Ementário Selecionado TJ/SC
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COISA JULGADA QUE ATINGE SOMENTE A PARTE DISPOSITIVA DA DECISO (ART. 469, I, CPC). CARNCIA DE
IMPEDIMENTO AO OFERECIMENTO DA DENNCIA. POSSIBILIDADE DE REDISCUSSO DO FUNDAMENTO
UTILIZADO NO CASO DE POSTERIOR OFERECIMENTO DE DENNCIA. PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA.
BENESSE INAPLICVEL NA ATUAL SITUAO EM APREO EM RAZO DO MODUS OPERANDI PRATICADO.
HOMOLOGAO DO FLAGRANTE. VIABILIDADE. AUSNCIA DOS REQUISITOS NECESSRIOS DECRETAO
DA PRISO PREVENTIVA E MEDIDA CAUTELAR. LIBERDADE PROVISRIA DECRETADA. RECURSO CONHECIDO
E PROVIDO. Processo: 2010.067676-9. Relator: Des. Newton Varella Jnior. Julgamento: 18/12/12. Classe:
Apelao Criminal.
5. HABEAS CORPUS - PLEITO QUE VISA TRANCAMENTO DA AO PENAL - PECULATO - PACIENTE QUE, EM
TESE, INTERMEDIOU VALORES REPASSADOS DO ESTADO PARA EVENTO CULTURAL EM MUNICPIO E TERIA SE
APROPRIADO DE PARTE DA VERBA - DENNCIA OFERTADA SEM PROVA MNIMA OCORRNCIA CRIME AUSNCIA DE JUSTA CAUSA CONFIGURADA - CONCESSO PEDIDO DE ORDEM. Processo: 2012.087425-1.
Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima Filho. Julgamento: 08/01/13.
6. HABEAS CORPUS. HOMICDIO. INDEFERIMENTO DA JUNTADA DE DOCUMENTAO APRESENTADA PELA
DEFESA NA FASE DO ART. 422 DO CPP. DOCUMENTOS DESTINADOS A INFLUENCIAR A CONVICO DO JRI.
IRRELEVNCIA QUE NO PODE SER VERIFICADA PELO MAGISTRADO DE PLANO. VIOLAO AMPLA DEFESA
E AO CONTRADITRIO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. ORDEM CONCEDIDA. Processo:
2012.084123-8. Relator: Des. Torres Marques. Origem:
7. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMNIO. ROUBO MAJORADO PELO EMPREGO DE ARMA (ART.
157, 2, I, CP). IRRESIGNAO DEFENSIVA. NEGADO DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE. ACUSADO
QUE PERMANECEU SEGREGADO DURANTE TODA INSTRUO. MOTIVAO SUFICIENTE MERA
MANUTENO CUSTDIA CAUTELAR, DIANTE DA AUSNCIA DE ALTERAO DA SITUAO FTICA E
PERSISTNCIA DOS FUNDAMENTOS PREVIAMENTE AVALIADOS. MRITO. PRETENDIDA A DESCLASSIFICAO
PARA O CRIME DE FURTO SIMPLES. IMPOSSIBILIDADE. GRAVE AMEAA, EXERCIDA COM EMPREGO DE ARMA
DE FOGO, COMPROVADA PELO DEPOIMENTO DE UMA DAS VTIMAS EM JUZO, EM HARMONIA COM O QUE
FOI PRODUZIDO NA FASE ANTERIOR. ROUBO CONFIGURADO. PLEITO SUBSIDIRIO DE AFASTAMENTO DA
MAJORANTE DO EMPREGO DE ARMA. NO APREENSO DO INSTRUMENTO E AUSNCIA DE PERCIA.
IRRELEVNCIA. SUPRIMENTO PELA PROVA TESTEMUNHAL. EXEGESE DO ART. 167 CPP. ORIENTAO STJ.
SENTENA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO. Processo: 2012.069163-3. Relator: Des.
Leopoldo Augusto Brggemann..
8. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A SADE PBLICA. TRFICO ILCITO DE ENTORPECENTES (ART. 33,
CAPUT, DA LEI 11.343/2006). SENTENA CONDENATRIA.PLEITO DEFENSIVO. ABSOLVIO POR AUSNCIA
DE PROVAS. MATERIALIDADE DO FATO COMPROVADA. CONTUDO, AUTORIA NO PACIFICADA NOS AUTOS.
AUSNCIA DE PRVIAS INVESTIGAES, CAMPANAS OU APREENSO DE DINHEIRO E USURIO. ACUSAO
QUE SE BASEIA TO SOMENTE EM DENNCIA ANNIMA QUE NO INDICA O ACUSADO COMO TRAFICANTE.
ACESSO INDISCRIMINADO DE OUTRAS PESSOAS AO LOCAL EM QUE FOI ENCONTRADO O MATERIAL
ENTORPECENTE. CONJUNTO PROBATRIO ANMICO. AUSNCIA DE PROVAS QUANTO AUTORIA. NO
COMPROVAO DO LIAME ENTRE O APELANTE E AS DROGAS APREENDIDAS. DVIDA QUE MILITA EM SEU
FAVOR. FRAGILIDADE INCAPAZ DE ALICERAR O DITO CONDENATRIO. APLICAO DO PRINCPIO IN DUBIO
PRO REO. ABSOLVIO QUE SE IMPE. SENTENA REPARADA.CORR NO APELANTE. EXTENSO DOS
EFEITOS DA DECISO. INTELIGNCIA DO ART. 580 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. RECURSO CONHECIDO
E PROVIDO. Processo: 2012.082543-0 (Acrdo). Relator: Des. Leopoldo Augusto Brggemann. Data de
Julgamento: 15/01/2013.
9. HABEAS CORPUS. TRFICO DE DROGAS. SENTENA QUE INDEFERIU O RECURSO EM LIBERDADE.
PACIENTE QUE OBTEVE DURANTE A INSTRUO PRISO DOMICILIAR EM RAZO DA GRAVIDEZ. REVOGAO
DA BENESSE COM A DECRETAO DA PRISO PREVENTIVA PARA GARANTIA DA ORDEM PBLICA.
MOTIVAO INSUFICIENTE PARA MODIFICAR A PRISO DOMICILIAR DA PACIENTE. ARTIGO 318, INCISO II,
CPP. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. Processo: 2012.087410-3 (Acrdo). Relator: Des. Jos Everaldo
Silva. Origem: So Jos. Julgamento: 18/12/2012. Classe: Habeas Corpus.
Cmaras de Direito Civil
10. APELAO CVIL. AO MONITRIA FUNDADA EM ESCRITURA PBLICA DE CONFISSO DE DVIDA COM
GARANTIA HIPOTECRIA. ARGUIO DE NULIDADE DO TTULO. ALEGADA COBRANA DE JUROS
EXCESSIVOS. TESE DE SUPOSTA PRTICA DE AGIOTAGEM. AUSNCIA DE PROVA QUE INDIQUE A
OCORRNCIA DO ILCITO. INVIABILIDADE. ART. 333, II DO CPC. SUBSTITUIO, EX OFFICIO, DO NDICE DE
CORREO MONETRIA APLICADO NA SENTENA (SELIC) PELO INPC. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
A alegao de juros exorbitantes e prtica de agiotagem merecem prova inequvoca por parte do devedor,
como prev o art. 333, II CPC, para que se estabelea a ilicitude do ttulo. Processo: 2012.074367-1 Relator:
Des. Saul Steil. Julgamento: 08/01/2013. Juiz Prolator: Gustavo Santos Mottola. Classe: Apelao Cvel.
11. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CAUTELAR INOMINADA. ALIMENTOS PROVISRIOS DEVIDOS EX-ESPOSA.
VERBA FIXADA EM 8 SALRIOS MNIMOS. IRRESIGNAO DA ALIMENTANDA. PEDIDO DE MAJORAO.
QUANTUM EM CONSONNCIA COM O BINMIO NECESSIDADE E POSSIBILIDADE. DECISO MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO. Fixar-se- os alimentos tendo em conta a necessidade econmica de quem pede e
o recurso financeiro de quem os paga; no se olvidando que a obrigao calcada no dever de mtua
assistncia, advindo do affectiofamiliaritatis, somente devida se ficar comprovada a impossibilidade de o
ex-cnjuge prover sua prpria subsistncia. Processo: 2012.071706-1. Julgamento: 08/01/2013.
12. APELAO CVEL. AO DE RESCISO CONTRATUAL POR VCIOS REDIBITRIOS C/C DANOS MORAIS.
COMPRA E VENDA DE VECULO USADO. MOTOR REMARCADO. REGRAVAO NO REGISTRADA NO CRLV.
FATO NO INFORMADO AO COMPRADOR. VCIO OCULTO QUE AUTORIZA PROCEDNCIA DE PEDIDO DE
RESCISO CONTRATUAL. IMPOSSIBILIDADE DE TRANSFERNCIA DO VECULO. VECULO REPROVADO EM
VISTORIA. DANO MORAL CARACTERIZADO. VALOR RAZOVEL E PROPORCIONAL. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO. Processo: 2012.076194-7. Julgamento: 08/01/2013.
13. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAO POR DANOS MORAIS. INSCRIO INDEVIDA DO NOME DO
AUTOR POR TRINTA E DUAS VEZES EM CADASTRO RESTRITIVO DE CRDITO. INEXISTNCIA RELAO
NEGOCIAL ENTRE AS PARTES VERIFICADA. CONDUTA CULPOSA DA CASA BANCRIA. DANOS MORAIS
PRESUMIDOS. DEVER DE INDENIZAR CARACTERIZADO. INSURGNCIA NO TOCANTE AO QUANTUM
INDENIZATRIO FIXADO (R$ 10.000,00). VALOR INADEQUADO PARA O CASO SUB EXAMINE FRENTE AOS
PARMETROS DA CMARA EM SITUAES ANLOGAS. MAJORAO PARA R$ 30.000,00. HONORRIOS
ADVOCATCIOS. FIXAO DE ACORDO COM O ARTIGO 20, 3 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL.
MAJORAO PARA 15% SOBRE CONDENAO ATUALIZADO. CORREO MONETRIA A PARTIR DESTA DATA.
JUROS MORATRIOS. INCIDNCIA DESDE O EVENTO DANOSO. SUCUMBNCIA RECPROCA RECONHECIDA E
MANTIDA NOS TERMOS DA SENTENA. RECURSO DO RU DESPROVIDO. RECURSO DO AUTOR
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Configurado o ato ilcito, nasce para o responsvel o dever de indenizar os
danos dele decorrentes. Constitui entendimento consolidado na jurisprudncia ptria que os danos morais
resultantes de inscrio indevida nos cadastros dos rgos de proteo ao crdito so presumidos. 2. Para
a fixao do quantum indenizatrio, devem ser observados alguns critrios, tais como a situao
econmico-financeira e social das partes litigantes, a intensidade do sofrimento impingido ao ofendido, o
dolo ou grau da culpa do responsvel, tudo para no ensejar um enriquecimento sem causa ou insatisfao
de um, nem a impunidade ou a runa do outro. 3. Os honorrios advocatcios a serem pagos pelo
sucumbente ao ex adverso devem se amoldar aos parmetros previstos nas alneas do 3 do art. 20 CPC.
Processo: 2012.087817-0. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato Julgamento: 08/01/2013.
14. RESPONSABILIDADE CIVIL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. AUTOR QUE ALEGA TER SIDO
VTIMA DE AGRESSES FSICAS E VERBAIS PROFERIDAS PELO RU. EXISTNCIA TO-SOMENTE DE BOLETIM
DE OCORRNCIA. DOCUMENTO PRODUZIDO UNILATERALMENTE. INEXISTNCIA DE PRESUNO JURIS
TANTUM. NECESSIDADE DE OUTROS INSTRUMENTOS PROBATRIOS A FIM DE COMPROVAR A NARRATIVA
DISCORRIDA NA EXORDIAL. PROVA TESTEMUNHAL QUE EM NADA COLABORA PARA O DESLINDE DA
CONTROVRSIA. NUS PROBANDI QUE INCUMBIA AO AUTOR. EXEGESE DO ART. 333, I, DO CDIGO DE
PROCESSO CIVIL. DEVER DE INDENIZAR INEXISTENTE. SENTENA DE IMPROCEDNCIA MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO. No h que se cogitar em responsabilidade civil por ato ilcito e reparao de danos sem
comprovao dos requisitos insculpidos no art. 186 do atual Cdigo Civil. Ademais, da dico do art. 333,
I, Cdigo Processo Civil que incumbe ao autor nus da prova acerca dos fatos constitutivos seu direito.
Processo: 2012.087164-0. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 15/01/2013. Juza Prolatora:
Rosane Portella Wolff.
parte do credor (art. 333, I, CPC), atravs de provas contundentes, acerca do encerramento das atividades
da sociedade de forma irregular ou dos demais requisitos legais previstos no art. 50 do Cdigo Civil (desvio
de finalidade ou confuso patrimonial), os quais, no caso, no restaram comprovados, diante do que se
mostrou de rigor a manuteno da deciso recorrida, que entendeu por prudncia no redirecionar o
processo contra os scios da empresa executada.". Processo: 2012.032979-4. Relator: Des. Dinart Francisco
Machado. Julgamento: 22/01/2013. Classe: Agravo de Instrumento.
21. APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. IMPROCEDNCIA NA ORIGEM. RECURSO
DA AUTORA. 1. DUPLICATAS PROTESTADAS. CONJUNTO PROBATRIO QUE INDICA A ALTERAO DAS DATAS
DOS VENCIMENTOS. ATOS NOTARIAIS IRREGULARES PORQUE NO OBSERVARAM O ACORDO ENTRE AS
PARTES. ATO ILCITO CONFIGURADO. 2. DANO MORAL INDENIZVEL. QUANTUM FIXADO. CORREO
MONETARIA PARTIR DO ARBITRAMENTO (SMULA 362 STJ) E JUROS DE MORA, DO EVENTO DANOSO
(SMULA 54 STJ). SENTENA REFORMADA. CONDENAO DA REQUERIDA AO PAGAMENTO DAS DESPESAS
PROCESSUAIS E HONORRIOS DE 10% CONDENAO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo:
2008.024578-7. Relator: Des. Raulino Jac Brning. Julgamento: 22/01/2013. Classe: Apelao Cvel.
Cmaras de Direito Pblico
22. REEXAME NECESSRIO EM MANDADO DE SEGURANA. CONCURSO PBLICO. TITULAO. CURSO
CONCLUDO DE PEDAGOGIA. DIPLOMA NO EMITIDO A TEMPO PELA INSTITUIO DE ENSINO POR RAZO
BUROCRTICA, ESTANDO EM FASE DE REGISTRO. APRESENTAO DE DOCUMENTO CERTIFICADOR DA
CONCLUSO. NO ACEITAO. ATO RRITO. TITULAO QUE DEVE SER CONSIDERADA. PRECEDENTES DA
CORTE. SENTENA CONCESSIVA DA ORDEM CONFIRMADA. REMESSA DESPROVIDA. "A exigncia de
apresentao de certificado ou diploma de curso de ps-graduao vlida, mas deve ser interpretada de
modo a permitir que o candidato desprovido de tal documento por questo de ordem meramente
burocrtica, mas que concluiu o curso em tempo hbil, considerando o prazo estabelecido no edital do
concurso pblico, comprove essa condio por meio de declarao ou atestado e, por conseguinte, obtenha
a pontuao correspondente ao ttulo.". Relator: Des. Joo Henrique Blasi. Data de Julgamento: 15/01/2013.
Publicao: 22/01/2013. Juiz Prolator: Paulo da Silva Filho. Classe: Reexame Necessrio em Mandado de
Segurana.
23. APELAO E RECURSO ADESIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. VEREADOR. EXERCCIO DE FUNO
GRATIFICADA EM EMPRESA ESTADUAL. POSSIBILIDADE. INEXISTNCIA DE AFRONTA LEI ORGNICA DO
MUNICPIO. PRECEDENTES DA CORTE. ATO MPROBO NO POSITIVADO. APELAO PROVIDA E RECURSO
ADESIVO PREJUDICADO. O impedimento imposto ao Edil de ocupar cargo comissionado ou funo
gratificada concomitantemente com o exerccio da vereana s vigora no Municpio em que se elegeu,
"nada obstando a que aceite cargo, em comisso ou efetivo, funo ou emprego de outro Municpio, do
Estado ou da Unio e que o exera, se os horrios forem compatveis", razo pela qual, nem de longe, h
de conjecturar-se improbidade em tal forma de acumulao funcional. Processo: 2007.058863-9. Relator:
Des. Joo Henrique Blasi. Origem: Videira. rgo Julgador: Segunda Cmara de Direito Pblico. Julgamento:
18/12/2012.
Cmara Especial Regional de Chapec
24. APELAO CVEL. AO DE REINTEGRAO DE POSSE. ALEGADA OCUPAO PARCIAL DE IMVEL.
AUSNCIA DE PROVA DOS REQUISITOS ESSENCIAIS AO MANEJO DA LIDE POSSESSRIA. DVIDA DE POSSE
DA PARTE AUTORA E DE ESBULHO PELA PARTE R. REQUISITOS DO ARTIGO 927, INCISOS I E II, DO CDIGO
DE PROCESSO CIVIL, NO COMPROVADOS. CONJUNTO PROBATRIO QUE NO DEMONSTRA INVASO DE
REA DA AUTORA PELA EDIFICAO DOS RUS. EXEGESE DO ARTIGO 333, I CPC. SENTENA
IMPROCEDNCIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2012.049741-3. Relator: Des. Mattos Gallo
Jnior. Julgamento: 17/12/2012.
Turmas de Recursos
25. RECURSO INOMINADO - CONSUMIDOR QUE ADQUIRIU BILHETES AREOS DE IDA E VOLTA ENTRE AS
CIDADES DE NAVEGANTES E RIO DE JANEIRO - PEDIDO DE CANCELAMENTO DAS PASSAGENS ANTES DO
VOO POR OPO DO CONSUMIDOR - COBRANA DE MULTA CUJO VALOR SE APROXIMA DE 70% DO VALOR
DAS PASSAGENS - ABUSIVIDADE DA EMPRESA AREA - VIOLAO AO ART. 51, IV, CDC - LIMITAO 30%
DAQUELE VALOR QUE SE IMPE ANTE AS CIRCUNSTNCIAS DO CASO - SOLUO EQUNIME RAZOABILIDADE - RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. Processo: 2012.700992-3 Relator: Juiz
Osvaldo Joo Ranzi. Julgamento: 17/12/2012.
26. MANDADO DE SEGURANA - JUIZADO ESPECIAL - ADMISSIBILIDADE - IMPETRAO CONTRA DECISO
QUE NEGOU IN LIMINE BENEFCIO DA JUSTIA GRATUITA, VEDANDO ACESSO AO SEGUNDO GRAU - WRIT
CONHECIDO - SEGURANA CONCEDIDA. Em sede de juizados especiais, admissvel o manejo da ao
mandamental nas hipteses em que a deciso atacada for reputada como ilegal ou com abuso de poder, e
desde que no seja admitido qualquer outro recurso, sob pena de se estar tolhendo o direito constitucional
de acesso Justia. Afirmada a necessidade da justia gratuita e exsurgindo dos autos elementos que
apontem obter o jurisdicionado rendimentos fixos, no pode o rgo julgador indeferir o benefcio sem que
seja facultada a comprovao do alegado, sob pena de afronta ao estatudo no inciso LXXIV do art. 5 CFB.
Se da conjugao das condies pessoais do jurisdicionado com o quantum do rendimento obtido
mensalmente se extrair elementos que impliquem na insuficincia econmica, deve a gratuidade da justia
ser concedida, sendo prudente, ainda, na falta de dados suficientes, a exigncia de outros documentos que
demonstrem a alegada insuficincia financeira. Processo: 2012.700779-2. Relator: Juiz Carlos Roberto da
Silva. Julgamento: 17/12/2012. Classe: Mandado de Segurana.
Edio n. 5 de 28 de Fevereiro de 2013.
rgo Especial
1.O poder de emenda atribudo Cmara Municipal limitado, est vinculado por afinidade lgica ao
projeto de lei originrio do Poder Executivo e no se estende possibilidade de aumento de despesa.
2. inconstitucional lei municipal cria contribuio compulsria servidor para custeio de fundo de
assistncia sade.
Cmaras de Direito Criminal
3.Adquirir CNH mediante pagamento, de pessoa sem qualquer vinculo a autoescola ou a
despachante, demonstra a cincia da origem ilcita do documento.
4.Afronta o devido processo legal a inobservncia do benefcio disposto no artigo 89 da Lei
9.099/1995, o que enseja a nulidade absoluta do feito, por efetivo prejuzo ao ru.
5.A dificuldade de estabelecer o ponto de impacto, localizado prximo faixa central da pista de
rolamento, ocorrido durante a noite, no permite a condenao do ru por homicdio culposo.
6.A alegao de que o exame pericial teria ocorrido em data anterior ao acidente, configura erro
material concernente data, fato que no o invalida.
7.Ainda que presentes elementos que demonstrem a necessidade da segregao provisria do
paciente, no dado ao Tribunal, inovando, agregar fundamentos ausentes na deciso do Juiz
singular.
8.Pratica estelionato (golpe do chute) acusado que se faz passar por servidor da Receita Federal, no
intuito de ofertar produtos inexistentes mediante pagamento prvio.
9.Caracteriza o crime de denunciao caluniosa quem com dolo especfico faz falsa imputao de
roubo a pessoa inocente, dando causa instaurao de inqurito policial.
10.A indevida apropriao de proventos de vtima provecta, delito previsto no Estatuto do Idoso,
constitui-se em crime-meio para a consecuo do estelionato na sua forma fundamental.
Cmaras de Direito Civel
11.O princpio da inverso do nus da prova pode ser relativizado quando ao consumidor incumbir a
produo de provas ou demonstrao mnima de indcios de suas alegaes.
12.A negativa do pagamento da indenizao pela seguradora sob alegao de que o condutor do
veculo estava embriagado, por si s, no causa excludente da obrigao de indenizar.
13.A simples declarao de hipossuficincia subscrita pelo interessado possui presuno de juris
tantum, portanto, cabe parte contrria impugn-la, no incumbindo ao juiz indeferir o benefcio de
plano.
14.Notcia de que o filho mais velho da genitora teria cometido abuso sexual/estupro contra o
infante, embora ainda no comprovada, autoriza a modificao provisria de guarda.
15.Responsabilidade do estabelecimento educacional por agresses praticadas por seus prepostos,
em pleno exerccio das funes exercidas.
Cmaras de Direito Comercial
16.A demanda revisional enseja simples clculos aritmticos para apurao do montante
pela prescrio da pretenso punitiva do Estado a medida que se impe. MRITO. CRIME PREVISTO
NO ART. 54, 2, V, DA LEI 9.605/1998. BENEFCIO DA SUSPENSO CONDICIONAL DO PROCESSO
PREVISTO NO ART. 89 DA LEI 9.099/1995. INOBSERVNCIA. OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL.
NULIDADE ABSOLUTA. DECISO RECORRIDA MANTIDA. - Caracteriza afronta ao devido processo legal
a inobservncia do benefcio previsto no art. 89 da Lei 9.099/1995, o que enseja a nulidade absoluta
do feito, por efetivo prejuzo ao ru. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e desprovimento do recurso.
- Recurso conhecido e desprovido. Processo: 2011.065197-3. Relator: Des. Carlos Alberto
Civinski Julgamento: 05/02/2013.
5.PENAL. PROCESSO PENAL. CRIME DE TRNSITO. HOMCIDIO CULPOSO NA DIREO DE VECULO
AUTOMOTOR (ART. 302 DA LEI 9.503/1997). SENTENA ABSOLUTRIA. RECURSO DO MINISTRIO
PBLICO. APLICAO DO PRINCPIO IN DUBIO PRO REO. SENTENA MANTIDA. - A dificuldade de
estabelecer o ponto exato do impacto, localizado prximo faixa central da pista, ocorrido durante o
perodo noturno, e impossibilidade de oitiva em juzo da nica testemunha presencial, a fim de sanar
dvidas acerca da verso apresentada, no permite a condenao do ru pelo crime previsto no art.
302, caput, da Lei 9.503/1997. - Devida a aplicao do princpio in dubio pro reo quando as provas
existentes nos autos no conferem segurana necessria para o reconhecimento da
responsabilidade penal. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e provimento do recurso. - Recurso
conhecido e no provido. Processo: 2011.093568-0 (Acrdo). Relator: Des. Carlos Alberto
Civinski
Julgamento: 05/02/2013.
Publicao: 14/02/2013. Juiz
Prolator: Rafael
Goulart
Sarda. Classe: Apelao Criminal.
6.RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. PRELIMINAR. NULIDADE DOS LAUDOS COMPLEMENTARES DE
LESES CORPORAIS. ALEGAES NO SENTIDO DE QUE FORA NOMEADO UM NICO PERITO AD HOC E
DE QUE O EXAME TERIA OCORRIDO EM DATA ANTERIOR AO ACIDENTE. PERCIA ELABORADA POR
MDICO OFICIAL. ERRO MATERIAL CONCERNENTE DATA QUE NO INVALIDA O LAUDO. GUIA DE
ENCAMINHAMENTO QUE CONSIGNA CORRETAMENTE O DIA DO FATO. PREFACIAL AFASTADA. MRITO.
CRIME CONTRA A VIDA. HOMICDIO SIMPLES, POR TRS VEZES, E LESES CORPORAIS GRAVES, POR
DUAS VEZES, EM CONCURSO FORMAL (ART. 121, CAPUT, E ART. 129, 1., INC. I, NA FORMA DO ART.
70, TODOS DO CDIGO PENAL). SUSTENTADA A AUSNCIA DE COMPROVAO DA MATERIALIDADE E
AUTORIA. PROVA EMPRESTADA. DECLARAO DA ME DA VTIMA, COLHIDA NA AO INDENIZATRIA
QUE SERVE COMO ELEMENTO DE CONVICO. PROCESSO QUE ENVOLVIA AS MESMAS PARTES,
SENDO OPORTUNIZADO DEFESA IMPUGN-LA. AUSNCIA, NO ENTANTO DE PROVA TCNICA CAPAZ
DE DELIMITAR O NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O SINISTRO E A MORTE DA VTIMA. IMPRONNCIA
QUE SE IMPE, EM RELAO A ESTE CRIME. ALEGADA A AUSNCIA DE DOLO EVENTUAL
CONCERNENTE AOS CRIMES DE HOMICDIO. TESE QUE NO SE VERIFICA. ELEMENTOS
JUDICIALIZADOS QUE CONFIRMAM A VERSO ACUSATRIA DE QUE O ACUSADO DIRIGIA EM ALTA
VELOCIDADE. FASE EM QUE VIGORA O PRINCPIO IN DUBIO PRO SOCIETATE. QUESTO QUE DEVE SER
DIRIMIDA TRIBUNAL DO JRI. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. Processo: 2012.0839673. Relator: Des. Alexandre d'Ivanenko. Julgamento: 05/02/13.
7.PRISO PREVENTIVA. TRFICO DE DROGAS. AUSNCIA DE FUNDAMENTAO IDNEA EM RELAO
AOS FUNDAMENTOS PREVISTOS NO ARTIGO 312 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. GRAVIDADE
GENRICA E ABSTRATA QUE NO SERVE DE AMPARO PARA A MANUTENO DA CUSTDIA
PROVISRIA. IMPRESCINDIBILIDADE DE APONTAMENTO DE SITUAES REAIS E CONCRETAS A
MOTIVAR A DECISO. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. No basta a afirmativa
genrica de que existem elementos capazes de permitir a manuteno da priso cautelar, tampouco
a meno vedao de liberdade provisria prevista no artigo 44 da Lei de Drogas. Compete
Autoridade Judiciria de primeiro grau fundamentar a decretao da medida extrema, nos
pressupostos (materialidade e indcios de autoria) e, em pelo menos um dos fundamentos (garantia
da ordem pblica ou econmica, convenincia da instruo criminal, ou para assegurar a aplicao
da lei penal) previstos no artigo 312 do Cdigo de Processo Penal, estes ltimos extrados de fatos
concretos presentes na situao ftica, em tese, criminosa. A no observncia de tal situao, torna
insubistente a deciso e, por conseqncia, impe o reconhecimento do constrangimento ilegal ao
paciente, com a decorrente soltura por meio de habeas corpus. IMPOSSIBILIDADE DO TRIBUNAL AD
para que faa prevalecer o superior interesse da prole, ainda que desatendendo, se preciso,
reclamos sentimentais dos genitores".Processo: 2012.077395-9.Relator: Des. Marcus Tulio
Sartorato. Julgamento: 05/02/2013.
15.RESPONSABILIDADE CIVIL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. PLEITEADA EM
CONTRARRAZES A MAJORAO DA VERBA INDENIZATRIA. INSUBSISTNCIA. MEIO PROCESSUAL
INADEQUADO. AUTORAS QUE, AO REALIZAR PESQUISA DE OPINIO NOS ARREDORES DA
INSTITUIO DE ENSINO, SO AGREDIDAS FISICAMENTE POR SEGURANAS, QUE ATACARAM AT
MESMO UM DOS POLICIAIS MILITARES QUE ATENDERAM A OCORRNCIA. PECULIARIDADE DA
SITUAO QUE CHAMOU A ATENO DA IMPRENSA, QUE NOTICIOU OS FATOS. SUSTENTADA A
AUSNCIA DE PROVA DO ENVOLVIMENTO DA APELANTE NOS ACONTECIMENTOS. INSUBSISTNCIA.
AGRESSES PERPETRADAS POR PREPOSTOS DA R EM PLENO EXERCCIO DE SUAS FUNES.
INSURGNCIA ACERCA DO QUANTUM INDENIZATRIO FIXADO (R$ 10.000,00 PARA CADA UMA DAS
AUTORAS). MANUTENO. VALOR QUE DIANTE DO CASO CONCRETO SE MOSTRA JUSTO E
PEDAGOGICAMENTE
EFICAZ.
OBSERVNCIA
AOS
PRINCPIOS
DA
RAZOABILIDADE
E
PROPORCIONALIDADE. INTELIGNCIA DO ART. 5, X, DA CONSTITUIO FEDERAL E DOS ARTS. 186 E
927 DO CDIGO CIVIL VIGENTE. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Para a fixao do
quantum indenizatrio, devem ser observados alguns critrios, tais como a situao econmicofinanceira e social das partes litigantes, a intensidade do sofrimento impingido ao ofendido, o dolo
ou grau da culpa do responsvel, tudo para no ensejar um enriquecimento sem causa ou
insatisfao de um, nem a impunidade ou a runa do outro. Processo: 2013.0027556. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 05/02/2013.
Cmaras de Direito Comercial
16.CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA - CONTROVRSIA ENTRE JUZO CVEL E JUIZADO ESPECIAL
- AO REVISIONAL - POSSIBILIDADE DE LIQUIDAO DA SENTENA MEDIANTE SIMPLES CLCULOS
ARITMTICOS - CIRCUNSTNCIA QUE NO AFASTA A COMPETNCIA DA JUSTIA ESPECIALIZADA PARA
PROCESSAR O FEITO - ADEMAIS, HIPTESE DE COMPETNCIA RELATIVA QUE NO AUTORIZA A
DECLINAO DE OFCIO - EXEGESE DA SMULA N. 33 STJ - COMPETNCIA JUZO SUSCITADO CONFLITO
CONHECIDO
E
PROVIDO.
Processo: 2012.0774308.
Relator: Des.CludioHelfenstein. Julgamento: 07/02/2013.
17.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE USUCAPIO. DECISO AGRAVADA QUE JULGOU
PROCEDENTE EXCEO DE INCOMPETNCIA E DETERMINOU A REMESSA DOS AUTOS AO JUZO ONDE
TRAMITA A AO DE FALNCIA DA EMPRESA PROPRIETRIA DO BEM USUCAPIENDO. MATRIA QUE
NO EST ENTRE AQUELAS DE COMPETNCIA DAS CMARAS DE DIREITO COMERCIAL. INTELIGNCIA
DO AR N. 57/2002. PRESENA DA MASSA FALIDA NO POLO PASSIVO DA AO QUE NO AFASTA A
COMPETNCIA DAS CMARAS DE DIREITO CIVIL, UMA VEZ QUE O RECURSO NO TRATA DE DIREITO
FALIMENTAR, MAS DE MATRIA DE NATUREZA CIVIL. RECURSO NO CONHECIDO. REDISTRIBUIO
DOS
AUTOS
A
UMA
DAS
CMARAS
DE
DIREITO
CIVIL.Processo: 2012.054823-9
(Acrdo). Relatora: Des. Soraya Nunes Lins. Origem: Ararangu. rgo Julgador: Quinta
Cmara de Direito Comercial. Data de Julgamento: 07/02/2013. Classe: Agravo de Instrumento.
Cmaras de Direito Pblico
18. 18. APELAO CVEL E REEXAME NECESSRIO EM MANDADO DE SEGURANA. EMPREGADO
PBLICO CLASSIFICADO EM CERTAME DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANPOLIS DESTINADO
OUTORGA DE PERMISSES PARA A EXECUO DO SERVIO PBLICO DE TRANSPORTE INDIVIDUAL
POR TXI. EXIGNCIA, POR PARTE DA MUNICIPALIDADE, DE QUE OS CONCORRENTES NO
MANTIVESSEM VNCULO FUNCIONAL OU EMPREGATCIO COM A ADMINISTRAO PBLICA. ALEGAO
DE VEDAO CONSTITUCIONAL AO ACMULO DE CARGOS PBLICOS. EXECUO DE SERVIO
PBLICO MEDIANTE PERMISSO QUE NO SE CONFUNDE COM CARGO, EMPREGO OU FUNO
PBLICA. INAPLICABILIDADE DA VEDAO PRECONIZADA PELO ART. 37, INC. XVI, DA CONSTITUIO
FEDERAL. LEGISLAO MUNICIPAL DE REGNCIA E EDITAL DO PROCEDIMENTO LICITATRIO QUE NO
IMPEDEM A PARTICIPAO DE EMPREGADOS PBLICOS NO CERTAME. DIREITO LQUIDO E CERTO DO
IMPETRANTE CELEBRAO DO CONTRATO DE PERMISSO DO ANTES ALUDIDO SERVIO PBLICO.
SENTENA QUE CONCEDEU A ORDEM MANTIDA. RECURSO E REMESSA DESPROVIDOS. "O servio
pblico municipal de transporte individual de passageiros, por meio de taxmetro (txi), prestado por
particular sob permisso do Poder Pblico, pessoalmente ou por intermdio de condutor auxiliar
indicado pelo permissionrio, no se confunde com cargo, funo ou emprego pblico, razo pela
qual a acumulao daquela atividade com cargo, funo ou emprego pblico exercido em
administrao diversa da do permitente, no se insere na vedao prevista no art. 37, XVI e XVII,
CFB, at porque o servio pblico municipal de txi no remunerado pela Administrao Pblica e
sim por tarifa paga pelo usurio." Processo:2012.046447-6. Relator: Des. Nelson Schaefer
Martins. Julgamento: 29/01/13 .
19.AO CIVIL PBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PREFEITA MUNICIPAL DEMANDADA QUE
EXPEDIU VINTE E SETE PORTARIAS DE CONCESSO IRREGULAR DE GRATIFICAES A SERVIDORES
PBLICOS E AO SECRETRIO DE PLANEJAMENTO DO MUNICPIO, SEGUNDO DEMANDADO. TESE DE
CERCEAMENTO AFASTADA. PROVA TESTEMUNHAL DISPENSVEL AO DESLINDE DA DEMANDA. ATOS
ADMINISTRATIVOS QUE FORAM PRATICADOS SEM ATENO E OBSERVNCIA AOS PRINCPIOS DA
MOTIVAO E DA LEGALIDADE. CONDUTA MPROBA CARACTERIZADA. LEI N. 8.429/1992, ART. 10,
INCS. I E XI. CONDENAO DA PREFEITA R MANTIDA. SEGUNDO DEMANDADO, SECRETRIO
MUNICIPAL BENEFICIRIO DA GRATIFICAO INSTITUDA PELA LEI MUNICIPAL N. 3.974/2005. CARGO
QUE NO PERMITE A PERCEPO DE QUALQUER VERBA ADICIONAL. VIOLAO DA CONSTITUIO
FEDERAL, ART. 39, 4. APELANTE QUE TODAVIA RESTITUIU IMEDIATAMENTE A QUANTIA
INDEVIDAMENTE RECEBIDA. BOA F DEMONSTRADA. AUSNCIA DE ENRIQUECIMENTO ILCITO A
AUTORIZAR A CONDENAO DO RU ARISTIDES PANSTEIN. SENTENA REFORMADA NESTE ASPECTO.
SUCUMBNCIA
RECPROCA,
ENTRETANTO,
MANTIDA.
RECURSO
PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2011.079339-8 (Acrdo). Relator: Des. Nelson Schaefer Martins. rgo
Julgador: Segunda Cmara de Direito Pblico. Julgamento:05/02/13.
20.CIVIL E ADMINSTRATIVO - AO DE INDENIZAO - ACIDENTE DE TRNSITO - CAPOTAMENTO
APS COLISO COM BLOCO DE CONCRETO EXISTENTE NO LEITO DE DESVIO DA VIA PBLICA AUSNCIA DE SINALIZAO - VECULO QUE TRANSITAVA EM RODOVIA ESTADUAL QUE FOI
INCORPORADA MALHA VIRIA MUNICIPAL - RESPONSABILIDADE CIVIL DO MUNICPIO - OMISSO DA
ADMINISTRAO PBLICA DEMONSTRADA - DANO MATERIAL E NEXO CAUSAL COMPROVADOS OBRIGAO DE INDENIZAR - JUROS MORATRIOS E CORREO MONETRIA CONFORME ART. 1-F DA
LEI FEDERAL N. 9.494/1997, COM ALTERAES PELA LEI FEDERAL N. 11.960/2009, A PARTIR DE SUA
VIGNCIA. O Municpio responsvel pela reparao dos danos decorrentes de capotamento de
veculo que trafegava em via pblica pertencente malha viria municipal, decorrente da existncia
de acmulos de concreto no leito da pista, que no contavam com a devida sinalizao. A correo
monetria e os juros de mora sobre o valor da condenao da Fazenda Pblica devem obedecer ao
comando do art. 1-F da Lei n. 9.494/97, com a redao dada pela Lei n. 11.960/09, a partir da
vigncia desta. At ento a correo monetria deve ser calculada pelo INPC e os juros de mora so
de 1%.Processo: 2012.011541-8 (Acrdo). Relator:Des. Jaime Ramos. rgo Julgador: Quarta
Cmara de Direito Pblico. Julgamento: 07/02/2013.
21.APELAO CVEL. AO DE REPARAO DE DANOS MATERIAIS. FURTO DE VECULO EM
ESTACIONAMENTO LOCALIZADO EM UNIVERSIDADE. PRELIMINAR. PEDIDO DE GRATUIDADE
JUDICIRIA. PESSOA JURDICA. DIFICULDADE FINANCEIRA COMPROVADA. POSSIBILIDADE. MRITO.
SITUAO ANALISADA SOB A TICA DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA, PORQUE LASTREADA EM
SUPOSTA OMISSO. NECESSIDADE, NESTE CASO, DE COMPROVAO DA CULPA PELO EVENTO
DANOSO. INOCORRNCIA NA ESPCIE. SERVIO GRATUITO POSTO DISPOSIO DOS ALUNOS.
AUSNCIA DE PROVA DA EXISTNCIA DE VIGILNCIA ESPECIALIZADA NO LOCAL. DEVER DE
INDENIZAR AFASTADO. SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. "No possui dever de guarda e
vigilncia a instituio de ensino que disponibiliza, para comodidade de alunos e funcionrios, local
para o estacionamento de veculos, sobretudo quando no h cobrana pela prestao de tal
servio, ainda que mantenha funcionrios no local com a funo de orientar o trnsito e zelar pelo
patrimnio da universidade" Processo: 2010.059055-5. Relator: Des. Jos Volpato de Souza.
Julgamento: 07/02/2013.
17.Em ao monitria fundada em cheque prescrito, ajuizada contra o emitente, dispensvel meno
ao negcio jurdico subjacente emisso da crtula.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
18.A apresentao da documentao respectiva, no prazo estabelecido, sinal de que o candidato est
pretendendo a iseno da taxa de inscrio de modo a suprir a exigncia do requerimento burocrtico
expresso.
19.No h previso legal, nem editalcia, que obrigue a Administrao Pblica a reposicionar o
candidato aprovado para o final da lista dos classificados no concurso pblico, a fim de que tenha a
oportunidade de concluir o ensino superior indispensvel posse.
Cmaras de Direito Pblico
20.Dissolvida, irregularmente, sociedade empresria devedora e frustrada citao devedor pelo correio,
impe-se o deferimento do pedido de expedio de mandado para que seja citado por oficial de justia.
21.O candidato aprovado em concurso pblico no limite de vagas previsto no edital tem direito subjetivo
nomeao.
22.Ainda que o mdico seja prestador de servios, a sua responsabilidade depende da prova de
negligncia, imprudncia ou impercia, uma vez que sua obrigao de meio, no de resultado.
23.Considerar como nico critrio para prova de ttulos em processo seletivo o tempo prvio de servio
na municipalidade gera desigualdade injusta entre os candidatos.
24.O surgimento de vaga em razo de desistncia, demisso ou exonerao de candidatos convocados
para o desempenho da funo pblica, autoriza o chamamento dos demais candidatos classificados,
ainda que fora do nmero inicial de vagas previstas.
Turmas de Recursos
25.O protesto de ttulo de crdito deve ser precedido de prudncia e cautela por aquele que busca a
cobrana do dbito, sob pena de caracterizar ato ilcito.
26.Abordagem indevida no cinema para verificao do bilhete caracteriza falha na prestao do servio,
exame este que deve ser realizado no momento do ingresso ou em local discreto.
27.A comunicao eletrnica por e-mail entre as partes, em que a vendedora se coloca disposio
para a soluo do problema no configura compromisso no ressarcimento pretendido.
28.A antecipao dos efeitos da tutela, conquanto produza efeitos imediatos, no aguardo do julgamento
definitivo da lide, d-se na sentena, de modo que, no caso de improcedncia, perde eficcia,
cancelando-se para todos os efeitos, inclusive quanto multa aplicada.
rgo Especial
1. CONFLITO DE COMPETNCIA - CANCELAMENTO DE PROTESTO DE DUPLICATA C/C DANOS MORAIS EMPRESA DE FACTORING E FOMENTO MERCANTIL - COMPETNCIA DAS CMARAS DE DIREITO
COMERCIAL. da competncia das Cmaras de Direito Comercial o julgamento do recurso que ataca
sentena proferida em processo cujo objeto a discusso a respeito do cancelamento de protestos de
duplicatas e eventual indenizao por danos morais. Processo: 2013.011943-3. Relator: Des. Luiz
Czar
Medeiros. Origem:Cricima. rgo
Julgador: rgo
Especial. Data
de
Julgamento: 06/03/2013. Data de Publicao: 14/03/2013. Classe: Conflito de Competncia.
Seo Criminal
2. AO PENAL AJUIZADA CONTRA PESSOA QUE SE IDENTIFICA COM NOME DE TERCEIRO.
COMPROVAO POR MEIO DE EXAME PAPILOSCPICO QUE AS DIGITAIS DO DENUNCIADO NO
CORRESPONDEM PESSOA POR ELE INDICADA. ALTERAO DO NOME DO AUTOR DOS FATOS
CRIMINOSOS QUE SE IMPE. EXCLUSO DO REQUERENTE E INSERO DA VERDADEIRA IDENTIDADE
CIVIL DO AUTOR DOS FATOS. AO REVISIONAL NO CONHECIDA, COM CONCESSO, DE OFCIO, DE
HABEAS CORPUS PARA CORRIGIR A IDENTIFICAO CIVIL DO CONDENADO. Processo:2012.0648278. Relator: Des.
Jorge
Schaefer
Martins. Origem: Capital. Julgamento: 27/02/2013. Publicao:07/03/2013.
3. EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE EM RECURSO CRIMINAL. TRIBUNAL DO JRI. RU
PRONUNCIADO POR HOMICDIO TRIPLAMENTE QUALIFICADO PELO MOTIVO TORPE, MEIO CRUEL E
SURPRESA (ART. 121, 2, I, III E IV, DO CP), AMEAA (ART. 147, CAPUT, DO CP, POR TRS VEZES) E
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO (ART. 12 DA LEI N. 10.826/03). DECISO
COLEGIADA, POR MAIORIA DE VOTOS, QUE DECIDIU MANTER AS TRS QUALIFICADORAS ADMITIDAS NA
PRONNCIA. PRETENDIDA PREVALNCIA DO VOTO VENCIDO QUE ENTENDEU PELO AFASTAMENTO DAS
QUALIFICADORAS DO MEIO CRUEL E DA SURPRESA. INVIABILIDADE. MEIO CRUEL. SEQUNCIA DE
DISPAROS DE ARMA DE FOGO QUE INICIARAM ATINGINDO REGIES NO LETAIS. TIRO FATAL NA CABEA
DA VTIMA DISPARO QUANDO ESTA J ESTAVA EM AGONIA. SOFRIMENTO DESNECESSRIO DO
OFENDIDO, EM TESE, CARACTERIZADO. QUALIFICADORA QUE NO SE MOSTRA MANIFESTAMENTE
IMPROCEDENTE. RECURSO QUE IMPOSSIBILITOU A DEFESA DO OFENDIDO. DESAVENAS,
PROVOCAES E AMEAAS ANTERIORES INSUFICIENTES PARA AFASTAR A QUALIFICADORA NESSE
MOMENTO. RU QUE SURPREENDEU O OFENDIDO EM SEU LOCAL DE TRABALHO E O ATACOU DE
INOPINO.
ANLISE
POSTERGADA
AO
CONSELHO
SE
SENTENA.
EMBARGOS
REJEITADOS. Processo: 2012.087348-6. Relatora: Des.
Marli
Mosimann
Vargas. Julgamento: 27/02/2013.
4. REVISO CRIMINAL. OFENSA AO TEXTO DE LEI. (CPP, ART. 621, I). COMPETNCIA. DOMICLIO DO RU
(CPP, ART. 69, II). REGRA SUBSIDIRIA (CPP, ART. 72). LOCAL DA INFRAO CONHECIDO (CPP, ART. 70).
ESTATUTO DO IDOSO. ART. 80. COMPETNCIA PARA AES COLETIVAS. INAPLICABILIDADE AO PROCESSO
PENAL. CONTRADITRIO E AMPLA DEFESA (CF, ART. 5., LV). INQUIRIO DA VTIMA E TESTEMUNHAS DE
ACUSAO. AUSNCIA DO RU E DO DEFENSOR CONSTITUDO. PROCURADOR AD HOC NO NOMEADO.
NULIDADE. 1. "A competncia ser, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infrao"
(CPP, art. 70). Somente quando no for "conhecido o lugar da infrao, a competncia regular-se- pelo
domiclio ou residncia do ru" (CPP, art. 72). A idade do ru no atrai a competncia estabelecida no
art. 80 do Estatuto do Idoso, pois tem este aplicao restrita s aes coletivas propostas em defesa
dos interesses difusos, coletivos ou individuais homogneos dos idosos. 2. Implica em patente ofensa
aos princpios do contraditrio e da ampla defesa (CF, art. 5., LV) - e, portanto, ao texto de lei - a
inquirio da vtima e das testemunhas de acusao sem a presena do ru, de seu defensor ou, pelo
menos, de procurador ad hoc. PEDIDO PARCIALMENTE PROCEDENTE Processo:2012.0789543. Relator: Des. Roberto Lucas Pacheco. Julgamento: 27/02/2013.
17. APELAO CVEL. MONITRIA. CHEQUES PRESCRITOS E NOTAS FISCAIS. SENTENA QUE ACOLHE
PARCIALMENTE OS EMBARGOS INJUNTIVOS E JULGA PROCEDENTE A PRETENSO DEDUZIDA NA INICIAL.
IRRESIGNAO DA DEVEDORA/EMBARGANTE. PROCESSUAL CIVIL. PRELIMINAR DE CARNCIA E AO
POR IMPOSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO. ALEGADO NO CABIMENTO DA DEMANDA MONITRIA, HAJA
VISTA AINDA NO TER SIDO ULTRAPASSADO O PRAZO BIENAL PARA A AO DE ENRIQUECIMENTO
PREVISTA NO ART. 61 DA LEI DO CHEQUE. TESE INACOLHIDA. POSSIBILIDADE DE OPO PELO
PROCEDIMENTO MONITRIO QUANDO O TTULO NO OSTENTA MAIS FORA EXECUTIVA. EXEGESE DO
VERBETE N. 299 STJ. PREFACIAL INPCIA DA INICIAL AUSNCIA CAUSA DE PEDIR, EM FACE DA NO
DESCRIO DA CAUSA DEBENDI. INACOLHIMENTO. ARESTO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA
PACIFICANDO O ENTENDIMENTO EM DECISO PROFERIDA NO JULGAMENTO DE RECURSO DAS
QUESTES IDNTICAS QUE CARACTERIZAM MULTIPLICIDADE NO SENTIDO DE QUE EM AO MONITRIA
FUNDADA EM CHEQUE PRESCRITO DISPENSVEL A MENO AO NEGCIO JURDICO SUBJACENTE
EMISSO DO TTULO. "PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVRSIA.
ART. 543-C CPC. AO MONITRIA APARELHADA EM CHEQUE PRESCRITO. DISPENSA DA MENO
ORIGEM DA DVIDA. Para fins art. 543-C do CPC: Em ao monitria fundada em cheque prescrito,
ajuizada em face do emitente, dispensvel meno ao negcio jurdico subjacente emisso da
crtula. 2. No caso concreto, recurso especial parcialmente provido". ALMEJADO RECONHECIMENTO DE
CERCEAMENTO DE DEFESA. INACOLHIMENTO. ELEMENTOS DE PROVA SUFICIENTES FORMAO DO
CONVENCIMENTO DO MAGISTRADO. VALOR DO DBITO QUE SUPERA O DCUPLO DO MAIOR SALRIO
MNIMO VIGENTE POCA DA EMISSO DOS TTULOS. NECESSIDADE DE COMPROVAO DE QUITAO
ATRAVS DE DOCUMENTO HBIL. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE QUE SE AFIGURA CORRETO.
INEXISTNCIA DE NULIDADE. PRELIMINAR REPELIDA. NOTAS FISCAIS DENTRE OS TTULOS QUE EMBASAM
A LIDE. DOCUMENTOS DE DVIDA ANEXADOS AO CADERNO PROCESSUAL QUE SE AFIGURAM
INSTRUMENTOS HBEIS A PROPOSITURA PROCEDIMENTO MONITRIO. "[...]A jurisprudncia desta Corte
entende que 'a nota fiscal, acompanhada do respectivo comprovante de entrega e recebimento da
mercadoria ou do servio, devidamente assinado pelo adquirente, pode servir de prova escrita para
aparelhar a ao monitria'. NUS DE SUCUMBNCIA. PLEITO DE REDISTRIBUIO. MAGISTRADO QUE
ACOLHE EM PARTE OS EMBARGOS INJUNTIVOS, REBALIZANDO OS ADITAMENTOS INCIDENTES SOBRE A
DVIDA. MINORAO DO QUANTUM DEVIDO, TODAVIA, EM MONTANTE DIMINUTO. AUTORA QUE DECAI
DE PARTE MNIMA DE SEUS PEDIDOS. SENTENA QUE SE MOSTRA ACERTADA AO IMPOR A TOTALIDADE
DOS NUS DE SUCUMBNCIA R. APLICAO DO ART. 21, NICO. RECURSO
DESPROVIDO. Processo: 2012.078765-9. Relator: Des.
Jos
Carlos
Carstens
Khler.
Julgamento: 12/03/2013.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
18. MANDADO DE SEGURANA - CONCURSO PBLICO PARA O CARGO DE DEFENSOR PBLICO ESTADUAL
- CANDIDATO COMPROVADAMENTE DOADOR DE SANGUE - ISENO DO PAGAMENTO DA TAXA DE
INSCRIO - AUSNCIA DE REQUERIMENTO ESPECFICO PEDINDO A ISENO - IRRELEVNCIA EXIGNCIA DESARRAZOADA - APRESENTAO TEMPESETIVA DA DOCUMENTAO RESPECTIVA QUE
SUPRE O REQUERIMENTO BUROCRTICO EXPRESSO - ORDEM CONCEDIDA. Se ao realizar a inscrio no
concurso o candidato comprova, como exige a Lei Estadual 10.567/1997, a qualidade de doador de
sangue, com a apresentao de documento expedido pela entidade coletora discriminando o nmero e
a data em que foram realizadas as doaes, no inferior a trs (03) vezes anuais, na forma prevista na
legislao estadual e no Edital do Concurso, no pode a Administrao Pblica, por ser totalmente
desarrazoado, deixar de isent-lo do pagamento da taxa de inscrio sob o argumento de que ele no
apresentou o "requerimento pedindo a iseno da taxa", que deve ser considerado suprido pela
apresentao tempestiva da documentao respectiva, ainda mais em face da dvida gerada pela
norma
editalcia
a
respeito
da
questo. Processo: 2012.077813-1
Relator: Des.
Jaime
Ramos. Julgamento:27/02/2013. Classe: Mandado de Segurana.
19. MANDADO DE SEGURANA. CONCURSO PBLICO DE INGRESSO NA POLCIA CIVIL. ILEGITIMIDADE
PASSIVA DO GOVERNADOR DO ESTADO ADMITIDA. INEXISTNCIA DE DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR POR
OCASIO DA POSSE. PRETENSO DE VER-SE REMANEJADO PARA O FIM DA LISTA CLASSIFICATRIA.
IMPOSSIBILIDADE. AUSNCIA DE PREVISO NORMATIVA A ENDOSSAR O PLEITO. CANDIDATO, ADEMAIS,
J NOMEADO. PRECEDENTE DO GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO. ORDEM DENEGADA. "No h
previso legal, nem editalcia, que obrigue a Administrao Pblica a reposicionar o candidato aprovado
para o final da lista dos classificados no concurso pblico, a fim de que tenha a oportunidade de concluir
o ensino superior indispensvel posse. Todavia, ainda que se admita que o candidato aprovado em
concurso pblico tenha direito de ser reposicionado no final da lista dos candidatos classificados no
concurso pblico, o exerccio desse direito, de acordo com a doutrina e a jurisprudncia, deve ocorrer
antes da nomeao, porque, uma vez ocorrida esta, o candidato tem prazo, [...] nos termos da
legislao de regncia, para tomar posse e, se vier a renunciar a esta, no poder ser nomeado uma
segunda vez em relao ao mesmo concurso". Processo: 2012.051213-1. Relator: Des. Joo Henrique
Blasi. Julgamento: 27/02/2013.
Cmaras de Direito Pblico
20. TRIBUTRIO. EXECUO FISCAL. CITAO VIA POSTAL FRUSTRADA PORQUE NO LOCALIZADO O
DEVEDOR. INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE EXPEDIO DE MANDADO PARA QUE O OFICIAL DE JUSTIA
CERTIFIQUE SE A DEVEDORA NO EST MAIS ESTABELECIDA NO LOCAL E SE POSSUI BENS PASSVEIS DE
PENHORA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO PROVIDO. Certido emitida por oficial de justia
atestando "que a empresa devedora no mais funciona no endereo constante dos assentamentos da
junta comercial indcio de dissoluo irregular, apto a ensejar o redirecionamento da execuo para o
scio-gerente". Se irregularmente dissolvida a socedade empresria devedora e se frustrada a citao
pelo correio, impe-se o deferimento do pedido de expedio de mandato para que seja citada por
oficial de justia. Processo: 2012.073654-2. Relator: Des. Newton Trisotto. Julgamento:05/03/2013.
21. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PBLICO. CANDIDATO APROVADO E NOMEADO DENTRO DO NMERO
DE VAGAS PREVISTO NO EDITAL. LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL POSTERIOR QUE AGLUTINOU VRIOS
CARGOS SOB A MESMA DENOMINAO, INCLUSIVE AQUELE PARA O QUAL O AUTOR FOI APROVADO.
EXONERAO DO SERVIDOR PELA NOVA ADMINISTRAO SOB O ARGUMENTO DE QUE A REUNIO DE
CARGOS IMPLICARIA A UNIFICAO DAS LISTAS DE APROVADOS NO CERTAME. ILEGALIDADE.
VINCULAO AO EDITAL, BOA-F E DIREITO SUBJETIVO NOMEAO. PROVIMENTO DO RECURSO PARA
JULGAR PROCEDENTE O PEDIDO E DECLARAR NULO O ATO ADMINISTRATIVO, COM REINTEGRAO DO
DEMANDANTE NO CARGO, ASSEGURADO O DIREITO DE PERCEBER OS RESPECTIVOS VENCIMENTO E
VANTAGENS DO PERODO NO QUAL FICOU AFASTADO. "Dentro do prazo de validade do concurso, a
Administrao poder escolher o momento no qual se realizar a nomeao, mas no poder dispor
sobre a prpria nomeao, a qual, de acordo com o edital, passa a constituir um direito do concursando
aprovado e, dessa forma, um dever imposto ao poder pblico. Uma vez publicado o edital do concurso
com nmero especfico de vagas, o ato da Administrao que declara os candidatos aprovados no
certame cria um dever de nomeao para a prpria Administrao e, portanto, um direito nomeao
titularizado pelo candidato aprovado dentro desse nmero de vagas. [...]. "O dever de boa-f da
Administrao Pblica exige o respeito incondicional s regras do edital, inclusive quanto previso das
vagas do concurso pblico. Isso igualmente decorre de um necessrio e incondicional respeito
segurana jurdica como princpio do Estado de Direito. Tem-se, aqui, o princpio da segurana jurdica
como princpio de proteo confiana. Quando a Administrao torna pblico um edital de concurso,
convocando todos os cidados a participarem de seleo para o preenchimento de determinadas vagas
no servio pblico, ela impreterivelmente gera uma expectativa quanto ao seu comportamento segundo
as regras previstas nesse edital. Aqueles cidados que decidem se inscrever e participar do certame
pblico depositam sua confiana no Estado administrador, que deve atuar de forma responsvel quanto
s normas do edital e observar o princpio da segurana jurdica como guia de comportamento. Isso
quer dizer, em outros termos, que o comportamento da Administrao Pblica no decorrer do concurso
pblico deve se pautar pela boa-f, tanto no sentido objetivo quanto no aspecto subjetivo de respeito
confiana nela depositada por todos os cidados". "'O edital, considerado a lei do concurso, estabelece
um vnculo entre a administrao e os candidatos, de maneira que alteraes legislativas posteriores
que restrinjam os critrios do edital no se aplicam ao certame regido por lei anterior, sob pena de
ofensa ao princpio da segurana jurdica.'. Processo: 2010.034663-9. Relator:Des. Paulo Henrique
Moritz Martins da Silva. Julgador: Primeira Cmara de Direito Pblico. Julgamento: 05/03/2013.
Classe: Apelao Cvel.
22. RESPONSABILIDADE CIVIL. ATENDIMENTO MDICO-HOSPITALAR. MORTE DO PACIENTE. PRETENDIDA
INVERSO DO NUS DA PROVA. INVIABILIDADE. MAGISTRADO QUE, AO SANEAR O FEITO, AFASTA TAL
26. DANOS MORAIS. ABORDAGEM INDEVIDA CINEMA PARA VERIFICAO BILHETE. CONSTRANGIMENTO
DESNECESSRIO. EXAME QUE DEVE SER REALIZADA NO MOMENTO DO INGRESSO OU EM LOCAL
DISCRETO. SENTENA CONDENATRIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2012.1017216. Relator:Juiz Paulo Marcos de Farias. Origem: Capital. rgo Julgador: Primeira Turma de Recursos
- Capital. Julgamento: 07/03/2013.
27. RECURSO INOMINADO - AO DE REPARAO DE DANOS - AQUISIO DE VECULO AUTOMOTOR
USADO - NEGCIO ENTRE PARTICULARES - RELAO DE CONSUMO NO CONFIGURADA -- SURGIMENTO
DE PROBLEMA EM CAIXA DE CMBIO - VCIO OCULTO - DESGASTE PRESUMIDO - NECESSIDADE DE
CAUTELA NO MOMENTO DA COMPRA - OMISSO NO DEVER DE CAUTELA, TANTO PELA VENDEDORA, QUE
NO USOU O VECULO, ADQUIRIDO DE TERCEIRO, QUANTO PELA COMPRADORA - DISPONIBILIZAR-SE,
POR E-MAIL, A BUSCAR SOLUO AO PROBLEMA NO IMPORTA EM ADMISSO DE CULPA - AUSNCIA DE
COMPROVAO DO CONHECIMENTO DO VCIO PELO VENDEDOR -- M-F NO EVIDENCIADA RESSARCIMENTO
INDEVIDO
-RECURSO
CONHECIDO
E
PROVIDO. Processo: 2012.7010531. Relator: Juiz Osmar Mohr. Origem: Cambori. rgo Julgador: Stima Turma Recursos Itaja. Julgamento: 04/03/2013.
28. RECURSO INOMINADO - EXECUO DE SENTENA - NO CUMPRIMENTO DE ANTECIPAO DE
TUTELA - PLEITO DA PARTE RECORRENTE PELA IMPOSIO DA MULTA PREVISTA NO ART. 475-J DO CPC IMPOSSIBILIDADE - LIMINAR QUE RESTOU REVOGADA EM SEDE DE SENTENA - AUSNCIA DE TTULO
EXECUTIVO QUE FUNDAMENTE O PAGAMENTO - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO - SENTENA
CONFIRMADA POR SEUS PRPRIOS FUNDAMENTOS - ART. 46 DA LEI N. 9.099/95. Cita-se precedente do
Egrgio Superior Tribunal de Justia que confirma o presente julgado: "PROCESSO CIVIL. EXECUO DE
OBRIGAO DE FAZER. ANTECIPAO DE TUTELA. MULTA COMINATRIA. CPC, ART. 461, 3 E 4. NO
CUMPRIMENTO. SENTENA DE IMPROCEDNCIA SUPERVENIENTE. INEXIGIBILIDADE DA MULTA FIXADA EM
ANTECIPAO DE TUTELA. I - A antecipao dos efeitos da tutela, conquanto produza efeitos imediatos
no podem ser obrigados a eliminar do seu sistema os resultados derivados da busca de determinado
termo ou expresso, tampouco os resultados que apontem para uma foto ou texto especfico,
independentemente da indicao do URL da pgina onde este estiver inserido. (...) No se pode, sob o
pretexto de dificultar a propagao de contedo ilcito ou ofensivo na web, reprimir o direito da
coletividade informao". Processo: 2012.071707-8. Relator: Des. Saul Steil. Julgamento: 09/04/13.
19. APELAO CVEL. SENTENA DE PROCEDNCIA EM AO DE ANULAO DE ATO JURDICO C/C.
PEDIDO DE RESTITUIO DE VALORES. PEA DE COMPLEMENTAO DAS RAZES RECURSAIS.
INADMISSIBILIDADE, ANTE A PRECLUSO CONSUMATIVA. PRELIMINARES DE ILEGITIMIDADE PASSIVA AD
CAUSAM E DENUNCIAO DA LIDE. INDEFERIMENTO MOTIVADO DO PEDIDO DE INTERVENO DE
TERCEIRO QUANDO DA REALIZAO DA AUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO, POR INCABVEL
ESPCIE. PRONUNCIAMENTO QUE NO FOI ALVO DE IMPUGNAO A TEMPO E MODO OPORTUNOS (ART.
523, 3, DO CPC). MATRIA PRECLUSA DIANTE DO QUE ESTABELECE O ART. 473 DO MESMO CDICE.
INVIABILIDADE DE SE REDISCUTIR A QUESTO. RU/APELANTE QUE, NA CONDIO DE TITULAR DO
DOMNIO, CONTRATOU COM O AUTOR/APELADO A ALIENAO DE BENS IMVEIS. PACTO CUJA VALIDADE
CONSTITUI OBJETO DA CONTROVRSIA. PERTINNCIA SUBJETIVA CARACTERIZADA. PREJUDICIAL
AFASTADA. MRITO: COMPRA E VENDA DE VRIOS TERRENOS INTEGRANTES DE LOTEAMENTO ALVO DE
EMBARGO AMBIENTAL EFETIVADO, MAS, PORM, AINDA NO AVERBADO NO REGISTRO IMOBILIRIO.
CIRCUNSTNCIA NO INFORMADA PELO VENDEDOR. RELEVNCIA DA OMISSO, POR IMPLICAR
DESCONHECIMENTO, PELO ADQUIRENTE, ACERCA DA REAL SITUAO DOS IMVEIS, SEM O QUE O
NEGCIO NO TERIA SIDO EFETIVADO, VISTO QUE A RESTRIO INVIABILIZA A DESTINAO ALMEJADA.
VCIO DE CONSENTIMENTO CONFIGURADO, NA MODALIDADE DE DOLO NEGATIVO (ART. 147 CC/02).
