDRIA.
CONTRADITRIO E AMPLA DEFESA OBSERVADOS. ACOMPANHAMENTO DO DEPOIMENTO EM TEMPO
REAL. POSSIBILIDADE DE REALIZAO DE REPERGUNTAS E ESCLARECIMENTOS. PREFACIAL
RECHAADA. A Recomendao n. 33/2010 do CNJ cuida do "depoimento sem dano", instrumento de
idealizao da proteo dos direitos da criana e do adolescente, dando ensejo, inclusive, parceria
entre o CNJ, o Unicef e a Childhood Brasil (instituio criada em 1999 pela Rainha da Sucia para a
proteo da infncia contra o abuso e a explorao sexual), cujo acordo foi firmado em 9 de outubro de
2012, objetivando a implementao do sistema. O objetivo do instituto a mitigao da vitimizao
secundria do sujeito passivo de delitos sexuais, evitando colocar a vtima diante de pessoas
desconhecidas, inquirindo-a acerca de fatos violentos e ntimos que supostamente sofreu. Em sendo
permitido o contato prvio das partes com a psicloga nomeada para o ato, bem como o
acompanhamento do depoimento em tempo real, com a possibilidade, inclusive, da realizao de
reperguntas e esclarecimentos, no h ofensa aos princpios constitucionais do contraditrio e da
ampla defesa. MRITO. MATERIALIDADE E AUTORIA DEMONSTRADAS. DELITO PRATICADO POR HOMEM
DE 62 (SESSENTA E DOIS) ANOS CONTRA VTIMA DE 10 (DEZ) ANOS POCA DOS FATOS. ACUSADO
CONSIDERADO INIMPUTVEL POR PERCIA MDICA. MODUS OPERANDI. RU, VIZINHO DA VTIMA, QUE A
CHAMAVA PARA LOCAIS ERMOS E PASSAVA A MO EM SEU CORPO, APALPANDO-LHE OS SEIOS POR
DENTRO DO SUTI E A GENITLIA POR CIMA DA CALCINHA. PROVOCAO DE HEMATOMAS NO CORPO
DA OFENDIDA. PALAVRA DA VTIMA. ESPECIAL RELEVNCIA. CONFRONTO COM OS DEMAIS ELEMENTOS
PROBATRIOS. PRTICA DO ESTUPRO DEVIDAMENTE DEMONSTRADA. ABSOLVIO IMPRPRIA
MANTIDA. A palavra da vtima, nos crimes sexuais, possui especial relevncia, diante da natureza do
delito, que dificilmente deixa vestgios em funo de ser cometido s ocultas, ou em ambientes

domsticos, sem a presena de testemunhas. Se h nos autos elementos probatrios suficientes para
indicar, sem margem a dvidas, a materialidade e a autoria do delito, inviabiliza-se a absolvio por
falta de provas. PLEITO DE NULIDADE. PSICLOGA QUE TERIA INDUZIDO O DEPOIMENTO DA VTIMA.
INSUBSISTNCIA. MCULA INEXISTENTE. AUSNCIA DE TERMO DE DEPOIMENTO DA VTIMA. MERA
IRREGULARIDADE. DESCLASSIFICAO. IMPORTUNAO OFENSIVA AO PUDOR. ARTIGO 61 DO
DECRETO-LEI N. 3.688/1941. AGENTE QUE AMEAOU VTIMA DE MORTE CASO CONTASSE OS ABUSOS A
SEUS PAIS. INTENO DO RU. SATISFAO DA LASCVIA. DESCLASSIFICAO INCABVEL.
CONDENAO MANTIDA. "Invivel a desclassificao do crime de atentado violento ao pudor para a
contraveno penal de importunao ofensiva ao pudor, uma vez que naquele o agente possui o
intuito de satisfao de sua lascvia, enquanto nesta o objetivo que o move seria o mero incmodo
vtima". Processo: 2014.000904-9). Relator: Des. Jorge Schaefer Martins.

7.APELAO CRIMINAL. PRTICA DE ATO DE LIBIDINAGEM DENTRO DE QUARTEL DE BOMBEIROS.


PREVARICAO (ART. 235 E ART. 319 DO CDIGO PENAL MILITAR). ALMEJADA A ABSOLVIO DIANTE
DA INSUFICINCIA PROBATRIA. ALEGADA A NO OCORRNCIA DA PRTICA DE ATOS LIBIDINOSOS.
DELITO QUE NO SE CONSUMOU POR CIRCUNSTNCIAS ALHEIAS VONTADE DO RU. PROVAS
EVIDENTES DA INTENO DA PRTICA DO DELITO. CORRU, NO EXERCCIO DE FUNO PBLICA, QUE
TENTA ESCONDER O CRIME PERPETRADO PELO COLEGA. CONJUNTO PROBATRIO SUFICIENTE PARA
COMPROVAR A AUTORIA DO CRIME DE PREVARICAO. CONDENAO MANTIDA. DOSIMETRIA.
SENTENA QUE ESTABELECEU A PENA BASE NO MXIMO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. CIRCUNSTNCIAS
JUDICIAIS QUE SE MOSTRAM NORMAIS AO TIPO LEGAL. DIMINUIO DA PENA DE AMBOS OS RUS QUE
SE IMPE. READEQUAO DA PENA. DE OFCIO, CONSTATADA A OCORRNCIA DA PRESCRIO DA
PRETENSO PUNITIVA, NA FORMA SUPERVENIENTE. LAPSO TEMPORAL SUPERIOR A 2 ANOS ENTRE A
PUBLICAO DA SENTENA CONDENATRIA E A PRESENTE DATA. EXTINO DA PUNIBILIDADE.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO E, DE OFCIO, DECLARADA A EXTINO DA PUNIBILIDADE.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.Processo: 2012.087902-4. Relator: Des. Subst. Volnei Celso
Tomazini. .
8.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A ADMINISTRAO PBLICA. INEXEGIBILIDADE ILEGAL DE
LICITAO (ART. 89, CAPUT, DA LEI N. 8.666/1993 C/C OS ARTS. 29 E 71, AMBOS DO CDIGO PENAL).
SENTENA CONDENATRIA. IRRESIGNAO DAS DEFESAS. SUSTENTADA INPCIA DA DENNCIA PELA
DEFESA DE ORLANDO. NO VERIFICAO. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS ESTABELECIDOS PELO
ART. 41 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. ADEMAIS, CRIME DE AUTORIA COLETIVA QUE EXIGE APENAS
CLARA IDENTIFICAO DA CONDUTA DE CADA AGENTE, PARA POSSIBILITAR O PLENO EXERCCIO DO
DIREITO DE DEFESA. COMPLEXIDADE DO FEITO QUE PERMITE SEJA RELATIVIZADO O RIGOR TCNICO
EXIGIDO A PROCESSOS MAIS SINGELOS. NO ACOLHIMENTO. MRITO. ACUSADO QUE, NA CONDIO
DE PREFEITO MUNICIPAL, AUTORIZOU SUCESSIVOS CONTRATOS DIRETOS COM DETERMINADA
EMPRESA PARA REALIZAO DE TRANSPORTE PBLICO DE MUNCIPES E DE ESCOLARES. ADVOGADO
QUE, NA CONDIO DE PROCURADOR MUNICIPAL, EMITIU PARECERES ATESTANDO A SUPOSTA
LEGALIDADE DA INEXIGIBILIDADE DE LICITAO. PLEITO ABSOLUTRIO DE AMBAS AS DEFESAS. TESE
DE ATIPICIDADE DA CONDUTA. SUSTENTADA INVIABILIDADE DE COMPETIO QUE AUTORIZARIA A
INEXEGIBILIDADE DO CERTAME. ALEGADA EXISTNCIA DE UMA NICA EMPRESA DE TRANSPORTES COM
CAPACIDADE DE ATENDER A DEMANDA MUNICIPAL. HIPTESE DO ART. 25 DA LEI DE LICITAES NO
VISLUMBRADA. EXISTNCIA DE DIVERSAS EMPRESAS SITUADAS NA REGIO POTENCIALMENTE APTAS A
DESEMPENHAR O SERVIO. PROVAS DOCUMENTAIS E TESTEMUNHAIS NESTE SENTIDO. ADEMAIS,
LIMITAO TERRITORIAL, SEM JUSTIFICATIVA PLAUSVEL, QUE VIOLA O PRINCPIO DA ISONOMIA,
PREJUDICANDO A VIABILIDADE DE COMPETIO E, POR CONSEGUINTE, A OBTENO DE PROPOSTA
MAIS VANTAJOSA ADMINISTRAO. FLAGRANTE ILEGALIDADE DO ATO. CORRETA RESPONSABILIDADE
CONJUNTA DOS ACUSADOS DIANTE DO NEXO DE CAUSALIDADE. PARECER DE NATUREZA OBRIGATRIA,
EMITIDO COM MANIFESTA AFRONTA LEI. ERRO GROSSEIRO. POR OUTRO VIS, CRIME DE MERA
CONDUTA. TIPO PENAL QUE PRESCINDE DE DOLO ESPECFICO DE LESAR A ADMINISTRAO TAMPOUCO
DE COMPROVAO DE EFETIVO DANO AO ERRIO. INDUBITVEL OFENSA AOS PRINCPIOS LICITATRIOS
DA LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE E PUBLICIDADE. ENTENDIMENTO QUE, EMBORA
CONFLITE COM ATUAL POSICIONAMENTO DAS CORTES SUPERIORES, ENCONTRA AMPARO NA DOUTRINA
E EM PRECEDENTES, INCLUSIVE DO STJ. CONDENAES MANTIDAS. DE OFCIO. MULTA. AFASTAMENTO
DA INCIDNCIA DO ART. 72 DO CP. DISPOSITIVO APLICVEL APENAS AOS CASOS DE CONCURSO
MATERIAL
E
FORMAL
DE
CRIMES.
MODIFICAO
DA
PENA
PECUNIRIA.
RECURSOS

DESPROVIDOS.Processo: 2013.049860-7. Relator: Des. Subst. Leopoldo Augusto Brggemann.

Cmaras de Direito Civil


9.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. DENUNCIAO CALUNIOSA.
EXTINO DO FEITO COM RESOLUO DO MRITO. PRESCRIO. ALEGAO DE APLICABILIDADE DO
ARTIGO 200 DO CDIGO CIVIL DE 2002. DESCABIMENTO. APURAO DOS FATOS NA ESFERA CRIMINAL
QUE, NO CASO CONCRETO, NO SUSPENDE O PRAZO PRESCRICIONAL PARA O AJUIZAMENTO DE AO
REPARATRIA. INDEPENDNCIA DAS RESPONSABILIDADES. INEXISTNCIA DE RELAO DE
PREJUDICIALIDADE ENTRE AS ESFERAS CVEL E PENAL. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIA. CRIME DE CALNIA QUE, NO CASO DOS AUTOS, SE CONSUMOU NO MOMENTO DA QUEIXA
CRIME. CINCIA INEQUVOCA DA IMPUTAO DE FATO DEFINIDO COMO CRIME MUITO ANTES DO
TRNSITO EM JULGADO DA SENTENA ABSOLUTRIA. LAPSO TRIENAL ESCOADO. PRESCRIO DO
DIREITO AUTORAL MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2014.017358-8
.Relator: Des. Jairo Fernandes Gonalves.

10.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO ORDINRIA. DECISO DE PRIMEIRO GRAU QUE DETERMINOU QUE


O SITE DE BUSCA NA INTERNET REMOVA ALGUMAS SUGESTES DE PESQUISA ACRESCIDOS AO NOME
DO AGRAVADO. INSURGNCIA DA GOOGLE. TERMOS NO SUGERIDOS POR SI. COMPILAES DE
EXPRESSES MAIS PESQUISADAS PELOS DEMAIS USURIOS. PREPONDERNCIA DO DIREITO A
INFORMAO. PARA O MOMENTO FUMUS BONI IURIS CARACTERIZADO. CONDENAO DA RECORRENTE
EM ASTREINTES. PERICULUM IN MORA EVIDENCIADO. CONDENAO DA INSURGENTE EM MULTA DIRIA
NO
CASO
DE
DESCUMPRIMENTO
DO
MANDADO
JUDICIAL.
RECURSO
CONHECIDO
E
PROVIDO. Processo: 2013.082560-8. Relator: Des. Jairo Fernandes Gonalves.

11.APELAES CVEIS. CIVIL. AO REVISIONAL. RECONVENO. COMPRA E VENDA DE IMVEL. PROCEDNCIA PARCIAL DOS PEDIDOS E IMPROCEDNCIA DO PLEITO RECONVENCIONAL NA ORIGEM.
RECURSO DA AUTORA. JUROS. CAPITALIZAO VEDAO. CONTRATO FIRMADO DIRETAMENTE COM
CONSTRUTORA. PRECEDENTES. - Segundo recente posio da Cmara, "A contagem de juros sobre
juros vedada nos contratos de compra e venda de imvel financiado diretamente com a construtora,
ainda que expressamente convencionada (Smula 121 STF e art. 4 do Decreto n. 22.626/33)".
ATUALIZAO MONETRIA. CUB. CABIMENTO SOMENTE AT O TRMINO DA EDIFICAO. - STJ pacificou
entendimento de que "No contrato de compra e venda de imvel com a obra finalizada no possvel
a utilizao de ndice setorial de reajuste, pois no h mais influncia do preo dos insumos da
construo
civil".
ATUALIZAO
MONETRIA.
PERIODICIDADE
MENSAL.
IMPOSSIBILIDADE.
CONTRATAO ANTERIOR MP 2.223/2001. PRECEDENTES: " possvel proceder ao reajuste mensal do
dbito em compra e venda de imveis firmada aps o advento do art. 15 MP. 2.223/01 - Na espcie, a
despeito de produzir efeitos para perodo posterior, o contrato anterior MP 2.223/2001, razo pela
qual incide a atualizao anual e autorizada a cobrana do resduo inflacionrio. REPETIO.
REVISO ENCARGOS. ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. RESTITUIO POSSVEL NA
FORMA SIMPLES. - A repetio do indevido, in casu na forma simples, um imperativo mesmo na
ausncia de prova de erro pelo comprador medida em que, afora a complexidade natural dos
contratos de compra e venda preestabelecidos, a justificar eventual equvoco do adquirente, o sistema
jurdico no compactua com o locupletamento ilcito. RECURSO R. RECONVENO. MANUTENO DO
CONTRATO. BOA-F. CONSIGNAO DE VALORES. ENCARGOS ABUSIVOS. RESOLUO AFASTADA. Havendo parcial adimplemento da obrigao e identificadas abusividades no contrato, mantm-se a
avena, com os parmetros da reviso das suas clusulas. SUCUMBNCIA. ADEQUAO. - Com parcial
provimento, reconhece-se a sucumbncia mnima autores ao revisional. SENTENA ALTERADA.
RECURSOS AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. Processo:2012.077069-2. Relator: Des. Henry Petry
Junior. .

12.APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. CREDIRIO. AUTORA QUE ADQUIRE UM
COLCHO PARA PAGAMENTO EM 10 PRESTAES. TOLERNCIA DE PEQUENOS ATRASOS EM ALGUMAS
PARCELAS. NEGATIVAO NO SPC DIAS APS O PAGAMENTO. EXIGNCIA DA QUITAO DE PARCELA
AINDA NO VENCIDA. APELO DE AMBAS AS PARTES, PARA AUMENTO E EXCLUSO DA CONDENAO.
RECURSO DA AUTORA PROVIDO, DESPROVIDO O DA R. Se no curso normal do cumprimento do pacto
o credor vem tolerando atrasos do devedor, que lhe renderam juros extorsivos, no detm legitimidade
para negativar o nome deste nos lindes dessa permissividade; e, se se porta com severidade, igual
conduta atrai, por equidade, de modo que a inscrio de dvida paga dias antes enseja reparao
compensatria. O fornecedor que vende a consumidor assalariado um colcho, para pagar em dez
vezes no credirio, ciente pelos dados cadastrais, que h de exigir se diligente for, do duro quadro
econmico em que este se mantm, e, contraditoriamente admite o atraso de alguns dias, e depois
lana-lhe o nome no rgo de defesa dos fornecedores por igual fato, fazendo-lhe periclitar o crdito,
coloca-lhe em risco a sobrevivncia mesma, e atinge valor muito sagrado para que fique em branco.
Mais agiganta a incivilidade de surpreender no cumprimento do delicado pacto, a exigncia do
pagamento antecipado de uma parcela para providenciar a baixa. Valor da indenizao fixado em R$
1.000,00, que se eleva para R$ 5.000,00. Processo:2013.073498-1. Relator: Des. Domingos Paludo.

13.APELAO CVEL. AO DE REINTEGRAO DE POSSE. REA DE TERRA RURAL GRATUITAMENTE


CEDIDA A MUNICPIO PARA CONSTRUO DE ESCOLA, PARA ATENDER COMUNIDADE LOCAL.
POSTERIOR ABANDONO DA REA PELO ENTE PBLICO E INVASO PELO RU. PROPRIETRIOS QUE NO
RENUNCIARAM AOS DIREITOS SOBRE A COISA. EXERCCIO DA POSSE INDIRETA QUE PERMANECEU
HGIDO. AUSNCIA DE ATO RESTITUIDOR DA MUNICIPALIDADE. ESBULHO CARACTERIZADO. REQUISITOS
DO ART. 927 CPC PREENCHIDOS. RECURSO PROVIDO. "Apesar de as aes possessrias tratarem do
exerccio que as denomina (posse), as caractersticas do caso concreto, por vezes, demandam uma
verificao da propriedade para que desta se possa extrair o exerccio possessrio, mormente quando
os elementos indicarem se tratar de pleito lastreado em posse indireta". RECURSO ADESIVO. PEDIDO
DE USUCAPIO. LAPSO TEMPORAL NECESSRIO PRESCRIO AQUISITIVA NO VERIFICADO.
DESPROVIMENTO. Processo: 2012.040052-0. Relator: Des. Domingos Paludo. .

Cmaras de Direito Comercial


14.AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS EXECUO DE CDULAS DE CRDITO BANCRIO.
APLICAO DO CDC E INVERSO DO NUS DA PROVA. IRRESIGNAO DA INSTITUIO FINANCEIRA
EMBARGADA. INCIDNCIA DA NORMA CONSUMERISTA. APLICAO DA TEORIA FINALISTA MITIGADA.
PESSOA JURDICA QUE, EMBORA NO SEJA TECNICAMENTE DESTINATRIA FINAL DO PRODUTO,
ENCONTRA-SE EM SITUAO DE VULNERABILIDADE PERANTE A PARTE ADVERSA. PRECEDENTES DESTA
CORTE E STJ. "Em situaes excepcionais, todavia, esta Corte tem mitigado os rigores da teoria
finalista, para autorizar a incidncia do CDC nas hipteses em que a parte (pessoa fsica ou jurdica),
embora no seja tecnicamente a destinatria final do produto ou servio, se apresenta em situao de
vulnerabilidade". INVERSO DO NUS DA PROVA. INTELIGNCIA DO INC. VIII DO ART. 6 CDC.
MANIFESTA HIPOSSUFICINCIA PROBATRIA DOS AGRAVADOS EM RELAO INSTITUIO FINANCEIRA
AGRAVANTE. SITUAO QUE COMPORTA A MODIFICAO NA DISTRIBUIO DO ONUS PROBANDI.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo:2014.029485-1. Relator: Des. Altamiro de Oliveira.

15.APELAO CVEL - AO DECLARATRIA DE NULIDADE DE PROTESTO - ALEGADA INEXISTNCIA DE


RELAO JURDICA - TRANSPORTE AREO DE MERCADORIAS E DESEMBARAO ADUANEIRO CONHECIMENTO DE EMBARQUE AREO QUE COMPROVA A CONTRATAO DA EMPRESA CREDORA NEGOCIAO COM AGENTE/REPRESENTANTE - RELAO NEGOCIAL EXISTENTE - ATRASO NA ENTREGA PRODUTOS DESTINADOS A FEIRA DE MVEIS - ENTREGA CONCRETIZADA UMA SEMANA APS O FIM DO
EVENTO E DUAS SEMANAS APS O PRAZO PREVISTO - INADIMPLEMENTO CONTRATUAL - OBRIGAES
CONTRATUAIS ANEXAS NO CUMPRIDAS - INEXISTNCIA DE RESSALVA QUANTO POSSIBILIDADE DE

ATRASOS OU IMPREVISTOS JUNTO A RGOS FISCALIZATRIOS - ASSESSORAMENTO DEFICIENTE RISCO DA EMPRESA - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO - NULIDADE DO PROTESTO MANTIDA.
Comprovado pelos e-mails trocados entre as partes e pelo documento denominado "Conhecimento de
Embarque" que a empresa contratada a apelante, em que pese as negociaes terem sido feitas com
sua agente, resta caracterizada a existncia de relao jurdica entre as partes litigantes. O atraso de
duas semanas na entrega das mercadorias, aliado deficincia no assessoramento oferecido e falta
de cumprimento dos deveres contratuais anexos, mormente pela inexistncia de qualquer ressalva
quanto possibilidade de a carga no chegar na data avenada, configuram inadimplemento
contratual apto a justificar o no pagamento pelo servio e, por conseguinte, a nulidade do
apontamento do ttulo decorrente da dvida. Processo: 2011.005536-0. Relator: Des. Robson Luz
Varella.

16.EMBARGOS DE DECLARAO. ART. 535 DO CPC. INEXISTNCIA DE OMISSO, OBSCURIDADE OU


CONTRADIO. EXIBIO, NO ENTANTO, DA RADIOGRAFIA DO CONTRATO. ESCRITO QUE EMBASA A
TESE DE PRESCRIO. MATRIA DE ORDEM PBLICA. PRAZO VINTENRIO. ART. 177 DO CC/16.
FLUNCIA RECONHECIDA. PREJUDICIAL DE MRITO. EXTINO DO PROCESSO COM FULCRO NO ART.
269, INC. IV, DO CPC. JUNTADA, APENAS NOS ACLARATRIOS, DE DOCUMENTO EMITIDO H QUASE 5
ANOS. VOLUNTRIO DESCUMPRIMENTO DA ORDEM PARA A RESPECTIVA APRESENTAO, AINDA NA
FASE INSTRUTRIA DO FEITO. FATO QUE RESULTOU NO INJUSTIFICADO RETARDAMENTO NO
PROCESSAMENTO DA DEMANDA. M-F TIPIFICADA. CONDENAO DA EMPRESA CONCESSIONRIA
PRESTADORA DE SERVIOS DE TELEFONIA FIXA E MVEL EMBARGANTE AO PAGAMENTO DAS CUSTAS
PROCESSUAIS A PARTIR DO SANEADOR. PERDA DO DIREITO DE RECEBER OS HONORRIOS
ADVOCATCIOS. ATRIBUIO, AINDA, DE PENALIDADE INDENIZATRIA EM FAVOR DO ESPLIO
RECORRIDO, NO EQUIVALENTE A 21% SOBRE O VALOR DA CAUSA. ARTS. 17 E 22, AMBOS CPC.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo:2012.049317-8). Relator: Des. Luiz Fernando Boller.

Cmaras de Direito Pblico


17.AMBIENTAL. EXPEDIO DE ALVAR PARA REGULARIZAO DE OBRA. INAPLICABILIDADE DO
CDIGO FLORESTAL E LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO. IMVEL INSERIDO REGIO URBANA E
CONSOLIDADA. INCIDNCIA NORMA AMBIENTAL MUNICIPAL. DESPROVIMENTO RECURSOS,
CONFIRMADA A SENTENA EM REEXAME NECESSRIO. "1 A lei que trata do uso do solo nas reas
urbanas assinala diferenas em relao Cdigo Florestal, mas sem quebra da ordem jurdica, vez que
este aplicvel na rea rural e a Lei de Parcelamento do Solo Urbano permetro das cidades, conforme
autorizado pelo art. 2, pargrafo nico, da Lei 4.771/65. Em razo do disposto na Constituio (art.
24) e Cdigo Florestal (art. 2, pargrafo nico), no se verifica incompatibilidade de normas, nem a
necessidade de declarao de inconstitucionalidade para que se aplique a Lei n. 6.766/1979 na rea
urbana. 2 No caso concreto, porm, inaplicvel as limitaes previstas nas Leis ns. 4.771/1965 e
6.766/1979 por se tratar de regio bastante povoada e edificada, sob a qual h anos, no interesse da
coletividade e a fim de possibilitar o desenvolvimento urbano, foram suprimidas toda a vegetao ciliar
e construdas galerias e canalizao por onde fluem crregos. ". Processo:2013.0795927. Relator: Des. Subst. Paulo Henrique Moritz Martins da Silva..

18.EMPREGADO PBLICO - CONCURSO PBLICO - CONVOCAO PARA POSSE DE CANDIDATO


REGULARMENTE APROVADO - NOME RESTRIO EM RGO DE PROTEO AO CRDITO - INTIMAO
PARA REGULARIZAO EM 30 DIAS - EXIGNCIA CONTIDA NO EDITAL - AFRONTA AOS PRINCPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE - DEMISSO POR JUSTA CAUSA DE BANCRIO POR CAUSA DE
DVIDA - NORMA TRABALHISTA REVOGADA - PRESENA DE FUMUS BONI JURIS E PERICULUM IN MORA RECURSO PROVIDO. Se a revogao do art. 508 da CLT impede a demisso por justa causa de bancrio
que tiver o seu nome includo em cadastro negativo de crdito, revela-se desproporcional e irrazovel
a exigncia editalcia que obriga o candidato aprovado no concurso pblico para "escriturrio" a
comprovar que o seu nome no contm qualquer restrio creditcia".Processo: 2014.037354-2

(Acrdo). Relator: Des. Jaime Ramos.

19.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. RENOVAO DA


CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAO. CONCESSO COM SUPRESSO E RESTRIO APENAS PARA A
CATEGORIA B. NEGATIVA DE RENOVAO DA CATEGORIA A, COM ESTEIO NA LEGISLAO VIGENTE.
LESO INCAPACITANTE PR-EXISTENTE. INEXISTNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. RECURSO
ADMINISTRATIVO AO CONTRAN QUE A CONCEDE, IGUALMENTE COM RESTRIES, PORM, COM ESTEIO
EM NOVA E POSTERIOR LEGISLAO. DANOS PATRIMONIAL E MORAL NO CONFIGURADOS. DEVER DE
INDENIZAR INEXISTENTE. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2013.010309-0
(Acrdo). Relator: Des. Subst. Paulo Ricardo Bruschi.

20.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. ACRDO DESTA CORTE QUE
MENCIONA PROCESSO EM QUE O APELANTE FOI PARTE. INEXISTNCIA DE MENO DO NOME DO
AUTOR. AUSNCIA DE VINCULAO A QUALQUER FRAUDE. FATO INCAPAZ DE GERAR DANO MORAL.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo:2012.067844-6 (Acrdo). Relator: Des. Subst.
Paulo Ricardo Bruschi. Origem: Capital. rgo Julgador: Terceira Cmara de Direito Pblico. Data de
Julgamento: 09/09/2014. Juiz Prolator: Luiz Antnio Zanini Fornerolli. Classe: Apelao Cvel

Edio n. 25 de 1 de Novembro de 2014.

rgo Especial
1. inconstitucional, por vcio formal, decreto legislativo municipal que majora o nmero de
vereadores, pois trata de matria reservada a emenda Lei Orgnica do Municpio.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
2.O direito adquirido s disposies de plano de previdncia suplementar privada surge apenas na
data em que preenchidos os requisitos concesso do benefcio e no no momento de ingresso no
programa.
Cmaras de Direito Criminal
3.A ao para apurao da contraveno penal de vias de fato praticada no mbito domstico, de
acordo com a deciso proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADIN n. 4.424, prescinde de
representao da vtima.
4.A deciso judicial que determina a tramitao direta de inqurito policial entre o Ministrio Pblico e
a Polcia Civil viola os princpios da legalidade, do devido processo legal e da separao de poderes.
5.Comete o delito de falsidade ideolgica quem, com a finalidade de ingressar em estabelecimento
prisional para visitao, apresenta declarao inverdica de que mantm unio estvel com detento.
6.O proprietrio de posto combustveis no penalmente responsvel pela morte ou leso corporal
dos funcionrios de empresa especializada que, na ocasio exploso tanque que era reparado, no
usavam os equipamentos de segurana.
7.Constitui crime de tortura a agresso praticada por namorado com o fim de compelir a vtima a
confessar relacionamento amoroso com terceira pessoa.
8.A morte da vtima de acidente de trnsito por causas naturais, meses aps o infausto, configura
causa superveniente relativamente independente.
9.Nos delitos contra o meio ambiente, a suspenso da punibilidade prevista nos arts. 59 e 60 do novo
Cdigo Florestal (Lei n. 12.651/2012) depende da implantao do Programa de Regularizao
Ambiental e da subscrio do termo de compromisso para a regularizao de imvel ou posse no
rgo ambiental competente.

Cmaras de Direito Civil


10. cabvel o ingresso de ao cautelar de exibio de pronturio hospitalar pelos filhos do falecido,
sem ser oponvel a existncia de sigilo mdico frente ao evidente direito informao.
11.Deciso judicial que insere inventariante como coadministradora de empreendimentos de
sociedade limitada afronta o contrato social, pois lhe cabe apenas a gesto das cotas que compem a
herana.
12.No devida retribuio autoral exigida pelo ECAD em razo de difuso de msicas por rdio
comunitria mantida por associao civil sem fins lucrativos.
13.No constitui ato ilcito ensejador da responsabilidade civil a representao feita ao rgo de
fiscalizao de classe contra engenheiro responsvel por obra que possui danos estruturais iminentes.
14.A comercializao de cerveja com indicao, no rtulo, de "bebida sem lcool", mesmo com
concentrao inferior a 0,5%, afronta o dever de informao assegurado pelo Cdigo de Defesa do
Consumidor e enseja o dever de reparar.
15. possvel averbao, no registro imobilirio, da existncia de medida cautelar de protesto contra
alienao de bens.
16.A deciso sobre o acolhimento institucional previsto no art. 101, VII, do Estatuto da Criana e do
Adolescente no gera impedimento do magistrado para o julgamento de eventual ao de destituio
do poder familiar.
Cmaras de Direito Comercial
17.Em contrato bancrio, a oferta de garantia real por parte de fundao privada, sem prvia oitiva do
Ministrio Pblico, configura vcio de formalidade essencial.
18. possvel, mesmo aps a decretao da falncia, a compensao de crdito entre consorciado e a
administradora, com a ressalva, contudo, de que a satisfao de eventual saldo credor deve ser
buscada por meio de habilitao perante a massa falida.
19.A existncia de informaes comerciais sigilosas justifica a decretao de segredo de justia em
ao de resciso de contrato de franquia, uma vez que o rol previsto no art. 155 do Cdigo de
Processo Civil meramente exemplificativo.
Cmaras de Direito Pblico
20.Empresa particular que possui sistema prprio de tratamento de esgoto no se exime do
pagamento dessa espcie de servio prestado pelo Poder Pblico.
21.Cabe ao agente causador da poluio a elaborao de plano de recuperao ambiental de rea
degradada, pois cabe FATMA apenas a atividade de anlise e fiscalizao das medidas adotadas
para recompor o equilbrio do meio ambiente.
22.A impenhorabilidade de valor de at 40 salrios mnimos, prevista no art. 649, X, do CPC,
independe do meio de constituio da reserva financeira escolhida pelo poupador.
23.O descumprimento de clusula de doao imposta pelo municpio ao donatrio, que sublocou
imvel a particular, implica reverso do bem ao ente pblico e afastamento direito reteno
benfeitorias edificadas pelo terceiro possuidor.
24.Configura mero dissabor, incapaz de gerar indenizao por danos morais, a exposio de paciente

em anncio de servio gratuito de sade publicado em jornal local.


25.A desocupao de rea verde determinada pelo Poder Pblico com vistas proteo ambiental
impe-lhe a obrigao de assegurar o direito moradia, consistente na designao de outro local
adequado ao assentamento das famlias afetadas pela deciso.

rgo Especial
1.. DECRETO LEGISLATIVO DO MUNICPIO DE XANXER QUE MAJOROU O NMERO DE VEREADORES.
VCIO DE FORMA. MODIFICAO QUE DEVE SER FEITA POR EMENDA LEI ORGNICA MUNICIPAL.
EXEGESE DO DISPOSTO NO ART. 111, INCISO V, DA CONSTITUIO ESTADUAL, OBSERVADOS OS
LIMITES DO INCISO IV DO ART. 29 DA CONSTITUIO FEDERAL. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL.
PROCEDNCIA DO PEDIDO. "[...] Ocorrer inconstitucionalidade formal quando um ato legislativo
tenha sido produzido em desconformidade com as normas de competncia ou com o procedimento
estabelecido para seu ingresso no mundo jurdico [...]" (Ministro Lus Roberto Barroso). AO DIRETA
DE INCONSTITUCIONALIDADE. DECRETO LEGISLATIVO DO MUNICPIO DE XANXER QUE MAJOROU O
NMERO DE VEREADORES. PROCEDNCIA. EFEITO REPRISTINATRIO. DESNECESSIDADE DE
RECONHECIMENTO. DETERMINAO DO NMERO DE VEREADORES CMARA MUNICIPAL POR
RESOLUO DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Desnecessrio o exame quanto a efeito
repristinatrio por fora do reconhecimento da inconstitucionalidade Decreto Municipal 003/2011, haja
vista o STJ, por meio da Resoluo n. 21.803/2004, ter fixado o nmero de Vereadores Cmara
Municipal
de
Xanxer,
no
mesmo
patamar
estabelecido
pelo
diploma
municipal
revogado. Processo: 2012.039099-9. Relator: Des. Paulo Roberto Camargo Costa.

Grupo de Cmaras de Direito Civil


2.INCIDENTE DE UNIFORMIZAO DE JURISPRUDNCIA. PREVIDNCIA PRIVADA. CONTROVRSIA:
APLICAO DO REGULAMENTO VIGENTE NA DATA DA ADESO AO PLANO OU NO MOMENTO DA
CONCESSO DO BENEFCIO. DIREITO ADQUIRIDO. CARACTERIZAO. DATA DA IMPLEMENTAO DOS
REQUISITOS PARA CONCESSO DO BENEFCIO SUPLEMENTAR PRETENDIDO. PARTICIPANTE QUE DETM
MERA EXPECTATIVA DE DIREITO ANTES DESTE PERODO. EXPLICITUDE DOS ARTS. 17 E 68, 1, DA LEI
COMPLEMENTAR N. 109/2001.- Nos contratos de previdncia privada aplicam-se as regras
regulamentares vigentes ao tempo do implemento das condies para concesso do benefcio
pretendido, momento em que passa o participante a ter direito adquirido as disposies em vigor.
Antes disso, o participante detm mera expectativa de direito, j que a dinmica de funcionamento
dos planos de previdncia privada permite alteraes regulamentares posteriores adeso, pois
submetidas apreciao prvia do rgo regulador (arts. 17 68, 1, da LC 109/2001).
CONTROVRSIA DIRIMIDA. Processo:2010.074348-6 Relator: Des. Henry Petry Jnior.

Cmaras de Direito Criminal


3.RECURSO CRIMINAL. CONTRAVENO PENAL DE VIAS DE FATO NO MBITO DOMSTICO E FAMILIAR.
(ART. 21 DO DECRETO-LEI N. 3.688/41). REJEIO DA DENNCIA. FALTA DE CONDIO PARA O
EXERCCIO DA AO PENAL. IRRESIGNAO MINISTERIAL. ACOLHIMENTO. AUSNCIA DE NECESSIDADE
DE REPRESENTAO DA VTIMA. AO PBLICA INCONDICIONADA, A TEOR DA DECISO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL NA ADIN 4.424/DF, FIXANDO A LEGITIMIDADE DO MINISTRIO PBLICO PARA
INTENTAR A AO PENAL. IRRELEVNCIA DA RETRATAO DA VTIMA. EXISTNCIA DE INDCIOS DE
MATERIALIDADE E AUTORIA DA CONTRAVENO. RECEBIMENTO DA DENNCIA QUE SE IMPE.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2014.059225-2. Relatora: Desa. Marli Mosimann
Vargas.

4.RECLAMAO. (CORREIO PARCIAL). DECISO DETERMINANDO, EX OFFICIO, A TRAMITAO DIRETA


DE INQURITO POLICIAL ENTRE O MINISTRIO PBLICO E A POLCIA CIVIL. IRRESIGNAO DO
PARQUET. TESE ACOLHIDA. VIOLAO AOS PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS DA LEGALIDADE, DO
DEVIDO PROCESSO LEGAL E DA SEPARAO DOS PODERES. ART. 10, 3, DO CDIGO DE PROCESSO
PENAL. INTERMEDIAO DO PODER JUDICIRIO NA TRAMITAO DOS INQURITOS POLICIAIS. NORMA
LEGAL VLIDA E VIGENTE. PRECEDENTES DO PLENRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
RECLAMAO
JULGADA
PROCEDENTE.
DECISO
ANULADA.Processo: 2014.0530197. Relatora: Desa. Marli Mosimann Vargas. Classe: Reclamao.

5.APELAO CRIMINAL. ACUSADA CONDENADA PELA PRTICA DO CRIME DESCRITO NO ART. 299,
CAPUT, DO CDIGO PENAL. RECURSO DEFENSIVO. MATERIALIDADE E AUTORIA DEMONSTRADAS.
ALEGAO DE INEXISTNCIA DE DOLO NA CONDUTA. RECURSO QUE NO MERECE ACOLHIMENTO.
APELANTE QUE INSERE OU FAZ INSERIR DECLARAO FALSA DE QUE ESTARIA AMASIADA COM
APENADO, A FIM DE, ALTERANDO A VERDADE SOBRE FATO JURIDICAMENTE RELEVANTE, OBTER
AUTORIZAO PARA A VISITA DO DETENTO NO INTERIOR DO SISTEMA PRISIONAL. SITUAO
FLAGRADA QUANDO, NA MESMA OCASIO, A VERDADEIRA COMPANHEIRA DO PRESO SE HABILITA
PARA O MESMO DESIDERATO. CONDUTA INDUBITAVELMENTE DOLOSA. TIPICIDADE VERIFICADA.
FALSIDADE IDEOLGICA CARACTERIZADA. SENTENA CONDENATRIA MANTIDA. Se dos elementos de
convico amealhados aos autos se extrai que a acusada fez declarao inverdica, com a finalidade
de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, possvel a condenao pelo crime de
falsidade ideolgica. RECURSO NO PROVIDO. Processo: 2014.037277-7. Relator: Des. Roberto
Lucas Pacheco.

6.APELAO CRIMINAL. HOMICDIO CULPOSO (ART. 121, 3, CP), POR 3 (TRS) VEZES, E LESO
CORPORAL CULPOSA (ART. 129, 6, CP), POR 2 (DUAS) VEZES, TODOS EM CONCURSO FORMAL.
SENTENA CONDENATRIA. INSURGNCIA DA DEFESA. PRETENDIDA ABSOLVIO. ACOLHIMENTO.
EXPLOSO DE TANQUE DE GASOLINA EM POSTO DE COMBUSTVEIS DURANTE O SERVIO DE
MANUTENO DO RESERVATRIO. MORTE DOS PROFISSIONAIS QUE EXECUTAVAM A TAREFA E LESES
CORPORAIS EM CLIENTES QUE SE ENCONTRAVAM NO ESTABELECIMENTO. EQUIPAMENTOS DE
PROTEO PESSOAL E LOCAL NO UTILIZADOS NO MOMENTO DO ACIDENTE. NEGLIGNCIA NA
FISCALIZAO DO SERVIO IMPUTADA AOS RUS, PROPRIETRIOS DO ESTABELECIMENTO.
DESCABIMENTO. DEVER DE OBSERVNCIA DAS NORMAS DE SEGURANA QUE, NO CASO, CABIA AOS
PRESTADORES DO SERVIO, CONTRATADOS JUSTAMENTE POR POSSUREM CONHECIMENTO E
CAPACIDADE TCNICA ESPECIALIZADA NA ATIVIDADE. OBRIGAO NO ASSUMIDA PELOS ACUSADOS.
EVENTO DANOSO RESULTANTE EXCLUSIVAMENTE DA IMPRUDNCIA DAS VTIMAS FATAIS. ABSOLVIO
DECRETADA. RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.012702-1.Relator: Des. Newton Varella Jnior.
7.APELAO CRIMINAL. CRIME DE TORTURA. ART. 1, INCISO I, ALINEA "A", C/C 4, III, DA LEI N.
9.455/97. SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. PRETENDIDA A ABSOLVIO POR
INSUFICINCIA PROBATRIA. IMPOSSIBILIDADE. AUTORIA E MATERIALIDADE SOBEJAMENTE
COMPROVADAS. APELANTE QUE, MOTIVADO POR CIMES, SUBMETE SUA NAMORADA, ADOLESCENTE
COM 17 (DEZESSETE) ANOS, A INTENSO SOFRIMENTO FSICO, APLICANDO-LHE SOCOS E PONTAPS,
COM A FINALIDADE DE OBTER CONFISSO SOBRE UM SUPOSTO RELACIONAMENTO AMOROSO
(TRAIO). LIBERDADE DE LOCOMOO DA VTIMA TOLHIDA PELO APELANTE, QUE NO PERMITIA SUA
SADA DO AUTOMVEL ONDE AS AGRESSES FORAM PERPETRADAS. DESLOCAMENTO COM A VTIMA
PARA DIVERSOS LOCAIS, ONDE A VIOLNCIA ERA REITERADA E O SOFRIMENTO POTENCIALIZADO.
APELANTE QUE, APS OBTER A CONFISSO, CORTOU O CABELO DA VTIMA, COM UMA FACA DE
COZINHA, COMO FORMA DE CASTIGO. DEPOIMENTOS FIRMES E COERENTES DA VTIMA E
TESTEMUNHAS, ALIADAS CONFISSO EXTRAJUDICIAL DO APELANTE. PALAVRA DA VTIMA QUE
ASSUME ESPECIAL RELEVNCIA NOS CRIMES DE TORTURA. LAUDO PERICIAL QUE ATESTA AS LESES
SOFRIDAS PELA VTIMA. INTENSO SOFRIMENTO FSICO E MENTAL PARA OBTER CONFISSO DA VTIMA.
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO PRESENTE. IMPOSSIBILIDADE DE DESCLASSIFICAO PARA O CRIME
DE LESO CORPORAL. PLEITO DE FIXAO DE HONORRIOS FORMULADO PELA APRESENTAO DAS

RAZES DE APELAO. INDEFERIMENTO. VERBA HONORRIA FIXADA NA SENTENA QUE ENGLOBA


EVENTUAL INTERPOSIO OU ACOMPANHAMENTO DO APELO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
CORREO,
DE
OFCIO,
DE
ERRO
MATERIAL
CONSTANTE
NA
PARTE
SENTENA. Processo: 2014.045422-0.Relator: Des. Ernani Guetten de Almeida.

8.APELAO CRIMINAL. CRIME DE TRNSITO. LESO CORPORAL CULPOSA NA DIREO DE VECULO


AUTOMOTOR. (ART. 303 CTB). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO MINISTERIAL. PRETENSA
CONDENAO PELA PRTICA DO CRIME DE HOMICDIO CULPOSO NA DIREO DE VECULO
AUTOMOTOR (ART. 302 DO CDIGO DE TRNSITO BRASILEIRO). INVIABILIDADE. AUSNCIA DE NEXO
CAUSAL ENTRE A CONDUTA DO APELANTE E O RESULTADO MORTE. SUPERVENINCIA DE CAUSA
RELATIVAMENTE INDEPENDENTE. INSUFICINCIA DE PROVAS ACERCA DA CULPA DO APELANTE NO
DESFALECIMENTO DA VTIMA, OCORRIDO APS APROXIMADAMENTE 4 (QUATRO) MESES DO
ACIDENTE. CERTIDO DE BITO QUE ATESTA MORTE NATURAL. DECISO ESCORREITA DO TOGADO
SINGULAR. PLEITO MINISTERIAL INACOLHIDO. RECURSO DEFENSIVO.PLEITO ABSOLUTRIO.
IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS DEVIDAMENTE COMPROVADAS. RU QUE, NA
CONDUO DE VECULO AUTOMOTOR, REALIZA O CRUZAMENTO DE VIA SEM TOMAR AS CAUTELAS
NECESSRIAS, INVADE A PISTA PREFERENCIAL INTERCEPTANDO A TRAJETRIA DA MOTOCICLETA
PILOTADA PELO OFENDIDO, OCASIONANDO COLISO QUE RESULTA EM LESES CORPORAIS GRAVES.
DEPOIMENTOS FIRMES E COERENTES DO POLICIAL RESPONSVEL PELO ATENDIMENTO DA
OCORRNCIA, ALIADOS AOS DEMAIS ELEMENTOS DE PROVA CONSTANTES NOS AUTOS. IMPRUDNCIA
VERIFICADA.
CONDENAO
MANTIDA.
RECURSOS
CONHECIDOS
E
DESPROVIDOS. Processo: 2013.088901-1. Relator:Desa. Marli Mosimann Vargas.

9.CRIME AMBIENTAL. DESTRUIR OU DANIFICAR FLORESTA CONSIDERADA DE PRESERVAO


PERMANENTE (ART. 38, CAPUT, DA LEI N. 9.605/1998. SENTENA CONDENATRIA. PRELIMINAR.
REQUERIDA A SUSPENSO DA PUNIBILIDADE NOS MOLDES DO ART. 59 E 60, AMBOS DA LEI
12.651/2012 (NOVO CDIGO FLORESTAL). IMPOSSIBILIDADE. AUSNCIA DE PRVIA REGULAMENTAO
LEGAL. MRITO. ALEGADA A NECESSIDADE DE PROVA PERICIAL PARA VERIFICAR A ELEMENTAR
NORMATIVA DO TIPO FLORESTA DE PRESERVAO PERMANENTE. INVIABILIDADE. POSSIBILIDADE DE
AFERIR A ELEMENTAR SEM PERCIA TCNICA. PRETENDIDA A ABSOLVIO ANTE A ATIPICIDADE DA
CONDUTA. DESCABIMENTO. PROVAS SUFICIENTES ACERCA DA DEGRADAO DO BEM JURDICO
PROTEGIDO. REQUERIDO RECONHECIMENTO DA MODALIDADE CULPOSA. INVIABILIDADE. ELEMENTOS
PROBATRIOS SUFICIENTES A COMPROVAR QUE O APELANTE PERMITIU A SUPRESSO DE VEGETAO.
POSTULADA A MINORAO DA REPRIMENDA EM RAZO DA CONFISSO ESPONTNEA. INVIABILIDADE.
PENA FIXADA NO MNIMO LEGAL. VERBETE 231 DA SMULA DE JURISPRUDNCIA DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIA. SENTENA MANTIDA - A suspenso da punibilidade prevista nos arts. 59 e 60
da Lei 12.651/2012 pressupe, alm da existncia de normas especficas implantando o Programa de
Regularizao Ambiental, a inscrio do imvel em que o crime ambiental ocorreu no Cadastro
Ambiental Rural. - A ausncia de prova pericial no impede o reconhecimento da prtica da infrao
penal consistente na destruio de floresta considerada de preservao permanente, quando o
conjunto probatrio confirma a ao sobre o objeto material do tipo. - Invivel o reconhecimento da
atipicidade da conduta quando os elementos probatrios demonstram indubitavelmente que as
rvores suprimidas estavam inseridas em floresta de preservao permanente. - Incabvel a
desclassificao para a modalidade culposa quando o agente permite a supresso de vegetao em
floresta de preservao permanente sem prvia autorizao do Poder Executivo. - A incidncia de
circunstncia atenuante na segunda fase da dosimetria no pode reduzir a pena abaixo do mnimo
legal. Incidncia do verbete 231 da smula do Superior Tribunal de Justia. - Parecer da PGJ pelo
conhecimento e desprovimento. - Recurso conhecido e desprovido. Processo:2012.0745826. Relator: Des. Carlos Alberto Civinski.

Cmaras de Direito Civil


10.AO CAUTELAR DE EXIBIO DE DOCUMENTOS. PRONTURIO MDICO-HOSPITALAR DE PACIENTE

FALECIDA, ME DOS AUTORES. ACTIO AJUIZADA CONTRA INSTITUIO HOSPITALAR, DETENTORA


DESSE DOCUMENTO. ART. 844, II, CPC. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. NEGATIVA FUNDADA NO
SIGILO MDICO E NA PROTEO DA INTIMIDADE DA PACIENTE. SIGILO MITIGADO PELO DIREITO DE
INFORMAO DOS FILHOS ACERCA DOS CUIDADOS MDICOS PRESTADOS SUA GENITORA. ORDEM
DE EXIBIO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo:2014.034238-9. Relatora: Desa. Maria do
Rocio Luz Santa Rita.

11.SUCESSO. INVENTRIO. SOCIEDADES POR COTA DE RESPONSABILIDADE LIMITADA. DECISO QUE


INSERE A INVENTARIANTE COMO CO-ADMINISTRADORA DOS EMPREENDIMENTOS. AFRONTA AOS
CONTRATOS SOCIAIS. PODERES DA LTIMA LIMITADOS GESTO DOS BENS DO DE CUJUS E
APURAO DAS CONTAS DAS EMPRESAS. DECISO REFORMADA. RECURSO PROVIDO. Com o
falecimento do scio, as suas cotas sociais passam a compor a herana. Como tal, a inventariante,
responsvel pela gesto de bens at a partilha, tem poderes para exigir a exposio das contas das
empresas nas quais participava o finado, at a partilha. Por outro lado, no poder jamais ser inserida
como administradora direta dos empreendimentos, completa revelia do contrato social e legislao
vigente. Processo: 2014.054059-0. Relator: Des. Saul Steil.

12.APELAO CVEL. AO DE COBRANA. RECURSO DO AUTOR. ESCRITRIO CENTRAL DE


ARRECADAO E DISTRIBUIO - ECAD. ALMEJADO RECEBIMENTO DE VALORES A TTULO DE DIREITO
AUTORAL. EXECUO DE OBRAS MUSICAIS POR RDIO COMUNITRIA. ASSOCIAO CIVIL SEM
FINALIDADE LUCRATIVA. COBRANA QUE GERA RISCO DE INVIABILIZAR A ATIVIDADE DE RELEVNCIA
SOCIAL. HIPTESE QUE, APESAR DE NO CONFIGURAR EXCEO PREVISTA NA LEI N. 9.610/98, IMPE
A ISENO DO RECOLHIMENTO DA OBRIGAO. PREVALNCIA DO INTERESSE SOCIAL DA
COMUNIDADE. PRECEDENTES DESTA CORTE E DO STJ. SENTENA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO."A pacfica jurisprudncia desta Corte reconhece que os servios prestados pelas rdios
comunitrias desprovidas, como no caso, de finalidade lucrativa, so de interesse e utilidade pblicos,
impondo-se seja, para elas, afastada a cobrana da retribuio autoral, sob pena de se inviabilizar a
atuao
desse
importante
veculo
de
comunicao.".Processo: 2009.069299-6
(Acrdo). Relator: Des. Subst. Gerson Cherem II.

13.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DE


REPRESENTAES REPUTADAS INFUNDADAS JUNTO AO CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA.
IMPROCEDNCIA NA ORIGEM. IRRESIGNAO DA REQUERENTE. REPRESENTAES JUNTO AO CREA
QUE, POR SI S, NO SO CAPAZES DE DEFLAGRAR PLEITO DE INDENIZAO MORAL. COMUNICAO
DE DANOS IMINENTES EM ESTRUTURA PREDIAL AO RGO COMPETENTE QUE SE MOSTRA EXERCCIO
REGULAR DE UM DIREITO E NO PODE SER DESESTIMULADA FACE O EVIDENTE INTERESSE PBLICO
ENVOLVIDO. AUSNCIA DE DOLO OU CULPA GRAVE DOS REQUERIDOS. VERBA HONORRIA
INALTERADA. EXEGESE DO ARTIGO 20, 4, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. SENTENA MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO. Processo:2012.001686-0. Relator: Des. Subst. Eduardo Mattos Gallo Jnior.

14.APELAO CVEL. AO CIVIL PBLICA. TUTELA DOS INTERESSES DOS CONSUMIDORES.


IMPROCEDNCIA NA ORIGEM. PRELIMINARES. INCOMPETNCIA DA JUSTIA ESTADUAL, ILEGITIMIDADE
ATIVA AD CAUSAM E IMPOSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO. MATRIAS APRECIADAS EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO AFORADO EM POCA PRETRITA. INVIABILIDADE DE REANLISE. PRECLUSO
VERIFICADA. MRITO. DEMANDA AJUIZADA PELA ASSOCIAO BRASILEIRA DE DEFESA DA SADE DO
CONSUMIDOR EM FACE DE COMPANHIA DE BEBIDAS. DISCUSSO ACERCA DA IRREGULARIDADE DA
DESCRIO "SEM LCOOL" NO RTULO DA CERVEJA KRONENBIER. SITUAO INOCORRENTE. ILCITO
VERIFICADO. TEMA ENFRENTADO EM JULGAMENTO PELA JUSTIA GACHA, COM POSTERIOR
CONFIRMAO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. FUNDAMENTOS, ADEMAIS, REAFIRMADOS NA
PRESENTE SOLUO. PLEITO INDENIZATRIO. ELEMENTOS COLIGIDOS NOS AUTOS QUE EVIDENCIAM A

LESIVIDADE DA PRESENA DE LCOOL NA CERVEJA, AINDA QUE EM PERCENTUAIS MNIMOS.


INFRINGNCIA AO DEVER DE INFORMAO NA RELAO DE CONSUMO, EM AFRONTA AOS DITAMES
DO CDC. DEVER DE REPARAR CARACTERIZADO, COM SUPEDNEO NO ART. 12, C/C OS ARTS. 6, III; 9;
31 e 37, DA LEI N. 8.078/90. VALOR ARBITRADO EM FACE DAS CIRCUNSTNCIAS DO CASO CONCRETO
E EM PROPORO SUFICIENTE A POSSIBILITAR A IMPLANTAO DE MEDIDAS QUE BENEFICIEM OS
CONSUMIDORES DO ESTADO. REVERSO EM FAVOR DO FUNDO PARA RECONSTITUIO DE BENS
LESADOS - FRBL, INSTITUDO PELA LEI ESTADUAL N. 15.694/2011. SENTENA REFORMADA. NUS
SUCUMBENCIAIS. REDISTRIBUIO, CONSIDERANDO O GRAU DE XITO QUANTO AOS PEDIDOS
DESFERIDOS
NA
PEA
INAUGURAL.
RECURSO
CONHECIDO
E
PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo:2010.014622-8. Relator: Des. Subst. Odson Cardoso Filho.

15.MEDIDA CAUTELAR DE PROTESTO CONTRA ALIENAO DE BENS. DECISO QUE DEFERIU TO


SOMENTE O PLEITO DE INTIMAO DE INTERESSADOS POR EDITAIS. PRETENDIDO BLOQUEIO DAS
MATRCULAS. ART. 214, 3, DA LEI DE REGISTROS PBLICOS. MEDIDA ACAUTELATRIA RESTRITA AOS
CASOS DE ERRO NO REGISTRO, HIPTESE NO VERIFICADA NA ESPCIE. POR OUTRO LADO,
POSSIBILIDADE DE AVERBAO DO PROTESTO NO REGISTRO IMOBILIRIO. PODER GERAL DE CAUTELA
DO JUIZ. MEDIDA QUE, ALM DE AMPLIAR A PUBLICIDADE A FIM DE EVITAR LITGIOS, NO ACARRETA
RESTRIO
NEGOCIAL
EM
RELAO
AOS
IMVEIS.
RECURSO
PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2014.027494-5. Relator: Desa. Maria do Rocio Luz Santa Ritta. .

16.EXCEO DE IMPEDIMENTO. 1. MAGISTRADA PROLATORA DE DECISO QUE DETERMINOU


ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL DE MENOR EM PROCEDIMENTO PRELIMINAR, COM FULCRO NO ARTIGO
101, VII, DO ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE. 2. ALEGAO DE IMPEDIMENTO PARA
PROCESSAMENTO E JULGAMENTO DA AO DE DESTITUIO DO PODER FAMILIAR. HIPTESE DO
ARTIGO 134, III, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL NO CONFIGURADA. IMPARCIALIDADE
DESCOMPROMETIDA. 3. INCIDENTE REJEITADO. Processo: 2014.013167-6.Relator: Des. Raulino Jac
Brning.

Cmaras de Direito Comercial


17.APELAO CVEL - AO DECLARATRIA INCIDENTAL - FUNDAO PRIVADA - CONTRATOS
BANCRIOS - NULIDADE DE GARANTIAS OFERECIDAS NAS AVENAS. ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM
- PRELIMINAR AFASTADA - DEVER DE ZELO DAS FUNDAES ATRIBUDO AO MINISTRIO PBLICO, POR
FORA DO ART. 66 DO CDIGO CIVIL. Incumbe ao Ministrio Pblico o dever de zelar no s pela
constituio, mas tambm pelo funcionamento das fundaes, na esteira do disposto no art. 66 CCB,
independente de que tal mister conste no estatuto da pessoa jurdica. OFERECIMENTO DE GARANTIAS
PESSOAIS E REAIS - NULIDADE DA CONSTITUIO DO PENHOR DE DUPLICATAS - POSSIBILIDADE DE
REDUO DO PATRIMNIO DA FUNDAO - INALIENABILIDADE RELATIVA DOS BENS DA PESSOA
JURDICA - NECESSIDADE DE AUDINCIA DO RGO MINISTERIAL - AUSNCIA DE PARTICIPAO DO
PARQUET - VCIO FORMAL CONSTATADO - RECURSO DESPROVIDO. A fundao constituda por bens,
em regra, inalienveis, na medida em que asseguram a prpria existncia da pessoa jurdica. A
inalienabilidade, todavia, relativa, podendo ser flexibilizada aps a audincia do Ministrio Pblico. O
oferecimento de garantias reais - penhor de duplicatas, o qual pode prejudicar o patrimnio da
fundao -, sem a audincia do Parquet estadual, configura vcio de formalidade essencial, de modo a
implicar a nulidade daquelas. Processo: 2011.095668-4. Relator: Des. Robson Luz Varella. .

18.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE COMPENSAO. SENTENA DE PROCEDNCIA.


RECURSO DA R. PRELIMINAR. SUSCITADA NULIDADE DA SENTENA EM RAZO DO JULGAMENTO
CITRA PETITA. OMISSO VERIFICADA. POSSIBILIDADE, NO ENTANTO, DE SANEAMENTO DO VCIO PELO
TRIBUNAL (CPC, ART. 515, 1). MATRIA EXCLUSIVAMENTE DE DIREITO. ALEGADA IMPOSSIBILIDADE

DE COMPENSAO DOS VALORES DEVIDOS NOS GRUPOS CONSORCIAIS EM RAZO DA FALNCIA DA


EMPRESA R. TESE ARREDADA. AUTORIZAO LEGAL PARA TANTO. EXEGESE DO ARTIGO 122 DA LEI
DE FALNCIA. ADEMAIS, DVIDA VENCIDA COM DECRETAO DA FALNCIA. RECLAMO DESPROVIDO,
NO PONTO. RESTITUIO AO AUTOR DO EVENTUAL SALDO REMANESCENTE A SER CONSTATADO APS
A COMPENSAO. DESCABIMENTO. NECESSRIA HABILITAO PERANTE A MASSA FALIDA, DEVENDO O
CRDITO SER SUBMETIDO S PREFERNCIAS DO CONCURSO. REFORMA DA SENTENA QUE SE IMPE.
NUS DE SUCUMBNCIA QUE NO SOFRE ALTERAO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2013.014866-1. Relator: Desa. Soraya Nunes Lins.

19.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE RESCISO DE CONTRATO DE FRANQUIA. PRETENSO DA


AGRAVANTE DE DECRETAO DE SEGREDO DE JUSTIA, A FIM DE PROTEGER SIGILO DE OPERAES
DA SOCIEDADE EMPRESRIA. POSSIBILIDADE. ART. 155 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL, SEGUNDO O
QUAL CORREM EM SEGREDO DE JUSTIA OS PROCESSOS EM QUE O EXIGIR O INTERESSE PBLICO,
BEM COMO OS QUE DIZEM RESPEITO A CASAMENTO, FILIAO, SEPARAO DOS CNJUGES,
CONVERSO DESTA EM DIVRCIO, ALIMENTOS E GUARDA DE MENORES. ROL, TODAVIA, NO
EXAUSTIVO. PRECEDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. DEMANDA SUB JUDICE EM QUE PODEM
VIR TONA INFORMAES COMERCIAIS SIGILOSAS, A EXEMPLO DE FATURAMENTO, PROCESSO
PRODUTIVO, FORMA DE CAPTAO DE CLIENTES. CONTRATO DE FRANQUIA EM QUESTO, ADEMAIS,
QUE
PREV
CLUSULAS
DE
CONFIDENCIALIDADE.
RECURSO
CONHECIDO
E
PROVIDO. Processo: 2013.084977-0). Relator: Des. Tlio Pinheiro.

Cmaras de Direito Pblico


20.AGRAVO ( 1 DO ART. 557 DO CPC). DECISO MONOCRTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO A AGRAVO
DE INSTRUMENTO. REQUISITOS PARA CONCESSO DE LIMINAR NO VERIFICADOS. INSTALAO DE
SISTEMA PRPRIO DE TRATAMENTO DE ESGOTO QUE NO EXIME EMPRESA PARTICULAR DO
PAGAMENTO DO SERVIO PRESTADO PELA AGRAVADA. AUSNCIA DA PLAUSIBILIDADE DO DIREITO
INVOCADO (FUMUS BONI JURIS). JUNTADA DE NOVAS PROVAS. INADMISSIBILIDADE. RECURSO
DESPROVIDO. Processo: 2014.010357-4. Relator: Des. Ricardo Roesler.
Incio
21.AO CIVIL PBLICA. DEGRADAO AMBIENTAL. EXTRAO E COMERCIALIZAO DE AREIAS DE
DUNAS FIXAS. REA DE PRESERVAO PERMANENTE. NECESSIDADE DE RECUPERAO.
DETERMINAO JUDICIAL DE QUE O LAUDO TCNICO SEJA REALIZADO PELA FATMA. FUNDAO QUE
NO PARTE NA LIDE. RESPONSABILIDADE RESTRITA APROVAO E FISCALIZAO DO PLANO DE
REPARAO, QUE DEVE SER APRESENTADO PELOS CAUSADORES DO DANO. APELO CONHECIDO E
PROVIDO.Processo: 2012.012873-8. Relator: Des. Jorge Luiz de Borba.

22.AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUO FISCAL - TRIBUTRIO - IMPENHORABILIDADE ABSOLUTA


DAS VERBAS SALARIAIS (ART. 649, IV, CPC) - ESCUDO NORMATIVO RECAI APENAS SOBRE A LTIMA
REMUNERAO PERCEBIDA PELO DEVEDOR - SOBRAS SALARIAIS - RESERVA DE CAPITAL ACUMULADO NATUREZA ALIMENTAR DESCARACTERIZADA - POSSIBILIDADE DE CONSTRIO - PRECEDENTES DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA - INCIDNCIA, ENTRETANTO, DA PROTEO CONCERNENTE
QUANTIA AT 40 SALRIOS MNIMOS RESGUARDADA TTULO DE POUPANA, A DESPEITO DO MEIO DE
CONSTITUIO DA RESERVA FINANCEIRA ESCOLHIDO PELO POUPADOR (ART. 649, INCISO X, CPC) ANTEPARO LEGAL NO ADSTRITO APLICAO EM CADERNETA DE POUPANA - VIABILIDADE
HERMENUTICA DA INTERPRETAO EXTENSIVA DO DISPOSITIVO - POSIO FIRMADA NO MBITO DA
SEGUNDA SEO STJ - CASO CONCRETO - CONSTRIO REALIZADA EM ESTIPNDIO QUE NO
TRANSBORDA O LIMITE LEGAL - DESBLOQUEIO DO NUMERRIO QUE SE IMPE - DECISO REFORMADA
- RECURSO PROVIDO. "Valores caracterizados como verbas alimentares somente mantero essa
condio enquanto destinadas ao sustento do devedor e sua famlia, ou seja, enquanto se prestarem

ao atendimento das necessidades bsicas do devedor e seus dependentes. Na hiptese do provento


de ndole salarial se mostrar, ao final do perodo - isto , at o recebimento de novo provento de igual
natureza - superior ao custo necessrio ao sustento do titular e seus familiares, essa sobra perde o
carter alimentcio e passa a ser uma reserva ou economia, tornando-se, em princpio, penhorvel.".
"Reveste-se, todavia, de impenhorabilidade a quantia de at quarenta salrios mnimos poupada, seja
ela mantida em papel moeda, conta-corrente ou aplicada em caderneta de poupana propriamente
dita, CDB, RDB ou em fundo de investimentos, desde que a nica reserva monetria em nome do
recorrente, e ressalvado eventual abuso, m-f ou fraude, a ser verificado caso a caso, de acordo com
as circunstncias do caso. Processo: 2013.057296-5). Relator: Des. Cid Goulart.
23.ADMINISTRATIVO.
IMVEL
PBLICO
DOADO
A
PARTICULAR
MEDIANTE
CONDIES.
DESCUMPRIMENTO DO ENCARGO. AO CIVIL PBLICA DE REVERSO. SENTENA DE PROCEDNCIA
QUE DEFERE AO MUNICPIO A IMEDIATA REINTEGRAO NA POSSE. EMBARGOS DE TERCEIRO.
SUBLOCATRIOS QUE BUSCAM A CONTINUIDADE DA RELAO LOCATCIA OU INDENIZAO POR
BENFEITORIAS/CONSTRUES. LIMINAR NEGADA. DECISO ACERTADA. RESOLUO DA DOAO QUE
CONFERE AO PROPRIETRIO O PODER DE REIVINDICAR A COISA DE QUEM QUER QUE A DETENHA OU
POSSUA (CC/1916, ART. 1916; CC/2002, ART. 1.359). Implementada a clusula de resoluo prevista
na Lei Municipal que autorizou a doao e expressa a escritura pblica, com transcrio no registro
imobilirio, o Municpio pode reivindicar a coisa do poder de quem quer que a detenha ou possua.
"[...] na disposio expressa do artigo, ocorre a resoluo pleno iure dos direitos reais concedidos. Ao
reconhecer ao proprietrio o poder reivindicatrio da coisa, o Cdigo, por via de consequncia, faz
abstrao daqueles direitos constitudos na constncia da condio ou do termo, e, assim, pronunciase pelo efeito retrooperante, a um tempo anterior ao em que foram concedidos". RETENO POR
BENFEITORIAS DE DUVIDOSA JURIDICIDADE. "4. O particular jamais exerce poderes de propriedade
(art. 1.196 do CC) sobre imvel pblico, impassvel de usucapio (art. 183, 3, da CF). No poder,
portanto, ser considerado possuidor dessas reas, seno mero detentor. "5. Essa impossibilidade, por
si s, afasta a viabilidade de indenizao por acesses ou benfeitorias, pois no prescindem da posse
de boa-f (arts. 1.219 e 1.255 do CC). Precedentes do STJ. "[...] "7. A indenizao por benfeitorias
prevista no art. 1.219 do CC implica direito reteno do imvel, at que o valor seja pago pelo
proprietrio. Inadmissvel que um particular retenha imvel pblico, sob qualquer fundamento, pois
seria reconhecer, por via transversa, a posse privada do bem coletivo, o que est em desarmonia com
o Princpio da Indisponibilidade do Patrimnio Pblico. "8. O art. 1.255 do CC, que prev a indenizao
por construes, dispe, em seu pargrafo nico, que o possuidor poder adquirir a propriedade do
imvel se "a construo ou a plantao exceder consideravelmente o valor do terreno". O dispositivo
deixa cristalina a inaplicabilidade do instituto aos bens da coletividade, j que o Direito Pblico no se
coaduna com prerrogativas de aquisio por particulares, exceto quando atendidos os requisitos
legais (desafetao, licitao etc.). "9. Finalmente, a indenizao por benfeitorias ou acesses, ainda
que fosse admitida no caso de reas pblicas, pressupe vantagem, advinda dessas intervenes,
para o proprietrio. No o que ocorre em caso de ocupao de reas pblicas. "10. [...] Seria
incoerente impor Administrao a obrigao de indenizar por imveis irregularmente construdos
que, alm de no terem utilidade para o Poder Pblico, ensejaro dispndio de recursos do Errio para
sua demolio. 11. Entender de modo diverso atribuir deteno efeitos prprios da posse, o que
enfraquece a dominialidade pblica, destri as premissas bsicas do Princpio da Boa-F Objetiva,
estimula invases e construes ilegais e legitima, com a garantia de indenizao, a apropriao
privada do espao pblico".. PRESUNO DE BOA-F, ADEMAIS, DERRUDA PELAS CIRCUNSTNCIAS
DO CASO CONCRETO. EMBARGANTES QUE TINHAM CINCIA DA DEMANDA EM QUE SE BUSCAVA A
REVERSO DO IMVEL AO MUNICPIO. DESOCUPAO DO IMVEL POR UMA DAS EMPRESAS
AGRAVANTES. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. RECURSO NO CONHECIDO, NO PONTO, E
PARCIALMENTE
PROVIDO
APENAS
PARA
DILATAR
O
PRAZO
DE
DESOCUPAO.Processo: 2013.056299-5. Relator: Des. Subst. Paulo Henrique Moritz Martins da
Silva.