ACERTO DA SOLUO APLICADA PELO JUZO DE 1 GRAU, NO SENTIDO DE ANULAR A AVENA
CONTRATADA, ORDENANDO O RETORNO DAS PARTES AO STATUS QUO ANTE, POR MEIO DA DEVOLUO
DOS VALORES PAGOS PELO COMPRADOR/APELADO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "Age com
dolo ou culpa grave o contratante que, intencionalmente, omite informaes desfavorveis a respeito
do bem que pretende alienar, de modo a viciar a declarao de vontade do adquirente, ensejando,
assim, a anulao do pacto, com o inafastvel retorno das partes ao status quo ante sua celebrao.".
"Pelos princpios da boa-f objetiva e da eticidade, constitui omisso dolosa - negligncia - o ru deixar
de informar ao autor sobre questes essenciais ao negcio jurdico, que se fossem conhecidas pelo
autor, este no o celebraria. Anula-se negcio jurdico em que uma das partes se aproveita dolosamente
da ignorncia alheia, objetivando obter lucro fcil". Processo: 2009.005843-1. Relator: Des. Luiz
Fernando Boller. Origem: Navegantes. rgo Julgador: Quarta Cmara de Direito Civil. Julgamento:
11/04/2013. Classe: Apelao Cvel.
20. APELAO CVEL. DIREITOS DA PERSONALIDADE. ALVAR JUDICIAL PARA NEOCOLPOVULVOPLASTIA.
IMPROCEDNCIA NA ORIGEM. CIRURGIA DE TRANSGENITALISMO. PRESSUPOSTOS CARACTERIZADOS.
RESOLUO N. 1.955/2010 DO CFM. NORMATIVO SEM FORA COGENTE. POSSIBILIDADE DE MITIGAO.
IDADE MNIMA (21 ANOS) ALCANADA NO DECORRER DO PROCESSO. VONTADE LIVRE, CONSCIENTE E
ESCLARECIDA DO INTERESSADO. PARECERES MDICOS, PSICOLGICO E ESTUDO SOCIAL FAVORVEIS.
CONCEITO DE "EXIGNCIA MDICA" VERIFICADO. ART. 13 DO CC. ATO DISPOSIO DO CORPO
ADMISSVEL. - Conquanto a Resoluo n. 1.955/2010 do Conselho Federal de Medicina exija a idade
mnima de 21 (vinte um) anos do paciente e autorizao de equipe multidisciplinar (composta por
mdico cirurgio, endocrinologista, psiquiatra, psiclogo e assistente social) integrante de hospital
pblico, suas normas no tem fora cogente, muito embora emoldure exigncias razoveis para se
aferir a caracterizao do transexualismo e a necessidade e aptido para a cirurgia de transgenitalismo,
sendo passveis de mitigao mediante autorizao judicial, desde que caracterizada a "exigncia
mdica" a que alude o art. 13 do Cdigo Civil. - No caso concreto, atingida a idade mnima no curso do
processo; manifestada a vontade de forma livre, consciente e esclarecida de se submeter ao
procedimento cirrgico, judicial e extrajudicialmente; e havendo pareceres mdicos (cirurgio,
endocrinologista e psiquiatra), psicolgico e estudo social a atestar a aptido do paciente e a
convenincia da cirurgia, com base nas prprias diretivas da Resoluo referida, de se conceder a
chancela pretendida. SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. Processo: 2012.056609-3. Relator:
Des. Henry Petry Junior. Julgamento: 11/04/2013. Classe: Apelao Cvel.
21. APELAO CVEL. RESCISO CONTRATUAL C/C INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.
tanto residencial como profissional. Trata-se no propriamente de uma obrigao, mas sim de
verdadeiro nus processual, cujo descumprimento acarreta parte negligente a sano da presuno
de validade da intimao efetuada no primeiro endereo constante da pea inicial. Exegese do art. 238,
pargrafo nico, do CPC. Verificado, no caso concreto, que a intimao pessoal da autora, a que alude o
art. 267, 1, do CPC, se deu na forma de carta com aviso de recebimento no endereo que consta da
petio inicial, e que esta foi devolvida sem cumprimento, com informao "mudou-se", considera-se
mesmo assim realizada e vlida a intimao, na forma do art. 238, pargrafo nico, do Cdigo de Ritos.
GRATUIDADE JUDICIRIA - PRECLUSO DA DISCUSSO ACERCA DA SUFICINCIA DA SIMPLES
DECLARAO FIRMADA PELA PARTE POSTULANTE - DE NO CONHECIMENTO DO APELO NO PONTO. No
tendo a parte interessada se insurgido, em tempo e modo oportunos, contra a deciso que determinou
a comprovao de sua hipossuficincia financeira, tem-se por preclusa a questo, sendo invivel o
exame da temtica relacionada suficincia da declarao firmada para fins de concesso da benesse
apenas em sede de apelao. Processo: 2012.090256-7 (Acrdo). Relator: Des. Robson Luz Varella.
Origem: Joinville. Julgamento: 02/04/2013
25. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA. JUIZADO ESPECIAL E VARA CVEL. EXECUO DE TTULOS
DE CRDITO EXTRAJUDICIAIS. CHEQUES. MAGISTRADO SUSCITADO QUE DETERMINOU A APRESENTAO
PELO AUTOR, DE DOCUMENTO FISCAL REFERENTE AO NEGCIO JURDICO OBJETO DA DEMANDA, NOS
TERMOS DO ENUNCIADO N. 135 DO FONAJE. REMESSA DOS AUTOS VARA CVEL, DIANTE DA NO
APRESENTAO. DESCABIMENTO NA HIPTESE DOS AUTOS. VALOR PERSEGUIDO QUE GUARDA
COMPATIBILIDADE COM O ART. 3, I, DA LEI N. 9.099/95. MICROEMPRESA EXPRESSAMENTE AUTORIZADA
A LITIGAR NO JUIZADO ESPECIAL. INTELIGNCIA DO INCISO II, DO PARGRAFO PRIMEIRO DO ART. 8 DA
LEI SUPRACITADA. DESNECESSIDADE DE APRESENTAO DO DOCUMENTO FISCAL, POR SE TRATAR DE
TTULO DE CRDITO. AUTONOMIA INDEPENDNCIA E CARTULARIDADE DO TTULO. COMPETNCIA DO
JUIZADO ESPECIAL PARA O PROCESSAMENTO E JULGAMENTO DA DEMANDA. CONFLITO ACOLHIDO.
Enunciado n. 135 do FONAJE: "O acesso da microempresa ou empresa de pequeno porte no sistema dos
Juizados especiais depende da comprovao de sua qualificao tributria atualizada e documento fiscal
referente ao negcio jurdico objeto da demanda". Quando a execuo estiver aparelhada por cheque
desnecessria a juntada aos autos do documento fiscal, uma vez que aquele ttulo de crdito por
imposio legal e possui a caracterstica de desvincular-se do negcio jurdico que lhe deu origem. Nos
termos do 1, do art. 8 da lei de regncia, as microempresas podem litigar no Juizado Especial, in
verbis: "Somente sero admitidas a propor ao perante o Juizado Especial: (...) II - as microempresas,
assim definidas pela Lei 9.841/99". Da mesma forma, o inciso II, do 1 c/c o inciso I, ambos do art. 3
da Lei n. 9.099/95, prev que o Juizado Especial possui competncia para o processamento e
julgamento de demandas que no excedam a 40 salrios mnimos. Processo: 2012.046622-9 (Acrdo).
Relator: Des. Rejane Andersen. Julgamento: 02/04/2013.
26. APELAO CVEL. AO DE RESTITUIO DE DEPSITO. INSURGNCIA QUANTO INPCIA DA
INICIAL E LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. MERA CPIA DO VENTILADO NA CONTESTAO.
AUSNCIA DE DEMONSTRAO DOS FUNDAMENTOS DE FATO E DE DIREITO QUE LEVARAM A PARTE A
APELAR DA DECISO SINGULAR. FALTA DE DIALETICIDADE. NO OBSERVNCIA DO ART. 514, II, DO CPC.
RECURSO NO CONHECIDO NESSES PONTOS. Sob pena de no ver conhecido o recurso, deve a parte
apelante observar o disposto no inciso II do art. 514 do CPC, expondo com objetividade os motivos de
seu inconformismo, demonstrando as razes de fato e de direito indicadoras dos vcios da sentena que
justificam a reforma pretendida. Destarte, no h possibilidade de se conhecer de apelao cujas razes
so simplesmente uma cpia da contestao, pois falta-lhe a essencial dialeticidade. INSURGNCIA
PARA EXCLUSO DOS JUROS REMUNERATRIOS SOBRE A IMPORTNCIA DEVIDA. VALORES QUE SERO
ATUALIZADOS PELOS NDICES OFICIAIS QUE J COMPREENDEM OS JUROS REMUNERATRIOS.
PERCENTUAL AFASTADO. RECURSO PROVIDO NO PONTO. "A remunerao das cadernetas de poupana
pelos ndices oficiais j inclui os juros remuneratrios". Processo: 2011.063110-8 (Acrdo). Relator:
Des. Paulo Roberto Camargo Costa. Julgamento: 04/04/2013.
27. APELAO CVEL. EMBARGOS MEAO. SENTENA QUE REFUTA OS PEDIDOS. REBELDIA DA
EMBARGANTE. PENHORA DE BEM IMVEL. NECESSIDADE DE INTIMAO DO CNJUGE. NULIDADE DA
INTIMAO EDITALCIA. HIPTESE DOS AUTOS QUE NO COMPORTAVA ESSE MEIO EXCEPCIONAL.
ENDEREO DO CNJUGE VIRAGO CERTIFICADO NOS AUTOS. NULIDADE DOS ATOS POSTERIORES
PERICIAL FIRMADO POR DOIS PERITOS, SENDO UM NOMEADO 'AD HOC'. AUSNCIA DE NULIDADE.
INAUTENTICIDADE DAS MDIAS BEM COMPROVADA. CONDENAO MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO.Processo: 2012.008446-7. Relator: Des. Rodrigo Collao. Origem: So Bento do
Sul.rgo Julgador: Seo Criminal. Data de Julgamento: 24/04/13
4. REVISO CRIMINAL. LESO CORPORAL DE NATUREZA GRAVSSIMA (ART. 129, 2, IV, CP). PENA
PRIVATIVA DE LIBERDADE SUBSTITUDA POR 2 MEDIDAS RESTRITIVAS DIREITOS, UMA CONSISTENTE
SUSPENSO HABILITAO PARA DIRIGIR VECULO (ART. 47, III, CP). ERRO TCNICO EVIDENCIADO.
REFERIDA MEDIDA DE INTERDIO S APLICVEL HIPTESES CONDENAO POR CRIME DE TRNSITO
CULPOSO. INTELIGNCIA ART. 57 CP. SUBSTITUIO DA ALUDIDA MEDIDA RESTRITIVA DE DIREITOS
POR PRESTAO PECUNIRIA. PEDIDO DEFERIDO. "A suspenso de autorizao ou de habilitao para
dirigir veculo somente ser cabvel, como substituio de liberdade aplicada, quando a infrao
penal cometida pelo condenado for de natureza culposa e relacionada com a conduo de veculo
automotor, uma vez que, se o crime tiver sido doloso e se o agente tiver utilizado seu veculo como
instrumento para o cometimento do delito, no ter aplicao tal modalidade de interdio
temporria de direitos".. Processo: 2012.051307-8).Relator: Des. Paulo Roberto Sartorato.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
5. APELAO E REEXAME NECESSRIO. AO CIVIL PBLICA VERSANDO O CUMPRIMENTO DE
ACORDO CELEBRADO EM FEITO ANTERIOR (OUTRA ACP). DISCUSSO SOBRE O INTERESSE
PROCESSUAL NO AJUIZAMENTO DE NOVA ACTIO. RELEVANTE QUESTO DE DIREITO. MATRIA QUE
DEVE SER AFETADA AO GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO, AT PELA PLETORA DE AES, A
FIM DE PREVENIR DIVERGNCIA. APLICABILIDADE DO ART. 555, 1, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL.
INTERESSE PBLICO RECONHECIDO. ANLISE DO MRITO. EXISTNCIA DE TERMO DE AJUSTAMENTO
DE CONDUTA FIRMADO EM AO ANTERIOR. POSSIBILIDADE DE SER EXECUTADO. DESCABIDO
AJUIZAMENTO DE NOVA ACP POR FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL. EXTINO DO FEITO QUE SE
IMPE. SENTENA REFORMADA PARA EXTINGUIR A AO CIVIL PBLICA. RECURSOS PROVIDOS E
REMESSA PREJUDICADA. I. A matria debatida, qual seja o interesse processual do Ministrio Pblico
no ajuizamento de nova ao civil pblica para buscar o cumprimento de acordo homologado em
ao anterior, traduz relevante questo de direito, a recomendar, por existir interesse pblico, sua
afetao esfera competencial do Grupo de Cmaras de Direito Pblico desta Corte, na senda do
regrado pelo art. 555, 1CPC, sobretudo em razo da pletora de novas aes/ apelaes dotadas do
mesmo contorno ftico-jurdico. II. A circunstncia de o Parquet estadual estar, na espcie dos autos,
respaldado por termo de ajustamento de conduta entabulado em anterior ao civil pblica, faz
inexistir seu interesse processual na deflagrao de nova demanda com o mesmo objeto, mormente
porque, in casu, tendo titulo executivo extrajudicial, pode lanar mo do remdio adequado para
satisfazer
seu
desiderato.Processo: 2012.062472-8. Relator: Des.
Joo
Henrique
Blasi. Origem: Capital. Julgamento: 08/05/2013.
6. MANDADO DE SEGURANA - ENSINO MDIO NOTURNO REGULAR E GRATUITO EM ESCOLAS
PBLICAS - DIREITO SUBJETIVO DO EDUCANDO E OBRIGAO CONSTITUCIONAL DO PODER PBLICO ORDEM CONCEDIDA. De acordo com a Constituio Federal de 1988 "o acesso ao ensino obrigatrio e
gratuito direito pblico subjetivo" do educando/administrado, cabendo ao Estado a obrigao/dever
de oferecer o "ensino noturno regular, adequado s condies do educando", da por que "o nooferecimento do ensino obrigatrio pelo Poder Pblico, ou sua oferta irregular, importa
responsabilidade da autoridade competente" (art. 208, VI, 1 e 2, da CF/1988). Na hiptese de
nmero reduzido de alunos que tm direito subjetivo ao ensino noturno regular, nada impede que
eles sejam remanejados para turmas em outras escolas, as que ficarem mais prximas de seus
endereos, desde que o Estado fornea transporte regular, se necessrio.Processo: 2012.0896989. Relator: Des. Jaime Ramos. Origem: Capital. rgo Julgador: Grupo de Cmaras de Direito
Pblico. Julgamento: 08/05/2013.
7. Mandado de Segurana. Delegado de Polcia Civil. Processo Administrativo Disciplinar que culminou
com a demisso qualificada do servidor pblico. Violao ao ditames da Lei Estadual n. 6.843/86
comprovados. Teses de nulidade do Processo Administrativo por cerceamento de defesa afastadas.
Procedimento escorreito na sua soluo. Observncia da lei sem excesso de poder e com garantia do
contraditrio e da ampla defesa. Ordem denegada. Processo: 2012.091515-5). Relator: Des. Pedro
Manoel Abreu. Julgamento: 08/05/13.
Cmaras de Direito Criminal
8. AGRAVO EM EXECUO. RECURSO DO MINISTRIO PBLICO CONTRA DECISO QUE MODIFICOU O
REGIME PRISIONAL PARA CUMPRIMENTO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE, COM BASE EM JULGADO
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL QUE DECLAROU A INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 2, 1, DA
LEI N. 8.072/90, EM CASO DE TRFICO DE DROGAS. DIVERGNCIA JURISPRUDENCIAL ACERCA DA
POSSIBILIDADE DA APLICAO DE TAL POSICIONAMENTO, MAIS BENFICO AO CONDENADO, PELO
JUZO DA EXECUO. ENTENDIMENTO NO SENTIDO DE QUE, AINDA QUE POSSVEL A REVISO DO
REGIME PELO MENCIONADO JUZO, DIANTE DO JULGADO PROFERIDO PELA CORTE SUPREMA, TAL
SITUAO, POR SI S, NO SERVE PARA O ABRANDAMENTO DO REGIME. NECESSIDADE DE
AVERIGUAO DAS CIRCUNSTNCIAS DO CASO CONCRETO, LUZ DOS CRITRIOS ESTABELECIDOS
NO ART. 33, 3, DO CDIGO PENAL E TAMBM NO ART. 42 DA LEI DE DROGAS. INVIABILIDADE,
CONTUDO, NA HIPTESE EM TELA. NATUREZA, QUANTIDADE E VARIEDADE DA DROGA QUE
DEMONSTRAM QUE O REGIME FECHADO O QUE MELHOR SE ADEQUA AO CASO E O QUE MAIS
FACILMENTE CONDUZ AO CUMPRIMENTO DOS FINS DA PENA. REFORMA DA DECISO QUE SE IMPE.
RECURSO PROVIDO. 1. Vem ganhando fora, no mbito dos Tribunais ptrios, o entendimento
esposado pelo Supremo Tribunal Federal quando do julgamento em plenrio do Habeas Corpus n.
111.840/ES, segundo o qual inconstitucional a determinao contida no 1 do artigo 2 da Lei n.
8.072/90, e, via de consequncia, vivel a fixao de regimes prisionais mais brandos para os crimes
hediondos e assemelhados. 2. Diante da divergncia jurisprudencial acerca da possibilidade de
aplicao de tal posicionamento pelo juzo da execuo, mesmo que seja admitida a reviso do
regime inicial de cumprimento de pena, com base no julgado supramencionado, devem ser levadas
em considerao as circunstncias do delito, como previsto no art. 33, 3, do Cdigo Penal e
tambm no artigo 42 da Lei n. 11.343/06, de modo que, no caso em tela, se estes ltimos elementos
evidenciarem especial gravidade concreta do delito, mostra-se como regime mais apropriado o
fechado. Processo: 2013.018109-4. Relator: Des.
Paulo
Roberto
Sartorato.
Julgamento: 30/04/2013. .
9. HABEAS CORPUS. EMBRIAGUEZ AO VOLANTE (ART. 306 DO CDIGO DE TRNSITO BRASILEIRO).
FIXAO, INICIALMENTE, DE FIANA. POSTERIOR REVOGAO, COM A CONVERSO DO FLAGRANTE
EM PRISO PREVENTIVA. FUNDAMENTAO IDNEA, PORM AUSENTE REQUISITO OBJETIVO (CPP, ART.
313). CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. REVOGAO DA CUSTDIA, COM A APLICAO,
TODAVIA, DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS (CPP, ART. 319). ORDEM CONCEDIDA, EM
PARTE. Processo: 2013.022966-2 (Acrdo).. Relator: Des. Ricardo Roesler. Origem: Rio do Sul.
Julgador:Segunda Cmara Criminal. Julgamento: 07/05/2013. Classe: Habeas Corpus.
10. APELAO CRIMINAL. CRIME DE FALSIFICAO DE DOCUMENTO PARTICULAR (ART. 298 DO
CDIGO PENAL). R QUE ADULTEROU RECIBO PARA TENTAR COMPROVAR O PAGAMENTO DE
HONORRIOS SUCUMBENCIAIS. MODIFICAO DOLOSA DA DATA DO RECIBO DO ALGARISMO "UM"
PARA O "NOVE". DEPOIMENTO DA VTIMA ALIADO AO LAUDO PERICIAL QUE PROPORCIONA LASTRO A
CONDENAO. PERCIA QUE CONFIRMA A ALTERAO. PLEITO ABSOLUTRIO INVIVEL. DOSIMETRIA
ADEQUADAMENTE FUNDAMENTADA PELO MAGISTRADO A QUO. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2012.044757-3). Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt
Schaefer. Julgamento: 23/04/2013. Classe: Apelao Criminal.
11. APELAO CRIMINAL. CRIME DOLOSO CONTRA A VIDA. TRIBUNAL DO JRI. ACUSADO
PRONUNCIADO POR TENTATIVA DE HOMICDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO (ART. 121, 2, II E IV, C/C
O ART. 14, II, AMBOS DO CDIGO PENAL). CONDENAO. IRRESIGNAO DA DEFESA. QUESTO
PREJUDICIAL. PROCESSO NULO DESDE A DECISO DE PRONNCIA. COMPLETA AUSNCIA DE PROVAS
A INCRIMINAR O PRONUNCIADO. VTIMA VISADA E TESTEMUNHAS, AS QUAIS SOMENTE RELATARAM O
QUE OUVIRAM DA PRIMEIRA, QUE NEGAM SER O ACUSADO AUTOR DO DELITO DESDE A FASE DO
SUMRIO DA CULPA. EVIDENTE DISSONNCIA ENTRE A DECISO DOS JURADOS E A SENTENA DE
PRONNCIA COM A PROVA COLACIONADA SOB O CRIVO DO CONTRADITRIO E DA AMPLA DEFESA.
aquele que sofreu sequelas fsicas decorrentes de ilcito praticado por condutor de nibus. 2. Mantmse o valor dos danos morais quando subordinado aos elementos objetivos do ilcito e subjetivos do
ofendido e do ofensor, gravidade da culpa deste e s repercusses da ofensa, respeitada a essncia
moral
do
direito. Processo: 2013.019936-9
(Acrdo). Relator: Des.
Monteiro
Rocha. Origem: Tubaro. rgo
Julgador: Segunda
Cmara
de
Direito
Civil.
Julgamento: 25/04/2013.
15. APELAO CVEL. AO DE REPARAO DE DANO. INSURGNCIA DO DEMANDANTE, QUE ALEGA
IRREGULARIDADE NA REPRESENTAO PROCESSUAL DA REQUERIDA. INSTRUMENTO DE MANDATO
QUE NO TERIA ACOMPANHADO A PEA DEFENSIVA. CIRCUNSTNCIA QUE, EM QUE PESE SER
VERDICA, FOI SOLUCIONADA PELA PARTE QUANDO TRANSCORRIDOS NO MAIS DO QUE 13 (TREZE)
DIAS DESDE O PROTOCOLO DA CONTESTAO. DILIGNCIA QUE, ADEMAIS, ANTECEDEU A PRPRIA
CONSTATAO DA FALTA DO DOCUMENTO OBRIGATRIO PELO TOGADO SINGULAR. INVIABILIDADE DA
PRETENDIDA DECRETAO DA REVELIA, POR TRATAR-SE DE IRREGULARIDADE SANVEL. EXEGESE DO
ART. 13 DO CPC. PRETENDIDA ATRIBUIO DE RESPONSABILIDADE CIVIL R/APELADA, EM RAZO
DA SUPOSTA NEGLIGNCIA NA PRESTAO DO SEU SERVIO. CASA LOTRICA QUE TERIA DEIXADO DE
FORMALIZAR UMA DAS APOSTAS DO REQUERENTE, PROCEDENDO, AO INVS DISTO, NO DUPLO
REGISTRO DE OUTROS 2 JOGOS. SUBSTRATO PROBATRIO INEFICIENTE COMPROVAO DA TESE
MANEJADA. NUS DA PROVA QUE COMPETIA AO INSURGENTE, A TEOR DO PRECONIZADO NO ART.
333, INC. I, DO CPC. SIMPLES PREENCHIMENTO DO VOLANTE COM A SEQUNCIA NUMRICA
PREMIADA QUE NO CONSTITUI PROVA BASTANTE PARA O DIREITO REPARATRIO PERSEGUIDO.
POSSIBILIDADE DE O DOCUMENTO TER SIDO COMPLETADO APS A PUBLICAO OFICIAL DO
RESULTADO DO CONCURSO, MORMENTE ANTE A CEDIA ACESSIBILIDADE DE TAIS FORMULRIOS AO
PBLICO EM GERAL. DEVER DO JOGADOR EM CONFERIR OS COMPROVANTES ENTREGUES PELA CASA
LOTRICA. ADVERTNCIA EXPRESSAMENTE CONSIGNADA NO CARTO DE APOSTA. CAUTELA QUE,
CASO TIVESSE SIDO TOMADA, PODERIA TER MOTIVADO A RECLAMAO, NO MOMENTO OPORTUNO,
ACERCA DA AUSNCIA DE FORMALIZAO DA APOSTA DITA PREMIADA. DEFEITO NA PRESTAO DO
SERVIO NO EVIDENCIADO. DEVER DE INDENIZAR CONSEQUENTEMENTE INEXISTENTE. RECLAMO
CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2010.078665-1.Relator: Des. Luiz Fernando Boller.
Julgamento: 25/04/2013.
16. APELAO CVEL. AO DE COBRANA DE INDENIZAO DE SEGURO. RESSARCIMENTO DE
DESPESAS MDICAS. CESSO DE DIREITOS INDENIZATRIO DAS VTIMAS. SENTENA DE EXTINO
DO FEITO, POR ILEGITIMIDADE ATIVA. INCONFORMISMO DO HOSPITAL QUE PRESTOU ATENDIMENTO
AOS SEGURADOS. ALEGAO DE QUE AS VTIMAS OUTORGARAM PROCURAES AO RECORRENTE.
INSUBSISTNCIA DA ASSERTIVA. MANDATO OU SUB-ROGAO QUE, NA VERDADE, TRATA DE CESSO
DE DIREITO. APLICAO DA LEI N. 11.945/2009, QUE VEDA EXPRESSAMENTE ESSA PRTICA.
MANUTENO
SENTENA
QUE
SE
IMPE.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2013.017705-7. Relator: Des.
Srgio
Izidoro
Heil.
Julgamento: 09/05/2013.
17. APELAO CVEL. AO INDENIZATRIA POR DANOS MORAIS. USO DA IMAGEM DO AUTOR EM
STIO ELETRNICO. SENTENA DE IMPROCEDNCIA. ALEGAO DE UTILIZAO DE FOTOGRAFIA PARA
FINS COMERCIAIS. ARGUMENTO REFUTADO. SITEDESTINADO DIVULGAO DE FESTAS E EVENTOS
SOCIAIS. EVIDENCIADA, ADEMAIS, AUTORIZAO DE VEICULAO DE SUA IMAGEM. ABALO MORAL
NO CONFIGURADO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. A utilizao indevida de imagem, embora
reprovvel, s acarreta indenizao por danos morais quando tiver fins comerciais e houver ofensa
personalidade. Processo: 2012.060547-4). Relator: Des.
Jairo
Fernandes
Gonalves.
Julgamento: 21/03/2013. Classe: Apelao Cvel.
18. APELAO CVEL. AO DE DESTITUIO DE PTRIO PODER C/C ADOO. PEDIDO JULGADO
PROCEDENTE. INSURGNCIA DO MINISTRIO PBLICO COMO FISCAL DA LEI. CRIANA ENTREGUE AOS
CUIDADOS DOS AUTORES, QUE MANTM CRECHE INFORMAL E DOMICILIAR. ABANDONO POSTERIOR
PELA GENITORA. CASAL NO CADASTRADO NA LISTA DE FUTUROS ADOTANTES. FORMALIDADE COM
CARTER NO ABSOLUTO. INFANTE QUE SE ENCONTRA DESDE O SEGUNDO MS DE VIDA COM OS
GUARDIES DE FATO E DE DIREITO, ISTO , H MAIS DE SEIS ANOS. INDCIOS DE ADOO DIRETA OU
INTUITO PERSONAE. AUSNCIA DE QUALQUER NOTCIA DE SITUAO DE RISCO A MENOR. VNCULO
AFETIVO ENTRE INFANTE E GUARDIES INEGAVELMENTE FORMADO. MELHOR INTERESSE DA CRIANA
GARANTIDO. SENTENA MANTIDA. PREQUESTIONAMENTO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. A
adoo direta ou intuito personae, feita de forma direta pelos pais, que entregam o filho aos cuidados
de pessoa especfica, com o fito de adoo, refoge regra de prvia inscrio no cadastro de
pretendentes adoo, fulcrada no sigilo acerca da filiao e na ordem cronolgica prevista no
Cadastro nico Informatizado de Adoo e Abrigo - CUIDA, institudo atravs do Provimento 13/2005.
No se pode, porm, sob o pretexto de coibir a adoo direta, determinar a retirada de um menor da
convivncia dos guardies de fato, quando inexiste notcia de situao de risco e o menor j se
encontra com o casal desde o seu nascimento, h mais de seis anos, tendo se formado entre eles,
inegavelmente, vnculo afetivo. FALTA DE INTERESSE RECURSAL AVENTADA EM CONTRARRAZES.
LEGITIMIDADE E INTERESSE DO MINISTRIO PBLICO PARA RECORRER, EM RAZO DA NATUREZA DO
LITGIO. CUSTOS LEGIS. INTELIGNCIA DO ART. 499, 2, E ART. 82, INCS. I E II, AMBOS DO CDIGO DE
PROCESSO CIVIL E DA SMULA 99 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. PREFACIAL AFASTADA.
Existindo interesse de menores e/ou causa concernente ao estado da pessoa, o Ministrio Pblico
possui legitimidade para intervir no feito como custos legis, a teor do art. 82, incs. I e II, e art. 499,
2, ambos do Cdigo de Processo Civil, reforados pela Smula 99 do Superior Tribunal de Justia: "O
Ministrio Pblico tem legitimidade para recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei, ainda
que no haja recurso da parte". Processo:2013.017287-5. Relator: Des. Stanley da Silva
Braga. Julgamento: 02/05/2013.
19. APELAO CVEL. AO DE EXECUO DE TTULO EXTRAJUDICIAL. DEMANDA EXTINTA PELO
RECONHECIMENTO DA PRESCRIO (ARTIGO 269, IV, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL). CONTRATO
DE COMPRA E VENDA COM PACTO ADJETO DE HIPOTECA. PREVISO DE PAGAMENTO DO DBITO EM
240 PARCELAS MENSAIS E CONSECUTIVAS. EXISTNCIA DE CLUSULA DE VENCIMENTO ANTECIPADO
DA DVIDA EM CASO DE NO PAGAMENTO DE TRS PARCELAS. PREVISO QUE NO AFASTA O TERMO
INICIAL PARA CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL. DIES A QUO. DATA DO VENCIMENTO DA LTIMA
PARCELA DO CONTRATO. PRESCRIO PRETENSO NO VERIFICADA. SENTENA CASSADA. RECURSO
PROVIDO. I - A previso contratual de vencimento antecipado da dvida em caso de no pagamento
de trs parcelas mensais e consecutivas no tem o condo de alterar o termo inicial para incidncia
do prazo prescricional da ao executiva. II - Dessa feita, o incio do prazo prescricional para ao de
cobrana de valores a data do vencimento da ltima parcela pactuada. Assim, observando-se que o
vencimento da ltima parcela do contrato entabulado entre as partes ocorreu em abril de 2011 ao
ajuizada
em
2009,
no
h
falar
incidncia. Processo: 2010.0344477.Relator: Des.JoelFigueiraJnior.julgamento: 25/04/13.
Cmaras de Direito Comercial
20. APELAO CVEL. AO DE BUSCA E APREENSO. ALIENAO FIDUCIRIA EM GARANTIA.
DECRETO-LEI N. 911/1969. NOTIFICAO EXTRAJUDICIAL QUE, IN CASU, FOI REALIZADA POR
CARTRIO LOCALIZADO EM COMARCA DIVERSA DAQUELA EM QUE RESIDE O NOTIFICANDO.
VALIDADE. CERTIDO QUE INFORMA, TODAVIA, ESTAR O DEVEDOR EM LOCAL IGNORADO. SITUAO
QUE, A RIGOR DO DISPOSTO NO ART. 15 DA LEI N. 9.492/1997, AUTORIZA O PROTESTO DO TTULO,
VIA EDITAL. PROVIDNCIA NO ATENDIDA. MORA NO CONFIGURADA. PRINCPIOS DA EFETIVIDADE
DO PROCESSO E DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS. APLICAO. ART. 284 DO CPC. DEVOLUO
DOS AUTOS AO JUZO A QUO PARA QUE SEJA POSSIBILITADA A EMENDA DA INICIAL. SENTENA
EXTINTIVA CASSADA. MEDIDA DETERMINADA DE OFCIO. RECURSO DESPROVIDO. "A comprovao da
mora imprescindvel busca e apreenso do bem alienado fiduciariamente" (Smula 72 do STJ). "A
notificao extrajudicial realizada e entregue no endereo do devedor, por via postal e com aviso de
recebimento, vlida quando realizada por Cartrio de Ttulos e Documentos de outra Comarca,
mesmo que no seja aquele do domiclio do devedor. Precedentes." Procedida tentativa de
notificao pessoal, obtendo-se a informao, prestada pelo Oficial de Registros, de que o devedor
mudou-se, afigura-se como indispensvel a notificao por edital, a teor do disposto no artigo 15 da
Lei n. 9.492/1997. "A jurisprudncia do STJ firmou o entendimento de que cabvel a abertura de
prazo a fim de que o autor regularize a petio inicial. A extino do processo, sem exame de mrito,
somente poder ser proclamada depois de proporcionada parte tal oportunidade, nos termos do art.
284 CPC, em observncia ao princpio da funo instrumental do processo". Processo: 2013.0230304. Relator: Des. Ricardo Fontes. Julgamento: 02/05/2013.
21. APELAO CVEL - AO REVISIONAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CRDITO EM CONTA
CORRENTE, CONTRATOS DE ABERTURA DE LIMITE DE CRDITO ROTATIVO EM CONTA CORRENTE GIRO FCIL, CONTRATO DE LIMITE ROTATIVO DE DESCONTO DE TTULOS DE CRDITO E RESPECTIVOS
ANEXOS/ADITIVOS - SENTENA DE PARCIAL PROCEDNCIA DOS PEDIDOS - RECURSOS DE AMBOS OS
LITIGANTES. AGRAVO RETIDO - ARBITRAMENTO DE MULTA COMINATRIA PARA O CASO DE
DESCUMPRIMENTO DE ORDEM DE EXIBIO DE DOCUMENTOS - AFASTAMENTO - RECURSO PROVIDO.
A no exibio incidental de documentos em sede de ao revisional no enseja a aplicao de multa
cominatria, mas eventual admisso da veracidade dos fatos que a parte autora pretendia provar
(art. 359 do CPC). APELOS - REVISO DOS CONTRATOS INVIABILIZADA - CONSTATAO DA AUSNCIA
DE DOCUMENTOS QUE PERMITAM INFERIR ESCORREITAMENTE OS PONTOS CONTROVERTIDOS DA
DEMANDA - NUS DA PROVA INVERTIDO NESTA INSTNCIA - JULGAMENTO CONVERTIDO EM
DILIGNCIA PARA QUE A INSTITUIO FINANCEIRA ACOSTE AOS AUTOS OS EXPEDIENTES FALTANTES,
SOB PENA DE APLICAO DO ART. 359 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL - EXEGESE DO ART. 116,
CAPUT, DO REGIMENTO INTERNO DESTA CORTE - DESNECESSIDADE DE BAIXA DOS AUTOS ORIGEM
PARA CUMPRIMENTO DA PROVIDNCIA. Ausente nos autos todos os instrumentos contratuais sob os
quais pende o litgio e no tendo havido anterior advertncia quanto possibilidade de aplicao da
penalidade do art. 359 cpc, impe-se a converso do julgamento em diligncia, propiciando-se a
juntada dos documentos faltantes, em conformidade com o art. 116, caput, Regimento
Interno.Processo: 2009.036755-0.
22. APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO C/C INDENIZAO POR
DANO MORAL. CONTA-CORRENTE. ELEMENTOS DE CONVICO REVELADORES DE TRATAR-SE DE
CONTA-SALRIO. COBRANA INDEVIDA DE TARIFAS DE MANUTENO E ENCARGOS. INSCRIO NOS
ORGOS DE PROTEO AO CRDITO. DVIDA INEXISTENTE. DANO MORAL CARACTERIZADO.
DESNECESSIDADE DE PROVA DO EFETIVO PREJUZO. SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. I Revelando os elementos de convico coligidos nos autos que a conta-corrente bancria foi aberta
nica, e exclusivamente, para o depsito, pelo empregador, do salrio mensal devido ao correntista,
ou seja, para ser uma conta-salrio, apresenta-se indevida a cobrana pela instituio financeira de
encargos ou tarifas de manuteno, mesmo porque a remunerao percebida pelo empregado, pouco
mais de um salrio mnimo, j se demonstrava insuficiente para suportar os encargos de manuteno
de uma conta-corrente normal. Sob tais circunstncias, a inscrio do nome do correntista em rgo
restritivo de crdito, sob o pressuposto de inadimplncia quanto a encargos lanados em sua contacorrente, indevida. II - "A simples inscrio indevida no cadastro de devedores j suficiente para
gerar dano reparvel ('O dano moral decorre do prprio ato lesivo de inscrio indevida junto aos
rgos de proteo ao crdito, independentemente da prova objetiva do abalo honra e reputao
sofrida pelos autores, que se permite, na hiptese, facilmente presumir, gerando direito
ressarcimento',." QUANTUM INDENIZATRIO. CRITRIO PARA SUA FIXAO. EXTENSO DO ABALO
SOFRIDO PELO LESADO E FUNO REPRESSIVA AO OFENSOR. O quantum indenizatrio deve alcanar
carter punitivo aos ofensores e proporcionar satisfao correspondente ao prejuzo moral sofrido
pela vtima, atendendo aos critrios da razoabilidade e proporcionalidade. Processo: 2011.0449990. Relator: Des. Paulo Roberto Camargo Costa. Julgamento: 09/05/13.
23. PAGAMENTO PRESUMIDO. EXECUO. CDULA DE CRDITO BANCRIO. EXTINO. INSURGNCIA
DO CREDOR. INTEMPESTIVIDADE. LEGISLAO PROCESSUAL INOBSERVADA. MATRIA DE ORDEM
PBLICA. AUSENTE PROVA DA QUITAO. SENTENA DESCONSTITUDA DE OFCIO. O CUMPRIMENTO
DA OBRIGAO PELO EXECUTADO NO PODE SER PRESUMIDO, DEMANDANDO PROVA DO
PAGAMENTO
DA
DVIDA. Processo: 2013.016126-7. Relator: Des.
Jos
Inacio
Schaefer. Julgamento:14/05/2013.
24. APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO PRECEDIDA DE AO
CAUTELAR DE SUSTAO DE PROTESTO. NOTA PROMISSRIA EMITIDA COMO GARANTIA DE
Turmas de Recursos
33. COBRANA ALUGUERES. AUSNCIA PROVAS AUTOS PARA QUE SE OBTENHA A VERDADE REAL.
PEDIDO DO RECORRENTE PARA PRODUO DE PROVAS NO ATENDIDO. QUESTES INCONCLUSIVAS
AUTOS. PROVA TESTEMUNHAL E DEPOIMENTOS PESSOAIS INDISPENSVEIS PARA O INTEGRAL
ACLARAMENTO DOS FATOS. ANULAO SENTENA PARA REALIZAO DE INSTRUO. O art. 330, I,
CPC autoriza o julgamento antecipado da lide quando as provas j apresentadas nos autos
fornecerem elementos suficientes formao do convencimento do magistrado, porm, h no caso
concreto matria ftica envolvida no resolvida, " nulo o julgamento antecipado quando a causa
exige instruo para aferio de aspectos relevantes. A composio do litgio deve esgotar os meios
probatrios que se fizerem necessrios ao alcance da verdade. DECISO CASSADA. RETORNO DOS
AUTOS
PARA
O
REGULAR
ANDAMENTO
DO
PROCESSO.
RECURSO
PARCIALMENTE
PROVIDO.Processo: 2013.400107-5
Relator: Dr.
Pedro
Aujor
Furtado
Jnior.
Julgamento: 07/05/2013. Classe: Recurso Inominado.
34. MANDADO SEGURANA. NULIDADE PENHORA. IMVEL. LOTE URBANO. PROPRIEDADE.
TRANSMISSO DOS DIREITOS COMPROMISSRIO COMPRADOR POR PROCURAO "EM CAUSA
PRPRIA". PECULIARIDADES CASO CONCRETO NO DEMONSTRAM OCORRNCIA. FALTA DE
REQUISITOS ATO PBLICO. DVIDA QUANTO AO MANDATO "CONSIGO MESMO", QUE SE D EM FAVOR
DO PRPRIO MANDANTE. DOMNIO DO BEM POCA DA PENHORA DUVIDOSA. AUSNCIA DE DIREITO
LQUIDO E CERTO. ANULAO PENHORA E ADJUDICAO CUJA CARTA ENCONTRAVA-SE PERFEITA E
ACABADA. LEGALIDADE EM CONFRONTO AUSNCIA SEU REGISTRO NA MATRCULA DO IMVEL.
NULIDADE DA CONSTRIO EVIDENTE. APLICAO, ANALOGIA, ART. 694, I, CPC. DESCONSTITUIO
VLIDA. SEGURANA DENEGADA. Processo: 2010.500847-3. Relator: Dr. Csar Scirea Tesseroli.
Julgamento: 22/04/2013.
35. APELAO CRIMINAL - PRTICA CRIME ART. 28, DA LEI 11.343/06 - USURIO DE DROGAS ANTECEDENTES CRIMINAIS OBSTAM OFERECIMENTO PROPOSTA TRANSAO PENAL - ANTECEDENTES
JUDICIAIS INVIABILIZAM PROPOSTA - IMPOSSIBILIDADE DE MAGISTRADO IMPOR QUE MP OFEREA
PROPOSTA DE TRANSAO PENAL - INAPLICABILIDADE DO 4 DO ART. 28 DA LEI 11.343/06 AO CASO
EM COMENTO - DISPOSITIVO QUE TRATA DA REINCIDNCIA ESPECFICA - SENTENA ANULADA
5. aceitvel o exame de corpo de delito indireto para a verificao da existncia da qualificadora do furto
pelo rompimento de obstculo.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
6.O abono de permanncia na medida em que integra os vencimentos do servidor, caracteriza acrscimo
patrimonial, fato gerador para incidncia do imposto de renda.
7.O servidor pblico, mesmo licenciado e sem remunerao, no pode exercer outro cargo efetivo, sob
pena de afronta ao disposto no art. 37, inciso XVI, da Constituio Federal.
Cmaras de Direito Criminal
8.No h constrangimento ilegal passvel de justificar a revogao de priso preventiva, quando mostrar-se
necessria para garantir a ordem pblica, evitando a reiterao delituosa.
9.Pratica o delito de receptao qualificada quem, sem tomar as cautelas necessrias no ramo de comrcio
de materiais de construo, adquire produto sem nota fiscal e vende a terceiros.
10.Comete os crimes de seqestro, crcere privado para fins libidinosos, leses corporais perpetradas no
mbito familiar e estupro, em concurso material, aquele que aborda ex-companheira em via pblica, tolhe
sua liberdade, permanecendo com ela durante dois dias no interior de automvel e ali pratica os atos.
11.Sentena quanto ao delito de abuso de autoridade na justia comum no faz coisa julgada em relao
ao crime militar de leses corporais cometidos simultaneamente, pois possuem objetos jurdicos tutelados
distintos.
12.Prefeito que fraciona a contratao de servios de limpeza urbana com o intuito de burlar processo
licitatrio comete o crime de dispensa de licitao, mesmo que inexista prejuzo ao errio.
13.No incide o princpio da insignificncia em crime ambiental de extrao de grande quantidade de
rvores nativas da espcie pinheiro brasileiro, pertencentes ao bioma mata atlntica.
14. mngua de restrio ou regulamentao na legislao ptria relativa arma de eletrochoque de
contato ("taser"), conclui-se que o objeto no de uso controlado, razo pela qual a sua posse no
caracteriza contraveno penal.
15.Configura a prtica do crime de racismo, previsto no art. 20, 2, Lei 7.716/1989, a publicao de
charge em jornal com ilustrao pejorativa vinculao do nascimento de crianas afrodescendentes
criminalidade.
16. dispensvel realizao do estudo tcnico interdisciplinar previsto no art. 186, 2, da Lei n.
8.069/1990, em ato infracional anlogo ao crime de trfico ilcito de drogas quando o adolescente afirma
em todas as oportunidades em que foi ouvido, que a substncia entorpecente era destinada ao comrcio.
Cmaras de Direito Civil
17.Equvoco perpetrado forma reiterada submetendo consumidor situao vexatria configura dano moral
in re ipsa.
18. possvel o aditamento da petio inicial, com a incluso no respectivo polo passivo e alterao da
causa de pedir, em demanda originariamente ajuizada contra o esplio dos pretensos causadores do
evento danoso, que vieram a falecer.
19.Quando conjunto probatrio indica existncia afeto marital entre casal, que, em inmeras
oportunidades, apresentava-se perante sociedade como se companheiros fossem, configura-se affectio
maritalis.
20.O surgimento de vcio incomum primeiro ano de uso do produto adquirido, seguido de inmeros
transtornos na utilizao do servio de reparo, frustra drasticamente as expectativas do consumidor,
ensejando abalo passvel de indenizao.
Cmaras de Direito Comercial
21.A pluviosidade excessiva que dificultar as condies de navegabilidade trata-se de fenmeno natural
previsvel e comum espcie do transporte martimo, o que no autoriza a sobreestadia (demurrage).
22.A ausncia dos ajustes vinculados nota de crdito industrial executada impede a averiguao do
quantum debeatur e, por conseguinte, macula a execuo.
23.A sentena de extino demanda por abandono da causa exige intimao pessoal do autor, e tambm
do seu advogado, pela imprensa oficial, contudo, se esta no cominar advertncia sano consistente na
extino do processo, invalida-se o ato.
24.Tratando-se de dano nacional, a sentena de procedncia da ao civil pblica prolatada pelo juzo do
DF faz coisa julgada erga omnes, beneficiando todos os que foram prejudicados no territrio nacional.
REPERCUSSO GERAL JULGADO PELO TRIBUNAL SUPERIOR. MANTENA QUE SE IMPE. AFASTAMENTO, DE
OFCIO, DA CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA PREVISTA NO ART. 18, INC. III, DA LEI N 6.368/76 EM
FACE DO ADVENTO DA LEI N 11.343/06 MAIS BENFICA. EXEGESE DO ART. 2, PARGRAFO NICO, DO
CDIGO PENAL, E ARTIGO 5, XL CFB. EXCLUSO RECONHECIDA. REVISO CRIMINAL PARCIALMENTE
DEFERIDA PARA AJUSTAR A PENA APLICADA. Processo: 2011.083329-0. Relatora: Des. Cinthia Beatriz da
Silva Bittencourt Schaefer. Julgamento: 29/05/2013.
5. EMBARGOS INFRINGENTES. FURTO QUALIFICADO PELO ROMPIMENTO DE OBSTCULO E CONCURSO DE
AGENTES. EXAME DIRETO DE CORPO DE DELITO. PRESCINDIBILIDADE. DESTRUIO DE VITRINE COM O USO
DE UM AUTOMVEL. CONJUNTO PROBATRIO FIRME A APONTAR A OCORRNCIA DA CIRCUNSTNCIA
QUALIFICADORA. CONFISSO DOS RUS COERENTE COM AS DECLARAES DAS VTIMAS E DOS POLICIAIS
MILITARES. PRECEDENTES. RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO. Processo: 2012.087345-5. Relator: Des.
Srgio Rizelo. Julgamento: 29/05/2013.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
6. PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ACRDO QUE MANTEVE O ENTENDIMENTO
PELO AFASTAMENTO DA INCIDNCIA DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE O ABONO DE PERMANNCIA.
INTERPOSIO DE RECURSO ESPECIAL PELO ESTADO DE SANTA CATARINA. JULGAMENTO PELO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIA DO RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVRSIA N 1.192.556/PE.
APLICABILIDADE IMEDIATA. RETORNO DOS AUTOS AO GRUPO DE CMARAS PARA MANUTENO OU
MODIFICAO DO ACRDO DISSONANTE DA ORIENTAO DA CORTE SUPERIOR. JUZO DE RETRATAO.
CPC, ART. 543-C, 7. DECISO COLEGIADA REVERTIDA. SERVIDOR PBLICO. ABONO DE PERMANNCIA.
VANTAGEM DE NATUREZA REMUNERATRIA. INCIDNCIA I.R.. NOVO ENTENDIMENTO SUFRAGADO PELO
GRUPO DE CMARAS DIREITO PUBLICO DESTA CORTE QUE GUARDA SINTONIA COM JURISPRUDNCIA
SEDIMENTADA STJ. QUESTO DECIDIDA NO STJ PELO REGIME PREVISTO NO ART. 543-C DO CPC.. Processo:
2011.061020-7. Relator: Des. Carlos Adilson Silva. Origem: Capital. rgo Julgador: Grupo de Cmaras de
Direito Pblico. Data de Julgamento: 12/06/2013.
7. MANDADO DE SEGURANA - CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO - ACUMULAO DO CARGO PBLICO
DE SERVENTE DO MUNICPIO COM O DE PROFESSOR TEMPORRIO DO ESTADO - IMPOSSIBILIDADE IRRELEVNCIA DE ESTAR O SERVIDOR EM LICENA NO REMUNERADA DO PRIMEIRO CARGO - ORDEM
DENEGADA. "O servidor pblico, mesmo estando licenciado sem remunerao, no pode exercer outro
cargo efetivo, sob pena de afronta ao disposto no art. 37, XVI, da Constituio Federal. O que a Lei Maior
veda no simplesmente a acumulao remuneratria, mas tambm a ocupao simultnea de dois
cargos fora das excees que aponta" (TJSC, ACMS n. 2005.013634-8, Rel. Des. Luiz Czar Medeiros, em
28/06/2005). "A jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia assentou o entendimento de que o cargo
pblico de tcnico, que permite a acumulao com o de professor nos termos do art. 37, XVI, b, da
Constituio Federal, o que exige formao tcnica ou cientfica especfica", o que no o caso,
evidentemente, do cargo de Servente. Processo: 2013.016945-2. Relator: Des. Jaime Ramos. Origem:
Capital. Julgamento: 12/06/2013. Classe: Mandado de Segurana.
Cmaras de Direito Criminal
8. HABEAS CORPUS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EM CONCURSO E COM EMPREGO DE ARMA, INCNDIO EM
MEIO DE TRANSPORTE COLETIVO E DISPARO DE ARMA DE FOGO. ALEGADA AUSNCIA DE FUNDAMENTAO
CONCRETA PARA A DECRETAO DA PRISO PREVENTIVA. NECESSIDADE DE GARANTIR A ORDEM PBLICA
EVITANDO A REITERAO DOS DELITOS. FUNDAMENTOS SUFICIENTES. APLICAO DE MEDIDAS
CAUTELARES ALTERNATIVAS INVIVEIS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. ORDEM DENEGADA.
Processo: 2013.029176-6 (Acrdo). Relator: Des. Jos Everaldo Silva. Origem: Joinville. rgo Julgador:
Primeira Cmara Criminal. Data de Julgamento: 04/06/2013.
9. APELAO CRIMINAL. RECEPTAO QUALIFICADA (ART. 180, 1, DO CDIGO PENAL). SENTENA
CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. PLEITO ABSOLUTRIO. IMPOSSIBILIDADE. APELANTE CONFESSOU
ESTAR NA POSSE DAS BARRAS DE FERRO DE ORIGEM ESPRIA. INVERSO DO NUS DA PROVA. ALEGAO
DE QUE DESCONHECIA A PROCEDNCIA ILCITA DOS PRODUTOS. VERSO INADMISSVEL. RU EXERCE
ATIVIDADE NO RAMO DE COMRCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUO E ADQUIRIU 4.640 KG DE FERRO EM
BARRAS SEM TOMAR AS CAUTELAS NECESSRIAS. PRODUTO RECEBIDO SEM NOTA FISCAL E
COMERCIALIZADO A TERCEIROS. CONTEXTO PROBATRIO DEMONSTRA QUE O RU TINHA CONDIES DE
SABER DA ORIGEM CRIMINOSA DO MATERIAL. DESCLASSIFICAO DO DELITO PARA A MODALIDADE
CULPOSA (ART. 180, 3, DO CDIGO PENAL). NO CABIMENTO. PROVAS COLACIONADAS NOS AUTOS
REVELAM QUE O APELANTE POSSUA CONDIES DE SABER DA ORIGEM CRIMINOSA DO PRODUTO. DOLO
EVIDENCIADO. CONDENAO MANTIDA RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2012.067529-9
(Acrdo). Relatora: Des. Marli Mosimann Vargas. Julgamento: 28/05/2013
10. APELAO CRIMINAL (RU PRESO). SEQUESTRO E CRCERE PRIVADO PARA FINS LIBIDINOSOS, LESES
CORPORAIS PRATICADAS NO MBITO FAMILIAR E ESTUPRO (ART. 148, 1, V, ART. 129, 9 E ART. 213,
CAPUT, POR DUAS VEZES, TODOS DO CDIGO PENAL). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA.
SEQUESTRO PARA FINS LIBIDINOSOS. PRETENSA ABSOLVIO POR AUSNCIA DE PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS DEVIDAMENTE COMPROVADAS. APELANTE QUE
ABORDA EX-COMPANHEIRA EM VIA PBLICA E TOLHE SUA LIBERDADE, PERMANECENDO COM ELA DURANTE
2 DIAS INTERIOR DE UM AUTOMVEL. CRIME PRATICADO COM FINS LIBIDINOSOS. ESTUPRO, INCLUSIVE,
CONSUMADO. PALAVRAS FIRMES E COERENTES DA VTIMA, ALIADAS AOS DEMAIS ELEMENTOS DE PROVA
CONSTANTES NOS AUTOS. NEGATIVA DO RU ISOLADA NOS AUTOS. CONDENAO MANTIDA.
DESCLASSIFICAO PARA CONSTRANGIMENTO ILEGAL (ART. 146 CP). NO CABIMENTO. SUPRESSO OU
RESTRIO DA LIBERDADE FSICA DA VTIMA, INVIABILIZANDO O DIREITO DE IR E VIR. SEQUESTRO
AMPLAMENTE EVIDENCIADO. LESES CORPORAIS NO MBITO FAMILIAR. PLEITO ABSOLUTRIO.
INVIABILIDADE. ALEGAO DE AGRESSES MTUAS NO COMPROVADA NOS AUTOS. DECLARAES DA
VTIMA NO SENTIDO DE QUE, ENQUANTO PRIVADA DE SUA LIBERDADE, FOI AGREDIDA PELO APELANTE COM
SOCOS, TAPAS E PUXES DE CABELO. LAUDO PERICIAL QUE ATESTA AS LESES SOFRIDAS. ESTUPRO.
PLEITEADA ABSOLVIO AO ARGUMENTO DE QUE AS RELAES FORAM CONSENTIDAS PELA OFENDIDA.
TESE INACOLHIDA. CONJUNTO PROBATRIO APTO A DEMONSTRAR QUE O RU CONSTRANGEU A VTIMA,
MEDIANTE VIOLNCIA E GRAVE AMEAA, A MANTER CONJUNO CARNAL POR DUAS VEZES. LAUDO
PERICIAL PRESCINDVEL. CRIME QUE, POR VEZES, NO DEIXA VESTGIOS. NARRATIVA COERENTE DA
OFENDIDA EM AMBAS AS FASES PROCESSUAIS, CORROBORADA PELO CONJUNTO PROBATRIO. ELEMENTOS
SUFICIENTES PARA EMBASAR O DECRETO CONDENATRIO. ALMEJADO RECONHECIMENTO DE ERRO SOBRE
A ILICITUDE DO FATO PORQUANTO O APELANTE MANTEVE RELAES COM A VTIMA TO SOMENTE POR
ACREDITAR QUE REATARIAM O RELACIONAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. RELAES COMPROVADAMENTE
PRATICADAS MEDIANTE VIOLNCIA E GRAVE AMEAA. OUTROSSIM, POSSIBILIDADE DE RECONCILIAO QUE
SOMENTE FOI LEVANTADA PELA VTIMA APS TER SOFRIDO TODOS OS ABUSOS E AGRESSES, POR SER O
NICO MEIO ENCONTRADO PARA NO PERDER A VIDA. RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO. Processo:
2012.063930-3. Relatora: Marli Mosimann Vargas. Julgamento: 28/05/2013.
11. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. MILITAR QUE COMETE, SIMULTANEAMENTE, O CRIME DE LESES
CORPORAIS E DE ABUSO DE AUTORIDADE. SENTENA QUANTO AO CRIME DA LEI N. 4898/65 NA JUSTIA
COMUM QUE NO ENSEJA O RECONHECIMENTO DA COISA JULGADA EM RELAO AO CRIME PREVISTO NO
ART. 209, DO CPM. OBJETOS JURDICOS TUTELADOS QUE SO DISTINTOS. NECESSIDADE DO RETORNO DOS
AUTOS ORIGEM, PARA O PROSSEGUIMENTO DA PERSECUO PENAL NA JUSTIA MILITAR. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2012.023875-4. Relator: Des. Volnei Celso Tomazini. Julgamento:
28/05/2013.
12. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A ADMINISTRAO PBLICA. DISPENSA ILEGAL DE LICITAO
(ART. 89 DA LEI N. 8.666/1993). SENTENA CONDENATRIA. IRRESIGNAO DEFENSIVA. PLEITO
ABSOLUTRIO POR FALTA DE PROVAS. MATERIALIDADE E AUTORIA ATESTADAS. PROVA TESTEMUNHAL EM
CONSONNCIA COM NOTAS DE EMPENHO, RELATRIOS DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO E
CONFISSO QUALIFICADA. PREFEITO QUE FRACIONOU CONTRATAO DE SERVIOS DE LIMPEZA URBANA
COM INTUITO DE BURLAR A NECESSIDADE DE LICITAO. ALEGADA AUSNCIA DE PREJUZO AO ERRIO.
IRRELEVNCIA. INDUBITVEL OFENSA AOS PRINCPIOS LICITATRIOS DA MORALIDADE, IMPESSOALIDADE E
CONCORRNCIA. DOLO CARACTERIZADO. PLEITO DESCLASSIFICATRIO PARA CONDUTA DO ART. 1, IX, DO
DECRETO-LEI N. 201/1967. INVIABILIDADE. DISPOSTIVO DERROGADO. LEI DE LICITAES POSTERIOR E
MAIS GRAVOSA. PRECEDENTES. CONDENAO MANTIDA. DOSIMETRIA. MAUS ANTECEDENTES. FATOS
PRATICADOS ANTES DO APURADO NESTA CAUSA, MAS COM TRNSITO EM JULGADO POSTERIOR.
nem integre organizao criminosa. A falta de qualquer requisito inviabiliza a concesso da benesse.
Processo: 2012.069451-2. Relator: Des. Jorge Schaefer Martins. Julgamento: 06/06/2013. Classe: Apelao
Criminal (Ru Preso).
15. CRIME DE RACISMO. ARTIGO 20, 2, DA LEI N. 7.716/89. PUBLICAO DE CHARGE EM JORNAL.
SENTENA ABSOLUTRIA. RECURSO DA ACUSAO. ILUSTRAO PEJORATIVA. VINCULAO DO
NASCIMENTO DE CRIANAS AFRODESCENDENTES CRIMINALIDADE. CONTEDO RACISTA MANIFESTO.
COLISO DE PRINCPIOS. LIBERDADE DE EXPRESSO, DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E IGUALDADE.
SOLUO QUE SE D ATRAVS DA UTILIZAO DO PRINCPIO DA PROPORCIONALIDADE. PREVALNCIA DOS
LTIMOS INEQUIVOCAMENTE APLICVEL AO CASO CONCRETO. RECURSO PROVIDO. Ilustrao de recm
nascidos afrodescendentes em fuga de sala da parto, associado aos dizeres de um personagem
(supostamente mdico) de cor branca "Segurana!!! uma fuga em massa!!!", configura a prtica do
crime de racismo. A Constituio Federal de 1988 dispe, em seu artigo 3, entre os objetivos
fundamentais da Repblica, a "promoo do bem de todos, sem preconceito de origem, raa, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminao". Ademais, no captulo referente aos direitos e garantias
individuais, estabelece a "igualdade" como garantia fundamental do indivduo sendo a prtica do racismo
crime inafianvel e imprescritvel (artigo 5, inciso XLII). Havendo coliso de normas constitucionais entre
a que impe a igualdade entre os indivduos e a liberdade de pensamento, deve prevalecer aquela, pois
no possvel que o exerccio do direito de opinio ofenda outros valores constitucionais, mormente a
dignidade humana, fundamento do princpio da igualdade. [...] no se pode atribuir primazia absoluta
liberdade de expresso, no contexto de uma sociedade pluralista, em face de valores outros como os da
igualdade e da dignidade humana. [...] Ela encontra limites, tambm no que diz respeito s manifestaes
de contedo discriminatrio ou de contedo racista. Trata-se, como j assinalado, de uma elementar
exigncia do prprio sistema democrtico, que pressupe a igualdade e a tolerncia entre os diversos
grupos. (HC 82424, Relator: Min. MOREIRA ALVES, Relator para Acrdo: Min. MAURCIO CORRA, Tribunal
Pleno, julgado em 17/09/2003). DOSIMETRIA. CHARGISTA, AUTOR DA ILUSTRAO. PENA FIXADA EM 2
(DOIS) ANOS DE RECLUSO. REGIME INICIAL ABERTO. SUBSTITUIO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
POR DUAS RESTRITIVAS DE DIREITOS. EDITOR CHEFE EM EXERCCIO. PARTICIPAO DE MENOR
IMPORTNCIA. PENA DEFINITIVA EM 1 (UM) ANO E 4 (QUATRO) MESES DE RECLUSO. REGIME INICIAL
ABERTO. PENA CORPORAL IGUALMENTE SUBSTITUDA. [...] partcipe quem concorre para que o autor ou
coautores realizem a conduta principal, ou seja, aquele que, sem praticar o verbo (ncleo) do tipo, concorre
de algum modo para a produo do resultado. Assim, (...) pode-se dizer que o agente que exerce a
vigilncia sobre o local para que seus comparsas pratiquem o delito de roubo considerado partcipe, pois,
sem realizar a conduta principal (no subtraiu, nem cometeu violncia ou grave ameaa contra a vtima),
colaborou para que os autores lograssem a produo do resultado. Dois aspectos definem a participao:
a) vontade de cooperar com a conduta principal, mesmo que a produo do resultado fique na inteira
dependncia do autor; b) cooperao efetiva, mediante uma atuao concreta acessria da conduta
principal (CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal - parte geral. 10. ed. So Paulo: Saraiva, 2006. p. 338339). PRESCRIO. IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO. CRIME IMPRESCRITVEL. INTELIGNCIA DO
ART. 5, INCISO XLII, DA CONSTITUIO FEDERAL. Processo: 2012.016841-9 (Acrdo). Relator: Des. Jorge
Schaefer Martins. Julgamento: 23/05/2013.
16. APELAO. ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE. APURAO DE ATO INFRACIONAL ANLOGO AO
TRFICO ILCITO DE DROGAS. SENTENA QUE IMPS MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DA SEMILIBERDADE.
RECURSO DEFENSIVO. PRELIMINARES DE NULIDADE DO PROCESSO EM RAZO DA AUSNCIA DE LAUDO
INTERDISCIPLINAR E DE DEPENDNCIA QUMICA. PRESCINDIBILIDADE DOS EXAMES. AUSNCIA DE LAUDO
INTERDISCIPLINAR QUE NO INVIABILIZA A VERIFICAO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA MAIS ADEQUADA AO
CASO. ADOLESCENTE QUE AFIRMA, EM TODAS AS OPORTUNIDADES EM QUE FOI OUVIDO, QUE A
SUBSTNCIA ENTORPECENTE ERA DESTINADA AO COMRCIO, BEM COMO SE TRATAR DE USURIO
EVENTUAL. AVENTADA DEPENDNCIA QUE NO ILIDE SUA PLENA CINCIA A RESPEITO DO CARTER ILCITO
DA CONDUTA. PRELIMINARES REJEITADAS. MRITO. APLICAO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DA
SEMILIBERDADE. CIRCUNSTNCIAS E GRAVIDADES DA INFRAO, BEM COMO POSTERIOR FUGA DO
REEDUCANDO QUE RECOMENDAM A MANUTENO DA MEDIDA IMPOSTA. RECURSO DESPROVIDO. "
dispensvel a realizao do estudo tcnico interdisciplinar previsto no art. 186, 2, do Estatuto da Criana
e do Adolescente, sendo necessrio apenas nas situaes em que as informaes constantes dos autos no
cumulao de pedidos, deve ela ser apreciada juntamente com o pleito de dissoluo de sociedade
conjugal, evitando-se, assim, o prolongamento do litgio entre os ex-conviventes e a multiplicao de
demandas. De todo modo, no parece oportuno, aps passados mais de cinco anos do ingresso da ao,
proclamar-se a nulidade da sentena, porque a partilha no foi decidida como deveria, ocasionando, em
consequncia, manifesto prejuzo em relao aos outros pontos sobre os quais se digladiam as partes e
sobre os quais houve adequado enfrentamento pelo magistrado sentenciante" Processo: 2012.006127-0.
Relator: Des. Luiz Fernando Boller.
20. CONSUMIDOR. VCIO DO PRODUTO. AQUISIO DE VECULO ZERO QUILMETRO. INDENIZAO POR
DANOS MATERIAIS (RESTITUIO DA QUANTIA PAGA) E MORAIS. SENTENA DE IMPROCEDNCIA.