24.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR USO INDEVIDO DE IMAGEM. PUBLICAO DE


MATRIA JORNALSTICA COM FOTO DO AUTOR NOTICIANDO A PRESTAO DE SERVIO GRATUITO DE
SADE POR PARTE DO MUNICPIO. INEXISTNCIA DE AUTORIZAO. MERO DISSABOR. AUSNCIA DE
PROVA DE OFENSA DE ORDEM MORAL OU FINS COMERCIAIS. ANIMUS NARRANDI EVIDENCIADO.
EXERCCIO REGULAR DO DIREITO DE INFORMAR. INDENIZAO INDEVIDA. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. Processo: 2013.013543-7. Relator: Des. Subst. Paulo Ricardo Bruschi. Classe: Apelao

Cvel.

25.AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO AMBIENTAL. AO CIVIL PBLICA. OCUPAO MLTIPLA DE


REA VERDE. DECISO DETERMINATIVA DE QUE O MUNICPIO-RU/AGRAVANTE RETIRE, EM 60
(SESSENTA) DIAS, AS FAMLIAS OCUPANTES, REALOCANDO-AS EM LOCAL ADEQUADO. DPLICE
OBRIGAO DO ENTE MUNICIPAL: PRESERVAO AMBIENTAL E ASSEGURAMENTO AO DIREITO
MORADIA. DECISO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. "Tendo em vista que no h direito
fundamental absoluto, havendo o embate entre o direito ambiental difuso a um meio ambiente hgido
e o direito fundamental moradia, que perpassa pela dignidade da pessoa humana, em que pese a
prevalncia geral do primeiro, porque sensvel e afeto a toda a coletividade, h casos de prevalncia
deste, a fim de garantir o mnimo existencial no caso concreto. Trata-se de prevalncia, jamais total
subrogao de um sobre o outro. Desta forma, demonstrada ocupao de rea de preservao
permanente ou terreno de marinha, com fins de moradia por tempo considervel, deve o posseiro
demolir a construo ilegitimamente levada a efeito, recompondo o meio integralmente ou pagando
multa indenizatria direcionada para tal fim. Entretanto, a desocupao somente poder ser efetivada
aps garantia do Poder Pblico de designao de novo local adequado para moradia da
famlia".Processo: 2013.063333-5 (Acrdo). Relator: Des. Joo Henrique Blasi.

Edio n. 26 de 1 de Dezembro de 2014.

rgo Especial
1.As condies veiculadas em edital de licitao anulado no vinculam a Administrao a observar os
seus termos por ocasio de novo processo licitatrio.
Seo Criminal
2.Os crimes previstos nos arts. 244 e 245 do Cdigo Penal so independentes, motivo por que no
ocorre consuno quando os pais deixam de prover a subsistncia do filho menor aps entreg-lo a
pessoa inidnea.
3.O fato de a vantagem no ser solicitada pessoalmente pelo funcionrio pblico, aliado inexistncia
de comprovao do liame subjetivo entre este e o terceiro que atuou em seu nome, obsta a condenao
pelo crime de corrupo passiva.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
4.No se reconhece a conexo entre demandas semelhantes, com a preveno do relator, pelo fato de
serem relacionadas ao mesmo fato histrico, sobretudo por serem diversas as partes litigantes.
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
5.No constitui violao de marca e de nome empresarial, tampouco concorrncia desleal, a utilizao
dos termos "malha" e "soft" por indstrias do segmento txtil, visto que so expresses genricas
identificadoras da natureza do produto, impassveis de apropriao.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
6.A proibio de contratar com o Poder Pblico firmada por suposto favorecimento em licitao, em
provimento liminar, somente se justifica em situaes excepcionais.
Cmaras de Direito Criminal
7.Configura o crime de extorso circunstanciada a conduta de restringir a liberdade da vtima, mediante
emprego de arma de fogo, com o intuito de cobrar dvida contrada por outra pessoa.
8.O oferecimento de denncia por crime mais grave que o juridicamente definido na fase indiciria, pelo
novo titular da Promotoria, fundamentado na divergncia de entendimento em relao ao membro que
atuou anteriormente e sem a produo de novas provas, representa violao ao princpio do promotor
natural e implica o trancamento da ao penal.
9.A motivao do agente de obter vantagens ao cometer o ilcito de falsificao de documento pblico
deve ser considerada inerente ao tipo penal, o que torna indevida a majorao da pena por essa
circunstncia.
Cmaras de Direito Civil
10.O cancelamento do valor de cheque especial realizado unilateralmente pelo banco, que provoca a
devoluo de diversos cheques por ausncia de proviso de fundos, no configura abalo moral no caso
de o cliente ter ultrapassado o limite contratado em momento anterior conduta irregular da instituio
financeira.
11. invivel a fixao de termo final para prestao alimentcia quando, pela idade avanada e pouca
qualificao profissional do alimentrio, ficar evidente a dificuldade de sua reinsero no mercado de
trabalho.

12.A sentena complexa, que tambm traz em seu bojo deciso com contedo interlocutrio, comporta
recurso de apelao, em ateno aos princpios da unirrecorribilidade, celeridade e economia
processual.
13.A sentena que habilita os pretendentes adoo, por meio de inscrio no cadastro nico, pode ser
revertida se verificada a supervenincia de conduta incompatvel com o perfilhamento, sem ofensa
coisa julgada, em razo do carter administrativo do procedimento.
14.Ensejam responsabilizao civil por danos morais as ameaas e os xingamentos dirigidos a noivos no
dia de seu casamento, ainda que em decorrncia de suposto golpe financeiro por eles praticado.
15.O manuseio de artefato pirotcnico em desacordo com as instrues de segurana, que ocasiona a
amputao de mo do consumidor e a perda parcial da viso e da audio, exclui a responsabilidade
civil do fabricante.
16.Comete ato ilcito passvel de indenizao por danos morais a editora responsvel por matria
jornalstica de ampla divulgao que, equivocadamente, vincula vtima fatal em acidente areo a
fotografia de pessoa que nem sequer teve relao com o infortnio.
Cmaras de Direito Comercial
17.No faz jus a reparao por dano de ordem moral o consumidor que, aps sustar cheque em razo
de prestao de servio supostamente defeituosa, teve a crtula protestada por terceiro de boa-f.
18.A apresentao de notas fiscais com a expresso " vista" no comprova a quitao de dvida, uma
vez que diz respeito a obrigaes tributrias e, consequentemente, no supre a ausncia dos
respectivos recibos.
19. abusiva a reteno dos benefcios previdencirios do muturio com o fito de abater o saldo
devedor da conta corrente, ainda que existente autorizao contratual para tanto.
Cmaras de Direito Pblico
20.Priso preventiva de pessoa equivocadamente reconhecida como o indivduo que praticou, meses
antes, roubo em estabelecimento comercial, porque decretada com observncia lei e ao princpio da
persuaso racional, no enseja indenizao por erro judicirio.
21.Enfermeiro contratado temporariamente em virtude de convnio firmado entre a municipalidade e o
Ministrio da Sade, quando ausente motivao, no pode ser exonerado antes do final do pacto.
Turmas de Recursos
22.O desconto da totalidade dos vencimentos do devedor para pagamento de emprstimo consignado
afigura-se ilcito, mas a restituio ao consumidor no deve ser integral, sob pena de caracterizao de
descumprimento contratual e enriquecimento indevido.

rgo Especial
1.MANDADO DE SEGURANA. CONTRATAO DE VIGILNCIA ARMADA PELO TRIBUNAL DE JUSTIA DE
SANTA CATARINA. PREGO N. 214/2011. CERTAME ANULADO. COMUNICAO AOS CANDIDATOS.
AJUIZAMENTO DO PRESENTE WRIT ALM DOS 120 (CENTO E VINTE) DIAS PREVISTOS NO ART. 23 DA LEI
N. 12.016/2009. IMPOSSIBILIDADE DE ANLISE NA VIA MANDAMENTAL DAS QUESTES QUE ENVOLVEM

O ATO ADMINISTRATIVO QUE RECONHECEU A EXISTNCIA DE MCULA. DECADNCIA PARCIAL. EXTINO


QUANTO A ESTE PONTO. Independentemente das alegaes deduzidas, tem-se que a Impetrante decaiu
do direito de questionar, na via mandamental, o ato que culminou na anulao do Prego n. 214/2011,
haja vista que protocolado fora do prazo mencionado pelo art. 23 da Lei n. 12.016/2009. PREGO N.
152/2012. EDITAL LANADO POSTERIORMENTE ANULAO. AFIRMAO DE MCULAS. MODIFICAO
NA FORMA DE CONTRATAO E NA QUALIFICAO TCNICA. PEDIDO DE MANUTENO DO QUE HAVIA
SIDO EXIGIDO NO EDITAL DE 2011. IMPOSSIBILIDADE. AUSNCIA DE VINCULAO DOS TERMOS DO
EDITAL ANULADO COM O QUE FOI LANADO. IMPUGNAO ADMINISTRATIVA CONTRA O RESULTADO DO
CERTAME. ANLISE PELA ADMINISTRAO APS A ABERTURA DOS ENVELOPES. NO ACOLHIMENTO DAS
IRRESIGNAES APRESENTADAS. LEI N. 8.666/1993 QUE NO ESTABELECE PRAZO NESTES CASOS.
AUSNCIA DE PREJUZO. REJEIO. ALEGAO DE QUE O EDITAL DEIXOU DE REQUERER A
APRESENTAO DE DOCUMENTOS NECESSRIOS. ASSERTIVA DESCABIDA. EXIGNCIAS QUE DEVEM SER
OBSERVADAS PELOS CANDIDATOS NOS LIMITES POSTOS NO EDITAL. INSURGNCIA COM RELAO AO
PROCEDIMENTO IRREGULAR NA CONDUO DO CERTAME. INEXISTNCIA DE PROVA CABAL NESTE
SENTIDO. AFIRMAO DE ERRO NO PERCENTUAL DO BDI APRESENTADO NA PROPOSTA E
INEXEQUIBILIDADE DO CONTRATO, EM RAZO DOS CUSTOS. QUESTES QUE DEMANDAM
CONHECIMENTO TCNICO COM DILAO PROBATRIA. IMPOSSIBILIDADE DE SE AFERIR, DE FORMA
PRECISA, PELOS DOCUMENTOS COLACIONADOS. DIREITO LQUIDO E CERTO NO COMPROVADO.
SEGURANA DENEGADA. Processo: 2012.031689-0. Relator:Des. Paulo Roberto Camargo Costa. .

Seo Criminal
2.EMBARGOS INFRINGENTES. ABANDONO MATERIAL (CP, ART. 244). ENTREGA DE FILHO MENOR A
PESSOA INIDNEA (CP, ART. 245). ABSORO. No aplicvel a consuno do delito de abandono
material pelo crime de entrega de filho menor a pessoa inidnea se o agente, alm de deix-lo em
companhia de indivduo que expe o menor a perigo, cessa de destinar qualquer recurso subsistncia
da criana. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2014.053113-7. Relator: Des. Srgio
Rizelo

3.EMBARGOS INFRINGENTES. CINCO CRIMES DE CORRUPO PASSIVA, EM CONCURSO DE AGENTES.


VOTO VENCIDO QUE ABSOLVE OS ACUSADOS DE DUAS PRTICAS DELITIVAS. 1. PROVA DA AUTORIA.
CORRUPO PASSIVA (CP, ART. 317). VANTAGEM NO SOLICITADA PESSOALMENTE PELO FUNCIONRIO
PBLICO. AUSNCIA DE LIAME SUBJETIVO ENTRE O AGENTE ESTATAL E O OUTRO ACUSADO. 2. TRFICO
DE INFLUNCIA (CP, ART. 332). SOLICITAR DINHEIRO DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL SOB O
PRETEXTO DE FAZER COM QUE FUNCIONRIO DA RECEITA ESTADUAL DEIXE DE PRATICAR ATO DE
OFCIO. 3. EMENDATIO LIBELLI EX OFFICIO. EMBARGOS INFRINGENTES. RU NO RECORRENTE.
AGRAVAMENTO DA PENA (CPP, ART. 617). 1. No h prova suficiente da autoria do delito de corrupo
passiva se o funcionrio pblico no solicita pessoalmente a vantagem indevida; se o terceiro que
comete tal ato no menciona o envolvimento do agente pblico; e se inexiste qualquer outro elemento
que indique a existncia de liame subjetivo entre os dois envolvidos para a prtica delituosa. 2. Comete
o delito de trfico de influncia o agente que solicita quantia em dinheiro, como contraprestao de rifa,
sob o argumento de que o estabelecimento comercial da vtima sofrer retaliao indevida por parte de
funcionrio da Receita Estadual caso o dinheiro no seja entregue. 3. possvel proceder, em sede de
embargos infringentes, adequao, ex officio, da definio jurdica de conduta narrada na inicial
acusatria, referente a ru no recorrente, desde que no ocorra, ao final, acrscimo em sua
reprimenda. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO; EMENDATIO LIBELLI, DE OFCIO, COM
RELAO AO RU NO RECORRENTE. Processo:2013.085541-2. Relator: Des. Srgio Rizelo.

Grupo de Cmaras de Direito Civil


4.CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AO DE INDENIZAO POR
DANOS MATERIAIS E MORAIS. PRETENDIDA A RESPONSABILIZAO DE INSTITUIO FINANCEIRA PELA
EMISSO DE CHEQUES UTILIZADOS POR TERCEIRO PARA A PRTICA DE GOLPE. SUSTENTADA A

CONEXO ENTRE DEMANDAS SIMILARES E A PREVENO POR FATO HISTRICO. INOCORRNCIA. PARTES
DIVERSAS. AFINIDADE DE OBJETO E CAUSA DE PEDIR QUE NO ENSEJA CONEXO. EXEGESE DO ART.
103 DO CPC. RECURSO ANTERIOR J JULGADO. IMPOSSIBILIDADE DE REUNIO DE PROCESSOS.
APLICAO DA SMULA 235 STJ. PRECEDENTES DESTE GRUPO DE CMARAS. COMPETNCIA DA CMARA
SUSCITADA. CONFLITO PROCEDENTE. Processo:2014.052365-9. Relator: Des. Marcus Tlio Sartorato.

Grupo de Cmaras de Direito Comercial


5.AO RESCISRIA. ACRDO QUE REFORMOU SENTENA PROLATADA NOS AUTOS DE DEMANDA
COMINATRIA. ADUZIDA VIOLAO DE DISPOSIO LITERAL DE LEI. ART. 485, INC. V, DO CPC.
ILEGITIMIDADE ATIVA ARGUIDA EM SEDE DE CONTESTAO. DIREITO DE RECLAMAR O USO EXCLUSIVO
DE MARCA QUE SERIA PRIVATIVO DE APENAS UMA DAS REQUERENTES. PREFACIAL AFASTADA.
EMPRESAS QUE POSSUEM, AMBAS, CERTIFICAO DE REGISTRO NO INPI, COM RELAO LOGOMARCA
PRETENSAMENTE VIOLADA. REDE DE SUPERMERCADOS REQUERIDA QUE, APRESENTANDO RESPOSTA,
ADUZ SER PARTE ILEGTIMA PARA FIGURAR NO POLO PASSIVO DA LIDE. PRELIMINAR ACOLHIDA.
CIRCUNSTNCIA QUE J FOI RECONHECIDA POR OCASIO DO JULGAMENTO DO APELO INTERPOSTO NA
AO COMINATRIA. CONTROVRSIA INSTAURADA QUE, ADEMAIS, RESTRINGE-SE AO SUPOSTO USO
INDEVIDO DE NOME EMPRESARIAL E CONCORRNCIA DESLEAL. CONDUTA ATRIBUDA UNICAMENTE
INDSTRIA TXTIL CORR. MRITO. POSTULANTES QUE DEFENDEM A PRTICA DE CONCORRNCIA
DESLEAL, VIOLAO DE MARCA COMERCIAL E DE NOME EMPRESARIAL. ACRDO QUE, DEIXANDO DE
APLICAR A LEGISLAO CONCERNENTE PROTEO AOS DIREITOS DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL,
TERIA OFENDIDO DISPOSIO LEGAL. ARGUMENTAO RECHAADA. AFRONTA NO CONSTATADA.
INDSTRIA TXTIL REQUERIDA QUE IDENTIFICOU ROUPAS DE CAMA POR SI PRODUZIDAS, UTILIZANDOSE DO TERMO "PREMIER SOFT" E "PREMIER SOFT MALHA". AUSNCIA DE VIOLAO MARCA DAS
REQUERENTES. REGISTRO JUNTO AO INPI, QUE ABRANGE APENAS A LOGOMARCA DAS EMPRESAS
DEMANDANTES. EXPRESSA RESTRIO ACERCA DA AUSNCIA DE DIREITO EXCLUSIVO QUANTO AO USO
DA EXPRESSO "MALHA SOFT". CONCORRNCIA DESLEAL QUE TAMPOUCO VERIFICADA.
CONTENDORAS QUE, NO OBSTANTE EXERAM A MESMA ATIVIDADE LUCRATIVA, IDENTIFICAM SUAS
MERCADORIAS COM ELEMENTOS PRPRIOS E MARCAS DIVERSAS. CONFUSO COMERCIAL NO
COMPROVADA. SUPOSTA VIOLAO DE NOME EMPRESARIAL. AFRONTA AO ART. 33 LEI 8.934/94 E, AO
ART. 1.166 DO CC. SITUAO NO CONFIGURADA. EMPRESAS LITIGANTES QUE APRESENTAM-SE
PERANTE OS CLIENTES COM RAZES SOCIAIS DISTINTAS. ALEGAO DE QUE A AUTORIZAO PARA O
USO DAS EXPRESSES "SOFT" E "MALHA SOFT" CONSTANTE NO ACRDO, CONSUBSTANCIARIA
JULGAMENTO EXTRA PETITA. TESE INFUNDADA. ADMISSO DE UTILIZAO DE TAIS TERMOS
IDENTIFICATIVOS QUE CONSTITUI DECORRNCIA NATURAL DA IMPROCEDNCIA DO PLEITO
COMINATRIO. EVENTUAL RESTRIO NESSE SENTIDO QUE CONFIGURARIA O ACOLHIMENTO DO
PEDIDO EXORDIAL. DEMANDADA QUE OBJETIVA A CONDENAO DAS POSTULANTES EM PENA POR
LITIGNCIA DE M-F. CONDUTAS ELENCADAS NO ART. 17 DO CPC NO TIPIFICADAS. PRETENSO
REJEITADA. CONDENAO DAS AUTORAS AO PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS E HONORRIOS
ADVOCATCIOS SUCUMBENCIAIS, ESTES FIXADOS EM R$ 2.000,00. ART. 20, 3 E 4 DO CPC. MULTA DO
ART. 494 DA LEI N 5.869/73 REVERTIDA EM FAVOR DOS REQUERIDOS, NA PROPORO DE 50% PARA
CADA UM. IMPROCEDNCIA DO PEDIDO. Processo: 2013.077470-3. Relator: Des. Luiz Fernando Boller.

Grupo de Cmaras de Direito Pblico


6.AGRAVO. MANDADO DE SEGURANA CONTRA ATO JUDICIAL. INDEFERIMENTO DA INICIAL. DECISO
IMPUGNADA PELO MANDAMUS QUE PORTA INTERPRETAO DE DIFCIL ACOMODAO NOS LINDES DO
SISTEMA JURDICO E DO CONJUNTO NORMATIVO DE REGNCIA DA MATRIA. VIABILIDADE DA VIA
MANDAMENTAL. RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.089383-8. Relator: Des. Joo Henrique Blasi.

Cmaras de Direito Criminal

7.APELAO CRIMINAL (RU PRESO). APELANTES QUE, COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO, PRIVARAM A
LIBERDADE DE ADOLESCENTE VISANDO COBRAR UMA DVIDA CONTRADA POR OUTRA PESSOA, TIO DA
VTIMA. PRISO EM FLAGRANTE. SENTENA DE PARCIAL PROCEDNCIA, CONDENANDO-OS PELO DELITO
DE EXTORSO CIRCUNSTANCIADA (ART, 158, 1, DO CDIGO PENAL). RECURSO DA DEFESA. PLEITO DE
DESCLASSIFICAO DO DELITO PARA O DE EXERCCIO ARBITRRIO DAS PRPRIAS RAZES EM RAZO
DA SUPOSTA LICITUDE DA VANTAGEM QUE BUSCAVAM OBTER (ART. 345 DO CDIGO PENAL).
IMPOSSIBILIDADE. VTIMA QUE NO TINHA RELAO COM A DVIDA, MAS FOI PRIVADA DE SUA
LIBERDADE E AMEAADA DE MORTE CASO NO CONSEGUISSE ENTRAR EM CONTATO COM O SUPOSTO
DEVEDOR. BUSCA DE VANTAGEM INDEVIDA MEDIANTE O EMPREGO DE GRAVE AMEAA. EXTORSO
CONFIGURADA.
CONDENAO
MANTIDA.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO.Processo: 2014.016955-8. Relator: Des. Ernani Guetten de Almeida.

8.HABEAS CORPUS. CRIME DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO PELO CONCURSO DE AGENTES. ARTIGO 157,
2, II, DO CDIGO PENAL. PRISO CAUTELAR. REQUERIMENTO DE REVOGAO. INDEFERIMENTO.
ALEGAO DE NULIDADE. CITAO EDITALCIA DETERMINADA SEM O ESGOTAMENTO DE TODOS OS
MEIOS PARA GARANTIR A REALIZAO PESSOAL DO ATO. AUTORIDADE APONTADA COMO COATORA QUE
DETERMINOU A EXPEDIO DE CARTA PRECATRIA. VCIO, EM TESE, SUPERADO. INSURGNCIA NO
CONHECIDA. AO PENAL INSTAURADA PARA APURAR CRIME CONTRA O PATRIMNIO. CONCLUSO AO
MINISTRIO PBLICO. MANIFESTAO MINISTERIAL PELA DESIGNAO DE AUDINCIA PARA PROPOSTA
DE TRANSAO PENAL EM RELAO AO CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO. OFERECIMENTO DE
DENNCIA SEM A PRODUO DE NOVAS PROVAS POR PARTE DE NOVO PROMOTOR QUE PASSOU A
ATUAR NO FEITO. VIOLAO AO PRINCPIO DO PROMOTOR NATURAL. OCORRNCIA. Caso o rgo do
Ministrio Pblico, ao invs de apresentar a denncia, manifestar-se pela ausncia de elementos
suficientes para propositura da ao penal, cabe, ao Estado-Juiz, como fiscal do princpio da legalidade
ou obrigatoriedade, discordando, remeter os autos ao Procurador-Geral de Justia, com base no artigo
28 do Cdigo de Processo Penal, sob pena de violao ao Princpio do Promotor Natural. Assim, viola o
Princpio do Promotor Natural o oferecimento de denncia por outro membro do Ministrio Pblico, aps
anterior pedido de arquivamento do inqurito policial, sem que se tenha adotado a providncia de
remessa dos autos ao Procurador-Geral, a quem incumbe o oferecimento da denncia ou a designao
de outro rgo do Ministrio Pblico para oferec-la, ou a insistncia no pedido de arquivamento.
NECESSIDADE DE TRANCAMENTO DA AO PENAL COMO CONSEQUNCIA LGICA DA VIOLAO DO
PRINCPIO DO PROMOTOR NATURAL. ORDEM CONCEDIDA DE OFCIO. CONHECER EM PARTE E CONCEDER
A ORDEM, DETERMINANDO-SE, DE OFCIO, O TRANCAMENTO DA AO PENAL. Processo:2014.0711405. Relator: Des. Jorge Schaefer Martins.

9.APELAO CRIMINAL. FALSIFICAO DE DOCUMENTOS PBLICOS (ART. 297, CAPUT, DO CDIGO


PENAL). DITO CONDENATRIO. INCONFORMISMO DA DEFESA MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS
CONFIGURADAS. ACUSADO APREENDIDO NA POSSE DE UMA CNH DO DETRAN/PR COM ESPELHO
ORIGINAL, PORM COM INFORMAES INVERDICAS INSERIDAS, ASSIM COMO DE TRS CDULAS DE
IDENTIDADE COM CARACTERSTICAS DE DOCUMENTOS OFICIAIS E FOTOGRAFIAS SUAS, TODAVIA NO
NOME DE OUTROS INDIVDUOS. IMPUTADO QUE ADMITIU A PROPRIEDADE DA CARTEIRA NACIONAL DE
HABILITAO NA FASE INDICIRIA. DEPOIMENTOS DOS POLICIAIS CIVIS RESPONSVEIS PELA PRISO EM
FLAGRANTE DO RU EM CONSONNCIA COM AS DEMAIS PROVAS DOS AUTOS. FALSIFICAES
COMPROVADAS POR MEIO DE LAUDO PERICIAL E OUTROS ELEMENTOS. ADULTERAES APTAS A
LUDIBRIAR O HOMEM MDIO E QUE, DESSA FEITA, NO PODEM SER REPUTADAS COMO GROSSEIRAS.
CRIME FORMAL. DESCLASSIFICAO PARA A INFRAO PENAL SUBSIDIRIA E MENOS GRAVE DE FALSA
IDENTIDADE (ART. 307 DO CDIGO PENAL) OU ABSOLVIO INVIVEIS DOSIMETRIA. PRIMEIRA FASE.
VALORAO NEGATIVA DOS MOTIVOS DO CRIME. INTENO DE OBTER VANTAGENS COM AS
ADULTERAES QUE CONFIGURA CONDUTA INERENTE AO TIPO DE FALSIFICAO DE DOCUMENTO
PBLICO.
CIRCUNSTNCIA
JUDICIAL
AFASTADA.
FIXAO
DA
PENA-BASE
NO
MNIMO
LEGAL. Processo: 2014.030838-7. Relator:Des. Rodrigo Collao

Cmaras de Direito Civil


10.APELAO CVEL. AO COMINATRIA PARA CUMPRIMENTO DE OBRIGAO DE FAZER CUMULADA
COM INDENIZAO POR DANOS MORAIS E TUTELA ANTECIPADA. 1. CANCELAMENTO DO LIMITE DE
CHEQUE ESPECIAL SEM PRVIA COMUNICAO AO CONSUMIDOR. IRREGULARIDADE. 2. CORRENTISTA
QUE J HAVIA EXTRAPOLADO O LIMITE CONTRATADO. 3. DEVOLUO DE CHEQUES QUE NO PODE SER
ATRIBUDA AO CANCELAMENTO IRREGULAR DO LIMITE DE CRDITO. 4. DANO MORAL INEXISTENTE. "A
concesso de crdito uma faculdade da instituio financeira, uma vez que funciona como um crdito
pr-aprovado colocado disposio dos seus clientes e leva em conta o cadastro, o tempo de
relacionamento etc. Logo, a instituio financeira no obrigada a manter o contrato de cheque
especial quando constatar que o cliente inadimplente est colocando em risco a prpria
contratao". Processo: 2013.069760-7. Relator: Des. Raulino Jac Brning.

11.APELAO CVEL E RECURSO ADESIVO. AO DE SEPARAO LITIGIOSA. VERBA ALIMENTAR EM


FAVOR DA APELANTE DE 7% DOS RENDIMENTOS LQUIDOS DO AGRAVADO, PELO PERODO DE TRS
ANOS. APELO DO CNJUGE VIRAGO PARA EXCLUSO DO TERMO FINAL CERTO AOS ALIMENTOS.
RECURSO DO CNJUGE VIRAGO PROVIDO. "Sendo impossvel se verificar quanto tempo durar a
necessidade da Alimentanda, inoportuno fixar termo final para o cumprimento da obrigao alimentar."
RECURSO ADESIVO DO VARO NO CONHECIDO. PERTINNCIA TEMTICA NO VERIFICADA.
INTELIGNCIA ART. 500 CPC.Processo: 2011.087118-0. Relator: Des. Domingos Paludo.

12.APELAO CVEL. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AO DECLARATRIA DE NULIDADE DE NEGCIO


JURDICO POR SIMULAO. - IMPROCEDNCIA NA ORIGEM. (1) ADMISSIBILIDADE. CABIMENTO. RECURSO
DE APELAO. DECISO DE CARTER MISTO. SENTENA COMPLEXA. PRINCPIOS INCIDENTES. - Havendo
prolao de sentena complexa - deciso de carter misto (sentena e deciso interlocutria) -, faz-se
adequada a interposio de recurso de apelao, luz dos princpios da unirrecorribilidade,
singularidade ou unicidade recursais e da economia e da celeridade processuais. (2) MRITO.
SIMULAO. COMPRA E VENDA DE BEM IMVEL. SUPOSTA VENDA ENTRE DESCENDENTES MEDIANTE
INTERPOSTA PESSOA. BURLA AO DIREITO SUCESSRIO DO ASCENDENTE. INOCORRNCIA. INTENO DE
PREJUDICAR NO IDENTIFICADA. - A simulao, causa de nulidade, um vcio social do negcio jurdico
consubstanciado numa declarao enganosa da vontade, aparentando negcio diverso do efetivamente
objetivado, estabelecido a fim de prejudicar terceiros ou fraudar a lei, provando-se, dada a dificuldade
na consolidao do elemento subjetivo, mediante indcios e presunes, notadamente com a
configurao do binmino motivo-necessidade do ato simulado, que no resta atendido quando o
aduzido ardil simulatrio encontra consonante contraponto no acervo probatrio. (3) ANTECIPAO DOS
EFEITOS DA TUTELA. IMPROCEDNCIA DOS PEDIDOS. VEROSSIMILHANA DO DIREITO DO AUTOR.
DESCARACTERIZAO. MANUTENO DA REVOGAO DA MEDIDA. CONSEQUNCIA LGICA. - Uma vez
julgado improcedente o pleito inicial, em sentena ou deciso de apelao, esvai-se qualquer indcio de
verossimilhana do direito do autor, pressuposto essencial concesso da antecipao de tutela, tendose por consequncia lgica a revogao da medida, a prescindir, inclusive, de manifestao especfica a
respeito. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2014.027163-3.Relator: Des. Henry
Petry Junior.

13.HABILITAO PARA ADOO. SENTENA QUE EXCLUI A INSCRIO DO CASAL DO CADASTRO NICO
INFORMATIZADO DE ADOO E ABRIGO (CUIDA). ARGUMENTO DE PRTICA DE ADOO DIRIGIDA PELOS
CANDIDATOS, A DESPEITO DAS RECOMENDAES FEITAS NO CURSO PREPARATRIO. AUTOS DO
PROCESSO DE REGULARIZAO DE GUARDA APENSADOS, PELO QUAL NO SE PODE EXTRAIR A
PREFALADA M-F. CIRCUNSTNCIAS FTICAS QUE SUBSIDIAM A CONDUTA DO CASAL COMO
DECORRENTE DO AMOR PARENTAL E DO INSTINTO DE PROTEO NASCIDO EM RELAO INFANTE.
INEXISTNCIA DE COMPORTAMENTO INCOMPATVEL COM A ADOO, CAPAZ DE ENSEJAR A EXCLUSO
DOS RECORRENTES DA LISTA DE PRETENDENTES. APTIDO RECONHECIDA, TANTO QUE DEFERIDA A
INSCRIO ANTERIOR E A GUARDA JURDICA DA CRIANA L. COLOCADA SOB SEUS CUIDADOS. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. No caso em exame, fossem os apelantes inaptos a exercer a parentalidade de

maneira consciente e responsvel no teriam sido inscritos no referido cadastro, notadamente aps
detida anlise de suas personalidades, condutas, antecedentes e histrias de vida. A despeito de
existirem dvidas a respeito de como se deu o acesso do casal criana cuja guarda jurdica fora
regularizada nos autos n. 075.11.0132976, o fato que se firmaram laos de afeto entre eles, no
restando aos apelantes outra opo seno perseguir a regulamentao da situao dada, movidos pelos
mais genunos sentimentos de amor e de proteo em relao menina. Interpretar tal postura como
sendo desabonadora do carter e dos propsitos do par demonstra-se excessiva e em desacordo com
as normas especiais da adoo. Processo: 2014.042453-3. Relator: Des. Ronei Danielli.

14.DIREITO CIVIL - OBRIGAES - RESPONSABILIDADE CIVIL - OFENSA - DANO MORAL - PROCEDNCIA INCONFORMISMO - RECURSO DOS RUS - 1. CERCEAMENTO DE DEFESA - JULGAMENTO ANTECIPADO DO
FEITO - INACOLHIMENTO - PROVAS DESNECESSRIAS - PRELIMINAR AFASTADA - 2. AFASTAMENTO DA
RESPONSABILIDADE CIVIL - IMPUGNAO GENRICA - INACOLHIMENTO - INDENIZATRIA MANTIDA - 3.
REDUO DO QUANTUM INDENIZATRIO - INACOLHIMENTO - VERBA ADEQUADA AO BINMIO
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE - SENTENA MANTIDA - PROVIMENTO NEGADO. 1. Inexiste
cerceamento de defesa por julgamento antecipado da lide se os documentos carreados aos autos so
suficientes e as provas pretendidas so desnecessrias para o deslinde da quaestio. 2. Impugnao
genrica ou ausncia de impugnao tm o mesmo efeito processual, acarretando o inacolhimento de
pleito que postula afastamento da responsabilidade civil. 3. Em sede de danos morais, o magistrado
deve adotar critrios de razoabilidade e proporcionalidade, fixando valor que no seja fonte de lucro
vtima e que no gere desvalia ao patrimnio imaterial do ofendido. Processo: 2013.0080668. Relator: Des. Monteiro Rocha. .

15.AO INDENIZATRIA. EXPLOSO DE ARTIGO PIROTCNICO (FOGUETE) QUE PROVOCA AMPUTAO


DA MO DIREITA DO AUTOR, ALM DA PERDA PARCIAL DA AUDIO E VISO. SENTENA DE
IMPROCEDNCIA. AGRAVO RETIDO. PRELIMINARES AVENTADAS NA CONTESTAO. ILEGITIMIDADE
PASSIVA AD CAUSAM. ANLISE POSTERGADA PELA DECISO AGRAVADA. INPCIA DA PETIO INICIAL.
AUSNCIA DE INFRAO AO DISPOSTO NO ART. 295, NICO, DO CPC. ALEGAO DE AUSNCIA DE
DOCUMENTO ESSENCIAL PROPOSITURA DA AO. SITUAES FTICAS DESCRITAS NA INICIAL QUE
ENVOLVEM O MRITO E DEPENDEM DE PROVA, A QUAL PODE SER DIVERSA DA DOCUMENTAL. RECURSO
RECHAADO. APELAO CVEL. RELAO DE CONSUMO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA FABRICANTE
DO PRODUTO - ART. 12 DO CDC. EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE CARACTERIZADA. CULPA
EXCLUSIVA DO AUTOR. PROVA PERICIAL QUE REVELA O MANEJO INCORRETO DO ARTEFATO. SENTENA
DE IMPROCEDNCIA MANTIDA. APELO DESPROVIDO. As leses sofridas pelo autor decorreram, no de
defeito no produto, mas da inobservncia das instrues de manuseio fornecidas pela r, evidenciando
a culpa exclusiva do consumidor pelo lamentvel evento danoso, o que afasta a responsabilidade da
requerida, consoante disposto no art. 12, 3, III, do CDC. Precedentes. Processo: 2013.0104315. Relator: Des. Subst. Jorge Luis Costa Beber.

16.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. VEICULAO DE MATRIA


JORNALSTICA ASSOCIANDO O AUTOR COMO VTIMA FATAL DE ACIDENTE AREO. PUBLICAO DE FOTO
NO JORNAL "DIRIO CATARINENSE". SENTENA DE PROCEDNCIA. RECURSO DA DEMANDADA. PEDIDO
DE REFORMA DA SENTENA AO ARGUMENTO DE INEXISTIR DANO MORAL QUANDO DA UTILIZAO PARA
FINS JORNALSTICOS DA IMAGEM DO AUTOR. INSUBSISTNCIA. DIREITO DE INFORMAR VINCULADO
FIDELIDADE DO FATO. COMPROVADO USO INDEVIDO DA IMAGEM DO AUTOR PARA IDENTIFICAR VTIMA
FATAL DE ACIDENTE AREO. NEGLIGNCIA DA EMPRESA JORNALSTICA EVIDENTE. PRECIPITAO NA
ESCOLHA DA FOTOGRAFIA A ILUSTRAR REPORTAGEM. EXPOSIO PBLICA DO AUTOR GERANDO
ESTIGMA DE VTIMA FATAL. DIVULGAO INAPROPRIADA DA IMAGEM. RESPONSABILIDADE CIVIL
CONFIGURADA. DANO MORAL PRESUMIDO (IN RE IPSA). RECONHECIMENTO DE PUBLICAO INDEVIDA
DE FOTOGRAFIA DO AUTOR EM NOTCIA ANUNCIANDO MORTE DE TERCEIRA PESSOA. DEVER DE
INDENIZAR CARACTERIZADO. PLEITO DE AFASTAMENTO DA SMULA N. 403 DO STJ. DESCABIMENTO.
MATRIA JORNALSTICA RETRATANDO ACIDENTE AREO E IDENTIFICANDO INDIVIDUALMENTE CADA
VTIMA FATAL DO SINISTRO. EVIDENTE FINALIDADE ECONMICA E COMERCIAL. FATO OCORRIDO EM

FINAL DE SEMANA E DE GRANDE REPERCUSSO. INDENIZAO DEVIDA E MANTIDA. QUANTUM


INDENIZATRIO. PEDIDO DE AMBAS AS PARTES DE ALTERAO DO MONTANTE FIXADO NA SENTENA
EM R$ 10.000,00 (DEZ MIL REAIS). APELAO DA REQUERIDA VISANDO A MINORAO DA INDENIZAO
E RECURSO DO AUTOR PUGNANDO POR SUA MAJORAO. DESNECESSIDADE DE ALTERAO DO VALOR
INDENIZATRIO. MONTANTE ADEQUADO S PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO, ATENDENDO OS
PRINCPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE, ALM DE MANTER O CARTER
PEDAGGICO E INIBIDOR ESSENCIAL REPRIMENDA. SENTENA MANTIDA. RECURSO DA REQUERIDA
CONHECIDO
E
DESPROVIDO
E
RECURSO
DO
AUTOR
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2014.054870-9. Relatora: Desa. Denise Volpato. Origem: Videira. .

Cmaras de Direito Comercial


17.APELAO CVEL. AO DE ANULAO/CANCELAMENTO DE PROTESTO C/C. INDENIZAO POR DANO
DE CUNHO MORAL. PEDIDO PARA CONCESSO DO BENEFCIO DA JUSTIA GRATUITA. DEFERIMENTO NO
1 GRAU. DESNECESSIDADE DE REFORMULAO DO PLEITO. APROVEITAMENTO EM TODAS AS FASES
PROCESSUAIS. NO CONHECIMENTO NO PONTO. PRETENDIDA REVOGAO DA ALUDIDA BENESSE, EM
SEDE DE CONTRARRAZES. INADEQUAO DA VIA ELEITA. ART. 4, 2, DA LEI N 1.060/50. PROTESTO
DE CHEQUE EMITIDO PELA AUTORA APELANTE. ALEGADA IRREGULARIDADE DO ATO. TTULO DE
CRDITO DADO EM PAGAMENTO DE CONSERTO AUTOMOTIVO. ULTERIOR RETORNO DO PROBLEMA
VEICULAR, QUE TERIA MOTIVADO A SUSTAO DA CRTULA. RELAO JURDICA RECONHECIDA PELO
MECNICO APELADO. AUSNCIA DE INDCIO, TODAVIA, DE QUAL TERIA SIDO O SERVIO EFETIVAMENTE
REALIZADO. INVIABILIDADE DE AFERIO DA SUPOSTA FALHA NO SERVIO PRESTADO. RESTRIO DE
CRDITO QUE, ADEMAIS, FOI REALIZADA POR TERCEIRO DE BOA-F. INEXISTNCIA DE PROVA SOBERBA
ACERCA DE QUE A EMPRESA DEMANDADA ESTIVESSE, DE FATO, CIENTE DA CONTRAORDEM AO
PAGAMENTO DO CHEQUE. SUPOSTA AUSNCIA DE INTIMAO SOBRE A FORMALIZAO DO PROTESTO.
CIRCUNSTNCIA QUE TAMPOUCO JUSTIFICA O ACOLHIMENTO DA PRETENSO REPARATRIA. DILIGNCIA
CARGO DO TABELIO. ART. 14 DA LEI N 9.492/97. EMISSO DA CRTULA E INADIMPLEMENTO
RECONHECIDOS PELA REQUERENTE. CARNCIA DE DEMONSTRAO DO ALEGADO ATO ILCITO
PRETENSAMENTE PRATICADO PELOS RUS APELADOS. DEVER DE INDENIZAR INEXISTENTE.
HONORRIOS ADVOCATCIOS SUCUMBENCIAIS FIXADOS EM R$ 3.700,00. OBJETIVADA MINORAO.
PLEITO DENEGADO. DIVISO DA MONTA ENTRE OS PATRONOS DE AMBOS OS DEMANDADOS. VALOR QUE
SE MOSTRA CONVENIENTE REMUNERAO DOS SERVIOS PRESTADOS PELOS PROFISSIONAIS.
RECLAMO CONHECIDO EM PARTE, E DESPROVIDO. Processo: 2011.035246-0. Relator: Des. Luiz
Fernando Boller.

18.APELAO CVEL. AO DE COBRANA. COMPRA E VENDA DE CEREAIS. SENTENA DE


PROCEDNCIA. INSURGNCIA DA CEREALISTA DEMANDADA, QUE ALEGA TER EFETUADO O PAGAMENTO.
PREFALADO ADIMPLEMENTO FUNDADO NA APOSIO DO TERMO " VISTA" NAS RESPECTIVAS NOTAS
FISCAIS. DOCUMENTO, TODAVIA, INSERVVEL PARA COMPROVAO DA RELAO COMERCIAL,
PRECIPUAMENTE QUANTO QUITAO DA DVIDA, PORQUANTO CONCERNENTE A OBRIGAES
TRIBUTRIAS. CONTEXTO PROBATRIO QUE NO EVIDENCIA A EXTINO DA OBRIGAO CIVIL.
AUSNCIA DE ELEMENTO CAPAZ DE CONFERIR OBJETIVIDADE ASSERTIVA. NUS QUE INCUMBIA
APELANTE.
ART.
333,
II,
DO
CPC.
DECISUM
MANTIDO.
RECLAMO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2012.072291-4.Relator: Des. Luiz Fernando Boller.

19.APELAO CVEL. "AO DE RESTITUIO DE VALORES CUMULADA COM DANOS MORAIS". INDEVIDA
RETENO DA INTEGRALIDADE DO BENEFCIO PREVIDENCIRIO DO CORRENTISTA PARA SALDAR DBITO
PROVENIENTE DA UTILIZAO DO LIMITE ESPECIAL. OFENSA IMPENHORABILIDADE DO SALRIO, NOS
TERMOS DO ARTIGO 7, INCISO X, DA CONSTITUIO FEDERAL E DO ARTIGO 649, INCISO IV, DO CDIGO
DE PROCESSO CIVIL. DEVER DE RESTITUIO DA INTEGRALIDADE DO VALOR QUE INDEVIDAMENTE FOI
RETIRADO DA CONTA CORRENTE, AINDA QUE CONSTE CLUSULA AUTORIZATIVA. IMPOSSIBILIDADE DA

RETENO DE 30% (TRINTA POR CENTO) DO VALOR DOS VENCIMENTOS LQUIDOS DO CORRENTISTA.
SITUAO QUE DIFERE DO EMPRSTIMO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO. ILICITUDE DA
RETENO DA TOTALIDADE DO SALRIO DO MUTURIO PARA AMORTIZAR SALDO DEVEDOR DA CONTA
CORRENTE. POSSIBILIDADE DA COBRANA DO DBITO POR MEIO DE AO JUDICIAL. DEVER DE
INDENIZAR BEM EVIDENCIADO. INSURGNCIA QUANTO VALORAO DO MONTANTE INDENIZATRIO.
PRINCPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE QUE, NO CASO EXAMINADO, FORAM
VIOLADOS. CIRCUNSTNCIAS ESPECIAS QUE AUTORIZAM A INTERFERNCIA DA CMARA PARA REDUZIR
O VALOR ENCONTRADO NO PRIMEIRO GRAU. JUROS DA MORA QUE SO CONTADOS DA DATA DO
EVENTO DANOSO. ARTIGO 398 DO CDIGO CIVIL DE 2002 E SMULA N. 54 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIA. NUS DA SUCUMBNCIA QUE IMPOSTO AO LITIGANTE VENCIDO. ARTIGO 20, "CAPUT", DO
CDIGO DE PROCESSO CIVIL. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. "A reteno de salrio do
correntista para fins de saldar dbito relativo ao contrato de cheque especial, ainda que conste clusula
autorizativa, no se reveste de legalidade, porquanto a instituio financeira pode buscar a satisfao
de seu crdito pelas vias judiciais.". 2. "1.- Na linha dos precedentes desta Corte, a reteno indevida de
rendimentos suficiente para gerar indenizao por danos morais.". 3. O montante indenizatrio a
ttulo de dano moral repercute a peculiar situao da pessoa jurdica e os reflexos que ela suporta no
meio empresarial. A interferncia da Cmara, em atividade que marcada pelo poder discricionrio
conferido pelo legislador ao juiz da causa, d-se em circunstncias excepcionais, quando constatado o
abuso na mensurao. 4. Os juros da mora, em se tratando de obrigao proveniente de ato ilcito, so
contados desde o evento danoso. 5. O litigante vencido suporta o pagamento das custas processuais e
dos honorrios advocatcios. Processo: 2014.075698-0. Relator: Des. Jnio Machado.

Cmaras de Direito Pblico


20.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. DECRETAO DA PRISO
PREVENTIVA POR REPRESENTAO DA AUTORIDADE POLICIAL RATIFICADA POR PARECER MINISTERIAL.
DECISO JUDICIAL BASEADA, SOBRETUDO, NO RECONHECIMENTO DO AGENTE POR PARTE DAS
TESTEMUNHAS (FUNCIONRIAS DA SEGUNDA REQUERIDA). CUMPRIMENTO DO MANDADO DE PRISO
COM CONDUO DO AUTOR DELEGACIA DE POLCIA. OPORTUNIDADE NA QUAL AS TESTEMUNHAS
FORAM CHAMADAS PARA RATIFICAR OU REVOGAR A IDENTIFICAO. DECLARAO DE COMETIMENTO
DE EQUVOCO POR PARTE DAS TESTEMUNHAS. IMEDIATA LIBERAO DO REQUERENTE. SEGREGAO
CAUTELAR POR CURTO PERODO DE TEMPO. ORDEM JUDICIAL DE PRISO PREVENTIVA PROFERIDA EM
ESTRITA CONSONNCIA COM LEI E COM O PRINCPIO DA PERSUASO RACIONAL. IRRELEVNCIA DO
RECONHECIMENTO ERRNEO POR PARTE DAS TESTEMUNHAS, POIS PREENCHIDOS, NO MOMENTO DOS
FATOS, OS REQUISITOS NECESSRIOS PARA A PRISO. AUSNCIA DE ARBITRARIEDADE OU ILEGALIDADE.
ERRO JUDICIRIO INEXISTENTE. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO CONFIGURADA.
RESPONSABILIDADE DA SEGUNDA REQUERIDA IGUALMENTE AFASTADA. PESSOA JURDICA
EMPREGADORA QUE NO RESPONDE POR ATO DE SEUS PREPOSTOS QUANDO DESPROVIDOS DE DOLO
OU CULPA, POIS ROMPIDO O NEXO CAUSAL. ADEMAIS, NOTCIA DE CRIME AUTORIDADE POLICIAL QUE
CONFIGURA EXERCCIO REGULAR DE UM DIREITO, EXCETO SE COMPROVADA A M-F DO
COMUNICANTE, O QUE NO O CASO. SENTENA DE IMPROCEDNCIA DO PEDIDO MANTIDA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. "Para que surja o dever de reparar do empregador ou comitente, por danos
causados a terceiro, por ao ou omisso de seu empregado, servial ou preposto, exigem-se trs
requisitos fundamentais: a) que o autor do dano seja, comprovadamente, subordinado do empregador
ou comitente (empregado, servial ou preposto); b) que o ato tenha sido praticado pelo subordinado no
exerccio da atribuio que lhe foi conferida pelo empregador ou comitente, ou em razo dela; c) que
esta pessoa subordinada tenha agido culposamente (dolo ou culpa). Caber vtima ou ofendido fazer
prova da ocorrncia dessas condies.] O que se impe a prova de que o dano foi causado por ato
culposo do empregado, servial ou preposto e que este agiu culposamente, pois apenas se estabeleceu
a responsabilidade objetiva do empregador ou comitente. luz da legislao em vigor no se indaga da
culpa do empregador, desde que demonstrada a culpa de seu empregado". Processo: 2014.0107448. Relator: Des. Subst. Stanley da Silva Braga.

21.AGRAVO DE INSTRUMENTO - ADMINISTRATIVO - EMPREGADO CONTRATADO PELO MUNICPIO PARA O


CARGO DE ENFERMEIRO DO PROGRAMA ESTRATGIA PARA SADE DA FAMLIA (ESF) - CONVNIO

DETERMINADO NOS TERMOS DA LEI FEDERAL N. 11.350/2006 - CONTRATAO POR REGIME


TEMPORRIO - EXONERAO - TUTELA ANTECIPADA DEFERIDA PARA REINTEGRAO IMEDIATA AO
CARGO - CONVNIO COM O MINISTRIO DA SADE AINDA EM VIGOR - PERMANNCIA DA SERVIDORA
PREVISTA NO EDITAL DE SELEO AT O FINAL DO PRAZO - AUSNCIA DE MOTIVAO PARA A
EXONERAO - RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2013.052954-8. Relator:Des. Jaime Ramos.
Turmas de Recursos
22.CONSUMIDOR - EMPRSTIMOS CONSIGNADOS - PROVA DOCUMENTAL DA CONTRATAO PRESUNO DE VALIDADE - LIMITAO DOS DESCONTOS A 30% DOS PROVENTOS RECEBIDOS PELO
DEVEDOR - NATUREZA DOS PROVENTOS - REPETIO DO INDBITO LIMITADA AO MESMO PERCENTUAL
FIXADO PELA SENTENA - REPETIO INTEGRAL DOS DESCONTOS QUE SIGNIFICARIA
DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL E LOCUPLETAMENTO DO DEVEDOR, QUE NO TERIA DESCONTADO
NENHUMA PARCELA, EMBORA BENEFICIADO COM O DEPSITO DO CRDITO EM SUA CONTA - DANO
MORAL - DESCONTO DAS PARCELAS QUE CONSUMIU A TOTALIDADE DOS PROVENTOS, DURANTE LONGO
PERODO - RECONHECIMENTO - VOTO VENCIDO - RECURSO PROVIDO EM PARTE. "O Judicirio deve coibir
o descumprimento de normas contratuais livremente estipuladas pelas partes, notadamente quando
no se vislumbrar coao ou qualquer outro vcio maculador da vontade, sob pena de causar
instabilidade nas relaes negociais" (Agravo de instrumento n. 2003.008460-6, de Joaaba, rel. Des.
Marco Aurlio Gastaldi Buzzi)."A soma mensal das consignaes facultativas de cada servidor no
poder exceder ao valor equivalente a 40% (quarenta por cento) do resultado encontrado pela
subtrao das consignaes compulsrias da remunerao bruta (artigo 8 do Decreto Estadual n. 80,
de 11.3.2011)" (Apelao cvel n 2014.046383-4, de Jaragu do Sul, rel. Des. Jnio Machado). Se a
sentena fixou o limite de descontos em 30% dos proventos recebidos pelo devedor e no h recurso
especfico para majorao desse percentual, a questo ficou coberta pela precluso, formando a coisa
julgada no ponto. No se pode ordenar a restituio de todas as prestaes descontadas, sem observar
o limite mensal permitido para descontos - 30% -, pois essa providncia redundaria, a um s tempo, no
descumprimento do contrato e no locupletamento do devedor, que recebeu o crdito e obteria carncia
sem amparo legal ou contratual. O credor que lana mensalmente os descontos de prestaes de
contrato de mtuo, deixando o devedor sem proventos e privado de meios de subsistncia, comete ato
ilcito
passvel
de
ressarcimento
por
danos
morais. Processo: 080182189.2013.8.24.0039. Relator: Leandro Passig Mendes.

Edio n. 27 de 19 de Dezembro de 2014.

rgo Especial
1.Compete Vara de Execues Contra a Fazenda Pblica e Precatrios processar a execuo de
honorrios advocatcios em face do Estado, desde que lastreada em ttulo judicial derivado de processo
que tramitou no juzo comum.
Seo Criminal
2.O fato de o ru ter envolvido seus familiares na venda de entorpecentes no enseja a majorao da
pena por conduta social desfavorvel, salvo se existente prova de que agiu mediante coao ou presso
moral.
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
3.Em contrato de arrendamento mercantil, a falta de notificao prvia dirigida instituio financeira
com a manifestao do desinteresse do consumidor na continuidade da relao jurdica impede a
resilio unilateral do pacto.
Cmaras de Direito Criminal
4.No constitui nulidade, por inobservncia ao rito previsto na Lei Complementar Estadual n. 529/2011,
a ausncia de parecer do Conselho Disciplinar na apurao de falta grave, visto que o art. 49 da Lei de
Execuo Penal dispe que legislao local caber apenas a regulamentao das faltas leves e
mdias.
5.O recurso de agravo em execuo manejado pelo prprio apenado deve ser conhecido ainda que o
defensor pblico, ao arrazoar, deixe consignado no ter vislumbrado nenhuma tese significativa a ser
defendida, em respeito vontade do agravante e ao princpio do duplo grau de jurisdio.
6. inadmissvel a interposio de recurso em sentido estrito contra deciso que indefere pedidos de
interceptao telefnica e de quebra de sigilo de dados telemticos.
7.No crime de pesca com a utilizao de petrechos no permitidos, a inexistncia de leso a espcies
aquticas, aliada nfima exposio do meio ambiente a risco, autoriza o trancamento da ao penal,
com fundamento no princpio da insignificncia.
Cmaras de Direito Civil
8.No devida indenizao por acesso ao possuidor que, aps desocupar terreno alheio, deixa no local
apenas construes em runas e sem nenhum proveito til ao proprietrio.
9.A expulso de aluno de instituio educacional no implica abalo moral quando a penalidade for
aplicada em virtude de contenda com outro estudante, ainda que as agresses fsicas tenham ocorrido
fora do ambiente escolar.
10.No se justifica, na primeira fase da ao de prestao de contas, a expedio de ofcios para
apurao de negcios jurdicos supostamente realizados com a utilizao do patrimnio do curatelado,
porquanto esborda o estreito limite de verificao do dever de prestar contas nsito quele momento
processual.
11.Unidades autnomas de depsito - hobby box - no podem ser objeto de constrio para execuo
de ttulo judicial se o condomnio no qual esto inseridas exerce a posse direta ou, ao menos,
legitimado extraordinrio dos condminos possuidores, mesmo que no seja o proprietrio registral das
unidades.
12.Configura exerccio arbitrrio das prprias razes, a ocasionar prejuzo moral, a conduta do locador
que, com a pretenso de ver desocupado imvel de sua propriedade, retira os pertences de locatrio

que supostamente se recusava a deixar o local.


13.A agncia de viagens e o stio eletrnico de compras coletivas so solidariamente responsveis pelos
danos causados ao consumidor quando, aps a venda de pacote de passeio, informam o seu
cancelamento em decorrncia do fim da parceria.
Cmaras de Direito Comercial
14.O rompimento repentino e injustificado de contrato de representao comercial, ainda que celebrado
por tempo indeterminado, autoriza a incidncia de indenizao.
15. instituio bancria no compete questionar a justificativa apresentada pelo correntista para
sustao do pagamento de cheques, razo por que responde pelos danos advindos da desconsiderao
do requerimento feito nesse sentido.
Cmaras de Direito Pblico
16.No facultado municipalidade obstar que proprietrio realize construo em imvel no
desapropriado sob a justificativa da existncia de projeto para execuo de futura e eventual obra
pblica.
17.A utilizao das expresses "Blumenau 2050" e "Trabalhando srio pra gente se orgulhar" em
mensagens publicitrias relacionadas administrao municipal, em substituio, inclusive, bandeira
do municpio em questo, representa promoo pessoal e/ou poltico-partidria.
18.Afigura-se ilegal a ocupao de moradias populares construdas por ente pblico, sob o argumento
de atraso na entrega das unidades habitacionais, ainda que as famlias invasoras estejam inscritas no
programa assistencial respectivo.

rgo Especial
1.CONFLITO DE COMPETNCIA. EXECUO DE HONORRIOS PROPOSTA POR DEFENSOR DATIVO
CONTRA O ESTADO. COMPETNCIA DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PBLICA RESTRITA EXECUO
DOS SEUS PRPRIOS JULGADOS. COMPETNCIA RESIDUAL DA VARA DE EXECUES DA FAZENDA
PBLICA. CONFLITO PROCEDENTE. Processo: 2014.057380-5. Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima
Filho.

Seo Criminal
2.REVISO CRIMINAL. DOSIMETRIA. PENA-BASE. 1. FUNDAMENTAO. CONCURSO DE CRIMES. ANLISE
SIMULTNEA. 2.1. AUMENTO DE PENA. DUAS CIRCUNSTNCIAS. MESMO FUNDAMENTO. 2.2. CONDUTA
SOCIAL. ENVOLVIMENTO DE FAMILIARES NO TRFICO. COAO OU PRESSO. 2.3. FRAO DE AUMENTO.
NECESSIDADE DE ADSTRIO QUELA UTILIZADA NA SENTENA. QUANTUM FINAL DE PENA. 1. No
carente de fundamentao a deciso que, ao fixar a pena-base de acusado, analisa as circunstncias
judiciais de mais de um delito simultaneamente. 2.1. A mesma circunstncia ftica no pode ser
evocada para justificar a m valorao de duas circunstncias judiciais, por configurar bis in idem. 2.2.
O fato de os familiares do agente tambm terem envolvimento com o narcotrfico, sem que exista
prova de que tal envolvimento deu-se por coao ou presso moral praticada pelo acusado, no
motivo suficiente para que a sua conduta social seja reputada desfavorvel. 2.3. O Tribunal, ao revisar a
dosimetria da pena, no fica adstrito s fraes utilizadas na sentena. possvel que, em anlise s
circunstncias judiciais e legais, o Juzo ad quem repute necessrio incremento na reprimenda superior
quele procedido pelo Magistrado a quo, e isso no representa, em ao movida pelo acusado,
reformatio in pejus, desde que no ocorra aumento do quantum final da reprimenda. REVISO

PARCIALMENTE DEFERIDA. Processo: 2014.039970-4. Relator: Des. Srgio Rizelo.

Grupo de Cmaras de Direito Comercial


3.EMBARGOS INFRINGENTES. AO DE RESCISO DE CONTRATO. PRETENDIDA RESILIO UNILATERAL
DO NEGCIO. SENTENA DE IMPROCEDNCIA. AUSNCIA DE NOTIFICAO PRVIA PARTE ADVERSA,
ACERCA DO DESINTERESSE NA CONTINUIDADE DO PACTO. DECISO COLEGIADA QUE, EM SEDE DE
APELAO, POR MAIORIA DE VOTOS REFORMOU TAL DECISUM, ADMITINDO A POSSIBILIDADE DE
DEVOLUO VOLUNTRIA DO AUTOMVEL ARRENDADO, COM RESTITUIO, AO CONTRATANTE, DO
MONTANTE RELATIVO AO VRG. BANCO DEMANDADO QUE PUGNA PELA MANUTENO DO
ENTENDIMENTO DE 1 GRAU, PREVALECENDO, ASSIM, O VOTO DIVERGENTE. PRETENSO ACOLHIDA.
AUTOR EMBARGADO QUE, CONQUANTO ESTIVESSE ENFRENTANDO DIFICULDADE ECONMICA, DEIXOU
DE ANTECIPADAMENTE CIENTIFICAR O ARRENDADOR ACERCA DO SEU INTERESSE NO DISTRATO DA
AVENA. INOBSERVNCIA DO ART. 473 CCB. CASA BANCRIA QUE NO PODE SER SURPREENDIDA COM
A REPENTINA INTERRUPO DO AJUSTE. PRINCPIO DA BOA-F QUE DEVE REGER AS RELAES
CONTRATUAIS. RESILIO QUE, EMBORA PERMITIDA, MOSTRA-SE INCAPAZ DE SE CONCRETIZAR NA
ESPCIE. PRECEDENTES. RECLAMO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2012.087341-7. Relator: Des.
Luiz Fernando Boller.

Cmaras de Direito Criminal


4.AGRAVO DE EXECUO PENAL. INSURGNCIA DA DEFESA CONTRA DECISO QUE FIXOU NOVA DATABASE PARA AQUISIO DE FUTUROS BENEFCIOS E DECRETOU A PERDA DE 1/3 DOS DIAS REMIDOS.
RECONHECIMENTO DA PRTICA DE FALTA GRAVE PELO APENADO, QUE J SE ENCONTRAVA EM REGIME
FECHADO. PRELIMINARES. 1) REQUERIDA A ANULAO DO INCIDENTE DE APURAO DE FALTA GRAVE
ANTE A AUSNCIA DE PRVIO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PARA AVERIGUAO DA INFRAO
DISCIPLINAR.
AFASTAMENTO.
PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR
DEVIDAMENTE
INSTAURADO, EM INCIDENTE PRPRIO, PARA INVESTIGAR A PARTICIPAO DO APENADO EM MOVIMENTO
PARA SUBVERTER A ORDEM E A INOBSERVNCIA AO DEVER DE RESPEITO E OBEDINCIA A AGENTE
PRISIONAL. 2) SUSTENTADA A NULIDADE DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR PELA
AUSNCIA DE DEFESA TCNICA. NO ACOLHIMENTO. OITIVA JUDICIAL DO APENADO, ASSISTIDO POR
DEFENSOR, SUFICIENTE GARANTIA DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITRIO. INTELIGNCIA DO ART.
118, 2, DA LEP. 3) ALEGADA NULIDADE POR VIOLAO AO RITO PREVISTO NA LEI COMPLEMENTAR
ESTADUAL N. 529/2011, ANTE A AUSNCIA DE PARECER DO CONSELHO DISCIPLINAR. INVIABILIDADE.
NORMA APLICVEL S FALTAS LEVES E MDIAS. PROCEDIMENTO PARA APLICAO DE SANES PELO
COMETIMENTO DE FALTAS GRAVES DISCIPLINADO PELA LEI FEDERAL N. 7.210/84. EMBORA
CONCORRENTE A COMPETNCIA PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO PENITENCIRIO, HAVENDO LEI
FEDERAL ACERCA DA MATRIA, INEXIGVEL O CUMPRIMENTO DA NORMA ESTADUAL. APURAO DA
FALTA GRAVE QUE OBSERVOU AS DISPOSIES DA LEP. MCULAS INEXISTENTES. MRITO. PEDIDO DE
IMPROCEDNCIA DO INCIDENTE PELA ALEGADA FALTA DE PROVAS DA PRTICA DA FALTA GRAVE PELO
APENADO. NO ACOLHIMENTO. DEPOIMENTOS UNSSONOS DOS AGENTES PENITENCIRIOS E
RELATRIOS INFORMANDO QUE O APENADO PROVOCOU DESORDEM NO ESTABELECIMENTO PRISIONAL
E JOGOU GUA QUENTE EM UM DOS AGENTES PENITENCIRIOS. FALTA GRAVE CONFIGURADA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2014.057207-8 . Relator: Des. Ernani Guetten de Almeida.

5.AGRAVO DE EXECUO PENAL. DECISO DO MAGISTRADO QUE HOMOLOGOU A SOMA DE PENAS.


IRRESIGNAO DO APENADO. RECURSO ARRAZOADO PELA DEFENSORIA PBLICA QUE ALEGA
RECORRER APENAS EM RESPEITO A VONTADE DO AGRAVANTE E EM RAZO DO DUPLO GRAU DE
JURISDIO, POIS NO VISLUMBRA QUALQUER TESE JURIDICAMENTE RELEVANTE A SER DEFENDIDA.
DEVOLUO DE TODA A MATRIA VEICULADA NA DECISO RECORRIDA APRECIAO DESTA CMARA.
RECURSO CONHECIDO. DECISO QUE SOMOU CORRETAMENTE AS PENAS. E, PARA FINS DE
PROGRESSO DE REGIME, ESTIPULOU A NECESSIDADE DO CUMPRIMENTO DOS FRACIONAMENTOS DE

FORMA INDIVIDUAL DE 1/6 DAS PENAS REFERENTES A CRIMES COMUNS E MAIS 2/5 DA PENA IRROGADA
AO CRIME HEDIONDO. INTELIGNCIA ART. 111, LEI 7.210/85. INEXISTNCIA DE QUESTES EX OFFICIO A
SEREM
RECONHECIDAS.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2014.0432035. Relator: Des. Ernani Guetten de Almeida.

6.RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. INSURREIO DO MINISTRIO PBLICO. DECISO QUE INDEFERIU O


PEDIDO DE INTERCEPTAO E QUEBRA DE SIGILO DE DADOS TELEMTICOS. PRESSUPOSTO OBJETIVO DE
ADMISSIBILIDADE RECURSAL. NO CABIMENTO. IRRECORRIBILIDADE DAS DECISES INTERLOCUTRIAS
NO CONTEMPLADAS NO ART. 581 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. HIPTESE QUE NO CONTEMPLA
INTERPRETAO EXTENSIVA. PRINCPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. INAPLICABILIDADE. DECISUM
QUE
NO
ADMITE
APELAO,
ANTE
SUA
NATUREZA
INTERLOCUTRIA.
NO
CONHECIMENTO. Processo: 2014.070088-0. Relator:Des. Jorge Schaefer Martins.