COMPENSAO PATRIMONIAL PREJUDICADA DIANTE DA VENDA DO BEM NO CURSO DA DEMANDA. ABALO
ANMICO VERIFICADO. SURGIMENTO DE INFILTRAES NO PRIMEIRO ANO DE USO. CONTEXTO QUE REVELA
A INEFICINCIA DOS SERVIOS DE REPARO E SUPORTE AO CLIENTE. CONSUMIDORA DESPROVIDA DO BEM
POR TEMPO INACEITVEL. SENTIMENTO DE FRUSTRAO E TRANSTORNOS QUE ULTRAPASSAM O MERO
CONSTRANGIMENTO. QUANTUM INDENIZATRIO ARBITRADO EM R$ 15.000,00. SENTENA REFORMADA.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. A compra de um veculo novo representa, para muitos, a
conquista do to almejado bem da vida. Por essa mesma razo, incute, no adquirente, a ideia de
segurana, tranquilidade, durabilidade e conforto. O surgimento de vcio incomum (infiltrao de gua) no
primeiro ano de uso do produto adquirido, seguido de inmeros transtornos na utilizao do servio de
reparo e suporte ao cliente, frustra drasticamente as expectativas cultivadas, ensejando abalo anmico
passvel de indenizao. Processo: 2012.007996-1. Relator: Des. Ronei Danielli. Julgamento: 06/06/2013
Classe: Apelao Cvel.
Cmaras de Direito Comercial
21. APELAO CVEL. TRANSPORTE MARTIMO. AO INDENIZATRIA. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM
E INPCIA DA INICIAL ARREDADAS. CERCEAMENTO DE DEFESA INOCORRENTE. RELAO DE CONSUMO.
CONTRATANTE. DESTINATRIO DA CARGA TRANSPORTADA. CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
APLICVEL. REVISO DE CLUSULA CONTRATUAL SEM PROVOCAO DAS PARTES. DESCABIMENTO.
JULGAMENTO EXTRA PETITA. RECONHECIMENTO QUE IMPORTA EM DECOTAR O EXCESSO. PLUVIOSIDADE
EXCESSIVA, NAVEGAO DIFICULTADA. FENMENOS CLIMTICOS NATURAIS E PREVISVEIS. FORA MAIOR
NO TIPIFICADA. SOBRE-ESTADIA (DEMURRAGE). COBRANA INDEVIDA. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. Processo: 2012.082494-0. Relator: Des. Rodrigo Cunha. Origem: Julgamento:
06/06/2013. Data de Publicao: 13/06/2013. Classe: Apelao Cvel.
22. APELAO CVEL - EMBARGOS EXECUO FUNDADA EM NOTA DE CRDITO INDUSTRIAL - ANTERIOR
CONVERSO DO JULGAMENTO EM DILIGNCIA PARA QUE A INSTITUIO FINANCEIRA ACOSTASSE AOS
AUTOS OS AJUSTES ATRELADOS AO TTULO OBJETO DA EXPROPRIATRIA, EXTRATOS DE MOVIMENTAO
BANCRIA E DEMONSTRATIVO DE DBITO ATUALIZADO - PROVIDNCIA CUMPRIDA DE FORMA
INSATISFATRIA - JUNTADA TO SOMENTE DO INSTRUMENTO TOCANTE CONTA-CORRENTE VINCULADA E
DA PRPRIA NOTA DE CRDITO EXECUTADA - IMPOSSIBILIDADE DE AVERIGUAO DOS PARMETROS
ADOTADOS NA COMPOSIO DO QUANTUM EXECUTADO - NULIDADE DA EXECUO NOS TERMOS DO ART.
618 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL - EXTINO DA EXECUO POR AUSNCIA DE PRESSUPOSTO DE
CONSTITUIO E DESENVOLVIMENTO VLIDOS DO PROCESSO - RECURSO PROVIDO. Determinada a juntada
dos contratos atrelados nota de crdito industrial executada, o cumprimento insatisfatrio pelo
exequente impede a constatao dos parmetros adotados na composio do quantum e, assim, macula
de iliquidez o ttulo, sendo nula a execuo (art. 618, I, CPC), razo pela qual a extino do feito executivo
medida que se impe. Processo: 2009.059385-6. Relator: Des. Robson Luz Varella. Julgamento:
11/06/2013. Classe: Apelao Cvel.
23. APELAO CVEL - AO DE REINTEGRAO DE POSSE FUNDADA EM CONTRATO DE ARRENDAMENTO
MERCANTIL - EXTINO DA DEMANDA POR ABANDONO DA CAUSA - INTIMAO PESSOAL DA PARTE AUTORA
PARA IMPULSIONAR O FEITO, COMINANDO SANO INRCIA - AUSNCIA, CONTUDO, DE ADVERTNCIA DE
PENA DE EXTINO NA INTIMAO DIRIGIDA AO PATRONO DA CASA BANCRIA - INVALIDADE - OFENSA AO
1 DO ART. 267 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL - SENTENA CASSADA - RECURSO PROVIDO. A extino
do processo sem julgamento de mrito, com base no abandono de causa pelo autor, considerada a
gravidade da medida extintiva, exige os seguintes requisitos bsicos: a) a negligncia da parte autora, ao
deixar de praticar ato indispensvel ao prosseguimento do feito, no prazo legal; b) a dupla intimao
dirigida, uma ao advogado do autor, pela imprensa oficial, e outra pessoalmente ao autor, como sujeito
ativo da relao processual; c) a necessidade de requerimento do ru, a teor da smula 240 do STJ, mas
apenas se j citado nos autos. Constatado nos autos que apenas a parte autora foi intimada
(pessoalmente) para impulsionar o feito, o mesmo no tendo ocorrido na pessoa de seu patrono, ao qual foi
dirigida intimao sem cominar-se sano para eventual descumprimento, de rigor cassar a sentena e a
fim de ter prosseguimento a demanda. Processo: 2013.026296-1. Relator: Des. Robson Luz Varella.
Julgamento: 04/06/2013.
24. APELAO CVEL. EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA EM DEFESA DE INTERESSES
INDIVIDUAIS HOMOGNEOS JULGADA EM OUTRA UNIDADE DA FEDERAO. SENTENA RECORRIDA QUE
LIMITOU SEUS EFEITOS DE PROCEDNCIA COMPETNCIA TERRITORIAL DO RGO JULGADOR, EM
CONFORMIDADE COM O ART. 16 DA LEI DA AO CIVIL PBLICA. IMPOSSIBILIDADE. LIMITES DA DECISO EM
AO CIVIL PBLICA. COISA JULGADA ERGA OMNES, EM TODO TERRITRIO NACIONAL. EXEGESE DAS
DISPOSIES DOS ARTS. 93, II, e 103, III, DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. SENTENA CASSADA.
RECURSO PROVIDO. "1. A sentena genrica proferida na ao civil coletiva ajuizada pelo Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor, que condenou o Banco do Brasil ao pagamento de diferenas
decorrentes de expurgos inflacionrios sobre cadernetas de poupana ocorridos em janeiro de 1989, disps
que seus efeitos teriam abrangncia nacional, erga omnes. No cabe, aps o trnsito em julgado,
questionar a legalidade da determinao, em face da regra do art. 16 da Lei 7.347/85 com a redao dada
pela Lei 9.494/97, questo expressamente repelida pelo acrdo que julgou os embargos de declarao
opostos ao acrdo na apelao. PROCESSO CIVIL. SENTENA EXTINTIVA DO PROCESSO SEM JULGAMENTO
DO MRITO CASSADA. FEITO EM CONDIES DE IMEDIATO JULGAMENTO. INTELIGNCIA DO ART. 515, 3,
DO CPC. CONHECIMENTO DA CAUSA NO JUZO RECURSAL. POSSIBILIDADE. Nos casos de extino do
processo, sem julgamento do mrito, cassada a sentena, pode o Tribunal julgar desde logo a lide se a
causa versar sobre questo exclusivamente de direito e estiver em condies de imediato julgamento, ex vi
do art. 515, 3, do Cdigo de Processo Civil, acrescentado pela Lei n. 10.352, de 26.12.2001. Tal porque,
com a aplicao desse dispositivo "no h quebra do due of law nem excluso do contraditrio, porque o
julgamento feito pelo tribunal incidir sobre o processo precisamente no ponto em que incidiria a sentena
do juiz inferior, sem privar o autor de qualquer oportunidade para alegar, provar ou argumentar
oportunidades que ele tambm j no teria se o processo voltasse para ser sentenciado em primeiro grau
de jurisdio" (Cndido Rangel Dinamarco). APELAO CVEL. IMPUGNAO AO CUMPRIMENTO DE
SENTENA. AO CIVIL PBLICA. CADERNETA DE POUPANA. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA INSTITUIO
FINANCEIRA DEPOSITRIA NO CONFIGURADA. "1. A instituio financeira depositria possui legitimidade
passiva ad causam para figurar em aes que visam atualizao das cadernetas de poupana pelo ndice
inflacionrio expurgado por planos econmicos. (...) 3. Agravo regimental desprovido." (STJ, AgRg no Ag
1253812 / SP, Relator Ministro Joo Otvio de Noronha). APELAO CVEL. IMPUGNAO AO CUMPRIMENTO
DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA. PRESCRIO. SEGUE O MESMO PRAZO DA AO. SMULA 150 STF.
CONTAGEM DE CINCO ANOS QUE SE INICIA A PARTIR DO TRNSITO EM JULGADO DA SENTENA COLETIVA.
PACIFICAO DO ENTENDIMENTO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA, PARA OS FINS DO ART. 543-C DO
CPC. PRESCRIO RECONHECIDA. PEDIDO DO AUTOR IMPROCEDENTE. "1.- Para os efeitos do art. 543-C do
Cdigo de Processo Civil, foi fixada a seguinte tese: 'No mbito do Direito Privado, de cinco anos o prazo
prescricional para ajuizamento da execuo individual em pedido de cumprimento de sentena proferida
em Ao Civil Pblica'. (...) 3.- Recurso Especial provido: a) consolidando-se a tese supra, no regime do art.
543-C do Cdigo de Processo Civil e da Resoluo 08/2008 do Superior Tribunal de Justia; b) no caso
concreto,julgando-se prescrita a execuo em cumprimento de sentena.". Processo: 2009.046348-1.
Relator: Des. Paulo Roberto Camargo Costa. Julgamento: 13/06/2013. Classe: Apelao Cvel.
25. APELAO CVEL. AO DE PRESTAO DE CONTAS. PLANO COMUNITRIO DE TELEFONIA. CONTRATO
DE PROMESSA DE ENTRONCAMENTO E ABSORO DA PLANTA E DEMAIS DOCUMENTOS INERENTES.
SENTENA QUE EXTINGUE A DEMANDA POR ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM E AUSNCIA DE INTERESSE
DE AGIR. IRRESIGNAO DO AUTOR. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAO, EM SEDE DE CONTRARRAZES, DE
INPCIA DO APELO EM FACE DA AUSNCIA DE RAZES RECURSAIS. ASSERTIVA DE QUE O AUTOR TERIA SE
LIMITADO A RESUMIR A LIDE PARA, AO FINAL, REQUERER O PROVIMENTO DO INCONFORMISMO. TESE
INACOLHIDA. IRRESIGNAO QUE PREENCHE OS REQUISITOS DO ART. 514, INCISO II, DO CDIGO BUZAID.
ENFOQUE DO APELO IMPERATIVO. AVENTADA PERTINNCIA SUBJETIVA ATIVA. REQUERENTE QUE, NA
QUALIDADE DE ADQUIRENTE DAS AES, TEM INTERESSE EM OBTER A PRESTAO DE CONTAS RELATIVA
AO NEGCIO JURDICO ENTABULADO. CONDIO DA AO PRESENTE. INTERESSE DE AGIR. AVENTADA
PRESENA DA CONDIO DA AO. ACOLHIMENTO. DESNECESSIDADE DE ESGOTAMENTO DA VIA
EXTRAJUDICIAL VINDA AO PODER JUDICIRIO. INCIDNCIA DA REGRA DO INCISO XXXV DO ART. 5 DA
CARTA CIDAD. CASO DEBATIDO NO PROCESSO QUE GUARDA INTENSA DISSONNCIA COM A MATRIA
UNIFORMIZADA PELO TRIBUNAL DA CIDADANIA NO RECURSO ESPECIAL N. 982.133, QUE TRATA DAS
DEMANDAS CAUTELARES EXIBITRIAS NA HIPTESE EM QUE O CONSUMIDOR OBJETIVA APRESENTAO DE
DOCUMENTOS SOCIETRIOS. INVIABILIDADE DE SE EXIGIREM RGIDAS FORMALIDADES PARA O
FORNECIMENTO DE DADOS CONTRATUAIS EM RELAO DE CONSUMO, SOB PENA DE VIOLAO AO ART. 6,
INCISO III, DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CASSAO DA SENTENA EXTINTIVA QUE SE
DESNUDA COGENTE. JULGAMENTO DA AO EM CONFORMIDADE COM O ART. 515, 3, DO CPC.
PRESTAO DE CONTAS. DEVER INAFASTVEL. CONCESSIONRIA DE SERVIO PBLICO EQUIPARVEL
GESTORA DE NEGCIOS DOS ACIONISTAS. EXEGESE DOS ARTS. 861 E SEGUINTES DO CDIGO CIVIL.
PRESTAO QUE DEVE OCORRER NA FORMA DO ART. 915, 2 DO CDIGO BUZAID. PROCEDNCIA DA
PRETENSO DEDUZIDA NO PRTICO INAUGURAL. NUS SUCUMBENCIAIS. DECISO EXTINTIVA CASSADA
NESTE GRAU DE JURISDIO, COM JULGAMENTO DE PROCEDNCIA DO PEDIDO VERTIDO NA INICIAL POR
ESTE COLEGIADO. CONSTATAO DE QUE O POSTULANTE RESTOU INTEGRALMENTE VENCEDOR NA
DEMANDA. VERBA SUCUMBENCIAL A SER ARCADA NA TOTALIDADE PELA DEMANDADA. ARBITRAMENTO DA
VERBA HONORRIA EM CONFORMIDADE COM O 4 DO ART. 20 CPC, OBSERVADOS BALIZAMENTOS
ALNEAS DO 3 DO MESMO DISPOSITIVO LEGAL. RECURSO PROVIDO. Processo: 2012.032312-5. Relator:
Des. Jos Carlos Carstens Khler. Julgamento: 11/06/2013.
Cmaras de Direito Pblico
26. DIREITO SADE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. INTERESSE DE AGIR. REMDIO DISPONIBILIZADO
PELO SUS. AUSNCIA DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. IRRELEVNCIA. PRETENSO RESISTIDA. AMPLO
ACESSO JUSTIA. PREFACIAL AFASTADA. IMPOSIO DO SEQUESTRO DE VERBA PBLICA PARA
ASSEGURAR O CUMPRIMENTO DA DECISO JUDICIAL. POSSIBILIDADE. INTELIGNCIA DO ART. 461, 5, DO
CPC. " possvel a imposio do bloqueio de verbas pblicas para garantir o fornecimento de medicamento
pelo Estado (genericamente falando) a portador de doena grave, como medida executiva (coercitiva) para
a efetivao da tutela, ainda que em carter excepcional, eis que o legislador deixou ao arbtrio do Juiz a
escolha das medidas que melhor se harmonizem s peculiaridades de cada caso concreto (CPC, art. 461,
5). Portanto, em caso de comprovada urgncia, possvel a aquisio, mediante sequestro de verba
pblica, de tratamento mdico necessrio manuteno da sade de pessoa carente de recursos para
adquiri-lo, sendo inaplicvel o regime especial dos precatrios (CF, art. 100), utilizado nas hipteses de
execuo de condenaes judiciais contra a Fazenda Pblica, pois, na espcie, deve ser privilegiada a
proteo ao direito vida e sade do paciente". RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. SENTENA
INALTERADA EM REEXAME. Processo: 2012.083755-2 (Acrdo). Relator: Des. Jorge Luiz de Borba.
Julgamento: 03/06/2013. Data de Publicao: 11/06/2013. Juiz Prolator: Edison Zimmer. Classe: Apelao
Cvel.
27. ADMINISTRATIVO. CONTRATO TEMPORRIO. EDUCADORA DO PROGRAMA SENTINELA DO MUNICPIO DE
JOAABA. PACTO FIRMADO COM FUNDAMENTO NO ART. 37, IX, DA CRFB/88. CONTRATAO PARA ATENDER
A NECESSIDADE TEMPORRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PBLICO. ADMISSO PREVISTA EM LEI
MUNICIPAL. PERODO LABORAL QUE OBSERVOU O PRAZO PREVISTO EM LEI. CONTRATO VLIDO. As
contrataes administrativas oriundas da permisso constitucional prevista no art. 37, IX, da CRFB/88 so
permitidas e encontram amparo jurdico quando observam seus requisitos ensejadores, a saber: a) previso
em lei; b) contratao por tempo determinado; c) destinada a atender necessidade temporria de
excepcional interesse pblico. A admisso por tempo determinado para fazer frente necessidade
temporria dentro do prazo estipulado em lei deve ser considerado vlido, j que respeitou o modo, a
forma e os limites estabelecidos na Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988. EFEITOS DO
CONTRATO POR TEMPO DETERMINADO PARA ATENDER NECESSIDADE TEMPORRIA DE EXCEPCIONAL
INTERESSE PBLICO. NATUREZA JURDICO-ADMINISTRATIVO. DIREITO APENAS AS PARCELAS PREVISTAS NA
LEI QUE CRIOU OS CARGOS TEMPORRIOS. O contrato por prazo determinado possui natureza jurdicoadministrativo, mantendo essa condio originalmente estabelecida entre as partes, mesmo que encerrado
o pacto antes do perodo previsto ou prorrogado alm do prazo de vigncia do contrato temporrio, razo
pela qual o servidor somente tem direito s verbas previstas na lei que autorizou a contratao
excepcional. SENTENA DE PARCIAL PROCEDNCIA REFORMADA. APELO DO MUNICPIO PROVIDO, PARA
JULGAR IMPROCEDENTES OS PEDIDOS FORMULADOS. APELO DA AUTORA DESPROVIDO. Processo:
2013.001807-6 (Acrdo). Relator: Des. Francisco Oliveira Neto. Origem: Joaaba. rgo Julgador: Segunda
Cmara de Direito Pblico. Data de Julgamento: 04/06/2013. Juiz Prolator: Alexandre Dittrich Buhr.
28. APELAO CVEL. LIMITAO AO USO DA PROPRIEDADE. AO INDENIZATRIA MOVIDA CONTRA
MUNICPIO. IMVEL LOCALIZADO EM REA DE RESTINGA. RESTRIO DITADA PELO CDIGO FLORESTAL
REVOGADO (ART. 2, "F", DA LEI 4.771/65) ANTERIOR AQUISIO DO BEM. PLANO DIRETOR MUNICIPAL
QUE MANTEVE O STATUS NON AEDIFICANDI. AUSNCIA DE DIREITO INDENIZAO. SENTENA
REFORMADA. RECURSO PROVIDO. Como a limitao administrativa ao direito de construir, instituda pelo
revogado Cdigo Florestal (e mantida pelo atual Cdigo Ambiental), era anterior aquisio do imvel, no
h falar na procedncia do pleito indenizatrio perseguido pelo proprietrio, dado que o plano diretor
municipal, editado ulteriormente, apenas manteve o status non aedificandi. Processo: 2011.000364-6
(Acrdo). Relator: Des. Joo Henrique Blasi. Julgamento: 04/06/2013.
29. AO CIVIL PBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. ACUMULAO DE CARGOS PBLICOS. HIPTESE
NO PERFECTABILIZADA PARA OS EFEITOS LEGAIS. PREFEITO MUNICIPAL QUE EXERCE ESPORADICAMENTE,
E EM COOPERAO COM COLEGA, A MEDICINA. IRREGULARIDADE QUE NO ATENTA CONTRA OS
PRINCPIOS VETORES DA ADMINISTRAO PBLICA. AUSNCIA DE DEMONSTRAO DA PERCEPO DE
QUALQUER CONTRAPRESTAO REMUNERATRIA. FATOS OCORRIDOS NOS 5 ANOS ANTERIORES
PROPOSITURA DA AO. PRESCRIO. INEXISTNCIA DE VALORES A RESTITUIR. DEMANDA NO RECEBIDA
NA ORIGEM, FORTE NO 8 DO ART. 17 DA LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. SENTENA MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2012.072300-2 (Acrdo). Relator: Des. Cesar Abreu. Origem: Mondai.
rgo Julgador: Terceira Cmara de Direito Pblico. Julgamento: 28/05/2013. Classe: Apelao Cvel.
30. Apelao cvel. Responsabilidade civil do Estado. Indenizao por danos morais. Encaminhamento do
autor para averiguao. Prtica efetuada dentro dos limites legais. Inocorrncia de erro de procedimento.
Recurso desprovido. A ao de Policial Militar que se pauta estritamente no cumprimento de dever legal,
no d ensejo indenizao por danos morais, principalmente se foi a pretensa vtima que deu causa aos
fatos que culminaram na sua deteno. O Estado no est obrigado a indenizar qualquer caso em razo da
responsabilidade objetiva. A adoo de tal teoria somente desobriga a vtima da prova de culpa do agente
da Administrao, sendo atribuio desta provar a culpa do lesado no evento danoso, para que fique livre
do dever de indenizar. Processo: 2012.051432-4. Relator: Des. Pedro Manoel Abreu. Julgamento:
28/05/2013.
31. AO POPULAR. REEXAME NECESSRIO E APELAO CVEL. LICITAO. DISPENSA. CONTRATAO DE
AGNCIA DE PUBLICIDADE SEM PRVIO PROCESSO LICITATRIO. OFENSA AOS PRINCPIOS DA
ADMINISTRAO PBLICA. SENTENA QUE INDEFERIU A PETIO INICIAL. AUSNCIA DE COMPROVAO DE
LESIVIDADE AO ERRIO. REQUISITO DISPENSVEL. DECISO ANULADA. ENTENDIMENTO SEDIMENTADO NOS
TRIBUNAIS SUPERIORES. A ILEGALIDADE DO ATO BASTA PARA A PROPOSITURA DA DEMANDA. RECURSOS
CONHECIDOS E PARCIALMENTE PROVIDOS. "1. A Constituio da Repblica vigente, em seu art. 5,
inc.LXXIII, inserindo no mbito de uma democracia de cunho representativo eminentemente indireto um
instituto prprio de democracias representativas diretas, prev que "qualquer cidado parte legtima para
propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado
participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o
autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia". Tal dispositivo deixa
claro que a ao popular, tambm, cabvel com vistas a anular atos lesivos moralidade administrativa.
2. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE n. 170.768/SP, pacificou ser ausente a contrariedade
ao art. 5, LXXIII, Lei Maior por entender que, para o cabimento da ao popular, basta a ilegalidade do ato
administrativo a invalidar, por contrariar normas especficas que regem a sua prtica ou por se desviar de
princpios que norteiam a Administrao Pblica, sendo dispensvel a demonstrao de prejuzo material
aos cofres pblicos.". Processo: 2011.085501-4. Relator: Des. Jlio Csar Knoll. Julgamento: 23/05/2013.
Classe: Apelao Cvel.
32. TRIBUTRIO - IPTU - LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL QUE PREV ALQUOTA DIFERENCIADA COM
PERCENTUAL (2%) MAIOR PARA IMVEIS EDIFICADOS DESPROVIDOS DE MURO FRONTAL E PASSEIO EM VIA
PAVIMENTADA - AUSNCIA DE PROGRESSIVIDADE E CUNHO PUNITIVO - APLICAO DO ART. 156, 1, II, DA
CF/88 - CONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA PELO GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO IMPROCEDNCIA DO PEDIDO DE ANULAO DO LANAMENTO FISCAL. "Com base no permissivo inscrito no
art. 156, 1, inc. II, da Constituio Federal, com a redao dada pela Emenda Constitucional n. 29/2000,
a destinao e o uso do imvel podem ser utilizados como balizadores para a fixao das alquotas do IPTU,
desde que aplicados como forma de promover e orientar o adequado desenvolvimento urbano. Trata-se de
vis extrafiscal da cobrana do IPTU, admitido pela Constituio. Assim, o legislador municipal, ao escolher
a alquota diferenciada para imveis desprovidos de muro frontal e passeio pblico, em confronto com a
legislao especfica local, no atribui exao cunho punitivo, mas sim prestigia o aludido mandamento
constitucional.". Processo: 2012.042967-8 (Acrdo). Relator: Des. Jaime Ramos. Origem: Joinville. rgo
Julgador: Quarta Cmara de Direito Pblico. Data de Julgamento: 13/06/2013. Data de Publicao:
20/06/2013. Juiz Prolator: Roberto Lepper. Classe: Apelao Cvel.
Cmara Especial Regional de Chapec
33. AGRAVO (ART. 557, 1, CPC). INTERPOSIO CONTRA DECISO QUE SUSPENDEU O FEITO E
DETERMINOU O RETORNO DOS AUTOS ORIGEM. PROCESSO DE DESTITUIO DO PODER FAMILIAR.
MEDIDA EXTREMA. NECESSIDADE DE ACOMPANHAMENTO E ORIENTAO DOS GENITORES VISANDO A
MANUTENO DA FAMLIA NATURAL. POSSIBILIDADE QUE NO DEVE SER DESPREZADA PELO JUDICIRIO.
MANUTENO DA DECISO RECORRIDA. PROVIMENTO NEGADO. Processo: 2012.051920-7. Relator: Des.
Paulo Ricardo Bruschi. Julgamento: 10/06/2013. Data de Publicao: 20/06/2013.
Turmas de Recursos
34. RECURSO INOMINADO - RELAO DE CONSUMO -INSTITUIO FINANCEIRA - CONTA CORRENTE UTILIZAO PELO CORRENTISTA DO LIMITE DO CHEQUE ESPECIAL - RETENO POR PARTE DO BANCO DO
VALOR INTEGRAL DO SALRIO PARA PAGAMENTO DOS DBITOS ORIUNDOS DA COBRANA DE JUROS - ATO
ILCITO - VERBA DE NATUREZA ALIMENTAR - IMPOSSIBILIDADE DE RETENO INDEPENDENTEMENTE DO
VALOR - CASO NO SUBMETIDO DISCIPLINA DA LEI 10.820/2003 ANTE O ELEMENTO DA SURPRESA DO
CONSUMIDOR QUE NO TEM CINCIA DO DESCONTO - CONDUTA ABUSIVA - DANO EVIDENCIADO RECURSO DESPROVIDO. Processo: 0700995-40.2012.8.24.0023 (Turmas de Recursos). Relator: Dr.
Alexandre Morais da Rosa. Origem: Capital. rgo Julgador: Primeira Turma de Recursos - Capital.
Julgamento: 06/06/2013.
35. RECURSO INOMINADO - AO ANULATRIA DE TTULO JURDICO C/C INDENIZAO POR DANOS MORAIS
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA - DUPLICATA MERCANTIL LEVADA A PROTESTO REFERENTE A
PERODO SEM A EFETIVA PRESTAO DO SERVIO - APLICAO DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR CLUSULA CONTRATUAL QUE PREV O PAGAMENTO DAS MENSALIDADES INDEPENDENTEMENTE DA
PRESTAO DO SERVIO - ABUSIVIDADE - VIOLAO AOS PRINCPIOS DA EQUIDADE E BOA-F - CLUSULA
NULA DE PLENO DIREITO - AFASTAMENTO DA MULTA CONTRATUAL - AUSNCIA DE COMPROVAO DE QUE
FOI A PACIENTE QUEM DEU CAUSA RESCISO CONTRATUAL - AO TRABALHISTA QUE CONDENOU A
EMPREGADORA AO PAGAMENTO DE INDENIZAO POR ASSDIO MORAL - ABANDONO DO TRATAMENTO
JUSTIFICADO - PROTESTO INDEVIDO - DEVER DE INDENIZAR OS DANOS EXTRAPATRIMONIAIS - SENTENA
REFORMADA - RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2013.700137-7 (Turmas de Recursos). Relator:
Dr. Roque Cerutti. Origem: Itaja. Data de Julgamento: 03/06/2013. Classe: Recurso Inominado.
36. RECURSO INOMINADO - PROFESSORA DA REDE OFICIAL DE ENSINO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
ADMITIDA EM CARTER TEMPORRIO (ACT) - GRAVIDEZ OCORRIDA DURANTE O PRAZO DE VIGNCIA DO
CONTRATO DE TRABALHO - PLEITO PARA PRORROGAO DE SUA CONTRATAO, DESDE A CESSAO DO
CONTRATO AT 5 (CINCO) MESES APS O PARTO - ESTABILIDADE PROVISRIA CARATERIZADA INDENIZAO SALARIAL DEVIDA. "As servidoras pblicas e empregadas gestantes, inclusive as contratadas
a ttulo precrio, independentemente do regime jurdico de trabalho, tm direito a licena-maternidade de
cento e vinte dias e estabilidade provisria desde a confirmao da gravidez at cinco meses aps o
parto.". Processo: 0700784-72.2010.8.24.0023 (Turmas de Recursos). Relator: Dr. Jos Maurcio Lisboa
37. SERVIDOR DA UDESC - PROFESSOR 1. AFASTAMENTO DA FUNO PARA A REALIZAO DE DOUTORADO.
"No se sustenta validamente em face da Constituio Federal (arts. 7, XVII e 39, 3) qualquer ato
normativo que pretenda suprimir ou restringir o direito ao gozo de frias remuneradas com acrscimo de
um tero." (TJSC, Apelao Cvel n. 2007.048266-7, da Capital, rel. Des. Newton Janke, j. 12-05-2009). 2.
PAGAMENTO DE GRATIFICAO INDEVIDO PELA ADMINISTRAO. DESCONTO EM FOLHA. DESCABIMENTO. O
Superior Tribunal de Justia firmou orientao segundo a qual " incabvel a restituio de valores de
carter alimentar percebidos de boa-f por servidor pblico, em virtude de interpretao errnea, m
aplicao da lei ou erro da Administrao". MANUTENO DA SENTENA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 0700611-48.2010.8.24.0023. Relatora: Dra. Haide Denise Grin. Origem: Capital.
rgo Julgador: Oitava Turma de Recursos - Capital. Data de Julgamento: 13/06/2013. Classe: Recurso
Inominado.
Edio n. 10 de 31 de julho de 2013.
rgo Especial
1.Compete parte agravante, sob pena no conhecimento do agravo, infirmar especificamente os
fundamentos adotados pelo Tribunal de origem para negar seguimento ao reclamo com base no
princpio da dialeticidade.
2.Padece de inconstitucionalidade, por vcio de origem, lei municipal que institui o projeto "casa
abrigo" para mulheres em situao de risco de vida iminente.
Seo Criminal
3. possvel reviso criminal para absolver ru condenado definitivamente por associao para o
trfico cujo processo, cindido e com prova idntica, absolve os outros corrus em virtude de fatos
novos informadores da inocncia.
4.No h falar em nulidade a nomeao de defensor dativo nico para ambos os rus em face da
inocorrncia de verses e defesas antagnicas.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
5.A ao rescisria em ao de reintegrao de posse no o meio prprio para discutir
interpretao do julgador, muito menos para o reexame do conjunto probatrio.
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
6.Ainda que o devedor tenha falecido no decorrer do processo de execuo, possvel, em tese, o
reconhecimento da impenhorabilidade do bem de famlia se restar provado que algum familiar
continua a utilizar imvel para sua moradia.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
7.Fere os princpios da vinculao ao edital e da isonomia possibilitar que candidatado acometido de
doena realize ou complete prova de concurso em data diversa da preestabelecida no edital.
8.Inexiste direito lquido e certo a ser protegido pela via mandamental no caso de servidora pblica
aposentada por invalidez que teve seu ato aposentatrio retificado em processo administrativo, com
as garantias do contraditrio e ampla defesa.
Cmaras de Direito Criminal
9.A excluso da qualificadora do meio cruel de agente que, aps briga de trnsito, supostamente
atingiu a vtima com chutes, socos e pauladas, mesmo quando esta j se encontrava cada no cho,
ocasionando sua morte, deve ser dirimida pelo conselho de sentena.
10.Comete o crime de impedimento e dificultao de regenerao natural de florestas e demais
formas de vegetao quem, ao construir sua residncia s margens do rio, impede a renovao de
mata ciliar.
11.Para a configurao do crime de pesca mediante utilizao de petrechos proibidos no
necessrio efetiva apreenso de espcime de peixe.
12.No homicdio culposo em acidente de trnsito, o bito do caroneiro que estava sem o cinto de
segurana decorre de culpa evidenciada pela imprudncia.
13.No incide Lei Maria da Penha fatos supostamente criminosos praticados por nora contra sogra
idosa no mbito domstico/familiar, diante inexistncia, no caso, preconceito e discriminao em
razo do sexo (gnero).
14.Comete crime contra meio ambiente prefeito municipal que, com fito de obter vantagem
IMPUGNADA QUE VERSAM SOBRE TEMA CUJA INICIATIVA ERA EXCLUSIVA DO CHEFE DO EXECUTIVO
LOCAL. SITUAO QUE REVELA INOBSERVNCIA DOS PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEPARAO,
DA HARMONIA ENTRE OS PODERES E DA RESERVA DA ADMINISTRAO. INVASO DO PODER
LEGISLATIVO
NA
ESFERA
DE
COMPETNCIA
PRIVATIVA
DO
PODER
EXECUTIVO.
INCONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA. VIOLAO DOS ARTS. 32, 50, 2, INCS. II e VI, 52, INC. I, E
71, INCS. I E IV, ALNEA "A", CONSTITUIO ESTADO. PROCEDNCIA O, EFEITOS EX TUNC.
Processo: 2012.054133-8. Relator: Des. Nelson Schaefer Martins.
Seo Criminal
3.REVISO CRIMINAL. TRFICO DE DROGAS E ASSOCIAO PARA O TRFICO (ARTS. 12 E 14 DA LEI
6.368/76). CONDENAO DEFINITIVA DO REQUERENTE PELA PRTICA DE AMBOS OS CRIMES.
PRETENSO DE ABSOLVIO QUANTO AO DELITO DE ASSOCIAO PARA O TRFICO. PROCESSO
CINDIDO LOGO APS O RECEBIMENTO DA DENNCIA QUANTO AOS DEMAIS CORRUS. FATOS NOVOS
CONSISTENTES NAS ABSOLVIES DEFINITIVAS DOS CORRUS TOCANTE AOS DOIS CRIMES.
PROCESSOS DISTINTOS, MAS COM PROVA IDNTICA. ABSOLVIO QUE SE IMPE RELATIVAMENTE AO
CRIME DE ASSOCIAO PARA O TRFICO. REVISIONAL DEFERIDA. Processo: 2012.0580529). Relator: Des. Srgio Rizelo. Julgamento: 26/06/2013.
4.REVISO CRIMINAL. TRFICO DE DROGAS E ASSOCIAO PARA O TRFICO [ART. 33, E ART. 35,
AMBOS DA LEI 11.343/2006]. PLEITO DE ABSOLVIO POR NO TER SIDO COMPROVADO NOS AUTOS
QUE O RU-REVISIONADO SE DEDICAVA AO TRFICO E QUE AGIA EM ASSOCIAO COM O CORRU.
MATRIA ANALISADA QUANDO DO JULGAMENTO DA AO PENAL. REVISO INTERPOSTA FACE O
MERO INCONFORMISMO COM A ANLISE DA PROVA REALIZADA PELO MAGISTRADO DE PRIMEIRO
GRAU. PEDIDO REVISIONAL NO CONHECIDO NESTE PONTO. ANLISE APENAS DAS NULIDADES
AVENTADAS E DA TESE DA INCONSTITUCIONALDADE DA REINCIDNCIA. NULIDADE PELA
AUSNCIA/DEFICINCIA DE DEFESA. NO OCORRNCIA. DEFENSOR DATIVO QUE APRESENTOU TODAS
AS PEAS PROCESSUAIS AT A SENTENA, ATUANDO SEMPRE QUE FOI INTIMADO. FALTA DE ATUAO
NO INTERESSE DO RU NO DEMONSTRADO O QUE ACARRETA EM AUSNCIA DE PREJUZO.
NULIDADE PELA NO REALIZAO DE EXAME DE DEPENDNCIA TOXICOLGICA. DEFESA DESISTIU DA
REALIZAO DA PROVA. ADEMAIS, RU DECLARA SER VICIADO E NO DEPENDENTE, FATO QUE, POR
SI S, NO OBRIGA A REALIZAO DO EXAME. NULIDADE PELA NOMEAO DE DEFENSOR DATIVO
NICO PARA AMBOS OS RUS. INOCORRNCIA DE VERSES E DEFESAS ANTAGNICAS.
REPRESENTAO PELO MESMO DEFENSOR NOMEADO QUE, POR SI S, NO ENSEJA NULIDADE. RUS
QUE EM JUZO NEGARAM A AUTORIA E POSTULARAM ABSOLVIO PELA FALTA DE PROVAS. PLEITO
PARA RECONHECIMENTO DA INCONSTITUCIONALIDADE DA AGRAVANTE DA REINCIDNCIA.
PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DESTA CORTE DE JUSTIA E DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PELA
CONSTITUCIONALIDADE DA NORMA. RECURSO EXTRAORDINRIO COM REPERCUSSO GERAL
JULGADO PELO TRIBUNAL SUPERIOR. MANTENA QUE SE IMPE. PEDIDO REVISIONAL CONHECIDO EM
PARTE
E,
NA
PARTE
CONHECIDA,
JULGADO
IMPROCEDENTE. Processo: 2012.042588-3
(Acrdo). Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer. Julgamento: 26/06/2013.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
5.AO RESCISRIA. DEMANDA INTENTADA CONTRA ACRDO QUE MANTEVE SENTENA DE
PROCEDNCIA EM AO DE REINTEGRAO DE POSSE. PEDIDO FUNDAMENTADO NOS INCISOS III, V,
VI, VII E IX DO ART. 485 DO CPC. HIPTESES NO EVIDENCIADAS. TERRENO LOCALIZADO EM PRAIA
DA CAPITAL. MELHOR POSSE DA AUTORA SUFICIENTEMENTE DEMONSTRADA. IMVEL INVADIDO PELA
REQUERIDA. ESBULHO CARACTERIZADO. AUSNCIA DE PROVA DOCUMENTAL AUTNTICA DA
OCUPAO DO TERRENO PELA R ANTES DA DATA DO ESBULHO. DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS
POUCO CONVINCENTES A RESPEITO DA POSSE DA REQUERIDA. INTELIGNCIA DO ART. 927 DO CPP.
DECISUM MANTIDO. IMPROCEDNCIA DO PEDIDO.Processo: 2012.077900-9. Relator: Des. Srgio
Izidoro Heil. Julgamento: 10/07/2013. Data de Publicao: 19/07/2013. Classe: Ao Rescisria.
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
6.EMBARGOS INFRINGENTES. AO DE EXECUO EMBARGADA. EXTINO SEM RESOLUO DO
MRITO. CASSAO DA SENTENA. JULGAMENTO PER SALTUM NO UNNIME (ART. 515, 3, DO
1. Incide em ato ilcito e responde civilmente por dano moral a agncia de notcias que veicula, em
diversas mdias que controla, notcias que, no conjunto, excedem os limites da liberdade de imprensa
e informao, provocando abalo psicolgico ao indivduo preso sob suspeita de delito infame
(extorso mediante sequestro), ao atribuir-lhe, na capa de seu peridico, a apressada e injusta pecha
de "bandido", sendo que, naquela mesma data, fora ele posto em liberdade por absoluta falta de
provas do cometimento do crime. 2. Os veculos de imprensa devem respeitar, em seu mister, sem
que com isso se cogite de censura ou restrio liberdade de expresso, tanto quanto possvel, os
direitos ligados honra, ao nome, intimidade e ao estado de inocncia das pessoas, de modo que
sempre lhes cumpre indeniz-las, por dano moral, nas hipteses em que manifestamente
desbordarem dos limites narrativos das informaes apuradas. Processo: 2012.092955-6. Relator:
Eldio Torret Rocha.
24.APELAO CVEL. AO INDENIZATRIA. INDEFERIMENTO DA INICIAL POR FALTA DE CONDIO DA
AO CONSISTENTE NA POSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO E LEGITIMIDADE PASSIVA DE PARTE.
EXTINO DO FEITO, COM FULCRO NO ART. 267, VI, DO CPC. PRETENSO DE RESSARCIMENTO DE
DANOS MATERIAIS E MORAIS EM RAZO DE SUPOSTA OMISSO OCORRIDA NAS DEPENDNCIAS DA
INSTITUIO FINANCEIRA R. AUTORA QUE AFIRMA TER SIDO VTIMA DE ESTELIONATRIO, O QUAL SE
PASSOU POR FUNCIONRIO DA CASA BANCRIA. POSSIBLIDADE JURDICA DO PLEITO E LEGITIMIDADE
PASSIVA EVIDENCIADAS. NECESSIDADE DE INSTRUO DO FEITO. RETORNO DOS AUTOS ORIGEM.
SENTENA CASSADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2012.079711-7. Relator: Des.
Srgio Izidoro Heil. Julgamento: 18/07/2013.
25.APELAO CVEL. AO DE MANUTENO DE CONTRATO DE SEGURO DE VIDA. RESCISO
UNILATERAL DO CONTRATO PELA SEGURADORA. ALEGAO DE INADIMPLNCIA DE PARCELA MENSAL.
AUSNCIA DE NOTIFICAO PRVIA. AFRONTA AO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
PRECEDENTES DESTA CORTE. RECURSO DESPROVIDO. O simples atraso no pagamento de parcela do
prmio no causa a ensejar o fim da relao contratual securitria, pois a resciso do pacto deve
ser comunicada com antecedncia ao segurado, pois assente que o desfazimento unilateral do
contrato considera-se abusivo, e, portanto, nulo, consoante disposio do artigo 51, XI, CDC ainda
que
se
verifique
previso
expressa
em
clusula
contratual
em
sentido
contrrio. Processo: 2013.005210-2. Relator: Des. Joel Figueira.
26.AO ANULATRIA. CONTRATO PARA DIVULGAO DA EMPRESA AUTORA EM STIO DA INTERNET.
INAPLICABILIDADE DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, DADA A INEXISTNCIA DE
DESTINATRIO FINAL (ART. 2 CDC). VULNERABILIDADE NO VISLUMBRADA. PRESTAO DO SERVIO
OFERECIDA POR MEIO DE CONTATO TELEFNICO. ENCAMINHAMENTO, VIA FAX, DO AJUSTE.
ALEGAO VCIO NA MANIFESTAO DA VONTADE DECORRENTE DE ERRO SUBSTANCIAL NO
COMPROVADA. POSSIBILIDADE DE VERIFICAO DA EMPRESA CONTRATANTE E DAS CLUSULAS
PACTUADAS NA AVENA. DOLO IGUALMENTE NO VERIFICADO. VALIDADE DAS OBRIGAES
ASSUMIDAS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2011.081449-6. Relator: Ronei
Danielli. Julgamento: 11/07/2013.
Cmaras de Direito Comercial
27.APELAO CVEL. AO DE COBRANA. TRANSPORTE MARTIMO MONOMODAL. SOBRE-ESTADIA
DE CONTINER - DEMURRAGE. INSTITUTO DE NATUREZA INDENIZATRIA. AUSNCIA DE
CONTESTAO. REVELIA. VERACIDADE FCTICA PRESUMIDA. PRESCRIO. INOCORRNCIA. PRAZO
TRIENAL ESPECFICO. INTELIGNCIA DO ART. 206, 3, V, DO CCB/2002. INAPLICABILIDADE DA
NORMA GERAL NSITA NO ART. 205 DA LEI SUBSTANTIVA CIVIL, BEM ASSIM DO ART. 449, 3, DO
CDIGO COMERCIAL, POR J REVOGADO E, AINDA, DO ART. 22 DA LEI N. 9.611/1998, QUE DISCIPLINA
O TRANSPORTE MULTIMODAL. SENTENA CASSADA. CONDENAO IMPOSITIVA. APLICABILIDADE DO
ART.
515,
3,
DO
CODEX
INSTRUMENTALIS.
RECURSO
CONHECIDO
E
PROVIDO. Processo: 2012.075650-6
(Acrdo). Relator: Des.
Rodrigo
Cunha.
Julgamento:27/06/2013. Classe:Apelao Cvel.
28.APELAO CVEL - AO DE REINTEGRAO DE POSSE - CONTRATO DE ARRENDAMENTO
MERCANTIL - EXTINO SEM RESOLUO DE MRITO ANTE O INDEFERIMENTO DA PETIO INICIAL
(CPC, ART. 267, INC I) - RECURSO DA INSTITUIO FINANCEIRA AUTORA - EXORDIAL INDEFERIDA PELA
AUSNCIA DE DESCRIO DO BEM ARRENDADO - NO CONFIGURAO DE PRESSUPOSTO
PROCESSUAL INDISPENSVEL PROPOSITURA DA AO - VCIO SANVEL - EMENDA DA INICIAL,
CONTUDO, NO OPORTUNIZADA - OFENSA AO ART. 284 DO CPC - DIREITO SUBJETIVO DA PARTE SENTENA CASSADA - RECURSO PROVIDO. A falta de identificao precisa do bem no constitui
impedimento para que se faculte a emenda da inicial, pois no se trata de requisito essencial,
previsto em lei, mormente porque a complementao da informao pode consubstanciar mero
anexo, no qual conste a exata descrio do bem arrendado, e contenha a assinatura das partes.
Havendo possibilidade de correo do vcio, a emenda inicial medida que se impe, em
homenagem aos princpios da instrumentalidade e economia processual. Processo: 2013.0368816. Relator: Des. Robson Luz Varella Julgamento: 09/07/2013.
29.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO C/C INDENIZAO POR
DANOS MORAIS. FINANCIAMENTO REALIZADO POR TERCEIRO EM NOME DA AUTORA MEDIANTE
FRAUDE. COMPETNCIA DAS CMARAS DE DIREITO CIVIL. MATRIA ALHEIA AO MBITO COMERCIAL.
NO CONHECIMENTO DO RECURSO. REDISTRIBUIO. Conforme dispe a segunda parte do art. 3.
do Ato Regimental n. 57/02, o que foi reafirmado pelo Ato Regimental n. 85/07, as Cmaras de
Direito Comercial tm "competncia exclusiva para julgamento de feitos relacionados com o Direito
Bancrio, o Direito Empresarial, o Direito Cambirio e o Direito Falimentar, bem como os recursos
envolvendo questes processuais relativas s matrias acima". Processo: 2011.0006006.Relator: Des. Paulo Roberto Camargo Costa. Julgamento: 27/06/2013. Classe: Apelao Cvel.
30.APELAO CVEL. AO DE BUSCA E APREENSO. CDULA DE CRDITO BANCRIO GARANTIDA
POR ALIENAO FIDUCIRIA. SENTENA QUE EXTINGUE O FEITO, SEM RESOLUO DE MRITO.
REBELDIA DA FINANCEIRA. INVALIDADE DA NOTIFICAO EXTRAJUDICIAL CONFECCIONADA POR
ESCRITRIO DE ADVOCACIA E ENCAMINHADA AO DEVEDOR PELOS CORREIOS. NECESSIDADE DE SER
REALIZADA POR INTERMDIO DE CARTRIO DE TTULOS E DOCUMENTOS E ANTES DA PROPOSITURA
DA ACTIO CONSTRITIVA. MCULA QUE ATINGE O PROTESTO DO TTULO. MORA NO CARACTERIZADA.
HIGIDEZ DO DECISUM A QUO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.Processo: 2013.0294542. Relator: Des. Altamiro de Oliveira. Julgamento: 09/07/2013.
Cmaras de Direito Pblico
31.DIREITO SADE. FORNECIMENTO DE IMPLANTE DE MARCA-PASSO DIAFRAGMTICO. PRELIMINARES.
LEGITIMIDADE PASSIVA. DEVER DO ESTADO DE GARANTIR DIREITO FUNDAMENTAL DE ASSISTNCIA
SADE. EXEGESE DOS ARTS. 6 E 196 DA CF/1988. COMPETNCIA DA VARA DA INFNCIA E
JUVENTUDE PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. INTERESSE DE MENOR. INTELIGNCIA DO ART. 148,
IV, DO ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE. TESES AFASTADAS. AUTOR PORTADOR DA
SNDROME DE ONDINE. COMPROVAO DE QUE O IMPLANTE DO MARCA-PASSO PRESERVAR A
SADE DO PACIENTE E DIMINUIR O RISCO DE MORTE. DEMONSTRAO DE QUE A MEDIDA J FOI
REALIZADA EM CRIANAS COM MENOS DE 24 MESES. EQUIPE MDICA INDICADA QUE A NICA
HABILITADA NO BRASIL PARA IMPLANTAR O APARELHO. OBRIGAO NO ILIDIDA PELO ARGUMENTO
DE AUSNCIA DE DOTAO ORAMENTRIA OU DE RISCO DE LESO AOS COFRES PBLICOS. "As
alegaes de que o medicamento de alto custo, de que inexiste previso oramentria no rgo
estatal para o fim pretendido, bem como de que inexiste norma que obrigue o seu fornecimento,
conquanto argumentos ponderveis, no tm o condo de sobrepujar o direito hiertico vida, bem
jurdico de hierarquia mxima tutelado pela Constituio da Repblica. MULTA COMINATRIA.
AFASTAMENTO. "Nas demandas em que o autor requer do Estado a prestao de assistncia mdica
ou medicamentosa (CR, art. 196; Lei 8.080/90), no razovel a imposio de multa cominatria,
pois raramente atender sua finalidade. Se no cumprida a ordem judicial no prazo fixado,
recomendvel que o Juiz ordene o sequestro de dinheiro necessrio aquisio do medicamento".
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.Processo: 2012.090029-5. Relator: Des. Jorge
Luiz de Borba. Julgamento: 16/07/2013.
32.ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANA. LICITAO. EMPRESA INABILITADA POR APRESENTAR
OS DOCUMENTOS MINUTOS APS O PRAZO FATAL. DEVER DE OBEDINCIA AO PRINCPIO DA
CPC. Processo: 2012.080203-0 (Acrdo). Relator: Des. Jaime Ramos. Origem: Capital.rgo
Julgador: Quarta Cmara de Direito Pblico. Data de Julgamento: 04/07/2013. Data de
Publicao: 16/07/2013. Juiz Prolator: Getlio Corra. Classe: Apelao Cvel.
36.TRIBUTRIO - COBRANA - CONTRIBUIO DE 1% DEVIDA POR CLUBE DE FUTEBOL FEDERAO
DAS ASSOCIAES DE ATLETAS PROFISSIONAIS (FAAP) SOBRE O MONTANTE DE CADA CONTRATAO
- PREVISO NO ART. 57, INCISO I, DA LEI N. 9.615/1998 ("LEI PEL") - OBRIGATORIEDADE INCONSTITUCIONALIDADE AFASTADA - DEMONSTRAO DO CRDITO POR MEIO DE RELATRIO DA
FEDERAO SOBRE AS CONTRATAES DE ATLETAS HAVIDAS NO PERODO - PAGAMENTO PARCIAL
COMPROVADO - EXCLUSO DETERMINADA PELO JUZO - AUSNCIA DE QUESTIONAMENTO DO CLUBE
SOBRE AS DEMAIS CONTRATAES OU DE PROVA DA QUITAO DAS RESPECTIVAS CONTRIBUIES ACEITAO DA VALIDADE DO RELATRIO - CONDENAO MANTIDA. devida Federao das
Associaes de Atletas Profissionais (FAAP) a contribuio prevista no art. 57, inciso I, da Lei n.
9.615/1998 ("Lei Pel") de um por cento (1%) sobre o valor de cada contrato de atleta profissional
admitido por Clube de Futebol. Tal dispositivo no inconstitucional. O relatrio das contrataes do
perodo, apresentado pela Federao suficiente para embasar a cobrana judicial, se o Clube de
Futebol deixa de impugn-lo adequadamente, ainda mais quando admite a veracidade de algumas
das contrataes sobre as quais comprovou ter pago a devida contribuio, o que motivou a excluso
delas
da
condenao. Processo: 2012.092828-6
(Acrdo).Relator: Des.
Jaime
Ramos.
Julgamento: 27/06/2013. Classe: Apelao Cvel.
Cmara Especial Regional de Chapec
37.APELAO CVEL. AO INDENIZATRIA. DANOS MATERIAIS E MORAIS. E-MAIL COM CONTEDO
DIFAMATRIO, INDEVIDAMENTE, RELACIONADO AUTORA. PROCEDNCIA NA ORIGEM.
IRRESIGNAO DOS RUS. PROVA DOS AUTOS QUE APONTA PARA A NO UTILIZAO DA INTERNET
PELOS REQUERIDOS NO MOMENTO DO ILCITO. IMPOSSIBILIDADE DE SE AFERIR O VERDADEIRO
USURIO DO IP NO MOMENTO DO ENVIO DA MENSAGEM ELETRNICA. CONJUNTO PROBATRIO
FRGIL A AUTORIZAR A PROCEDNCIA DA DEMANDA. EXEGESE DO ARTIGO 333, INCISO I, DO CDIGO
DE PROCESSO CIVIL. DEVER DE INDENIZAR AFASTADO. NUS SUCUMBENCIAIS READEQUADOS.
SENTENA REFORMADA PARA JULGAR IMPROCEDENTES OS PEDIDOS INICIAIS. RECURSO
PROVIDO. Processo: 2013.026807-3. Relator: Dr.
Eduardo
Mattos
Gallo
Jnior. Julgamento: 08/07/2013.
Turmas de Recursos
38.RECURSOS INOMINADOS - SERASA - CONCENTRE SCORING - BANCO DE DADOS RESTRITIVO DE
CRDITO NO AUTORIZADO PELO CONSUMIDOR - ACESSO INFORMAO - IMPOSSIBILIDADE DE
RETIFICAO - VIOLAO AO ART. 5, INCISO X, DA CONSTITUIO FEDERAL; ART. 43 DO CDC; E, ART.
4 DA LEI 12.414/11 - BANCO DE DADOS OBSCURO E MANIFESTAMENTE ILEGAL - FALTA DE
TRANSPARNCIA - FATO DO SERVIO - RECURSO DO SERASA DESPROVIDO - RECURSO DO
CONSUMIDOR PROVIDO PARA A MAJORAO DO QUANTUM INDENIZATRIO 1. ilegal a manuteno
de cadastro de crdito paralegal, de carter subjetivo, sem transparncia, sem contraditrio e
obscuro, por entidade privada com efeitos limitadores do crdito do consumidor. A criao e
manuteno do Concentre Scoring avilta a vulnerabilidade jurdica e de informao do consumidor.
Ofende o Estado Democrtico de Direito. 2. O carter obscuro e sigiloso do banco de dados
representa obstculos aos direitos dos consumidores, vez que impossvel inferir se na obteno do
score foram considerados, por exemplo, dbitos j quitados, prescritos ou por prazo superior a 05
anos. Processo: 0812365-24.2012.8.24.0023. Relator: Dr.
Alexandre
Morais
da
Rosa. Julgamento: 27/06/2013.
39.APELAO CRIMINAL. PORTE DE FACA (ART. 19, DA LCP). PERTURBAO DA TRANQUILIDADE (ART.
65, DA LCP). CONTRAVENES PENAIS PRATICADAS COM VIOLNCIA DOMSTICA (LEI N. 11.340/06).
INAPLICABILIDADE DA LEI N. 9.099/95 INDEPENDENTE DA PENA. INCOMPETNCIA ABSOLUTA DAS
TURMAS DE RECURSOS. REMESSA DO PROCESSO AO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SANTA
CATARINA. Consoante disposto pelo art. 5 da Lei n. 11.340/2006, configura violncia domstica e
familiar contra a mulher qualquer ao ou omisso baseada no gnero que lhe cause morte, leso,
sofrimento fsico, sexual ou psicolgico e dano moral ou patrimonial (caput), em qualquer relao
ntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente
de coabitao (inciso III). Caracterizada, pois, a violncia domstica pelo fato do agressor portar arma
branca (faca) e rodear a residncia da vtima, que era sua ex-companheira, de modo a perturbar-lhe
o sossego, deve ser reconhecida a incompetncia absoluta da Turma Recursal para processamento e
julgamento do recurso, devendo os autos serem remetidos ao Egrgio Tribunal de
Justia. Processo: 2013.501265-3.Relator: Dr. Maurcio Cavalazzi Povoas. Julgamento: 22/07/13
40.APELAO CRIMINAL. ACUSADO DENUNCIADO PELA SUPOSTA PRTICA DA INFRAO PREVISTA NO
ARTIGO 28 DA LEI N. 11.343/2006 (POSSE DE DROGAS PARA USO PESSOAL). ABSOLVIO SUMRIA
SOB O FUNDAMENTO DE DESCRIMINALIZAO DA CONDUTA. LEI DE DROGAS QUE, NA VERDADE,
APENAS DESPENALIZOU O PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL. CONSTITUCIONALIDADE DO
DISPOSITVO. INOCORRNCIA DE DESCRIMINALIZAO. CRIME QUE DEVE SEGUIR O RITO DA LEI N .
9.099/95 (ART. 48, 1, DA LEI N. 11.343/2006). RECURSO PROVIDO. PROCESSO ANULADO DESDE O
RECEBIMENTO DA DENNCIA. A posse de substncia entorpecente no foi descriminalizada com o
advento da Lei n. 11.343/2006, havendo que se falar, to somente, em despenalizao do crime,
que caracteriza-se como infrao de menor potencial ofensivo, sem imposio de pena privativa de
liberdade ao usurio de drogas. infrao penal prevista no artigo 28, da Lei de Drogas aplicado o
procedimento sumarssimo previsto na Lei n. 9.099/95). Processo: 2012.501191-9). Relator: Dr.
Maurcio Cavalazzi Povoas. Julgamento: 08/07/2013
41.APELAO CRIMINAL. CRIME DE DESACATO. DENNCIA NO RECEBIDA EXPRESSAMENTE.
IMPOSSIBILIDADE DE PRESUNO. PRESCRIO QUE CORRE DA DATA DO FATO. O recebimento da
denncia deve ser expresso, no se admitindo seja presumido para efeitos de interrupo da
prescrio, ainda que o processo tenha transcorrido regularmente at a sentena. Assim, no
havendo nos autos despacho de recebimento da denncia, a prescrio continua a correr at a
verificao de outra causa interruptiva ou at o exaurimento do prazo prescricional. SENTENA
CONDENATRIA PROFERIDA APS O DECURSO DA PRESCRIO EM ABSTRATO. CONDENAO NULA.
EXTINO DA PUNIBILIDADE PELA PENA MXIMA COMINADA. SENTENA CASSADA. Transitada em
julgado a sentena condenatria para a acusao, a prescrio regula-se pela pena aplicada. No
entanto, tendo a sentena condenatria sido prolatada quando j transcorrido o prazo prescricional,
aquela deve ser cassada, extinguindo-se a punibilidade pela pena mxima cominada em abstrato.
direito do acusado ter registrado em seu histrico processual a declarao de extino da
punibilidade pela prescrio em abstrato ao invs da prescrio em concreto, pois esta ltima
importa em condenao anterior. Processo: 2012.501634-2). Relator: Dr. Fernando Speck de
Souza. e Julgamento: 05/07/2013.
droga, aliado ao seu alto potencial lesivo, so motivos que justificam a aplicao na frao mnima da
causa especial de diminuio de pena prevista no 4 do art. 33 da Lei n. 11.343/2006.
6.O trfico e o cultivo de drogas so condutas de um nico tipo penal, respondendo o agente, na
hiptese, por um s delito, inadmitindo-se o concurso material.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
7. lcito Sociedade de Economia Mista, amparada por Lei Municipal, gerenciar o sistema de
estacionamento rotativo das vias pblicas, inexistindo ilegalidade, tambm, no fato do seu Presidente,
como autoridade de trnsito autorizada pela legislao local, lavrar autos de infrao.
Cmaras de Direito Criminal
8.Prostituir-se por si s no caracteriza ilcito penal, entretanto, tirar proveito da prostituio alheia,
mantendo estabelecimento destinado explorao sexual, fato tpico descrito no art. 229 do Cdigo
Penal.
9.HC impetrado no Tribunal no a via adequada para a discusso sobre nulidade ocorrida em
interceptao telefnica quando a matria no foi analisada pelo Juiz reponsvel pelo processo, sob
pena de supresso de instncia.
10.No h nulidade na circunstncia de juntar ao processo certido de antecedentes aps as alegaes
finais, tratando-se de mera atualizao de informaes j existentes nos autos.
11.A atenuante da confisso espontnea no aplicvel s medidas socioeducativas, eis que estas no
seguem os mesmos parmetros da dosimetria da pena nas condenaes criminais.
12. possvel a absoro do disposto no art. 1, inciso XI, do Decreto-lei n. 201/1967, pelo art. 89 da Lei
n. 8.666/1993, por se tratarem de tipos penais que tutelam bens jurdicos de mesmo valor.
13.A inpcia da denncia no diz respeito adequao do fato narrado realidade ftica, mas sim
possibilidade ou no de a narrativa permitir a compreenso da imputao atribuda e o exerccio de
defesa pelo acusado.
14.Conduz veculo de maneira imprudente o motorista que, sabendo das irregularidades da pista e
diante das intempries do momento, transita em velocidade que o impossibilite ter o domnio de seu
automvel.
15. invivel na via estreita do habeas corpus a anlise dos argumentos apresentados pelo paciente de
que praticou os fatos em razo de transtornos de ansiedade e de comportamento.
16.A priso preventiva proveniente da imputao da prtica do crime de corrupo ativa e/ou passiva
admite substituio por medidas cautelares, consistentes na obrigatoriedade de comparecimento
mensal em juzo e a todos os atos do processo e na proibio de contato com testemunhas e de
exerccio de cargo pblico e atividade econmica.
17.A Constituio Estadual Santa Catarina elenca as atribuies da Polcia Militar e de forma expressa
inclui o exerccio de policiamento ostensivo relacionado com a proteo do meio ambiente e o exerccio
do poder de polcia a ele inerente.
Cmaras de Direito Civil
18.O plano de sade deve suportar todas as despesas mdicas e hospitalares despendidas com o
tratamento da patologia apresentada, considerando-se nula a clusula contratual que restringir a
utilizao do tratamento necessrio para a cura do segurado.
19.Configura dano moral in re ipsa a aflio do pescador artesanal que retira o sustento de sua famlia
do ecossistema violentado, negligentemente, em razo do derramamento de leos e demais
substncias qumicas poluidoras.
20.Empresa revendedora automveis responde prejuzos causados consumidor adquire veculo dentro
de seu estabelecimento comercial, de pessoa com vnculo empregatcio, justa expectativa que com ela
estivesse negociando.
21.A empresa que mantm e administra conta de endereo eletrnico (e-mail) obriga-se a revelar o
nmero dointernet protocol (IP), a fim de identificar o computador utilizado para o envio de mensagens
com contedo infamante.
22.No h falar em ato ilcito republicao ensaio fotogrfico stio eletrnico, ante ausncia prova
acerca de acordo do perodo em que as fotografias seriam veiculadas, tampouco de que foram
retiradas e recolocadas naquele endereo.
23.Considerando que a ao de usucapio visa o reconhecimento do domnio, no poder ser
manejada na pendncia de lide possessria, em observncia ao art. 923 do Cdigo de Processo Civil.
24.Descabe a revogao de doao com encargo, se o contexto probatrio aponta, com nitidez, ao
contrrio do alegado na inaugural, que a donatria sempre dispensou doadora o zelo e os cuidados
inerentes obrigao.
Cmaras de Direito Comercial
25.Defronte ausncia de comprovao da notificao extrajudicial eficaz do arrendatrio, o Juiz
dever oportunizar ao demandante a emenda inicial, no prazo legal, cuja extino do processo sem
resoluo de mrito, somente poder ser proclamada depois de tomada importante providncia.
26.Na sistemtica do art. 17 da Lei n. 11.101/2005, da deciso judicial sobre impugnao habilitao
de crdito cabe agravo de instrumento. Ante a clareza do dispostivo legal, no h como aplicar o
princpio da fungibilidade, em face de caracterizar erro grosseiro a interposio de recurso diverso.
27.O clculo elaborado pelo Contador do Juzo no se presta a subsidiar uma deciso judicial
meramente homologatria que despreze a argumentao jurdica expendida pelos litigantes e o exame
especfico do cmputo, sob pena de delegao da funo jurisdicional.
28.No se justifica o pedido de quebra de sociedade empresria a partir de dvida de valor inferior a 40
(quarenta) salrios mnimos, com o que se tem por garantido o princpio da preservao da empresa.
29.Se os documentos dos autos no possibilitam concluir pela comprovao de enfrentar nova dvida
contrada com o objetivo de extinguir e substituir avenas pretritas, no prospera a alegao de
novao, em face da emisso da nota promissria objeto da execuo.
Cmaras de Direito Pblico
30.Decorrido longo lapso temporal aps a homologao e a divulgao do resultado do concurso
pblico, a convocao de candidatos aprovados para o preenchimento de novas vagas supervenientes
deve ser realizada atravs de comunicao pessoal.
31.Os cargos de Secretrio de Estado e Secretrio Municipal tm por mulo ou paradigma federal os
cargos de Ministro de Estado, e no so considerados infringentes aos preceitos constitucionais
norteadores da Administrao Pblica, pela natureza eminentemente poltica das atribuies
funcionais.
32. possvel que o servidor pblico integrante do quadro do magistrio compute para efeito de
aposentadoria especial o tempo de servio em funes de confiana relacionadas a cargos de direo,
desde que cumprida a idade mnima.
33.A realizao de atividades de cultivo de plantas, criao de animais e manuteno de abatedouro,
sem o respectivo licenciamento ambiental, alm da indevida ocupao de rea de preservao
permanente, implica manifesto dano ao meio ambiente, e obriga os responsveis sua plena
reparao.
34. lcita a inscrio do nome de usurio devedor em cadastro de proteo ao crdito, ainda que haja
pedido de cancelamento dos servios prestados pela concessionria perante a Anatel.
35.Mostra-se inadequado condicionar a liberao de veculo furtado e apreendido ao pagamento de
encargos pelo proprietrio, a considerar, sobretudo, que ele no teve qualquer participao no
cometimento das infraes.
36.Previstos na legislao municipal os requisitos para a concesso da progresso funcional, no pode
o Poder Judicirio supri-los, sob pena de ofensa aos princpios da legalidade e da separao dos
poderes.
Cmara Especial Regional de Chapec
37.Apesar da falha da emissora ao noticiar o falecimento sem averiguar melhor o fato, se as
consequncias foram "meros aborrecimentos", e se inexistiu o animus de ofender, especialmente pela
retratao ofertada, nos mesmos moldes e horrio da primeira matria veiculada, inexiste abalo moral.
Turmas de Recursos
38.A negativa de abertura de conta salrio, meio exigido para percepo dos recursos de estgio,
incorre em conduta abusiva e desrespeitosa honra e dignidade do consumidor.
39.A instituio financeira, por fora de sua atividade, tem o dever de examinar as moedas que
circulam em sua agncia, para confirmar a autenticidade, no podendo transferir o nus da
conferncia a seus clientes.
40.No procedimento previsto no art. 81 da Lei n. 9.099/1995, a ausncia de oportunidade de defesa
preliminar e de deciso sobre o recebimento da denncia, ferem os princpios do devido processo legal,
do contraditrio e da ampla defesa.
41.Caracteriza cerceamento de defesa o julgamento antecipado da lide, quando requerida a produo
de prova testemunhal por ambas as partes, o magistrado afasta a tese defensiva por insuficincia de
provas quanto ao fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor que se pretendia
demonstrar.
rgo Especial
1.AGRAVO REGIMENTAL EM PEDIDO DE SUSPENSO DE LIMINAR. AO CIVIL PBLICA. DECISO QUE
IMPEDE A CONSTRUO DE PRESDIO NO MUNICPIO DE IMARU. EFEITO SUSPENSIVO DEFERIDO EM
PEDIDO DE RECONSIDERAO. REQUISITOS DO ART. 4 DA LEI N. 8.437/92 PREENCHIDOS. GRAVE
LESO ORDEM E SEGURANA PBLICAS DEMONSTRADA. RECURSO DESPROVIDO. Importante
sublinhar, que aqui no se discute as questes jurdicas da deciso atacada e tampouco se permite
adentrar no mrito da controvrsia, isso porque, segundo o entendimento predominante do STJ, o
pedido de suspenso de liminar ostenta feio poltica, no qual se atribui ao julgador a aferio da
convenincia e oportunidade da suspenso, quando constatada a existncia de leso grave ordem,
sade, segurana ou economia pblicas. Digo mais, agasalhado o pedido, no se est afastando
com isso os argumentos jurdicos do aresto profligado, mas traando um juzo de valorao destes
bens tutelados - na hiptese vertente, ordem e segurana pblicas - que, ao que se denota sofrem
prejuzo em virtude da concesso da liminar. AGRAVO REGIMENTAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
PLEITO QUE PRETENDE A EXTENSO DOS EFEITOS DA DECISO SUSPENSIVA AOS AUTOS DE AO
CIVIL PBLICA QUE TEM O MESMO OBJETO. RECURSO PROVIDO. Havendo identidade entre as aes em
epgrafe, e tendo em vista que os bens ordem e segurana pblicas podem sofrer grave leso na
hiptese vertente, nos termos do art. 4, 8, da Lei n. 8.437/92, est autorizada a extenso dos
efeitos da deciso suspensiva. Processo: 2013.005453-9.Relator: Des. Srgio Roberto Baasch Luz.
Julgamento: 17/07/2013.
2.MANDADO DE SEGURANA. DIREITO CONSTITUCIONAL. PRECATRIOS. ORDEM DE PREFERNCIA.
SUPOSTO ATO COATOR DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIA QUE NEGOU O PAGAMENTO
INTEGRAL DOS VALOR DO PRECATRIO. IMPETRANTE EM GRAVE SITUAO DE SADE, PORTADORA DO
MAL DE PARKINSON E EM IDADE AVANADA - NOVENTA E TRS ANOS - NA DATA DA IMPETRAO.
CHOQUE ENTRE PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS. TCNICA DA PONDERAO ENTRE PRINCPIOS.
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, DIREITOS SADE E VIDA QUE SE CONTRAPEM AOS PRINCPIOS
DA IGUALDADE E DA IMPESSOALIDADE. ANLISE DO CASO CONCRETO QUE APONTA PARA MAIOR PESO
ESPECFICO DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. GRAU DE RESTRIO DOS PRINCPIOS DE MENOS
VALIA. MONTANTE DO PRECATRIO ELEVADO - APROXIMADOS R$ 3.000.000,00 (TRS MILHES DE
REAIS). PAGAMENTO INTEGRAL QUE IMPORTARIA EM DANOS IRREPARVEIS S DOTAES
ORAMENTRIAS DO MUNICPIO DE FLORIANPOLIS. CONCESSO PARCIAL DA SEGURANA PARA
DETERMINAR O PAGAMENTO MENSAL DE TRINTA MIL REAIS AT A INTEGRALIZAO DO VALOR TOTAL
DO PRECATRIO. O conflito presente nos autos do mandamus de princpios e no de regras. Do
intrprete exigida a ponderao entre os princpios constitucionais da dignidade da pessoa humana,
dos direitos sade e vida, de uma parte, e os princpios da igualdade e da isonomia, de outra. Digase ainda que os princpios consagram direitos fundamentais que se contrapem: direito vida/sade e
direito igualdade/impessoalidade. "O princpio da dignidade da pessoa humana representa o
epicentro axiolgico da ordem constitucional, irradiando efeitos sobre todo o ordenamento jurdico e
balizando no apenas os atos estatais, mas tambm toda a mirade de relaes privadas que se
desenvolvem no seio da sociedade." (Daniel Sarmento. A ponderao de interesses na Constituio
brasileira. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2000). "A norma consubstanciada no art. 100 da Carta Poltica
traduz um dos mais expressivos postulados realizadores do princpio da igualdade, pois busca conferir,
na concreo do seu alcance, efetividade exigncia constitucional de tratamento isonmico dos
credores do Estado." (STF, ADI n. 584-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 22-5-1992). "Por princpio da
impessoalidade entende-se o comando constitucional, no sentido de que Administrao no
permitido fazer diferenciaes que no se justifiquem juridicamente, pois no dado ao administrador
o direito de utilizar-se de interesses e opinies pessoais na construo das decises oriundas do
exerccio de suas atribuies." (Gilmar Ferreira Mendes. Curso de Direito Constitucional. 6 ed. So
Paulo: Saraiva, 2011. p. 861). Grifos nossos. O contraponto entre os pesos especficos do princpio da
impessoalidade e da dignidade da pessoa humana aponta para a prevalncia deste, visto que diante
da situao grave de sade e da idade avanada da impetrante, considerando a necessidade de
recursos para custeio de tratamento que lhe acarrete a discriminao em seu proveito cinge-se de
Seo Criminal
3.REVISO CRIMINAL. HOMICDIO QUALIFICADO. MOTIVO TORPE. PROVA NOVA. JUSTIFICAO JUDICIAL.
TESTEMUNHAS NO PRESENCIAIS E NO INQUIRIDAS NO CURSO DA INSTRUO PROCESSUAL.
DECLARAES QUE NO TM O CONDO DE DESCONSTITUIR A CONDENAO. SOBERANIA DOS
VEREDICTOS. INDEFERIMENTO. As provas obtidas por meio de justificao judicial devem ser
conclusivas e terem a capacidade de mudar a substncia da sentena, elidindo os motivos da
condenao
e
deixando
evidenciada,
de
maneira
cristalina,
a
improcedncia
acusatria. Processo: 2013.008765-5. Relator:Des. Ricardo Roesler. Julgamento: 31/07/2013.
4.REVISO CRIMINAL. ESTUPRO E ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. ARTS. 214 E 214, C/C ART. 224,
ALNEAS 'A' E 'C' E ART. 226, INC. II, NA FORMA DO ART. 71, TODOS DO CDIGO PENAL. PEDIDO DE
ANULAO DA DECISO DE PRIMEIRO GRAU COM BASE EM RETRATAO OFERTADA PELA VTIMA
COLHIDA EM AUDINCIA DE JUSTIFICAO JUDICIAL. VTIMA QUE ALEGOU QUE, POCA, FANTASIOU
AS ACUSAES CONTRA SEU PAI. ALEGAO QUE NO SE MOSTROU CAPAZ DE REVERTER A SENTENA
CONDENATRIA E A DECISO QUE A CONFIRMOU. RELATO DA VTIMA DURANTE O DECORRER DA
INSTRUO CRIMINAL QUE SE MOSTROU COERENTE E ROBUSTO FACE A RETRATAO ATUALMENTE
OFERTADA. PROVA CABAL DA INOCNCIA DO RU QUE NO SE VERIFICA. IMPOSIBILIDADE DE
ACOLHIMENTO DO PEDIDO REVISIONAL NOS TERMOS DO ART. 621, INC. III, CPP. PEDIDO
INDEFERIDO.Processo: 2013.009758-4. Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer.
Julgamento: 31/07/2013.
5.PENAL. EMBARGOS INFRINGENTES (CPP, ART. 609, PARGRAFO NICO). CRIME CONTRA A SADE
PBLICA. TRFICO ILCITO DE ENTORPECENTES. APLICAO DA CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIO DE
PENA PREVISTA ART. 33, 4, DA LEI 11.343/2006, NO PATAMAR MNIMO DE 1/6. PRETENDIDA
PREVALNCIA DO VOTO VENCIDO QUE RECONHECEU A POSSIBILIDADE DE INCIDNCIA DO REDUTOR
NO PATAMAR DE 1/2 E ALTERAO, DE OFCIO, DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA REPRIMENDA.
IMPOSSIBILIDADE. PATAMAR DE DIMINUIO MNIMO EM RAZO DA REITERADA ATIVIDADE DE
MERCNCIA DE SUBSTNCIA ENTORPECENTE, QUANTIDADE E NATUREZA DA DROGA APREENDIDA
(COCANA). REGIME INICIAL FECHADO. CIRCUNSTNCIAS DO CASO CONCRETO QUE CONFEREM
SUPORTE E FUNDAMENTAM A MANUTENO. REJEIO DOS EMBARGOS INFRINGENTES. - aplicado o
patamar mnimo de 1/6 causa especial de diminuio de pena prevista no 4 do artigo 33 da Lei
11.343/2006 quando houver prova da prtica de intenso comrcio de substncia entorpecente pelo
recorrente e for apreendida - com ele - significativa quantidade de droga (53 g), com alta
potencialidade lesiva (cocana). - Ao condenado por trfico de drogas, crime altamente censurvel pela
CFB, no se mostra aplicvel a fixao de regime inicial mais brando que o fechado, ainda que o
montante da pena, em tese, admita tal providncia, sobretudo quando o agente apreendido com
elevada quantidade de drogas. Precedentes. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e desprovimento do
recurso. - Recurso conhecido e desprovido. Processo: 2013.010568-5. Relator: Des. Carlos Civinski.
Julgamento: 26/06/2013.
6.AGRAVO REGIMENTAL EM REVISO CRIMINAL. DECISO MONOCRTICA. CONHECIMENTO EM PARTE
DO PEDIDO PARA, NA PARTE CONHECIDA, DEFERI-LO. PLEITO ABSOLUTRIO QUANTO AOS CRIMES DE
TRFICO DE DROGAS E CULTIVO EM CONCURSO MATERIAL. CONDUTAS INTEGRANTES DE UM NICO
MESMO DIPLOMA LEGAL (APELANTE J.). INVIABILIDADE. ARMA DE FOGO COM NUMERAO RASPADA,
SUPRIMIDA OU ALTERADA. POSSUIR OU PORTAR CARACTERIZAM O TIPO PENAL PREVISTO NO ART. 16,
PARGRAFO
NICO,
IV,
DA
LEI
DE
ARMAS.
RECURSOS
CONHECIDOS
E
DESPROVIDOS. Processo: 2012.082479-9. Relatora: Des.
Marli
Mosimann
Vargas.
Julgamento:06/08/2013.
9.HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAO, A F E A PAZ PBLICAS E DE
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO. FRAUDE LICITAO CONSUMADA E TENTADA (ART. 90 DA LEI N.
8.666/93 E ART. 90 DA LEI N. 8.666/93 C/C ART. 14, II, DO CDIGO PENAL), CORRUPO PASSIVA (ART.
317 DO CDIGO PENAL), FALSIDADE IDEOLGICA (ART. 299, PARGRAFO NICO, DO CDIGO PENAL),
QUADRILHA OU BANDO (ART. 288, CAPUT, DO CDIGO PENAL) E PECULATO-DESVIO (ART. 1, I, DO
DECRETO-LEI N. 201/1967). TRANCAMENTO DA AO PENAL. ALEGADO CONSTRANGIMENTO ILEGAL
PELO FATO DE A INVESTIGAO TER SIDO DEFERIDA POR JUZO INCOMPETENTE. PACIENTE QUE
GOZAVA DE FORO POR PRERROGATIVA DE FUNO. INVIABILIDADE. APURAO DA PARTICIPAO DO
PACIENTE EM MOMENTO POSTERIOR CASSAO DE SEU MANDATO COMO PREFEITO E DE FORMA
INCIDENTAL. AVERIGUAO VLIDA. QUESTIONAMENTO QUANTO AO VALOR DAS INTERCEPTAES
TELEFNICAS COMO ELEMENTO DE PROVA. SUSTENTADO CORROMPIMENTO DAS ESCUTAS POR MEIO
DE AVALIAO TCNICA REALIZADA UNILATERALMENTE PELO PACIENTE. NO CABIMENTO. EVENTUAL
FALHA TCNICA QUE PODE SER SANADA NO DECORRER DA INSTRUO PROCESSUAL. ALM DISSO,
EVIDNCIA QUE SER LEVADA APRECIAO DO MAGISTRADO A QUO NO CONTEXTO DOS DEMAIS
ELEMENTOS PROBANTES. DEGRAVAO DO CONTEDO DAS CONVERSAS EM SUA INTEGRALIDADE.
NO ACOLHIMENTO. EXIGNCIA DE REDUO A TERMO DE TODO O CONTEDO INTERCEPTADO NO
PREVISTA NA LEI N. 9.296/96. HOMENAGEM INTIMIDADE DAS PESSOAS. ARGUDA NULIDADE DA
INVESTIGAO EM RAZO DE AS MDIAS DAS INTERCEPTAES TELEFNICAS ESTAREM EM EXTENSO
DIVERGENTE DA ORIGINAL DO SISTEMA GUARDIO, BEM COMO PELO FATO DE OS RELATRIOS DO
SISTEMA VIGIA ESTAREM EM FORMATO EDITVEL. MATRIAS NO APRECIADAS PELO JUZO SINGULAR.
SUPRESSO DE INSTNCIA. NO CONHECIMENTO NO PONTO. ORDEM CONHECIDA EM PARTE E
DENEGADA. Processo: 2013.043812-0
(Acrdo). Relatora: Des.
Marli
Mosimann
Vargas.
Julgamento: 30/07/2013.
10. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMNIO. LATROCNIO NA FORMA TENTADA (ART. 157,
3, SEGUNDA PARTE, C/C O ART. 14, AMBOS DO CP). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA
DEFESA. PRELIMINARES. PLEITEADA NULIDADE DO PROCESSO POR CONTA DA JUNTADA DA CERTIDO
DE ANTECEDENTES CRIMINAIS EM MOMENTO POSTERIOR S ALEGAES FINAIS. AFASTAMENTO. MERA
ATUALIZAO DE DOCUMENTO J EXISTENTE NOS AUTOS. SUSCITADA AFRONTA AO PRINCPIO DO
PROMOTOR
NATURAL.
DESCABIMENTO.
RGO
MINISTERIAL
REGIDO
PELO
PRINCPIO
CONSTITUCIONAL DA INDIVISIBILIDADE. ALEGADA OFENSA AO PRINCPIO DA CORRELAO.
INEXISTNCIA. PERFEITA ADEQUAO ENTRE OS FATOS NARRADOS NA DENNCIA E A CONDENAO
PROFERIDA NA SENTENA. MRITO. REQUERIMENTO DE DESCLASSIFICAO DO CRIME DE
LATROCNIO PARA O DELITO DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO PELO USO DE ARMA. IMPOSSIBILIDADE.
ELEMENTOS PROBATRIOS APTOS A DEMONSTRAR QUE O ACUSADO ATENTOU CONTRA A VIDA DA
VTIMA. DOSIMETRIA. PRIMEIRA FASE. ALMEJADO O AFASTAMENTO DAS CIRCUNTNCIAS VALORADAS
NEGATIVAMENTE. CONDUTA SOCIAL. USURIO DE ENTORPECENTES. CRITRIO QUE EVIDENCIA A M
CONDUTA DO AGENTE. CIRCUNSTNCIAS DO CRIME. FUNDAMENTAO UTILIZADA PARA MAJORAR A
REPRIMENDA QUE INERENTE AO TIPO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. ADEQUAO DA PENA-BASE QUE SE
IMPE. SEGUNDA FASE. PRETENDIDO AFASTAMENTO DA REINCIDNCIA. RECEPO DESTE INSTITUTO
PELA ORDEM CONSTITUCIONAL VIGENTE. INEXISTNCIA DE OFENSA AO PRINCPIO DA
INDIVIDUALIZAO DA PENA E DA VEDAO AO BIS IN IDEM. COMPENSAO ENTRE CIRCUNSTNCIAS
AGRAVANTES E ATENUANTES. REINCIDNCIA E CONFISSO ESPONTNEA. INVIABILIDADE.
PREPONDERNCIA DAQUELA SOBRE ESTA. EXEGESE DO ARTIGO 67 DO CDIGO PENAL. PRECEDENTES
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. TERCEIRA FASE. PLEITO DE AFASTAMENTO DA CONTINUIDADE
DELITIVA E RECONHECIMENTO DE CRIME NICO. NO CONHECIMENTO DO APELO NESTE PONTO.
AUSNCIA DE APLICAO DESTA CAUSA. INTELIGNCIA DO ART. 577 DO CPP. - No h falar em
nulidade processual em razo da juntada de certido de antecedentes aps as alegaes finais, isso
por se tratar de mera atualizao de informaes j existentes nos autos. - O Ministrio Pblico
regido pelo princpio da indivisibilidade, de modo que todos os seus membros so substituveis. Inexiste ofensa ao princpio da correlao quando a denncia for mais abrangente do que a imputao
contida na sentena, j que foi garantido o contraditrio e a ampla defesa. - O agente que adere
prtica do crime de roubo com o emprego de arma, efetuando disparos na direo da vtima, assume
o risco do evento morte, pelo que deve ser processado pela prtica do delito de latrocnio na
modalidade tentada. - O agente que usurio de entorpecentes, prtica de nefastos efeitos
sociedade, possui m conduta social. - A quantidade de valores subtrados da vtima e a utilizao de
arma de fogo no so fundamentos idneos para considerar negativa as circunstncias do crime,
porquanto inerentes ao prprio tipo penal. - A Constituio Federal de 1988 recepcionou o instituto da
reincidncia penal, que instrumentaliza o postulado da isonomia em sentido material e o princpio da
individualizao da pena. Precedentes do STF. - A circunstncia da reincidncia prepondera sobre a
confisso, conforme dispe o artigo 67 do Cdigo Penal. Precedentes do STF. - Consoante a redao do
pargrafo nico do artigo 577 do Cdigo de Processo Penal, carece de interesse recursal a parte que
no ter proveito na modificao da sentena. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e desprovimento
do recurso. - Recurso parcialmente conhecido e, nessa extenso, provido to somente para afastar as
circunstncias do crime valoradas como negativas. Processo: 2012.047446-0. Relator:Des. Carlos
Alberto Civinski.
11.APELAO CRIMINAL. ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE. ATOS INFRACIONAIS ANLOGOS
AO CRIME DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO PELO CONCURSO DE AGENTES, INCNDIO EM VECULO DE
TRANSPORTE COLETIVO E QUADRILHA EM RELAO AO MENOR J. E AS DUAS LTIMAS CONDUTAS
QUANTO AOS ADOLESCENTES D. E L. MATERIALIDADE E AUTORIAS COMPROVADAS. PLEITO DA DEFESA
DE DESCONSIDERAO DA FUNDAMENTAO RELATIVA AO USO DE ARMA DE FOGO E LIGAO DOS
MENORES COM UMA ORGANIZAO CRIMINOSA. AUSNCIA DE APREENSO E, CONSEQUENTEMENTE,
DA PERCIA DA ARMA. IRRELEVNCIA. PROVA TESTEMUNHAL ALIADA PRPRIA CONFISSO
ADOLESCENTE GRAVE AMEAA RECONHECIDA. AUSNCIA DE MENO NA SENTENA EM RELAO
EVENTUAL LIGAO DOS ADOLESCENTES COM O CRIME ORGANIZADO. NO CONHECIMENTO DO APELO
NO PONTO. APLICAO DA ATENUANTE DA CONFISSO ESPONTNEA. CIRCUNSTNCIA QUE SE DESTINA
APENAS AOS CRIMES COMUNS. MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAO ADEQUADAMENTE FIXADA
DIANTE DA GRAVIDADE DOS FATOS E ANTERIORES ENVOLVIMENTOS EM ATOS INFRACIONAIS. PEDIDO
DE FIXAO DE HONORRIOS ADVOCATCIOS EM REAIS J ARBITRADOS EM SENTENA.
CONHECIMENTO, EM PARTE, DO APELO, PARA NESTA DESPROV-LO. Processo:2013.0289943. Relator: Des. Ricardo Roesler. Julgamento: 30/07/2013. Classe: Apelao / Estatuto da Criana e
do Adolescente.
12.APELAO CRIMINAL. CRIME TIPIFICADO NO ART. 89 DA LEI N. 8.666/93. DISPENSA DE LICITAO
NO CONTIDA NAS HIPTESES LEGAIS. SENTENA ABSOLUTRIA. INSURGNCIA DA ACUSAO.
COMPRA DE AREIA DE FORMA FRACIONADA REVELIA DO DISPOSTO NO ART. 24, I, DA LEI 8.666/93.
AFRONTA AOS PRINCPIOS DA LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E
EFICINCIA. DOLO CONSUBSTANCIADO NA VONTADE LIVRE E CONSCIENTE DE REALIZAR CONTRATAO
DIRETA SEM OBSERVNCIA S NORMAS LEGAIS. ABSOLVIO INVIVEL EM RELAO AO ART. 89 DA LEI
DE LICITAES. ABSOLVIO QUANTO AOS DELITOS DO ART. 1, INCISOS V, XI DO DECRETO-LEI
201/67. NO CONFIGURAO DO TIPO E ABSORO ART. 89 DA LEI 8.666/93. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo:2012.026695-9. Relatora: Des.
Beatriz
da
Silva
Bittencourt
Schaefer.
Julgamento: 06/08/2013.
13.HABEAS CORPUS. CRIMES DE CORRUPO PASSIVA, FORMAO DE QUADRILHA E FALSIDADE
IDEOLGICA. ALEGAO DE INPCIA DA DENNCIA. PEA INCRIMINADORA QUE CONTEMPLOU OS
REQUISITOS DO ART. 41 DO CPP. ALEGAO DE NO PARTICIPAO DO PACIENTE EM DETERMINADAS
CONDUTAS NARRADAS NA DENNCIA. ANLISE DE PROVAS RESERVADA INSTRUO CRIMINAL.
CONSTRANGIMENTO
ILEGAL
NO
CARACTERIZADO.
ORDEM
CONHECIDA
EM
PARTE
E
DENEGADA. Processo:2013.034214-2. Relator: Des. Torres Marques. Julgamento: 09/07/13.
14.APELAO CRIMINAL. PRELIMINAR. SENTENA CONDENATRIA PROFERIDA EM AUDINCIA E
GRAVADA EM MDIA DIGITAL. PRESCINDIBILIDADE DE TRANSCRIO COMPLETA. EXEGESE DOS ARTS.
delituosa em tese perpetrada" (RHC n 28.638/MT, Rel. Min. Sebastio Reis Jnior, Sexta Turma do STJ,
j. em 04/04/2013). CONVENINCIA DA INSTRUO CRIMINAL. MENO PELA AUTORIDADE JUDICIRIA
DE QUE UM DOS PACIENTES TERIA DETERMINADO A ELIMINAO DE PROVAS. INVESTIGAES
CONCLUDAS. DENNCIA OFERECIDA COM BASE APENAS NO FATO QUE REDUNDOU NA PRISO EM
FLAGRANTE. FUNDAMENTO QUE NO MAIS SUBSISTE. A preocupao com a higidez da prova e sua
obteno, outro aspecto a ser considerado quando se cogita da expedio de dito prisional.
Desaparecendo o risco de que os inculpados possam vir a obstar a descoberta dos fatos, o argumento
perde fora, tornando desnecessria a continuidade da priso. POSSIBILIDADE DE SUBSTITUIO DA
PRISO POR MEDIDAS CAUTELARES PROCESSUAIS PENAIS, EXCETO A FIXAO DE FIANA DIANTE DA
AUSNCIA DE SEUS REQUISITOS. ORDEM CONCEDIDA. Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a
decretao da priso preventiva, o juiz dever conceder liberdade provisria, impondo, se for o caso,
as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Cdigo e observados os critrios constantes do art.
282 deste Cdigo. Processo: 2013.049271-5. Relator: Des. Jorge Schaefer Martins.
17.APELAO CRIMINAL. CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE (ART. 38-A E ART. 51, AMBOS DA LEI N
9.605/98). SENTENA QUE CONDENOU A PESSOA JURDICA E SEUS DOIS SCIOS. RECURSO
DEFENSIVO. PREFACIAL DE INCOMPETNCIA DA POLCIA MILITAR PARA APURAO DE INFRAES
PENAIS. PRETENSO DE REJEIO DA DENNCIA. NO ACOLHIMENTO. CONSTITUIO FEDERAL QUE
DETERMINA SER COMPETNCIA COMUM A PROTEO DO MEIO AMBIENTE. CONSTITUIO ESTADUAL
DE SANTA CATARINA QUE ELENCA AS ATRIBUIES DA POLCIA MILITAR E DE FORMA EXPRESSA INCLUI
O EXERCCIO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO RELACIONADO COM A PROTEO DO MEIO AMBIENTE E O
EXERCCIO DO PODER DE POLCIA A ELE INERENTE. ADEMAIS, EVENTUAL NULIDADE DA FASE
EXTRAJUDICIAL QUE NO MACULA A AO PENAL. ALEGADA INIMPUTABILIDADE DO APELANTE LUIZ
INCIO. INCAPACIDADE PARA O TRABALHO QUE RESULTOU EM AUXLIO DOENA JUNTO AO INSTITUTO
PREVIDENCIRIO QUE NO TEM O CONDO DE AFASTAR A RESPONSABILIDADE PENAL. AUSNCIA DE
DEMONSTRAO DE QUE ELE ERA, AO TEMPO DA AO OU DA OMISSO, INTEIRAMENTE INCAPAZ DE
ENTENDER O CARTER ILCITO DO FATO OU DE DETERMINAR-SE DE ACORDO COM ESSE
ENTENDIMENTO. DELITO DE DESTRUIR OU DANIFICAR VEGETAO PRIMRIA OU SECUNDRIA, EM
ESTGIO AVANADO OU MDIO DE REGENERAO, DO BIOMA MATA ATLNTICA (ART. 38-A DA LEI N
9.605/98). MATERIALIDADE NO COMPROVADA. AUSNCIA DE LAUDO PERICIAL SUBSCRITO POR
PROFISSIONAL HABILITADO. DVIDAS QUANTO DESTRUIO OU DANIFICAO DE FORMAES
FLORESTAIS NATIVAS E ECOSSISTEMAS ASSOCIADOS DESCRITOS PELO LEGISLADOR COMO
INTEGRANTES DO BIOMA MATA ATLNTICA, ALM DE QUE ESTA VEGETAO PRIMRIA OU SECUNDRIA
ESTIVESSE EM ESTGIO AVANADO OU MDIO DE REGENERAO. ELEMENTAR DO TIPO NO
COMPROVADA. IMPRESCINDIBILIDADE DO PARECER TCNICO PARA ESTE FIM. ABSOLVIO QUE SE
IMPE. CRIME DE UTILIZAO DE MOTOSSERRA EM FLORESTAS E NAS DEMAIS FORMAS DE
VEGETAO, SEM LICENA OU REGISTRO DA AUTORIDADE COMPETENTE (ART. 51, DA LEI N 9.605/98.
PRESCRIO DA PRETENSO PUNITIVA DO ESTADO, NA FORMA INTERCORRENTE (SUPERVENIENTE OU
SUBSEQUENTE). DECURSO DE LAPSO TEMPORAL SUPERIOR A DOIS ANOS ENTRE A DATA DA
PUBLICAO DA SENTENA E O JULGAMENTO COLEGIADO. RECONHECIMENTO DE OFCIO. EXTINO
DA PUNIBILIDADE QUE SE IMPE. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO E, DE OFCIO,
EXTINTA A PUNIBILIDADE DOS APELANTES EM RELAO AO CRIME PREVISTO NO ART. 51, DA LEI N
9.605/98. Processo: 2010.071359-3. Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer.
Cmaras de Direito Civil
18.APELAO CVEL. AO DE COBRANA, AJUIZADA PELO CONSUMIDOR CONTRA A COOPERATIVA DE
TRABALHO MDICO. DEMANDANTE QUE EM PROCEDIMENTO CIRRGICO NECESSITOU UTILIZAR RTESE
(PARAFUSO NCORA ABSORVVEL). DEMANDADA QUE NEGOU O REQUERIMENTO SOB A AFIRMAO DE
QUE O CONTRATO ENTABULADO ENTRE AS PARTES EXCLU O FORNECIMENTO DE RTESES E PRTESES
LIGADAS AO ATO CIRRGICO. SENTENA QUE JULGOU PROCEDENTES OS PEDIDOS VESTIBULARES SOB
O FUNDAMENTO DE QUE A NEGATIVA DA COBERTURA DA UTILIZAO DE RTESE, ILCITA.
INSURGNCIA DA COOPERATIVA DE TRABALHO MDICO. PEDIDO DE REFORMA DA SENTENA, SOB O
FUNDAMENTO DE QUE NO H COBERTURA CONTRATUAL PARA O FORNECIMENTO DA RTESE
REQUERIDA. RECURSO IMPROCEDENTE. RELAO EXISTENTE ENTRE AS PARTES TIPICAMENTE DE
CONSUMO, A TEOR DOS ARTS. 2 E 3 DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. PLANO DE SADE
toda sorte de improbidade administrativa que se tenha cometido, porque s assim ter-se- por vlido o
processo democrtico. Porm, no pode olvidar de reconhecer, quando os elementos probatrios
permitirem, a no ocorrncia de qualquer ilegalidade ou afronta aos princpios constitucionais porque,
se de um lado urge punir a conduta mproba, fazendo valer o princpio da moralidade administrativa de
outro carece saber absolver, sempre que a razo no estiver com quem detenha o poder
investigatrio. PROCESSUAL CIVIL - NULIDADE DA SENTENA - CERCEAMENTO DE DEFESA E
EXORBITNCIA DO JULGAMENTO - INOCORRNCIA - PREFACIAIS RECHAADAS. "Constantes dos autos
elementos de prova documental suficientes para formar o convencimento do julgador, inocorre
cerceamento de defesa se julgada antecipadamente a controvrsia.". "Constado que o magistrado
decidiu a lide nos limites pleiteados na petio inicial, no h falar em vcio na sentena, por
julgamento ultra petita. NOMEAO DE FAMILIARES COMO SECRETRIOS MUNICIPAIS - AGENTES
POLTICOS - NATUREZA DAS ATRIBUIES FUNCIONAIS QUE AFASTA A SUBSUNO SMULA
VINCULANTE N. 13 STF - ORIENTAO PRETORIANA ASSENTE EM TAL SENTIDO. " luz de precedentes
da Suprema Corte e deste Sodalcio, a nomeao de parentes at o terceiro grau, como, no caso, de
companheira, para o cargo de Secretria Municipal, por ser de natureza axialmente poltica, no
ofende a Smula Vinculante n. 13, razo pela qual no se h de conjecturar de nepotismo".
CONTRATAO TEMPORRIA DE AFIM PARA O CARGO DE MOTORISTA - FAVORECIMENTO PARENTAL
CARACTERIZADO - INGRESSO NO SERVIO PBLICO SEM PRVIA REALIZAO DE PROCESSO SELETIVO,
CONQUANTO SIMPLIFICADO - NOMEAO ILCITA - MENOSCABO AOS POSTULADOS REPUBLICANOS DA
IGUALDADE, IMPESSOALIDADE E MORALIDADE - PRECEDENTES. "Nada veda a contratao de parentes
desde que isso derive de necessrio e regular procedimento licitatrio, dizer, de concurso pblico.
[...] Por contender com os princpios da moralidade e da impessoalidade, constitui improbidade
administrativa o ato do Prefeito de contratao direta de sua filha para a prestao de servio
temporrio ao Municpio, ainda quando o servio tenha efetivamente sido desempenhado e no tenha
havido dano para o Errio.". SENTENA REFORMADA EM PARTE - RECLAMO PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2008.072798-0. Relator: Des. Cid Goulart.
32.Apelao Cvel Mandado de Segurana. Magistrio Pblico. Contagem de perodos de exerccio de
funes de direo e cargos de confiana para fins de cmputo para aposentadoria especial.
Possibilidade. Precedente do Supremo Tribunal Federal. Recurso desprovido. Desde que cumprida a
idade mnima, a professora tem direito aposentadoria especial aps 25 anos efetivo exerccio unes
de magistrio na educao infantil ou no ensino fundamental e mdio, computando-se como tal o
tempo de servio em funo de confiana ou cargo em comisso de Diretora, Auxiliar de Diretora,
Secretria de Escola, Coordenadora ou Assessora Pedaggica, nos termos Lei
11.301/2006,
reconhecida como constitucional ADI 3772STF. Processo:2012.055835-7. Relator: Des. Pedro Manoel
Abreu.
33.AMBIENTAL - AO CIVIL PBLICA - ATIVIDADES DE CULTIVO DE PLANTAS, CRIAO DE ANIMAIS E
MANUTENO DE ABATEDOURO - AUSNCIA DO DEVIDO LICENCIAMENTO AMBIENTAL - OCUPAO EM
REA DE PRESERVAO PERMANENTE - DANO AMBIENTAL EVIDENCIADO - REPARAO DEVIDA. A
desobedincia s normas ambientais vigentes - quais sejam, a realizao de atividades de cultivo de
plantas, criao de animais e manuteno de abatedouro, sem o respectivo licenciamento ambiental,
alm da indevida ocupao de rea de preservao permanente -, a implicar manifesto dano ao meio
ambiente, obriga os responsveis sua plena reparao. Processo: 2012.003043-3).Relator: Des.
Luiz Czar Medeiros. Julgamento: 23/07/2013
34.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA INDENIZAO DANOS MORAIS. SERVIOS DE TELEFONIA.
COBRANA SUPERIOR VALOR "PLANO SUA EMPRESA" AVENADO. PEDIDO CANCELAMENTO CONTRATO
PERANTE ANATEL. IMPOSSIBILIDADE. INSCRIO NOME USURIA CADASTRO PROTEO CRDITO.
LEGALIDADE COBRANA MULTA RESCISO. EXPRESSAMENTE PACTUADO. MANUTENO DA INSCRIO
NO SPC/SERASA. VALORES NO PAGOS. EXERCCIO REGULAR DE DIREITO. EXCLUDENTES DE ILICITUDE
(ARTS. 14, 3, II, DO CDC E 188, I CC). DANO MORAL NO CONFIGURADO.Processo: 2011.0608673. Relator: Des. Jos Volpato de Souza. Julgamento:01/08/2013.
35.ADMINISTRATIVO - VECULO FURTADO E POSTERIORMENTE ENCONTRADO PELA PM - ENTREGA DO
BEM POLCIA CIVIL QUE O DEPOSITOU EM PTIO PARTICULAR - LIBERAO CONDICIONADA AO
Cdigo Penal - acadmica que adulterava avaliaes e postulava a reviso de nota em recurso administrativo.
14.Pratica o crime de leso corporal seguida de morte, circunstanciada pela violncia domstica, o acusado que
"joga" o veculo na direo da sua ex-companheira, e, tem o dolo de lesionar evidenciado pelos depoimentos de
testemunhas e pelos diversos registros de ocorrncia da vtima contra o acusado.
15.Aquele que efetua disparo acidental ao limpar a arma de fogo dentro do quarto de sua residncia, sem
testemunhas visuais, no comete crime por falta de comprovao do dolo.
16.A confisso extrajudicial de que acusada ateou fogo na residncia destinada moradia de sua famlia no
intuito de suicdio, no desclassifica crime de incndio doloso casa destinada habitao modalidade culposa.
Cmaras de Direito Civil
17. possvel pleitear alimentos em face dos avs paternos e maternos, uma vez que a me do infante no
exerce atividade remunerada e o pai encontra-se preso, sem receber auxlio-recluso.
18.Embora no preenchidos os requisitos para o usucapio ordinrio, em virtude da existncia de restrio
hipotecria, que afasta o justo ttulo e a boa-f, admite-se o extraordinrio se atendidas as exigncias legais.
19.A obrigao dos cnjuges de prestar alimentos, ainda que objeto de acordo firmado em ao de divrcio, no
deve ser mantida por perodo indeterminado quando a parte alimentada possui condies de arcar com a sua
prpria sobrevivncia.
20.Nas aes que tiverem por fundamento a falta de pagamento de aluguel, e o contrato estiver desprovido de
qualquer das garantias previstas no art. 37 da Lei de Locao, o pedido de liminar desalijatrio ser deferido,
quando prestada a cauo no valor equivalente a trs meses de aluguel.
21.Mesmo diante do vencimento antecipado da dvida, subsiste inalterado o termo inicial do prazo de
prescrio, in casu, o dia do vencimento da ltima parcela.
22.A interposio do recurso de apelao em data anterior publicao da sentena em cartrio no configura
intempestividade por prematuridade, salvo nas hipteses de manifesta m-f ou fraude processual.
23.Em acidente de trnsito com engavetamento envolvendo trs veculos, no se aplica a teoria do corpo neutro
quando o segundo carro, atingido na traseira pelo terceiro, antes colidiu na traseira do primeiro automvel.
24.No obstante a causa que levou a bito o segurado estivesse excluda do seguro contratado, consistente na
morte natural, a no comprovao de que ele tivesse conhecimento sobre o fato impeditivo, viola aos princpios
da transparncia e da boa f objetiva, circunstncia que autoriza o pagamento do valor da aplice.
25.Em ao interposta pelos cnjuges, a superveniente morte do varo, no autoriza a extino do processo sem
anlise do mrito, se antes, no se procedeu intimao pessoal do esplio ou sucessores, para o
desenvolvimento vlido e regular do processo.
Cmaras de Direito Comercial
26.Age com negligncia correntista que mantm, junto carto bancrio, senha de acesso, que afasta por
completo qualquer responsabilidade instituio bancria por movimentaes realizadas por terceiro fraudador.
27.Mesmo hiptese utilizao do peticionamento eletrnico, mostra-se cabvel a determinao de apresentao
do ttulo de crdito original em cartrio, considerando a possibilidade de circulao pela cartularidade do
documento.
28.A nota fiscal desprovida de assinatura destitui a presuno da prestao do servio contratado, sendo que
era nus do credor demonstrar a existncia da relao jurdica existente entre as partes.
29.Rescindido o contrato de arrendamento mercantil, e garantido arrendadora a retomada do bem, cessa a
obrigao da inadimplente quanto s prestaes vincendas a partir do momento que no mais frui o objeto
arrendado, persistindo sua obrigao em relao s parcelas no honradas at aquele evento.
30. impenhorvel o imvel de propriedade de empresa executada, a qual, alm de ser eminentemente familiar,
destina-se residncia de seu nico scio.
31.O cheque representa ordem de pagamento vista que, para subsistir, no necessita da demonstrao da sua
origem, assim sendo respeitadas as suas caractersticas prprias.
Cmaras de Direito Pblico
32.Servidora municipal, contratada sob regime temporrio, expirado quando se encontrava grvida, tem direito
licena-maternidade, especialmente quando celebra sucessivos contratos temporrios com mesmo
empregador.
33.Tratando-se de bem de propriedade privada, possvel o usucapio, ainda que, em situao
excepcionalssima, estivesse sob encargo do Municpio por fora de depsito judicial.
34.O Estado de Santa Catarina no parte legtima para figurar no polo passivo de demanda indenizatria, por
erro mdico causado por convnio de hospital (pessoa jurdica direito privado) com o Sistema nico de Sade.
35. razovel a concluso de ausncia de m-f do servidor que ao ser nomeado para cargo de provimento
efetivo continua exercendo outra funo decorrente de contrato temporrio, mormente quando pela
Administrao no lhe foi dada a oportunidade de opo.
36. ilegal e lesivo Administrao o Decreto do Governador do Estado que, indevidamente, concede "anistia" a
servidor efetivo integrante do magistrio pblico estadual que respondia a processo administrativo disciplinar,
por faltas reiteradas ao servio, sem que tenha havido deciso final pela autoridade competente.
Cmara Especial Regional de Chapec
37. juridicamente impossvel o pedido de abertura provisria de atade - tmulo e caixo -, para a prtica de
ato de f religiosa, consistente em oraes, formulado pelo vivo e pelos filhos da falecida.
38.Ainda que a comercializao dos produtos seja em localidades distintas, a proteo da marca, ao contrrio do
nome comercial, irradia efeitos que abrangem todo o territrio nacional e no apenas determinada regio.
Turmas de Recursos
39.A notcia dada ao prprio consumidor, no momento da compra, de que estaria morto passvel de
indenizao por dano moral. Trata-se de conduta irresponsvel do comerciante inserir em seu sistema de
informaes a notcia de bito daquele, sem justificativa.
40.Ainda que relao vivenciada entre os litigantes seja caracterizada por precedentes desentendimentos, tal
circunstncia no se presta a autorizar a prtica de ofensas verbais, porquanto violadora do direito honra e
dignidade pessoal.
41.A personalidade e o patrimnio da pessoa jurdica empresria, na sociedade limitada, no se confundem com
os de seus scios, de forma que os negcios jurdicos realizados pela primeira e as consequncias que deste
decorrerem, devem ser suportadas somente por esta.
42.Para tipificar a contraveno penal do art. 42 do DL 3.688/41, perturbao sossego deve atingir
multiplicidade indivduos. J incmodo proposital pessoa determinada pode configurar contraveno prevista art.
65 referida legislao.
43.Meras suspeitas de que o acusado mantinha em depsito produto de origem vegetal, sem licena vlida para
o armazenamento, outorgada pela autoridade competente, no autoriza a entrada de policiais em sua
residncia, sob o fundamento de flagrante delito.
rgo Especial
1.ARGUIO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRELIMINAR DE NO
CABIMENTO DO INCIDENTE AFASTADA. COMPETNCIA DO RGO ESPECIAL. CONSTITUIO FEDERAL, ART. 97.
CDIGO DE PROCESSO CIVIL, ARTS. 480 E 481. REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIA DE SANTA
CATARINA, ART. 159. AO DECLARATRIA CONDENATRIA CUMULADA COM PEDIDO DE ANTECIPAO DE
TUTELA. ARGUIO DE INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI ESTADUAL 6.843/1986, ARTS. 206, INC. VI, E 212, INC. I.
PREVISO DE APLICAO DA PENALIDADE DE CASSAO DE APOSENTADORIA A POLICIAL CIVIL PELA PRTICA DE
ILCITO DISCIPLINAR PERPETRADO NO EXERCCIO DE SUAS FUNES. AFRONTA AO REGIME CONTRIBUTIVO QUE
REGE O SISTEMA CONSTITUCIONAL DE PREVIDNCIA SOCIAL, AO FUNDAMENTO DA DIGNIDADE HUMANA E AOS
PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO ADQUIRIDO, DA SEGURANA JURDICA, DA VEDAO DE PENA DE
CARTER PERPTUO OU QUE ULTRAPASSE A PESSOA DO CONDENADO E DA PROTEO AO NCLEO ESSENCIAL
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS. CONSTITUIO, ARTS. 1, INC. III, 5, INCS. XXXVI, XLV e XLVII. CONSTITUIO DO
ESTADO DE SANTA CATARINA, ARTS. 1 e 4. ARGUIO JULGADA PROCEDENTE. 'CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PBLICO PUNIDO COM DEMISSO. POSTERIOR CASSAO DA APOSENTADORIA.
VIOLAO DOS PRINCPIOS DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, DO DIREITO ADQUIRIDO E DA SEGURANA
JURDICA. PROVIMENTO DO RECURSO ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA RESTABELECIDA. O Regime de
Previdncia Social deve ser "entendido semelhana do contrato de seguro, em que o segurado paga
determinada contribuio, com vistas cobertura de riscos futuros. Os proventos da aposentadoria e as penses
"no representam benefcios pela nova contribuio, mas retribuio pela contribuio paga ao longo dos trinta
e cinco anos". Desse modo, o servidor que cumpriu os requisitos constitucionais - idade e tempo de contribuio
(CR, art. 40) - tem direito adquirido aposentadoria, direito que poder exercer quando lhe aprouver. Com o
registro do ato aposentatrio pelo Tribunal de Contas, "o direito subjetivo, que era do tipo adquirido, passa a se
chamar ato jurdico perfeito". A pena de cassao da aposentadoria importa em violao no s aos princpios
do direito adquirido e, eventualmente, ao princpio da intangibilidade do ato jurdico perfeito, mas tambm aos
princpios da segurana jurdica e da dignidade da pessoa humana. Ademais, admitida a constitucionalidade da
pena de cassao da aposentadoria, ter-se- que admitir a constitucionalidade da cassao da penso devida ao
dependente do servidor punido. A pena teria carter perptuo e ultrapassaria a pessoa do condenado, o que
vedado pela Constituio da Repblica. Por fora da Emenda Constitucional n. 03/1993, que introduziu no
ordenamento jurdico o regime previdencirio contributivo (CR, art. 201, caput), todas as leis que autorizavam a
cassao da aposentadoria como pena disciplinar, porque com ela incompatveis, esto revogadas'. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DEVOLUO DOS AUTOS CMARA DE ORIGEM. DESNECESSIDADE. APLICAO DOS PRINCPIOS
DA CELERIDADE E DA ECONOMIA PROCESSUAL. DECLARAO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE DA
PENA DE CASSAO DE APOSENTADORIA QUE TORNA PREJUDICADA A ANLISE DA TESE DE MRITO DO AGRAVO
DE IRRAZOABILIDADE DA PENA APLICADA AO AGRAVANTE. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. '[...] AGRAVO DE
INSTRUMENTO - ARGUIO DE INCONSTITUCIONALIDADE REJEITADA - JULGAMENTO DO RECURSO - DEVOLUO
AO RGO JULGADOR ARGUINTE - DESNECESSIDADE - RECURSO PROVIDO. "Se o nico fundamento da causa a
inconstitucionalidade de texto de lei, inexistindo matria remanescente a ser decidida, desnecessrio que a
Corte Especial devolva os autos ao rgo julgador que a suscitou, para completar-lhe o julgamento, devendo,
desde logo, decidir o feito, a fim de evitar procrastinao incompatvel com os princpios que regem o processo
moderno". Processo: 2012.073279-5/0001.00.
Relator: Des.
Nelson
Schaefer
Martins. Julgamento: 06/08/2013.
2. COORDENADOR-GERAL DO CENTRO APOIO OPERACIONAL CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM - INOCORRNCIA. "Alm das atribuies previstas nas Constituies Federal e
Estadual, compete ao Procurador-Geral de Justia delegar a membro do Ministrio Pblico de segundo grau suas
funes de rgo de execuo, dentre elas a de ajuizar Ao Direta de Inconstitucionalidade" (ADI n.
2005.007821-1, Des. Mazoni Ferreira). AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - PROIBIO DE UTILIZAO
DE APARELHOS CELULARES DENTRO DAS AGNCIAS BANCRIAS - VIOLAO DIREITO DE LIBERDADE E AOS
PRINCPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE INSCULPIDOS NO ART. 4 DA CARTA ESTADUAL INCONSTITUCIONALIDADE. A proibio de utilizao de aparelhos celulares dentro das agncias bancrias viola
frontalmente o art. 4 da Constituio Estadual que assegura aos catarinenses os direitos e garantias individuais
e coletivos, sociais e polticos insculpidos no art. 5 da Carta Magna Federal. Soa desarrazoado e desproporcional
tolher a liberdade individual e proibir a utilizao de equipamento absolutamente indispensvel nos dias atuais
com a questionvel finalidade de garantir a segurana dos correntistas e demais usurios das instituies
bancrias. Processo: 2013.000434-5. Relator: Des. Luiz Czar Medeiros. Julgamento:21/08/2013.
3.INCONSTITUCIONALIDADE. Ao declaratria. Lei municipal. Creches domiciliares. Aumento de despesas.
Iniciativa da Cmara de Vereadores. Princpios constitucionais. Separao dos poderes. Educao. Afronta.
Demanda procedente. A lei de iniciativa parlamentar que cria creches domiciliares, atribuindo despesas ao
Municpio, adentra em matria sobre organizao e funcionamento da administrao local, afeta ao Executivo,
ferindo a independncia dos poderes. A educao, nela englobado o ensino infantil, de competncia do Estado,
razo
pela
qual
a
norma
que
delega
essa
responsabilidade
a
terceiros
QUE SE IMPE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2013.008937-4.Relator: Des. Roberto Lucas
Pacheco. Julgamento: 05/09/2013
16.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A INCOLUMIDADE PBLICA. INCNDIO DOLOSO EM CASA DESTINADA
HABITAO (ART. 250, 1, II, ALNEA "A", DO CDIGO PENAL). ACUSADA QUE ATEIA FOGO EM CASA DESTINADA
HABITAO DE SUA FAMLIA. PLEITO DE DESCLASSIFICAO PARA A MODALIDADE CULPOSA (ART. 250, 2, DO
CP). ALEGAO DE QUE NO AGIU COM DOLO AO INCENDIAR SUA CASA. CONFISSO EXTRAJUDICIAL DE QUE
ATEOU FOGO NO INTUITO DE SE MATAR. RETRATAO EM JUZO ISOLADA. DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS NA
FASE POLICIAL E JUDICIAL QUE DO SUPORTE CONFISSO. ADEMAIS, NO COMPROVAO DE QUE AGIU COM
NEGLIGNCIA OU IMPRUDNCIA. SENTENA CONDENATRIA QUE DEVE SER MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2011.071352-7 (Acrdo).Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt
Schaefer.
Cmaras de Direito Civil
17.APELAO CVEL. AO DE ALIMENTOS DIRECIONADA EM FACE DOS AVS PATERNOS E MATERNOS. ME QUE
NO EXERCE ATIVIDADE REMUNERADA. PAI QUE SE ENCONTRA PRESO E NO RECEBE AUXLIO-RECLUSO POIS
NO POSSUI QUALIDADE DE SEGURADO DO INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL (INSS). SENTENA
FIXANDO PENSO ALIMENTCIA EM MEIO SALRIO MNIMO A SER SUPORTADA SOMENTE PELOS AVS MATERNOS.
APELANTE PLEITEIA A MAJORAO PARA UM SALRIO MNIMO E A CONDENAO TAMBM DO AV PATERNO AO
PAGAMENTO DA VERBA ALIMENTAR. MANIFESTAO FAVORVEL DA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIA.
DECLARAO DE IMPOSTO DE RENDA DO APELADO AV PATERNO ANEXADA A CONTESTAO QUE MOSTRA QUE
O MESMO POSSUI TERRENOS, CARRO, CAMINHO E 50% DAS COTAS DE UMA EMPRESA DE DESDOBRAMENTO DE
MADEIRAS. AUSNCIA DE COMPROVAO DA ALEGADA IMPOSSIBILIDADE DE PAGAMENTO DA VERBA FIXADA.
NUS QUE COMPETIA AO APELADO AV PATERNO, A TEOR DO DISPOSTO NO ARTIGO 333, INCISO II, DO CDIGO
DE PROCESSO CIVIL. OBSERVNCIA DO BINMIO NECESSIDADE E POSSIBILIDADE. ASSISTNCIA JUDICIRIA.
FIXAO CONFORME TABELA DA OAB. IMPOSSIBILIDADE. SUCUMBENTE COM CONDIES DE PAGAR OS
HONORRIOS. SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.044143-3. Relatora: Des. Denise
de Souza Luiz. Julgamento: 27/08/2013.
18.APELAO CVEL. SENTENA DE PROCEDNCIA EM AO DE USUCAPIO ORDINRIO. INSURGNCIA
INTERPOSTA PELO MINISTRIO PBLICO. CONTRATO PARTICULAR DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA DE UM
TERRENO INTEGRANTE DE LOTEAMENTO SOBRE O QUAL PESA HIPOTECA ANTERIOR, DEVIDAMENTE AVERBADA
NA RESPECTIVA MATRCULA IMOBILIRIA. GRAVAME QUE, AO MESMO TEMPO EM QUE NO IMPEDE A
CONFIGURAO DA PRESCRIO AQUISITIVA, IMPE A ANUNCIA DO CREDOR HIPOTECRIO NEGOCIAO
LEVADA A EFEITO, ACERCA DO QUE NO EXISTE DEMONSTRAO NA ESPCIE. AUSNCIA DOS REQUISITOS DO
JUSTO TTULO E DA BOA-F EXIGIDOS PELO ART. 551 DO CC/1916. CONJUNTO PROBATRIO QUE, APESAR DISTO,
EVIDENCIA ESTAREM REUNIDOS OS PRESSUPOSTOS DA USUCAPIO EXTRAORDINRIA ESPECIAL, PREVISTA NO
ART. 1.238, PARGRAFO NICO, DO CC/2002, ANTE A CONJUNTA APLICAO DESTE DISPOSITIVO COM A REGRA
DE TRANSIO ESPECFICA CONTIDA NO ART. 2.029 DO MESMO CDICE, DO QUE EXTRAI-SE A
IMPRESCINDIBILIDADE DE OCUPAO PELO PRAZO DE 12 ANOS. ELEMENTOS DE CONVICO QUE, NESTE
SENTIDO, COMPROVAM O EXERCCIO DA POSSE MANSA, PACFICA, ININTERRUPTA, E COM ANIMUS DOMINI, POR
TEMPO SUPERIOR AO NECESSRIO PARA A OBTENO DA DECLARAO DO DOMNIO EM FAVOR DOS AUTORES
APELADOS, QUE NOS TERRENOS ESTABELECERAM A SUA MORADIA. MANUTENO DA DECISO DE
ACOLHIMENTO DO PLEITO EXORDIAL, TODAVIA, POR FUNDAMENTO DIVERSO. PRECEDENTES DESTA CORTE.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2008.031551-0. Relatora: Des. Denise de Souza
Luiz. Julgamento: 27/08/2013.
19.APELAO CVEL. AO DE DIVRCIO LITIGIOSO. ALIMENTOS EX-ESPOSA. PEDIDO DE MAJORAO E DE
EXTENSO DA OBRIGAO ENQUANTO PERDURAR O DESEMPREGO. PENSO PAGA H POUCO MAIS DE 10 ANOS.
PESSOA JOVEM E APTA A INGRESSAR NO MERCADO DE TRABALHO. CONSIDERVEL LAPSO TEMPORAL
TRANSCORRIDO. CARTER NO PERPTUO DA VERBA ALIMENTAR. DECISO MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO.
Embora seja dever dos cnjuges prestar assistncia mtua, a teor do art. 1.566, inciso III, do Cdigo de Processo
Civil, no se pode manter a obrigao alimentar por perodo indeterminado quando a parte alimentada possui
condies de arcar com a sua prpria mantena, sob pena de tornar a medida vitalcia e dificultar ainda mais a
sua reinsero no mercado de trabalho. A obrigao de prestar alimentos, objeto de acordo firmado em ao de
divrcio, cessa quando demonstrado transcurso de considervel lapso temporal desde a fixao da verba
alimentar. Processo: 2012.058917-0. Relator: Des. Joo Batista Ges Ulyssa. Julgamento: 12/09/2013
20.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE DESPEJO PEDIDO LIMINAR DESALIJATRIO DEFERIDO. APLICAO DA LEI
8.245/91 (LEI DE LOCAES). INADIMPLNCIA NO DESCONSTITUDA, SEQUER CONTESTADA. CONTRATO SEM
PREVISO DE GARANTIA LOCATCIA. OFERECIMENTO CAUO PELA LOCADORA. REQUISITOS ENSEJADORES DA
CONCESSO LIMINAR DE DESOCUPAO DO IMVEL PRESENTES. PLEITO DEFERIDO. DECISO MANTIDA.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Segundo o contido no artigo 59 da Lei de Locao, n. 8245/91, 1,
conceder-se- liminar para desocupao desde que prestada a cauo no valor equivalente a trs meses de
aluguel, nas aes que tiverem por fundamento a falta de pagamento de aluguel, estando o contrato desprovido
de qualquer das garantias previstas no art. 37 da mesma lei. Assim, estando presentes os requisitos ensejadores
da concesso liminar de despejo, o seu deferimento medida que se impe. Processo: 2013.0291845). Relator: Des. Saul Steil. Julgamento:10/09/2013.
21.CIVIL. EMBARGOS EXECUO DE TTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE COMPRA E VENDA COM PACTO
ADJETO DE HIPOTECA. SENTENA QUE RECONHECEU A PRESCRIO DAS PRESTAES VENCIDAS AT OS CINCO
ANOS ANTERIORES AO AJUIZAMENTO DA DEMANDA EXECUTIVA. INSURGNCIA DA EMBARGADA. ALEGADA A
INOCORRNCIA DA PRESCRIO ANTE A PROPOSITURA DA AO PREVIAMENTE AO INCIO DA CONTAGEM DO
PRAZO PRESCRICIONAL. SUBSISTNCIA. CLUSULA DE VENCIMENTO ANTECIPADO DO DBITO QUE NO ALTERA
O TERMO INICIAL DA PRESCRIO. INCIO DO PRAZO PRESCRICIONAL APENAS COM O VENCIMENTO DO
CONTRATO (DEZEMBRO/2013). AO DE EXECUO PROPOSTA EM FEVEREIRO/2010. PRESCRIO AFASTADA.
SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. "Esta Corte pacificou entendimento no sentido de que, mesmo
diante do vencimento antecipado da dvida, subsiste inalterado o termo inicial do prazo de prescrio - no caso,
o dia do vencimento ltima parcela". Processo: 2013.048443-3. Relator:Des. Tulio Sartorato.
22.DIREITO DE FAMLIA. ALIMENTOS. PLEITO FORMULADO ENTRE EX-COMPANHEIROS. APELO DO RU
PROTOCOLIZADO ANTES DA PUBLICAO DA SENTENA EM CARTRIO. TEMPESTIVIDADE (ARTS. 214, 242, 463 E
506, INC. II, DO CPC). PRECEDENTES DA CORTE DO STJ. UNIO ESTVEL MANTIDA ENTRE 1984 E 1997. AUTORA
QUE, ALM DE POSSUIR IDADE RELATIVAMENTE AVANADA (61 ANOS), APRESENTA DIVERSOS DIAGNSTICOS DE
TRANSTORNOS E DISTRBIOS PSICOLGICOS. SEGUIDAS TENTATIVAS DE SUICDIO. INCAPACIDADE DE INSERO
NO MERCADO DE TRABALHO APS A SEPARAO, DO QUAL SE RETIROU AO INCIO DO CONVVIO AMOROSO
PARA DEDICAR-SE AO CUIDADO DO LAR. DEMANDADO QUE, SENDO MDICO OFTALMOLOGISTA BEM SUCEDIDO E
DISPONDO DE SITUAO FINANCEIRA ASSUMIDAMENTE CONFORTVEL, CAPAZ DE PRESTAR A ASSISTNCIA
PLEITEADA. IRRELEVNCIA, NO CASO, DA CIRCUNSTNCIA DE QUE A AUTORA DILAPIDOU COMPLETAMENTE SEU
PATRIMNIO. VNCULO ALIMENTAR QUE, EMBORA SEJA, DE REGRA, EXCEPCIONAL ENTRE EX-COMPANHEIROS,
RESTOU BEM DELINEADO DIANTE DA PROVA. ARBITRAMENTO DA VERBA ALIMENTAR. FIXAO EM 2 SALRIOS
MNIMOS. VALOR CONDIZENTE COM OS GASTOS DA ALIMENTANDA E SUFICIENTE PARA LHE GARANTIR A
SUBSISTNCIA SEM ONERAR EM DEMASIA AS FINANAS DO ALIMENTANTE. IMPOSSIBILIDADE, NO CASO, DE
MAJORAO. PRECEDENTES DA CMARA E STJ. RECURSOS DE AMBOS OS LITIGANTES CONHECIDOS E
DESPROVIDOS. 1. A interposio do recurso de apelao em data anterior publicao da sentena em cartrio
no configura intempestividade por prematuridade, mas, antes, indica que o recorrente de algum modo obteve
acesso ao contedo do decisrio e tomou cincia inequvoca do comando sentencial, contra o qual formulou,
fundamentadamente, a partir do dispositivo, as razes de sua insurgncia. 2. Salvo nas hipteses de manifesta
m-f ou fraude processual, deve ser conhecido, pois, o reclamo interposto de forma prematura, por aplicao
do princpio da instrumentalidade das formas, mesmo porque o escopo das normas processuais regentes da
matria (arts. 463 e 506, inc. II, do CPC) no vedar ou restringir o direito de petio no duplo grau de jurisdio
atravs da fixao de um termo inicial imperativo para o exerccio da faculdade recursal. 3. Em tema de
pretenso alimentcia envolvendo ex-companheiros, o pensionamento medida excepcional, a ser adotada
somente quando um ou outro no possui, em absoluto, condies de prover por meios prprios a sua
subsistncia, de forma que o nus da prova, nesse caso, recai, evidentemente, parte postulante, nos termos do
art. 333, inc. I, do CPC. 4. Demonstrando, a prova, de forma inequvoca, que a autora no possui condies de
manter o prprio sustento, por apresentar idade avanada para a insero no mercado de trabalho, do qual se
alijou ao incio do conbio, e, ainda, que acometida de severos distrbios psicossomticos, a fixao da
assistncia alimentar medida acertada, nos termos dos arts. 1.694 e 1.695 do CC, tanto mais porque o
demandado mdico de renome e scio de clnicas oftalmolgicas na capital gacha e possui confortveis
condies financeiras. 5. Cessado h mais de 15 (quinze) anos o vnculo afetivo entre os companheiros, os
alimentos, embora devidos, devem se pautar pela essencialidade, ou seja, serem fixados na estrita quantia
capaz de garantir a sobrevivncia digna da parte beneficiada, sem impor onerosidade desmedida obrigada
tampouco o dever de proporcionar outra um padro de vida superior ao tido por razovel ou quele que ela,
por foras prprias, se fosse possvel, atingiria atravs de atividade laboral ou outra forma de
remunerao. Processo: 2012.071987-6.Relator: Des. Eldio Torret Rocha. Julgamento: 29/08/2013.
23.APELAO CVEL. ACIDENTE DE TRNSITO. ENGAVETAMENTO ENVOLVENDO TRS VECULOS. SENTENA DE
IMPROCEDNCIA. INSURGNCIA DA DEMANDANTE. CULPA PELO SINISTRO. CONTROVRSIA ENVOLVENDO A
RESPONSABILIDADE DO RU PELAS AVARIAS OCASIONADAS NA PARTE DIANTEIRA DO VECULO DA AUTORA.
DEMANDANTE QUE, ANTES DE SER ABALROADA PELO RU, COLIDIU NO VECULO QUE LHE PRECEDIA.
IMPOSSIBILIDADE DE APLICAO DA TEORIA DO CORPO NEUTRO. PARTE DEMANDADA QUE DEVE RESPONDER
APENAS PELO CONSERTO DOS DANOS CONSTATADOS NA PARTE TRASEIRA DO AUTOMVEL, O QUE J FOI
REALIZADO. DESPESAS COM O ALUGUEL DE OUTRO VECULO. AUSNCIA DE PROVA DOCUMENTAL SOBRE O
PERODO EM QUE O CARRO PERMANECEU NA OFICINA PARA CONSERTO. DANOS QUE SO INCOMPATVEIS COM O
LAPSO DE DOIS MESES PARA REPAROS. DEVER DE INDENIZAR NO COMPROVADO. DANOS MORAIS. ACIDENTE
QUE GEROU MEROS DISSABORES, INCAPAZES DE OCASIONAR UM SOFRIMENTO MORAL INTENSO E
EXTRAORDINRIO, CAUSADOR DE SEQUELAS DE INDUVIDOSA REPERCUSSO. INDENIZAO INDEVIDA. Embora
no se descarte a possibilidade da autora ter sofrido algum dissabor ou aborrecimento em virtude do acidente
em que se envolveu, no se pode reconhecer a existncia de um sofrimento intenso, decorrente de uma
situao inusitada e de tamanha gravidade, que fuja do razovel ou que no fosse suportada pelo homem
comum. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2013.042757-4). Relator: Des. Jorge Luis Costa
Beber.Julgamento:29/08/2013.