7.HABEAS CORPUS. SUPOSTA PRTICA DE CRIME AMBIENTAL. PESCA COM A UTILIZAO DE APARELHOS,
PETRECHOS, TCNICAS E MTODOS NO PERMITIDOS (ART. 34, PARGRAFO NICO, II, DA LEI N.
9.605/98). NENHUMA ESPCIE DA FAUNA APREENDIDA NA POSSE DOS PACIENTES. MNIMA
OFENSIVIDADE AO BEM JURDICO TUTELADO. PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA. ATIPICIDADE MATERIAL DA
CONDUTA. PRECEDENTES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES E DESTA CORTE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
EVIDENCIADO.
ORDEM
CONCEDIDA
PARA
DETERMINAR
O
TRANCAMENTO
DA
AO
PENAL. Processo: 2014.078197-6. Relator: Des. Rodrigo Collao.

Cmaras de Direito Civil


8.DIREITO DAS COISAS. AO INDENIZATRIA POR ACESSO. EDIFICAO DE IMVEIS NO TERRENO DE
TERCEIRO. DISTINO ENTRE BENFEITORIA E ACESSO. INTELIGNCIA DO ART. 1.255 DO CDIGO CIVIL
DE 2002. SUPRESSO DE MATERIAIS DAS CONSTRUES PELOS AUTORES, ORA APELADOS, ANTES DA
SENTENA. ALTERAES QUE DEIXARAM OS BENS IMPRESTVEIS PARA A DESTINAO ANTERIOR.
DEVER DE INDENIZAR AFASTADO. ACESSES QUE SE TORNARAM CONJUNTO DE ENTULHO. MATERIAL
REMANESCENTE SEM VALOR ECONMICO. CONFISSO DE ALTERAO NAS CONSTRUES EM SEDE DE
CONTRARRAZES. NUS SUCUMBENCIAIS. INVERSO. SENTENA REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. A pretendida obteno de indenizao em decorrncia de edificao realizada sobre terreno
de propriedade de terceiro, nos casos de destituio da posse, no pode ser acolhida, pois conforme
prev o art. 1.255 do Cdigo Civil/2002, no faz jus a qualquer ressarcimento proveniente da acesso,
ante evidente m-f, mormente quando os prprios autores retiram partes (madeiras, telhas, aberturas)
desses imveis, deixando-os imprestveis para o fim a que se destinavam, tendo-se tornado um
conjunto de entulhos. "O direito indenizao s se admite nos casos em que h boa f do possuidor e
seu fundamento sustenta-se na proibio do Ordenamento Jurdico ao enriquecimento sem causa do
proprietrio, em prejuzo do possuidor de boa-f.". Processo: 2008.033648-0. Relator: Des. Sebastio
Csar Evangelista.

9.APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. EXPULSO DE ESCOLA. DANO MORAL. APELAO DO


MINISTRIO PBLICO. INTERESSE DE MENOR. ALEGAO DE AUSNCIA DE INTERVENO DO
REPRESENTANTE MINISTERIAL EM PRIMEIRO GRAU. POSTERIOR MANIFESTAO EM SEGUNDO GRAU.
AUSNCIA DE PREJUZO PARTE INTERESSADA. AUTOR QUE COMPLETOU A MAIORIDADE AINDA
DURANTE A INSTRUO. AUSNCIA DE INTERESSE DE INCAPAZ. FISCALIZAO NO OBRIGATRIA.
NULIDADE INEXISTENTE. RECURSO DO AUTOR. ASSISTNCIA JUDICIRIA. DECLARAO DE
HIPOSSUFICINCIA DE RECURSOS PARA ARCAR COM AS DESPESAS PROCESSUAIS E ENCARGOS.
BENEFCIO DEFERIDO. PRELIMINAR. CERCEAMENTO DE DEFESA. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE.

INEXISTNCIA. CONJUNTO PROBATRIO SUFICIENTE. MRITO. ALUNO QUE ALEGA TER SIDO
INJUSTIFICADAMENTE EXPULSO DA INSTITUIO DE ENSINO E QUE NA OCASIO SOFREU AGRESSO
VERBAL PELO DIRETOR DO COLGIO. CONJUNTO PROBATRIO QUE DEMONTRA QUE O AUTOR DEU
INCIO DISCUSSO E S AGRESSES FSICAS. REITERADAS ANOTAES DE MAU COMPORTAMENTO E
DESRESPEITO COM A INSTITUIO DE ENSINO E COM O CORPO DOCENTE QUE A COMPE.
INEXISTNCIA DOS PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIZAO CIVIL. ABALO MORAL NO VERIFICADO.
SENTENA MANTIDA. Benefcio da justia gratuita deve ser concedido quando existente a declarao de
insuficincia de recursos para arcar com as despesas do processo. Tal elemento suficiente para
concesso do benefcio pleiteado, em conformidade com o art. 4 da Lei 1.060/50 preservando-se assim
a garantia constitucional de acesso Justia, art. 5, LXXIV. No sistema da livre persuaso racional,
abrigado pelo Cdigo de Processo Civil, o juiz o destinatrio final da prova, cabendo-lhe decidir quais
elementos so necessrios ao deslinde da causa. No h cerceamento de defesa se a diligncia
requestada no se apresenta como pressuposto necessrio ao equacionamento da lide. "Para subsistir o
dever de indenizar preciso que se desvelem os requisitos essenciais caracterizao da
responsabilidade civil subjetiva, para a qual se exige a coexistncia do ato ilcito, do dano, do nexo de
causalidade e da culpa do agente molestador. mngua da demonstrao de tais requisitos, cujo nus a
lei impe ao autor (CPC, art. 333, I), no vinga a pretenso indenizatria.". Processo: 2010.0816655. Relator: Des. Sebastio Csar Evangelista.

10.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE PRESTAO DE CONTAS ENVOLVENDO A ADMINISTRAO DE


PATRIMNIO DE CURATELADO. DECISO QUE DEFERIU A EXPEDIO DE OFCIOS ENTIDADES
ENVOLVIDAS COM COMPRA E VENDA DE CAVALOS, CONFORME REQUISITADO PELA PARTE AGRAVADA.
DEMANDA QUE SE ENCONTRA NA PRIMEIRA FASE. INFORMAES SOLICITADAS QUE SO DISPENSVEIS
NO ATUAL ESTGIO. QUESTES AFETAS PRESTAO DE CONTAS PROPRIAMENTE DITA (SEGUNDA
FASE). NECESSIDADE DE EXAMINAR, PRIMEIRAMENTE, SE OS ACIONADOS TM O DEVER DE PRESTAR AS
CONTAS. DECISO REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2014.0440362. Relator: Des. Subst. Jorge Luis Costa Beber.

11.APELAO CVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. CONSTRIO JUDICIAL QUE RECAIU SOBRE UNIDADES
DE DEPSITO (BOX OU HOBBY BOX) LOCALIZADAS EM CONDOMNIO. SENTENA DE PROCEDNCIA DOS
EMBARGOS. INSURGNCIA DO EXEQUENTE. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO
CONDOMNIO RESIDENCIAL. A UM, POR NO SER PROPRIETRIO REGISTRAL DOS BENS E, A DOIS, POR
POSTULAR DIREITO ALHEIO COMO PRPRIO. TESES AFASTADAS. REMDIO PROCESSUAL COM AMPARO
NA MANUTENO DE POSSE AFETADA POR CONSTRIO JUDICIAL. DESNECESSIDADE DE
COMPROVAO DA PROPRIEDADE. EXEGESE DO ARTIGO 1.046, 1., DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL.
CONDOMNIO RESIDENCIAL QUE LEGITIMADO EXTRAORDINARIAMENTE PARA A PROPOSITURA DOS
EMBARGOS, A FIM DE RESGUARDAR DIREITO PRPRIO E DOS CONDMINOS. PRELIMINAR SUPERADA.
MRITO. UNIDADES DE PEQUENO TAMANHO, ENTRE DOIS E QUATRO METROS QUADRADOS. DIMENSO
INSUFICIENTE PARA FINS DE MORADIA. BOX SEM ACESSO A LOGRADOURO PBLICO, DE USO EXCLUSIVO
DOS MORADORES E DO CONDOMNIO. DOCUMENTOS QUE INDICAM A ALIENAO CONJUNTA DAS
UNIDADES DE DEPSITO COM OS APARTAMENTOS. PROPRIETRIA REGISTRAL QUE NO MAIS POSSUI
QUALQUER APARTAMENTO OU VAGA DE GARAGEM NO CONDOMNIO. ALIENAO DAS UNIDADES DE
DEPSITO PRESUMIDA. PECULIARIDADES DO CASO EM ANLISE. MANUTENO DO AFASTAMENTO DA
CONSTRIO QUE SE IMPE. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2011.0235401. Relator: Des. Subst. Eduardo Mattos Gallo Jnior

12.APELAO CVEL. AO DE REPARAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. RU QUE RETIRA OS


MVEIS DO INTERIOR DA RESIDNCIA DA LOCATRIA. EXERCCIO ARBITRRIO DAS PRPRIAS RAZES.
ILCITO CIVIL CARACTERIZADO. SITUAO CONSTRANGEDORA. REPUTAO ABALADA PERANTE A
COMUNIDADE LOCAL. COMPENSAO PECUNIRIA DEVIDA. REDUO DO QUANTUM. OBSERVNCIA
DOS PRINCPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. DANOS MATERIAIS EVIDENCIADOS E
CABALMENTE COMPROVADOS. OBRIGAO DE INDENIZAR INARREDVEL. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. I - Eventual descumprimento contratual por parte do locatrio no confere ao locador, ora

Ru, o direito de exercer a autotutela e retirar deliberadamente os bens do interior da residncia locada,
sob pena de caracterizar crime de exerccio arbitrrio das prprias razes e restar configurado o dano
material e moral. In casu, os mveis da Autora foram retirados unilateralmente do interior de sua
residncia pelo Ru, dispostos em um caminho e retirados do local, razo pela qual manifesto o
constrangimento suportado pela Autora. Diante dessas circunstncias, comprovadas a autoria, o nexo
de causalidade e os danos material e moral, a compensao pecuniria medida que se impe. II Considerando a natureza compensatria do montante pecunirio em sede de danos morais, a
importncia estabelecida em deciso judicial h de estar em sintonia com o ilcito praticado, a extenso
do dano sofrido pela vtima com todos os seus consectrios e a capacidade financeira do ofendido e do
ofensor, servindo como medida punitiva, pedaggica e inibidora. Por essas razes, reduz-se
proporcionalmente o quantum fixado na sentena. III - Resultando do ilcito em questo danos danos
materiais nos mveis que guarnecem a residncia da Autora, o acolhimento do pedido de indenizao
medida que se impe. Processo: 2013.074444-9. Relator: Des. Joel Figueira Jnior.

13.APELAO CVEL. DEVOLUO DE VALORES PAGOS E INDENIZAO POR DANOS MORAIS. COMPRA
DE PACOTE DE VIAGEM PELA INTERNET POR MEIO DE STIO - GROUPON. PARCERIA ENTRE O GROUPON E
A AGNCIA DE VIAGENS CANCELADA. VIAGEM DA AUTORA QUE NO PDE SER REALIZADA NA DATA
PROGRAMADA. COMUNICAO FEITA POUCOS DIAS ANTES DO EMBARQUE. CANCELAMENTO DA
NEGOCIAO PELA AUTORA. DEVOLUO DE APENAS PARTE DOS VALORES PAGOS. SENTENA DE
PROCEDNCIA. RECURSO DA R. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DA EMPRESA GROUPON
AFASTADA. RELAO DE CONSUMO. EMPRESA QUE RECEBE COMISSES SOBRE AS VENDAS DAS
OFERTAS DIVULGADAS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. EXEGESE DO ARTIGO 14 DO CDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR. MRITO. RESPONSABILIDADE SOLIDRIA DO FORNECEDOR. RISCO DA ATIVIDADE.
CADEIA
DE
FORNECIMENTO.
DANO
MORAL
CONFIGURADO.
QUANTUM.
CRITRIOS
DA
PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE OBSERVADOS. SENTENA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO
E DESPROVIDO. Art. 14. O fornecedor de servios responde, independentemente da existncia de culpa,
pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos prestao dos servios,
bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua fruio e riscos. De acordo com as
normas contidas no Cdigo de Defesa do Consumidor, o fornecedor igualmente responsvel pelos
problemas e transtornos causados ao consumidor, em razo da no resoluo do problema. "A empresa
que integra, como parceira, a cadeia de fornecimento de servios responsvel solidria pelos danos
causados ao consumidor por defeitos no servio prestado". Processo: 2014.034764-0. Relator: Des.
Subst. Saul Steil.

Cmaras de Direito Comercial


14.APELAO CVEL. AO DE COBRANA. CONTRATO DE REPRESENTAO COMERCIAL. PARCIAL
PROCEDNCIA NA ORIGEM. INSURGNCIA DA EMPRESA AUTORA. PRETENSO PECUNIRIA
CONCERNENTE PERCEPO DA TOTALIDADE DAS COMISSES DE VENDAS REALIZADAS NO PERODO.
NOTAS FISCAIS, DEVIDAMENTE COTEJADAS EM PERCIA CONTBIL, QUE APONTARAM A EXISTNCIA DE
CONTRATOS PRETRITOS QUELES NEGOCIADOS PELA APELANTE, REVELANDO, OUTROSSIM, MERA
ASSUNO DE PARTE DA CARTA DE CLIENTES QUE A APELADA J DETINHA. VERBAS DEVIDAS, NO
PREFALADO INTERREGNO, CIRCUNSCRITAS APENAS QUELAS EFETIVAMENTE NEGOCIADAS PELA
RECORRENTE. MANUTENO DO JULGADO NO PONTO. RESCISO POR JUSTA CAUSA. AUSNCIA DE
LASTRO EFICAZ. APELADA QUE, ESCORADA NA INCRIA DA AUTORA, NO COMPROVA A CONTENTO OS
MOTIVOS QUE LEVARAM-NA A CESSAR A PARCERIA COMERCIAL. INCUMBNCIA QUE LHE COMPETIA. ART.
333, INC. II, DO CPC. INEXISTNCIA DE SUBSTRATO PROBATRIO E MOTIVO LEGTIMO PARA EXTINO
DA RELAO. NECESSRIA REPARAO PECUNIRIA. ART. 27, J, DA LEI 4.886/65. MONTANTE QUE
PERFAZ 1/12 TOTAL RETRIBUIO AUFERIDA PELA APELANTE DURANTE TODA CONTRATUALIDADE.
PROCEDNCIA. ALMEJADA CONDENAO R AO PAGAMENTO AVISO PRVIO INDENIZVEL. ART. 34, LEI
4.886/65. CONTRATO QUE SE ENCERRA TANTO PELA NOTIFICAO OUTRA PARTE, DESDE QUE
OBSERVADO O TRINTDIO LEGAL, QUANTO PELO PAGAMENTO DE 1/3 DAS COMISSES AUFERIDAS PELO
REPRESENTANTE, NOS 3 MESES ANTERIORES AO DESFECHO DO NEGCIO. CIENTIFICAO DA
REPRESENTANTE A RESPEITO DA CONDUTA DA REPRESENTADA ALBERGADA PELA LEI DE REGNCIA.
INDENIZAO AFASTADA. POSTULADA REPARAO DE CUNHO MORAL. INEXISTNCIA DE ILICITUDE DA

EMPRESA R. RESCISO ESTRIBADA EM CLUSULA CONTRATUAL E AUSNCIA DE PROVA DO ALEGADO


ABALO ANMICO. PRETENSO REJEITADA. ALTERCAO DE QUE A RECORRIDA, CONTRATANTE DOS
SERVIOS DE REPRESENTAO, DILIGENCIOU JUNTO REA DE ATUAO DA RECORRENTE.
INGERNCIA, PARA ATENDIMENTO DE APENAS UM CLIENTE, CONSENTIDA EM CLUSULA CONTRATUAL,
BEM COMO TACITAMENTE PERMITIDA PELA AUTORA. AUSNCIA DE DESRESPEITO ZONA DE
EXCLUSIVIDADE. SUCUMBNCIA RECPROCA. IMPOSITIVA REDISTRIBUIO DOS ENCARGOS
PROCESSUAIS.
RECURSO
CONHECIDO
E
PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2011.0181610. Relator: Des. Luiz Fernando Boller.
15.APELAO CVEL. AO ORDINRIA. DEMANDANTE QUE OBJETIVA ATRIBUIR AO BANCO REQUERIDO,
A RESPONSABILIDADE PELA INDEVIDA INSCRIO DO SEU NOME NO CADASTRO DE EMITENTES DE
CHEQUES SEM FUNDOS. ALEGAO DE QUE HAVIA PREVIAMENTE SOLICITADO A SUSTAO DO
PAGAMENTO DO TTULO LEVADO A REGISTRO. TESE ACOLHIDA. ENVIO DE NOTIFICAO EXTRAJUDICIAL
AO RU APELADO, EXTERNANDO A OPOSIO AO PAGAMENTO DE DIVERSOS CHEQUES. FATO
DECORRENTE DE DESACORDO COMERCIAL. DESMOTIVADA RECUSA DO REQUERIDO. RELEVNCIA DA
RAZO INVOCADA PELO CORRENTISTA QUE NO PODE SER QUESTIONADA PELO SACADO. ART. 36, 2,
DA LEI N 7.357/85. ULTERIOR APRESENTAO DOS TTULOS PARA PAGAMENTO PELO PORTADOR.
RESPECTIVA DEVOLUO POR INSUFICIENTE PROVISO DE FUNDOS. CONSEQUENTE INSCRIO NO ROL
DE MAUS PAGADORES. APONTAMENTO RESTRITIVO INDEVIDO. ABALO ANMICO PRESUMIDO.
INSOFISMVEL DEVER DE REPARAR. REFORMA DA SENTENA. FIXAO DA VERBA COMPENSATRIA EM
R$ 15.000,00. OFENDIDO QUE PUGNA PELO ARBITRAMENTO DA DATA DA CITAO COMO MARCO INICIAL
DA FLUNCIA DOS CONSECTRIOS LEGAIS. PRETENSO RECHAADA. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO
NO SENTIDO DE QUE A CORREO MONETRIA INCIDE A PARTIR DO ARBITRAMENTO DA OBRIGAO,
FLUINDO OS JUROS DE MORA A CONTAR DA DATA DO EVENTO DANOSO. SMULAS NS 362 E 54, DO STJ.
NUS SUCUMBENCIAIS QUE, EM RAZO DA ATRIBUIO DA RESPONSABILIDADE CIVIL, DEVEM
INTEGRALMENTE RECAIR SOBRE A CASA BANCRIA. RECLAMO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo:2011.020059-4. Relator: Des. Luiz Fernando Boller.

Cmaras de Direito Pblico


16.APELAO CVEL E REEXAME NECESSRIO. AO OBJETIVANDO RECONHECIMENTO DO DIREITO DE
CONSTRUIR E, SUCESSIVAMENTE, INDENIZAO POR DESVALORIZAO DE IMVEL. CONSULTA DE
VIABILIDADE. CONSTRUO EM TERRENO DE PROPRIEDADE DA AUTORA. RESPOSTA NEGATIVA DO
MUNICPIO DE FLORIANPOLIS, SOB O ARGUMENTO DE QUE O IMVEL SER UTILIZADO PARA A
IMPLANTAO DE VIA PBLICA. INFORMAO RESPALDADA EM PROJETOS MUNICIPAIS. DOCUMENTOS
QUE NO POSSUEM O CONDO DE GERAR LIMITAO ADMINISTRATIVA AO DIREITO DE PROPRIEDADE.
EXEGESE DA SMULA 23 DO STF. IMPOSSIBILIDADE DE NEGAR AUTORIZAO PARA CONSTRUIR COM
FUNDAMENTO EM EVENTUAL REALIZAO DE OBRA PBLICA. DESTINAO DO IMVEL
CORRESPONDENTE AO DEVER DE DAR CUMPRIMENTO FUNO SOCIAL DA PROPRIEDADE. ART. 182,
2, DA CONSTITUIO FEDERAL. CORRETO AFASTAMENTO DO BICE ADMINISTRATIVO. PRESCRIO
ARGUIDA EM FACE DO PEDIDO SUCESSIVO. ANLISE PREJUDICADA EM VIRTUDE DA PROCEDNCIA DO
PEDIDO DECLARATRIO. VALOR DOS HONORRIOS DE SUCUMBNCIA A SEREM ARCADOS PELA
FAZENDA PBLICA MUNICIPAL. OBSERVNCIA DOS CRITRIOS DO ART. 20, 4, DO CPC. RECURSO NO
PROVIDO. SENTENA CONFIRMADA EM REEXAME NECESSRIO. A inteno administrativa de utilizar a
rea no possui o condo de alterar o zoneamento disposto no Plano Diretor, o qual somente pode ser
modificado por meio de lei municipal, de forma que no constitui limitao ao exerccio do direito de
propriedade. "A futura e eventual realizao de obra pblica no , por si s, motivo hbil para justificar
a no concesso de alvar para edificao, uma vez que, conforme preceitua o enunciado da Smula n.
23 do STF, "verificados os pressupostos legais para o licenciamento de obra, no o impede a declarao
de utilidade pblica para desapropriao do imvel".. Processo: 2012.031022-1. Relator: Des. Carlos
Adilson Silva

17.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO CIVIL PBLICA. INSURGNCIA EM FACE DA DECISO QUE DEFERIU


EM PARTE A LIMINAR E DETERMINOU A PROIBIO DE UTILIZAO NAS COMUNICAES
GOVERNAMENTAIS DO MUNICPIO DE BLUMENAU DE EXPRESSES COM CONTEDO DE PROMOO

PESSOAL OU POLTICO-PARTIDRIO. CAMPANHA PUBLICITRIA MUNICIPAL PRESTADA PELO USO DE


LOGOMARCA "BLUMENAU 2050 E O SLOGAN "TRABALHANDO SRIO PRA GENTE SE ORGULHAR".
AFRONTA AO PRINCPIO DA IMPESSOALIDADE. AUSNCIA DE CARTER INFORMATIVO, EDUCATIVO OU DO
INTERESSE SOCIAL. PROIBIO IRRESTRITA DE DIVULGAO DE ATOS, PROGRAMAS, OBRAS, SERVIOS
E CAMPANHAS GOVERNAMENTAIS, NOS TERMOS DO ART. 37, 1, DA CONSTITUIO FEDERAL. DECISO
INTERLOCUTRIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. "A regra constitucional do artigo 37, caput e
pargrafo 1, objetiva assegurar a impessoalidade da divulgao dos atos governamentais que devem
voltar-se exclusivamente para o interesse social. No quis o constituinte que os atos de divulgao
servissem de instrumento para a propaganda de quem est exercendo o cargo pblico, espraiando com
recursos oramentrios a sua presena poltica no eleitorado. O que o constituinte quis foi marcar que
os atos governamentais objeto de divulgao devem revestir-se de impessoalidade, portanto,
caracterizados como atos do governo e no deste ou daquele governo em particular [...]". A vinculao
nas comunicaes governamentais de expresses, slogans e logomarca identificadores da atual
administrao municipal em detrimento ao smbolo oficial de Municpio evidenciam a extrapolao dos
limites legais da publicidade dos atos administrativos (art. 37, 1 da CF), o que, a princpio, caracteriza
promoo pessoal e/ou poltico-partidria.Processo: 2012.044652-6. Relator: Des. Carlos Adilson
Silva.

18.ADMINISTRATIVO. AO DE REINTEGRAO DE POSSE. INSURGNCIA EM RELAO LIMINAR QUE


DEFERIU A DEVOLUO DA POSSE AO ENTE PBLICO. OCUPAO ILEGAL, SOB A JUSTIFICATIVA DE
ATRASO NA ENTREGA DAS UNIDADES HABITACIONAIS. ILEGALIDADE DO ATO. AUSNCIA DE ARGUMENTO
CAPAZ DE DERRUIR A LIMINAR DEFERIDA. DECISO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. "A ocupao
irregular de rea pblica no h de ser reconhecida como posse, seno que como mera deteno, no
ensejando ao particular detentor a possibilidade de op-la Administrao". 2. A construo de
moradias populares pelos ente pblicos por meio de programas assistenciais, a fim de implantao do
prprio direito moradia suscitado inmeras vezes na inicial, ainda que destinados s famlias
invasoras, no legitima a sua ocupao ilcita. At porque entendimento diverso violaria o acesso
isonmico dos inscritos no programa do governo, porquanto certamente inmeras famlias tambm
alistadas, que no participaram da invaso, seriam preteridas. Processo: 2014.0529888. Relator: Des. Subst. Francisco Oliveira Neto.

Edio n. 28 de 2 de Fevereiro de 2015.

rgo Especial
1. inconstitucional lei municipal que vincule a participao em licitaes apresentao de Certido
Negativa de Violao aos Direitos do Consumidor, por afrontar competncia privativa da Unio.
Seo Criminal
2.Configura o delito de extorso a conduta de exigir da vtima o pagamento de determinada quantia
para a devoluo de veculo furtado por terceiro, sob pena de destruio do bem.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
3.O Sindicato cujo registro definitivo no MTE ainda no tenha sido implementado por demora imputvel
exclusivamente ao Poder Pblico goza de legitimidade ativa para impetrao de mandado de segurana
coletivo.

Cmaras de Direito Criminal


4.O ato de simular suicdio por enforcamento na presena da ex-companheira e dos filhos com o
objetivo de reatar a unio caracteriza contraveno penal de perturbao da tranquilidade, prevista no
art. 65 do Decreto-Lei n. 3.688/41.
5.Nos pedidos de progresso de regime e de sada temporria, recomendvel, para a aferio do
preenchimento dos requisitos subjetivos, a realizao de avaliao complementar por equipe
multidisciplinar quando existir conflito entre o relatrio de bom comportamento carcerrio e o resultado
desfavorvel do exame criminolgico.
6.A prtica de "roleta-russa" com bebs durante a perpetrao do crime de roubo enseja o aumento da
pena-base pelos vetores da culpabilidade e das circunstncias do crime, por fundamentos diversos, sem
incorrer em bis in idem.
7.Deciso que determina o comparecimento do ru a juzo sob pena de conduo coercitiva para a
realizao de diligncia de reconhecimento pessoal no representa afronta ao princpio da
inexigibilidade de autoincriminao.
8.A deciso que determina o trmite direto do inqurito entre Ministrio Pblico e Delegacia de Polcia, a
despeito do comando do art. 10, 3, do Cdigo de Processo Penal, no constitui violao legalidade
ou separao de poderes, mas, ao contrrio, revela observncia ao princpio da adequao
processual.
9. admitida, em carter excepcional, a incidncia do princpio da insignificncia no crime de posse
ilegal de munio de uso permitido quando encontrado apenas um projtil em poder do agente, desde
que as circunstncias do caso revelem que a conduta incapaz de provocar leso incolumidade
pblica.
Cmaras de Direito Civil
10. nula, por desrespeito ao direito de propriedade, clusula de conveno de condomnio que impede
a locao por temporada.
11.No constitui vcio redibitrio o envolvimento de automvel em acidente com danos parciais em
momento anterior a sua aquisio se tal fato no ocasionar a diminuio do valor do bem ou prejudicar
sua utilizao.
12.O prazo prescricional referente petio de herana inicia-se com o reconhecimento judicial da
paternidade, uma vez que, antes disso, o filho reconhecido no possui direitos hereditrios a reivindicar.
13.No configura benfeitoria necessria e, por conseguinte, no implica ressarcimento o aterro de
terreno realizado pelo comodatrio com a finalidade de viabilizar o estacionamento de veculos no local.
14.O mero equvoco no resultado de exame peridico, que ateste nveis prximos a ausncia da doena
infectocontagiosa incurvel, de que o paciente tinha plena cincia de ser portador, quando ausente
prova de outros danos, no obriga o laboratrio ao pagamento de indenizao.
15. vivel a atribuio de valor mdico a demanda que verse sobre anulao de testamento, em
virtude de no possuir contedo econmico imediato, nos termos do art. 258 do Cdigo de Processo
Civil.
Cmaras de Direito Comercial
16.No contrato comercial de transporte de alimento perecvel, legtima a recusa do destinatrio ao
pagamento do valor do frete, nos termos do art. 21, II, da Lei n. 5.474/68, quando constatado que a

mercadoria sofreu deteriorao durante o deslocamento.


17.Em contratos de fomento mercantil, inadmissvel estipulao de garantias prprias de instituies
bancrias, tais como fiana, aval no endosso, hipoteca e penhor, vez que as empresas de factoring no
integram o Sistema Financeiro Nacional.
Cmaras de Direito Pblico
18.Poder Pblico responde objetivamente, com fundamento na teoria do risco administrativo, pela
conduta omissiva que resulte no bito de paciente em decorrncia de queda no momento da realizao
de exame em posto de atendimento municipal.
19.A comunho de esforos entre gestor pblico e entidade privada no processo expropriatrio, por si
s, no configura ato de improbidade administrativa, sendo necessria a demonstrao do dolo do
administrador.

rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 3.534/2012, DO MUNICPIO DE BALNERIO
CAMBORI, QUE INSTITUI A CERTIDO NEGATIVA DE VIOLAO AOS DIREITOS DO CONSUMIDOR E
TORNA OBRIGATRIA A SUA APRESENTAO PELAS PESSOAS FSICAS OU JURDICAS QUE PARTICIPAM DE
LICITAES COM A PREFEITURA MUNICIPAL. NORMAS GERAIS DE LICITAO E CONTRATAO.
COMPETNCIA PRIVATIVA DA UNIO. PODER PBLICO MUNICIPAL COM COMPETNCIA SUPLEMENTAR
(ART. 112, INCISO II, DA CONSTITUIO ESTADUAL). INVASO DE COMPETNCIA CONFIGURADA.
VIOLAO AO PRINCPIO DA IGUALDADE DE CONDIES A TODOS OS CONCORRENTES (ART. 17 DA
CONSITUIO ESTADUAL). PEDIDO JULGADO PROCEDENTE. 1. As normas gerais sobre licitaes e
contratos administrativos so trazidas pela Lei 8.666/1993. O referido diploma legal tem carter
nacional, de observncia obrigatria para todos os entes da Federao. 2. O Municpio pode elaborar
regras prprias desde que no viole o ncleo essencial produzido pela lei federal. 3. Viola o princpio da
igualdade de condies de todos os concorrentes, previsto no artigo 17 da Carta Catarinense, a Lei
Municipal que submete a participao em processo licitatrio exibio de documento no exigido pela
legislao
nacional,
que
trata
exaustivamente
da
matria. Processo:2013.079164-4
(Acrdo). Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato.

Seo Criminal
2.EMBARGOS INFRINGENTES EM APELAO CRIMINAL. EXTORSO MAJORADA PELO CONCURSO DE
AGENTES (ART. 158, 1, DO CDIGO PENAL). SENTENA ABSOLUTRIA. DECISO COLEGIADA QUE,
POR MAIORIA DE VOTOS, DECIDIU REFORMAR A SENTENA E CONDENAR O EMBARGANTE. PRETENDIDA
PREVALNCIA DO VOTO VENCIDO QUE ENTENDEU PELA NO CONFIGURAO DA ELEMENTAR DO TIPO
PENAL. IMPOSSIBILIDADE. GRAVE AMEAA CONSUBSTANCIADA NA DESTRUIO DE BEM DO OFENDIDO.
CONDUTA TPICA. PRECEDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. MATERIALIDADE E AUTORIA
DELITIVAS DEMONSTRADAS. CONDENAO DEVIDA. EMBARGOS REJEITADOS. "[...] admite-se que a
ameaa pode ter por contedo grave dano pessoa ou aos bens da vtima, considerados estes em toda
a sua amplitude. Processo: 2014.058735-4. Relatora: Desa. Marli Mosimann Vargas.

Grupo de Cmaras de Direito Pblico


3.MANDADO DE SEGURANA COLETIVO. SINDICATO. AUSNCIA DE PROVA DO REGISTRO DEFINITIVO NO
MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGO. IRRELEVNCIA NO CASO. PROVA DO PROTOCOLO
ADMINISTRATIVO DO PEDIDO COM MAIS DE DOIS ANOS. LEGITIMIDADE EXCEPCIONALMENTE ACEITA.

ADMINISTRATIVO. LEI ESTADUAL N. 15.696/2011. NORMA QUE DETERMINA A REVISO GERAL DOS
VENCIMENTOS DOS SERVIDORES ESTADUAIS. IMPLEMENTAO PARCIAL EM RELAO AOS
IMPETRANTES, COM BLOQUEIO DO VALOR EXCEDENTE AO TETO VENCIMENTAL ESTADUAL. HIPOTESE DE
RECOMPOSIO, QUE NO SE CONFUNDE COM MAJORAO OU INCREMENTO SALARIAL. OFENSA
ISONOMIA. ORDEM CONCEDIDA. Processo: 2012.028468-9. Relator: Des. Ricardo Roesler.