24.APELAO CVEL. AO DE COBRANA DE SEGURO DE VIDA. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA AD
CAUSAM AFASTADA. MRITO. CONTRATO DE ADESO DE SEGURO DE VIDA. MORTE NATURAL EXCLUDA DOS
RISCOS COBERTOS. SEGURO QUE COBRIA, TO SOMENTE, MORTE ACIDENTAL. SEGURADO QUE NO TINHA
CONHECIMENTO DESTE FATO. PARTE R QUE NO DEMONSTROU FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO
DO DIREITO DA AUTORA. INTELIGNCIA DO ARTIGO 333, II, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. INTERPRETAO,
ADEMAIS, QUE SE FAZ DA FORMA MAIS FAVORVEL AO CONSUMIDOR. EXEGESE DO ART. 47 DO CDIGO DE
DEFESA
DO
CONSUMIDOR.
SENTENA
MANTIDA.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2010.032480-8. Relator: Des. Srgio Izidoro Heil. .
25.APELAO CVEL. AO DE NUNCIAO DE OBRA NOVA COM PEDIDO DE DEMOLIO. AO REQUERIDA POR
CNJUGES. MORTE DO CONJUGE VARO. SENTENA DE EXTINO DO PROCESSO SEM ANLISE DO MRITO. A
JUSTIFICATIVA LEVADA EM CONSIDERAO PELO TOGADO PARA A EXTINO DO FEITO SUBSUME-SE HIPTESE
LEGAL PREVISTA NO INCISO III DO ART. 267 DO CPC E NO NO INCISO IV COM CONSIGNOU NA SENTENA.
TODAVIA, ABANDONO DA CAUSA NO CONFIGURADO, PORQUANTO NO HOUVE A PRVIA INTIMAO PESSOAL
DA AUTORA PARA O IMPULSIONAMENTO DO FEITO, SOB PENA DE EXTINO. NO OBSERVNCIA DA REGRA
PROCESSUAL CONTIDA NO 1 DO ART. 267 DO CPC. SENTENA CASSADA. RETORNO DOS AUTOS ORIGEM
PARA PROSSEGUIMENTO DO FEITO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Falecendo o autor no curso do processo,
dar-se- a substituio da parte pelo seu esplio ou sucessores, contudo, no regularizada a substituio
processual aps a intimao para tanto, a extino da ao, por ausncia de pressuposto de constituio e de
desenvolvimento vlido e regular do processo, medida que se impe.". Processo: 2011.0075678. Relator: Des. Saul Steil. Julgamento: 12/09/2013. Classe: Apelao Cvel.
Cmaras de Direito Comercial
26.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO CUMULADA COM PEDIDO DE
INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. FURTO DE CARTO DE CONTA BANCRIA. CONTRATOS DE
EMPRSTIMO E SAQUES REALIZADOS POR TERCEIRO. ALEGAO DE QUE HOUVE O REQUERIMENTO, AO BANCO,
PARA QUE O CARTO FOSSE IMEDIATAMENTE BLOQUEADO. AUSNCIA DE INDCIO DE PROVA NESTE SENTIDO.
ART. 333, I, DO CPC. RELATIVIZAO DA INVERSO DO NUS PROBATRIO PREVISTA PELO CDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR. CARTO FURTADO QUE CONTAVA COM A ANOTAO DA SENHA DE ACESSO. NEGLIGNCIA.
FACILITAO DA SUPOSTA FRAUDE. ART. 14, 3, II, DO CDC. CULPA EXCLUSIVA DO CORRENTISTA. EXCLUDENTE
DE RESPONSABILIDADE. AUSNCIA DE NEXO CAUSAL. DEVER DE INDENIZAR NO CARACTERIZADO. PEDIDOS
IMPROCEDENTES. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Ainda que aplicveis em casos como o vertente
os ditames do CDC - o qual prev a possibilidade de inverso do nus da prova (art. 6, VIII) - tal princpio no se
mostra absoluto, e no possui o condo de afastar por completo a regra geral inscrita no art. 333, I, CPC. Age
com negligncia o correntista que mantm, junto ao carto bancrio, a sua senha de acesso, o que afasta por
completo qualquer responsabilidade da instituio bancria movimentaes realizadas por terceiro fraudador.
Processo: 2013.054027-4. Relator: Des. Ricardo Fontes. Julgamento: 12/09/2013.
27.APELAO CVEL. AO DE BUSCA E APREENSO. CONTRATO DE FINANCIAMENTO. SENTENA DE EXTINO
DO PROCESSO (ART. 267, I C/C O ART. 284, PARGRAFO NICO, TODOS DO CPC). APELO DA INSTITUIO
FINANCEIRA. MAGISTRADO SINGULAR QUE DETERMINOU A JUNTADA DA VIA ORIGINAL DA CDULA DE CRDITO
BANCRIO GARANTIDA POR ALIENAO FIDUCIRIA. DESCUMPRIMENTO. CASO DOS AUTOS QUE, NA REALIDADE,
DEMOSTRA SE TRATAR DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO, QUE, CONTUDO, CONTM EXPRESSAMENTE
CLUSULA DE CESSO DE CRDITO SEM ANUNCIA DO DEVEDOR. CIRCUNSTNCIA QUE, POR SI S, EMPRESTA O
EFEITO DE TTULO DE CRDITO, DIANTE DA POSSIBILIDADE DE CIRCULAO. INDISPENSABILIDADE DO
CONTRATO ORIGINAL, AINDA QUE ENCAMINHADA CPIA DIGITALIZADA PELO PETICIONAMENTO ELETRNICO,
NOS TERMOS DO ART. 2, DA LEI N. 11.419/2006. CONFERIDA OPORTUNIDADE PARA JUNTADA. NO
ATENDIMENTO. MANUTENO DA SENTENA SINGULAR QUE SE IMPE. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
Mesmo na hiptese de utilizao do peticionamento eletrnico, cabvel se mostra a determinao de
apresentao do ttulo de crdito original em cartrio, consoante disposio do art. 365, 2, CPC, considerando
a possibilidade de circulao pela cartularidade do documento (art. 29, 3, da Lei n. 10.931/2004). "Dada a
possibilidade de circulao por fora da clusula de cesso sem anuncia do devedor, a propositura da ao de
busca e apreenso requer a juntada da via original do contrato de financiamento; se, uma vez intimada, a parte
quedar inerte deixando de sanar a irregularidade, correta a extino do feito por inpcia da inicial, nos termos
do art. 284 do Cdigo de Processo Civil.". Processo: 2013.031478-9. Relator: Des. Dinart Francisco Machado.
Julgamento: 10/09/2013
28. AO MONITRIA - NOTA FISCAL RELATIVA PRESTAO DE SERVIO MDICO-HOSPITALAR - SENTENA QUE
INACOLHEU EMBARGOS MONITRIOS E JULGOU PROCEDENTE PEDIDO INJUNTIVO - RECURSO DOS
RUS/EMBARGANTES. PRELIMINARES DE CERCEAMENTO DE DEFESA, ILEGITIMIDADE PASSIVA E INPCIA DA
INICIAL - NULIDADES NO DECLARADAS - EXEGESE DO ARTIGO 249, 2, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. Na
forma do aludido artigo, deixam de se pronunciar as nulidades, caso o mrito seja decidido em favor de quem as
sustentou. INCIO DE PROVA ESCRITA - INSUFICINCIA, CONTUDO PARA FINS DE CONSTITUIO DO TTULO
EXECUTIVO - RELAO COMERCIAL NEGADA PELA PARTE R - INEXISTNCIA DE PROVA DA EXECUO DO
SERVIO ANTE A FALTA DE ASSINATURA NA NOTA FISCAL - AUSNCIA DE OUTROS ELEMENTOS DE PROVA HBEIS
A DEMONSTRAR A CONSTITUIO DA DVIDA - RELAO NEGOCIAL QUE NO PODE SER PRESUMIDA - EMBARGOS
MONITRIOS ACOLHIDOS - SENTENA REFORMADA - RECURSO PROVIDO. A nota fiscal desprovida de assinatura
destitui a presuno da prestao do servio contratado, sendo que era nus do sedizente credor demonstrar a
existncia da relao jurdica havida entre as partes. "A propositura de ao monitria, lastreada em documento
unilateralmente emitido (nota fiscal), desacompanhado de qualquer outro elemento hbil a certificar a
concretude da relao jurdica (como, por exemplo, comprovante de entrega da mercadoria), no se presta a dar
ao ttulo a pretendida eficcia. VERBAS SUCUMBENCIAIS - MODIFICAO DO DECISUM PROFERIDO EM PRIMEIRO
GRAU DE JURISDIO - APRECIAO EQUITATIVA - ATENDIMENTO AOS CRITRIOS LISTADOS NAS ALNEAS 'A', 'B'
E 'C' DO 3 C/C O 4 ART. 20 CCB. Modificada a sentena profligada, impe-se a inverso dos nus
sucumbenciais. Para a fixao dos honorrios de sucumbncia, deve-se estar atento para o trabalho
desempenhado e o zelo na defesa e exposio jurdica do advogado, no se aviltando os honorrios advocatcios
de forma a menosprezar a atividade do patrocinador da parte. Processo: 2009.001443-9. Relator: Des.
Robson Luz Varella. Julgamento: 10/09/2013. .
29.APELAO CVEL. AO DE RESCISO DE CONTRATO. ARRENDAMENTO MERCANTIL. OBRIGAO DA
ARRENDATRIA DE SATISFAZER AS PRESTAES VENCIDAS AT A RETOMADA DO BEM PELA INSTITUIO
FINANCEIRA E DIREITO DEVOLUO DO VALOR RESIDUAL GARANTIDO PAGO ANTECIPADAMENTE. RECURSO
DESPROVIDO. Se rescindido o contrato de arrendamento mercantil, e garantido arrendadora a retomada do
bem, cessa a obrigao da inadimplente quanto s prestaes vincendas a partir do momento que no mais frui
o objeto arrendado, persistindo sua obrigao em relao s parcelas no honradas at aquele evento, pois a
instituio financeira tem direito a perceber pelo tempo de uso sem o respectivo pagamento. Deve, de outra
parte, a arrendatria, devolver aquilo que houve adiantadamente como preo de opo de compra (VRG), se
essa parcela suplantar seu crdito, aps a devida compensao, pois Os valores pagos antecipadamente a ttulo
de VRG devem ser devolvidos arrendatria, sob pena de enriquecimento ilcito da instituio financeira
arrendante. Precedentes. . Processo: 2011.098019-7. Relator: Des. Paulo Roberto Camargo Costa.
30.APELAO CVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. IMVEL DE PROPRIEDADE DA EMPRESA EXECUTADA, A QUAL,
ALM DE SER EMINENTEMENTE FAMILIAR, DESTINA-SE RESIDNCIA DE SEU NICO SCIO. BEM DE FAMLIA.
IMPENHORABILIDADE. RECONHECIMENTO QUE SE IMPE. PRECEDENTES STJ. "A impenhorabilidade da Lei n
8.009/90, ainda que tenha como destinatrios as pessoas fsicas, merece ser aplicada a certas pessoas jurdicas,
s firmas individuais, s pequenas empresas com conotao familiar, por exemplo, por haver identidade de
patrimnios.". RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2012.083994-1. Relator: Des. Altamiro de
Oliveira. Julgamento: 27/08/2013.
31.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE RELAO JURDICA E INDENIZAO POR DANOS
MORAIS. CERCEAMENTO DE DEFESA NO VERIFICADO, AINDA MAIS QUANDO O APELANTE NEM MESMO INDICA
AS PROVAS QUE PRETENDE PRODUZIR. CHEQUE EMITIDO EM FAVOR DE TERCEIRO, COM REGULAR ENDOSSO AO
REQUERIDO. ENDOSSATRIO DE BOA-F. ALEGAO DE ROMPIMENTO DA RELAO NEGOCIAL ORIGINRIA DO
TTULO DE CRDITO. ARGUMENTO DESTITUDO DE CREDIBILIDADE E DE UM MNIMO DE PROVA. PRESENA DAS
CARACTERSTICAS DA AUTONOMIA, LITERALIDADE E CARTULARIDADE. INEXISTNCIA DE CONDUTA ILCITA E DE
DANO MORAL A SER INDENIZADO. MANUTENO DA SENTENA. RECURSO DESPROVIDO. No se anula o
processo para a reabertura da instruo se a prova documental exibida suficiente para a compreenso do
tema controvertido e o apelante nem mesmo indica qual seria a outra prova necessria. O cheque representa
ordem de pagamento vista que, para subsistir, no necessita da demonstrao da sua origem, assim sendo
respeitadas suas caractersticas prprias: literalidade, autonomia e cartularidade.Processo: 2012.0505789. Relator: Des. Jnio Machado. Julgamento: 05/09/2013.
Cmaras de Direito Pblico
32.CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDORA MUNICIPAL. CONTRATO TEMPORRIO (MUNICPIO DE
IMARU). CONTRATO EXPIRADO QUANDO SE ENCONTRAVA GRVIDA. DIREITO INDENIZAO. RECURSO DO RU.
RECURSO ADESIVO DA AUTORA. MAJORAO DOS HONORRIOS ADVOCATCIOS. RECURSO DO RU DESPROVIDO.
RECURSO ADESIVO DA AUTORA PROVIDO. "A empregada sob regime de contratao temporria tem direito
licena-maternidade, nos termos do art. 7, XVIII, da Constituio e do art. 10, II, b, do ADCT, especialmente
quando celebra sucessivos contratos temporrios com mesmo empregador". Processo: 2012.0610121.Relator: Des. Newton Trisotto. Julgamento: 27/08/13.
33.USUCAPIO EXTRAORDINRIO. EDIFICAES E EQUIPAMENTOS MECNICOS DEPOSITADOS EM MOS DO
MUNICPIO DE CRICIMA DURANTE A PENDNCIA DE AO ANULATRIA EM QUE LITIGAVAM A ATUAL
PROPRIETRIA DO IMVEL E A ANTERIOR. PRELIMINAR DE CARNCIA DE AO. DESCABIMENTO. BENS NO
PERTENCENTES AO ENTE MUNICIPAL, AINDA QUE SOB USO DESTE DURANTE O PERODO DE DEPSITO.
INAPLICABILIDADE DA SMULA N. 340 DO STF. POSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO RECONHECIDA. AGRAVO
RETIDO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. Tratando-se de bem de propriedade privada, possvel o usucapio, ainda
que, em situao excepcionalssima, estivessem sob encargo do Municpio por fora de depsito judicial.
CONTESTAO APRESENTADA POR CREDORA COM PENHORA AVERBADA NO REGISTRO DO BEM. INTERESSE
PROCESSUAL EVIDENTE. LEGITIMIDADE DA CONTESTANTE PARA OCUPAR O POLO PASSIVO DA AO. PREFACIAL
REJEITADA. USO PRODUTIVO DOS BENS RECLAMADOS. PRAZO DECENAL. ART. 1.238, PARGRAFO NICO, DO
CDIGO CIVIL. Havendo os autores utilizado os bens para manter atividade empresarial, aplica-se ao pedido de
usucapio extraordinrio o prazo de dez anos, ainda que se tenha feito pouco investimento ou manuteno nos
bens controvertidos ou que parte desses tenha sido perdida em arrematao de execuo trabalhista.
PERMANNCIA DOS AUTORES NO LOCAL CONHECIDA E TOLERADA PELO MUNICPIO. PERMISSO DADA A FIM DE
QUE OS OCUPANTES FIZESSEM MANUTENO DOS BENS. CONSONCIA DE DIVERSAS PROVAS ESCRITAS E ORAIS
A ESSE RESPEITO. PRESENA DE GUARDAS NO LOCAL MANTIDOS PELA PRPRIA MUNICIPALIDADE. DOCUMENTO
FIRMADO PELO AUTOR INCOMPATVEL COM O ALEGADO ANIMUS DOMINI. MERA DETENO. USUCAPIO
DESCABIDO. REFORMA DA SENTENA. INVERSO DO NUS DE SUCUMBNCIA. RECURSOS DE APELAO
CONHECIDOS E PROVIDOS. APELO ADESIVO PREJUDICADO. Processo: 2012.012872-1. Relator: Des. Jorge Luiz
de Borba. Julgamento: 27/08/13.
7.Considera-se erro minsculo e no se confunde com rasura no preenchimento dos campos reservados s
respostas das questes objetivas, candidato que no assinalou, no carto resposta, o tipo de prova realizada.
Cmaras de Direito Criminal
8.O advogado que insere informao falsa em documento subscrito por testemunha, a fim de instruir processo
criminal, com o objetivo de absolver seu cliente, comete o crime previsto no art. 299, caput, do Cdigo Penal.
9.Aquele que o nico responsvel pela administrao e pela atividade de produo de empresa denunciada
pela prtica de crime ambiental, parte legtima para figurar no polo passivo de ao penal originria.
10.Pratica o delito de extorso o agente que constrange a vtima a entregar-lhe grande soma de dinheiro,
mediante a ameaa de divulgao de fotos comprometedoras de sua conduta social.
11.O depoimento testemunhal, registros fotogrficos e relatrio ou outros documentos firmados por profissionais
habilitados e com conhecimento na rea ambiental, so provas suficientes para comprovar o crime de maustratos a animais, prescindindo-se, assim, exame pericial.
12.A apreenso de quantidade significativa de produto com prazo de validade vencido configura, em tese, crime
contra as relaes de consumo, bastando comprovao da materialidade o relatrio de atividades dos rgos
envolvidos na fiscalizao e o auto de intimao.
13.A mera visualizao pelos jurados do ru ingressando no plenrio do jri uniformizado, algemado e escoltado,
desde que com justificativa aceitvel, no viola a ordem jurdico-constitucional.
14.Tratando-se de medidas protetivas de urgncias afetas Lei Maria da Penha e havendo previso expressa de
que o seu descumprimento acarretaria na priso do transgressor, no h como lhe imputar a prtica do delito de
desobedincia.
15.Comete crime contra a ordem econmica quem vende derivado de petrleo em desacordo com as normas
estabelecidas na lei de regncia (art. 1, I, Lei 8.176/91), no havendo falar em desclassificao para delito
ambiental.
Cmaras de Direito Civil
16.Por fora da teoria da aparncia, no exigido que o consumidor diferencie cooperativas mdicas
pertencentes ao mesmo grupo, se, perante o pblico, apresentam-se como uma nica empresa e fazem uso da
mesma logomarca.
17.No pode o cadastro de pretendentes adoo sobrepor-se ao melhor interesse da criana, mormente, se no
caso especfico e excepcional, no configurou atos intencionais de burla ao sistema e existe convivncia
harmnica e saudvel com os atuais guardies.
18.Configura uso nocivo do direito de propriedade por ofensa aos direitos de vizinhana construir audes em
imvel topograficamente superior, ainda mais quando os laudos da defesa civil e do corpo de bombeiros
sinalizam risco de deslizamento em caso de chuva torrencial.
19.O reconhecimento da unio estvel post mortem pelos herdeiros do de cujus no suficiente, por si s, para
afirmar a existncia de uma relao com status matrimonial.
20. obrigao de meio e, no, de resultado, o contrato de vigilncia e monitoramento de estabelecimento
comercial, uma vez que a atividade exercida consiste em amenizar os riscos da prtica de ato ilcito, e no
assegurar a sua inocorrncia.
21.Na aquisio do imvel em hasta pblica, inexistindo ressalvas no edital de praa, no pode ser atribuda ao
arrematante a responsabilidade pelo pagamento das despesas condominiais anteriores alienao judicial.
22.A obrigao alimentar dos avs fundada no parentesco complementar, transitria, excepcional e,
sobretudo, subsidiria, de modo que invivel exigir deles o pagamento de alimentos quando no demonstrada
a falta dos pais.
23.Ausncia anestesiologista na sala de cirurgia aps a aplicao de anestesia em seu paciente configura
omisso negligente.
24.Tratando-se de imvel indivisvel de dois pavimentos destinado a fins residenciais, descabe a penhora de
parte que usada como depsito de mercadorias, uma vez que tal circunstncia no lhe retira o carter de bem
de famlia.
25.Age com negligncia e imprudncia o comerciante que, aps entregar veculo ao consumidor, o qual
permanece na sua posse por aproximadamente 15 dias, obriga-o devoluo por conta da reprovao de seu
crdito.
Cmaras de Direito Comercial
26.Para configurar prescrio intercorrente processo de execuo, reputa-se suficiente o decurso de lapso
temporal superior ao da prescrio do ttulo exequendo, sem que o exequente promova as diligncias que lhe
competir.
27.O contrato bancrio de instrumento de redirecionamento de crdito, que deixa de indicar a data de
vencimento do ttulo no preenche os requisitos para a execuo, tornando impossvel averiguar a sua
exigibilidade.
28.A legislao sobre cdula de crdito bancrio no exige a assinatura de duas testemunhas para a validade do
ttulo como executivo extrajudicial.
29.Em busca e apreenso de bem alienado fiduciariamente necessrio que o credor apresente a via original da
cdula de crdito bancrio correspondente para comprovar a posse do ttulo, no bastando cpia autenticada.
30. admissvel manejo ao prestao contas para casos de insuficincia informaes prestadas
extrajudicialmente.
31.O desfazimento da compra e venda em decorrncia da devoluo da mercadoria defeituosa, inviabiliza a
manuteno do contrato de financiamento vinculado ao negcio.
Cmaras de Direito Pblico
32. inconcebvel haver limite de idade mxima em concurso pblico, se o requisito estiver previsto to somente
no edital, uma vez que a restrio deve estar amparada por lei.
33.Unio entre pessoas do mesmo sexo merece ter aplicao mesmas regras e consequncias vlidas para a
unio heteroafetiva, inclusive no que diz respeito ao direito percepo do benefcio de penso por morte do
companheiro.
34.Em caso de fraude e violao do hidrmetro, desnecessria a comprovao de que foi o proprietrio da
residncia que a perpetrou, pois certo que se beneficiou com o registro do consumo de gua a menor.
35.No se pode, de maneira simplista, dar por mprobo um administrador que apenas e to somente em
atendimento mudana de destino de alguma verba pblica, se a ningum prejudicou ou beneficiou.
36. direito de todos e dever do Estado e de quem explora prestao de servios pblicos fornecer aos alunos
com deficincia todas as condies indispensveis frequncia e ao aproveitamento de curso.
37.Evidenciada a fraude na apurao do consumo de energia eltrica, em face de alterao no relgio medidor,
pode a concessionria cobrar as diferenas pretritas e, se no houver o pagamento, interromper o fornecimento
ao usurio, ainda que haja posterior absolvio, na rea criminal, por insuficincia de prova.
Cmara Especial Regional de Chapec
38.Inexistindo pedido de conservao, a destruio de imagens de gravao de reportagem jornalstica, aps o
transcurso do prazo legal, exerccio regular de um direito, disposto na Lei n. 5.250/1967.
Turmas de Recursos
39.A suspenso total dos servios telefnicos, sem qualquer justificativa, tendo em vista a descaracterizao de
inadimplncia, implica direito reparao do dano moral sofrido pelo usurio.
40.Apreenso mquinas caa-nqueis, com pessoas jogando no momento da abordagem policial, retira a
necessidade de percia tcnica a fim de comprovar a materialidade da contraveno penal de explorao de
jogos de azar.
41.Ainda que o cancelamento/atraso do voo decorra de circunstncias justificveis, o fato no exime a
companhia area de prestar todo o auxlio necessrio aos passageiros.
42.O afastamento compulsrio e involuntrio motivado por problemas de sade caracteriza exceo regra de
suspenso do pagamento de gratificao de incentivo regncia de classe.
rgo Especial
1.INCONSTITUCIONALIDADE. Ao declaratria. Lei municipal. Aparelhos celulares e rdios de comunicao.
Utilizao vedada dentro das agncias bancrias. Segurana. Princpios constitucionais. Razoabilidade.
Proporcionalidade. Afronta. Demanda procedente. A proibio do uso de telefones celulares e rdios de
comunicao nas agncias bancrias viola os princpios da proporcionalidade e razoabilidade, mormente porque
h
outros
meios
de
preservar
a
segurana
dos
cidados
contra
a
prtica
de
ilcitos
penais. Processo: 2013.034658-0. Relator: Des. Jos Incio Schaefer.
Seo Criminal
2.EMBARGOS INFRINGENTES. DIVERGNCIA LIMITADA CONTINUIDADE DELITIVA ENTRE DELITOS MESMA
ESPCIE. CRIME DE FALSIDADE DOCUMENTAL. CONDUTAS DISTRIBUDAS EM VRIAS AES PENAIS DISTINTAS.
LAPSO TEMPORAL INFERIOR A 30 DIAS, SE CONSIDERADAS TODAS AS CONDUTAS CRIMINOSAS. CRIME DE
EXCESSO DE EXAO. CONDIES DE TEMPO SUPERIOR 30 DIAS. CIRCUNSTNCIAS CASO CONCRETO QUE
AUTORIZAM RECONHECIMENTO DA CONTINUIDADE DELITIVA. EMBARGOS INFRINGENTES PROVIDOS, REDUO
PENA.Processo: 2013.043284-3. Relator: Rodrigo Collao. Julgamento: 25/09/2013.
3.EMBARGOS INFRINGENTES. VIOLAO DE DIREITO AUTORAL. CDIGO PENAL, ART. 184, 2.. PRINCPIO DA
INSIGNIFICNCIA. NO CONFIGURAO. VENDA DE CDS E DVDS FALSIFICADOS. PREJUZO FINANCEIRO AO
DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS. PREJUZO AO CONSUMIDOR. PREJUZO AO FISCO. HABITUALIDADE DA
CONDUTA. OFENSIVIDADE DA CONDUTA. EXPRESSIVA LESO AOS BENS JURDICOS TUTELADOS. A venda de
produtos falsificados - in casu, CDs e DVDs - no atinge apenas o patrimnio do detentor dos direitos autorais,
mas tambm a segurana do consumidor e a arrecadao tributria, esta que seria decorrente do comrcio
regular dos produtos. No obstante pequeno o valor relativo aos bens apreendidos, tais vetores evidenciam a
ofensividade da conduta do agente e a expressividade da leso aos bens jurdicos tutelados, notadamente
diante
da confisso
da venda irregular
reiterada h mais
de
5 anos.
RECURSO NO
PROVIDO.Processo: 2013.043308-9. Relator: Des. Roberto Lucas Pacheco. .
Grupo de Cmaras de Direito Civil
4.AO RESCISRIA. AO DECLARATRIA DE NULIDADE DE ATO JURDICO AJUIZADA EM PRIMEIRO GRAU DE
JURISDIO. EMENDA DA INICIAL. REMESSA DOS AUTOS A INSTNCIA AD QUEM. ANUNCIA DOS AUTORES.
PEDIDO DE PROCESSAMENTO COMO AO RESCISRIA. FALTA DE INDICAO DAS CAUSAS DE
RESCINDIBILIDADE DESCRITAS NO ART. 485 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. INDEFERIMENTO DA PETIO
INICIAL. EXTINO SEM RESOLUO DO MRITO. "Embora a jurisprudncia desta Corte exija a abertura de prazo
para que o autor da rescisria emende a inicial e, somente se no suprida a falha, que poder ser decretada a
extino do processo, no caso, a exordial foi indeferida no pela presena de deficincias que, se supridas,
poderiam possibilitar o conhecimento e julgamento do mrito da ao, mas por sua manifesta inadmissibilidade,
porquanto ausente o seu enquadramento em uma das hipteses previstas no art. 485 do CPC, no merecendo o
Acrdo recorrido, portanto, nenhum reparo".Processo: 2013.053059-6 (Acrdo). Relator: Des. Fernando
Carioni. Julgamento: 09/10/2013.
5.. ACIDENTE DE TRNSITO ENTRE NIBUS E CAMINHO/CARRETA. CRUZAMENTO DE VIAS SINALIZADO.
DEPOIMENTOS CONTRADITRIOS. PROVA FORNECIDA POR AUTORIDADE MUNICIPAL DE QUE O COLETIVO
INGRESSOU NA PISTA COM SINAL VERDE. CROQUI E FOTOS QUE REVELAM O PONTO DE IMPACTO DO NIBUS NO
CAMINHO/CARRETA. IMPRUDNCIA DE AMBOS OS MOTORISTAS. CULPA CONCORRENTE. INFRINGNCIA DOS
ARTS. 44 E 45 DO CDIGO BRASILEIRO DE TRNSITO. PREVALNCIA VOTO VENCIDO. RECURSO PROVIDO. 1
Duvidosa a prova testemunhal colhida nos autos acerca da culpa exclusiva de um dos veculos envolvidos em
sinistro de circulao, mas existentes indcios e evidncias a respeito de ambos os condutores terem atuado de
forma temerria, h que se concluir pela ocorrncia de culpa concorrente de ambos os contendores. 2
Ressaltando os autos que, embora tenha o nibus envolvido no sinistro ingressado no cruzamento quando o
semforo indicava sinal verde, com o ponto de impacto da coliso situando-se, no entanto, na lateral traseira do
veculo caminho/carreta, evidenciada est a transgresso de seu motorista quanto s cautelas atinentes
direo defensiva. Essas cautelas, acaso adotadas, evitaria a coliso com o outro veculo que se encontrava
atravessando a via que lhe era perpendicular, circunstncia que evidencia a sua parcela de culpa para o
acidente. 3 Da mesma forma, h que se entrever culpa do condutor do caminho/carreta, veculo de grande
porte e extenso, que, mesmo quando no provado cabalmente o seu ingresso no cruzamento com o sinal
aberto, no considerou as dificuldades naturais para a concluso da travessia da via na qual trafegava,
dificuldades
essas
inerentes
ao
longo
comprimento
do
veculo
e
o
peso
da
carga
transportada. Processo: 2011.045586-9. Relator: Des. Trindade Santos.
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
6.EMBARGOS INFRINGENTES. AO REVISIONAL. ACRDO RETIFICADO, A TEOR DO PRECEITUADO NO ART. 543C, 7, II, do CPC, PARA PERMITIR A INCIDNCIA DE JUROS REMUNERATRIOS TAXA MDIA DE MERCADO
DIVULGADA PELO BACEN, NOS CONTRATOS DE RENEGOCIAO DE DVIDAS NO EXIBIDOS NOS AUTOS. VOTO
DIVERGENTE. JUROS REMUNERATRIOS LIMITADOS 12% AO ANO. PREVALNCIA. DESCUMPRIDO PELA
INSTITUIO FINANCEIRA O COMANDO JUDICIAL DE EXIBIO DOS CONTRATOS REVISANDOS, H QUE SE
APLICAR A PRESUNO DE VERACIDADE PREVISTA NO ART. 359 DO CPC E LIMITAR OS JUROS TAXA LEGAL.
OBSERVNCIA DOS PRINCPIOS DA BOA-F OBJETIVA, DA IGUALDADE E DO EQUILBRIO ENTRE AS PARTES.
ANALOGIA (ART. 4 DA LICC) DOS PARMETROS CONTIDOS NOS ARTS. 406 E 591 DO CDIGO CIVIL E 161, 1,
DO CTN. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo:2013.054935-1. Relatora: Des. Soraya Nunes Lins.
Julgamento: 09/10/2013.
12.RECURSO CRIMINAL. CRIME CONTRA AS RELAES DE CONSUMO (ART. 7, IX, DA LEI 8.137/90). RECURSO DO
MINISTRIO PBLICO. INCONFORMISMO COM A REJEIO DA DENNCIA. EXORDIAL NO ADMITIDA EM RAZO DA
FALTA DE LAUDO PERICIAL A COMPROVAR A MATERIALIDADE DA INFRAO. AGENTE QUE MANTINHA PRODUTO
DE ORIGEM ANIMAL COM PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. CRIME DE PERIGO ABSTRATO. DESPICIENDA A
CONFECO DE LAUDO PERICIAL. PRECEDENTES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES. DENNCIA QUE PREENCHE OS
REQUISITOS LEGAIS. RECEBIMENTO QUE SE IMPE. RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.0560685. Relator: Des. Torres Marques.
13.APELAO CRIMINAL. TRIBUNAL DO JRI. HOMICDIO QUALIFICADO PELA SURPRESA (ART. 121, 2, IV, DO
CDIGO PENAL). CONDENAO. RECURSO DA DEFESA. PRELIMINAR. NULIDADE DO JULGAMENTO. RU QUE
INGRESSA NO PLENRIO UNIFORMIZADO, ESCOLTADO E ALGEMADO. SITUAO JUSTIFICADA PELA EXISTNCIA
DE ACESSO NICO. DISPENSADO O USO DE ALGEMAS DURANTE O JULGAMENTO. POSSIBILITADA A TROCA DA
VESTIMENTA. PERMANNCIA COM MARCA-PASSO. NECESSIDADE DA MEDIDA FUNDAMENTADA. AUSNCIA DE
VIOLAO ORDEM JURDICO-CONSTITUCIONAL. MRITO. ALEGADA CONTRARIEDADE ENTRE O VEREDICTO E A
PROVA DOS AUTOS. DECISO DOS JURADOS QUE ENCONTRA RESPALDO EM PROVA JUDICIALIZADA. CONSELHO
DE SENTENA QUE, DIANTE DE TODO O PROCESSADO, APENAS ELEGE A VERSO QUE ENTENDE MAIS
PLAUSVEL. PLEITO REJEITADO. RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO. Processo: 2013.0429468. Relator: Des. Leopoldo Augusto Brggemann.
14.APELAO CRIMINAL. CRIME DE DESOBEDINCIA. CDIGO PENAL, ART. 330. MEDIDAS PROTETIVAS DE
URGNCIA DA LEI N. 11.340/06. CONDENAO. RECURSO DEFENSIVO. DEFERIMENTO DE MEDIDAS PROTETIVAS
DE URGNCIA (LEI N. 11.340/06). DESCUMPRIMENTO. CONDUTA QUE ENSEJARIA A PRISO. IMPUTAO DO CRIME
DE DESOBEDINCIA. IMPOSSIBLIDADE. CONSEQUNCIA DIVERSA DAQUELA PREVISTA. Tratando-se de medidas
protetivas de urgncias afetas Lei 11.340/06 e havendo previso expressa de que o descumprimento
acarretaria na priso do transgressor, no h como lhe imputar a prtica do crime de desobedincia. DEFENSOR
DATIVO. HONORRIOS. COMPLEMENTAO. PARMETROS. LC ESTADUAL N. 155/97. Tendo sido adotado o rito
processual ordinrio, devem ser complementados em 5 URHs os honorrios do defensor dativo que atuou
durante todo o procedimento e interps recurso de apelao, se fixados em apenas 10 URHs pelo juzo a quo.
RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.051733-0. Relator: Des. Roberto Lucas Pacheco. Julgamento: 17/10/13
15.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A ORDEM ECONMICA. VENDA DE DERIVADO DE PETRLEO EM
DESACORDO COM AS NORMAS ESTABELECIDAS EM LEI (ART. 1, I, DA LEI N 8.176/91). RECURSO DEFENSIVO.
PLEITO DE ABSOLVIO. ALEGAO DE QUE OS MATERIAIS APREENDIDOS NA GARAGEM DE SUA RESIDNCIA ERA
UTILIZADOS NA FBRICA DE CALADOS DA FAMLIA E NO PARA VENDA COMO COMBUSTVEL. IMPOSSIBILIDADE.
VERSO POUCO CRVEL. CONFISSO QUE EFETUARA A VENDA A ALGUNS AMIGOS. MATERIALIDADE E AUTORIA
DEMONSTRADOS. CONFISSO QUE NO PODE CONDUZIR REDUO DA PENA ABAIXO DO MNIMO LEGAL.
INTELIGNCIA DA SMULA 231, DO STJ. DESCLASSIFICAO PARA CRIME AMBIENTAL. IMPOSSIBILIDADE.
ELEMENTARES DO CRIME DESCRITO NA LEI N 8.176/91 PREENCHIDAS. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2011.026362-0. Relatora: Des.
Beatriz
Silva
Bittencourt
Schaefer.
Julgamento: 03/10/2013.
Cmaras de Direito Civil
16.APELAO CVEL. AO COMINATRIA C/C TUTELA ANTECIPADA. UNIMED. SENTENA DE PROCEDNCIA.
RECURSO DA UNIMED. PREFACIAL DE ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. ALEGAO DE NO SER A MESMA
UNIMED COM A QUAL O AUTOR CONTRATOU O PLANO DE SADE. COOPERATIVAS PERTENCENTES AO MESMO
CONGLOMERADO. INCIDNCIA DA TEORIA DA APARNCIA. PREFACIAL AFASTADA. "Por fora da teoria da
aparncia, no h exigir que o consumidor diferencie duas cooperativas mdicas pertencentes ao Sistema
Cooperativo UNIMED, pois perante o pblico apresentam-se como uma nica empresa que disponibiliza servios
de assistncia mdica e hospitalar, e fazem uso inclusive da mesma logomarca." MRITO. PLEITO DE
IMPROCEDNCIA DO PEDIDO INICIAL. IMPUGNAO GENRICA. AUSNCIA DE ARGUMENTO OU DE PROVA CAPAZ
DE AFASTAR A IDONEIDADE DAS ALEGAES E PROVAS APRESENTADAS PELO AUTOR. NUS QUE COMPETIA
REQUERIDA. EXEGESE DO ARTIGO 333, II, CPC. SENTENA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
APLICAO DE OFCIO DA LITIGNCIA DE M-F REQUERIDA. MULTA DE 1% E INDENIZAO DE 10%), AMBAS
INCIDENTES SOBRE O VALOR ATUALIZADO DA CAUSA. INTELIGNCIA ARTIGOS 17, VII, E 18, CAPUT E 2,
CPC. Processo:2013.061719-7. Relatora: Des. Denise Volpato
comprovada satisfatoriamente a ocorrncia de motivo de fora maior, como preconizado pelo art. 517 CPC. 2 Se,
por questes topogrficas e por subservincia s leis da fsica, a propriedade situada em nvel inferior tem a
obrigao de receber as guas que naturalmente fluem do imvel que lhe topograficamente superior,
permitindo o seu escoamento natural, por outro lado no pode a sua condio ser prejudicada por obras feitas
pelo dono ou possuidor do prdio superior, segundo o que ressalta, com exatido, o art. 1.288, in fine. 3
Concluindo os laudos da Defesa Civil Municipal e do Corpo de Bombeiros Voluntrios que os dois audes
construdos no prdio superior expem situao de risco o imvel topograficamente inferior, pela declividade
do terreno e potencial ocorrncia de deslizamentos em caso de chuvas intensas e prolongadas, aliada
inexistncia de licenciamento ambiental ou medidas tcnicas preventivas e acautelatrias, de se manter o
comando sentencial que determinou o desfazimento dos tanques embargados, segundo determinao dos arts.
1.311 e 1.312 CCB. Processo: 2013.047024-5. Relator: Des. Trindade dos Santos. Julgamento:03/10/2013.
19.DIREITO DE FAMLIA. AO DE RECONHECIMENTO DE UNIO ESTVEL "POST MORTEM". DE CUJUS EM VIDA
PROMOTOR DE JUSTIA APOSENTADO. SENTENA DE IMPROCEDNCIA. INSURGNCIA DA AUTORA. AUSNCIA DE
PROVA CONVINCENTE DA CONVIVNCIA PBLICA, CONTNUA E DURADOURA DITA ESTABELECIDA COM O
OBJETIVO DE CONSTITUIO DE FAMLIA. PROVA DOCUMENTAL INAPROVEITVEL, PORQUE INCAPAZ DE
CORROBORAR A TESE INICIAL. RECONHECIMENTO DO DIREITO DA AUTORA PELOS HERDEIROS DO DE CUJUS QUE
NO SUFICIENTE, POR SI S, PARA AFIRMAR A EXISTNCIA DE UMA RELAO COM STATUS MATRIMONIAL.
AUSENTES OS REQUISITOS IMPRESCINDVEIS PARA A CONFIGURAO DA SOCIEDADE CONJUGAL DE FATO.
EXEGESE DO ART. 1.723 DO CDIGO CIVIL. SENTENA DE IMPROCEDNCIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.
Ante os reflexos e as consequncias advindas do reconhecimento de uma unio estvel, sobretudo as que via de
regra recaem sobre o patrimnio, a famlia de uma das partes e a previdncia, merece aplausos o magistrado,
que no exerccio da magnnima misso de julgar, exige prova hgida, escorreita e extreme de dvida, da
pretensa unio. Processo: 2013.047423-6. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 24/09/2013 .
20. INDENIZATRIA. CONTRATO E VIGILNCIA E MONITORAMENTO DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL. ALEGADA
FALHA NA PRESTAO DO SERVIO. DESDIA DA EMPRESA CONTRATADA QUE TERIA RESULTADO NO SUCESSO DO
ASSALTO PRATICADO NAS DEPENDNCIAS DA REQUERENTE. PREJUZO MATERIAL ESTIMADO EM QUASE 1,5
MILHO DE REAIS. AUSNCIA DE SUBSTRATO PROBATRIO CAPAZ DE EVIDENCIAR O EFETIVO DESCUMPRIMENTO
DO DEVER DE CONTROLE POR PARTE DA REQUERIDA. NUS DA PROVA QUE COMPETIA VTIMA, A TEOR DO
PRECONIZADO NO ART. 333, INC. I, DO CPC. DEMONSTRAO, AO CONTRRIO DISTO, DE QUE PROFISSIONAIS
ATUARAM NO MONITORAMENTO, SATISFAZENDO, PORTANTO, O DEVER CONTRATUAL. OBRIGAO DE MEIO E,
NO, DE RESULTADO. ATIVIDADE EXERCIDA PELA REQUERIDA QUE CONSISTE EM AMENIZAR OS RISCOS DA
PRTICA DE ATO ILCITO, NO HAVENDO COMO ASSEGURAR, TODAVIA, A INOCORRNCIA DA AO CRIMINOSA.
CONSTATAO, EM VERDADE, DE QUE O ESTABELECIMENTO COMERCIAL POSTULANTE NO ADOTAVA MEDIDAS
PRIMRIAS DE CAUTELA E SEGURANA. PORTAS DEIXADAS ABERTAS AO FINAL DO EXPEDIENTE, VECULOS
DESTRANCADOS EXPOSTOS NO PTIO, E PERMISSO DADA A FUNCIONRIOS PARA QUE PERNOITASSEM NA
EMPRESA. PRTICA QUE PODE TER CONTRIBUDO PARA QUE A REQUERENTE, QUE POSSUI EXPRESSIVO CAPITAL
SOCIAL, FOSSE ELEITA PELOS ASSALTANTES. CONDUTA ILCITA DA R APELADA NO VISLUMBRADA. DEVER DE
REPARAR INEXISTENTE. RECLAMO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2012.015126-3). Relator: Des. Luiz
Fernando Boller.
21.APELAO CVEL. AO DE COBRANA DE DBITOS CONDOMINIAIS. SENTENA DE PROCEDNCIA. IMVEL
ADQUIRIDO EM HASTA PBLICA. OMISSO DO EDITAL QUANTO EXISTNCIA DE DVIDA CONDOMINIAL.
SUBTRAO DO CARTER PROPTER REM DOS DBITOS. INEXIGIBILIDADE FRENTE AO ARREMATANTE, ANTE SUA
BOA-F. SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. Processo: 2012.016129-5). Relator: Des. Jairo Fernandes
Gonalves.
22.APELAO CVEL. FAMLIA. 'AO DE ALIMENTOS'. OBRIGAO ALIMENTAR DERIVADA DE PARENTESCO.
IMPROCEDNCIA DA ORIGEM. (1) ALIMENTOS AVOENGOS. CARACTERSTICAS. - A obrigao alimentar dos avs,
fundada no parentesco (solidariedade familiar), complementar, transitria, excepcional e, sobretudo,
subsidiria, de modo que invivel cogitar da fixao de alimentos contra os avs quando no demonstrada a
'falta' dos pais. (2) PAI NO ENCONTRADO EM EXECUO. POSSIBILIDADES DA GENITORA, PORM, NO
DEMONSTRADAS. 'FALTA' DOS PAIS. PROVA ANMICA. NECESSIDADES DOS NETOS. AUSNCIA DE ELEMENTOS
PROBATRIOS CONCRETOS. CURSO SUPERIOR DE UM DOS ALIMENTANDOS, MAIOR DE IDADE, NO
COMPROVADO. PROGENITOR IDOSO E COM BOA PARTE DE SEUS PROVENTOS COMPROMETIDA. POSSIBILIDADES
INSUFICIENTES. OBRIGAO EXCEPCIONAL AFASTADA. - Em que pese possvel suprir a desdia dos autores
quanto demonstrao da 'falta' do pai, por meio de consulta s frustradas aes de execuo no SAJ - Sistema
de Automao do Judicirio -, a total anemia probatria quanto aos demais pressupostos da obrigao alimentar
dos avs impede a concesso do pleito. - Registre-se que a excepcionalidade da obrigao avoenga exige maior
rigor na anlise desses pressupostos, de modo que a ausncia de prova razovel da suposta incapacidade
econmico-financeira da genitora, das necessidades ordinrias e extraordinrias dos alimentandos (sobretudo
para aquele que maior de idade e no comprova ser estudante universitrio), e da tranquilidade das
possibilidades do progenitor (que conta com 80 anos de idades e grande parte de seus proventos
comprometida), impede o acolhimento da obrigao complementar. SENTENA MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO. Processo: 2013.052042-3). Relator: Des. Henry Petry Junior. Julgamento: 10/10/2013.
23.APELAES CVEIS. AO DE REPARAO DE DANOS. RESPONSABILIDADE CIVIL MDICA. CIRURGIA DE
HISTERECTOMIA TOTAL. PARADA CARDIORRESPIRATRIA APS APLICAO DE ANESTESIA QUE LEVOU A
PACIENTE A BITO. RESPONSABILIDADE DE MEIO. APLICAO DE ANESTESIA MENOS ADEQUADA AO CASO
CONCRETO. SINISTRO AGRAVADO PELA SADA DO ANESTESISTA DA SALA DE CIRURGIA LOGO APS A APLICAO
DO ANESTSICO. NEGLIGENCIA E IMPERCIA EVIDENCIADOS. DEVER DE INDENIZAR. PENSO MENSAL DEVIDA.
FORTES INDCIOS SOMADOS A PRESUNO DE DEPENDNCIA ECONMICA DA AUTORA. PESSOA MUITO IDOSA
QUE RESIDIA COM A FILHA (VTIMA). DANO MORAL. QUANTIFICAO. OBSERVNCIA DOS PRINCPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. MANUTENO DO VALOR ARBITRADO EM SENTENA. JUROS
MORATRIOS. ILICITO CIVIL CAUSADOR DE DANO MORAL. INVERSO DO NUS DE SUCUMBNCIA. RECURSO DA
AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. APELO DO RU DESPROVIDO. RECURSO DA SEGURADORA LITISDENUNCIADA.
PEDIDO DE ABATIMENTO DOS VALORES REFERENTES FRANQUIA. POSSIBILIDADE. APELO PARCIALMENTE
PROVIDO. RECONHECIMENTO, DE OFCIO, DA ILEGITIMIDADE DO INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL. I - Age
com impercia o mdico anestesista que ao aplicar anestesia "peridural" atinge rea designada a outro tipo de
procedimento, configurando o que a literatura mdica chama de "raqui total", fazendo com que a filha da autora
viesse a sofrer parada cardiorrespiratria e o consequente bito sucessivo. A ausncia do ru da sala de cirurgia
aps a aplicao de anestesia em sua paciente configura omisso negligente, em total inobservncia ao artigo
1, II, da resoluo n 1.802/2006 do Conselho Federal de Medicina, que orienta os anestesista para no
desassistirem seus pacientes em nenhum momento aps iniciado o procedimento anestsico at total
recuperao do mesmo. Em complemento, tem-se que o Ru foi condenado pena de censura, em processo
tico-profissional pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina, por ter se ausentado da sala
de cirurgia aps a aplicao de anestesia, em decorrncia dos mesmos fatos, no sendo essa a primeira vez a
prtica desse comportamento irresponsvel. II - So circunstncias indiciarias e presuntivas de que a autora,
pessoa muito idosa (na poca do sinistro, com 79 anos), me da vtima, que com ela residia at a sua morte,
sem renda prpria e beneficiria da justia gratuita, era dependente de sua filha, ento aposentada, solteira e
sem filhos. III - A morte de ente querido causa de abalo moral e intenso sofrimento para os familiares, em
particular para os mais prximos, fazendo mister a sua compensao pecuniria em sintonia com a extenso do
dano, grau de culpa e capacidade econmica das partes, no devendo acarretar enriquecimento da vtima e
empobrecimento do ofensor; serve a providncia como carter pedaggico, punitivo e profiltico inibidor. Assim,
levando-se em conta referidos parmetros, o quantum compensatrio deve ser mantido no patamar
estabelecido em sentena. IV - Em se tratando de ilcito civil gerador de dano moral, verifica-se a incidncia de
juros a partir do evento danoso, consoante o exposto na Smula 54 do Superior Tribunal de Justia, fixados em
6% ao ano antes da entrada em vigor do novo Cdigo Civil (art. 1.062 do CC/16) e, aps seu advento, em 1% ao
ms, com fulcro nas disposies do art. 406 do Cdigo Civil e do art. 161, 1, do Cdigo Tributrio Nacional. V Acolhendo-se o pedido da autora para a fixao de penso alimentcia tem-se que esta obteve completo xito na
demanda, fazendo-se necessrio condenar o ru a arcar com a totalidade da verba de sucumbncia. VI Havendo previso na aplice de participao obrigatria do segurado no importe de 20% da indenizao devida,
necessrio se faz abater da condenao da seguradora o valor mximo previsto a ttulo de participao
obrigatria do segurado. VII - O Instituto de Resseguros do Brasil S. A. (IRB) no detm legitimidade para figurar
no polo passivo de aes de cobrana de seguro, pois o artigo 68, caput, do Decreto-Lei n. 73/1966, que
impunha a sua participao em litisconsrcio passivo necessrio, foi revogado pelo artigo 12 da Lei n.
9.932/1999, bem como porque, consoante o disposto no artigo 14, caput, da Lei Complementar n. 126/2007, os
resseguradores no respondem diretamente perante o segurado pela indenizao, alm do que o artigo 101, II,
do Cdigo de Defesa do Consumidor veda a denunciao da lide e dispensa a formao do litisconsrcio nesses
casos. Processo: 2012.076614-3. Relator: Des. Joel Figueira Jnior. Julgamento: 10/10/2013
24.APELAO CVEL. EMBARGOS EXECUO. PENHORA DE PARTE DE IMVEL UTILIZADA COMO DEPSITO DE
MERCADORIAS. DESTINAO PRECPUA COMO MORADIA. BEM DE FAMLIA INDIVISVEL. IMPENHORABILIDADE.
RECURSO PROVIDO. Tratando-se de imvel indivisvel de dois pavimentos destinado precipuamente a fins
residenciais, descabida a penhora de parte que usada como depsito de mercadorias, uma vez que tal
circunstncia no lhe retira o carter de bem de famlia (Lei 8.009/1990).Processo: 2010.0300169. Relator: Des. Joel Figueira Jnior.
25.CONSUMIDOR. DANO MORAL. AQUISIO DE MOTOCICLETA MEDIANTE FINANCIAMENTO BANCRIO.
PRETENSO DIRIGIDA CONTRA AS CONCESSIONRIAS ENVOLVIDAS E A INSTITUIO FINANCEIRA. LEGITIMIDADE
PASSIVA ASSENTADA. ADQUIRENTE QUE, APS TER LIBERADO O BEM PELAS FORNECEDORAS E DE POSSE DO
PRODUTO H APROXIMADAMENTE 15 DIAS, FORA COMPELIDO DEVOLUO POR CONTA DA REPROVAO DE
SEU CRDITO. FALHA DO SERVIO IDENTIFICADA PELA AUSNCIA DE DILIGNCIA NA VIABILIDADE DO NEGCIO
JURDICO ANTES DA DISPONIBILIZAO DO VECULO. APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSUMERISTAS. CONDUTA
NEGLIGENTE VIOLADORA DO PRIMADO DA BOA-F E ETICIDADE, QUE TRAZ AO CONSUMIDOR
CONSTRANGIMENTO MORAL PERANTE AMIGOS E FAMILIARES, INCORPORANDO NO MEIO SOCIAL A PECHA DE
INADIMPLENTE.
SENTENA
REFORMADA.
RECURSOS
CONHECIDOS.
APELO
PROVIDO.
ADESIVO
DESPROVIDO.Processo: 2011.047977-3
(Acrdo). Relator: Des.
Ronei
Danielli.
Julgamento: 26/09/2013. Classe: Apelao Cvel.
Cmaras de Direito Comercial
26.APELAO CVEL - EXECUO FUNDADA EM CONTRATO DE ABERTURA DE CRDITO FIXO GARANTIDO POR
NOTA PROMISSRIA - SENTENA EXTINTIVA DO FEITO DIANTE DO RECONHECIMENTO DA PRESCRIO
INTERCORRENTE - APELO DO BANCO EXEQUENTE. PRESCRIO - DOCUMENTO PARTICULAR DE DVIDA TRANSCURSO DE MENOS DA METADE DO LAPSO TEMPORAL VINTENRIO PREVISTO NO ART. 177 DO CDIGO
CIVIL DE 1916, AO TEMPO DA ENTRADA EM VIGOR DO NOVO DIPLOMA - PRAZO QUINQUENAL - EXEGESE DOS
ARTS. 206, 5, I, E 2.028 DO CDIGO CIVIL DE 2002. "A pretenso de cobrana de dvidas lquidas constantes
de instrumento pblico ou particular que, durante a vigncia CC/16, sujeitava-se ao prazo vintenrio, a teor do
art. 177 do referido diploma, passou submeter-se ao prazo de 5) anos previsto no art. 206, 5., I, do Estatuto
Civil de 2002. Nas hipteses em que h reduo do lapso prescricional em virtude do advento do Cdigo Civil de
2002, aplica-se a regra de transio disposta em seu art. 2.028, de modo que, se at a entrada em vigor desta
codificao houver transcorrido menos da metade do prazo anterior, deve incidir o novo lapso temporal,
observando-se como termo inicial o dia 11.1.2003). NO LOCALIZAO DE BENS PENHORVEIS - ARQUIVAMENTO
ADMINISTRATIVO DO FEITO A PEDIDO DO EXEQUENTE, QUE SE PROLONGOU POR MAIS DE 11 ANOS - INRCIA
VERIFICADA NESSE INTERREGNO, NO IMPUTVEL AO JUDICIRIO OU A TERCEIROS, DURANTE O QUAL CABIA TO
SOMENTE CASA BANCRIA IMPULSIONAR O PROCESSO, J QUE A EXECUO CORRE NO SEU INTERESSE (CPC,
ART. 612, "CAPUT") - HIPTESE DO ART. 791, III, DO CPC QUE NO POSSUI O CONDO DE ESTANCAR A
CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL INTERCORRENTE - IMPOSSIBILIDADE DE SE ETERNIZAR A PERSECUO
DO CRDITO, CABENDO AO EXEQUENTE TOMAR AS PROVIDNCIAS CABVEIS ANTES DE PRESCRITO O TTULO
QUE EMBASA A EXECUO, AINDA QUE SUSPENSA E ARQUIVADA ADMINISTRATIVAMENTE - PREVALNCIA DO
PRINCPIO CONSTITUCIONAL DA SEGURANA JURDICA - INTERPRETAO LGICO-SISTEMTICA DO
ORDENAMENTO - PRECEDENTES DESTA CMARA E INMEROS JULGADOS DESTE TRIBUNAL. Apesar da acesa
controvrsia jurisprudencial sobre o tema, e revisitando o entendimento anteriormente adotado em situaes
anlogas, entende-se que para se configurar a prescrio intercorrente no processo de execuo reputa-se
suficiente o decurso de lapso temporal superior ao da prescrio do ttulo exequendo, sem que o exequente
promova as diligncias que lhe competir, independentemente de a demanda estar arquivada
administrativamente ou de prvia intimao do titular da execuo especificamente para impulsionar o feito.
Adotar-se interpretao diversa propiciaria ao exequente fazer uma espcie de poupana com seu crdito, na
medida em que, arquivado administrativo o processo sem que corra em seu desfavor a prescrio, poderia
aguardar indefinidamente at o executado obter algum patrimnio, para imediatamente aps retomar a marcha
do feito executivo - dez, quinze, vinte ou sabe-se l quantos anos aps - e, assim, cobrar a dvida, o que no se
coaduna com o princpio da segurana jurdica. Portanto, de forma alguma se deve interpretar os arts. 791, III, e
793 do CPC como um respaldo judicial inrcia do exequente, visto que no se coaduna com a interpretao
lgico-sistemtica do ordenamento jurdico que o arquivamento administrativo tenha o condo de criar um prazo
indeterminado localizao de bens em nome do executado. Precedentes da Cmara e desta
Turmas de Recursos
39.RELAO DE CONSUMO. INCORPORAO DE EMPRESAS. SUSPENSO INDEVIDA DO SERVIO DE TELEFONIA
MVEL. SOLICITAO DE CANCELAMENTO NO COMPROVADA PELA OPERADORA. ABALO MORAL
CARACTERIZADO. SERVIO ESSENCIAL. INSURGNCIA EM RELAO AO QUANTUM REPARATRIO. RESPEITO AOS
CRITRIOS DE RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. RECURSO DESPROVIDO. A suspenso total dos servios
telefnicos, sem qualquer justificativa para tal bloqueio, tendo em vista a descaracterizao de inadimplncia,
implica direito reparao do dano moral sofrido pelo usurio, qualificando-se a suspenso do uso dos servios
como ato ilcito praticado pela concessionria de telecomunicao. Processo: 2013.101699-4.Relatora: Dra.
Margani de Mello. Julgamento: 10/10/2013.
40.APELAO CRIMINAL CONTRAVENO PENAL. EXPLORAO DE JOGOS DE AZAR. ARTIGO 50 DO DECRETO-LEI
3.688/41. APREENSO DE MQUINAS CAA-NQUEIS. PESSOAS JOGANDO NO MOMENTO DA ABORDAGEM
POLICIAL. PERCIA TCNICA. DESNECESSIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA CABALMENTE COMPROVADAS.
CONDENAO MANTIDA. PENA SUSBTITUDA DE OFCIO. Processo: 2013.101654-7. Relatora: Margani Mello.
Julgamento: 03/10/13
41.RECURSO INOMINADO. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. TRANSPORTE AREO. POUSO
ALTERNATIVO REALIZADO EM AEROPORTO DIVERSO EM RAZO DAS PRECRIAS CONDIES CLIMTICAS.
CANCELAMENTO DA CONEXO. COMPANHIA AREA QUE, EM TAL CIRCUNSTNCIA (AINDA QUE SE REPUTE
PLAUSVEL A MOTIVAO PRIMEIRA), A PARTIR DISSO NO DISPENSA O NECESSRIO AUXLIO E ATENO AOS
PASSAGEIROS. REEMBARQUE PROMOVIDO NO DIA SEGUINTE, APS EXPRESSIVO TEMPO DE ESPERA E
SUCESSIVAS REMARCAES. CONDUTA OFENSIVA AOS DIREITOS DO CONSUMIDOR. CIRCUNSTNCIAS QUE
ACARRETAM
DEVER
DE
INDENIZAR.
RECURSO
CONHECIDO
NO
PROVIDO.
Relatora: Quitria
Tamanini. Julgamento: 24/09/13.
7.A medida protetiva de urgncia consistente no afastamento do agressor do lar possui natureza
jurdica cvel, razo porque no poder ser apreciada pelas Cmaras Criminais deste Tribunal de
Justia.
8.Pratica o crime de extorso aquele que aborda nibus de turismo que vinha do Paraguai e,
mediante utilizao de arma de fogo, passa-se por policial e exige dinheiro das vtimas.
9.A m situao econmica da empresa no afasta o crime contra a ordem tributria de no
recolhimento de ICMS, que se d com o dolo genrico evidenciado pela recusa ao cumprimento de
obrigao definida em lei.
10.Configura o delito de trfico interestadual de entorpecentes (artigo 33, caput, c/c artigo 40,
inciso V, ambos da Lei n. 11.343/2006) a aquisio de drogas de um Estado para o outro com
entrega pelos correios.
11.Incorre no crime de receptao qualificada o proprietrio de estabelecimento comercial do ramo
de telefonia que compra e vende celulares novos e usados por valor bem inferior ao que so
vendidos normalmente.
Cmaras de Direito Civil
12.O excesso de chuva e escassez de mo de obra no consubstancia fora maior para excluir a
responsabilidade por atraso na entrega de obra, porquanto so riscos inerentes construo civil.
13.O simples atraso no pagamento de uma das parcelas do prmio do seguro, por si s, no se
equipara ao inadimplemento total da obrigao do segurado e, assim, no confere direito
seguradora de descumprir sua obrigao alegando suspenso ou resoluo automtica do contrato.
14.A depresso no se confunde com incapacidade absoluta para os atos da vida civil, portanto, no
demonstrada a incapacidade do agente poca da contratao, no se justifica o pleito de
anulao do negcio jurdico firmado.
15.Quem voluntariamente assume a conduo de veculo automotor depois de ingerir qualquer
quantidade de lcool, deve estar preparado para as consequncias diretas ou indiretas desta
conduta, inclusive a possibilidade de vir a perder o direito cobertura do seguro contratado.
16.No h falar em reparao de danos morais quando a veiculao de notcia sem animus
injuriandi oucaluniandi, simplesmente narram, em linguagem jornalstica, as informaes
repassadas pelos policiais, prevalecendo o animus narrandi, imperativo do exerccio regular de
direito abrangido pelos rgos informativos.
17.O fornecimento de documentos pessoais pessoa que era de sua confiana, contribuindo, assim,
para a ocorrncia do abalo creditcio no gera direito indenizao.
18.Apesar de a regra civil considerar inexequvel a interdio de pessoa relativamente incapaz, fazse possvel o prosseguimento do feito, diante da demonstrao de que a interditanda possui
transtorno mental, esteja prximo de completar a maioridade e com gravidez de alto risco.
19. vlido o desconto de 10%, a ttulo de dzimo, do salrio dos jubilados/aposentados, que
operado por manifestao destes, se responsabilizaram em cumprir as normas estatutrias da
Caixa de Socorro dos obreiros da igreja evanglica Assembleia de Deus de Santa Catarina.
20.A pessoa pblica cujo mister traz em si o nus de ser constantemente alvo das mais variadas
crticas pela opinio, deve primar pela livre manifestao do pensamento, por servir de relevante
ferramenta no enriquecimento do debate poltico e no fortalecimento da sociedade democrtica.
Cmaras de Direito Comercial
21.O simples ajuizamento de ao trabalhista contra o ru no demonstra, por si s, interesse
pessoal na causa ou inimizade ntima, razo pela qual no est configurada a suspeio ou o
impedimento do depoente.
22.O contrato na modalidade de transporte martimo internacional no reclama a assinatura prvia
do destinatrio da carga. O ajuste feito validamente entre o expedidor e o transportador, e a
obrigao alcana o destinatrio que tem, no entanto, direito de regresso contra o expedidor se
com este outra coisa houver contratado.
23.Admite-se o protesto por indicao de boletos bancrios, se verificada a existncia da relao
comercial que d lastro s duplicatas emitidas e, tambm, do comprovante de entrega das
mercadorias ou da prestao dos servios.
24.A ocorrncia do evento da natureza que atinge a carcinicultura por determinado vrus que
inviabiliza a continuidade do negcio e impossibilita absolutamente o cumprimento da obrigao,
autoriza a resoluo do contrato de cdula rural hipotecria.
25.A impenhorabilidade da Lei 8.009/90 estende-se ao imvel do devedor, ainda que se encontre
locado a terceiros, desde que comprovado que a renda auferida com esta locao reverte para a
moradia ou subsistncia da famlia.
26.Revela-se incogitvel emitente de cheque pretender a discusso da causa debendi de ttulo
entregue por terceiro ao portador, sob o argumento de que este ltimo exerceria a prtica de
agiotagem.
Cmaras de Direito Pblico
27.Exerce conduta mproba descrita no artigo 11, caput e inciso I, da Lei 8.429/92 aquele que forja o
procedimento licitatrio por meio de carta-convite, para justificar o pagamento de despesas
realizadas sem concorrncia.
28.Ainda que no esteja devidamente comprovada a maternidade biolgica, a demonstrao da
maternidade afetiva, por meio de prova testemunhal unssona, guarnece a me de legitimidade
para intentar ao de responsabilidade civil ante o falecimento do filho.
29.Afigura-se inarredvel o dever do Estado de garantir o pleno acesso dos estudantes instituio
de ensino, mediante adoo de polticas sociais concretas e efetivas de implementao de
transporte escolar gratuito.
30.A indisponibilidade de acesso ao site no ltimo dia para inscrio em concurso pblico, feita
exclusivamente via internet, justifica medida liminar para assegurar a inscrio de candidato no
certame.
31.Na ausncia de inteno agente pblico fraudar licitatrio, evidenciando-se que se tratou de
simples inabilidade administrativa, no h razo para enquadr-lo nas condutas previstas na Lei de
Improbidade Administrativa.
32.A carncia de sinalizao adequada na implantao de lombada em via pblica configura
omisso especfica do poder pblico, e caracteriza o dever de ressarcir os danos morais e materiais.
33.A extino de inqurito policial ou a aprovao de contas pelo Tribunal de Contas do Estado no
prejudicam a condenao do indivduo, em ao civil pblica, ainda mais se comprovado o
percebimento irregular de verbas.
Cmara Especial Regional de Chapec
34.Deve ser reconhecida a paternidade quando falecido o pretenso genitor, e os herdeiros no se
dispem a colaborar com a investigao, inclusive quando o exame depende da coleta de material
de quem no figura como parte, mas mantm ntima relao com os sucessores (genitora).
Turmas de Recursos
35.Homologada a transao aps proposta do Ministrio Pblico, possvel que o Magistrado altere
a destinao da verba para entidade diversa da sugerida pelo Promotor de Justia.
36.Pratica o delito de violao de domiclio o ru que ingressa na residncia da vtima para utilizar a
piscina, sendo a conduta qualificada quando o ato cometido durante o perodo noturno.
37.Incabvel indenizao por danos morais quando demonstrado nos autos que o objeto encontrado
pelo consumidor produto no se tratava de corpo estranho (inseto), mas apenas fibra prpria fruta
utilizada na conserva.
rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI COMPLEMENTAR N. 421/2012 DO MUNICPIO DE
FLORIANPOLIS, QUE DISCIPLINA O CONTROLE E FISCALIZAO DO SERVIO DE TRANSPORTE
TURSTICO NA CAPITAL, IMPONDO LIMITES E CONDIES PARA A PRESTAO DO SERVIO, TAIS
COMO O CADASTRAMENTO DO OPERADOR, PROIBIO DE USO DE VECULO PARTICULAR OU
ESCOLAR PARA TRANSPORTAR TURISTAS, LIMITAES TCNICAS E IDADE MXIMA DA FROTA.
POSSIBILIDADE. COMPETNCIA DO MUNICPIO PARA LEGISLAR SOBRE ASSUNTOS DE INTERESSE
LOCAL. EXEGESE DO ART. 112, I, DA CARTA ESTADUAL. EXTRAPOLAO DE COMPETNCIA
LEGISLATIVA INOCORRENTE. MATRIA QUE NO SE CONFUNDE COM A ATINENTE S REGRAS DE
TRNSITO. SUSTENTADA A OCORRNCIA DE VCIO DE ILEGALIDADE EM FACE DE LEIS E DECRETOS
FEDERAIS E CONTRARIEDADE A RESOLUES EDITADAS PELO MINISTRIO DO TURISMO.
INVIABILIDADE DE AFERIO EM SEDE DE CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE.
PEDIDO JULGADO IMPROCEDENTE. 1. Inexiste, na Carta Catarinense, dispositivo que iniba a
regulamentao do servio de fretamento turstico por parte do Municpio, o que torna inafastvel o
legtimo poder/dever de o legislativo local dispor sobre o tema, assim como o faz quanto ao
transporte coletivo urbano, sob o regime de concesso ou permisso, nos termos do art. 30, V, da
Constituio da Repblica. 2. Compete ao ente Municipal disciplinar a implementao da adequada
infra-estrutura turstica, inclusive no que diz respeito regulamentao, organizao e
funcionamento do sistema de transporte para fins de excurses e passeios, questo de interesse
local, que no se confunde com o estabelecimento de regras de trnsito. Processo: 2012.0572278. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 18/09/2013.
Seo Criminal
2.EMBARGOS INFRINGENTES. EM APELAO CRIMINAL. CRIME DE ESTUPRO QUALIFICADO - VTIMA
MAIOR DE 14 E MENOR DE 18 ANOS - PRATICADO PELO AV, EM CONTINUIDADE DELITIVA (ART. 213,
1, C/C ART. 226, II, E ART. 71, TODOS DO CDIGO PENAL). INSURGNCIA DA DEFESA PELA
PREVALNCIA DO VOTO DIVERGENTE. PLEITO PELA ANLISE DO CASO CONCRETO SOB O PRISMA DA
PROPORCIONALIDADE E O CONSEQUENTE RECONHECIMENTO DA TENTATIVA. DECISO COLEGIADA
QUE, POR MAIORIA DE VOTOS, DECIDIU, ACERTADAMENTE, APLICAR A PENA NO CRIME EM
COMENTO SEM, TODAVIA, RECONHECER A CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIO PREVISTA NO ART. 14,
PARGRAFO NICO, CP. AV QUE, CRIMINOSAMENTE, CONSTRANGEU SUA PRPRIA NETA DE 15
ANOS A PRATICAR ATO LIBIDINOSO DIVERSO DA CONJUNO CARNAL, CONSISTENTE EM TOQUES E
CARCIAS DIVERSAS PARTES SEU CORPO, COMO SEIOS, NDEGAS, COXAS E ABDMEN.
INEXISTNCIA DE MOTIVOS PARA RECONHECER TENTATIVA, PORQUANTO DEMONSTRADA PERFEITA
SUBSUNO DA CONDUTA DO EMBARGANTE AO TIPO LEGAL PELO QUAL FOI CONDENADO.
MANUTENO DA PENA QUE SE IMPE.. Processo: 2013.054938-2. Relatora:Des. Marli Mosimann
Vargas. Julgamento: 30/10/13.
3.PENAL. EMBARGOS INFRINGENTES PARCIAIS (CPP, ART. 609, PARGRAFO NICO). DIVERGNCIA
QUANTO AO RECONHECIMENTO DA CULPA PELA COLISO. CRIME DE TRNSITO. HOMICDIO
CULPOSO NA DIREO DE VECULO AUTOMOTOR (ART. 302 DA LEI 9.503/97). COLISO DE
MOTOCICLETAS NA CONTRAMO DE DIREO. PRESUNO DE VERACIDADE DO BOLETIM DE
OCORRNCIA NO AFASTADA. DOCUMENTO ELABORADO POR AGENTE PBLICO. EXAME DOS
VESTGIOS DEIXADOS LOGO APS A OCORRNCIA DOS FATOS. CENA PRESERVADA. PERCIA
PARTICULAR REALIZADA DOZE DIAS APS A COLISO. ANLISE DESENVOLVIDA COM BASE NA
NARRATIVA DE PESSOAS PRESENTES DO LOCAL. DOCUMENTAO DAS CONDIES DO CENRIO
ENCONTRADO NO MOMENTO DA PERCIA NO REALIZADA. MANUTENO DA CONDENAO EM
RAZO DA EXISTNCIA DE ELEMENTOS SUFICIENTES PARA EVIDENCIAR A INVASO DA PISTA DE
DIREO CONTRRIA AO DO EMBARGANTE. ACRDO MANTIDO. - A apresentao, pela defesa, de
laudo pericial unilateral, realizado aps doze dias da ocorrncia dos fatos, desenvolvido com base
nas declaraes de pessoas que aportaram ao local do acidente aps a sua ocorrncia e sem a
delimitao do estado de preservao dos vestgios deixados, no possui fora probatria capaz de
derruir a presuno de veracidade de boletim de ocorrncia e croqui elaborados por policiais
rodovirios que examinaram a via com a cena do crime ainda preservada. - Observado pelos
agentes pblicos a presena de detritos, derramamento de leo e sangue, alm de ranhuras na
pista, decorrentes do arrasto das motocicletas envolvidas, possvel concluir que estes tinham
elementos suficientes para definir o ponto de impacto da coliso, apontando com segurana ao se
manifestarem nas fases indiciria e judicial. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e no provimento
do recurso. - Recurso conhecido e desprovido. Processo: 2013.010571-9 (Acrdo).Relator: Des.
Carlos Alberto Civinski. Julgamento: 30/10/2013. Classe: Embargos Infringentes.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
4.AO RESCISRIA. DESCONSTITUIO DA COISA JULGADA LASTREADA EM PEDIDO DE OITIVA DE
TESTEMUNHA NO INQUIRIDA NA AO ORIGINRIA E EM DECLARAO NO JUNTADA NA AO.
JUZO RESCISRIO UTILIZADO COMO SUCEDNEO DE REVISO DE DECISO TRANSITADA EM
JULGADO. CARNCIA DE AO. CPC, ART. 267, VI. EXTINO. 1 Inconcebvel o uso da via rescisria
para reconquistar-se o direito ouvida de testemunha indicada pela parte adversa e da qual houve
desistncia na ao originria e em suposta declarao no anexada inicial. 2 Configurada est a
carncia de ao, arrostando o processo extino, quando utilizada a rescisria como sucedneo
de reviso de deciso transitada em julgado, mormente quando ingressada ela totalmente fora das
possibilidades elencadas pelo art. 485 CPC. Processo: 2009.056356-1.Relator: Des. Trindade dos
Santos. Julgamento: 13/11/13.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
5.MANDADO DE SEGURANA - JUIZ DE PAZ - NOMEAO ANTERIOR CONSTITUIO DE 1988 MANUTENO EM EXERCCIO CONFORME O ADCT - CONTRIBUIES PREVIDENCIRIAS RECOLHIDAS
AO IPREV - PREVISO LEGAL - VNCULO MANTIDO POR DECISO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO DIREITO APOSENTADORIA PELO REGIME DE PREVIDNCIA ESTADUAL - ORDEM CONCEDIDA. De
acordo com as Constituies da Repblica de 1988 e do Estado de Santa Catarina de 1989 e
respectivos ADCT e a legislao estadual, os Juzes de Paz, que prestam suas contribuies ao IPESC
(atualmente IPREV) e satisfizeram os requisitos necessrios, tm direito aposentadoria pelo
regime especial de previdncia social estadual. Processo: 2013.053582-6. Relator:Des. Jaime
Ramos. Julgamento: 13/11/2013. Classe: Mandado de Segurana.
Cmaras de Direito Criminal
6.PENAL. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A LIBERDADE SEXUAL. ATENTADO VIOLENTO AO
PUDOR CONTRA MENOR DE CATORZE ANOS (ART. 214 C/C 224, "A", AMBOS DO CP). ATUAL CRIME
DE ESTUPRO DE VULNERVEL (ART. 217-A, CAPUT, DO CP). RECURSO DA DEFESA. MATERIALIDADE E
AUTORIA DEVIDAMENTE COMPROVADAS. PROVAS SUFICIENTES PARA DEMONSTRAR QUE O
ACUSADO CONSTRANGEU A VTIMA A DEIXAR QUE PRATICASSE COM ELA ATO LIBIDINOSO DIVERSO
DA CONJUNO CARNAL. CONDENAO QUE SE IMPE. PLEITO DE REANLISE DA DOSIMETRIA. NO
CONHECIMENTO. AUSNCIA DE DIALETICIDADE RECURSAL. SENTENA MANTIDA. FIXAO DE
HONORRIOS ADVOCATCIOS. CABIMENTO. DEFENSOR NOMEADO EM SEDE RECURSAL. - O conjunto
probatrio que demonstra com riqueza de detalhes que o acusado praticou atos libidinosos diversos
da conjuno carnal com a vtima, antes da vigncia da Lei 12.015/2009, apto a fundamentar a
condenao pela prtica do crime previsto no art. 214, caput c/c art. 224, "a", ambos CP. - Nos
crimes sexuais, que geralmente no deixam vestgios materiais, as declaraes da vtima de tenra
idade, ainda que colhidas somente por meio de psiclogo, so de extrema importncia para a
condenao do agente.- Pelo princpio da dialeticidade recursal, segundo o qual o efeito devolutivo
da apelao criminal encontra limites nas razes expostas pela defesa, no se conhece do pedido
de reforma da dosimetria quando o apelante no apresenta qualquer argumento nesse sentido. So cabveis honorrios advocatcios ao defensor dativo que tenha sido nomeado como procurador
judicial especial para atuar no mbito recursal. - Parecer da PGJ conhecimento e desprovimento do
recurso. - Recurso parcialmente conhecido e desprovido. Processo: 2013.010775-1. Relator: Des.
Carlos Alberto Civinski. Julgamento: 05/11/13.
7.AGRAVO POR INSTRUMENTO. MARIA DA PENHA. MEDIDA PROTETIVA DE URGNCIA. AFASTAMENTO
DO LAR (LEI 11.340/2006, ART. 22, II). COMPETNCIA. RECURSO QUE OBJETIVA A MANUTENO DA
SUPOSTA VTIMA E DOS FILHOS DO CASAL NA RESIDNCIA CONJUGAL. AGRAVO FUNDAMENTADO NO
ART. 888, VI, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL, BEM COMO NA CONVENINCIA E COMODIDADE DA
AGRAVANTE E DOS SEUS DESCENDENTES. PROVIDNCIA DE NATUREZA CVEL. IMPOSSIBILIDADE DE
AS CMARAS CRIMINAIS REGULAREM DIREITO PATRIMONIAL. REMESSA A UMA DAS CMARAS DE
DIREITO CIVIL. RECURSO NO CONHECIDO. REDISTRIBUIO. - As tutelas de urgncia definidas pela
Lei Maria da Penha possuem natureza cvel e criminal, cuja competncia, no primeiro grau de
jurisdio, regulada pelo art. 33 da legislao. No mbito recursal, a lei omissa quanto
competncia, o que torna essencial distinguir a natureza jurdica da medida para fins de distribuio
do processo. - A medida protetiva de urgncia consistente no afastamento do agressor do lar (Lei
11.340/2006, art. 22, II), que visa a manuteno da suposta vtima e dos seus descendentes no lar
conjugal, a fim de melhor atender convenincia e comodidade destes, possui natureza jurdica
cvel, razo porque no poder ser apreciada pelas Cmaras Criminais deste Tribunal de Justia. Recurso no conhecido e redistribudo a uma das Cmaras de Direito Civil desta
Corte. Processo: 2013.075359-6 Relator: Des. Carlos Alberto Civinski. Julgamento: 12/11/2013.
8.APELAO CRIMINAL. CRIME DE EXTORSO (ART. 158 CP). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO
DE AMBOS OS RUS, PUGNANDO PELA ABSOLVIO POR INSUFICINCIA DE PROVAS DA
MATERIALIDADE DO CRIME E DA AUTORIA. ACUSADOS QUE ABORDARAM UM NIBUS DE TURISMO
no inepta. Com efeito, o fato criminoso foi devidamente narrado com todas as circunstncias
relevantes para o deslinde da quaestio, possibilitando o exerccio da plena e ampla defesa. 1.2.2.
JUSTA CAUSA. AUSNCIA DA TRADIO DO ENTORPECENTE QUE TORNARIA ATPICA A CONDUTA DE
"ADQUIRIR". AO DOS POLICIAIS QUE IMPEDIU A POSSE DA DROGA. TESES QUE SE CONFUNDEM
COM O MRITO. ADEMAIS, TRADIO PRESCINDVEL PARA A CONFIGURAO DO TRFICO NA
MODALIDADE ADQUIRIR. AQUISIO QUE TEM SEU INCIO PELA CONTRATAO DA COMPRA.
PRECEDENTE DA SEO CRIMINAL DESTA CORTE. O fato de a conduta dos policiais ter impedido a
consumao da aquisio em nada altera a tipicidade da conduta, podendo, quando muito, implicar
no excepcional reconhecimento da tentativa. 2. MRITO. 2.1. TRFICO. ATIPICIDADE DA CONDUTA
PELA AUSNCIA DA TRADIO. ALEGADA ATIPICIDADE DA CONDUTA DE "ENCOMENDAR" O
ENTORPECENTE. RECONHECIMENTO INVIVEL. AQUISIO DO ENTORPECENTE QUE PRINCIPIA COM
O ACERTO ACERCA DO PREO E DA COISA. CONDUTA DE ADQUIRIR PERFEITAMENTE
CONSUBSTANCIADA. AUSNCIA DE PROVAS. ABSOLVIO. INVIABILIDADE. SLIDO CONJUNTO
PROBATRIO BASEADO EM DEPOIMENTOS POLICIAIS. UTILIZAO DA FUNDAMENTAO ATACADA
COMO SUBSTRATO DECISRIO. CONDENAO MANTIDA. A ausncia da tradio dos entorpecentes
adquiridos no afasta a tipicidade da conduta, restando a persecuo penal direcionada conduta
do acusado em "adquirir" o entorpecente, e no simplesmente encomend-lo. 2.2. DIVERSIDADE
ENTRE A IDENTIDADE DO DESTINATRIO DA CORRESPONDNCIA E A DO ACUSADO. IRRELEVNCIA.
SUBTERFGIO UTILIZADO PARA DIFICULTAR A AO POLICIAL. ADEMAIS, CONJUNTO PROBATRIO
QUE INDICA A ATITUDE DO ACUSADO NO SENTIDO DE RECEBER O PACOTE NO QUAL ESTAVA O
ENTORPECENTE. ADEMAIS, REGISTRE-SE A COINCIDNCIA ENTRE O ENDEREO CONSTANTE DA
ENCOMENDA COM AQUELE ONDE ELE RESIDE. O fato de ter o acusado utilizado nome fictcio no
afasta, isoladamente, a possibilidade do reconhecimento da autoria. Indicao clara de ter a
conduta sido adotada com o intuito de afastar consequncias penais da aquisio ilcita realizada,
com o propsito de, no caso de a encomenda ser interceptada, ser possvel a utilizao do
subterfgio para colocar em dvida a sua atuao. Incongruncia, no entanto, com a utilizao do
mesmo endereo e com o comportamento de vir buscar o que estava para ser entregue pelo
carteiro. Sendo assim, o embuste utilizado como forma de ocultar a identidade do autor da
encomenda, indicada claramente pelo forte conjunto probatrio, no sobrevive anlise mais
aprofundada das provas contidas no processo. 2.3. ALEGAO DE ESPERA POR APARELHOS
ELETRNICOS QUE SERIAM ENTREGUES PELOS CORREIOS, A JUSTIFICAR O EQUVOCO NO
RECEBIMENTO DA ENCOMENDA. AUSNCIA DE PROVAS SUFICIENTES A DEMONSTRAR A HIGIDEZ DA
EXPLICAO. DOCUMENTAO JUNTADA QUE PERMITE JUSTAMENTE A CONCLUSO CONTRRIA, OU
SEJA, DE QUE UM DELES NO SERIA ENTREGUE NO ENDEREO DO ACUSADO E O OUTRO NA DATA
DOS FATOS. No bastasse o fato de que o prazo para a entrega do notebook apenas se escoaria 18
(dezoito) dias aps os acontecimentos (tendo em vista que o referido equipamento foi comprado
apenas dois dias antes dos fatos) o endereo onde ele seria entregue no o do acusado, mas de
outra pessoa e situado na cidade de Gaspar, o que afasta toda e qualquer possibilidade de que o
acusado efetivamente estivesse a esperar a entrega do equipamento. Quanto ao Tablet, do mesmo
modo, a tese defensiva no prospera. Isso porque o acusado nem mesmo sabia o valor do produto
adquirido, destacando-se que sua aquisio se deu praticamente 10 (dez) meses antes dos fatos.
difcil supor que uma pessoa que tenha adquirido um produto pela internet, cujo prazo incial de
entrega (previsto entre 3 e 7 dias teis) no tenha sido respeitado, ao ser informada que o produto
seria entregue a partir de maro, sem indicao de data certa ou ao menos estimativa de entrega,
tenha esperado incessantemente por mais quatro meses, a ponto de abordar o carteiro que chegou
ao prdio. Acaso, por hiptese, houvesse uma prova inequvoca de que o Tablet chegaria no mesmo
dia ou perodo prximo ao do entorpecente, ainda assim no teria o condo de afastar a ligao
entre o acusado e a droga adquirida, em especial porque os policiais afirmaram com segurana que
o acusado assumiu a identidade de Bruno com a finalidade de receber a encomenda. Tal
circunstncia, somada s demais provas, permite concluir, com absoluta segurana, no apenas a
aquisio do entorpecente como tambm a sua destinao ao comrcio, em especial, quanto
ultima, diante da grande quantidade de entorpecente apreendida. 2.4. AUSNCIA DE ASSINATURA
DO ACUSADO CONFIRMANDO O RECEBIMENTO DA ENCOMENDA. DINMICA DOS ACONTECIMENTOS
QUE TORNOU IRRELEVANTE TAL CIRCUNSTNCIA. O fato de no ter assinado o recebimento da
mercadoria irrelevante, pois as circunstncias da priso justificam tal omisso, uma vez que to
logo o acusado assumiu a identidade do destinatrio Bruno, foi preso em flagrante, antes mesmo de
ter a encomenda em suas mos. Logo, irrelevante a assinatura ou no do recebimento da
mercadoria ilcita no caso dos autos. 2.5. RECONHECIMENTO DA TENTATIVA. DELITO PERMANENTE
QUE NO ADMITE, EM REGRA, A FIGURA TENTADA. EXCEPCIONALIDADE DO CASO CONCRETO.
ACUSADO QUE ADQUIRE O ENTORPECENTE EM OUTRO ESTADO DA FEDERAO PARA SER
ENTREGUE PELOS CORREIOS. INTERCEPTAO DA CARGA ILCITA PELA POLCIA FEDERAL.
ACOMPANHAMENTO DOS AGENTES DURANTE A ENTREGA DA MERCADORIA NO ENDEREO DO
ACUSADO. ENTORPECENTES QUE, POR POUCO, NO CHEGAM S MOS DO ACUSADO.
CONSUMAO OBSTADA PELA PRONTA AO DOS AGENTES ESTATAIS. DIMINUIO MNIMA, DIANTE
DO INTER CRIMINIS QUASE INTEGRALMENTE TRILHADO. TENTATIVA PERFEITA CARACTERIZADA.
RECURSO PROVIDO NO PONTO. A tentativa de trfico ilcito de entorpecentes rara em face das
dezoito condutas tpicas previstas no tipo do art. 33. Quem traz consigo a droga j consumou a
infrao, logo, muito difcil pensar em tentativa de venda, afinal, para vender preciso ter
consigo. Por outro lado, no impossvel. A tentativa de adquirir substncia entorpecente vivel,
por exemplo, at pelo fato de que quem pretende comprar no traz consigo a droga (NUCCI,
Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. 2. ed. rev., atual. e ampl. So
Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. p. 317). Foroso o reconhecimento da tentativa no caso dos
autos, uma vez que a aquisio efetivamente no se consumou pela pronta ao dos agentes
estatais que lograram interceptar a encomenda ilcita e efetuar a priso do acusado. De se dizer,
ainda, que a ao dos policiais, ao contrrio do que afirma a defesa, apenas impediu a consumao
do crime, mas no a sua caracterizao, posto que o ato de adquirir restou configurado com o
acerto das condies acerca do objeto e do preo, e com a prpria remessa do produto. Levando-se
em conta que a droga adquirida chegou a ser levada at o endereo do acusado, sendo-lhe quase
entregue em mos, torna imperioso concluir que o caminho do crime foi quase integralmente
trilhado, posto que bastava que o acusado pegasse a encomenda para si para que restasse
consumado o crime de trfico de drogas na modalidade adquirir. Tal motivo impe a reduo
mnima de 1/3 (um tero) diante da quase consumao do delito em tela, configurando a tentativa
perfeita. 2.6. CAUSA DE AUMENTO DE PENA. TRFICO ENTRE ESTADOS DA FEDERAO. ARTIGO 40,
V, DA LEI 11.343/2006. PRETENSO DE AFASTAMENTO DO AUMENTO AO ARGUMENTO DE QUE O
ENDEREO DO REMETENTE NO BASTA COMPROVAO DA PROVENINCIA DO TXICO.
PROVENINCIA COMPROVADA PELO CARIMBO DE POSTAGEM DOS CORREIOS. INTERESTADUALIDADE
COMPROVADA. AUMENTO MANTIDO. Muito embora a defesa tenha certa razo quando afirma que a
simples indicao de o endereo do remetente situar-se em outro Estado no baste ao aumento da
pena, o carimbo de expedio dando conta que a encomenda foi postada no Estado de So Paulo
suficiente para justificar o aumento operado, posto comprovar, sem margem dvidas, a
interestadualidade do delito. 2.7. APLICAO EM GRAU MXIMO DO REDUTOR PREVISTO NO ARTIGO
33, 4, DA LEI DE TXICOS. IMPOSSIBLIDADE. NATUREZA E QUANTIDADE DA DROGA QUE NO
PERMITEM A REDUO ALM DO MNIMO. PERCIA POR AMOSTRAGEM QUE LEGTIMA PARA
CONSTATAR A GRANDE QUANTIDADE DE ENTORPECENTE APREENDIDA. REDUO MNIMA MANTIDA.
Invivel a incidncia do redutor em sua mxima expresso em razo da natureza e da expressiva
quantidade de entorpecente apreendida (mais de mil e duzentos comprimidos de ecstasy), em
especial diante da admissibilidade da percia por amostragem, que legtima para constatar a
grande quantidade de entorpecente apreendida. 3. DOSIMETRIA. FIXAO DA PENA-BASE NO
MNIMO LEGAL. INVIABILIDADE. MAJORAO DIANTE DAS CIRCUNSTNCIAS REPUTADAS COMO
NEGATIVAS, EM DECORRNCIA DA NOCIVIDADE DO ENTORPECENTE E DA GRANDE QUANTIDADE
APREENDIDA. EXEGESE DO ART. 42, DA LEI N. 11.343/2006. PENA CORRETAMENTE DOSADA. 4.
REGIME INICIALMENTE FECHADO DE CUMPRIMENTO DA PENA. CRIME EQUIPARADO A HEDIONDO.
NOVA ORIENTAO DO STF. RECONHECIMENTO DA POSSIBILIDADE DE FIXAO DE REGIME DIVERSO
DO FECHADO. ALTERAO PARA O SEMIABERTO, ANTE A QUANTIDADE DE PENA, A PRIMARIEDADE E
A PRESENA DE CIRCUNSTNCIA JUDICIAL NEGATIVA APTA A INVIABILIZAR A FIXAO DE REGIME
MAIS BRANDO. PROVIMENTO DO RECURSO QUANTO AO TPICO. Seguindo a orientao adotada
pelo plenrio do STF HC n. 111.840/ES, em que foi declarada, incidenter tantum, por maioria de
votos (8 a 3), a inconstitucionalidade do 1, do art. 2 da Lei n. 8.072/90, em face de seu conflito
com o princpio constitucional da individualizao da pena, viabiliza-se a adoo de regime mais
brando para o resgate da pena privativa de liberdade aos condenados pelo delito de trfico de
drogas, desde que preenchidos os requisitos legais. Consideradas na fixao da pena base, de
forma negativa, a qualidade e quantidade da droga, vivel a fixao do regime semiaberto no caso
concreto. 5. RESTRITIVAS DE DIREITOS. POSSIBILIDADE JURDICA. DECISO DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL QUE DECLAROU, INCIDENTALMENTE, A INCONSTITUCIONALIDADE DA VEDAO. EFEITO
ERGA OMNES CONFERIDO PELA RESOLUO N. 5/2012 DO SENADO FEDERAL. SUSPENSO DA
EXECUO DO TRECHO PROIBITIVO DA NORMA CONTEMPLADA NO 4 DO ART. 33 LEI N.
11.343/06. ACUSADO QUE NO FAZ JUS AO BENEFCIO, ANTE A CONSIDERAO NEGATIVA DAS
CIRCUNSTNCIAS DO CRIME. INTELIGNCIA DO ART. 44, INCISO III, DO CDIGO PENAL. Em face da
suspenso, pelo Senado Federal, da execuo do trecho da norma que veda aos apenados por
trfico de drogas a substituio por penas restritivas de direitos, no mais subsiste bice legal para
a sua concesso, motivo pelo qual, preenchidos os requisitos legais, dever ser concedida a
benesse (Apelao Criminal (Ru Preso) n. 2012.057633-1, de Chapec, deste Relator). Contudo,
no preenchidos os requisitos, invivel a substituio almejada. 6. PEDIDO DE LIBERDADE
PROVISRIA. ACUSADO QUE RESPONDEU A TODO O PROCESSO PRESO. CONFIRMAO PARCIAL DA
SENTENA CONDENATRIA. SEGREGAO CAUTELAR DETERMINADA COM BASE EM PREMISSAS
FTICAS. INDEFERIMENTO. No h falar em liberdade provisria, posto ter havido a confirmao
parcial da sentena, no se vislumbrando motivos a justificar a precoce soltura. Alis, o acusado
respondeu a todo o processo preso e no coerente que agora, no momento em que sua
condenao parcialmente confirmada, outorgar-lhe a liberdade. Ademais, a deciso que converteu
a priso em flagrante em preventiva escorou-se em premissas concretas, como o caso da grande
quantidade de droga apreendida e de sua natureza sinttica. 7. DETRAO. INSTITUTO AFETO AO
JUZO DA EXECUO. NOVA DIRETRIZ ESTABELECIDA LEI 12.736/2012. REQUISITO OBJETIVO PARA
PROGRESSO NO CUMPRIDO PELO ACUSADO. Diante da nova diretriz estabelecida pela Lei
12.736/2012, observa-se que no foi preenchido o pressuposto objetivo para a progresso do
regime
prisional. Processo: 2013.028276-7. Relator: Des.
Jorge
Schaefer
Martins.
Julgamento:31/10/2013. .
11.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMNIO. RECEPTAO QUALIFICADA (ART. 180, 1,
CP). PLEITO DE ABSOLVIO. ALEGAO DE DESCONHECIMENTO DA ORIGEM ILCITA DOS BENS
ADQUIRIDOS DA CORR E POSTERIORMENTE REVENDIDOS EM SEU ESTABELECIMENTO COMERCIAL.
ALEGAO DE QUE ACREDITAVA SEREM LCITOS OS APARELHOS DE TELEFONE CELULAR
COMPRADOS, POIS CONTINHAM NOTA FISCAL. CORR QUE VENDIA CELULARES NOVOS DA EMPRESA
ONDE TRABALHAVA POR PREO BEM INFERIOR AO DE MERCADO AO RU E COM NOTA FISCAL EM
NOME DE CLIENTES DA LOJA ONDE TRABALHAVA. RU PROPRIETRIO DE ESTABELECIMENTO
COMERCIAL QUE COMPRA E VENDE CELULARES NOVOS E USADOS. ACUSADO QUE ALEGOU
ADQUIRIR OS CELULARES POR VALOR BEM INFERIOR AO QUE SO VENDIDOS NORMALMENTE.
EXERCCIO DA PROFISSO NO MESMO RAMO QUE EVIDENCIA QUE DEVIA SABER DA ORIGEM ILCITA
DOS APARELHOS COMPRADOS. ADEMAIS, RU QUE REVENDIA ESTES APARELHOS ADQUIRIDOS EM
SEU ESTABELECIMENTO TAMBM POR PREO INFERIOR E COM A NOTA FISCAL EM NOME DE
TERCEIRO. NO COMPROVAO DE QUE NO TINHA QUALQUER CINCIA DE QUE PUDESSEM SE
TRATAR DE OBJETOS ORIUNDOS DE CRIME. CONDENAO MANTIDA. PLEITO DE ABSOLVIO NO
ACOLHIDO. DESCLASSIFICAO PARA RECEPTAO CULPOSA OU SIMPLES. RU QUE
COMERCIANTE E PRATICOU O CRIME NESTA CONDIO. APLICAO DO "CAPUT" DO ART. 180 DO CP
QUE NO SE VERIFICA. REQUISITOS DO ART. 180, 3, DO CP NO PREENCHIDOS. IMPRUDNCIA
NO VERIFICADA. TIPO PENAL QUE ABARCA O DOLO DIRETO (SABE) E O DOLO EVENTUAL (DEVE
SABER). CIRCUNSTNCIAS DO CASO CONCRETO QUE SE AMOLDAM AO DESCRITO NA LEGISLAO
COMO RECEPTAO QUALIFICADA. DOSIMETRIA. ALTERAO PROMOVIDA DE OFCIO COM RELAO
AO AUMENTO NA SEGUNDA FASE DE APLICAO DA PENA. PRESENA DA AGRAVANTE DA
REINCIDNCIA. MAGISTRADO QUE ELEVOU A PENA EM UM ANO DE RECLUSO. PATAMAR
DEMASIADO. READEQUAO. CONTINUIDADE DELITIVA QUE PERMANECE EM 1/5, VISTO QUE
ADEQUADAMENTE FIXADA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2012.0291093. Relatora: Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer. Julgamento: 31/10/2013
Cmaras de Direito Civil
12.DIREITO CIVIL E CONSUMERISTA - OBRIGAES - COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA -
ilegalidade
das
clusulas
contratuais
nesse
sentido.
RECURSO
DESPROVIDO. Processo: 2010.021893-8. Relator: Des.
Gilberto
Gomes
de
Oliveira.
Julgamento: 07/11/2013.
14.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE NULIDADE DE ATO JURDICO. TRANSFERNCIA DE
IMVEL AO EX-CNJUGE. ALEGADA FALTA DE DISCERNIMENTO PARA OS ATOS DA VIDA CIVIL.
DEPRESSO. MNGUA PROBATRIA DA INCAPACIDADE. PRAZO PRESCRICIONAL. FLUNCIA.
SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. No demonstrada a incapacidade do agente poca
da contratao, o termo inicial para se pleitear a anulao do negcio jurdico ocorre na data da sua
formalizao. Processo: 2013.064555-0 (Acrdo). Relator: Des. Fernando Carioni. Origem
Julgamento: 29/10/2013. Classe: Apelao Cvel.
15.APELAO CVEL. AO DE COBRANA. SEGURO DE VECULO. NEGATIVA DE PAGAMENTO,
LASTREADA NO ARGUMENTO DE QUE O CONDUTOR DO VECULO SEGURADO ESTARIA DIRIGINDO
SOB O EFEITO DA INGESTO DE BEBIDA ALCOLICA. EXCLUSO DE COBERTURA EXPRESSAMENTE
ELENCADA NAS CONDIES GERAIS DA APLICE. JUNTADA DE AUTO DE CONSTATAO DE SINAIS
DE EMBRIAGUEZ LAVRADO PELA POLCIA MILITAR E SUBSCRITO PELO MDICO PLANTONISTA, LOGO
APS O ACIDENTE DE TRNSITO, CONFIRMANDO A ALCOOLEMIA. CAUSA DETERMINANTE PARA A
OCORRNCIA DO SINISTRO, QUE RESULTOU NA MORTE DE UM DOS PASSAGEIROS DO VECULO
SEGURADO. AGRAVAMENTO DO RISCO CARACTERIZADO. ARTS. 765 E 768, AMBOS DO CC.
OBRIGAO DE INDENIZAR AFASTADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Nos dias de hoje, onde as
campanhas publicitrias e educativas so absolutamente enfticas e conhecidas de todos, quem
voluntariamente assume a conduo de veculo automotor depois de ingerir qualquer quantidade
de lcool, deve estar preparado para as consequncias diretas ou indiretas desta conduta, o que, no
caso em contenda, inclui a possibilidade de vir a perder o direito cobertura do seguro
contratado. Processo: 2013.062992-7. Relator: Des.
Luiz
Fernando
Boller. Julgamento: 07/11/2013.
16.APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS.
REPORTAGEM TRANSMITIDA POR EMISSORA DE TELEVISO AFILIADA REDE RIC RECORD,
NOTICIANDO A CONDUO DE CIDADO PRISO, PELA POLCIA MILITAR, EM CUMPRIMENTO A
MANDADO EXPEDIDO POR INADIMPLEMENTO DE PENSO ALIMENTCIA. INOBSERVNCIA DA
EXISTNCIA DE ALVAR DE SOLTURA, EXPEDIDO EM RAZO DO PAGAMENTO DO DBITO. DEMANDA
AJUIZADA PELO ALIMENTANTE EM DESFAVOR DA ESTAO RETRANSMISSORA DE TV. ALEGADO
ABALO ANMICO SUPORTADO EM RAZO DA DISSEMINAO DE SUA IMAGEM E DE SEU NOME PELO
3.Age com omisso dolosa a me que, "garantidora" legal do dever de cuidado, zelo e proteo da
prole, flagra o companheiro abusando sexualmente da filha e a abandona sem tomar qualquer
providncia.
4.No bice decreto condenatrio inexistncia de exame dependncia toxicolgica, porque laudo
no se presta a constatar materialidade delitiva ou existncia de vestgios deixados pela infrao, e
sim a imputabilidade do agente.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
5.No seio de uma empresa com regime familiar, a titularidade de quotas e a administrao so
realidades que frequentemente se confundem, portanto, a previso, no contrato social, de que as
atividades de administrao sero realizadas apenas por um dos scios no suficiente para
afastar a responsabilidade dos demais.
Cmaras de Direito Criminal
6.A notcia de infrao ambiental instaurada pela Polcia Militar Ambiental, respaldada por Relatrio
de Fiscalizao da FATMA vlida a lastrear a persecuo penal.
7.As medidas cautelares diversas da priso so insuficientes para afastar o perigo real de o agente
reiterar na prtica de crimes cometidos na internet, visto que no afastam o livre acesso aos
equipamentos eletrnicos.
8. desnecessria a realizao de percia no sistema de interceptaes telefnicas, quando a
pretenso fundar-se na alegao genrica da possibilidade de existir adulterao, sem indicar onde
residiria o vcio.
9.A falta de frequncia dos filhos escola no pode ser imputada aos pais, incapazes, isto sim, de
impedir que o filho sofresse com as ofensas no ambiente escolar.
10.Em se tratando de jri, a mera veiculao do caso na mdia, circunstncia que, isolada, no se
presta a retirar o nimo imparcial do conselho de sentena, logo, no h que se falar em nulidade
do julgamento.
Cmaras de Direito Civil
11.Inexistindo prejuzo a terceiros, em homenagem ao princpio constitucional da dignidade humana
possvel retificar prenome causador de constrangimento ao seu portador.
12.O dissabor advindo do descumprimento contratual por concessionria que assumiu a
responsabilidade pela transferncia do veculo e no a efetuou em prazo razovel no possui fora
para lesionar direito personalssimo, no caracterizando, assim, dano moral passvel de
ressarcimento.
13. anulvel a clusula quota litis firmada em contrato de prestao de honorrios advocatcios
que prev a reteno, em favor do advogado, do percentual de 50% do montante das parcelas
atrasadas do benefcio previdencirio pertencentes ao cliente.
14.O veculo de comunicao que, objetivando melhor ilustrar a reportagem, indevidamente associa
indivduo prtica de ilcito penal, extrapola da liberdade de informao e desrespeita o princpio da
presuno de inocncia, configurando, in casu, dano moral in re ipsa.
15.A cincia inequvoca sobre a impossibilidade de paternidade biolgica, o ato voluntrio e
consciente de registro pblico espontneo e a ausncia de demonstrao de vcio de consentimento
ato irretratvel e irrevogvel.
16.Age ilicitamente empresa que impede a retirada de veculos do seu ptio, sem previso legal
para autotutela do direito de garantir crdito, passando exercer posse viciada pela precariedade,
obtida por abuso de confiana.
17.O proprietrio de veculo que permite sua conduo por outrem responde solidariamente pelos
prejuzos causados por este, sendo parte legtima para figurar no polo passivo da ao
indenizatria.
Cmaras de Direito Comercial
18.Tratando-se de dano moral decorrente da devoluo indevida de cheque, diante da existncia de
saldo em conta para regular pagamento do ttulo, a competncia para processar o julgar o reclamo
pertence s Cmaras de Direito Civil deste Tribunal.
19.Aquele que porta cheque formalmente perfeito no est obrigado a demonstrar a origem da
dvida, valendo o ttulo pelo que ele representa.
Cmaras de Direito Pblico
20. ilegal a excluso do concurso pblico de candidato convocado para o preenchimento de vaga
por meio de carta com aviso de recebimento que retorna ao remente com a anotao de
destinatrio "no procurado".
21.No h direito adquirido grade curricular, possuindo a instituio de ensino superior a
prerrogativa de alter-la mesmo durante o desenvolvimento do curso.
22.Compete Justia Federal processar e julgar ao de usucapio ajuizada por pessoa jurdica
brasileira controlada por capital estrangeiro e cujos scios residem no exterior, ante a necessidade
de interveno do INCRA no feito.
Cmara Especial Regional de Chapec
23.A averbao junto Cartrio de Registro de Imveis da existncia ao anulatria de ato jurdico
no compromete o direito de propriedade, uma vez que est preservada a possibilidade de usar,
gozar e at mesmo dispor do bem.
Turmas de Recursos
24.O ato de portar telefone celular em estabelecimento prisional no configura o delito previsto no
artigo 349-A do Cdigo Penal, pois no se amolda aos verbos descritos no tipo penal.
rgo Especial
1.EMBARGOS INFRINGENTES EM AO RESCISRIA. TRIBUTRIO. ICMS. DECISO RESCINDENDA
QUE DETERMINA A INCIDNCIA DO TRIBUTO APENAS SOBRE O VALOR DA ENERGIA ELTRICA
EFETIVAMENTE CONSUMIDA. DESCONSIDERAO DE ESPECIFICIDADES TCNICAS QUANTO
COMPOSIO DA TARIFA INCIDENTE NA ESPCIE. ERRO DE FATO CONSTATADO. HIPTESE DE
RESCISO DO ARTIGO 485, IX, DO CPC VERIFICADA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "O
acrdo que determinou a incidncia do ICMS apenas sobre a energia eltrica efetivamente
consumida incidiu em erro de fato ao desprezar os aspectos tcnicos da matria, deixando
descoberta a demanda de potncia contratada e utilizada, o que enseja a resciso do
julgado". Processo: 2010.006888-3
(Acrdo).Relator: Des.
Srgio
Izidoro
Heil. Julgamento: 20/11/2013.
2.ADIN. PROMOTOR DE JUSTIA. LEGITIMAO PARA INGRESSAR COM O PEDIDO. PREVISO NA
CARTA ESTADUAL. REPETINDO-SE AES COM IDNTICO TEOR, A EXTINO DE SER APLICADA
SEGUNDA DELAS, POSTO TER SIDO A SUA PROPOSITURA QUE FEZ NASCER A LITISPENDNCIA.
CDIGO DE PROCESSO CIVI, ART. 267, ITEM V. PROPOSTA DE REVOGAO DO DIPLOMA LEGAL
ATACADO. PROJETO REJEITADO PELO LEGISLATIVO LOCAL. MCULA DE INCONSTITUCIONALIDADE
NO APAGADA. GRATIFICAO DE REPRESENTAO DESTINADA AOS OCUPANTES DE CARGOS DE
SECRETRIO MUNICIPAL E SECRETRIO ADJUNTO CEDIDOS POR OUTROS RGOS PBLICOS E QUE
PERMANECEM COM OS VENCIMENTO DA ORIGEM. CARGOS COMISSIONADOS QUE SO
REMUNERADOS EXCLUSIVAMENTE POR SUBSDIOS. FORMA VENCIMENTAL QUE NO ADMITE A
ACOPLAGEM DE QUALQUER TIPO DE GRATIFICAO. ART. 111, INCISO VI, DA CARTA ESTADUAL.
OFENSA INQUESTIONVEL. PRINCPIO DA LEGALIDADE. USURPAO. INCONSTITUCIONALIDADE
RECONHECIDA E DECLARADA. 1 indiscutvel a legitimao do Promotor de Justia para ingressar
com ao direta de inconstitucionalidade, consoante expressamente dispe o art. 85, inc. VII da
Carta Poltica Estadual, quando atacada norma legal de interesse do Municpio em que atua ele. 2
Promovida pelo Ministrio Pblico ao direta de inconstitucionalidade que reproduz idntico pedido
de inconstitucionalidade precedentemente deflagrado, cujo mrito no obteve, ainda, deciso do
Tribunal, sendo as mesmas as partes inscritas no respectivo polo passivo e iguais o pedido e a
causa de pedir, configurada v-se a figura processual da litispendncia, impondo a extino, no da
primeira dessas aes, mas daquela por ltimo deduzida. 3 Nenhuma influncia lana sobre o
desate de ao direta de insconstitucionalidade a remessa Cmara Legislativa, pelo Chefe do
Executivo Municipal, de projeto de revogao das normas inquinadas das mculas que se quer
extirpar, quando esse projeto vem a ser rejeitado e arquivado pelos legisladores locais. 4 A
gratificao de representao, prevista nos arts. 3. e 4. LC 20/2005 de So Jos, de inescondvel
inconstitucionalidade, por legitimar remunerao, como forma de acrscimo, dos cargos de
Secretrio Municipal e Secretrio Adjunto, quando exercidos por servidores cedidos por outros
Poderes e que optaram pelos vencimentos que percebem em seus rgos de origem. 5 A
inconstitucionalidade torna-se evidente quando incidem os dispositivos legais invectivados em
interesse da mdia, todavia, a mera divulgao do fato, por si s, no se presta a tornar parcial a
deciso dos jurados, principalmente porque, no caso, a alegao desta mcula no veio
acompanhada de elementos outros que viabilizassem tal constatao. Portanto, no h se falar em
nulidade do julgamento. MRITO. PRETENDIDO O RECONHECIMENTO DA LEGTIMA DEFESA. PEDIDO
ABSOLUTRIO RECEBIDO COMO ANULATRIO. IMPOSSIBILIDADE DE O TRIBUNAL PROCEDER AO
JUZO RESCISRIO. INTELIGNCIA DO 3 DO ART. 593 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL.
ALEGAO DE DECISO MANIFESTAMENTE CONTRRIA PROVA DOS AUTOS. INOCORRNCIA.
VERSO ACOLHIDA PELOS JURADOS QUE ENCONTRA RESPALDO NO CONJUNTO PROBATRIO,
NOTADAMENTE PELO RELATO DAS TESTEMUNHAS PRESENCIAIS E INFORMAES DA OUTRA VTIMA
SOBREVIVENTE. SUCESSO DOS FATOS QUE NO EVIDENCIA A OCORRNCIA DA REFERIDA
EXCLUDENTE DE ILICITUDE. CONDENAO MANTIDA. "Em se tratando de jri, somente a deciso em
manifesto confronto com os elementos do processo, totalmente dissociada da reconstituio ftica
trazida aos autos, que pode ensejar a nulidade do julgamento. No caso, foi adotada a verso que
pareceu mais convincente aos jurados, a qual encontra amparo nas provas existentes no feito"
RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2013.010374-6. Relator: Des. Jorge Schaefer Martins.
Julgamento: 05/12/2013.
Cmaras de Direito Civil
11.DIREITO CONSTITUCIONAL, CIVIL E REGISTROS PBLICOS - LRP - RETIFICAO DE REGISTRO
CIVIL - INCLUSO DE PRENOME - PEDIDO IMPROCEDENTE NO JUZO A QUO - INCONFORMISMO PLEITO PROPOSTO QUANDO ATINGIDA A MAIORIDADE CIVIL - RECONHECIMENTO SOCIAL POR
AGNOME PBLICO E NOTRIO - PRENOME CAUSADOR DE CONSTRANGIMENTO - ACOLHIMENTO PREVALNCIA DO PRINCPIO CONSTITUCIONAL DA DIGNIDADE HUMANA - DIREITO POTESTATIVO
(ART. 56 DA LRP) - PRENOME DE DIFCIL PRONNCIA - CONSTRANGIMENTO IPSO FACTO - AUSNCIA
DE PREJUZO AOS APELIDOS DE FAMLIA E A TERCEIROS - PROCEDNCIA DO PLEITO RETIFICATRIO SENTENA REFORMADA - APELO PROVIDO. Inexistindo prejuzo a terceiros, em homenagem ao
princpio constitucional da dignidade humana defere-se o pedido retificatrio de prenome causador
de constrangimento ao seu portador. Processo: 2013.061926-3). Relator: Des. Monteiro Rocha.
12.AO DE RESCISO DE CONTRATO C/C DANOS MORAIS. COMPRA E VENDA DE VECULO.
VENDEDORA QUE NO EFETUOU A TRANSFERNCIA DO VECULO EM PRAZO RAZOVEL. AUTOR QUE
FICOU IMPOSSIBILITADO TRANSITAR COM AUTOMVEL. SENTENA DE IMPROCEDNCIA.
IRRESIGNAO. ALEGADO DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL. CONCESSIONRIA QUE ASSUMIU A
RESPONSABILIDADE PELA TRANSFERNCIA DO VECULO. DEVER DE INDENIZAO. RESCISO DO
CONTRATO. DEVOLUO DOS VALORES PAGOS. DANOS MORAIS NO CONFIGURADOS. MERO
DISSABOR. SENTENA REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. NUS
SUCUMBENCIAIS DISTRIBUDOS. "A responsabilidade pela transferncia do veculo da
concessionria de veculos contratada para tal fim e, pois, legitimada a responder, judicialmente,
pelo cumprimento da obrigao". "(...) O mero aborrecimento ou dissabor advindo do
descumprimento contratual no possui fora para lesionar direito personalssimo, no
caracterizando, assim, dano moral passvel de ressarcimento.Processo: 2013.0631551). Relator: Des. Saul Steil. Julgamento: 03/12/2013.
13.APELAO CVEL. AO DE REVISO DE CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS DE ADVOCACIA
JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. RECURSO INTERPOSTO PELOS RUS. AFIRMAO DE QUE O
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE RESULTOU EM CERCEAMENTO DE DEFESA. SUBSTRATO
PROBATRIO J ENCARTADO NOS AUTOS, QUE SE MOSTRA EFICIENTE PARA O DESFECHO DA
CONTROVRSIA. PRINCPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. ART. 130 CPC. PREJUDICIAL
AFASTADA. PRETENDIDO RECONHECIMENTO DA PRESCRIO. INOCORRNCIA. INTELIGNCIA ART.
2.028 C/C. ART. 205, CC/02. ALEGADA LEGALIDADE DOS HONORRIOS PACTUADOS. CLUSULA
CONTRATUAL QUE PREV A RETENO DA TOTALIDADE DO PROVEITO ECONMICO OBTIDO PELO
CONTRATANTE, A TTULO DE ATRASADOS, EM DEMANDA PREVIDENCIRIA. ABUSIVIDADE DA
CONTRAPRESTAO CONVENCIONADA. DESEQUILBRIO ENTRE OS CONTRATANTES. INOBSERVNCIA
DO PRINCPIO DA FUNO SOCIAL DO CONTRATO E DA BOA-F. REDUO DA VERBA. " anulvel a
clusula quota litis firmada em contrato de prestao de honorrios advocatcios que prev a
reteno, em favor do advogado, do percentual de 50% montante das parcelas atrasadas benefcio
previdencirio pertencentes ao cliente, porquanto, alm de injusta e abusiva, submete o
constituinte a desvantagem desproporcional em relao ao causdico, o que afronta os princpios da
funo social do contrato e da boa-f que devem nortear essa espcie de negcio jurdico".
RECURSO ADESIVO. PRETENDIDA CONDENAO DOS RUS AO PAGAMENTO DE DANO MORAL.
ALEGADOS TRANSTORNOS EXPERIMENTADOS EM RAZO DA RETENO ABUSIVA DA TOTALIDADE
DO PROVEITO ECONMICO OBTIDO NAS DEMANDAS PREVIDENCIRIAS. SITUAO QUE NO
ULTRAPASSA A ESFERA DO MERO ABORRECIMENTO. AUSNCIA DE EFICIENTE SUBSTRATO
PROBATRIO ACERCA DO ALEGADO ABALO. NUS DO QUAL NO SE DESINCUMBIU O APELANTE.
ART. 333, INC. I, CPC. RECURSOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS. Processo: 2012.0070619. Relator: Des. Luiz Fernando Boller. Julgamento:05/12/2013.
14.APELAES CVEIS. RESPONSABILIDADE CIVIL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS.
REPORTAGEM TRANSMITIDA POR EMISSORA DE TV AFILIADA REDE RIC RECORD, NOTICIANDO A
PRTICA DE SAQUES DE MERCADORIAS, EM PERODO DE GRAVES ENCHENTES NA REGIO.
UTILIZAO, NA MATRIA JORNALSTICA, DE IMAGEM DE CIDADO, MUNIDO DE DUAS SACOLAS
PLSTICAS DE SUA PROPRIEDADE. ALEGADO ABALO ANMICO, EM RAZO DA ASSOCIAO AOS
ATOS ILCITOS PRATICADOS. SENTENA DE PROCEDNCIA. IRRESIGNAO DA EMISSORA DE
TELEVISO, QUE RESSALTOU A AUSNCIA DE INTUITO DIFAMATRIO NA REPORTAGEM, INVOCANDO
O EXERCCIO REGULAR DO DIREITO DE INFORMAO, PREVISTO NO ART. 220 DA CONSTITUIO
FEDERAL. VECULO DE COMUNICAO QUE, OBJETIVANDO MELHOR ILUSTRAR A REPORTAGEM,
INDEVIDAMENTE ASSOCIOU INDIVDUO PRTICA DE ILCITO PENAL. PROVA TESTEMUNHAL
ESCORREITA NO SENTIDO DE QUE A CAPTAO DA IMAGEM DO CIDADO OCORREU EM VIA PBLICA
DISTANTE DO LOCAL DOS SAQUES. EXTRAPOLAO DA LIBERDADE DE INFORMAO E
DESRESPEITO AO PRINCPIO DA PRESUNO DE INOCNCIA. SATISFAO DOS REQUISITOS DO
DEVER DE INDENIZAR. DANO MORAL IN RE IPSA. PREJUZO PRESUMIDO. PEDIDO DE MAJORAO DA
VERBA INDENIZATRIA. MONTANTE ORIGINALMENTE INSTITUDO EM R$ 10.000,00 (DEZ MIL REAIS),
QUE SE MOSTRA CONSENTNEO REPARAO DA LESO MORAL. PRETENDIDA ELEVAO DOS
HONORRIOS ADVOCATCIOS SUCUMBENCIAIS, FIXADOS NO EQUIVALENTE A 15% SOBRE O VALOR
DA CONDENAO. INVIABILIDADE. IMPORTNCIA QUE SE REVELA ADEQUADA REMUNERAO DOS
SERVIOS
PRESTADOS
PELO
PROFISSIONAL.
INSURGNCIAS
CONHECIDAS
E
DESPROVIDAS. Processo: 2013.006046-0
(Acrdo). Relator: Des.
Luiz
Fernando
Boller.
Julgamento:05/12/2013. Classe:Apelao Cvel.
15.APELAO CVEL. AO NEGATRIA DE PATERNIDADE C/C RETIFICAO DE REGISTRO DE
NASCIMENTO. SENTENA DE IMPROCEDNCIA. INSURGNCIA DO GENITOR REGISTRAL.
RECONHECIMENTO DE FILIAO ALHEIA COMO SE FOSSE PRPRIA. CINCIA INEQUVOCA SOBRE A
IMPOSSIBILIDADE DE PATERNIDADE BIOLGICA. ATO VOLUNTRIO E CONSCIENTE. REGISTRO
PBLICO ESPONTNEO. AUSNCIA DE DEMONSTRAO DE VCIO DE CONSENTIMENTO. ATO
IRRETRATVEL E IRREVOGVEL. ASSEVERADA INEXISTNCIA DE VNCULO SOCIOAFETIVO COM O
MENOR. ARGUMENTO REFUTADO. ESTUDO SOCIAL QUE CORROBOROU O CONTRRIO. DESAVENA
COM A GENITORA DO MENOR E DIFICULDADE FINANCEIRA EM ADIMPLIR OS ALIMENTOS QUE
MOTIVARAM O AJUIZAMENTO DA DEMANDA. VNCULO QUE SE MANTM. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2013.071774-1.Relator: Des.
Jairo
Fernandes
Gonalves. Julgamento: 28/11/13.
16.REINTEGRAO DE POSSE DE BENS MVEIS. CONSTRIO INDEVIDA. RETENO DE CARRETAS
PARA TRANSPORTES. EXERCCIO ARBITRRIO DAS PRPRIAS RAZES PARA GARANTIA DE SUPOSTOS
DBITOS POSSE INJUSTA DA DEMANDADA EVIDENCIADA. PROCEDNCIA DA AO QUE SE IMPE.
LITIGNCIA DE M-F. CONDENAO DECORRENTE DA INTERPOSIO, EM PRIMEIRA INSTNCIA, DE
EMBARGOS DECLARATRIOS. INOCORRNCIA DAS HIPTESES PREVISTAS NO ARTIGO 17 CPC.
RECURSO CONHECIDO E PARCIAMENTE PROVIDO PARA AFASTAR CONDENAO PENAS LITIGNCIA
DE
M-F. Processo: 2012.022936-0.Relator: Des.
Ronei
Danielli
Julgamento: 28/11/2013. Classe: Apelao Cvel.
Justia
Federal
ante
a
necessidade
de
participao
do
INCRA
no
feito. Processo: 2012.066518-8. Relator:Des. Jaime Ramos. Julgamento: 28/11/2013.
Cmara Especial Regional de Chapec
23.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO ANULATRIA DE ATO JURDICO. ALEGADA DOAO INOFICIOSA
DE ASCENDENTE PARA DESCENDENTE. PRETENSO RECONHECIMENTO DA PRESCRIO. MATRIA
NO ANALISADA NA DECISO AGRAVADA. IMPOSSIBILIDADE DE EXAME EM GRAU DE RECURSO SOB
PENA DE INCORRER EM SUPRESSO DE INSTNCIA. PEDIDO DE ANTECIPAO DE TUTELA DEFERIDO.
DETERMINAO PARA CONSTAR NA MATRCULA DO IMVEL A EXISTNCIA DE LITGIO SOBRE O
IMVEL OBJETO DA DOAO. POSSIBILIDADE. PRESENA DOS REQUISITOS INDISPENSVEIS, NO
OBSTANTE INCLUSIVE, O PODER DE CAUTELA DO JUIZ. EXEGESE DO ART. 5, INCISO XXXV, DA
CONSTITUIO FEDERAL E ARTS. 273 E 798 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. NECESSIDADE DE
RESGUARDAR DIREITOS DA PARTE E EVENTUAIS DIREITOS DE TERCEIROS DE BOA-F. DECISO
MANTIDA. [...] A averbao junto ao CRI da existncia da presente ao no compromete o direito
de propriedade, uma vez que est preservada a possibilidade de usar, gozar e at mesmo dispor do
bem. [...] patente a existncia do "fumus boni iuris" e do "periculum in mora" quando ocorre a
possibilidade de um terceiro ser enganado com a aquisio de um imvel pendente de uma ao
em que se discute a validade do acordo realizada entre as partes..Processo: 2013.0399392. Relator: Des. Artur Jenichen Filho.
resguardando-se, contudo, ante os indcios da sua caracterizao, os bens imveis, tornando-os indisponveis.
12.A ausncia de pactuao de arras em contrato de compra e venda de imvel, aliada existncia de clusula
que expressamente afasta o direito de arrependimento dos contratantes, impossibilita a devoluo em dobro,
quando do desfazimento do negcio, da parcela dada como entrada.
13.O fiador o responsvel pelo pagamento dos aluguis e demais encargos decorrentes de contrato de locao
prorrogado por prazo indeterminado em caso de previso contratual expressa nesse sentido, subsistindo a
garantia at a entrega efetiva das chaves ao locador ou a quem caiba administrar do bem objeto da avena.
Cmaras de Direito Comercial
14.Em ao revisional de contrato de financiamento para aquisio de veculo, baseada em relao de consumo,
a competncia absoluta do foro do domiclio do consumidor.
15.A certificao nos autos da entrega de carta notificatria, no endereo do devedor, recebida por sua genitora,
medida vlida para a constituio em mora, com vistas ao deferimento de busca e apreenso.
Cmaras de Direito Pblico
16. concesso do auxlio-acidente exige-se o preenchimento de todos os requisitos previstos art. 86 da Lei
8213/1991.
17.Descabe, por meio de mandado de segurana, a atribuio de efeito suspensivo de recurso interposto
perante o Conselho da Magistratura, por oficial interino de cartrio de imveis, afastado em virtude da
constatao de irregularidades, quando tratar-se de designao em carter transitrio e precrio e demonstrado
a perda da confiana em ato devidamente motivado.
18.Admite-se a licitao na modalidade prego presencial na contratao de servios de coordenao,
superviso, controle e de subsdio fiscalizao de obras rodovirias estaduais, quando amparada em legislao
estadual.
rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL. REGULAMENTAO DE ATIVIDADES SONORAS EM
VIAS PBLICAS. MATRIA DE LEI ORDINRIA DISCIPLINADA POR LEI COMPLEMENTAR. POSSIBILIDADE DE
REVOGAO POR LEI ORDINRIA. PRECEDENTE DA SUPREMA CORTE. INVIABILIDADE DE INVOCAO DE
AFRONTA INDIRETA CONSTITUIO ESTADUAL OU DE MCULA A NORMA INFRACONSTITUCIONAL NA VIA DA
AO DIRETA. INAPLICABILIDADE DO INC. III DO ART. 141 DA CONSTITUIO DO ESTADO HIPTESE DOS
AUTOS. IMPROCEDNCIA. I. A inconstitucionalidade "[...] d-se apenas entre a lei e a Constituio, numa relao
direta, sem que ocorra qualquer intermediao de outros atos jurdicos entre ambas, e que coloque normaobjeto outro padro (intermedirio) de validade." II. "A jurisprudncia desta Corte, sob o imprio da EC 1/69 - e a
Constituio atual no alterou o sistema - firmou-se no sentido de que s se exige lei complementar para as
matrias para cuja disciplina a Constituio expressamente faz tal exigncia, e, se porventura a matria,
disciplinada por lei cujo processo legislativo observado tenha sido o da lei complementar, no seja daquelas para
que a Carta Magna exige essa modalidade legislativa, os dispositivos que tratam dela se tm como dispositivos
de lei ordinria". III. O escopo da participao popular direta em determinadas matrias de cunho edilcio,
centra-se na ideia de definir lindes para o planejamento estratgico das cidades, diretamente imbricados com
questes sobrelevantes, de difcil reversibilidade, como a ocupao do solo e o zoneamento urbano, por
exemplo. No o caso, porm, da matria sob exame, para a qual no se exige a participao comunitria
prevista no inc. III do art. 141 Constituio Estado. Processo: 2013.005814-2. Relator: Des. Joo Henrique
Blasi.
Seo Criminal
2.AO PENAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. CONDENAO. REVISO CRIMINAL DOSIMETRIA DA PENA.
DIMINUIO. CABIMENTO DA VIA ELEITA CONDICIONADO EXISTNCIA DE ERRO TCNICO OU INJUSTIA DA
DECISO. CONTINUIDADE DELITIVA. DOIS CRIMES. AUMENTO DE METADE DA PENA. IMPOSSIBILIDADE. PEDIDO
DEFERIDO. No h se confundir a continuidade delitiva simples prevista no caput do artigo 71 do Cdigo Penal,
com a continuidade especfica prevista no pargrafo nico. Porm, para que se possa aplicar patamar superior a
1/6, impe-se ao Juiz de Direito a meno ao critrio objetivo (nmero de infraes praticadas) e subjetivo
correspondente s circunstncias judiciais desfavorveis. Caso contrrio, o cometimento de apenas dois crimes e
a ausncia de circunstncias judiciais desfavorveis torna injusta a aplicao em patamar acima do mnimo
legal. Processo: 2013.023784-1. Relator: Des. Jorge Schaefer Martins. Julgamento: 11/12/2013.
5.RECURSO CRIMINAL. QUEIXA-CRIME. CALNIA, DIFAMAO E INJRIA (ARTS. 138, 139 E 140 DO CDIGO
PENAL). REJEIO EM FACE DA AUSNCIA DE INDCIOS DA PRTICA DELITIVA. INSURGNCIA DOS QUERELANTES.
PRELIMINAR. NULIDADE DA DECISO POR AUSNCIA DE FUNDAMENTAO IDNEA. MAGISTRADO SINGULAR QUE
ADOTA COMO RAZES DE DECIDIR O PARECER EXARADO PELO REPRESENTANTE MINISTERIAL. POSSIBILIDADE.
INEXISTNCIA DE LESO ORDEM CONTIDA NO ART. 93, IX, CFB. EIVA RECHAADA. " sabido que, nos termos
do artigo 93, inciso IX, da Constituio Federal, todas as decises judiciais devem ser fundamentadas, sob pena
de nulidade. Por outro lado, nada impede que o rgo julgador, em sua atividade jurisdicional, faa remisso ao
teor de outra pea constante do caderno processual, ou mesmo adote consideraes de outrem como razes de
decidir, desde que, dessa forma, fiquem devidamente evidenciados os fundamentos de ordem ftico-jurdica
que, na hiptese, servem de substrato s concluses alcanadas, e que no haja omisso em relao a aspectos
que deve o decisum necessariamente abordar".MRITO. PRETENSO RECEBIMENTO DA QUEIXA-CRIME.
IMPOSSIBLIDADE. PEA INAUGURAL QUE DEIXOU DE APRESENTAR QUALQUER EVIDNCIA DOS CRIMES QUE
IMPUTA AO QUERELADO. CONDIES DE PROCEDIBILIDADE NO PREENCHIDAS. FALTA DE JUSTA CAUSA PARA A
AO PENAL. DECISO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "Para o exerccio regular da ao penal
pblica ou privada, indispensvel, entre os pressupostos do art. 43 do CPP, a justa causa, expressa em suporte
mnimo de prova da imputao. A credibilidade da ao decorre de prova evidente do fato. O simples relato da
suposta ofensa na queixa crime, isoladamente, no justifica o seu recebimento". Processo: 2013.0088365. Relator: Des. Marli Mosimann Vargas. Julgamento: 17/12/2013.