Cmaras de Direito Criminal


4.PENAL. APELAO CRIMINAL. CONTRAVENO PENAL. PERTURBAO DA TRANQUILIDADE (DECRETOLEI 3.688/1941, ART. 65). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. PREJUDICIAL DE MRITO.
PLEITEADO O RECONHECIMENTO DA PRESCRIO DA PRETENSO PUNITIVA DO ESTADO. LAPSO
TEMPORAL NO DECORRIDO. PREJUDICIAL AFASTADA. MRITO. POSTULADA A ABSOLVIO.
INVIABILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS PELA PROVA ORAL COLHIDA NA FASE
POLICIAL E EM JUZO. APELANTE QUE SIMULA SUICDIO PARA REATAR MATRIMONIO. COMPROVAO DA
PRTICA DE ATO QUE PERTURBOU A TRANQUILIDADE DA OFENDIDA. PALAVRA DA VTIMA. FUNDAMENTAL
IMPORTNCIA. CONDENAO MANTIDA. - O agente que, por acinte, perturba a tranquilidade da vtima,
ao simular enforcamento em frente ofendida e seus filhos, para impedir que ela siga com sua vida
sem a sua interferncia e com o objetivo de reatar casamento, pratica a contraveno penal prevista no
art. 65 no Decreto-Lei 3.688/1941. - Nos crimes cometidos na clandestinidade, a palavra da vtima
possui fundamental importncia para o esclarecimento dos fatos, e suficiente condenao, quando
harmnica e coerente entre si. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e o desprovimento do apelo. Recursos conhecido e desprovido.Processo: 2014.051359-3. Relator: Des. Carlos Alberto Civinski

5.AGRAVO. EXECUO PENAL. PRO-GRESSO DE REGIME E SADA TEMPORRIA. DECISO


INDEFERITRIA DOS BENEFCIOS. INSURGNCIA DE-FENSIVA. REQUISITO OBJETIVO PARA PROGRESSO
CUM-PRIDO DESDE 2009. APENADO SUBMETIDO DIVERSOS EXAMES CRIMINOLGICOS. LAUDOS
DESFAVORVEIS ELABORADOS PELA MESMA PROFISSIONAL. EXISTNCIA DE ATESTADOS DE BOM
COMPORTA-MENTO CARCERRIO. PARTICULARIDADES DO CASO QUE RECOMENDAM A REALIZAO DE
EXAME COM-PLEMENTAR COM SUBMISSO DO REEDUCANDO A AVALIAO POR EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR. PARCIALMENTE PROVIDO.Processo: 2014.081777-6. Relator: Des. Rodrigo Collao.

6.APELAO CRIMINAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO POR EMPREGO DE ARMA, CONCURSO DE AGENTES E


RESTRIO DA LIBERDADE DAS VTIMAS (ART. 157, 2, INCS. I, II E V, DO CDIGO PENAL) E CORRUPO
DE MENORES (ART. 244-B DA LEI N. 8.069/90). DITO CONDENATRIO. INCONFORMISMO DA DEFESA.
CORRUPO DE MENORES. MATERIALIDADE E AUTORIA CONFIGURADAS. DELITO FORMAL. PRTICA DE
CRIME EM CONCURSO COM PESSOAS DE MENOS DE DEZOITO ANOS DE IDADE. PRESCINDIBILIDADE DE
PROVA DA ANTERIOR INOCNCIA OU DO GRAU DE CORROMPIMENTO DOS ADOLESCENTES. ABSOLVIO
INVIVEL. DOSIMETRIA. PENA-BASE DO ROUBO AUMENTADA POR TRS VETORES (CULPABILIDADE E
CIRCUNSTNCIAS E CONSEQUNCIAS DO CRIME). ABJETA PRTICA DE "ROLETA-RUSSA" CONTRA BEBS.
MAIOR REPROVABILIDADE NA CONDUTA. CIRCUNSTNCIAS DESFAVORVEIS ATINENTES INTENCIONAL
EXIBIO DAS CRIANAS EM RISCO S SUAS MES E DEMAIS FAMILIARES. BIS IN IDEM INOCORRENTE.
CONSEQUNCIAS DA INFRAO PENAL PARA ALM DA NORMALIDADE DO TIPO. AGRAVANTE DA
REINCIDNCIA. CONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MEIO DE
FAZER VALER A INDIVIDUALIZAO DA PENA. INSTITUTO QUE VISA A PUNIR MAIS SEVERAMENTE O
CONTUMAZ PRATICANTE DE DELITOS. SENTENA QUE PROMOVE COMPENSAO IGUALITRIA COM A
ATENUANTE DA CONFISSO ESPONTNEA. INEXISTNCIA DE INTERESSE RECURSAL QUANTO AO
REQUERIMENTO FORMULADO NESSES TERMOS. NO CONHECIMENTO NO PONTO. ROUBO. MAJORANTES
DOS INCISOS I, II E V DO 4 DO ART. 157 DO CP CORRETAMENTE APLICADAS. ATENDIMENTO DA
ORIENTAO CONTIDA NA SMULA 443 DO STJ.Processo: 2014.082183-0 (Acrdo). Relator: Des.
Rodrigo Collao.

7.HABEAS CORPUS. PACIENTES DENUNCIADOS PELA POSSVEL PRTICA DO CRIME DE TORTURA (ART. 1,
CAPUT, INCISOS I, "A", E II, E ART. 1, 2, DA LEI N. 9.455/97). JUIZ QUE DEFERE PEDIDO FORMULADO
PELO PARQUET DE RECONHECIMENTO PESSOAL DOS ACUSADOS A SER REALIZADO EM JUZO.
ALEGAO DE OFENSA AO PRINCPIO DA NO AUTOINCRIMINAO. DIREITO NO ILIMITADO. MEIO DE
PROVA NO INVASIVO, QUE PRESCINDE DE PARTICIPAO ATIVA DO AGENTE. CONSTRANGIMENTO
ILEGAL INEXISTENTE. ORDEM DENEGADA. "[...] Uma coisa o controle da qualidade da prova oral
(interrogatrio do acusado) e a garantia de ser assegurada a ele a proteo de sua conscincia moral e
de sua integridade fsica e psquica; outra, muito diferente, impedir a produo de uma prova que no
causa a menor afetao aos direitos fundamentais da pessoa, como parece ser o caso - estamos certos
disso - do reconhecimento de pessoa". Processo: 2014.084069-6. Relator: Des. Paulo Roberto
Sartorato.

8.RECLAMAO. "TRAMITAO DIRETA" DO INQURITO ENTRE MINISTRIO PBLICO E DELEGACIA DE


POLCIA (CPP, ART. 10, 3). LEGALIDADE. DEVIDO PROCESSO LEGAL. SEPARAO DOS PODERES. No
causa inverso da ordem legal do processo, tampouco representa ofensa legalidade, ao devido
processo legal e separao dos poderes a deciso que determina que a requisio de diligncias
complementares feita pelo Ministrio Pblico seja encaminhada diretamente Delegacia de Polcia.
RECLAMAO DESPROVIDA.Processo: 2014.084086-1. Relator: Des. Srgio Rizelo.

9.APELAO CRIMINAL. CRIMES DE TRFICO DE DROGAS E POSSE ILEGAL DE MUNIO DE USO


PERMITIDO. SENTENA DE PARCIAL PROCEDNCIA DA ACUSAO. RECURSO DO MINISTRIO PBLICO.
PLEITO CONDENATRIO QUANTO AO CRIME DESCRITO NO ART. 12 DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO.
INVIABILIDADE. CIRCUNSTNCIAS DO CASO CONCRETO QUE REVELAM A AUSNCIA DE OFENSIVIDADE
AO BEM JURDICO TUTELADO E PROPORCIONALIDADE DA CONDUTA COM A PENA ARBITRADA.
APREENSO DE UM NICO PROJTIL. EXCEPCIONALIDADE. ABSOLVIO MANTIDA. DELITO DE TRFICO
DE DROGAS. AUSNCIA DE PROVA PRODUZIDA SOB O CRIVO DO CONTRADITRIO CAPAZ DE ATESTAR A
NARCOTRAFICNCIA. INTELIGNCIA DO ART. 155 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. ELEMENTOS
JUDICIAIS QUE SE LIMITAM A DEMONSTRAR QUE AS INVESTIGAES SOBRE O AGENTE TRATAVAM DA
APURAO DE OUTRO CRIME. AUSNCIA DE ABORDAGEM A USURIOS DE DROGAS, MESMO APS
CAMPANA, E APREENSO DO MATERIAL TXICO EM LOCAL PBLICO, DISTANTE DA RESIDNCIA DO RU,
UM DIA APS A PRISO DESTE. ELEMENTOS INQUISITIVOS NO REAFIRMADOS EM SOLO JUDICIAL.
CONCESSO DE HABEAS CORPUS DE OFFICIO PARA ABSOLVER O ACUSADO. EXPEDIO DE ALVAR DE
SOLTURA SE POR OUTRO MOTIVO NO ESTIVER PRESO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO E
CONCEDIDO HABEAS CORPUS DE OFCIO PARA ABSOLVER O ACUSADO QUANTO AO DELITO DE TRFICO
DE ENTORPECENTES. Processo: 2013.065953-5. Relator: Des. Srgio Rizelo.

Cmaras de Direito Civil


10.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE NULIDADE DE ATO JURDICO. CONVENO DE
CONDOMNIO EDILCIO. CLUSULA QUE LIMITA A LOCAO DAS UNIDADES AUTNOMAS PELO PRAZO
MNIMO DE 6 (SEIS) MESES. VEDAO LOCAO POR TEMPORADA. INSUBSISTNCIA. OFENSA AO
DIREITO INDIVIDUAL DE USO, FRUIO E LIVRE DISPOSIO DA PROPRIEDADE. PONDERAO DAS
REGRAS INTERNAS LUZ DOS ART. 10, III, 19 E 21 DA LEI N. 4.591/64, BEM COMO DO ART. 1.335 DO
CC/02. INCIDNCIA DOS PRINCPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. INVERSO DOS NUS
DA SUCUMBNCIA. MAJORAO DOS HONORRIOS ADVOCATCIOS. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. A conveno de condomnio ato normativo imposto a todos os condminos
com o objetivo primordial de regular os direitos e deveres dos moradores, tanto proprietrios como
ocupantes, porm, no plena a liberalidade na sua elaborao e deve ser considerada nula a

disposio que contrarie o ordenamento jurdico ptrio. Processo: 2011.090692-6. Relator: Des.
Sebastio Csar Evangelista.

11.CONSUMIDOR. AO REDIBITRIA. SUSCITADA A DECADNCIA DO DIREITO DO AUTOR.


CIRCUNSTNCIA NO VERIFICADA. PRAZO DE NOVENTA DIAS INICIADO APENAS COM A CINCIA
INEQUVOCA ACERCA DO ALEGADO VCIO. EXEGESE DO ART. 26, 3, DO CDC. PRELIMINAR AFASTADA.
COMPRA E VENDA DE AUTOMVEL USADO. POSTERIOR CONSTATAO DE QUE O BEM J ESTEVE
ENVOLVIDO EM SINISTRO COM DANOS PARCIAIS. CIRCUNSTNCIA QUE NO CONSTITUI VCIO OCULTO,
POIS INCAPAZ DE DIMINUIR O VALOR DO BEM OU PREJUDICAR SUA UTILIZAO. INEXISTNCIA DE
OBRIGAO DA R DE INFORMAR ACERCA DO HISTRICO DE ACIDENTES ENVOLVENDO O VECULO.
ALEGADO PREJUZO DIANTE DA NEGATIVA DE SEGURADORAS EM EFETUAR O SEGURO DO VECULO. NO
COMPROVAO. NUS QUE CABIA AO AUTOR. EXEGESE DO ART. 333, I, DO CDIGO DE PROCESSO
CIVIL. LITIGNCIA DE M-F DO AUTOR NO CONFIGURADA. SENTENA DE IMPROCEDNCIA MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO. 1. O vcio redibitrio um defeito oculto existente na coisa negociada, que
acarreta na diminuio do seu valor ou prejudica a sua utilizao. Por conta disso, o adquirente pode
rejeit-la ou pleitear o abatimento do preo, bem como obter indenizao por perdas e danos caso
comprovado que o alienante possua conhecimento do problema. 2. No h que se cogitar em
responsabilidade civil por ato ilcito e reparao de danos sem comprovao dos requisitos insculpidos
no art. 186 do atual Cdigo Civil. Ademais, da dico do art. 333, I, do Cdigo de Processo Civil que
incumbe ao autor o nus da prova acerca dos fatos constitutivos de seu direito. 3. A configurao da
litigncia de m-f exige fortes indcios de atuao dolosa ou culposa da parte e prejuzo processual
para a parte contrria, componentes que dispensam a produo de provas, consoante a clareza e
literalidade das hipteses insculpidas no art. 17 do Cdigo de Processo Civil, todavia ausentes na
situao em exame. Processo: 2014.083816-5. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato.

12.DIREITO DE FAMLIA. AO DE INVESTIGAO DE PATERNIDADE POST MORTEM. CUMULAO COM


PETIO DE HERANA E ANULAO DE PARTILHA. SENTENA QUE, DE OFCIO, PRONUNCIA A
PRESCRIO DOS PEDIDOS DE PETIO DE HERANA E DE ANULAO DA PARTILHA. EXTINO DO
PROCESSO COM RESOLUO DE MRITO NESTES PONTOS. PROSSEGUIMENTO DO FEITO APENAS NO
REFERENTE INVESTIGAO DE PATERNIDADE. SMULA 149 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRAZO
PRESCRICIONAL DE VINTE ANOS CONFORME ART. 177 DO CDIGO CIVIL DE 1916. TERMO INICIAL DO
PRAZO EQUIVOCADO. SURGIMENTO DO DIREITO APENAS COM O RECONHECIMENTO DO VNCULO DE
PARENTESCO. INVIABILIDADE DE PRESCRIO SEM PRETENSO EXISTENTE. DECISUM DESCONSTITUDO.
RECLAMO APELATRIO, PARA TANTO, PROVIDO. 1. O direito hereditrio do investigante nasce, e
somente ento tem condio de ser exercido, quando reconhecida a paternidade atribuda ao de cujus
investigado. Entretanto, existente violao a eventuais direitos patrimoniais dequele que investiga, a
via processual correta para proteg-los a demanda de petio de herana. 2. Para que haja pretenso
de reparao civil necessrio existir direito ofendido, com o prazo prescricional somente se iniciando,
por bvio, quando do surgimento do direito ao. 3. Da legitimidade ativa para postulao de direitos
hereditrios detentor, com exclusividade, aquele que ostenta a qualidade de herdeiro. toda
evidncia, precedentemente formao do vnculo de filiao no h ao a prescrever, posto que
ausente qualquer possibilidade de postular o investigante direitos hereditrios. 4. Enquanto no
reconhecida a paternidade no se cogita de nulidade do ato de partilha, pois no h herdeiro
preterido. Processo: 2014.011891-5. Relator: Des. Trindade dos Santos.

13.AO REIVINDICATRIA. COMODATO. SENTENA DE PARCIAL PROCEDNCIA. CONDENAO DA


PARTE AUTORA AO PAGAMENTO DE INDENIZAO POR BENFEITORIA EFETUADA NO IMVEL CEDIDO.
RECURSO DE AMBAS AS PARTES. DEVER DE INDENIZAR. APLICAO DO DISPOSTO NO ART. 584 DO
CDIGO CIVIL. IMPOSSIBILIDADE DO COMODATRIO BUSCAR O RESSARCIMENTO DAS DESPESAS COM
OBRAS ORDINRIAS, DESTINADAS AO USO E GOZO DO IMVEL, SENDO CABVEL A PRETENSO APENAS
NA HIPTESE DE OBRAS NECESSRIAS, EXTRAORDINRIAS OU URGENTES. CASO FOCALIZADO EM QUE
OS COMODATRIOS ATERRARAM O TERRENO PARA PODEREM ESTACIONAR CAMINHES E MQUINAS NO
LOCAL. OBRA EFETUADA UNICAMENTE PARA COMODIDADE DELES, QUE USUFRUIRAM DO BEM

GRATUITAMENTE POR VRIOS ANOS. HIPTESE QUE NO PODE SER TIDA COMO OBRA NECESSRIA.
INDENIZAO AFASTADA. REDISTRIBUIO DOS NUS SUCUMBENCIAIS. RECURSO ADESIVO PROVIDO,
FICANDO PREJUDICADO O RECLAMO PRINCIPAL, QUE VISAVA UNICAMENTE A MAJORAO DA
INDENIZAO ARBITRADA. Nos termos do art. 584 do Cdigo Civil, no dado ao comodatrio o direito
de se ver ressarcido pelas benfeitorias realizadas no imvel que, no sendo extraordinrias e
imprescindveis para a conservao e ocupao do bem, foram implementadas unicamente para
comodidade do prprio beneficirio do comodato, que permaneceu no local por muitos anos,
evidenciando que a aludida benfeitoria, reverteu em seu exclusivo favor. Processo: 2014.0512852. Relator: Des. Subst. Jorge Luis Costa Beber.

14.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. RESPONSABILIDADE CIVIL.


RESULTADO DE EXAME LABORATORIAL FEITO PELA AUTORA, SEMESTRALMENTE, PARA CONTROLE DE
CARGA VIRAL E LINFCITOS CD 4 E CD 8 QUE APRESENTOU PATAMARES DIVERSOS DO SEU HISTRICO.
ADVERTNCIA EXPRESSA, NO DOCUMENTO, DE QUE O RESULTADO NO EXCLUI A PRESENA DE
INFECO. CONTRA-PROVA REQUERIDA PELO MDICO. ACIONANTE QUE SEQUER INICIOU TRATAMENTO
ESPECFICO OU ALTEROU SUA ROTINA. AUSNCIA DE NEXO CAUSAL ENTRE A CONDUTA DO RU E O
ALEGADO DANO. ABALO MORAL NO CARACTERIZADO. IMPROCEDNCIA DO PEDIDO INICIAL MANTIDA.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2014.081506-4. Relator: Des. Srgio Izidoro Heil.

15.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO ANULATRIA DE TESTAMENTO E OUTROS ATOS JURDICOS.


IRRESIGNAO CONTRA A DECISO QUE DETERMINOU A EMENDA DA INICIAL PARA COMPROVAO DA
FRAGILIDADE FINANCEIRA E ADEQUAO DO VALOR DA CAUSA. JUSTIA GRATUITA DEFERIDA NA
DECISO QUE ANALISOU O EFEITO SUSPENSIVO ATIVO. PROVAS ACOSTADAS AO FEITO QUE
DEMONSTRAM A NECESSIDADE E O DIREITO CONCESSO. CONFIRMAO DA OUTORGA DA BENESSE.
VALOR DA CAUSA. AO SEM CONTEDO ECONMICO IMEDIATO. OBJETIVO MERAMENTE
DECLARATRIO. VANTAGEM FINANCEIRA QUE S SE MANIFESTARIA EM DEMANDA FUTURA.
POSSIBILIDADE DE ATRIBUIO DE VALOR MDICO. ARTIGO 258 CPC. DECISO REFORMADA. RECURSO
PROVIDO. Processo:2014.014048-6. Relator: Des. Subst. Eduardo Mattos Gallo Jnior.

Cmaras de Direito Comercial


16.APELAO CVEL. AO DE COBRANA. INSURGNCIA DA TRANSPORTADORA DEMANDANTE,
OBJETIVANDO A REFORMA DA DECISO QUE JULGOU IMPROCEDENTE A AO. PLEITO EXORDIAL
LASTREADO EM CONHECIMENTO DE TRANSPORTE RODOVIRIO DE CARGA DE LEITE IN NATURA.
INCONTROVRSIA QUANTO RELAO COMERCIAL ESTABELECIDA PELOS LITIGANTES. DISCUSSO
JUNGIDA PLAUSIBILIDADE DA RECUSA MANIFESTADA PELA DESTINATRIA. ACIDEZ CONSTATADA PELA
R, NO MOMENTO DA ENTREGA DO PRODUTO. APELANTE QUE APONTA A INEXISTNCIA DE PROVA
TCNICA, APTA CORROBORAR A ASSERTIVA DE QUE HOUVE O PERECIMENTO DO LEITE CRU.
APRECIAO DO LITGIO COM ENFOQUE NAS REITERADAS PRTICAS COMERCIAIS ADOTADAS NO
TRANSPORTE DE LEITE. AFERIO DA ACIDEZ, CORRIQUEIRAMENTE REALIZADA PELA COOPERATIVA
APELADA. NEGATIVA ESTRIBADA SEMELHANA DO ART. 21, INC. II, DA LEI N 5.474/68. AUSNCIA DE
QUALQUER INDCIO DE QUE A TESE MANEJADA PELA RECORRIDA ESTEJA EM DESCOMPASSO COM A
REALIDADE.
MANUTENO
DA
SENTENA.
RECLAMO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2011.026411-0. Relator: Des. Luiz Fernando Boller.

17.APELAO CVEL. AO DE COBRANA. DEMANDA AJUIZADA POR EMPRESA DE FOMENTO


MERCANTIL. IMPROCEDNCIA NA ORIGEM. INSURGNCIA DA AUTORA. INADIMPLNCIA DOS TTULOS DE
CRDITO APONTADOS PARA DESCONTO. ALTERCAO DE QUE PARTE DELES PADECE DE MCULA, O QUE
ENSEJARIA O DIREITO DE REGRESSO AOS FATURIZADOS PARA SALDAR AQUELES SEM LASTRO EFICAZ.
ALEGAO GENRICA E DESTITUDA DE SUBSTRATO PROBATRIO. ART. 333, INC. I, DO CPC. REVELIA

DOS RUS, ADEMAIS, QUE NO DISPENSA A ADEQUADA INSTRUO PROCESSUAL E APONTE


ESPECFICO DAS CRTULAS INQUINADAS POR VCIOS. CONSEQUENTE HIGIDEZ DAS CAMBIAIS.
ASSUNO DE RISCO QUANTO SOLVABILIDADE DESTAS. CIRCUNSTNCIA INERENTE A PRTICA DE
FACTORING. RESPONSABILIDADE DOS APELADOS QUE SE ENCERRA COM A CESSO DO CRDITO
APELANTE, MORMENTE PELO DEVIDO DESGIO NA AQUISIO DOS TTULOS. " cedio que em um
contrato de factoring a faturizadora adquire o crdito da faturizada originrio de uma compra e venda a
prazo ou de prestao de servios, assumindo os riscos do inadimplemento desta obrigao, sendo
remunerada por uma taxa, comisso ou percentual firmado entre as partes. Ou seja, a assuno do
risco inerente ao negcio jurdico existente entre as partes. Em razo disso, mesmo que presente
clusulas que autorizem e/ou obriguem a recompra dos ttulos em caso de inadimplemento, como no
presente caso, tais condies no podem ser opostas parte faturizada, sob pena de desnaturar o
negcio jurdico havido entre partes, ou seja, torn-lo nulo". CLUSULAS DE RECOMPRA E DE
SOLIDARIEDADE DOS FIADORES, INCOMPATVEIS COM A ESPCIE CONTRATUAL. PRECEDENTES DO STJ.
MANUTENO DA SENTENA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2011.0274551. Relator: Des. Luiz Fernando Boller.

Cmaras de Direito Pblico


18.APELAO CVEL E REEXAME NECESSRIO. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. VTIMA
FATAL. QUEDA DENTRO DE SALA DE EXAME DE RAIO X. TRAUMATISMO CRANIANO. RESPONSABILIDADE
CIVIL OBJETIVA. ART. 37, 6, DA CONSTITUIO FEDERAL. EVENTO DANOSO E NEXO DE CAUSALIDADE
EVIDENCIADOS. VTIMA QUE DIRIGIU-SE AO POSTO DE SADE MUNICIPAL PARA CONSULTA DE
URGNCIA. DIAGNSTICO DOR ABDOMINAL AGUDA. ENCAMINHAMENTO PARA EXAME DE RAIO X. QUEDA
DENTRO DA SALA DE EXAME. TRAUMATISMO CRNIO-ENCEFLICO. MORTE DOIS DIAS APS O
OCORRIDO. PACIENTE DEFICIENTE VISUAL E PORTADORA DE DIABETES. NECESSIDADE DE CUIDADOS
ESPECIAIS COM A LOCOMOO E ACOMODAO DA VTIMA PARA EVITAR ACIDENTES. EXCLUDENTES DE
RESPONSABILIDADE NO DEMONSTRADAS. SENTENA MANTIDA NO PONTO. "Por fora da
responsabilidade objetiva consagrada pelo art. 37, 6, da CF/88, o Municpio est obrigado a indenizar
os danos causados por atos de seus agentes, e somente se desonera se provar que o ato ilcito se deu
por culpa exclusiva da vtima ou de terceiro, caso fortuito ou fora maior (...)". DANOS MORAIS.
QUANTUM ARBITRADO. MINORAO NECESSRIA. OBSERVNCIA AOS PARMETROS DESTA CORTE.
CONSIDERAO DOS POSTULADOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE APLICVEIS ESPCIE.
A compensao pelo dano moral deve ser arbitrada no sentido de reconstituir a dor, o sofrimento
suportado pelos ofendidos pela perda do ente querido, bem como ser capaz de evitar a reiterao da
prtica lesiva, sem causar queles enriquecimento indevido, mostrando-se indispensvel a anlise dos
fatos concretos apresentados, notadamente quanto extenso do dano e capacidade econmica do
ofensor. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. DEMAIS TERMOS DA SENTENA MANTIDOS EM REEXAME
NECESSRIO. Processo: 2013.050844-1.Relator: Des. Carlos Adilson Silva.

19.ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. AO CIVIL PBLICA POR ATOS DE IMPROBIDADE


ADMINISTRATIVA (LEI N. 8.429/92). ARGUIO DE NULIDADE DO PROCESSO. AUSNCIA DE TERMO DE
DEPOIMENTO NOS AUTOS. PRECLUSO. ART. 245 DO CPC. Incumbe parte interessada arguir nulidade
na primeira oportunidade em que se manifestar nos autos aps o ato dito nulo, que, no caso, ocorreu
por ocasio das alegaes finais, nas quais o recorrente foi omisso quanto a aventada mcula. Demais
disso, no acarretou cerceamento de defesa, na medida em que se tratava de depoimento prestado por
litisconsorte passivo necessrio, e o apelante dele se utilizou quando da interposio do recurso de
apelao.. Na hiptese, o ento Prefeito em exerccio deu incio aos atos de desapropriao de rea
para a construo de lago artificial, tendo apoio logstico e financeiro de particulares que possuam
inegvel interesse na obra por serem membros de associao voltada para a prtica de jet ski. A
comunho de esforos entre gestor pblico e associao privada, por si s, no consubstancia desvio de
finalidade no ato expropriatrio. Para tanto, necessrio que seja configurado vcio de inteno,
consubstanciado em conceder exclusividade ou ao menos privilgio ao uso da rea em detrimento do
restante da populao. As sanes decorrentes da condenao por cometimento de ato de improbidade
administrativa constituem severa interveno em direitos fundamentais do indivduo, devendo,
portando, ser aplicadas apenas com elevado grau de certeza quanto presena de seus pressupostos,

entre os quais, a presena de dolo. firme a jurisprudncia do STJ, inclusive de sua Corte Especial, no
sentido de que "No se pode confundir improbidade com simples ilegalidade. A improbidade
ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo da conduta do agente. Por isso mesmo, a
jurisprudncia do STJ considera indispensvel, para a caracterizao de improbidade, que a conduta do
agente seja dolosa, para a tipificao das condutas descritas nos artigos 9 e 11 da Lei 8.429/92, ou
pelo menos eivada de culpa grave, nas do artigo 10". Conquanto plausveis as assertivas do Ministrio
Pblico, acatadas pelo juiz a quo, diante das circunstncias descritas nos autos, emerge equivalente
verossimilhana da verso narrada pelos acusados, ora recorrentes, de modo que, in casu, merece ser
privilegiado o primado da presuno de inocncia e boa-f. Embora existam indcios capazes de insinuar
uma pretenso inicial de desvio de finalidade por vcio de inteno, consoante interpretao encampada
na sentena, h outros tantos elementos que corroboram para a ausncia dessa animosidade mproba,
mormente porque a vantagem auferida em virtude da desapropriao, desde o incio, abarcou toda a
populao. RECURSO DO MUNICPIO. NULIDADE DO DECRETO EXPROPRIATRIO. RETROCESSO.
DESFAZIMENTO DAS OBRAS. RETORNO AO STATUS QUO ANTE. FINALIDADE PBLICA ALCANADA.
REFORMA DA SENTENA PARA DECLARAR A VALIDADE DO DECRETO E MANTER AS OBRAS CONCLUDAS.
Tendo o imvel desapropriado atingido escopo pblico, ainda que fosse diverso daquele estabelecido no
decreto
expropriatrio,
deve
a
rea
permanecer
em
domnio
municipal.
RECURSOS
PROVIDOS. Processo: 2012.015583-8. Relator: Des. Carlos Adilson Silva.

Edio n. 29 de 2 de Maro de 2015.

rgo Especial
1.Lei complementar de iniciativa de prefeito que dispe sobre o sistema educacional de municpio no
pode sofrer emenda parlamentar que reduza o nmero de alunos por sala e altere os critrios para
criao de novas turmas, pois, conquanto represente benefcio aos estudantes, enseja o aumento de
despesas para o Poder Executivo.
2. inconstitucional, por afronta aos princpios da isonomia e da capacidade contributiva, dispositivo de
lei municipal que, ao estabelecer a base de clculo do IPTU, concede a reduo de at 90% do valor
venal dos imveis com rea superior a mil metros quadrados.
Cmaras de Direito Criminal
3.O cumprimento de termo de ajustamento de conduta originado da prtica de delito ambiental no
afasta a justa causa para o oferecimento de ao penal, ante a independncia entre as esferas
administrativa e criminal.
4.A conduta de assumir a autoria do delito de homicdio no trnsito cometido por outrem perturba a
apurao da verdade dos fatos e, em um cenrio de embriaguez e tentativa de fuga, autoriza a
manuteno da priso preventiva.
5.A possibilidade de a emisso de cheque ter sido lastreada em fraude antecedente configura justa
causa para apurao da prtica de crime de estelionato, ainda que o ttulo seja utilizado para
pagamento de dvida preexistente, o que exige, por consequncia, a realizao de instruo probatria.
6.A deciso que indefere pedido para que seja determinada a elaborao de laudo complementar do

ofendido no causa tumulto processual, tampouco impede a busca da verdade, porquanto o Ministrio
Pblico possui o poder de requisitar diretamente a diligncia.
7.No processo de execuo criminal, obrigatria a nomeao de defensor ao apenado e a submisso
dos clculos penais ao contraditrio, em estrita observncia Resoluo n. 113 do Conselho Nacional
de Justia.
Cmaras de Direito Civil
8.Embora vivel a penhora de veculo registrado em nome de terceiro para o adimplemento de
obrigao alimentar, a to somente apresentao de fotografia ou filmagem que exiba o momento em
que o devedor ingressa em automvel afigura-se incapaz de comprovar sua posse em relao ao bem.
9.Em ao de despejo por inadimplncia, possvel determinao de desocupao em carter liminar,
ainda que pendente de julgamento o incidente de falsidade documental referente aos recibos de
pagamento apresentados pelo locatrio.
10.O fato de ser o usurio de plano de sade portador de doena crnica no exclui a possibilidade de
ser submetido internao em carter de urgncia e, por conseguinte, no exime a operadora do
convnio da cobertura das despesas mdicas implicadas.
11.Converte-se em perdas e danos a obrigao consistente na dao em pagamento de imvel
sonegado no divrcio, em face da necessidade de efetuar a sobrepartilha em ao prpria.
12. factvel, sob a tica da teoria concepcionista, o recebimento de indenizao referente ao seguro
obrigatrio - DPVAT pelos pais de feto que falece em razo de acidente de trnsito.
13.A tutela dos animais, no ordenamento jurdico ptrio, alcana apenas as esferas penal e
administrativa, motivo por que o sofrimento fsico e psquico experimentado pelos integrantes da fauna
no comporta indenizao por danos morais.
14.O fato de a criao artstica ser obra do intelecto humano no afasta a legitimidade ativa da pessoa
jurdica no pleito de reconhecimento de direito autoral em relao a produtos elaborados por seus
funcionrios.
Cmaras de Direito Comercial
15. empresa exportadora cabe a responsabilidade pelo pagamento das despesas referentes a
transporte martimo internacional no caso de inadimplncia da destinatria, ainda que a nota fiscal
mencione clusula "free on board" (FOB).
16.O acordo celebrado entre o autor e o litisdenunciado, embora acarrete a extino do feito e impea o
exame do mrito da causa, possibilita a condenao do ltimo ao pagamento das custas processuais e
dos honorrios advocatcios relativos denunciao da lide.
Cmaras de Direito Pblico
17.A infrao relativa conduo de veculo sob a influncia de lcool, prevista no art. 165 do Cdigo
de Trnsito Brasileiro, no descaracterizada pelo fato de ser praticada em via privada.
18.A expressa desistncia de candidato no ltimo dia de validade do concurso, aps convocao na
mesma data, gera o direito nomeao do classificado subsequente, ainda que aps o trmino do
prazo de eficcia do certame.
19. dever do Estado o pagamento de indenizao por danos materiais advindos de equivocado

reconhecimento, por tabelio, de assinatura falsa em contrato de compra e venda.


20.Em execuo fiscal vlido o edital de citao que indica o ttulo, seu valor e a data do clculo,
embora no haja meno natureza da dvida.

rgo Especial
1.CAUTELAR EM AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI COMPLEMENTAR DISPONDO SOBRE O
SISTEMA EDUCACIONAL DO MUNICPIO. TRMITE LEGISLATIVO QUE CULMINOU COM EMENDA
PARLAMENTAR REDUZINDO O NMERO DE ALUNOS POR SALA E ESTABELECENDO NOVOS CRITRIOS
PARA CRIAO DE OUTRAS TURMAS. MODIFICAO DE DISPOSITIVO LEGAL IMPLICANDO NO AUMENTO
DE DESPESAS PARA O PODER EXECUTIVO ANTE A NECESSIDADE DE CONTRATAO DE NOVOS
PROFESSORES E AMPLIAO DA ESTRUTURA FSICAS DAS UNIDADES DE EDUCAO. SUSPENSO DOS
EFEITOS DAS ALNEAS "A", "B" E "C", DO INC. IX, DO ART. 65 DA LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N.
149/2014, DE SANTO AMARO DA IMPERATRIZ. CAUTELAR DEFERIDA. Processo: 2014.0940123. Relator: Des. Ronei Danielli..
2.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. PARGRAFOS 1 e 2 DO ARTIGO 10 DO CDIGO
TRIBUTRIO MUNICIPAL DE SANTO AMARO DA IMPERATRIZ (LEI N. 1.100/1995), ALTERADOS PELA LEI N.
1.116/1996. NORMA MUNICIPAL QUE POSSIBILITA A REDUO EM AT 90% (NOVENTA POR CENTO) DO
VALOR VENAL DOS IMVEIS COM MAIS DE 1.000 M. VIOLAO AOS PRINCPIOS DA ISONOMIA
TRIBUTRIA E DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. ARTIGOS 125, 2 E 128, INCISO II, DA CARTA ESTADUAL
CATARINENSE. DISPOSITIVO MUNICIPAL QUESTIONADO QUE, EM SUA REDAO ORIGINAL, INCORRE NO
MESMO VCIO DE CONSTITUCIONALIDADE. AFASTADO EFEITO REPRISTINATRIO. PEDIDO JULGADO
PROCEDENTE. 1. O princpio da capacidade contributiva est ligado ao da igualdade, de modo que a
carga tributria deve ter como orientao a aptido econmica do contribuinte. A concesso de
tratamento privilegiado a contribuintes que, em tese, possuem maior aptido econmica para suportar
a carga tributria do IPTU, caracteriza uma violao aos princpios mencionados, evidenciando vicio de
constitucionalidade. 2. "Correta formulao, na espcie, de pedidos sucessivos de declarao de
inconstitucionalidade tanto do diploma ab-rogatrio quanto das normas por ele revogadas, porque
tambm eivadas do vcio da ilegitimidade constitucional. Reconhecimento da inconstitucionalidade
desses diplomas legislativos, no obstante j revogados.".Processo: 2014.051007-8. Relator: Des.
Marcus Tulio Sartorato.

Cmaras de Direito Criminal


3.HABEAS CORPUS. CRIME AMBIENTAL (ARTS. 54, 2, V, E 60, AMBOS DA LEI 9.605/1998). PEDIDO DE
TRANCAMENTO DA AO PENAL POR FALTA DE JUSTA CAUSA. DENNCIA OFERECIDA PELO MINISTRIO
PBLICO APS O CUMPRIMENTO DO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. AVENA E ARQUIVAMENTO
HOMOLOGADOS PELO CONSELHO SUPERIOR DO MINISTRIO PBLICO. TERMO FIRMADO NA ESFERA
ADMINISTRATIVA QUE NO POSSUI O CONDO DE AFASTAR A RESPONSABILIDADE PENAL PELOS
DELITOS PRATICADOS. ACORDO ENTABULADO APENAS COM A EMPRESA, POR MEIO DE SEU
REPRESENTANTE LEGAL, SEM A PARTICIPAO DO PACIENTE. JUSTA CAUSA EVIDENCIADA. INPCIA DA
DENNCIA EM RELAO AO CRIME DO ART. 54, 2, DA LEI N. 9.605/1998. ACONDICIONAMENTO DE
RESDUOS TXICOS PROVENIENTES DA EMPRESA CU ABERTO, DIRETAMENTE NO SOLO E SEM
IMPERMEABILIZAO DA SUPERFCIE. ALEGAO DE AUSNCIA DE MATERIALIDADE. AUTO DE INFRAO
CONFECCIONADO PELOS POLICIAIS MILITARES. FALTA DE QUALIFICAO TCNICA. CRIME DE PERIGO
CONCRETO E DE NATUREZA FORMAL, QUE DISPENSA A REALIZAO DE PERCIA TCNICA. INDCIOS DE
MATERIALIDADE SUFICIENTES PARA EMBASAR A AO PENAL. ALEGAO DO NO CUMPRIMENTO DO
ART. 41 DO CPP. SUPOSTA AUSNCIA DE DESCRIO INDIVIDUALIZADA DAS CONDUTAS. DENNCIA QUE
DESCREVE OS FATOS DE FORMA SUSCINTA, OS QUAIS CONSTITUEM INFRAO PENAL. POSSIBILIDADE
DA REALIZAO DE AMPLA DEFESA. REQUISITOS PREENCHIDOS. PLEITO DE EXTINO DA PUNIBILIDADE
DO CRIME DO ART. 60 DA LEI 9.605/1998. EXERCCIO DE ATIVIDADE POTENCIALMENTE POLUIDORA, SEM
LICENA AMBIENTAL. EXTINO DA PUNIBILIDADE DECRETADA EM HABEAS COSPUS ANTERIOR

MANEJADO POR OUTROS RUS. PRESCRIO RECONHECIDA EX OFFICIO EM RELAO AO PACIENTE


NAQUELA ACTIO, ENVOLVENDO OS MESMOS FATOS. ACRDO TRANSITADO EM JULGADO. NO
CONHECIMENTO. ALEGAO DE QUE O PACIENTE NO ERA GERENTE E NEM RESPONSVEL PELA
EMPRESA. DOCUMENTOS PRODUZIDOS PELA POLCIA MILITAR AMBIENTAL QUE DIZEM O CONTRRIO.
PACIENTE QUE NO CONSTA NO CONTRATO SOCIAL COMO SCIO, GERENTE OU ADMINISTRADOR DA
EMPRESA. CONDIO QUE PODE SER COMPROVADA POR OUTROS MEIOS. NECESSIDADE DE EXAME
APROFUNDADO DAS PROVAS, INVIVEL EM SEDE DE HABEAS CORPUS. INSTRUO DA AO PENAL NO
CONCLUDA. IMPOSSIBILIDADE DO TRANCAMENTO DA AO PENAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
INEXISTENTE.
ORDEM
PARCIALMENTE
CONHECIDA
E
DENEGADA. Processo: 2014.0796207. Relator: Des. Subst. Volnei Celso Tomazini.

4.HABEAS CORPUS. PRISO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. POSTERIOR INDEFERIMENTO


DO PEDIDO DE REVOGAO DA SEGREGAO CAUTELAR. AO PENAL QUE APURA DELITOS PREVISTOS
NO CDIGO DE TRNSITO BRASILEIRO (LEI 9.503/1997, ART. 302, 1, I; ART. 303, 1 E ART. 310) E O
CRIME DE AUTO-ACUSAO FALSA (CP, ART. 341). DISCUSSO ACERCA DO MRITO. INVIABILIDADE NA
AO MANDAMENTAL DE HABEAS CORPUS. IMPETRAO NO CONHECIDA NO PONTO. PACIENTE PRESO
EM FLAGRANTE NO LOCAL DOS FATOS. SEGREGAO CAUTELAR FUNDAMENTADA NA GARANTIA DA
ORDEM PBLICA, APLICAO DA LEI PENAL E CONVENINCIA DA INSTRUO PENAL. ELEMENTOS
CONCRETOS PRESENTES NOS AUTOS QUE REVELAM A NECESSIDADE DA MANUTENO DA MEDIDA
EXTREMA. OFENSA AO PRINCPIO CONSTITUCIONAL DA PRESUNO DE INOCNCIA. NO OCORRNCIA.
EVENTUAIS PREDICADOS SUBJETIVOS DO PACIENTE NO IMPEDEM A DECRETAO DA PRISO
PREVENTIVA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NO CARACTERIZADO. - A discusso sobre o mrito da causa
no compatvel com a estreita via de cognio da ao constitucional de habeas corpus, que no
admite dilao probatria tampouco aprofundado exame das provas existentes nos autos. - Presentes
elementos nos autos que do conta do risco de reiterao da prtica ilcita, da interferncia na apurao
da verdade dos fatos e da possvel frustrao da aplicao da lei penal, vivel a manuteno da priso
preventiva do paciente. - A deciso que decreta a segregao cautelar no ofende o princpio da
presuno de inocncia quando devidamente fundamentada nas hipteses legais. - Os predicados
subjetivos do paciente no constituem bice para a decretao da segregao cautelar. - Parecer da PGJ
pela concesso da ordem. - Ordem conhecida em parte e denegada. Processo: 2014.0934230. Relator: Des. Carlos Alberto Civinski..

5.HABEAS CORPUS - PRTICA, EM TESE, DO CRIME DE ESTELIONATO (CP, ART. 171) - PLEITO DE
TRANCAMENTO D AO PENAL - ALEGADA AUSNCIA DE JUSTA CAUSA PARA PERSECUO CRIMINAL,
ANTE A MANIFESTA ATIPICIDADE DA CONDUTA - PREJUZO PREEXISTENTE EMISSO DA CRTULA PECULIARIDADE DO CASO QUE EXIGE A INSTRUO PROBATRIA - POSSIBILIDADE DE O CHEQUE TER
SIDO FRAUDADO - TESE DE AUSNCIA DE PROVA DA MATERIALIDADE - NO OCORRNCIA - ORDEM
DENEGADA.Processo: 2014.090541-1 (Acrdo). Relator: Des. Getlio Corra. .
6.CORREIO PARCIAL (RECLAMAO). DECISO QUE INDEFERIU O PEDIDO DO MINISTRIO PBLICO
PARA A EXPEDIO DE OFCIO AO INSTITUTO GERAL DE PERCIAS PARA A REALIZAO DE PERCIA
COMPLEMENTAR. ALEGADA AFRONTA A BUSCA DA VERDADE REAL DO PROCESSO. INOCORRNCIA.
POSSIBILIDADE DE O MINISTRIO PBLICO REQUERER, DIRETAMENTE A DILIGNCIA COMPLEMENTAR.
INTELIGNCIA DO ARTIGO 47 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL E ART. 129, VI, DA CONSTITUIO
FEDERAL. INEXISTNCIA DE INVERSO DA ORDEM PROCESSUAL. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2014.077111-9. Relator: Des. Subst. Volnei Celso Tomazini.

7.RECLAMAO (CORREIO PARCIAL). EXECUO PENAL. PLEITO MINISTERIAL PUGNANDO PELA


APLICAO DA RESOLUO N. 113 DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA. JUZO RECLAMADO QUE
DEIXA DE NOMEAR DEFENSOR AO APENADO, BEM COMO NO SUBMETE OS CLCULOS PENAIS AO
CRIVO DO CONTRADITRIO. NECESSIDADE IMEDIATA DE CUMPRIMENTO DA RESOLUO N. 113 DO CNJ
POR PARTE DO JUZO RECLAMADO, A FIM DE QUE CUMPRA O ART. 5 DO REFERIDO NORMATIVO LEGAL,
HOMOLOGANDO OS CLCULOS PENAIS APS A INTIMAO DAS PARTES. REFERNCIA DO RECLAMANTE

QUANTO A OUTROS PROCESSOS EM QUE A RESOLUO TAMBM NO FOI RESPEITADA. DETERMINAO


PARA QUE O JUZO RECLAMADO OBSERVE RIGOROSAMENTE OS DITAMES DA CITADA RESOLUO.
INSURGNCIA CONHECIDA E PROVIDA. Processo: 2014.081781-7). Relator: Des. Ernani Guetten de
Almeida.

Cmaras de Direito Civil


8.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE EXECUO DE ALIMENTOS. DECISO QUE INDEFERIU A
PENHORA DE VECULOS INDICADOS PELAS EXEQUENTES. BENS REGISTRADOS EM NOME DE TERCEIROS.
INEXISTNCIA DE PROVA CONSISTENTE E REVELADORA DA PROPRIEDADE OU DA POSSE DO
EXECUTADO. DECISO MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. vivel a penhora do veculo registrado e
licenciado em nome de terceiro, desde que sustentada em prova consistente e reveladora da posse
direta do bem pelo executado, demonstrando fragilidade para tanto a apresentao de fotografia de um
automvel ou a filmagem do devedor ingressando em outro veculo. Processo: 2014.059713-5
(Acrdo).Relator: Des. Joo Batista Ges Ulyssa.

9.PROCESSUAL CIVIL. LOCAO. AO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO. MEDIDA LIMINAR


DEFERIDA A FIM DE VIABILIZAR A DESOCUPAO DO IMVEL. AGRAVANTE QUE ACOSTA RECIBOS DE
PAGAMENTO DOS ALUGUERES. INCIDENTE DE FALSIDADE AJUIZADO PELA AGRAVADA, QUE NO
RECONHECE AS ASSINATURAS LANADAS NA REFERIDA DOCUMENTAO. PENDNCIA DESTE
JULGAMENTO. ADIMPLEMENTO DA AGRAVANTE QUE, POR ORA, NO PODE SER RECONHECIDO. CAUO
DEVIDAMENTE PRESTADA. RECEIO DE MAIORES PREJUZOS AGRAVADA DIANTE DA CONTINUIDADE DA
INADIMPLNCIA.
PRESSUPOSTOS
AUTORIZADORES
DA
MEDIDA
CONFIGURADOS.
DECISO
INTERLOCUTRIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2014.068811-3. Relator: Des. Marcus
Tulio Sartorato.

10.AO MONITRIA PROMOVIDA PELA UNIMED JOINVILLE. COBRANA DESPESAS MDICAS DO


USURIO DE PLANO DE SADE. EMBARGOS MONITRIA. INTERNAO HOSPITALAR. ALEGAO DE
QUE A INTERNAO NO POSSUI CARACTERSTICA DE URGNCIA/EMERGNCIA POR SER O AUTOR
PORTADOR DE DOENA CRNICA. ATENDIMENTO PRESTADO AO RU QUE FOI PROCESSADO DE FORMA
PARTICULAR CONFORME DISPE A FICHA DE INTERNAO. AUTOR QUE PERMANECEU INTERNADO
DURANTE QUATRO DIAS POR DETERMINAO MDICA. GUIA DE SOLICITAO DE INTERNAO QUE
CONTM EXPRESSAMENTE SER O CARTER DA INTERNAO ELETIVA E DE URGNCIA/EMERGNCIA.
PROVA QUE NO FOI DERRUDA PELA APELANTE. NUS DA PROVA QUE COMPETIA
AUTORA/EMBARGADA A TEOR QUE PRESCREVE O ARTIGO 333 I, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL.
DOENA CRNICA DO USURIO QUE POR SI S NO DESCONFIGURA A URGNCIA/EMERGNCIA DA
INTERNAO. INCIDNCIA DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E DA LEI 9.656/1998.
PROCEDNCIA DOS EMBARGOS E IMPROCEDNCIA DA MONITRIA. DECISO ACERTADA. MINORAO
DOS HONORRIOS ADVOCATCIOS PARA ADEQUAR COMPLEXIDADE DA DEMANDA E AOS PARMETROS
DO
ARTIGO
20,

3
E
4
DO
CPC.
RECURSO
CONHECIDO
E
PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2014.064501-0.Relator: Des. Subst. Saul Steil.

11.APELAES CVEIS. CONTRATO PARTICULAR DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA. AES


CONEXAS. (1) OBRIGAO DE FAZER AFORADA PELA CONSTRUTORA, VISANDO RECEBER IMVEL
INTEGRANTE DO PREO, E (2) DEMANDA INDENIZATRIA PROPOSTA PELA ADQUIRENTE POR CONTA DO
ATRASO NA ENTREGA DO APARTAMENTO, ALM DE DANOS MORAIS. SENTENA DE IMPROCEDNCIA DE
AMBAS AS PRETENSES. AO DE OBRIGAO DE FAZER. (I) RECURSO OFERTADO PELA CONSTRUTORA
AUTORA. PRETENSO NO SENTIDO DE COMPELIR OS RUS A TRANSFERIREM UM DOS BENS IMVEIS
DADO EM PAGAMENTO NA CELEBRAO DA AVENA. CONTRATO FIRMADO COM A PRIMEIRA
DEMANDADA, COM INCLUSO DE IMVEL, OFERECIDO COMO PARTE DO PREO, REGISTRADO EM NOME

DO SEU FILHO, ANUENTE NO PACTO. IMVEL, CONTUDO, SONEGADO DA PARTILHA COM A EX-MULHER.
IMPOSSIBILIDADE DE COMPELIR OS DEMANDADOS (ADQUIRENTE, SEU FILHO, EX-ESPOSA E ATUAL
CNJUGE) TRANSFERNCIA DO REGISTRO PARA O NOME DA CONSTRUTORA DEMANDANTE.
NECESSIDADE DA REALIZAO DE SOBREPARTILHA EM AO PRPRIA. CONVERSO, DE OFCIO, DA
OBRIGAO EM PERDAS E DANOS. INTELIGNCIA DO ART. 461, 1, DO CPC. APURAO DO VALOR
REMETIDA FASE DE LIQUIDAO DE SENTENA. "Na impossibilidade material de ser cumprida a
obrigao de forma especfica, o juiz dever, de ofcio ou a requerimento da parte, determinar
providncias que assegurem o resultado prtico equivalente ao adimplemento da obrigao".
SENTENA REFORMADA. PEDIDO INICIAL JULGADO PARCIALMENTE PROCEDENTE. RECURSO CONHECIDO
E PROVIDO. (II) RECURSO DA R FABIANE. PEDIDO DE MAJORAO DA VERBA HONORRIA FIXADA EM
FAVOR DO SEU PATRONO. ACOLHIMENTO. ESTIPNDIO ARBITRADO NA SENTENA QUE NO REMUNERA
DIGNAMENTE O TRABALHO DESENVOLVIDO. EXASPERAO QUE SE IMPE. APELO PROVIDO. AO
INDENIZATRIA E RECONVENO. (I) RECURSO DA AUTORA/RECONVINDA. ATRASO NA ENTREGA DO
APARTAMENTO INCONTROVERSO. EXCEO DE CONTRATO NO CUMPRIDO CONSTADA. AUTORA QUE
NO PROCEDEU TRANSFERNCIA DO IMVEL DADO EM PAGAMENTO. INTELIGNCIA DO ART. 476 DO
CDIGO CIVIL. MANUTENO DA SENTENA DE IMPROCEDNCIA QUE SE IMPE. APELO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (II) RECURSO DA R/RECONVINTE. PRETENSO DE RECEBIMENTO DO VALOR
CORRESPONDENTE DIFERENA DA EXTENSO DA REA PROMETIDA E NO ENTREGUE.
DESCABIMENTO. DAO EM PAGAMENTO AD CORPUS CONFIGURADA. EXEGESE DO ART. 500, 3, DO
CC. IMPOSSIBILIDADE DE COMPENSAO DA VERBA HONORRIA FIXADA NA AO PRINCIPAL E NA
RECONVENO.
DEMANDAS
DISTINTAS.
RECLAMO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO.Processo: 2014.016999-8 e 2014.016998-1. Relator: Des. Subst. Jorge Luis Costa Beber.

12.APELAO CVEL. COBRANA. SEGURO DPVAT. SENTENA DE IMPROCEDNCIA. ACIDENTE DE


TRNSITO ENVOLVENDO GESTANTE. MORTE DO NASCITURO. ART. 2 DO CDIGO CIVIL/2002.
PERSONALIDADE JURDICA QUE NASCE COM A CONCEPO. INDENIZAO DEVIDA EM RAZO DO BITO
DO FETO. ART. 3 DA LEI 6.194/74. PRECEDENTES. DECISUM REFORMADO. RECURSO PROVIDO. [...] A
despeito da literalidade do art. 2 do Cdigo Civil - que condiciona a aquisio de personalidade jurdica
ao nascimento -, o ordenamento jurdico ptrio aponta sinais de que no h essa indissolvel vinculao
entre o nascimento com vida e o conceito de pessoa, de personalidade jurdica e de titularizao de
direitos, como pode aparentar a leitura mais simplificada da lei. [...] 3. As teorias mais restritivas dos
direitos do nascituro - natalista e da personalidade condicional - fincam razes na ordem jurdica
superada pela Constituio Federal de 1988 e pelo Cdigo Civil de 2002. O paradigma no qual foram
edificadas transitava, essencialmente, dentro da rbita dos direitos patrimoniais. Porm, atualmente
isso no mais se sustenta. Reconhecem-se, corriqueiramente, amplos catlogos de direitos no
patrimoniais ou de bens imateriais da pessoa - como a honra, o nome, imagem, integridade moral e
psquica, entre outros. 4. Ademais, hoje, mesmo que se adote qualquer das outras duas teorias
restritivas, h de se reconhecer a titularidade de direitos da personalidade ao nascituro, dos quais o
direito vida o mais importante. Garantir ao nascituro expectativas de direitos, ou mesmo direitos
condicionados ao nascimento, s faz sentido se lhe for garantido tambm o direito de nascer, o direito
vida, que direito pressuposto a todos os demais. Processo: 2014.032466-6). Relator: Des. Srgio
Izidoro Heil.

13.APELAO CVEL. AO CIVIL PBLICA. MAUS TRATOS A ANIMAL. SENTENA DE INDEFERIMENTO DA


INICIAL. PEDIDO DE CONDENAO "OBRIGAO PECUNIRIA", EM RAZO DE SOFRIMENTO FSICO E
PSQUICO DO CANINO. PRETENSO A SER ENTENDIDA COMO REPARAO DE DANO MORAL CAUSADO
AO CO. IMPOSSIBILIDADE JURDICA DO REQUERIMENTO. ARCABOUO LEGISLATIVO PTRIO QUE
SOMENTE TUTELA A INCOLUMIDADE ANIMAL NAS VIAS PENAL E ADMINISTRATIVA. IRRELEVNCIA,
ADEMAIS, DE PECNIA COMO RESTAURADORA DO ESTADO DE COISAS ANTERIOR PARA ANIMAIS. PLEITO
CUMULADO CONDENATRIO REPARAO ANMICA COLETIVA. PEDIDO JURIDICAMENTE POSSVEL.
COMPROVAO DA EXISTNCIA DO PREJUZO. QUESTO A SER DEBATIDA POR OCASIO DA APRECIAO
DO MRITO DA AO. SEGUIMENTO DA DEMANDA PERMITIDO, NESTE TOCANTE. RECURSO CONHECIDO
E PROVIDO EM PARTE. Processo: 2011.051779-8). Relator: Des. Srgio Izidoro Heil..

14.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. DIREITO AUTORAL.


REPRODUO DE IMAGEM DE ARTE GRFICA EM SITE DA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES, SEM O
CONSENTIMENTO DO AUTOR DA OBRA. PROCEDNCIA NA ORIGEM. IRRESIGNAO DO REQUERIDO.
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. NO OCORRNCIA. REQUERENTE QUE AUTORA DE
OBRA INTELECTUAL PROTEGIDA PELA LEI N. 9.610/98. REPRODUO DE PRODUTO NA INTERNET NO
AUTORIZADA. EXEGESE DO ARTIGO 5, XXVII, DA CONSTITUIO FEDERAL, E DOS ARTIGOS 5, VI, 28, 29
E 108 DA LEI DE DIREITOS AUTORAIS. MRITO. REVELIA DECRETADA NA ORIGEM. PRESUNO DE
VERACIDADE DOS FATOS ALEGADOS NA EXORDIAL. EXEGESE DO ARTIGO 319 DO CDIGO DE PROCESSO
CIVIL. MATRIA FTICA PRECLUSA. RECURSO NO CONHECIDO NO PONTO. "Por fora da declarao da
revelia, obsta-se a discusso de questes fticas na instncia recursal (cpc, arts. 183, 300 e 319),
ressalvadas as hipteses dos artigos 320 e 517 do Cdigo de Processo Civil.". DANO MORAL
EVIDENCIADO. TESE SUPERADA. PLEITO DE MINORAO DO QUANTUM INDENIZATRIO. AFASTADO.
PRINCPIO DA CONFIANA NO JUIZ DA CAUSA. ANEMIA DE PROVAS QUANTO PRECARIEDADE DA
SITUAO ECONMICO-FINANCEIRA DO APELANTE. VALOR ARBITRADO QUE DEVE SER MANTIDO, POIS
FIXADO EM QUANTIA RAZOVEL E PROPORCIONAL EXTENO DO DANO. PROVIDNCIA DE OFCIO.
FIXAO DO TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA A PARTIR DO EVENTO DANOSO. INCIDNCIA DA
SMULA 54 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. SENTENA AJUSTADA. RECURSO PARCIALMENTE
CONHECIDO E, NA EXTENSO, DESPROVIDO. Processo:2012.053809-4. Relator: Des. Subst. Eduardo
Mattos Gallo Jnior.

Cmaras de Direito Comercial


15.APELAO CVEL. AO INDENIZATRIA. COBRANA DE TRANSPORTE MARTIMO INTERNACIONAL.
SENTENA DE IMPROCEDNCIA. AGRAVO RETIDO DA R. AUSNCIA DE PEDIDO EXPRESSO PARA
APRECIAO NAS CONTRARRAZES. INOBSERVNCIA DE PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE
ESPECFICO. ART. 523 DO CPC. CIRCUNSTNCIA QUE IMPEDE O CONHECIMENTO DA INSURGNCIA.
APELO DA TRANSPORTADORA AUTORA. ALEGAO DE QUE A DECISO VERBERADA SERIA EXTRA PETITA,
PORQUANTO ESTRIBADA EM CLUSULA NO CONVENCIONADA ACERCA DA RESPONSABILIDADE PELO
PAGAMENTO DE TRANSLADO MARTIMO. AJUSTE COMERCIAL QUE IMPUTARIA EMPRESA MERCANTE O
NUS DO TRANSBORDO, DENOMINADO FOB-FREE ON BOARD. MATRIA QUE, EMBORA EXPRESSAMENTE
NO SUSCITADA, ENCONTRA-SE ESTRITAMENTE RELACIONADA COM A TEMTICA INERENTE AO
COMRCIO MARTIMO. ARGUMENTAO INSUBSISTENTE. PREFACIAL AFASTADA. MRITO. MOBILIRIO
OBJETO DO CARREGAMENTO DEVIDAMENTE ENTREGUE NO PORTO DE DESTINO. PACTUAO DE
CLUSULA FREIGHT DESTINATION. INRCIA DA DESTINATRIA, CONTUDO, EM DESEMBARAAR A
MERCADORIA ACONDICIONADA NO CONTAINER E, VIA DE CONSEQUNCIA, ADIMPLIR O FRETE.
EXPORTADORA APELADA QUE EM RAZO DA SOLIDARIEDADE COM A IMPORTADORA, NO PODE SE
FURTAR AO PAGAMENTO DO SERVIO DE TRANSPORTE, PRECIPUAMENTE PORQUE TAL CIRCUNSTNCIA
RESTOU CONSIGNADA NA COMMERCIAL INVOICE. TESE ACOLHIDA. REFORMA DA SENTENA. IMPOSITIVA
REDISTRIBUIO DOS NUS SUCUMBENCIAIS. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. "Na
hiptese de no pagamento do frete, cabvel ao de cobrana. Como regra, a responsabilidade do
embarcador e destinatrio solidria. Em sede de solidariedade passiva, assiste ao credor o direito de
acionar qualquer co-devedor solidrio. O demandado ter direito ao regressiva contra o que tiver
culpa pelo inadimplemento contratual.]". Processo:2010.023857-6. Relator: Des. Luiz Fernando
Boller.

16.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO C/C. INDENIZAO POR DANO


DE CUNHO MORAL. PROTESTO DE DUPLICATA DE VENDA MERCANTIL. PAGAMENTO REGULARMENTE
EFETUADO. CAMBIAL EMITIDA EM DUPLICIDADE. TITULAR DO CRDITO QUE ATRIBUIU A
RESPONSABILIDADE PELO EQUVOCO AO APRESENTANTE DO TTULO. DENUNCIAO DA LIDE. AJUSTE DE
VONTADES CELEBRADO APENAS ENTRE A AUTORA E O BANCO LITISDENUNCIADO. HOMOLOGAO.
PARTES QUE PERMANECEM SILENTES QUANTO CONSEQUENTE EXTINO DA DEMANDA. ULTERIOR
PROLAO DE SENTENA, CONDENANDO A EMPRESA DENUNCIANTE AO PAGAMENTO DE INDENIZAO
PELO PREJUZO INFLIGIDO. ATRIBUIO CASA BANCRIA TAMBM, DO DEVER DE RESSARCIR O

RESPECTIVO DISPNDIO FINANCEIRO. DESCONTENTAMENTO. OBRIGAO QUE, DE FATO, NO PODE SER


IMPUTADA AO INSURGENTE. PACTUAO DE ACORDO QUE CONSUBSTANCIA O RECONHECIMENTO DA
IRREGULARIDADE DA SUA CONDUTA. PAGAMENTO DE COMPENSAO PECUNIRIA, ADEMAIS, J
REALIZADO EM FAVOR DA VTIMA. DECOTE DE PARTE DA SENTENA QUE ESTABELECEU O
RESSARCIMENTO FINANCEIRO. CIRCUNSTNCIA QUE, NO ENTANTO, NO EXIME O BANCO APELANTE DO
DEVER DE HONRAR OS NUS SUCUMBENCIAIS RELATIVOS DENUNCIAO DA LIDE. "[...] O acordo
celebrado entre autores e litisdenunciada no dispensa a participao do patrono da litisdenunciante,
no tocante aos honorrios advocatcios, pois no lcito queles dispor sobre direito deste, sem sua
concordncia". RECLAMO CONHECIDO E PROVIDO.Processo: 2009.029106-2. Relator: Des. Luiz
Fernando Boller.

Cmaras de Direito Pblico


17.AO ANULATRIA DE PENALIDADE APLICADA EM RAZO DE INFRAO DE TRNSITO. AGRAVOS
RETIDOS NO CONHECIDOS. INCIDNCIA DO ART. 523, 1, DO CPC. CERCEAMENTO DE DEFESA NO
PROCESSO ADMINISTRATIVO. INOCORRNCIA. PROVA ORAL INTIL PARA DESCARACTERIZAR O ILCITO
DE "DIRIGIR SOB A INFLUNCIA DE LCOOL" (ART. 165 DO CTB). APLICAO DO CTB A "VIAS
TERRESTRES", QUER PBLICAS OU PRIVADAS. "De modo geral, qualquer caminho que permite a
passagem ou o trnsito de veculos submete-se incidncia das normas do Cdigo, porquanto
interessam o trfego em si e o modo como se desenvolve". HONORRIOS ADVOCATCIOS
SUCUMBENCIAIS
FIXADOS
COM
RAZOABILIDADE.
APELO
A
QUE
SE
NEGA
PROVIMENTO.Processo: 2014.054156-1. Relator: Des. Jorge Luiz de Borba.

18.APELAO CVEL EM MANDADO DE SEGURANA. CONCURSO PBLICO. CONVOCAO DE CANDIDATA


CLASSIFICADA NO LTIMO DIA DO PERODO DE VALIDADE DO CERTAME. MANIFESTA DESISTNCIA
FORMALIZADA NA MESMA DATA. IMPETRANTE POSICIONADA NA CLASSIFICAO SUBSEQUENTE.
PRETENDIDA NOMEAO. POSSIBILIDADE. DIREITO LQUIDO E CERTO AO PLEITEADO. SENTENA
REFORMADA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. "A desistncia de candidato aprovado deve se dar no
perodo de validade ou prorrogao do concurso, a fim de demonstrar o direito nomeao do
classificado subseqente. Assim, tendo a candidata convocada expressa e validamente manifestado
sua desistncia dentro do prazo de validade do certame, ainda que no ltimo dia, essa circunstncia
ftico-jurdica faz exsurgir o direito lquido e certo da colocada na posio subsequente, no caso, a
impetrante, de ser convocada para manifestar seu interesse na vaga, independentemente de, no dia
seguinte, j ter-se esvado o prazo de eficcia do concurso.Processo: 2014.044591-5. Relator: Des.
Joo Henrique Blasi.

19.Apelao cvel. Indenizao por danos materiais. Responsabilidade civil objetiva. Falsificao de
assinatura no observada por oficial de cartrio. Particular lesado por agente pblico nomeado pela
administrao. Legitimidade passiva do Estado de Santa Catarina. Danos materiais caracterizados.
Dever de indenizar. Juros moratrios. Aplicao do art. 1-F da Lei n. 9.494/97, com redao dada pela
Lei n. 11.960/09. Sucumbncia recproca. Compensao. Possibilidade na espcie. Recurso acolhido
parcialmente. Os juros de mora devem pautar-se pelo ndice estabelecido no art. 1-F da Lei 9.494/97,
com a redao da Lei n. 11.960/09 (variao mensal da TR + 0,5% ao ms) STJ, Smula n. 306 - Os
honorrios devem ser compensados quando houver sucumbncia recproca, assegurado o direito
autnomo do advogado execuo do saldo, sem excluir a legitimidade da prpria
parte. Processo:2014.009998-3. Relator: Des. Pedro Manoel Abreu.

20.APELAO CVEL. RECURSO DO EXECUTADO. CITAO POR EDITAL. ALEGAO DE NULIDADE, POR
AUSNCIA DE INDICAO DA NATUREZA DA DVIDA E DA DATA DE INSCRIO. IMPROPRIEDADE.
APONTAMENTO NO TTULO EXECUTIVO, DO VALOR E DO VENCIMENTO. AUSNCIA, ADEMAIS, DE PROVA

DO PREJUZO. RECURSO DO ESTADO. PRETENSO DE HONORRIOS. HIPTESE (REJEIO DA EXCEO)


QUE, NOS TERMOS DA JURISPRUDNCIA DO STJ, NO SE SUBORDINA A ESSE ENCARGO. RECURSOS
DESPROVIDOS. Processo: 2014.030169-9. Relator: Des. Ricardo Roesler.