6.AGRAVO EM EXECUO PENAL. PEDIDO DE TRABALHO EXTERNO INDEFERIDO NA ORIGEM. REQUISITOS LEGAIS
PREENCHIDOS. VAGA DE EMPREGO EM COMARCA CONTGUA QUE NO PODE OBSTAR O DEFERIMENTO DA
SPLICA. PROXIMIDADE DO PRESDIO COM O LOCAL DE TRABALHO. REGIME SEMIABERTO QUE NO INSPIRA
FISCALIZAO OSTENSIVA DA ATIVIDADE LABORAL. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. BENEFCIO
CONDICIONADO APRESENTAO DE PROPOSTA ATUALIZADA DE EMPREGO. Processo: 2013.0817168. Relator: Des. Cinthia Beatriz da Silva Schaefer.
7.APELAES CRIMINAIS. CRIME CONTRA A ADMINISTRAO MILITAR. FALSIDADE IDEOLGICA (ART. 312 DO
CDIGO CASTRENSE). DESCLASSIFICAO NA SENTENA PARA O DELITO DE PREVARICAO (ART. 319 DO
MESMO DIPLOMA LEGAL). IRRESIGNAO DO RGO DO MINISTRIO PBLICO. PUGNADA A CONDENAO DO
RU PELO ILCITO DE FALSIDADE IDEOLGICA. POSSIBILIDADE. CONJUNTO PROBATRIO QUE EVIDENCIA A
PRTICA DA CONDUTA DESCRITA NO ART. 312 DO DECRETO-LEI N. 1001/69. AGENTE QUE DETERMINA A
INSERO DE DADOS FALSOS EM REGISTRO DE OCORRNCIA, COM O FITO DE ALTERAR A VERDADE SOBRE FATO
JURIDICAMENTE RELEVANTE, ATENTANDO CONTRA A ADMINISTRAO MILITAR. RECURSO PROVIDO.
INSURGNCIA DEFENSIVA. PRETENSA ABSOLVIO DO CRIME DE PREVARICAO POR AUSNCIA DE DOLO.
APELO PREJUDICADO, DIANTE DO PROVIMENTO DO RECLAMO MINISTERIAL. Processo: 2013.0523515. Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima Filho. Julgamento: 17/12/2013.
8.APELAO CRIMINAL. CRIMES PERPETRADOS PELO AGENTE ENQUANTO DETENTOR DO CARGO DE PREFEITO
MUNICIPAL. RECURSO DA DEFESA. PRELIMINARES. ARGUIDA A NULIDADE DO FEITO POR OFENSA AO RITO
ESTABELECIDO NO DECRETO-LEI 201/67. IMPUTAO DE DIVERSOS DELITOS SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS
DISTINTOS. CORRETA ADOO DO RITO ORDINRIO, QUE POSSIBILITA DEFESA AMPLA E IRRESTRITA.
PRECEDENTES. EIVA INEXISTENTE. ARGUIDA A AUSNCIA DE JUSTA CAUSA PARA A DEFLAGRAO DA AO
PENAL. FATOS APURADOS EM REPRESENTAO PERANTE O TRIBUNAL DE CONTAS E A JUSTIA ELEITORAL.
INDEPENDNCIA ENTRE AS INSTNCIAS. PREFACIAL REPELIDA. SUSCITADA A ILEGITIMIDADE PASSIVA QUANTO AO
CRIME DO ART. 50, I, PARGRAFO NICO, I, DA LEI 6.766/79. ALEGAO DE QUE O GESTOR PBLICO NO PODE
SER SUJEITO ATIVO DO ILCITO. CRIME COMUM DIRIGIDO A QUALQUER PESSOA QUE EXECUTE A AO NUCLEAR
DO TIPO. PREFACIAL AFASTADA. PARCELAMENTO ILEGAL DE SOLO URBANO (ART. 50, I, PARGRAFO NICO, I, DA
LEI 6.766/79). SUSTENTADA A OCORRNCIA DE MERAS IRREGULARIDADES DE CUNHO URBANSTICO NA
FORMAO DO LOTEAMENTO. RU QUE PROMOVEU O PARCELAMENTO DO SOLO SEM QUALQUER LICENA DOS
RGOS AMBIENTAIS E ADMINISTRATIVOS. INEXISTNCIA DE INFRAESTRUTURA NO EMPREENDIMENTO.
AUSNCIA DE INSCRIO DO LOTEAMENTO NO REGISTRO IMOBILIRIO. QUESTES QUE ULTRAPASSAM A ESFERA
DE IRREGULARIDADES. FRACIONAMENTO DO SOLO REVELIA DAS OBRIGAES LEGAIS. CONDENAO
MANTIDA. ALIENAO DE BEM PBLICO SEM AUTORIZAO LEGISLATIVA (ART. 1, X, DL 201/67), SEM AVALIAO
E LICITAO (ART. 89 DA LEI 8.666/93). SUSTENTADO O FRACIONAMENTO DA CONDUTA. NO OCORRNCIA.
AVALIAO DA UTILIDADE PBLICA PELOS REPRESENTANTES DO POVO QUE NO SE CONFUNDE COM A
Santa
Rita.
consumo. Competncia absoluta. Domiclio do consumidor. Precedente do Superior Tribunal de Justia. Deciso
que, com base no endereo do autor constante no ajuste firmado entre as partes, declina da competncia.
Afirmao inserta nas razes recursais de mudana de residncia aps a aquisio do bem que desautoriza a
suposio realizada pela magistrada a quo. Deciso reformada, para manter o feito na comarca do atual
domiclio do postulante, informado na exordial. Recurso provido. Processo: 2012.061864-6.Relator: Des.
Ronaldo Moritz Martins da Silva.
15.AGRAVO DE INSTRUMENTO. IRRESIGNAO DA PARTE R CONTRA DECISO QUE DEFERIU LIMINAR DE BUSCA
E APREENSO. ALEGADA INVALIDADE DA NOTIFICAO EXTRAJUDICIAL REALIZADA. TESE RECHAADA. CARTA
NOTIFICATRIA ENTREGUE POR OFICIAL DE CARTRIO NO ENDEREO DA DEVEDORA E RECEBIDA POR SUA
GENITORA. CONSTITUIO EM MORA COMPROVADA. DECISO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2012.071709-2 (Acrdo). Relator: Des. Tulio Pinheiro. Julgamento:19/12/2013.
rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL N. 009/2012 DO MUNICPIO DE SO MIGUEL
DO OESTE. ALEGAO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 4., PARGRAFO NICO; ART. 45, 5.; ART.
71, XIII; ART. 108, 4. E 5.; ART. 185, 1. E 2.; E ART. 195. 1. PRELIMINAR DE INPCIA DA INICIAL
Julgamento: 04/02/2014. Juiz Prolator: Ruy Fernando Falk. Classe: Apelao Criminal.
5.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A INCOLUMIDADE PBLICA. POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO
DE USO PERMITIDO (ART. 12 DA LEI N. 10.826/2003). CONDENAO. POSSE DE ARMA DE FOGO COM
NUMERAO SUPRIMIDA (ART. 16, PARGRAFO NICO, IV, DA LEI 10.826/03). ABSOLVIO. RECURSO DO
MINISTRIO PBLICO. PLEITO CONDENATRIO. IMPOSSIBILIDADE. LAUDO PERICIAL QUE NO APONTA
ADULTERAO DE SINAIS IDENTIFICADORES. ATIPICIDADE. CARABINAS DE AR COMPRIMIDO ("ARMAS DE
PRESSO") ADAPTADAS PARA CALIBRE DE USO PERMITIDO (CAL. .22) . AUSNCIA DE TIPO PENAL
ESPECFICO. CONDUTA AMOLDADA AO DISPOSTO NO ART. 12 DA LEI DE REGNCIA, J RECONHECIDO.
SENTENA
MANTIDA.
DOSIMETRIA.
REPRIMENDA
CORRETAMENTE
APLICADA.
RECURSO
DESPROVIDO. Processo:2013.062016-3
(Acrdo). Relator: Des.
Ricardo
Roesler
Julgamento: 04/02/2014.
ao pronunciar o ru por crime doloso contra a vida, submeter seu julgamento ao Tribunal do Jri, sem
proceder a qualquer anlise de mrito ou de admissibilidade quanto a eles, tal como procederam as
instncias
ordinrias. Processo: 2013.008870-5
.Relator: Des.
Jorge
Schaefer
Martins.
Julgamento: 06/02/2014.
7.PENAL. PROCESSUAL PENAL. APELAO CRIMINAL (RU PRESO). CRIMES CONTRA O PATRIMNIO E A
SADE PBLICA. FURTO E TRFICO DE DROGAS (ART. 155, CAPUT, DO CDIGO PENAL E ART. 33, CAPUT,
DA LEI 11.343/2006). SENTENA CONDENATRIA. PRELIMINAR. INTEMPESTIVIDADE ALEGADA PELA
DEFESA DE MARCOS. NOME DO APELADO NO INDICADO NA PEA QUE MANIFESTA O INTERESSE EM
RECORRER. DESNECESSIDADE. NOME INSERIDO NAS RAZES RECURSAIS. RECURSO DA ACUSAO.
MRITO. DESCLASSIFICAO DO CRIME DE ROUBO PARA FURTO. PRETENDIDO O RECONHECIMENTO DO
USO DE ARMA. NO EVIDENCIADO EMPREGO DE ARTEFATO BLICO OU DE VIOLNCIA. PRETENDIDA
CONDENAO DOS DEMAIS AGENTES PRESOS NO MOMENTO DA ABORDAGEM POLICIAL PELA PRTICA DO
CRIME PATRIMONIAL. IMPOSSIBILIDADE. PROVA INSUFICIENTE A DEMONSTRAR O CONCURSO E A UNIDADE
DE DESGNIOS. TRFICO DE DROGAS. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. CONDENAO DO
APELADO MATHEUS. CRACK LOCALIZADO NO SEU QUARTO. VOLUME SIGNIFICATIVO DE MATERIAL
ENTORPECENTE ACONDICIONADO PARA VENDA. APREENSO DE BALANA DE PRECISO. DOSIMETRIA.
CIRCUNSTNCIA DO CRIME DESFAVORVEL. APREENSO DE 25 G DE CRACK. MATERIAL CAPAZ DE CAUSAR
DEPENDNCIA EM MAIS DE CINQUENTA PESSOAS. RECONHECIDA A CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIO DA
PENA (ART. 33, 4, DA LEI 11.343/2006). APLICAO DA FRAO DE 1/6 EM RAZO DA QUANTIDADE E
DA ALTA NOCIVIDADE SOCIEDADE DA DROGA APREENDIDA. SENTENA PARCIALMENTE REFORMADA. - A
apresentao de manifestao recursal que expressa o interesse do Ministrio Pblico em recorrer da
sentena no precisa conter o nome de todos os apelados contra os quais se voltaro as razes recursais.
A mera referncia aos nomes dos rus, com a omisso de um deles, constitui simples erro material que
no representa prejuzo processual. - No demonstrado que o autor da ao de subtrao portava arma
de fogo ou empregou ameaa ou violncia na sua prtica, tem-se invivel o afastamento da
desclassificao que reconheceu a prtica de furto ao roubo. - A priso em flagrante dos agentes no
momento em que realizavam a diviso do produto do furto, por si s, no constitui prova suficiente de que
todos tenham contribudo para a ao delituosa e devam responder pela sua prtica. - Apreendido
material entorpecente (crack), alm de balana de preciso e outros artefatos que indicam a guarda para
comrcio, impe-se a condenao do agente que reconheceu ocupar o quarto em que a droga foi
apreendida. - Em razo do disposto no art. 42 da Lei 11.343/2006, possvel a exasperao da pena em
razo quantidade e qualidade do material entorpecente apreendido. - O crack, substncia entorpecente
altamente nociva ao usurio e sociedade, com nmero crescente de consumidores, deve ser valorado
negativamente no exame das circunstncias judiciais, sobretudo quando a quantidade pode ser
subdividida em quantidade capaz de atingir um grupo maior de pessoas. - A concesso da benesse
prevista no art. 33, 4, da Lei 11.343/2006 impe a adoo de balizas para determinar a frao redutora.
A quantidade e espcie de material entorpecente apreendidos so os principais critrios utilizados para a
concesso do benefcio. O forte impacto do crack na sociedade, decorrente do alto grau de dependncia a
que esto expostos os seus usurios, aliado a quantidades que permitem a sua venda para grandes
grupos, impe a fixao da frao redutora no mnimo legal previsto. - Parecer da PGJ pelo conhecimento
e desprovimento do recurso. - Recurso conhecido e parcialmente provido.Processo: 2011.0656519). Relator: Des. Carlos Alberto Civinski
13.APELAO CVEL. AO CIVIL PBLICA JULGADA PROCEDENTE, DETERMINANDO QUE NAS VENDAS
PRAZO, A EMPRESA R INFORME O VALOR DO PREO VISTA, O NMERO E O VALOR DAS PRESTAES E
OS RESPECTIVOS ENCARGOS FINANCEIROS, UTILIZANDO, PARA TANTO, DE LETRAS DE TAMANHO
UNIFORME E QUE NO DIFICULTEM A PERCEPO DE TODAS ESSAS INFORMAES PELO CONSUMIDOR.
CERCEAMENTO DE DEFESA. SUBSTRATO PROBATRIO EFICIENTE PARA A SOLUO DA CONTROVRSIA.
PRINCPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. ART. 130 DO CPC. PREJUDICIAL AFASTADA. ALEGADA
IMPOSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO EM RAZO DA AUSNCIA DE LEI IMPONDO UTILIZAO DE LETRAS
E CARACTERES EM TAMANHO UNIFORME, NA DIVULGAO DO PREO E CONDIES DE PAGAMENTO EM
OFERTA DE PRODUTOS. TESE INSUBSISTENTE. LEGISLAO CONSUMERISTA QUE IMPE O DEVER DE OS
FORNECEDORES PRESTAREM INFORMAES DE FORMA CLARA E ADEQUADA. INCONSTITUCIONALIDADE
DO ART. 9, INC. I, DO DECRETO N 5.903/06. DISPOSITIVO QUE, REGULAMENTANDO A LEI N 10.962/04,
APENAS ESCLARECE A FORMA COMO OS FORNECEDORES DEVEM AFIXAR O PREO DOS PRODUTOS.
INEXISTNCIA DE OFENSA AO PRINCPIO DA LEGALIDADE. "'O artigo 9 do Decreto n 5.903/2006 no faz
nada mais nada menos do que esquadrinhar, de forma mais detalhada e especfica, as formas pelas quais
os fornecedores devem afixar os preos de seus produtos para que no contrariem a Lei n 10.962/2004 e
para que, consequentemente, no se submetam s infraes do CDC. O fato de o Decreto impor a
necessidade de exposio dos preos com letras uniformes e de tamanhos iguais no inova na ordem
jurdica, mas apenas esclarece o que a Lei n 10.962/2004 entende por 'letras legveis'. Logo, no h que
se cogitar de ofensa ao princpio da legalidade'. AUSNCIA DE INTERESSE DE AGIR DO PARQUET. RGO
MINISTERIAL QUE POSSUI A FUNO DE DEFESA DA ORDEM JURDICA E DOS INTERESSES SOCIAIS, NOS
TERMOS DO ART. 127 DA CF/88. LEGITIMIDADE PARA PROMOVER O INQURITO CIVIL E AO CIVIL
PBLICA PARA PROTEO DO DIREITO DOS CONSUMIDORES. ART. 129 DA MAGNA CARTA, ART. 82, INC. I,
DA LEI N 8.078/90 E ART. 5 DA LEI N 7.345/85. PRETENDIDA CONDENAO DO MINISTRIO PBLICO EM
PENA POR LITIGNCIA DE M-F. CONDUTA MALICIOSA E DESLEAL NO TIPIFICADA. INOCORRNCIA,
ADEMAIS, DA ALEGADA VIOLAO AO PRINCPIO DA ISONOMIA. TERMOS DE AJUSTE DE CONDUTA
SUBSCRITOS POR OUTRAS EMPRESAS, EM CASOS ANLOGOS, NORMATIZANDO A UTILIZAO DE LETRAS
E CARACTERES EM TAMANHO UNIFORME, NA DIVULGAO DO PREO DO PRODUTO E RESPECTIVAS
CONDIES DE PAGAMENTO E ENCARGOS. REDE DE LOJAS COMERCIAIS APELANTE QUE CONFERE
DESTAQUE APENAS AO VALOR DAS PRESTAES, INSERINDO, EM TAMANHO BASTANTE REDUZIDO, AS
INFORMAES QUANTO AO TOTAL VISTA OU PRAZO, E OS ACRSCIMOS LEGAIS. FATOS CONSTATADOS
NO RESPECTIVO INQURITO CIVIL. PRTICA ABUSIVA. VIOLAO DO DEVER DE INFORMAO EM OFERTA E
PUBLICIDADE. NECESSIDADE DE UTILIZAO DE LETRAS EM TAMANHO UNIFORME E QUE NO DIFICULTEM
A PERCEPO DOS CONSUMIDORES. INTELIGNCIA DO ART. 6, INC. III, E ART. 31, AMBOS DO CDC, E DO
ART. 9, INC. I, DO DECRETO N 5.903/06. IMPOSIO DE MULTA PARA O CASO DE DESCUMPRIMENTO DA
OBRIGAO. ART. 461, 4, DO CPC. ELEMENTO COERCITIVO NECESSRIO. REDUO, TODAVIA, DA
ASTREINTE PARA O VALOR DE R$ 5.000,00 PARA CADA AO CONTRRIA AO COMANDO JUDICIAL.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. Processo: 2012.039827-0).Relator: Des. Fernando
Boller.
19.AO CIVIL PBLICA PROPOSTA PELA ASSOCIAO DOS CICLOUSURIOS DA GRANDE FLORIANPOLIS
(VIACICLO) EM FACE DO ESTADO DE SANTA CATARINA, DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INFRA-ESTRUTURA
(DEINFRA) E SULCATARINENSE - MINERAO, ARTEFATOS DE CIMENTO, BRITAGEM E CONSTRUES LTDA.
PLEITO OBJETIVANDO CONSTRUO DE CICLOVIA E EQUIPAMENTOS DE SEGURANA NA RODOVIA SC 405
(TREVO DA SETA A TREVO DO RIO TAVARES) NOS TERMOS DA LEGISLAO DE REGNCIA (LEI ESTADUAL
N. 10.728/98). ARGUIO DE ILEGITIMIDADE ATIVA. NO ACOLHIMENTO. ASSOCIAO CONSTITUDA H
MAIS DE UM ANO E DESTINADA PROTEO DO MEIO AMBIENTE. REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS
(ART. 5, V, "a" e "b", DA LEI N. 7.347/85). ILEGITIMIDADE PASSIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
AFASTADA. ENTE PBLICO INCUMBIDO DE ZELAR PELO CUMPRIMENTO DAS NORMAS APLICVEIS AO CASO.
MRITO. PROCEDIMENTO LICITATRIO PARA IMPLANTAO DE FAIXA ADICIONAL DE TRNSITO NA
RODOVIA SC 405. ALEGAO DE NO ATENDIMENTO DA LEI ESTADUAL N. 10.728/98. LEGISLAO
APLICADA PARA CONSTRUO DE NOVAS RODOVIAS ESTADUAIS. ILEGALIDADE NO COMPROVADA.
SENTENA
DE
PROCEDNCIA
REFORMADA.
RECURSO
PROVIDO. Processo: 2011.0481493). Relator: Des. Gaspar Rubick.
11.Viola direito do consumidor, na seara dos contratos de seguro, a oferta de carro reserva, com cmbio
manual, a segurado que deficiente fsico, em razo da inutilidade da prestao, ainda que no exista
clusula especfica quanto necessidade de disponibilizar veculo automtico.
12.Mostra-se desnecessria, em ao de interdio, a nomeao de curador dativo ao incapaz quando
um dos herdeiros foi nomeado para exercer provisoriamente o mnus.
13.Cabvel incidncia disposies do CDC, nos moldes da teoria maximalista, em ao de indenizao
por danos materiais e morais por vcios ocultos em micronibus zero quilmetro adquirido para
transporte escolar.
14. devida indenizao por abalo moral a adolescente de 12 (doze) anos que teve seu nome
indevidamente inscrito nos cadastros de proteo ao crdito em decorrncia da utilizao de seus
dados pessoais por estelionatria.
15.No cabvel a declinao da competncia, em virtude do princpio da identidade fsica do juiz,
quando j encerrada a instruo e o feito aguarda apenas a prolao de sentena.
16.Faz jus a honorrios o advogado que atuou, perante a FIFA, com o intuito de reconhecer o direito de
participao do clube que revelou o jogador nas transaes posteriores.
Cmaras de Direito Comercial
17.Pretender, em ao de execuo, autenticao extrajudicial de sentena arbitral, criar entrave no
previsto na norma que a reconhece como ttulo judicial.
18.Em aes que envolvam contrato de participao financeira, condenao instituio bancria ao
pagamento de juros sobre capital prprio depende requerimento expresso na inicial, sob pena de ser
extra petita a deciso que a conceder.
19. possvel determinao da emenda da petio inicial, em ao de busca e apreenso, para que a
parte possa, validamente, constituir em mora o devedor.
20.Inexiste ilegalidade na cobrana das tarifas administrativas de abertura de crdito e de emisso de
carn, desde que expressamente previstas em contrato firmado at a data de 30 de abril de 2008.
Cmaras de Direito Pblico
21.Afronta o princpio da proporcionalidade exigir a afixao de placa destinada a informar que imvel
pblico ocupado por particular objeto de ao civil pblica, por ato de improbidade administrativa.
22.Na ao de indenizao por desapropriao indireta, possvel, diante das peculiaridades do caso
concreto, a fixao de honorrios advocatcios em patamar superior ao fixado no Decreto-Lei n.
3.365/41, ainda que o Superior Tribunal de Justia tenha disciplinado de forma distinta ao julgar recurso
repetitivo.
23.A queda de poste de sustentao de alambrado em mau estado de conservao, que causou o bito
de aluno de estabelecimento educacional municipal, configura omisso especfica do poder pblico e
enseja dever de indenizar.
24.Gravidez gemelar, aliada idade da gestante e o diagnstico de toxoplasmose, absorve riscos
maiores do que o normal e exige decises mdicas complexas, motivo por que no se pode imputar, ao
rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL QUE AUTORIZA A CIRCULAO DOS
NIBUS DA ASSOCIAO DOS PAIS E AMIGOS DE EXCEPCIONAIS (APAE) NOS CORREDORES DE TRFEGO
DE NIBUS COLETIVOS URBANOS DO MUNICPIO. ATO NORMATIVO DE EFEITOS CONCRETOS. AUSNCIA
DE IMPESSOALIDADE QUE DESAUTORIZA A ANLISE DA NORMA EM ABSTRATO. EXTINO DO
PROCESSO SEM RESOLUO DO MRITO. Processo: 2012.042291-1. Relator: Des. Moacyr de Moraes
Lima Filho. Julgamento: 05/03/2014.
Seo Criminal
2.REVISO CRIMINAL AJUIZADA DEFENSORIA PBLICA. DESNECESSIDADE DE HABILITAO OU DE
ANUNCIA EXPRESSA DO CONDENADO. ART. 623 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. INSTITUIO
ESSENCIAL FUNO JURISDICIONAL DO ESTADO. ASSISTNCIA JURDICA E INTEGRAL AOS
NECESSITADOS. ARTS. 5, INC. LXXXIV, E 134, AMBOS DA CONSTITUIO FEDERAL. DIREITO DE TER
DIREITO. PRINCPIOS DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, DA LIBERDADE E DO ACESSO JUSTIA.
ATRIBUIES
E
DEVERES
DOS
DEFENSORES
PBLICOS.
PLEITO
REVISIONAL
CONHECIDO. Processo: 2013.069335-5). Relator Designado: Des. Rodrigo Collao.
4.MANDADO DE SEGURANA. CONCURSO PBLICO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR. EDITAL N. 212/DISIEP/DP/CBMSC. INAPTIDO NO EXAME DE AVALIAO FSICA. AUSNCIA DE DIVULGAO DOS
MOTIVOS DA REPROVAO. AUTORIDADE COATORA QUE, DEVIDAMENTE NOTIFICADA, SE MANTM
INERTE. IMPOSSIBILIDADE DA PARTE PRODUZIR PROVA NEGATIVA. NULIDADE VERIFICADA. VIOLAO A
DIREITO LQUIDO E CERTO. ORDEM CONCEDIDA. "O ato de reprovao de candidato em concurso
pblico, no exame de capacidade fsica, deve necessariamente ser motivado, sendo vedada sua
realizao segundo critrios subjetivos do avaliador, bem como a ocorrncia de sigilo no resultado do
exame e de irrecorribilidade, sob pena de violao dos princpios da ampla defesa e da
impessoalidade". Processo: 2013.028426-6. Relator: Des.
Srgio
Roberto
Baasch
Luz.
Julgamento: 12/03/2014. .
utilizado para prestar servios que lhe possibilitariam sua mantena e a da famlia, apresentou defeitos
de fabricao". AUSNCIA DE EFICIENTE SUBSTRATO PROBATRIO A COMPROVAR A TESE DA
ALIENANTE, NO SENTIDO DE QUE OS DEFEITOS RELATADOS PELO APELADO SERIAM INEXISTENTES, BEM
COMO DE QUE DECORREM DA UTILIZAO IRREGULAR PELO CONSUMIDOR. NUS QUE LHE INCUMBIA,
EM RAZO DA INVERSO DO NUS DA PROVA. ART. 6, INC. VIII, CDC. ORDENS DE SERVIO QUE
EVIDENCIAM A EXISTNCIA DOS DEFEITOS J DESDE O VIGSIMO DIA DE USO, TENDO O APELADO
ENCAMINHADO O COLETIVO DIVERSAS VEZES CONCESSIONRIA AUTORIZADA DA APELANTE, SEM
OBTER XITO NA SOLUO DOS PROBLEMAS. CIRCUNSTNCIA QUE AUTORIZA, SIM, A PRETENDIDA
SUBSTITUIO DO PRODUTO. INTELIGNCIA DO ART. 18, 1, INC. I, DO CDC. OBJETIVADO
AFASTAMENTO DA REPARAO PELO PREJUZO DE CUNHO MORAL. PRETENSO REJEITADA. SITUAO
VIVENCIADA QUE ULTRAPASSOU O LIMITE DO MERO ABORRECIMENTO. INSOFISMVEL DEVER DE
REPARAR O DANO INFLIGIDO. "A compra de um veculo novo representa, para muitos, a conquista do
to almejado bem da vida. Por essa mesma razo, incute, no adquirente, a ideia de segurana,
tranquilidade, durabilidade e conforto. O incessante surgimento de defeitos nos mais variados mbitos
do produto adquirido frustra drasticamente as expectativas cultivadas, ensejando abalo passvel de
indenizao. PRETENDIDA MINORAO DO QUANTUM REPARATRIO, ORIGINALMENTE INSTITUDO EM
R$ 20.000,00. INVIABILIDADE. OBSERVNCIA DOS PRINCPIOS DA PROPORCIONALIDADE E
RAZOABILIDADE. JUROS MORATRIOS E CORREO MONETRIA QUE, NO TOCANTE INDENIZAO
PELO DANO DE CUNHO MORAL, DEVEM SER FIXADOS A PARTIR DA DATA DA SENTENA CONDENATRIA.
DECISUM REFORMADO NESTE TPICO. "Firmou-se nesta Cmara, na sesso realizada no dia 22.07.2010,
o entendimento segundo o qual a incidncia dos juros moratrios, em casos envolvendo dano moral,
d-se somente a partir da sentena determinando o pagamento da indenizao, porque, antes disso, o
direito reparao ainda no havia sido reconhecido, nem caracterizada, consequentemente, a mora" .
MONTANTE RELATIVO INDENIZAO PELO DANO DE CUNHO MATERIAL QUE DEVER SER ACRESCIDO
DE JUROS DE MORA A CONTAR DA CITAO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2012.090423-1. Relator: Des. Luiz Fernando Boller.
INTERESSE RECURSAL. O Superior Tribunal de Justia firmou posicionamento no sentido de que o valor
patrimonial do ttulo acionrio deve ser fixado na oportunidade da integralizao, esta assim entendida
como a data do pagamento da quantia pactuada, com base no respectivo balancete mensal aprovado.
No tendo sido a maior cotao das aes em bolsa de valores fixada na sentena como critrio de
converso em perdas e danos, a pretenso recursal referente a este ponto no h de ser conhecida por
manifesta falta de interesse recursal. RESPONSABILIDADE DO ACIONISTA CONTROLADOR POR
EVENTUAIS ILEGALIDADES - OBRIGAO EXCLUSIVA DA EMPRESA DE TELEFONIA - CORREO
MONETRIA - RELAO COM O VALOR PATRIMONIAL DO TTULO ACIONRIO INEXISTENTE - CONTRATO
FIRMADO POSTERIORMENTE PORTARIA N. 881/90 - INCIDNCIA. Esta Corte de Justia, em consonncia
com o entendimento do Superior Tribunal de Justia, h muito vem afastando a responsabilidade da
Unio nas aes visando cobrana da diferena de aes a serem subscritas pela concessionria de
servio de telefonia. "Ora, a Requerida, na qualidade de sucessora da Telesc, possui responsabilidade
pela subscrio das aes objeto da presente demanda, sendo inclusive desnecessria e at
impertinente a discusso acerca da responsabilidade do acionista controlador, uma vez que eventual
descumprimento contratual imputvel sociedade annima e aos seus sucessores." (Apelao Cvel
n. 2013.037641-1). Isso porque a contratao no se deu com a Unio, e sim com a concessionria de
servio pblico - empresa de telefonia -, a qual responsvel por seus prprios atos. Alm disso, a lide
versa sobre adimplemento de contrato de participao financeira, e no sobre ato praticado com abuso
de poder pelo acionista controlador. O ndice de atualizao da moeda no se confunde com o valor
patrimonial da ao; enquanto esta se fulcra no balancete da empresa, aquele computado com base
em aplicaes financeiras, investimentos, inflao, dentre outros. No h falar em impossibilidade de
incidncia de correo monetria atinente aos contratos firmados posteriormente edio da Portaria
n. 881/90, uma vez que o direito guerreado no se atrela apenas ao capital investido na Sociedade
Annima, decorrendo da subscrio, realizada a menor, dos ttulos acionrios. COMPLEMENTAO DAS
AES - CONSECTRIOS LGICOS DOS TTULOS ACIONRIOS - DIVIDENDOS E BONIFICAES VIABILIDADE. Fazendo jus a parte apelada integralidade de seus ttulos acionrios desde a data do
adimplemento contratual, certo que igualmente possui direito aos consectrios lgicos destes advindos
a partir de referido marco temporal. JUROS SOBRE CAPITAL PRPRIO - NECESSIDADE DE PEDIDO
EXPRESSO NA PETIO INICIAL - NOVO ALINHAMENTO DE ENTENDIMENTO COM AS RECENTES DECISES
DO STJ E DA PRPRIA CMARA JULGADORA. Os juros sobre o capital prprio, embora derivados de
recursos de acionistas ou obtidos no exerccio da atividade econmica, pela privao temporria do
respectivo capital, devem albergar pedido expresso na petio inicial, no sendo considerado, pela
interpretao restritiva do art. 293 do Cdigo de Processo Civil, como consectrio lgico, sob pena de
julgamento extra petita. HONORRIOS DE SUCUMBNCIA - APRECIAO EQUITATIVA - NATUREZA
CONDENATRIA DA DECISO - ATENDIMENTO AOS CRITRIOS LISTADOS NAS ALNEAS 'A', 'B' E 'C' DO
3 DO ART. 20 DA LEI SUBSTANTIVA CVEL - RECURSO DESPROVIDO. Em se tratando de demanda de
natureza condenatria, adequada se mostra a utilizao dos critrios cominados no 3 do art. 20 do
CPC para fixao da verba honorria em 15% (quinze por cento) do valor da condenao, remunerandose adequadamente o profissional de acordo com a natureza da causa - que no traduz em aguda
complexidade da matria -, o tempo de tramitao, a quantidade de peas, tendo em conta, ainda, o
expressivo volume de demandas relacionados aos mesmos fatos e fundamentos de
direito. Processo: 2013.091441-7
(Acrdo).Relator: Des.
Robson
Luz
Varella. Julgamento: 11/03/2014.
Turmas de Recursos
26.HABEAS CORPUS. PLEITO DE TRANCAMENTO DE AO PENAL. ART. 648, I DO CDIGO DE PROCESSO
PENAL. AUSNCIA DE JUSTA CAUSA QUE S SE ADMITE, EXCEPCIONALMENTE, QUANDO VERIFICADAS A
ATIPICIDADE DA CONDUTA, INSUFICINCIA DE INDCIOS DE MATERIALIDADE E AUTORIA OU A EXTINO
DA PUNIBILIDADE. INOCORRNCIA. POSSIBILIDADE, ADEMAIS, DE O FUNCIONRIO PBLICO ATUAR
COMO SUJEITO ATIVO DO CRIME DE DESOBEDINCIA, SOB PENA DE MENOSPREZO E INEFICCIA DA
ATIVIDADE PBLICA. ORDEM DENEGADA. Processo:2014.200002-9. Relator: lvaro Luiz Pereira de
Andrade. Julgamento:11/03/2014.
27.APELAO CRIMINAL. CRIME DE INJRIA (ART. 140 DO CDIGO PENAL). REJEIO DA QUEIXA-CRIME
(ART. 395, I, DO CPP). PRELIMINAR. ARGUIO PELO APELADO DE NULIDADE DO FEITO POR UTILIZAO
DE PROVA ILCITA. JUNTADA PELO QUERELANTE DE DEPOIMENTO PRESTADO PELO QUERELADO EM
PROCESSO QUE TRAMITA SOB SEGREDO DE JUSTIA. INOCORRNCIA. PROVA TESTEMUNHAL
MATERIALMENTE ADMITIDA. VIOLAO EVENTUAL DE INFORMAO PROTEGIDA QUE DEVE SER
16.Ofensa verbal proferida por tcnico de futebol ao coordenador do evento, no calor de disputa
futebolstica, no gera dano moral, ainda que tenha ocorrido em cidade pequena do interior.
17.No possui natureza de deciso interlocutria autnoma o ato judicial que acolhe ou rejeita
embargos de declarao, razo pela qual no pode ser atacado isoladamente por agravo de
instrumento.
18.A disponibilizao de acrdo no stio eletrnico no Tribunal de Justia tem carter oficial e no
meramente informativo.
Cmaras de Direito Comercial
19. abusiva a clusula contratual que autoriza a cobrana de encargo sob a rubrica "servios de
terceiros", uma vez que no pode o consumidor ser onerado por fato gerador indeterminado.
20.Convertida em perdas e danos a obrigao de subscrever aes, a indenizao ser calculada pela
multiplicao do nmero de aes devidas pelo valor cotado em Bolsa de Valores na data do trnsito
em julgado, com juros de mora desde a citao, e no pela maior cotao no perodo entre a data da
integralizao e o referido trnsito em julgado.
21.A dobra acionria consectrio lgico do reconhecimento subscrio das aes de telefonia fixa e
no depende de pedido expresso da parte autora.
22.Diante de situao excepcional analisada luz dos princpios da razoabilidade e da economia
processual, o ajuizamento da execuo aps o trintdio legal no acarreta a improcedncia da ao
cautelar de arresto.
Cmaras de Direito Pblico
23.Candidato provecto e portador de doena assintomtica, aprovado em concurso, no pode ter
obstada sua nomeao em razo daquelas circunstncias, mormente se o edital no previu o exame de
aptido fsica como etapa do certame.
24.A lotao inicial em cargo pblico no pode ser alterada em virtude do interesse do servidor em
acompanhar o cnjuge, tambm agente pblico, tal como ocorre em pedidos de remoo desse jaez.
25. decenal o prazo de prescrio a ser observado nas aes destinadas cobrana de fatura
relacionada prestao de servio pblico.
26.O Municpio pode instituir a cobrana de contribuio de melhoria para pavimentao de rua, desde
que observe as disposies do Cdigo Tributrio Nacional e do Decreto-Lei n. 195/67.
27.O transcurso de longo lapso temporal entre o trmino irregular da empresa devedora e a criao da
suposta sucessora, aliado ausncia de comprovao da transferncia do fundo de comrcio, obsta o
redirecionamento da execuo fiscal.
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (...) 13. A possibilidade do protesto da CDA no implica ofensa aos
princpios do contraditrio e do devido processo legal, pois subsiste, para todo e qualquer efeito, o
controle jurisdicional, mediante provocao da parte interessada, em relao higidez do ttulo levado
a protesto. 14. A Lei 9.492/1997 deve ser interpretada em conjunto com o contexto histrico e social.
De acordo com o "II Pacto Republicano de Estado por um sistema de Justia mais acessvel, gil e
efetivo", definiu-se como meta especfica para dar agilidade e efetividade prestao jurisdicional a
"reviso da legislao referente cobrana da dvida ativa da Fazenda Pblica, com vistas
racionalizao dos procedimentos em mbito judicial e administrativo".15. Nesse sentido, o CNJ
considerou que esto conformes com o princpio da legalidade normas expedidas pelas Corregedorias
de Justia dos Estados do Rio de Janeiro e de Gois que, respectivamente, orientam seus rgos a
providenciar e admitir o protesto de CDA e de sentenas condenatrias transitadas em julgado,
relacionadas s obrigaes alimentares. 16. A interpretao contextualizada da Lei 9.492/1997
representa medida que corrobora a tendncia moderna de interseco dos regimes jurdicos prprios do
Direito Pblico e Privado. A todo instante vem crescendo a publicizao do Direito Privado (iniciada,
exemplificativamente, com a limitao do direito de propriedade, outrora valor absoluto, ao
cumprimento de sua funo social) e, por outro lado, a privatizao do Direito Pblico (por exemplo,
com a incorporao - naturalmente adaptada s peculiaridades existentes - de conceitos e institutos
jurdicos e extrajurdicos aplicados outrora apenas aos sujeitos de Direito Privado, como, e.g., a
utilizao de sistemas de gerenciamento e controle de eficincia na prestao de servios). 17. Recurso
Especial provido, com superao da jurisprudncia do STJ.. Se o protesto, em tal contexto, no
vedado, seria um contrassenso obstar que o credor, previamente propositura da execuo fiscal,
levasse o nome do inadimplente aos rgos restritivos, como SPC e SERASA, porque se trata de uma via
eficaz de recuperao extrajudicial da dvida e que pode dar importante contribuio reduo
significativa do nmero de processos em curso no judicirio brasileiro. Estatsticas do Conselho Nacional
de Justia, divulgadas no incio de 2014, reafirmam um fato de todos conhecido: Nosso maior cliente o
prprio Estado, no mbito Federal, Estadual e Municipal. Essa ocupao direta das nossas prateleiras,
mas os entes pblicos ainda geram demandas para outros segmentos da sociedade por conta, v.g., de
uma estrutura irracional de servios, de um sistema tributrio catico e convidativo ao litgio, de planos
econmicos mirabolantes e da quantidade e qualidade de normas que regem a vida de todos
ns. Processo: 2013.034281-2 (Acrdo).Relator: Des. Subst. Paulo Henrique Moritz Martins da Silva
Julgamento: 09/04/2014.Juiz Prolator: Frederico Andrade Siegel. Classe: Agravo de Instrumento.
4.HABEAS CORPUS. CRIME DE PATROCNIO INFIEL. ADVOGADO DE INSTITUIO QUE RECEBEU VERBAS
ESTATAIS, EM TESE, DESVIADAS. PARTICIPAO DO PACIENTE COMO DEFENSOR DE AGENTE INDICIADO
POR SUPOSTO CRIME PRATICADO CONTRA A INSTITUIO PARA A QUAL O PACIENTE ADVOGA, DURANTE
OITIVA EM INQURITO POLICIAL. REQUISITOS DO TIPO PENAL NO PREENCHIDOS. TRANCAMENTO DO
INQURITO
POLICIAL.
CONCESSO
DO
PEDIDO
DE
ORDEM. Processo: 2014.016574-9
(Acrdo). Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima Filho. Origem: Iara. rgo Julgador:Terceira
Cmara Criminal. Data de Julgamento: 01/04/2014. Classe: Habeas Corpus.
5.RECURSO CRIMINAL. FURTO QUALIFICADO. ROMPIMENTO DE OBSTCULO. CDIGO PENAL, ART. 155,
4., I. REJEIO DO ADITAMENTO DENNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE CONDENAO. AUSNCIA DE
LAUDO PERICIAL. RECURSO MINISTERIAL. MOMENTO INADEQUADO PARA O AFASTAMENTO DA
QUALIFICADORA. BICE POSSIBILIDADE DA ACUSAO FAZER PROVA DO ALEGADO. RECEBIMENTO DO
ADITAMENTO QUE SE IMPE. Mostra-se inapropriada a rejeio do aditamento denncia que narra a
prtica do crime de furto qualificado pelo rompimento de obstculo (CPP, art. 155, 4., I), sob o
fundamento de que inexiste nos autos laudo pericial acerca do arrombamento da porta da residncia da
vtima, pois impossibilita que a acusao, no curso da instruo processual, possa fazer prova dessa
imputao. RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.086814-1. Relator: Des. Roberto Lucas Pacheco.
Julgamento: 03/04/2014. Classe: Recurso Criminal.
6.RECURSO CRIMINAL. QUEIXA-CRIME. CRIMES CONTRA A HONRA. INJRIA (ART. 140, CAPUT, C/C O ART.
141, III, AMBOS DO CDIGO PENAL) E INJRIA QUALIFICADA (ART. 140, 3, C/C O ART. 141, III, AMBOS
DO CDIGO PENAL). SENTENA QUE DECLAROU EXTINTA A PUNIBILIDADE DA QUERELADA ANTE O
RECONHECIMENTO DA PEREMPO PELA AUSNCIA DE ALEGAES FINAIS. RECURSO DOS
QUERELANTES. PLEITO QUE VISA A ANLISE DO MRITO PELO TOGADO SINGULAR. NO CABIMENTO.
ALEGAES FINAIS APRESENTADAS FORA DO PRAZO PREVISTO EM LEI. INTEMPESTIVIDADE QUE
EQUIVALE INEXISTNCIA E, CONSEQUENTEMENTE, AUSNCIA DE PEDIDO CONDENATRIO. DECISO
MANTIDA. ANULAO DO PROCESSO EM RELAO AO DELITO DESCRITO NO ART. 140, 3, DO CDIGO
PENAL A PARTIR DO RECEBIMENTO DA QUEIXA-CRIME. REQUERIMENTO DA DOUTA PROCURADORIAGERAL DE JUSTIA. VIABILIDADE. AO PENAL PBLICA CONDICIONADA REPRESENTAO DA VTIMA.
INTELIGNCIA DO ART. 145, PARGRAFO NICO, DO CDIGO PENAL. ANULAO QUE SE IMPE.
RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO. Processo: 2013.053608-6).Relatora: Desa. Marli Mosimann
Vargas. Julgamento: 01/04/2014.
7.APELAO CRIMINAL. CRIME AMBIENTAL. ART. 46, PARGRAFO NICO, DA LEI 9.605/98. SETENA
CONDENATRIA. RECURSO DEFENSIVO. ALEGAO DE ATIPICIDADE DA CONDUTA, UMA VEZ QUE O
ACUSADO NO PREENCHE OS REQUISITOS DO DELITO. PLEITO QUE DEVE SER ACOLHIDO. TIPO PENAL
QUE EXIGE AGENTE ATIVO ESPECFICO. APELANTE QUE APENAS AUXILIOU O TRANSPORTE, NO TENDO A
QUALIDADE DE COMERCIANTE. ABSOLVIO QUE SE IMPE, EM RAZO DO ART. 386, III, DO CDIGO DE
PROCESSO PENAL. RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.047191-7 (Acrdo). Relatora:Desa. Substa.
Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer. Julgamento: 01/04/2014
9.AGRAVO EM EXECUO PENAL. INSURGNCIA DA DEFESA CONTRA DECISO QUE INDEFERIU PEDIDO
DE APLICAO RETROATIVA DO DECRETO DE INDULTO N. 5.993/06, SOB ALEGAO DE QUE MAIS
BENFICO AO APENADO. IMPOSSIBILIDADE. RETROATIVIDADE INAPLICVEL HIPTESE. DECRETO QUE
NO SE CARACTERIZA COMO LEI PENAL. ATO SUJEITO DISCRICIONARIDADE DO PRESIDENTE DA
REPBLICA. SITUAO DO APENADO REGULADA PELO DECRETO ANTERIOR. EXTINO DA PENA
SOMENTE SE CUMPRIDO O PERODO DE PROVA. DECISO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. 1. "'A retroatividade penal diz respeito eficcia temporal da norma penal, a determinar
que produza efeitos relativamente a fatos ocorridos antes do termo inicial da sua vigncia formal,
sendo-lhe estranha a "indulgentia principis", ato discricionrio da competncia do Presidente da
Repblica". 2. Por estar sujeito discricionariedade do Presidente da Repblica, o decreto de indulto
editado segundo a convenincia do Administrador Pblico, na forma que este repute mais conveniente
ao interesse pblico, de modo a concluir-se que ao impor perodo de prova no Decreto n. 5.620/05, o
presidente
entendeu
a
medida
conveniente,
julgando-a
adequada
ao
interesse
da
sociedade. Processo: 2013.078280-3. Relator: Des.
Paulo
Roberto
Sartorato. Julgamento: 08/04/2014.
APRESENTADO PELO AGRAVANTE (R$ 2.376,00) DIVERGE DA QUANTIA APONTADA PELA EMPRESA DE
TELEFONIA (R$ 1.117,63), ALM DE INEXISTIR AMBOS OS VALORES NA RADIOGRAFIA DO CONTRATO INVIABILIDADE DE UTILIZAO DE PROVA EMPRESTADA COM O FITO DE ESTABELECER A QUANTIA
EFETIVAMENTE INTEGRALIZADA - DECISO AGRAVADA REFORMADA PARA DETERMINAR QUE O DEVEDOR
EXIBA O CONTRATO FIRMADO ENTRE AS PARTES LITIGANTES, A TEOR DO QUE PREV O ART. 475-B, 1,
DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL, SOB PENA DE INCIDNCIA DO 2 DO MESMO DISPOSITIVO LEGAL RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO NESTE ASPECTO. "[...] no prospera a alegao de que a utilizao
do contrato de participao financeira para elaborao dos clculos de liquidao fere a coisa julgada,
ao argumento de que a radiografia subsidiou a sentena, no tendo sido impugnada oportunamente,
porquanto, para a fase de conhecimento, imprescindvel apenas a juntada da aludida radiografia, uma
vez que somente por meio dela se possibilita averiguar a legitimidade da parte e o prazo prescricional,
informaes estas necessrias ao julgamento da demanda. J o "quantum" efetivamente desembolsado
pelo consumidor - constante no contrato - somente ganha relevncia na fase de cumprimento de
sentena, a fim de viabilizar a elaborao dos clculos, motivo pelo qual inarredvel neste momento a
anlise do instrumento contratual, no havendo se falar, por isso, em ofensa coisa julgada, e
tampouco em precluso. [...] Se assim o , [...] h que prevalecer, para fins de elaborao dos clculos
de liquidao, o valor do contrato, dividido pelo VPA da poca, encontrando-se, desta forma, a
quantidade de aes que deveriam ter sido emitidas no momento da integralizao, motivo pelo qual se
faz necessria a juntada do contrato de participao financeira firmado entre as partes, pena de
aplicao do art. 475-B, 2, do CPC". Processo: 2013.009297-9 (Acrdo).Relator: Des. Robson Luz
Varella. Julgamento: 01/04/2014
Precedentes. II - Fixada pela Administrao a lotao inicial do servidor, conforme regras previamente
definidas no edital do concurso, invivel a remoo pretendida, sob pena, inclusive, de ingerncia do
Judicirio em assunto prprio da Administrao Pblica. Processo: 2013.084336-9.Relator: Des. Subst.
Paulo Henrique Moritz Martins da Silva.
na respectiva zona de influncia (art. 3, 2) e tem como parmetro a valorizao das obras
realizadas. Uma vez respeitadas essas diretrizes, lcito que na individualizao do clculo do tributo
tambm seja utilizado como critrio a metragem da testada do bem" Processo: 2014.0119845. Relator: Des. Srgio Roberto Baasch Luz.
rgo Especial
1.A edio de smula vinculante versando sobre a matria discutida no bojo do mandado de injuno
autoriza a extino da ao constitucional.
Seo Criminal
2.Constitui nulidade absoluta a falta de apresentao de ru preso sesso de julgamento do Tribunal do
Jri, por equvoco da administrao prisional, ainda que tenha ocorrido anuncia do defensor dativo com
a realizao do ato.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
3.A crtica veemente lanada em entrevista ao vivo, direcionada a padre inserido no meio poltico, no
enseja responsabilizao civil por estar acobertada pelo direito liberdade de expresso.
4.Em contrato de seguro, o fato de o campo da aplice relativo aos danos morais estar em branco no
autoriza a concluso quanto ausncia de cobertura, haja vista a necessidade de clusula expressa
nesse sentido.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
5. cabvel a oposio de embargos infringentes contra a deciso no unnime proferida em embargos
de declarao, uma vez que possui ntido carter integrativo do julgamento da apelao.
6.A deciso administrativa de no conhecimento de recurso dirigido ao Governador do Estado, sob o
fundamento da inexistncia de previso legal, malfere anterior deciso proferida em mandado de
segurana condicionando a excluso de policial militar das fileiras da corporao soluo do
procedimento administrativo.
Cmaras de Direito Criminal
7.Punio prvia aplicada de acordo com os costumes tribais no exonera indgena integrado
sociedade da devida responsabilizao no campo do direito penal.
8.O prazo fixado pelo magistrado para a realizao do exame de insanidade mental no garante
Defensoria Pblica a contagem dobrada, por ausncia de previso legal.
9.A no devoluo de oito fitas VHS locadora de filmes, diante do nfimo valor destes objetos, da falta
de comprovao do dolo na conduta e da possibilidade de discusso na esfera cvel, no configura o
crime de apropriao indbita.
10.Laudo de constatao provisria realizado sem o amparo de qualquer equipamento ou produto
qumico no serve converso da priso em flagrante em preventiva, pela ausncia de prova segura da
materialidade.
11.A negociao de veculo, posteriormente identificado como de procedncia ilcita, condicionada
apresentao dos documentos atestando a origem, afasta o dolo necessrio configurao do crime de
receptao.
Cmaras de Direito Civil
12.O fato de o imvel integrar herana jacente no obsta que seja objeto de ao de usucapio por
quem exerce a posse ad usucapionem.
13.Verificada culpa instituio escolar na interrupo servio de ensino, vivel restituio valor
despendido com uniforme.
14.A empresa jornalstica deve ser responsabilizada por falso anncio veiculado em seus classificados a
respeito de jovem cujo nome e telefone so informados como de prestadora de servios sexuais.
15.O envio de mensagens provocativas ex-companheira feito pela atual namorada do genitor, sem
qualquer tom de ameaa, no justifica a proibio de aproximao e comunicao desta com os filhos
oriundos daquela relao conjugal.
16.Desnecessrio o sobrestamento da ao de complementao de seguro obrigatrio, quando atestada
a inexistncia de invalidez por percia mdica, em virtude da tramitao de ADI versando sobre a Lei n.
11.945/2009.
17.Nos contratos de seguro na "modalidade perfil", cabe seguradora comprovar que o condutor
principal do veculo no era de fato aquele indicado na aplice.
Cmaras de Direito Comercial
18.Alienao veculo antes publicao sentena determinou sua restituio no representa bice
cobrana de astreinte.
19. possvel, na anlise do pedido de concesso de gratuidade da justia, a utilizao dos critrios
fixados pela Defensoria Pblica do Estado de Santa Catarina para a caracterizao do estado de
hipossuficincia.
20.Laudo de avaliao de imvel que apenas indica o valor de comercializao dos bens, sem a
descrio da metodologia utilizada, no se mostra hgido a derruir laudo anterior e criterioso lavrado
por expert.
21.A falta de comprovao escorreita da cadeia de endossos constitui bice para exigir, do emitente, o
pagamento do valor expresso no cheque.
Cmaras de Direito Pblico
22.No viola direito do consumidor o fato de ter sido transportado em p no interior de coletivo de
transporte intermunicipal, mesmo que a rota atinja aproximadamente 100 km (cem quilmetros) de
distncia, quando ausente prova de outros excessos.
23. vivel a prorrogao do contrato de concesso do servio pblico de transporte coletivo quando a
realizao de nova licitao, em razo da necessidade de indenizao s concessionrias pelo
desequilbrio econmico-financeiro, mostrar-se demasiadamente onerosa aos cofres pblicos.
24.A concesso de servio pblico anterior ao advento da Lei 8.987/95, mas contempornea
Constituio Federal de 1988, deve ser mantida at o final do prazo fixado no contrato ou no ato de
outorga, ainda que no tenha observado procedimento licitatrio.
25.O excesso de prazo na concluso do processo administrativo disciplinar autoriza o deferimento do
pedido de exonerao de servidor estadual fundado na posse em cargo federal para o qual foi aprovado
em concurso pblico.
26.Os templos religiosos situados no municpio de Florianpolis esto dispensados do pagamento da
taxa de resduos slidos e da taxa de servios urbanos, a primeira por dispensa legal e a ltima por vcio
de inconstitucionalidade.
rgo Especial
1.CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNO. MORA LEGISLATIVA DEFINIDORA DAS
LEIS COMPLEMENTARES QUE CONFEREM DIREITO APOSENTADORIA ESPECIAL AOS SERVIDORES
PBLICOS (CR, ART. 40, 4). APROVAO DE PROPOSTA DE SMULA VINCULANTE NO SENTIDO DE QUE
SE APLICAM - AO SERVIDOR PBLICO, NO QUE COUBER, AS REGRAS DO REGIME GERAL DE PREVIDNCIA
SOCIAL SOBRE APOSENTADORIA ESPECIAL DE QUE TRATA O ARTIGO 40, PARGRAFO 4, INCISO III, DA
CONSTITUIO FEDERAL, AT EDIO DE LEI COMPLEMENTAR ESPECFICA-. SUPERVENIENTE FALTA DO
INTERESSE DE AGIR. MANDADO DE INJUNO EXTINTO. 01. "O interesse de agir - que consiste 'no
apenas na utilidade, mas especificamente na necessidade do processo como remdio apto aplicao
do direito objetivo no caso concreto' (Humberto Theodoro Jnior) - condio da ao (CPC, art. 267, VI).
Tambm o 'para excepcionar, reconvir ou recorrer' (Theotnio Negro). E deve 'projetar-se at o
encerramento do processo'. A supervenincia de fato modificativo do pedido da parte que resultar na
perda do objeto da ao ou do recurso deve ser considerada, de ofcio, pelo rgo julgador (CPC, art.
462). 02. Conforme a Smula Vinculante n. 33, -aplicam-se ao servidor pblico, no que couber, as regras
do Regime Geral de Previdncia Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, pargrafo
4, inciso III, da Constituio Federal, at edio de lei complementar especfica-. Resta sem objeto,
consequentemente, mandado de injuno impetrado por servidores do Estado de Santa Catarina que
tem por objeto a declarao da -mora legislativa para edio de norma regulamentadora, face a inrcia
do Sr. Governador do Estado de Santa Catarina, assegurando o direito das Partes Impetrantes a
averbarem o tempo exercido e que exercem atualmente, no servio pblico como atividade especial,
como o adicional de tempo de servio em 40% (quarenta por cento), aplicando a Lei 8.213/91 no que
couber em sintonia com o princpio da isonomia com a iniciativa privada at que sobrevenha legislao
regulamentadora, nos termos do inciso III, 4, do art. 40, da CF/88 e inciso IV, 2 do Art. 50 da Carta
Estadual-.Processo: 2012.040390-4. Relator: Des. Newton Trisotto.Julgamento: 07/05/2014
Seo Criminal
2.REVISO CRIMINAL. TRIBUNAL DO JRI. AUSNCIA DE CONDUO DO RU PRESO EM OUTRO ESTADO
PARA A SESSO DE JULGAMENTO. REQUISIO ENCAMINHADA AO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAO
PRISIONAL. CONFUSO ENTRE O REQUERENTE E OUTRO APENADO HOMNIMO. PRESENA DISPENSADA
EXCLUSIVAMENTE PELO DEFENSOR DATIVO. AFRONTA AO ART. 457, 2, DO CDIGO DE PROCESSO
PENAL. NECESSRIA FORMULAO DE DISPENSA FORMAL PELO RU E PELO SEU DEFENSOR. PREJUZO
AO PLENO EXERCCIO DA AUTODEFESA. IMPOSSIBILIDADE DE O RU SER INTERROGADO NA PRESENA
DOS JURADOS. AUSNCIA DE INQUIRIO DE TESTEMUNHAS NO PLENRIO. NULIDADE DO JULGAMENTO.
PEDIDO
REVISIONAL
DEFERIDO,
COM
A
ANULAO
DA
SESSO
DO
TRIBUNAL
DO
JRI. Processo: 2014.008200-5. Relator: Des.
Rodrigo
Collao. Julgamento: 30/04/2014. Classe: Reviso Criminal.
6.AGRAVO (ART. 557 CPC). ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANA. POLICIAL MILITAR. EXCLUSO
DOS QUADROS DA INSTITUIO. INTERPOSIO DE RECURSO AO GOVERNADOR DO ESTADO. DECISO,
EM MANDADO DE SEGURANA PRECEDENTE, ASSEGURANDO O CONHECIMENTO DO RECURSO (QUEIXA)
AO CHEFE DO EXECUTIVO, CONDICIONANDO A EXCLUSO SOLUO DO PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO. RECURSO NO CONHECIDO PELO CHEFE DO EXECUTIVO, COM FUNDAMENTO NO ART.
49, 2., DO ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DE SANTA CATARINA. IMPROPRIEDADE.
DECISO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO. OBSERVAO, ADEMAIS, DE PRECEDENTES DESTA CORTE.
ORDEM PARCIALMENTE CONDEDIDA, PARA ANULAR O ATO E DETERMINAR A APRECIAO DO SEU
MRITO. Processo: 2013.046935-2. Relator: Des.
Ricardo
Roesler. Julgamento: 14/05/2014. Classe: Agravo ( 1 art. 557 do CPC) em Mandado de Segurana.
8.RECLAMAO. EXAME DE INSANIDADE MENTAL. QUESITOS. CARGA DOS AUTOS. SILNCIO DA PARTE.
PRECLUSO CONSUMATIVA. PRAZO EM DOBRO. INAPLICABILIDADE. INEXISTNCIA DE PRAZO LEGAL.
LAPSO ESTIPULADO PELO PRPRIO MAGISTRADO. 1. Devolvidos os autos pela defesa sem a
apresentao de quesitos ao exame de insanidade mental, objeto da intimao, opera-se a precluso
consumativa. 2. Tratando-se de prazo estipulado pelo prprio magistrado para a prtica de qualquer ato
processual, mngua de determinao legal especfica, no se h falar em duplicidade de prazo em
favor da Defensoria Pblica. PEDIDO IMPROCEDENTE. Processo: 2014.020685-6. Relator: Des. Roberto
Lucas Pacheco.
9.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMNIO. APROPRIAO INDBITA. (ART. 168 DO CDIGO
PENAL). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. PLEITEADA ABSOLVIO. VIABILIDADE. R[EU
QUE LOCOU 8 FITAS DE VDEO VHS E NO AS DEVOLVEU LOCADORA. ANLISE DO CASO CONCRETO
QUE EVIDENCIA AUSNCIA DE PROVAS DO DOLO ESPECFICO EM APROPRIAR-SE DA COISA ALHEIA E
DELA DISPOR COMO SE DONO FOSSE. FALTA DE PRESSUPOSTO PARA A CONFIGURAO DO DELITO.
ADEMAIS, MNIMA REPROVABILIDADE DA CONDUTA. VALOR IRRISRIO DOS BENS. INADIMPLEMENTO DE
OBRIGAO CONTRATUAL. QUESTO QUE PODE SER RESOLVIDA NO MBITO CVEL. RU NO
REINCIDENTE. DELITO DE BAGATELA CONFIGURADO. ABSOLVIO QUE SE FAZ NECESSRIA.
HONORRIOS ADVOCATCIOS. MAGISTRADO DE PRIMEIRO GRAU QUE FIXOU VALOR ABAIXO DO
COSTUMEIRAMENTE APLICADO. MAJORAO QUE SE MOSTRA DEVIDA. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. Processo:2013.048791-0
(Acrdo). Relator: Des.
Julgamento: 06/05/2014. Classe: Apelao Criminal.
Subst.
Volnei
Celso
Tomazini.
LESO HONRA OBJETIVA EVIDENCIADA. DANO MORAL PRESENTE NA HIPTESE. RECURSO CONHECIDO
E PROVIDO. No direito honra, a pessoa tomada frente sociedade, no crculo social em que se insere,
em funo do valor nsito considerao social. Da, a violao produz reflexos na sociedade,
acarretando para o lesado diminuio social, com consequncias pessoais (humilhao,
constrangimento, vergonha) e patrimoniais (no campo econmico, como abalo de crdito, descrdito da
pessoa ou da empresa; abalo de conceito profissional). Com efeito, sendo a honra, objetivamente,
atributo valorativo da pessoa na sociedade (pessoa como ente social), a leso se reflete, de imediato, na
opinio pblica, considerando-se perpetrvel por qualquer meio possvel de comunicao (escrito,
verbal, sonoro)..Processo: 2013.011882-6). Relator: Des. Ronei Danielli. Julgamento: 06/05/2014.
conforme proposto pela seguradora. Processo: 2013.064891-0. Relatora: Desa. Maria do Rocio Luz
Santa Ritta. Julgamento: 13/05/2014. Juiz Prolator: Gustavo Schlupp Winter. Classe:Apelao Cvel.
19.AGRAVO DE INSTRUMENTO - AO REVISIONAL - CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE AUTOMVEL TUTELA ANTECIPADA INDEFERIDA - RECURSO DA AUTORA. DECLARAO DE HIPOSSUFICINCIA PRESUNO RELATIVA DE VERACIDADE - DECISO AGRAVADA QUE DETERMINOU A JUNTADA DE
DOCUMENTOS PROBATRIOS DA FRAGILIDADE FINANCEIRA - INEXISTNCIA, AT O PRESENTE MOMENTO,
DE DEMONSTRAO DA PRECARIEDADE DE RECURSOS FINANCEIROS - O BSERVNCIA DOS CRITRIOS
EMANADOS PELA DEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DE SANTA CATARINA - INTERLOCUTRIA MANTIDA.
Para a aferio da situao de hipossuficincia idnea a garantir a concesso do benefcio da gratuidade
da justia, esta Cmara de Direito Comercial tem adotado os mesmos critrios utilizados pela Defensoria
Pblica do Estado de Santa Catarina, dentre os quais o percebimento de renda mensal lquida inferior a
trs salrios mnimos, considerado o desconto de valores provenientes de aluguel e de meio salrio
mnimo por dependente. Na hiptese dos autos, contudo, no foram produzidas provas da necessidade
da Assistncia Judiciria Gratuita, razo pela qual, at agora, resta impossibilitada sua concesso.
PURGAO DA MORA - ABSTENO DA INSCRIO DO NOME DA AGRAVANTE EM CADASTROS DE
RESTRIO CREDITCIA E MANUTENO DA POSSE DO BEM - MEDIDAS CONDICIONADAS AO
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS ASSENTADOS PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA - FALTA DE
DEMONSTRAO DA PERTINNCIA DAS ALEGAES QUE INVIABILIZA A CONCESSO DA TUTELA DE
URGNCIA - SUSTENTADA A ABUSIVIDADE DE ENCARGOS NO PERODO DE NORMALIDADE DO CONTRATO
- TESE QUE SE REVELA INVEROSSMEL - TAXA DE JUROS REMUNERATRIOS CONTRATADOS (24,9% AO
ANO) INFERIOR MDIA DE MERCADO DO BANCO CENTRAL PARA O PERODO (29,81% AO ANO) - PEDIDO
DE DEPSITO MENSAL EM JUZO DO VALOR QUE CONSIDERA DEVIDO OU DA PARCELA CONTRATADA DESPROVIMENTO DIANTE DA AUSNCIA DE VEROSSIMILHANA DO DIREITO INVOCADO IMPOSSIBILIDADE, IGUALMENTE, DA MANUTENO DO BEM EM POSSE DA AUTORA - RECURSO
DESPROVIDO. Segundo entendimento pacificado pelo Superior Tribunal de Justia, admite-se o
deferimento dos pedidos de absteno ou de cancelamento da inscrio do nome da autora, ora
recorrente, nos rgos de proteo ao crdito e de manuteno em seu favor da posse do bem, desde
que preenchidos cumulativamente trs requisitos, a saber: a) efetiva comprovao da existncia de
litigiosidade judicial do dbito; b) demonstrao de que as alegaes formuladas na demanda
fundamentam-se em posicionamento dos Tribunais Superiores; c) depsito dos valores incontroversos ou
realizao de licitao para a concesso de servios pblicos, e do outro lado o direito das
concessionrias de auferirem a justa indenizao em decorrncia do desequilbrio econmico-financeiro
no liame dos contratos entabulados com a Municipalidade, vislumbro que a forma menos onerosa e
penosa para o interesse da coletividade, nesta hiptese, a convalidao da prorrogao da concesso.