Edio n. 30 de 1 de Abril de 2015.


rgo Especial
1.O fato de o edital do concurso pblico para ingresso na carreira da magistratura prever, no contedo
programtico, a matria "interveno de terceiros" possibilita a elaborao de questionamento acerca
da "interveno andina", pois se trata de espcie daquela.
Seo Criminal
2.Laudo mdico que atesta a inimputabilidade do agente poca da prtica delitiva no constitui prova
nova a justificar a reviso criminal, pelo que compete ao juzo da execuo a anlise de iseno de
pena.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
3.Nos contratos de previdncia privada, a portabilidade de um plano de benefcios para outro no
autoriza a atualizao monetria plena das contribuies pagas, pois no houve rompimento do vnculo
contratual.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
4.Carece de interesse processual o impetrante de mandado de segurana preventivo que, antes de
preencher os requisitos para alcanar o benefcio da aposentadoria, busca garantir o cumprimento de
deciso transitada em julgado que reconheceu o seu vnculo previdencirio com o IPREV.
Cmaras de Direito Criminal

5.A despeito da competncia constitucional do Tribunal do Jri, vedada anulao de deciso de


pronncia que absolve sumariamente ru de delito conexo ao crime doloso contra vida quando ausente
recurso interposto pelo MP.
6.A sonegao de tributo em valor inferior a quinhentos mil reais no representa grave dano
coletividade apto a autorizar a incidncia da causa especial de aumento de pena prevista no art. 12, I,
da Lei n. 8.137/1990.
7.A atuao de magistrados casados entre si em um mesmo processo no constitui causa de
impedimento, porquanto taxativas as hipteses previstas no art. 252 do Cdigo de Processo Penal.
8.O alto calibre de arma de fogo, por si s, no constitui fundamento hbil a justificar a incidncia
desfavorvel do vetor das circunstncias do crime na aplicao da pena pelo cometimento de homicdio
qualificado.
Cmaras de Direito Civil
9.A negativa de concesso de emprstimo a cliente bancrio em decorrncia de restries internas no
gera abalo de ordem moral, visto que o fornecimento de crdito constitui discricionariedade da
instituio financeira.
10.A doao de proventos em favor de entidades assistenciais desnatura o carter de subsistncia da
verba e autoriza sua constrio para adimplemento de dvida.
11.O estudante portador de autismo matriculado em escola particular faz jus a acompanhamento
especial por professor auxiliar, sem que isso acarrete majorao no valor da mensalidade.
12.As crticas intensas manifestadas em programa de televiso, dirigidas a uma classe de funcionrios
pblicos, a qual, sob a tica do apresentador, seria inteiramente corrupta, no implicam danos morais
no caso de profissionais no terem sido identificados individualmente.
13.O sistema de "credit scoring", modelo estatstico elaborado pela Serasa com a finalidade de atribuir
nota ao risco de crdito, afigura-se legal e no exige prvio e expresso consentimento do consumidor,
resguardado o direito ao conhecimento dos elementos e critrios utilizados para a pontuao obtida.
14.O resultado de mamografia que aponta equivocadamente a existncia de prteses de silicone em
paciente, e, com isso, possibilita a interpretao do laudo como indicativo de tumores de grandes
propores no gera abalo psquico, especialmente se decorridos meses at a procura por
esclarecimentos mdicos.
Cmaras de Direito Comercial
15.A notificao de resciso contratual direcionada a empresa matriz no se estende a filial possuidora
de CNPJ distinto, pois o fato de integrarem o mesmo grupo econmico no elide a autonomia jurdicoadministrativa.
16.O protesto de cheque aps o lapso de dois anos de sua emisso, embora represente conduta
irregular, no enseja indenizao por dano moral quando no derruda a efetiva inadimplncia do
emitente da crtula.
17.O insucesso decorrente da compra de franquia no pode ser imputado aos titulares da marca, visto
que, ao celebrar o contrato, o franqueado assume os riscos inerentes ao empreendimento.
Cmaras de Direito Pblico
18.O atraso de dois dias na confeco de boletim de ocorrncia por furto de veculo, ocasionado pela

recusa de registro em virtude de greve de policiais civis, enseja a responsabilidade do Estado pelos
danos morais sofridos pela vtima.
19.Afigura-se desnecessria a emenda da petio inicial de execuo fiscal para que apresente todos os
elementos exigidos pelo art. 282, II, do Cdigo de Processo Civil, caso preenchidos os requisitos
previstos no art. 6 da Lei n. 6.830/1980.
20.O bito do autor, no transcurso de demanda que objetiva o fornecimento de frmaco, no autoriza a
determinao de restituio, a ser feita pelo Estado, de valores despendidos pelo municpio e pelos
familiares com a compra do medicamento, por versar a questo sobre direito personalssimo e
intransmissvel.

rgo Especial
1.MANDADO DE SEGURANA. CONCURSO DA MAGISTRATURA. EXIGNCIA DE MATRIA SUPOSTAMENTE
NO CONSTANTE DO EDITAL. "INTERVENO ANDINA". ESPCIE DO GNERO "INTERVENO DE
TERCEIROS". PREVISO EXPRESSA DESTA LTIMA. AUSNCIA DE DIREITO LQUIDO E CERTO. SEGURANA
DENEGADA. Processo:2014.021433-4. Relator: Des. Cludio Barreto Dutra.

Seo Criminal
2.REVISO CRIMINAL - PRETENDIDA A MODIFICAO DA SENTENA CONDENATRIA - TESE ARRIMADA
NA INOCNCIA - APRESENTAO DE PROVA NOVA - LAUDO MDICO ATESTANDO A INIMPUTABILIDADE
DO REEDUCANDO POCA DA PRTICA DO ATO DELITUOSO - AUSNCIA DE SUBSUNO DO PLEITO
COM AS HIPTESES AUTORIZADORAS DA AO REVISONAL (CPP, ART. 621, I A III) - CASO, NO MXIMO,
DE ISENO DE PENA E DE APLICAO DE MEDIDA DE SEGURANA - COMPETNCIA DO JUZO DA
EXECUO PENAL - NO CONHECIMENTO. Processo: 2014.058044-6.Relatora: Desa. Salete Silva
Sommariva.

Grupo de Cmaras de Direito Civil


3.EMBARGOS INFRINGENTES. PREVIDNCIA PRIVADA. FUSESC. AO ORDINRIA DE EXPURGOS
INFLACIONRIOS. PROCEDNCIA NA ORIGEM. INSURGNCIA CONTRA ACRDO QUE, POR MAIORIA,
REFORMOU A SENTENA DE PRIMEIRO GRAU PARA JULGAR IMPROCEDENTE O PEDIDO. MIGRAO DE UM
PLANO DE BENEFCIO PARA OUTRO, POR MEIO DE TERMO DE TRANSAO FIRMADO ENTRE AS PARTES.
CONTRIBUIES VERTIDAS AO PLANO NO RESGATADAS. INAPLICABILIDADE DA SMULA N. 289 DO STJ,
A QUAL PREV A CORREO PLENA APENAS EM HIPTESE DE ROMPIMENTO DO VNCULO CONTRATUAL.
PRECEDENTES DO STJ E DESTA CORTE. DECISUM MANTIDO. RECURSO DESPROVIDO. "Segundo o
entendimento firmado pela Segunda Seo, a correo plena das contribuies pessoais recolhidas a
plano de previdncia privada, nos termos da Smula 289/STJ, s aplicvel s hipteses em que houver
o rompimento do vnculo contratual estabelecido entre o participante e a entidade de previdncia
complementar, no alcanando, portanto, os casos em que, por acordo de vontades, ocorre apenas a
migrao dos participantes de um plano de benefcios para outro, envolvendo concesses recprocas,
por meio de eficaz termo de transao. 2. Agravo regimental a que se nega
provimento". Processo: 2014.039072-0. Relator: Des. Srgio Izidoro Heil.

Grupo de Cmaras de Direito Pblico


4.MANDADO DE SEGURANA PREVENTIVO - JUIZ DE PAZ - NOMEAO APS A CONSTITUIO FEDERAL
DE 1988 - PRETENSO DE OBTER A ORDEM PARA ASSEGURAR O VNCULO PREVIDENCIRIO COM O
IPREV E O DIREITO DE SER APOSENTADO PELO REGIME PRPRIO DE PREVIDNCIA SOCIAL DO ESTADO VNCULO MANTIDO POR DECISO JUDICAL ANTERIOR TRANSITADA EM JULGADO - REQUISITOS DA
APOSENTADORIA NO PREENCHIDOS - AUSNCIA DE INTERESSE JURDICO-PROCESSUAL DE AGIR ORDEM DENEGADA. Processo: 2014.091530-2.Relator: Des. Jaime Ramos.

Cmaras de Direito Criminal


5.RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. RECORRENTE PRONUNCIADO PELOS CRIMES DE TENTATIVA DE
HOMICDIO QUALIFICADO POR MEIO CRUEL (ART. 121, 2, O III, C/C ART. 14, II, CP), ESTUPRO (ART. 213
CP), CORRUPO DE MENORES (ART. 244-B, DA LEI N. 8.069/90), DIREO DE VECULO AUTOMOTOR
SEM CARTEIRA DE HABILITAO E EMBRIAGUEZ AO VOLANTE (ARTS. 306, 1, I E ART. 309, AMBOS DA
LEI 9.503/97). DECISO DE PRONNCIA QUE ABSOLVEU SUMARIAMENTE O RECORRENTE SOMENTE COM
RELAO AO CRIME CONEXO DE FURTO. MANIFESTAO DA PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIA PELO
RECONHECIMENTO DA NULIDADE DA DECISO. IMPOSSIBILIDADE. EMBORA A COMPETNCIA PARA
APRECIAR O CRIME CONEXO SEJA DO CONSELHO DE SENTENA, NO HOUVE INTERPOSIO DE
RECURSO POR PARTE DO RGO MINISTERIAL. NO ANULAO DA DECISO EM RESPEITO AO PRINCPIO
DO NON REFORMATIO IN PEJUS. SMULA 160 STF. RECORRENTE QUE POSTULA A IMPRONNCIA SOB A
FUNDAMENTAO DE QUE AS ACUSAES REALIZADAS PELO MINISTRIO PBLICO NO RESTARAM
PROVADAS. DESCABIMENTO. ETAPA PROCESSUAL EM QUE A EXISTNCIA DE INDCIOS DE AUTORIA E
PROVA DA MATERIALIDADE SO SUFICIENTES PARA SUBMETER O RECORRENTE AO TRIBUNAL DO JRI.
RECORRENTE QUE SUSTENTA QUE NO TERIA AGIDO COM ANIMUS NECANDI. ELEMENTO VOLITIVO QUE
DEVE SER ANALISADO PELOS JURADOS. DELITOS CONEXOS QUE TAMBM DEVEM SER SUBMETIDOS
APRECIAO
SOBERANA
DO
CONSELHO
DE
SENTENA.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2014.084343-4. Relator: Des. Ernani Guetten de Almeida.

6. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTRIA. ART. 2, II, C/C ART. 12, I, LEI 8.137/90, EM CONTINUIDADE
DELITIVA (6X). NO RECOLHIMENTO DE ICMS. SENTENA ABSOLUTRIA FUNDAMENTADA NA
ATIPICIDADE FORMAL DA CONDUTA, SOB O ARGUMENTO DE QUE, NO CASO DO ICMS, COMERCIANTE
CONTRIBUINTE DE FATO E NO SUBSTITUTO TRIBUTRIO. RECURSO DO MP. PLEITEADA A CONDENAO.
POSSIBILIDADE. DEVIDAMENTE COMPROVADO QUE A APELADA, SCIA ADMINISTRADORA DA EMPRESA,
DEIXOU DE RECOLHER O TRIBUTO NO PRAZO LEGAL. CONFISSO, CONTRATO SOCIAL E CERTIDO DE
CONSTITUIO DE CRDITO TRIBUTRIO. CRIME QUE SE CONSUMA COM A SIMPLES OMISSO NO
RECOLHIMENTO DO TRIBUTO. IMPOSTO INDIRETO, CUJO NUS FINANCEIRO DE ARCAR COM O
PAGAMENTO RECAI SOBRE O CONSUMIDOR FINAL. EMPRESA ADMINISTRADA PELA APELADA QUE, NA
CONDIO DE SUBSTITUTA TRIBUTRIA, ASSUMIU A OBRIGAO DE REPASSAR OS VALORES
RECOLHIDOS A TTULO DE ICMS AO FISCO. OMISSO QUE NO CONSTITUI MERO INADIMPLEMENTO
TRIBUTRIO, MAS SIM APROPRIAO DO IMPOSTO ARRECADADO DE TERCEIRO. CONDENAO QUE SE
IMPE. DOSIMETRIA. PEDIDO DE RECONHECIMENTO DA CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO PREVISTA NO
ART. 12, I, LEI 8.137/90. INVIABILIDADE. INEXISTNCIA DE GRAVE DANO COLETIVIDADE. VALOR
SONEGADO INFERIOR QUINHENTOS MIL REAIS. PRECEDENTES. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2014.091285-6. Relator: Des. Ernani Guetten de Almeida.

7.EXCEO DE IMPEDIMENTO. PETIO NO ASSINADA PELO EXCIPIENTE E AUSNCIA DE PROCURAO


COM PODERES ESPECFICOS. DESNECESSIDADE. EXIGNCIA ART. 98 CPP APLICVEL APENAS AOS CASOS
DE SUSPEIO. PRELIMINAR SUSCITADA EXCEPTO AFASTADA. MAGISTRADOS CASADOS ENTRE SI.
ATUAO NO MESMO PROCESSO EM PRIMEIRO GRAU DE JURISDIO. HIPTESE DE IMPEDIMENTO NO
PREVISTA NO ART. 252 CPP. ROL TAXATIVO. ENTENDIMENTO SEDIMENTADO SUPREMA CORTE. ATUAO
JUZA, EM SUBSTITUIO AO TITULAR, LIMITADA AO RECEBIMENTO DA DENNCIA. MERO JUZO DE

PRELIBAO. ATO QUE NO POSSUI CONTEDO DECISRIO. INEXISTNCIA DE IMPEDIMENTO. EXCEO


REJEITADA.Processo: 2014.054783-1). Relator: Des. Rui Fortes. .

8.APELAO CRIMINAL. TRIBUNAL DO JRI. HOMICDIOS QUALIFICADOS CONSUMADO E TENTADO (ARTS.


121, 2, IV, E 121, 2, IV, C/C ART. 14, II, TODOS DO CDIGO PENAL), RESISTNCIA (ART. 329 DO
CDIGO PENAL) E PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO (ART. 16, PARGRAFO NICO, IV,
DA LEI N. 10.826/03). CONDENAO PELO TRIBUNAL DO JRI POR TODOS OS DELITOS. INSURGNCIA DA
DEFESA. ALMEJADA ABSORO DO DELITO DE PORTE DE ARMA DE FOGO PELO HOMICDIO.
INVIABILIDADE NA ESPCIE. MOMENTOS DE CONSUMAO DISTINTOS. DOSIMETRIA. PENA-BASE
EXASPERADA EM RAZO DO VETOR "CIRCUNSTNCIAS DO CRIME". UTILIZAO DE ARMA DE ALTO
CALIBRE. FATO QUE POR SI S NO AUTORIZA A EXASPERAO. MITIGAO DEVIDA. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. Processo:2015.003086-5. Relator: Des. Rodrigo Collao.

Cmaras de Direito Civil


9.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. RECUSA DA INSTITUIO DE CRDITO
DE CONCESSO DE EMPRSTIMOS AO AUTOR. PEDIDO NEGADO POR CONTA DE RESTRIES INTERNAS.
ANLISE DE RISCO. LIBERALIDADE DA INSTITUIO FINANCEIRA. ABALO MORAL. NO CONFIGURAO.
RECLAMO DESPROVIDO. 1 A concesso de crdito se insere na rbita da liberalidade ou da
discricionaridade da empresa que o fornece, no tratando-se, pois, de uma obrigao legal. No gera
dano moral a recusa de concesso de emprstimo a cliente bancrio por restries internas da prpria
instituio financeira, constituindo-se essa negativa em exerccio regular de direito. 2 Para a
configurao da responsabilidade civil de indenizar o dano moral, como cedio, devem estar
comprovados os pressupostos do ato ilcito: a ao ou omisso do agente, o dano e o nexo causal entre
estes dois elementos. Toca ao lesado comprovar a concomitante existncia desses elementos, pois na
falta de qualquer um dos requisitos previstos no art. 186, do Cdigo Civil, no existir dano moral
indenizvel. 3 No comprovada a inscrio do correntista nas restries internas da instituio
financeira por meio ilcito, resta prejudicado o pedido de cancelamento de quaisquer
restries. Processo: 2014.061857-0.Relator: Des. Trindade dos Santos.

10.CUMPRIMENTO DE SENTENA. PENHORA VIA BACENJUD INEXITOSA. CONSTRIO DOS PROVENTOS


DO DEVEDOR. INDICATIVO ROBUSTO DE DOAO INTEGRAL DOS VALORES A ENTIDADES
ASSISTENCIAIS. SITUAO QUE DESVIRTUA A NATUREZA ALIMENTAR, CONDIO SINE QUA NON PARA A
IMPENHORABILIDADE DE QUE TRATA O ART. 649, IV, DO CPC. INTERLOCUTRIO MANTIDO. RECURSO
DESPROVIDO. A impenhorabilidade da remunerao (CPC, art. 649, IV) perdura enquanto for destinada
ao sustento do Agravante e de sua famlia, sendo que os valores que sobejarem perdem o carter
alimentar e integram o patrimnio penhorvel. Havendo nos autos indicativo de que o devedor, que
Prefeito Municipal, doa todos os seus vencimentos oficiais a entidades assistenciais, est desvirtuada a
natureza alimentar da verba, e portanto plenamente autorizada a penhora dos valores em
questo. Processo: 2014.071056-8. Relatora: Desa. Maria do Rocio Luz Santa Ritta.

11.AO DE OBRIGAO DE FAZER. CONTRATAO DE PROFESSOR AUXILIAR INFANTE PORTADORA DE


AUTISMO. PRESCRIO MDICA ATESTANDO A NECESSIDADE DO PROFISSIONAL. MENOR QUE J SE
ENCONTRA CURSANDO A REDE REGULAR NA INSTITUIO R. RECUSA DO CUSTEIO ILEGTIMA. OFERTA
DE ENSINO PELA INICIATIVA PRIVADA CONDICIONADA S EXIGNCIAS NORMATIVAS DA EDUCAO.
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO ASSEGURADO PELA CONSTITUIO FEDERAL E POR
DIVERSOS DIPLOMAS INFRACONSTITUCIONAIS. PREVALNCIA DO DIREITO EDUCAO E INCLUSO.
DIREITOS FUNDAMENTAIS QUE, POR SUA EFICCIA HORIZONTAL, TM SEU ESPECTRO DE IRRADIAO
ESTENDIDO TAMBM S RELAES ENTRE PARTICULARES. OBSERVNCIA, ADEMAIS, DA FUNO SOCIAL
DO CONTRATO E DA CLUSULA GERAL DE BOA-F, QUE DEVE PERMEAR TODA SUA EXECUO.

SENTENA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo:2014.077813-7. Relator: Des.


Ronei Danielli.

12.APELAO CVEL. AO DE REPARAO POR DANOS MORAIS ORIUNDOS DE VEICULAO DE


CRTICAS EM PROGRAMA TELEVISIVO. PROCEDNCIA NA ORIGEM. IRRESIGNAO DE TODOS OS
LITIGANTES. ILEGITIMIDADE ATIVA. REQUERENTES QUE ESTARIAM BUSCANDO EM NOME PRPRIO
DIREITO DA CLASSE DE TRABALHADORES A QUAL PERTENCEM. PRELIMINAR QUE SE CONFUNDE COM O
MRITO. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA TERCEIRA REQUERIDA. RETRANSMISSO DO CONTEDO
SUPOSTAMENTE OFENSIVO. EXEGESE DA SMULA 211 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA.
POSSIBILIDADE DE RESPONSABILIZAO. PRELIMINAR AFASTADA. APRESENTADOR QUE FAZ CRTICA, EM
PROGRAMA AO VIVO E DE REPERCUSSO NACIONAL, NO SENTIDO DE QUE FUNCIONRIOS DA RECEITA
FEDERAL SERIAM CORRUPTOS E TREINADOS PARA TANTO. COMENTRIOS GENRICOS, DIRECIONADOS
CLASSE DE FUNCIONRIOS. INEXISTNCIA DE INDIVIDUALIZAO DOS REQUERENTES QUE, DE TODA
SORTE, SO AGENTES PBLICOS, SUSCETVEIS DESAPROVAO DA MDIA. "no caracterizar hiptese
de responsabilidade civil a publicao de matria jornalstica cujo contedo divulgue observaes em
carter mordaz ou irnico ou, ento, veicular opinies em tom de crtica severa, dura ou, at,
impiedosa, ainda mais se a pessoa a quem tais observaes forem dirigidas ostentar a condio de
figura pblica, investida, ou no, de autoridade governamental, pois, em tal contexto, a liberdade de
crtica qualifica-se como verdadeira excludente anmica ". ABALO MORAL NO EVIDENCIADO.
IMPROCEDNCIA DA DEMANDA. NUS SUCUMBENCIAIS REDISTRIBUDOS. SENTENA REFORMADA.
RECURSOS
DOS
REQUERIDOS
PROVIDOS.
RECURSO
DOS
REQUERENTES
PREJUDICADO. Processo: 2012.037473-7.Relator: Des. Subst. Eduardo Mattos Gallo Jnior.
13.AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS C/C PEDIDO DE ANTECIPAO DE TUTELA. SISTEMA
"CREDIT SCORING" JULGAMENTO LIMINAR DO PROCESSO COM FULCRO NO ARTIGO 285-A DO CDIGO
DE PROCESSO CIVIL. IMPROCEDNCIA DO PEDIDO. IRRESIGNAO DA PARTE AUTORA. ALEGAO DE
IRREGULARIDADE PROCESSUAL E IMPOSSIBILIDADE DE JULGAMENTO LIMINAR. DECISO CONTRRIA AO
ENTENDIMENTO DESTE TRIBUNAL DE JUSTIA E DAS CORTES SUPERIORES. RECURSO ESPECIAL
ADMITINDO A INSTAURAO DE INCIDENTE DE REPERCUSSO GERAL DA MATRIA. REMESSA DOS
AUTOS AO NUCLEO DE REPERCUSSO GERAL E RECURSOS REPETITIVOS (NURER). POSTERIOR
JULGAMENTO DO RECURSO ESPECIAL. RECONHECIMENTO PELO COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIA DA LICITUDE DO SISTEMA "CREDIT SCORING". METODOLOGIA DE CLCULO DE NOTA DE RISCO
DE CRDITO QUE CONSTITUI SEGREDO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL. FRMULAS MATEMTICAS E
MODELOS ESTATSTICOS QUE NO PRECISAM SER DIVULGADOS. DESNECESSIDADE TAMBM DO
CONSENTIMENTO PRVIO E EXPRESSO DO CONSUMIDOR. SISTEMA QUE NO CONSTITUI CADASTRO OU
BANCO DE DADOS, MAS UM MODELO ESTATSTICO. EXCLUSO DO NOME DO AUTOR DO SISTEMA.
INVIABILIDADE. PEDIDO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. NOTA INSATISFATRIA QUE POR SI S
NO CONSTITUI DANO MORAL. NECESSIDADE DE COMPROVAO DE UMA EFETIVA RECUSA DE CRDITO
MOTIVADA POR UMA NOTA BAIXA DE CRDITO FUNDADA EM DADOS INCORRETOS OU
DESATUALIZADOS. AUTOR QUE AFIRMA HAVER TOMADO CONHECIMENTO DA INSCRIO MEDIANTE
CONSULTA NO SISTEMA. AUSNCIA DE PROVA DE ABALO DE CRDITO OU OUTRO PREJUZO. DANOS
MORAIS NO CONFIGURADOS. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo:2013.0768463. Relator: Des. Subst. Saul Steil.

14.APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AO DE REPARAO POR DANOS


MORAIS. ERRO EM LAUDO MDICO. - IMPROCEDNCIA NA ORIGEM. MAMOGRAFIA. IDENTIFICAO DE
"PRTESES DE SILICONE". RESULTADO DO EXAME NORMAL. EQUVOCO DESIMPORTANTE. ABALO MORAL
INEXISTENTE. REPARAO INDEVIDA. - Nada obstante a equivocada referncia a existncia "prteses de
silicone", a circunstncia no reflete situao vexatria, humilhante, desesperadora ou atentatria aos
direitos da personalidade, sobretudo se, no mesmo laudo, h concluso acerca da inexistncia de
malignidade e a autora buscou esclarecimentos somente cerca de 5 meses aps. SENTENA MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2015.000835-6. Relator: Des. Henry Petry Junior.

Cmaras de Direito Comercial


15.AGRAVO DE INSTRUMENTO - AO CAUTELAR PREPARATRIA - LIMINAR - MANUTENO DO
CONTRATO DE DISTRIBUIO DE CARTES DE RECARGA DE CELULAR FORMULADO COM FILIAL ALEGADA REGULARIDADE NA NOTIFICAO PARA RESILIO UNILATERAL DO PACTO - DOCUMENTO
ENCAMINHADO MATRIZ - ALEGAO DE QUE OS EFEITOS DA COMUNICAO ESTENDEM-SE A TODAS
AS EMPRESAS, POR PERTENCEREM AO MESMO GRUPO ECONMICO - DESCABIMENTO - PESSOAS
JURDICAS DIVERSAS - CNPJ DIVERGENTE - RECURSO DESPROVIDO NESTE PONTO. O fato de cada
estabelecimento, quer seja matriz ou filial, possuir Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica prprio,
demonstra sua autonomia jurdico-administrativa, concluindo-se, portanto, que so pessoas jurdicas
distintas. Nesta situao, embora faam parte do mesmo grupo econmico, uma empresa no pode ser
compelida a suportar obrigao contrada pela outra. In casu, apesar de possurem a mesma razo
social, as empresas esto inscritas em CNPJ's distintos. Em razo disso, os efeitos da notificao
encaminhada pela agravante ao endereo da matriz, dando conta do encerramento da relao negocial,
no podem ser estendidos filial, sem que esta seja comunicada formalmente da resilio.
INSURGNCIA QUANTO NATUREZA JURDICA DO AJUSTE - EXISTNCIA DE CONTRATO DE COMPRA E
VENDA - MATRIA NO ABORDADA NA DECISO AGRAVADA - SUPRESSO DE INSTNCIA CONHECIMENTO DO RECLAMO INVIABILIZADO NESTE ASPECTO. O exame das decises judiciais em
segundo grau de jurisdio restringe-se ao contedo do prprio provimento atacado, uma vez que o
efeito devolutivo no agravo de instrumento alcana apenas a matria examinada na deciso agravada,
sob pena de supresso de Instncia e ofensa ao duplo grau de jurisdio. Na hiptese, a discusso sobre
a natureza jurdica do contrato entabulado entre as partes no foi objeto da deciso agravada. Logo,
considerando que, em sede de agravo de instrumento, a instncia recursal analisa apenas o acerto ou
desacerto do "decisum" de Primeiro Grau, invivel o conhecimento do reclamo neste
ponto. Processo: 2011.061033-1. Relator: Des. Robson Luz Varella.

16.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO C/C. INDENIZAO POR DANO


DE CUNHO MORAL. APONTAMENTO DE CHEQUE PS-DATADO A PROTESTO. ILEGALIDADE DO ATO
RECONHECIDA NO 1 GRAU. RESTRIO LEVADA EFEITO 2 ANOS APS EMISSO DO TTULO, E CERCA 27
MESES DEPOIS DA DATA DE VENCIMENTO CONVENCIONADA. INOBSERVNCIA DO PRAZO ESTABELECIDO
NO ART. 48 DA LEI 7.357/85. CONDUTA IRREGULAR. ATO ILEGTIMO APENAS POR FORA DE VCIO
FORMAL. ATRIBUIO DE RESPONSABILIDADE CIVIL, TODAVIA, EXCEPCIONALMENTE INDEVIDA.
INEXISTNCIA DE COMPROVAO DA EFETIVA QUITAO DO DBITO. MICROEMPRESA AUTORA QUE
TAMPOUCO NEGOU A EXISTNCIA DA DVIDA. INDCIOS, ADEMAIS, DE QUE EM DEMANDA MONITRIA
CONTRA SI PROPOSTA, O CHEQUE LEVADO A APONTE FOI CONSTITUDO EM TTULO EXECUTIVO
JUDICIAL. INDICAO DA DEVEDORA COMO INADIMPLENTE QUE, VIA DE CONSEQUNCIA, PATENTEOU A
VERDADE DOS FATOS. AUSNCIA DE MANCHA DA HONRA DA DEVEDORA, VISTO QUE EXISTENTE O
DBITO.
PRETENSO
INDENIZATRIA
RECHAADA.
RECLAMO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo:2014.094543-9. Relator: Des. Luiz Fernando Boller.

17.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS E PATRIMONIAIS JULGADA


IMPROCEDENTE. CONTRATO DE FRANCHISING. INSURGNCIA DAS AUTORAS. PEDIDO PARA
CONHECIMENTO DE AGRAVO RETIDO. RECLAMO, NO ENTANTO, NO INTERPOSTO NA ORIGEM. PLEITO
DESCONSIDERADO. CONEXO DA LIDE COM DEMANDAS ANLOGAS. DESAPENSAMENTO DAS AES
PARA PROLAO DE SENTENA. FATO QUE CONSUBSTANCIARIA NULIDADE. TESE REPELIDA. FEITOS
REUNIDOS COM O INTUITO DE IMPRIMIR MAIOR CELERIDADE INSTRUO PROCESSUAL. SUBSTRATO
PROBATRIO PRODUZIDO QUE FOI ADEQUADAMENTE ENCARTADO NO PRESENTE FEITO. AUSNCIA DE
PREJUZO. PRELIMINAR RECHAADA. MRITO. PRETENDIDA APLICAO DAS DISPOSIES CONTIDAS NO
CDC. INVIABILIDADE. RELAO DE CONSUMO NO TIPIFICADA. MATRIA OBJETO DO DISSENSO QUE,
ADEMAIS, REGIDA POR LEGISLAO PRPRIA. LEI N 8.955/94. CONTRATO DE FRANQUIA REGIONAL DE
VENDAS. MICROEMPRESRIAS QUE ALUDEM TEREM SIDO INDUZIDAS A ERRO QUANDO DA CELEBRAO
DO NEGCIO. PROMESSAS DE LUCRO E ENRIQUECIMENTO CERTO QUE TERIAM MOTIVADO O AJUSTE.
RESULTADOS OBTIDOS, TODAVIA, QUE RESULTARAM EM PREJUZO FINANCEIRO. GASTOS EXPRESSIVOS.
ASSUNO DE INMERAS DVIDAS. DANOS PATRIMONIAIS. CIRCUNSTNCIAS QUE JUSTIFICARIAM A
ATRIBUIO DE RESPONSABILIDADE CIVIL S FRANQUEADORAS. ARGUMENTAO INFECUNDA.

INSTRUMENTO CONTRATUAL QUE ELENCA OS ENCARGOS INCIDENTES EM DECORRNCIA DA CESSO DE


MARCA COMERCIAL. APELANTES QUE FORAM DISTO PREVIAMENTE CIENTIFICADAS. CONSTATAO DE
QUE A CAPACIDADE ECONMICA DAS RECORRENTES J NO ERA SIGNIFICATIVA ANTES DA CELEBRAO
DO NEGCIO. RETORNO PECUNIRIO MENOR DO QUE O ALMEJADO. FATO QUE, ENTRETANTO, NO PODE
SER IMPUTADO S DEMANDADAS. TREINAMENTO E APOIO LOGSTICO FORNECIDO DE FORMA
ADEQUADA. AUSNCIA DE GARANTIA DO SUCESSO DO EMPREENDIMENTO. FRACASSO DO
INVESTIMENTO QUE, AO QUE TUDO INDICA, DECORREU DA CONDUTA DAS PRPRIAS FRANQUEADAS.
RECOMPRA DA FRANQUIA. DECLARAO DE INTEGRAL QUITAO POR PARTE DAS RECORRENTES, NADA
MAIS HAVENDO A RECLAMAR. CARNCIA DE JUSTO MOTIVO PARA A PRETENDIDA ATRIBUIO DE
RESPONSABILIDADE CIVIL. ILCITO INDEMONSTRADO. SENTENA MANTIDA. RECLAMO CONHECIDO E
DESPROVIDO.Processo: 2012.070971-0. Relator: Des. Luiz Fernando Boller.

Cmaras de Direito Pblico


18.APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. FURTO DE VECULO. AGENTE DA POLCIA
CIVIL. BOLETIM DE OCORRNCIA. NEGATIVA DE REGISTRO. GREVE DOS POLICIAIS CIVIS DE SANTA
CATARINA. REGISTRO EFETUADO APS DOIS DIAS. SITUAO QUE ULTRAPASSA O MERO DISSABOR.
DEVER DE INDENIZAR. QUANTUM MINORADO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2011.069098-2). Relator: Des. Subst. Jlio Csar Knoll. .

19.AGRAVO DE INSTRUMENTO - PROCESSO CIVIL E TRIBUTRIO - EXECUO FISCAL - DECISO


INTERLOCUTRIA QUE DETERMINOU A EMENDA DA INICIAL - CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS DO
ARTIGO 6 DA LEI DE EXECUES FISCAIS - INAPLICABILIDADE SUBSIDIRIA DO ART. 282 DO CDIGO DE
PROCESSO CIVIL - DECISO REFORMADA - RECURSO PROVIDO. "'No h necessidade de emenda a
petio inicial de execuo fiscal que preenche os requisitos contidos no art. 6 da LEF, sendo indevida
a determinao para que nela constem todos os itens do art. 282, inciso II, do CPC. As regras contidas
no Cdigo de Processo Civil so apenas subsidirias s execues fiscais. Havendo lei especial que trata
da questo, deve esta ser aplicada'. Processo: 2014.030616-3. Relator: Des. Cid Goulart. .

20.AGRAVO DE INSTRUMENTO - PEDIDO DE FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO EM FACE DO ESTADO DE


SANTA CATARINA E DO MUNICPIO DE JARAGU DO SUL - FALECIMENTO DA PARTE AUTORA - DECISO
QUE ORDENOU O ESTADO DE SANTA CATARINA RESSARCIR O VALOR DOS MEDICAMENTOS PAGOS AO
MUNICPIO E AOS FAMILIARES DO AUTOR - IMPOSSIBILIDADE - DIREITO INTRANSMISSVEL E
PERSONALSSIMO - RECURSO PROVIDO. "Extingue-se o processo, sem resoluo do mrito, consoante o
art. 267, IX, do CPC, quando ocorre a morte da parte autora, se o direito pleiteado personalssimo,
portanto, intransmissvel, como se d no caso de pedido de fornecimento de medicamento.
Efetivamente, "o bito do impetrante no curso do 'writ' impe sua extino, diante do carter
mandamental
e
personalssimo
desta
ao
de
procedimento
sumrio
documental".. Processo: 2013.017884-6. Relator: Des. Cid Goulart.

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