Isso porque, os crditos das concessionrias, os quais foram inclusive reconhecidos e confirmados por
deciso desta colenda Cmara, representariam impacto de elevada proporo para os cofres municipais
por conta da vultosa quantia a ser paga a ttulo indenizatrio, e que, por conseguinte, acarretariam
srios danos sade financeira do ente pblico. 5. H de se ressalvar, contudo, que, caso no transcurso
da prorrogao verifique-se, nos termos do laudo pericial produzido na ao n. 020.08.018833-8, que os
prejuzos das concessionrias foram diludos e o reequilbrio econmico-financeiro do contrato ento
restabelecido, o Municpio dever declarar extinta a concesso e, via de consequncia, proceder na
realizao de licitao. Ou ainda, se o ente pblico no transcurso da prorrogao dispuser de recursos
financeiros suficientes e entender que deva indenizar as concessionrias pelos prejuzos suportados,
estar, ento, autorizado a extinguir a concesso e deflagrar procedimento licitatrio para a prestao
do servio de transporte coletivo municipal. Processo: 2013.057791-0. Relator: Des. Srgio Roberto
Baasch Luz.
previa a Lei Complementar Estadual n. 007, de 6 de janeiro de 1997, dizendo que "ficam dispensados do
pagamento das taxas adjetas propriedade, lanadas no carn de cobrana do IPTU, enquanto
mantiverem as condies prprias de cada situao" "os imveis utilizados como templos de qualquer
culto religioso, quando destinados exclusivamente a esta finalidade" (inciso II). A taxa de servios
urbanos prevista no art. 308, da Consolidao das Leis Tributrias de Florianpolis, concernente a
limpeza e conservao de calamento, por no atender aos requisitos de especificidade e divisibilidade,
incorre em inconstitucionalidade por afronta ao art. 150, inciso II, da CF/88 e, por isso, no pode ser
exigida
do
muncipe. Processo: 2013.071784-4. Relator: Des.
Jaime
Ramos. Data
Julgamento:15/05/14. Classe: Apelao Cvel
rgo Especial
1. inconstitucional lei municipal que, para a concesso de benefcios de readaptao funcional e de
afastamento e movimentao temporria por motivo de doena, estabelea distino de tratamento
entre servidor estvel e aquele em estgio probatrio.
2.No padece de inconstitucionalidade, por vcio formal de iniciativa, lei municipal de origem
parlamentar que estabelea perodo mnimo para a inscrio e para a realizao de concurso pblico.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
3. possvel a mitigao do princpio da irrepetibilidade em relao s parcelas alimentares posteriores
ao advento da maioridade civil do alimentando quando demonstrado que o registro civil de seu
nascimento foi feito pela genitora de forma unilateral e com m-f, e que aquele detinha cincia sobre
a inexistncia de vnculo biolgico com o alimentante e no mantinha com este relao de afetividade.
Cmaras de Direito Criminal
4.No comprovada a tese de tentativa de fuga, a conduta do ru que, durante seu deslocamento, causa
estragos na viatura configura o delito de dano ao patrimnio pblico.
5. inaplicvel o princpio da insignificncia ao furto praticado durante a realizao de programa
sexual, ainda que de montante inferior ao salrio mnimo vigente poca dos fatos, se a acusada
reiteradamente emprega idnticomodus operandi.
6.Estar o ru condenado por sentena transitada em julgado foragido impede a emisso da guia de
recolhimento e o consequente incio da execuo da pena privativa de liberdade, assim como torna
vlida a expedio de mandado de priso.
7.A restituio de veculo apreendido em processo de apurao de ato infracional no se condiciona ao
pagamento de despesas relativas apreenso, remoo e estadia.
8.Reconhecida a legtima defesa em relao ao crime de ameaa, consectrio lgico que a
excludente abarque tambm o crime-meio de porte de arma de fogo.
9.O arquivamento de inqurito policial, com a ressalva da possibilidade de reabertura, no caso de
provas novas, e sem manifestao explcita sobre a atipicidade do fato, no faz coisa julgada material a
desafiar a interposio de recurso de apelao.
10.O oferecimento de queixa-crime estritamente em relao a uma das autoras de anncio calunioso
veiculado em rede social importa na extino da punibilidade, em homenagem ao princpio da
indivisibilidade da ao penal privada.
rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 1 DO ART. 6 DA LEI COMPLEMENTAR N. 180/10, DO
MUNICPIO DE ITAJA, QUE DISPE SOBRE A READAPTAO FUNCIONAL, OS AFASTAMENTOS
VINCULADOS PERCIA MDICA E A MOVIMENTAO TEMPORRIA POR MOTIVO DE SADE.
CONDICIONA O GOZO DOS BENEFCIOS COMPROVAO DE QUE A MOLSTIA FOI ADQUIRIDA DEPOIS
DO INGRESSO NO SERVIO PBLICO. OFENSA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, ISONOMIA E
ESTABILIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE. PEDIDO ACOLHIDO. 2 DO ART. 6 DA LEI COMPLEMENTAR
N. 180/10. SUJEITA O SERVIDOR, SE HOUVER INDCIOS DE QUE A PATOLOGIA EXISTIA ANTES DO
INGRESSO NO SERVIO PBLICO, A PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. IDENTIDADE DE VCIOS E
RELAO DE INSTRUMENTALIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE POR ATRAO. Processo: 2013.0112099. Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima Filho. Julgamento: 04/06/2014. Classe: Ao Direta de
Inconstitucionalidade.
8.APELAO CRIMINAL. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO (ART. 14 DA LEI N.
10.826/03). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DEFENSIVO. ACUSADO ABSOLVIDO DA PRTICA DO
CRIME DE AMEAA, EM RAZO DO RECONHECIMENTO DA LEGTIMA DEFESA. REPRESENTANTE DO
MINISTRIO PBLICO QUE, EM ALEGAES FINAIS, DESTACA QUE A UTILIZAO DA ARMA DE FOGO FOI
NECESSRIA PARA VIABILIZAR A DEFESA DA VTIMA. DENNCIA QUE SOMENTE NARRA A UTILIZAO
coisa
julgada". Processo: 2012.085940-0. Relator: Des.
Domingos
Paludo. Julgamento: 08/05/2014.
da atividade lesiva ao direito autoral, ela nada disps sobre provimento antecipatrio ou tutela
acautelatria. A concesso de liminar, h de respeitar, conforme o caso, os requisitos do art. 273 ou do
art.
798
do
CPC. Processo: 2010.064344-7. Relator: Des.
Sebastio
Csar
Evangelista.
Julgamento: 05/06/2014.
rgo Especial
1. constitucional lei municipal que autorize a regularizao de construes e de atividade no
residencial sem licena de funcionamento, no ocorrendo violao autonomia estadual e tampouco
interferncia na atuao do Corpo de Bombeiros Militar.
2.Possui vcio formal de constitucionalidade lei municipal que cria fundo de melhoria da Polcia Militar
de Santa Catarina, pois atividade de segurana pblica no se insere no mbito da competncia do
municpio para legislar.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
3.Candidata que se submete a cirurgia oftalmolgica durante concurso pblico, a fim de atender aos
requisitos do edital, no pode ser considerada inapta.
4.No se afigura razovel e proporcional a demolio de edificao construda sem licena e em rea
de preservao permanente que havia sido degradada por mineradora, quando demonstrado que o
proprietrio promoveu o equilbrio ambiental da rea.
Cmaras de Direito Criminal
5.Admite-se a manuteno da medida cautelar de afastamento do cargo pblico, mesmo diante do
trmino da instruo processual, na hiptese de o agente ter se prevalecido da funo para perpetrar
diversos crimes, haja vista a possibilidade concreta de reiterao delituosa.
6.Vivel a relativizao da presuno de violncia no delito de estupro de vulnervel quando a vtima
consente em ter conjuno carnal e demonstra maturidade sexual, por ausncia de violao ao bem
jurdico tutelado.
7.Impossvel a abstrativizao do controle difuso de constitucionalidade e concesso de efeito erga
omnes ao julgamento incidental a fim de fixar regime distinto do fechado ao condenado por crime de
trfico de drogas.
8.Nos procedimentos destinados apurao de infrao administrativa prevista no Estatuto da
Criana e do Adolescente, o prazo recursal inicia-se quando da intimao do procurador publicada no
Dirio da Justia e no da intimao pessoal do representante da pessoa jurdica.
9.O fato de o perito oficial ter transcrito laudo lavrado por mdico particular no subtrai a
credibilidade das concluses daquele.
10.Na execuo penal imprescindvel a instaurao de procedimento administrativo, a ser presidido
pelo diretor do estabelecimento prisional, para apurao de falta disciplinar, bem como deve ser
assegurado ao apenado o regular exerccio do direito de defesa realizado por advogado constitudo ou
defensor pblico.
Cmaras de Direito Civil
11.Vivel o acolhimento institucional de idoso que sofre maus-tratos dos filhos e reside em imvel
sujeito a runa.
12.Paciente que apresenta problemas de sade aps utilizao de clipe de escritrio em
procedimento cirrgico odontolgico possui direito a indenizao em antecipao de tutela.
13.Possvel a indicao de bens alienados fiduciariamente com a finalidade de garantir o juzo por
segurado que pleiteia o recebimento de prmio a ttulo de antecipao dos efeitos da tutela.
14.Veculo de imprensa que, ao divulgar matria jornalstica inverdica, faz referncia a particular
como suposto policial civil embriagado em festa fantasia abusa do direito de informao e fere a
honra do indivduo prejudicado.
15.O valor dos alimentos fixados provisoriamente em antecipao de tutela passvel de execuo,
mesmo na hiptese de revogao da verba por ocasio do julgamento do correspondente agravo de
instrumento.
16.Em que pese ao significativo dissenso doutrinrio e jurisprudencial acerca da interpretao do art.
37, 6, da Constituio Federal, factvel o reconhecimento da legitimidade de agente pblico para
figurar no polo passivo de ao indenizatria intentada por particular.
Cmaras de Direito Comercial
17.Compete ao foro de domiclio do executado o processamento de execuo de ttulo extrajudicial
proposta por cooperativa de crdito, haja vista a existncia de relao consumerista.
18.Em ao de busca e apreenso decorrente de contrato de financiamento de veculo com garantia
de alienao fiduciria, a mora s purgada com o pagamento integral da dvida pelo devedor.
19.Dvida contrada por interposta pessoa no desonera quem de direito deve adimplir com as
obrigaes assumidas e instrumentalizadas por duplicata mercantil virtual expedida por
estabelecimento comercial.
20.A contratao de servios bancrios como emprstimo pessoal, seguro, carto de crdito e limite
especial desnatura a modalidade de conta-salrio, afastando a ilegalidade do saldo devedor exigido
pela casa financeira.
21.Alterao fraudulenta de contrato social para incluso de scio e administrador em empresa j
constituda por terceiros pode ser suspensa, a ttulo de tutela antecipada, razo do perigo de dano
irreparvel ao scios primitivos.
Cmaras de Direito Pblico
22.Configura tredestinao lcita quando o Municpio, observado o interesse pblico, edifica
educandrio infantil em terreno doado pelo Estado para construo de centro de cultura e lazer.
23. dever do Municpio indenizar por dano material e moral o particular que teve infeco bacteriana
originada por falta de assepsia na aplicao de vacina por agente pblico da rea da sade.
24.Afronta a legislao ambiental a edificao de antena de estao de rdio-base para telefone
celular em rea de proteo ambiental sem obteno das licenas prvia e de instalao, estudo e
relatrio de impacto ambiental e em desrespeito s distncias regulamentares mnimas em relao
aos imveis vizinhos.
25. Como garantia do acesso sade, a municipalidade deve manter posto de atendimento instalado
em nosocmio, de maneira ininterrupta, de forma a proporcionar a reduo das consultas de menor
complexidade pelo hospital local.
rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO URBANSTICO. LEI MUNICIPAL QUE AUTORIZA A
7.PENAL. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A SADE PBLICA. TRFICO DE DROGAS (LEI
11.343/2006, ART. 33, CAPUT). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA ACUSAO. MATERIALIDADE
E AUTORIA NO IMPUGNADAS. DOSIMETRIA. PRIMEIRA FASE. MAJORAO DA PENA. CRACK. NATUREZA
NOCIVA EVIDENCIADA. INCIDNCIA DO ART. 42 DA LEI 11.343/2006. REGIME INICIAL FECHADO.
POSSIBILIDADE. NO INCIDNCIA DOS EFEITOS DA DECISO PROFERIDA NO HC 111.840/ES EM
CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE PELO STF. ARGUMENTO CONSOLIDADO EM
RECENTE PRECEDENTE DO STF (RECLAMAO 4.335/AC). INVIABILIDADE DE ABSTRATIVIZAO DO
CONTROLE DIFUSO. CIRCUNSTNCIAS DO CASO CORROBORAM FIXAO DO REGIME FECHADO.
APREENSO DE CRACK E MACONHA. SENTENA REFORMADA. - A natureza da droga apreendida
permite o aumento da pena na primeira fase da dosimetria, pois "o juiz, na fixao das penas,
considerar, com preponderncia sobre o previsto no art. 59 do Cdigo Penal, a natureza e a
quantidade da substncia ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente" (Lei
11.343/2006, art. 42). - Considerando o entendimento do STF firmado na Reclamao 4.335/AC, de
que no possvel a abstrativizao do controle difuso, no possvel aplicar o entendimento firmado
no HC 111.840/ES para a fixao de regime inicial diverso do fechado nos crimes de trfico de drogas,
por no se tratar de lei em sentido estrito. - O agente condenado por trfico de drogas, crime
altamente censurvel pela Constituio Federal, no faz jus fixao de regime mais brando,
sobretudo quando apreendido com substncia entorpecente altamente nociva como o crack e certa
quantidade de maconha. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e o parcial provimento do recurso. Recurso conhecido e provido. Processo: 2014.002924-7. Relator: Des. Carlos Alberto Civinski.
Julgamento:01/07/2014. Juiz Prolator: Rodrigo Vieira de Aquino. Classe: Apelao Criminal (Ru
Preso).
10.HABEAS CORPUS. EXECUO PENAL. TENTATIVA DE FUGA. FALTA GRAVE. REGRESSO DE REGIME.
MODIFICAO DA DATA-BASE. PERDA DE DIAS REMIDOS. MATRIA DE EXECUO PENAL. DISCUSSO
NO MBITO DO PRESENTE WRIT. POSSIBILIDADE. JURISPRUDNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIA. PARTICULARIDADES DO CASO CONCRETO. Conquanto esta Cmara, usualmente, no admita
a discusso de matria de execuo penal no mbito do habeas corpus, compreende-se ser possvel,
em situaes particulares, excepcionar esse entendimento. Ademais, em 27 de maio de 2014, o
Superior Tribunal de Justia, por meio da Quinta Turma, ao apreciar o Agravo Regimental no Recurso
em Habeas Corpus n. 39523/SC, cujo Relator foi o Ministro Moura Ribeiro, decidiu "por unanimidade,
negar provimento ao Agravo Regimental, e conceder habeas corpus, de ofcio, a fim de determinar ao
Tribunal de origem que aprecie o pleito formulado no mandamus l impetrado (HC n. 2013.022595-6),
como entender de direito". Na verdade, aludido julgamento originou-se de Recurso Ordinrio
interposto pela Defensoria Pblica do Estado de Santa Catarina contra acrdo proferido por este
rgo Fracionrio no Habeas Corpus n. 2013.022595-6, oportunidade na qual no se conheceu da
ordem, precisamente, por versar sobre matria de execuo penal. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR - PAD. ALEGAO DE NULIDADE. PROCEDIMENTO NO ACOMPANHADO POR DEFESA
TCNICA. DETENTO OUVIDO PERANTE O JUZO DA EXECUO. ATO ACOMPANHADO PELA DEFENSORIA
PBLICA DO ESTADO DE SANTA CATARINA. POSICIONAMENTO DESTE RGO COLEGIADO. VCIO
SANADO. ATUAL JURISPRUDNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. ARTIGOS 47, 48 E 59, TODOS
DA LEI N. 7.210/1984 - LEI DE EXECUES PENAIS. VIOLAO. ARTIGO 5, LIV E LV, DA CONSTITUIO
FEDERAL. PRINCPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITRIO.
OFENSA. STATUS LIBERTATIS. LIMITAO. INTERPRETAO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS.
PARTICULARIDADES DO CASO CONCRETO. VCIO EXISTENTE. ORDEM CONCEDIDA. "Para o
reconhecimento da prtica de falta disciplinar, no mbito da execuo penal, imprescindvel a
instaurao de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o
direito de defesa, a ser realizado por advogado constitudo ou defensor pblico
nomeado". Processo: 2014.038211-8. Relator: Des. Jorge Schaefer Martins. Julgamento:10/07/14.
14.AO DE INDENIZAO POR LUCROS CESSANTES E DANO MORAL. AUTOR QUE PARTICIPOU DE
EVENTO FANTASIADO DE POLICIAL CIVIL. ENTREVISTA CONCEDIDA A PROGRAMA CULTURAL. MDIA
REPRODUZIDA PELOS RUS COM CONTEDO INVERDICO. PROGRAMA POLICIAL QUE INDAGAVA O
SECRETRIO DE SEGURANA DO ESTADO ACERCA DA PRESENA DE POLICIAL CIVIL TOTALMENTE
EMBRIAGADO DURANTE O EVENTO. FATOS CONFIRMADOS PELOS RUS. ABUSO DO DIREITO DE
INFORMAR. LIBERDADE DE IMPRENSA QUE NO PODE FERIR O DIREITO A HONRA E A IMAGEM. AUTOR
QUE FOI ALVO DE CHACOTA PERANTE A SOCIEDADE LOCAL. DANO MORAL CARACTERIZADO. DEVER
DE INDENIZAR. LUCROS CESSANTES INEXISTENTES. RETRATAO PBLICA DOS RUS
DESNECESSRIA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. A liberdade de imprensa est
assegurada na Constituio Federal, todavia, no deve ser exercida de forma absoluta pois encontra
limites nos direitos fundamentais igualmente tutelados pela Carta Magna, de modo que no pode se
sobrepor ao direito honra, imagem, e privacidade. O exerccio do direito de informar sem a
necessria preocupao com a veracidade dos fatos por demais abusivo, e ultrapassa em muito o
mero dissabor, ocasionando verdadeiro abalo psquico vtima, sendo suscetvel de
indenizao.Processo: 2014.009335-2. Relator: Des. Subst. Saul Steil Julgamento:08/07/2014.
POCA,
COINCIDIA
COM
A RESIDNCIA
DO
EXECUTADO/EXCIPIENTE. ACOLHIMENTO DA EXCEO OPOSTA PELO EXECUTADO E REMESSA DOS
AUTOS COMARCA DE LAGES, O LOCAL DO SEU ATUAL DOMICLIO, CONFORME OS DITAMES DO
CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. INCIDNCIA DAS DISPOSIES DA LEGISLAO
CONSUMERISTA S COOPERATIVAS QUE DESEMPENHAM ATIVIDADE EQUIPARADA INSTITUIO
FINANCEIRA. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA E DA CASA. RELAO MANTIDA
ENTRE AS PARTES QUE DE CONSUMO. INCIDNCIA E PREVALNCIA, PORTANTO, DAS NORMAS DO
CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. COMPETNCIA QUE ABSOLUTA EM FAVOR DO CONSUMIDOR.
FACILITAO DA DEFESA DOS SEUS DIREITOS. ARTIGO 6, INCISOS VII E VIII, DA LEI N. 8.078, DE
11.9.1990. MANUTENO DA DECISO AGRAVADA COM A REMESSA DOS AUTOS COMARCA DE
LAGES. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2013.070656-6. Relator: Des. Jnio Machado.
rgo Especial
1.Segundo interpretao conforme a Constituio, a norma municipal que elege o ndice CUB para
avaliao do valor venal do imvel com vistas ao clculo do IPTU constitucional, desde que
conjugado com outros critrios.
Seo Criminal
2.Sentena de improcedncia em ao indenizatria ex delicto, concernente ao mesmo fato que
motivou a deciso condenatria, no constitui prova nova a justificar o ajuizamento de reviso
criminal.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
3.O fato de o relator originrio vencido em parte ter lavrado acrdo no qual foram expostas as
razes dos votos vencedores no enseja violao a direito lquido e certo a ser amparado por
mandado de segurana.
apelao.
18.No h ordem de preferncia na forma de cauo prestada por empresa estrangeira com a
finalidade de garantir o adimplemento das despesas e dos honorrios advocatcios da parte adversa
em ao de cobrana intentada na justia brasileira.
Cmaras de Direito Pblico
19. cabvel a restituio da diferena do valor recolhido do ICMS nas operaes em que o tributo
arrecadado na operao inicial seja menor do que o preo da venda final.
20.No admitida a incidncia do ICMS na importao de bens por quem no seu contribuinte
habitual em relao aos fatos geradores ocorridos antes das alteraes introduzidas pela EC n.
33/2001 e LC n. 116/2003.
21.Admite-se a relativizao da coisa julgada nas demandas de fornecimento de medicamentos para
garantir ao paciente a substituio da medicao que perdeu eficcia.
22.Quanto restituio de IPTU cobrado indevidamente de proprietrio que foi alijado do domnio
til pela desapropriao indireta, os juros moratrios e a correo monetria devem incidir no
exerccio financeiro seguinte tomada do bem pelo ente pblico.
rgo Especial
1.ADI. TRIBUTRIO. IMPOSTO PREDIAL TERRITORIAL URBANO. LEI COMPLEMENTAR N. 270/13, DO
MUNICPIO DE CAADOR, QUE SUBSTITUIU ANEXO DO CDIGO TRIBUTRIO MUNICIPAL. ALTERAO
DA PLANTA GENRICA E CLCULO DO VALOR DO METRO QUADRADO PREDIAL E TERRITORIAL.
UTILIZAO DO CUB COMO NDICE DE AFERIO DO VALOR DO METRO QUADRADO CONSTRUDO.
POSSIBILIDADE, UMA VEZ QUE A MENSURAO SE DEU POR MEIO DE ESTUDO TCNICO, QUE
AVALIOU TODAS AS PECULIARIDADES DE CADA PROPRIEDADE, INCLUINDO LOCALIZAO,
ALINHAMENTO, POSICIONAMENTO, SITUAO DA UNIDADE CONSTRUDA, DEPRECIAO TEMPORAL,
VALOR DE TRANSAO COMERCIAL OU ALUGUEL. PRINCPIO DA ISONOMIA NO VIOLADO.
NECESSIDADE, PORM, DE VALER-SE DA INTERPRETAO CONFORME CONSTITUIO. UTILIZAO
DO NDICE (CUB) TO SOMENTE PARA A AFERIO DO VALOR VENAL E ATUALIZAO DA PLANTA
GENRICA, POR MEIO DE LEI. IMPOSSIBILIDADE, PORM, DE SER UTILIZADO COMO NDICE DE
REAJUSTE ANUAL DO IPTU, MEDIANTE DECRETO DO PODER EXECUTIVO, SOB PENA DE FERIR O
PRINCPIO DA LEGALIDADE. ALEGAO DE VIOLAO AOS PRINCPIOS DA CAPACIDADE
CONTRIBUTIVA E DA VEDAO AO CONFISCO. INOCORRNCIA. NO DEMONSTRAO DE QUE O
VALOR VENAL ATRIBUDO AOS IMVEIS SUPERIOR AO VALOR PRATICADO NO MERCADO. FRMULA
UTILIZADA PELO MUNICPIO, A PARTIR DAS CONCLUSES DA COMISSO ESPECIAL DE AVALIAO,
QUE LEVOU EM CONTA CRITRIOS CIENTFICOS E CONSIDEROU CARACTERSTICAS OBJETIVAS, COMO
A LOCALIZAO, AS DIMENSES, A QUALIDADE E PECULIARIDADES DAS PROPRIEDADE. LEI
MUNICIPAL QUE POSSIBILITA, AINDA, A CONCESSO DE ISENO DO IPTU PROPRIETRIO DE NICO
IMVEL, CUJA RENDA FAMILIAR NO ULTRAPASSE A 2 SALRIOS MNIMOS. CIRCUNSTNCIA QUE
DEMONSTRA ATENO CITADOS PRINCPIOS. LEGITIMIDADE DA COBRANA QUE, TODAVIA, NO
OBSTA O CONTRIBUINTE DE INSURGIR-SE CONTRA O LANAMENTO E DEMONSTRAR,
CONCRETAMENTE, QUE O SEU IMVEL POSSUI VALOR INFERIOR AO CONSTATADO PELA FAZENDA
MUNICIPAL. PEDIDO JULGADO IMPROCEDENTE. MODULAO DOS EFEITOS. EFICCIA PRORROGADA
A PARTIR DO EXERCCIO FINANCEIRO DE 2015, TERMOS DO ART. 17 LEI ESTADUAL
12.069/01.Processo: 2013.089448-3. Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima Filho.
Seo Criminal
2.1. AGRAVO REGIMENTAL. DECISO QUE NEGOU SEGUIMENTO, MONOCRATICAMENTE, A REVISO
5.HABEAS CORPUS. CRIME DE TORTURA. ARTIGO 1, II, C/C 4, I, DA LEI 9.455/1997. PRETENSO
DE TRANCAMENTO DA AO PENAL. NULIDADE. ALEGAO DE NO ENFRENTAMENTO DAS
PRELIMINARES SUSCITADAS EM DEFESA PRVIA. NO OCORRNCIA. MATRIA SUSCITADA QUE SE
CONFUNDE COM O MRITO, ASSIM IDENTIFICADA PELA AUTORIDADE A QUO. TORTURA CASTIGO.
AGRESSES FSICAS PRATICADAS CONTRA DETENTOS. CHUTES E CORONHADAS DE ESPINGARDA
CALIBRE 12. AUSNCIA DE JUSTA CAUSA. INEXISTNCIA DE EXAME DE CORPO DE DELITO. FALTA DE
COMPROVAO DA MATERIALIDADE. TRANCAMENTO DA AO PENAL, NOTADAMENTE DIANTE DA
IMPOSSIBILIDADE FTICA DE SUA REALIZAO PELO DECURSO DO TEMPO. IMPOSSIBILIDADE DE
REALIZAO DE EXAME DE CORPO DE DELITO INDIRETO DIANTE DA DESDIA DA AUTORIDADE
POLICIAL, QUE NEGLIGENCIOU QUANTO DETERMINAO DE SUA EFETIVAO. ENCAMINHAMENTO
DE CPIA DOS AUTOS PARA O MINISTRIO PBLICO, PARA APURAO DO SUPOSTO CRIME DE
PREVARICAO. ORDEM CONCEDIDA. "Os crimes que deixam vestgios materiais devem redundar na
elaborao do exame de corpo de delito, que o exame pericial, para a formao da materialidade
(prova da sua existncia), conforme prev o art. 158, CPP [...] Como regra, os crimes contra o meio
ambiente so capazes de deixar vestgios (poluies em geral, matana de animais, devastao de
florestas, danos a plantas etc.), motivo pelo qual o art. 19 da Lei 9.605/98 faz referncia percia de
constatao do dano ambiental". Processo: 2014.037199-5). Relator: Des. Jorge Schaefer
Martins.
6.APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A ADMINISTRAO. CONCUSSO (ART. 316, DO CDIGO
PENAL). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DEFENSIVO. ADVOGADO NOMEADO COMO
DEFENSOR DATIVO QUE EXIGE VERBA PARA O EXERCCIO DA DEFESA. ALEGAO DE ATIPICIDADE
DA CONDUTA POR SER MUNUS PBLICO. DESEMPENHO DE FUNO PBLICA. ENQUADRAMENTO NO
ARTIGO 327 DO CDIGO PENAL. CONDUTA TPICA. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIA E DESTA CORTE CATARINENSE. PEDIDO DE ABSOLVIO POR INSUFICINCIA
PROBATRIA. NOMEAO QUE OCORREU APS REUNIO DOS ADVOGADOS DE PONTE SERRADA
ONDE DELIBERARAM CONJUNTAMENTE NO ACEITAREM O ENCARGO COMO FORMA DE PRESSIONAR
O ESTADO A PAGAR DVIDA DE ATUAES PRETRITAS. DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS FIRMES
NESTE SENTIDO. MOVIMENTO SEMELHANTE EM OUTRAS CIDADES. AJUSTE DOS PROFISSIONAIS DA
REA JURDICA DAQUELA CIDADE EM COBRAR VERBA MNIMA. RELATOS DOS ASSISTIDOS DE QUE O
APELANTE TERIA DECLARADO SOMENTE PATROCINAR A DEFESA MEDIANTE O PAGAMENTO DE
CENTO E SETENTA REAIS. RENNCIA NO FORMALIZADA EXPRESSAMENTE, CONTUDO, DIANTE DAS
PARTICULARIDADES DO CASO CONCRETO, POSSVEL CONCLUIR PELA NO ACEITAO E PEDIDO DE
HONORRIOS COMO ADVOGADO PRIVADO. DVIDA QUE DEVE BENEFICIAR O RU. ABSOLVIO QUE
SE IMPE. PREJUDICADAS AS DEMAIS TESES DEFENSIVAS. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. Processo: 2013.056557-5. Relatora: Desa. Subst. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt
Schaefer. .
9.APELAO CVEL. CONTRATO DE PLANO DE SADE. REAJUSTE POR FAIXA ETRIA. ABUSIVIDADE DA
CLUSULA RECONHECIDA NA ORIGEM. DEVOLUO DOS VALORES PAGOS A MAIOR. PRESCRIO.
NO OCORRNCIA. INCIDNCIA DO PRAZO QUINQUENAL DO ART. 27 DO CDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. A existncia de clusula contratual abusiva,
prevendo o reajuste das mensalidades de plano de sade em razo da modificao da faixa etria
dos contratantes - em afronta s disposies da Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) -, configura
evidente hiptese de defeito na prestao do servio, amoldando-se lgica da responsabilidade
objetiva. Aplicvel repetio dos valores pagos indevidamente, portanto, o prazo prescricional de
cinco anos previsto no artigo 27 do CDC. Processo: 2014.010026-2). Relator: Des. Domingos
Paludo.
POR QUEM NO SEU CONTRIBUINTE HABITUAL DESDE QUE OS FATOS GERADORES SEJAM
ANTERIORES EC N. 33/2001 E LC N. 116/2003 - FATOS GERADORES POSTERIORES A ESSAS
NORMAS - ACRDO ANTERIOR DE ACORDO COM O ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL - CONFIRMAO DO ACRDO REANALISADO. "1. H competncia constitucional para
estender a incidncia do ICMS operao de importao de bem destinado a pessoa que no se
dedica habitualmente ao comrcio ou prestao de servios, aps a vigncia da EC 33/2001. "2. A
incidncia do ICMS sobre operao de importao de bem no viola, em princpio, a regra da
vedao cumulatividade (art. 155, 2, I da Constituio), pois se no houver acumulao da
carga tributria, nada haveria a ser compensado." "3. Divergncia entre as expresses 'bem' e
'mercadoria' (arts. 155, II e 155, 2, IX, a da Constituio). constitucional a tributao das
operaes de circulao jurdica de bens amparadas pela importao. A operao de importao
no descacteriza, to-somente por si, a classificao do bem importado como mercadoria. Em
sentido semelhante, a circunstncia de o destinatrio do bem no ser contribuinte habitual do
tributo tambm no afeta a caracterizao da operao de circulao de mercadoria. Ademais, a
exonerao das operaes de importao pode desequilibrar as relaes pertinentes s operaes
internas com o mesmo tipo de bem, de modo a afetar os princpios da isonomia e da livre
concorrncia. "CONDIES CONSTITUCIONAIS PARA TRIBUTAO "4. Existncia e suficincia de
legislao infraconstitucional para instituio do tributo (violao dos arts. 146, II e 155, XII, 2, i
da Constituio). A validade da constituio do crdito tributrio depende da existncia de lei
complementar de normas gerais (LC 114/2002) e de legislao local resultantes do exerccio da
competncia tributria, contemporneas ocorrncia do fato jurdico que se pretenda tributar. "5.
Modificaes da legislao federal ou local anteriores EC 33/2001 no foram convalidadas, na
medida em que inexistente o fenmeno da 'constitucionalizao superveniente' no sistema jurdico
brasileiro. A ampliao da hiptese de incidncia, da base de clculo e da sujeio passiva da regramatriz de incidncia tributria realizada por lei anterior EC 33/2001 e LC 114/2002 no serve de
fundamento de validade tributao das operaes de importao realizadas por empresas que no
sejam comerciais ou prestadoras de servios de comunicao ou de transporte intermunicipal ou
interestadual. "6. A tributao somente ser admissvel se tambm respeitadas as regras da
anterioridade e da anterioridade, cuja observncia se afere com base em cada legislao local que
tenha modificado adequadamente a regra-matriz e que seja posterior LC 114/2002. Recurso
extraordinrio interposto pelo Estado do Rio Grande do Sul conhecido e ao qual se nega provimento.
Recurso
extraordinrio
interposto
por
FF.
Claudino
ao
qual
se
d
provimento". Processo: 2012.074877-4.Relator: Des. Jaime Ramos.
5. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A ADMINISTRAO DA JUSTIA. PECULATO (ART. 312, CAPUT,
DO CDIGO PENAL). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. NULIDADE DO PROCESSO
DEVIDO AO INDEFERIMENTO DO EXAME DE INSANIDADE MENTAL E INIMPUTABILIDADE PENAL DO RU.
PERCIA REQUERIDA NA AUDINCIA DE INSTRUO. IMPOSSIBILIDADE DE AVALIAR O ESTADO
PSICOLGICO DO RU POCA DO FATO. ADEMAIS, SITUAES FTICAS E DEPOIMENTOS QUE NO
INDICAM A INIMPUTABILIDADE DO RU. OBSERVNCIA DO ART. 149 DO CDIGO DO PROCESSO PENAL.
ORDENAO QUE SE MOSTROU DISPENSVEL PELO MAGISTRADO. PRELIMINAR REJEITADA. NULIDADE
DO PROCESSO ANTE O INDEFERIMENTO DOS QUESTIONAMENTOS ACERCA DA PERCIA GRAFOTCNICA.
INVIABILIDADE DE QUESTIONAMENTO ACERCA DA FORMAO DO PERITO E DA METODOLOGIA
EMPREGADA NO LAUDO. EXAME REALIZADO POR PERITA CRIMINAL DO INSTITUTO GERAL DE PERCIA.
PRESUNO DE CAPACIDADE PARA REALIZAO DO LAUDO PERICIAL. VCIO INEXISTENTE. PLEITO
ABSOLUTRIO POR ATIPICIDADE DA CONDUTA. RECONHECIMENTO DO PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA.
IMPOSSIBILIDADE. CRIME CONTRA A ADMINISTRAO DA JUSTIA. BEM JURDICO TUTELADO
(MORALIDADE ADMINISTRATIVA) QUE NO PODE SER AUFERIDO PELO VALOR ECONMICO DA
VANTAGEM INDEVIDA. PLEITO ABSOLUTRIO POR INSUFICINCIA DE PROVAS. NAO CABIMENTO.
MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS CONFIGURADAS. CONTEXTO PROBATRIO DEMONSTRA QUE O
RU, APROVEITANDO-SE DO SEU CARGO, ESCRIVO DE POLCIA, FALSIFICOU ASSINATURA E EXTRAVIOU
TERMO CIRCUNSTANCIADO, O QUAL ESTAVA SOB SUA RESPONSABILIDADE, A FIM DE APROPRIAR-SE DA
QUANTIA A ELE ATRELADO. DEPOIMENTO DO DELEGADO DE POLCIA AFIRMANDO TER DEIXADO O
TERMO CIRCUNSTANCIADO AOS CUIDADOS DO RU PARA REMESSA AO FRUM. LAUDO PERICIAL
ATESTA CONVERGNCIA GRFICA ENTRE DOCUMENTO QUESTIONADO E GRAFIA DO AGENTE. PROVAS
SUFICIENTES. CONDENAO MANTIDA. REDUO DA PENA-BASE PARA O MNIMO LEGAL. NO
ACOLHIMENTO. CIRCUNSTNCIAS DO CRIME QUE TRANSCENDERAM A ESTRUTURA DO TIPO PENAL.
AGENTE QUE FALSIFICOU ASSINATURA DE SERVIDORA PBLICA E EXTRAVIOU DOCUMENTO PBLICO A
FIM DE APROPRIAR-SE DE NUMERRIO VINCULADO A ELE. MOTIVAO IDNEA. RECURSO CONHECIDO
E DESPROVIDO. Processo: 2013.073233-4. Relatora: Desa. Marli Mosimann Vargas.
6. ESTUPRO DE VULNERVEL EM CONTINUIDADE DELITIVA. ARTIGO 217-A C/C ARTIGO 71, AMBOS DO
CDIGO PENAL. SENTENA ABSOLUTRIA IMPRPRIA. RECURSO DO RU. PRELIMINAR. CERCEAMENTO
DE DEFESA. ADOO DA RECOMENDAO N. 33/2010 DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA.
DEPOIMENTO SEM DANO. NO OBSERVNCIA DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. ALEGAO DE
INSEGURANA JURDICA E PREJUZO IRREPARVEL DEFESA. INOCORRNCIA. MTODO DE OITIVA DA
VTIMA DE CRIMES SEXUAIS. INSTRUMENTO DE IDEALIZAO DA PROTEO DOS DIREITOS DA
CRIANA E DO ADOLESCENTE. PROTOCOLO ASSINADO ENTRE O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA, O
UNICEF E A OSCIP "CHILDHOOD BRASIL". ESTRATGIA CONTRA A VITIMIZAO SECUNDRIA.
CONTRADITRIO E AMPLA DEFESA OBSERVADOS. ACOMPANHAMENTO DO DEPOIMENTO EM TEMPO
REAL. POSSIBILIDADE DE REALIZAO DE REPERGUNTAS E ESCLARECIMENTOS. PREFACIAL
RECHAADA. A Recomendao n. 33/2010 do CNJ cuida do "depoimento sem dano", instrumento de
idealizao da proteo dos direitos da criana e do adolescente, dando ensejo, inclusive, parceria
entre o CNJ, o Unicef e a Childhood Brasil (instituio criada em 1999 pela Rainha da Sucia para a
proteo da infncia contra o abuso e a explorao sexual), cujo acordo foi firmado em 9 de outubro de
2012, objetivando a implementao do sistema. O objetivo do instituto a mitigao da vitimizao
secundria do sujeito passivo de delitos sexuais, evitando colocar a vtima diante de pessoas
desconhecidas, inquirindo-a acerca de fatos violentos e ntimos que supostamente sofreu. Em sendo
permitido o contato prvio das partes com a psicloga nomeada para o ato, bem como o
acompanhamento do depoimento em tempo real, com a possibilidade, inclusive, da realizao de
reperguntas e esclarecimentos, no h ofensa aos princpios constitucionais do contraditrio e da
ampla defesa. MRITO. MATERIALIDADE E AUTORIA DEMONSTRADAS. DELITO PRATICADO POR HOMEM
DE 62 (SESSENTA E DOIS) ANOS CONTRA VTIMA DE 10 (DEZ) ANOS POCA DOS FATOS. ACUSADO
CONSIDERADO INIMPUTVEL POR PERCIA MDICA. MODUS OPERANDI. RU, VIZINHO DA VTIMA, QUE A
CHAMAVA PARA LOCAIS ERMOS E PASSAVA A MO EM SEU CORPO, APALPANDO-LHE OS SEIOS POR
DENTRO DO SUTI E A GENITLIA POR CIMA DA CALCINHA. PROVOCAO DE HEMATOMAS NO CORPO
DA OFENDIDA. PALAVRA DA VTIMA. ESPECIAL RELEVNCIA. CONFRONTO COM OS DEMAIS ELEMENTOS
PROBATRIOS. PRTICA DO ESTUPRO DEVIDAMENTE DEMONSTRADA. ABSOLVIO IMPRPRIA
MANTIDA. A palavra da vtima, nos crimes sexuais, possui especial relevncia, diante da natureza do
delito, que dificilmente deixa vestgios em funo de ser cometido s ocultas, ou em ambientes
domsticos, sem a presena de testemunhas. Se h nos autos elementos probatrios suficientes para
indicar, sem margem a dvidas, a materialidade e a autoria do delito, inviabiliza-se a absolvio por
falta de provas. PLEITO DE NULIDADE. PSICLOGA QUE TERIA INDUZIDO O DEPOIMENTO DA VTIMA.
INSUBSISTNCIA. MCULA INEXISTENTE. AUSNCIA DE TERMO DE DEPOIMENTO DA VTIMA. MERA
IRREGULARIDADE. DESCLASSIFICAO. IMPORTUNAO OFENSIVA AO PUDOR. ARTIGO 61 DO
DECRETO-LEI N. 3.688/1941. AGENTE QUE AMEAOU VTIMA DE MORTE CASO CONTASSE OS ABUSOS A
SEUS PAIS. INTENO DO RU. SATISFAO DA LASCVIA. DESCLASSIFICAO INCABVEL.
CONDENAO MANTIDA. "Invivel a desclassificao do crime de atentado violento ao pudor para a
contraveno penal de importunao ofensiva ao pudor, uma vez que naquele o agente possui o
intuito de satisfao de sua lascvia, enquanto nesta o objetivo que o move seria o mero incmodo
vtima". Processo: 2014.000904-9). Relator: Des. Jorge Schaefer Martins.
11.APELAES CVEIS. CIVIL. AO REVISIONAL. RECONVENO. COMPRA E VENDA DE IMVEL. PROCEDNCIA PARCIAL DOS PEDIDOS E IMPROCEDNCIA DO PLEITO RECONVENCIONAL NA ORIGEM.
RECURSO DA AUTORA. JUROS. CAPITALIZAO VEDAO. CONTRATO FIRMADO DIRETAMENTE COM
CONSTRUTORA. PRECEDENTES. - Segundo recente posio da Cmara, "A contagem de juros sobre
juros vedada nos contratos de compra e venda de imvel financiado diretamente com a construtora,
ainda que expressamente convencionada (Smula 121 STF e art. 4 do Decreto n. 22.626/33)".
ATUALIZAO MONETRIA. CUB. CABIMENTO SOMENTE AT O TRMINO DA EDIFICAO. - STJ pacificou
entendimento de que "No contrato de compra e venda de imvel com a obra finalizada no possvel
a utilizao de ndice setorial de reajuste, pois no h mais influncia do preo dos insumos da
construo
civil".
ATUALIZAO
MONETRIA.
PERIODICIDADE
MENSAL.
IMPOSSIBILIDADE.
CONTRATAO ANTERIOR MP 2.223/2001. PRECEDENTES: " possvel proceder ao reajuste mensal do
dbito em compra e venda de imveis firmada aps o advento do art. 15 MP. 2.223/01 - Na espcie, a
despeito de produzir efeitos para perodo posterior, o contrato anterior MP 2.223/2001, razo pela
qual incide a atualizao anual e autorizada a cobrana do resduo inflacionrio. REPETIO.
REVISO ENCARGOS. ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. RESTITUIO POSSVEL NA
FORMA SIMPLES. - A repetio do indevido, in casu na forma simples, um imperativo mesmo na
ausncia de prova de erro pelo comprador medida em que, afora a complexidade natural dos
contratos de compra e venda preestabelecidos, a justificar eventual equvoco do adquirente, o sistema
jurdico no compactua com o locupletamento ilcito. RECURSO R. RECONVENO. MANUTENO DO
CONTRATO. BOA-F. CONSIGNAO DE VALORES. ENCARGOS ABUSIVOS. RESOLUO AFASTADA. Havendo parcial adimplemento da obrigao e identificadas abusividades no contrato, mantm-se a
avena, com os parmetros da reviso das suas clusulas. SUCUMBNCIA. ADEQUAO. - Com parcial
provimento, reconhece-se a sucumbncia mnima autores ao revisional. SENTENA ALTERADA.
RECURSOS AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. Processo:2012.077069-2. Relator: Des. Henry Petry
Junior. .
12.APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. CREDIRIO. AUTORA QUE ADQUIRE UM
COLCHO PARA PAGAMENTO EM 10 PRESTAES. TOLERNCIA DE PEQUENOS ATRASOS EM ALGUMAS
PARCELAS. NEGATIVAO NO SPC DIAS APS O PAGAMENTO. EXIGNCIA DA QUITAO DE PARCELA
AINDA NO VENCIDA. APELO DE AMBAS AS PARTES, PARA AUMENTO E EXCLUSO DA CONDENAO.
RECURSO DA AUTORA PROVIDO, DESPROVIDO O DA R. Se no curso normal do cumprimento do pacto
o credor vem tolerando atrasos do devedor, que lhe renderam juros extorsivos, no detm legitimidade
para negativar o nome deste nos lindes dessa permissividade; e, se se porta com severidade, igual
conduta atrai, por equidade, de modo que a inscrio de dvida paga dias antes enseja reparao
compensatria. O fornecedor que vende a consumidor assalariado um colcho, para pagar em dez
vezes no credirio, ciente pelos dados cadastrais, que h de exigir se diligente for, do duro quadro
econmico em que este se mantm, e, contraditoriamente admite o atraso de alguns dias, e depois
lana-lhe o nome no rgo de defesa dos fornecedores por igual fato, fazendo-lhe periclitar o crdito,
coloca-lhe em risco a sobrevivncia mesma, e atinge valor muito sagrado para que fique em branco.
Mais agiganta a incivilidade de surpreender no cumprimento do delicado pacto, a exigncia do
pagamento antecipado de uma parcela para providenciar a baixa. Valor da indenizao fixado em R$
1.000,00, que se eleva para R$ 5.000,00. Processo:2013.073498-1. Relator: Des. Domingos Paludo.
ATRASOS OU IMPREVISTOS JUNTO A RGOS FISCALIZATRIOS - ASSESSORAMENTO DEFICIENTE RISCO DA EMPRESA - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO - NULIDADE DO PROTESTO MANTIDA.
Comprovado pelos e-mails trocados entre as partes e pelo documento denominado "Conhecimento de
Embarque" que a empresa contratada a apelante, em que pese as negociaes terem sido feitas com
sua agente, resta caracterizada a existncia de relao jurdica entre as partes litigantes. O atraso de
duas semanas na entrega das mercadorias, aliado deficincia no assessoramento oferecido e falta
de cumprimento dos deveres contratuais anexos, mormente pela inexistncia de qualquer ressalva
quanto possibilidade de a carga no chegar na data avenada, configuram inadimplemento
contratual apto a justificar o no pagamento pelo servio e, por conseguinte, a nulidade do
apontamento do ttulo decorrente da dvida. Processo: 2011.005536-0. Relator: Des. Robson Luz
Varella.
20.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. ACRDO DESTA CORTE QUE
MENCIONA PROCESSO EM QUE O APELANTE FOI PARTE. INEXISTNCIA DE MENO DO NOME DO
AUTOR. AUSNCIA DE VINCULAO A QUALQUER FRAUDE. FATO INCAPAZ DE GERAR DANO MORAL.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo:2012.067844-6 (Acrdo). Relator: Des. Subst.
Paulo Ricardo Bruschi. Origem: Capital. rgo Julgador: Terceira Cmara de Direito Pblico. Data de
Julgamento: 09/09/2014. Juiz Prolator: Luiz Antnio Zanini Fornerolli. Classe: Apelao Cvel
rgo Especial
1. inconstitucional, por vcio formal, decreto legislativo municipal que majora o nmero de
vereadores, pois trata de matria reservada a emenda Lei Orgnica do Municpio.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
2.O direito adquirido s disposies de plano de previdncia suplementar privada surge apenas na
data em que preenchidos os requisitos concesso do benefcio e no no momento de ingresso no
programa.
Cmaras de Direito Criminal
3.A ao para apurao da contraveno penal de vias de fato praticada no mbito domstico, de
acordo com a deciso proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADIN n. 4.424, prescinde de
representao da vtima.
4.A deciso judicial que determina a tramitao direta de inqurito policial entre o Ministrio Pblico e
a Polcia Civil viola os princpios da legalidade, do devido processo legal e da separao de poderes.
5.Comete o delito de falsidade ideolgica quem, com a finalidade de ingressar em estabelecimento
prisional para visitao, apresenta declarao inverdica de que mantm unio estvel com detento.
6.O proprietrio de posto combustveis no penalmente responsvel pela morte ou leso corporal
dos funcionrios de empresa especializada que, na ocasio exploso tanque que era reparado, no
usavam os equipamentos de segurana.
7.Constitui crime de tortura a agresso praticada por namorado com o fim de compelir a vtima a
confessar relacionamento amoroso com terceira pessoa.
8.A morte da vtima de acidente de trnsito por causas naturais, meses aps o infausto, configura
causa superveniente relativamente independente.
9.Nos delitos contra o meio ambiente, a suspenso da punibilidade prevista nos arts. 59 e 60 do novo
Cdigo Florestal (Lei n. 12.651/2012) depende da implantao do Programa de Regularizao
Ambiental e da subscrio do termo de compromisso para a regularizao de imvel ou posse no
rgo ambiental competente.
rgo Especial
1.. DECRETO LEGISLATIVO DO MUNICPIO DE XANXER QUE MAJOROU O NMERO DE VEREADORES.
VCIO DE FORMA. MODIFICAO QUE DEVE SER FEITA POR EMENDA LEI ORGNICA MUNICIPAL.
EXEGESE DO DISPOSTO NO ART. 111, INCISO V, DA CONSTITUIO ESTADUAL, OBSERVADOS OS
LIMITES DO INCISO IV DO ART. 29 DA CONSTITUIO FEDERAL. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL.
PROCEDNCIA DO PEDIDO. "[...] Ocorrer inconstitucionalidade formal quando um ato legislativo
tenha sido produzido em desconformidade com as normas de competncia ou com o procedimento
estabelecido para seu ingresso no mundo jurdico [...]" (Ministro Lus Roberto Barroso). AO DIRETA
DE INCONSTITUCIONALIDADE. DECRETO LEGISLATIVO DO MUNICPIO DE XANXER QUE MAJOROU O
NMERO DE VEREADORES. PROCEDNCIA. EFEITO REPRISTINATRIO. DESNECESSIDADE DE
RECONHECIMENTO. DETERMINAO DO NMERO DE VEREADORES CMARA MUNICIPAL POR
RESOLUO DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Desnecessrio o exame quanto a efeito
repristinatrio por fora do reconhecimento da inconstitucionalidade Decreto Municipal 003/2011, haja
vista o STJ, por meio da Resoluo n. 21.803/2004, ter fixado o nmero de Vereadores Cmara
Municipal
de
Xanxer,
no
mesmo
patamar
estabelecido
pelo
diploma
municipal
revogado. Processo: 2012.039099-9. Relator: Des. Paulo Roberto Camargo Costa.
5.APELAO CRIMINAL. ACUSADA CONDENADA PELA PRTICA DO CRIME DESCRITO NO ART. 299,
CAPUT, DO CDIGO PENAL. RECURSO DEFENSIVO. MATERIALIDADE E AUTORIA DEMONSTRADAS.
ALEGAO DE INEXISTNCIA DE DOLO NA CONDUTA. RECURSO QUE NO MERECE ACOLHIMENTO.
APELANTE QUE INSERE OU FAZ INSERIR DECLARAO FALSA DE QUE ESTARIA AMASIADA COM
APENADO, A FIM DE, ALTERANDO A VERDADE SOBRE FATO JURIDICAMENTE RELEVANTE, OBTER
AUTORIZAO PARA A VISITA DO DETENTO NO INTERIOR DO SISTEMA PRISIONAL. SITUAO
FLAGRADA QUANDO, NA MESMA OCASIO, A VERDADEIRA COMPANHEIRA DO PRESO SE HABILITA
PARA O MESMO DESIDERATO. CONDUTA INDUBITAVELMENTE DOLOSA. TIPICIDADE VERIFICADA.
FALSIDADE IDEOLGICA CARACTERIZADA. SENTENA CONDENATRIA MANTIDA. Se dos elementos de
convico amealhados aos autos se extrai que a acusada fez declarao inverdica, com a finalidade
de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, possvel a condenao pelo crime de
falsidade ideolgica. RECURSO NO PROVIDO. Processo: 2014.037277-7. Relator: Des. Roberto
Lucas Pacheco.
6.APELAO CRIMINAL. HOMICDIO CULPOSO (ART. 121, 3, CP), POR 3 (TRS) VEZES, E LESO
CORPORAL CULPOSA (ART. 129, 6, CP), POR 2 (DUAS) VEZES, TODOS EM CONCURSO FORMAL.
SENTENA CONDENATRIA. INSURGNCIA DA DEFESA. PRETENDIDA ABSOLVIO. ACOLHIMENTO.
EXPLOSO DE TANQUE DE GASOLINA EM POSTO DE COMBUSTVEIS DURANTE O SERVIO DE
MANUTENO DO RESERVATRIO. MORTE DOS PROFISSIONAIS QUE EXECUTAVAM A TAREFA E LESES
CORPORAIS EM CLIENTES QUE SE ENCONTRAVAM NO ESTABELECIMENTO. EQUIPAMENTOS DE
PROTEO PESSOAL E LOCAL NO UTILIZADOS NO MOMENTO DO ACIDENTE. NEGLIGNCIA NA
FISCALIZAO DO SERVIO IMPUTADA AOS RUS, PROPRIETRIOS DO ESTABELECIMENTO.
DESCABIMENTO. DEVER DE OBSERVNCIA DAS NORMAS DE SEGURANA QUE, NO CASO, CABIA AOS
PRESTADORES DO SERVIO, CONTRATADOS JUSTAMENTE POR POSSUREM CONHECIMENTO E
CAPACIDADE TCNICA ESPECIALIZADA NA ATIVIDADE. OBRIGAO NO ASSUMIDA PELOS ACUSADOS.
EVENTO DANOSO RESULTANTE EXCLUSIVAMENTE DA IMPRUDNCIA DAS VTIMAS FATAIS. ABSOLVIO
DECRETADA. RECURSO PROVIDO. Processo: 2013.012702-1.Relator: Des. Newton Varella Jnior.
7.APELAO CRIMINAL. CRIME DE TORTURA. ART. 1, INCISO I, ALINEA "A", C/C 4, III, DA LEI N.
9.455/97. SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. PRETENDIDA A ABSOLVIO POR
INSUFICINCIA PROBATRIA. IMPOSSIBILIDADE. AUTORIA E MATERIALIDADE SOBEJAMENTE
COMPROVADAS. APELANTE QUE, MOTIVADO POR CIMES, SUBMETE SUA NAMORADA, ADOLESCENTE
COM 17 (DEZESSETE) ANOS, A INTENSO SOFRIMENTO FSICO, APLICANDO-LHE SOCOS E PONTAPS,
COM A FINALIDADE DE OBTER CONFISSO SOBRE UM SUPOSTO RELACIONAMENTO AMOROSO
(TRAIO). LIBERDADE DE LOCOMOO DA VTIMA TOLHIDA PELO APELANTE, QUE NO PERMITIA SUA
SADA DO AUTOMVEL ONDE AS AGRESSES FORAM PERPETRADAS. DESLOCAMENTO COM A VTIMA
PARA DIVERSOS LOCAIS, ONDE A VIOLNCIA ERA REITERADA E O SOFRIMENTO POTENCIALIZADO.
APELANTE QUE, APS OBTER A CONFISSO, CORTOU O CABELO DA VTIMA, COM UMA FACA DE
COZINHA, COMO FORMA DE CASTIGO. DEPOIMENTOS FIRMES E COERENTES DA VTIMA E
TESTEMUNHAS, ALIADAS CONFISSO EXTRAJUDICIAL DO APELANTE. PALAVRA DA VTIMA QUE
ASSUME ESPECIAL RELEVNCIA NOS CRIMES DE TORTURA. LAUDO PERICIAL QUE ATESTA AS LESES
SOFRIDAS PELA VTIMA. INTENSO SOFRIMENTO FSICO E MENTAL PARA OBTER CONFISSO DA VTIMA.
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO PRESENTE. IMPOSSIBILIDADE DE DESCLASSIFICAO PARA O CRIME
DE LESO CORPORAL. PLEITO DE FIXAO DE HONORRIOS FORMULADO PELA APRESENTAO DAS
Cvel.
rgo Especial
1.As condies veiculadas em edital de licitao anulado no vinculam a Administrao a observar os
seus termos por ocasio de novo processo licitatrio.
Seo Criminal
2.Os crimes previstos nos arts. 244 e 245 do Cdigo Penal so independentes, motivo por que no
ocorre consuno quando os pais deixam de prover a subsistncia do filho menor aps entreg-lo a
pessoa inidnea.
3.O fato de a vantagem no ser solicitada pessoalmente pelo funcionrio pblico, aliado inexistncia
de comprovao do liame subjetivo entre este e o terceiro que atuou em seu nome, obsta a condenao
pelo crime de corrupo passiva.
Grupo de Cmaras de Direito Civil
4.No se reconhece a conexo entre demandas semelhantes, com a preveno do relator, pelo fato de
serem relacionadas ao mesmo fato histrico, sobretudo por serem diversas as partes litigantes.
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
5.No constitui violao de marca e de nome empresarial, tampouco concorrncia desleal, a utilizao
dos termos "malha" e "soft" por indstrias do segmento txtil, visto que so expresses genricas
identificadoras da natureza do produto, impassveis de apropriao.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
6.A proibio de contratar com o Poder Pblico firmada por suposto favorecimento em licitao, em
provimento liminar, somente se justifica em situaes excepcionais.
Cmaras de Direito Criminal
7.Configura o crime de extorso circunstanciada a conduta de restringir a liberdade da vtima, mediante
emprego de arma de fogo, com o intuito de cobrar dvida contrada por outra pessoa.
8.O oferecimento de denncia por crime mais grave que o juridicamente definido na fase indiciria, pelo
novo titular da Promotoria, fundamentado na divergncia de entendimento em relao ao membro que
atuou anteriormente e sem a produo de novas provas, representa violao ao princpio do promotor
natural e implica o trancamento da ao penal.
9.A motivao do agente de obter vantagens ao cometer o ilcito de falsificao de documento pblico
deve ser considerada inerente ao tipo penal, o que torna indevida a majorao da pena por essa
circunstncia.
Cmaras de Direito Civil
10.O cancelamento do valor de cheque especial realizado unilateralmente pelo banco, que provoca a
devoluo de diversos cheques por ausncia de proviso de fundos, no configura abalo moral no caso
de o cliente ter ultrapassado o limite contratado em momento anterior conduta irregular da instituio
financeira.
11. invivel a fixao de termo final para prestao alimentcia quando, pela idade avanada e pouca
qualificao profissional do alimentrio, ficar evidente a dificuldade de sua reinsero no mercado de
trabalho.
12.A sentena complexa, que tambm traz em seu bojo deciso com contedo interlocutrio, comporta
recurso de apelao, em ateno aos princpios da unirrecorribilidade, celeridade e economia
processual.
13.A sentena que habilita os pretendentes adoo, por meio de inscrio no cadastro nico, pode ser
revertida se verificada a supervenincia de conduta incompatvel com o perfilhamento, sem ofensa
coisa julgada, em razo do carter administrativo do procedimento.
14.Ensejam responsabilizao civil por danos morais as ameaas e os xingamentos dirigidos a noivos no
dia de seu casamento, ainda que em decorrncia de suposto golpe financeiro por eles praticado.
15.O manuseio de artefato pirotcnico em desacordo com as instrues de segurana, que ocasiona a
amputao de mo do consumidor e a perda parcial da viso e da audio, exclui a responsabilidade
civil do fabricante.
16.Comete ato ilcito passvel de indenizao por danos morais a editora responsvel por matria
jornalstica de ampla divulgao que, equivocadamente, vincula vtima fatal em acidente areo a
fotografia de pessoa que nem sequer teve relao com o infortnio.
Cmaras de Direito Comercial
17.No faz jus a reparao por dano de ordem moral o consumidor que, aps sustar cheque em razo
de prestao de servio supostamente defeituosa, teve a crtula protestada por terceiro de boa-f.
18.A apresentao de notas fiscais com a expresso " vista" no comprova a quitao de dvida, uma
vez que diz respeito a obrigaes tributrias e, consequentemente, no supre a ausncia dos
respectivos recibos.
19. abusiva a reteno dos benefcios previdencirios do muturio com o fito de abater o saldo
devedor da conta corrente, ainda que existente autorizao contratual para tanto.
Cmaras de Direito Pblico
20.Priso preventiva de pessoa equivocadamente reconhecida como o indivduo que praticou, meses
antes, roubo em estabelecimento comercial, porque decretada com observncia lei e ao princpio da
persuaso racional, no enseja indenizao por erro judicirio.
21.Enfermeiro contratado temporariamente em virtude de convnio firmado entre a municipalidade e o
Ministrio da Sade, quando ausente motivao, no pode ser exonerado antes do final do pacto.
Turmas de Recursos
22.O desconto da totalidade dos vencimentos do devedor para pagamento de emprstimo consignado
afigura-se ilcito, mas a restituio ao consumidor no deve ser integral, sob pena de caracterizao de
descumprimento contratual e enriquecimento indevido.
rgo Especial
1.MANDADO DE SEGURANA. CONTRATAO DE VIGILNCIA ARMADA PELO TRIBUNAL DE JUSTIA DE
SANTA CATARINA. PREGO N. 214/2011. CERTAME ANULADO. COMUNICAO AOS CANDIDATOS.
AJUIZAMENTO DO PRESENTE WRIT ALM DOS 120 (CENTO E VINTE) DIAS PREVISTOS NO ART. 23 DA LEI
N. 12.016/2009. IMPOSSIBILIDADE DE ANLISE NA VIA MANDAMENTAL DAS QUESTES QUE ENVOLVEM
Seo Criminal
2.EMBARGOS INFRINGENTES. ABANDONO MATERIAL (CP, ART. 244). ENTREGA DE FILHO MENOR A
PESSOA INIDNEA (CP, ART. 245). ABSORO. No aplicvel a consuno do delito de abandono
material pelo crime de entrega de filho menor a pessoa inidnea se o agente, alm de deix-lo em
companhia de indivduo que expe o menor a perigo, cessa de destinar qualquer recurso subsistncia
da criana. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Processo: 2014.053113-7. Relator: Des. Srgio
Rizelo
CONEXO ENTRE DEMANDAS SIMILARES E A PREVENO POR FATO HISTRICO. INOCORRNCIA. PARTES
DIVERSAS. AFINIDADE DE OBJETO E CAUSA DE PEDIR QUE NO ENSEJA CONEXO. EXEGESE DO ART.
103 DO CPC. RECURSO ANTERIOR J JULGADO. IMPOSSIBILIDADE DE REUNIO DE PROCESSOS.
APLICAO DA SMULA 235 STJ. PRECEDENTES DESTE GRUPO DE CMARAS. COMPETNCIA DA CMARA
SUSCITADA. CONFLITO PROCEDENTE. Processo:2014.052365-9. Relator: Des. Marcus Tlio Sartorato.
7.APELAO CRIMINAL (RU PRESO). APELANTES QUE, COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO, PRIVARAM A
LIBERDADE DE ADOLESCENTE VISANDO COBRAR UMA DVIDA CONTRADA POR OUTRA PESSOA, TIO DA
VTIMA. PRISO EM FLAGRANTE. SENTENA DE PARCIAL PROCEDNCIA, CONDENANDO-OS PELO DELITO
DE EXTORSO CIRCUNSTANCIADA (ART, 158, 1, DO CDIGO PENAL). RECURSO DA DEFESA. PLEITO DE
DESCLASSIFICAO DO DELITO PARA O DE EXERCCIO ARBITRRIO DAS PRPRIAS RAZES EM RAZO
DA SUPOSTA LICITUDE DA VANTAGEM QUE BUSCAVAM OBTER (ART. 345 DO CDIGO PENAL).
IMPOSSIBILIDADE. VTIMA QUE NO TINHA RELAO COM A DVIDA, MAS FOI PRIVADA DE SUA
LIBERDADE E AMEAADA DE MORTE CASO NO CONSEGUISSE ENTRAR EM CONTATO COM O SUPOSTO
DEVEDOR. BUSCA DE VANTAGEM INDEVIDA MEDIANTE O EMPREGO DE GRAVE AMEAA. EXTORSO
CONFIGURADA.
CONDENAO
MANTIDA.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO.Processo: 2014.016955-8. Relator: Des. Ernani Guetten de Almeida.
8.HABEAS CORPUS. CRIME DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO PELO CONCURSO DE AGENTES. ARTIGO 157,
2, II, DO CDIGO PENAL. PRISO CAUTELAR. REQUERIMENTO DE REVOGAO. INDEFERIMENTO.
ALEGAO DE NULIDADE. CITAO EDITALCIA DETERMINADA SEM O ESGOTAMENTO DE TODOS OS
MEIOS PARA GARANTIR A REALIZAO PESSOAL DO ATO. AUTORIDADE APONTADA COMO COATORA QUE
DETERMINOU A EXPEDIO DE CARTA PRECATRIA. VCIO, EM TESE, SUPERADO. INSURGNCIA NO
CONHECIDA. AO PENAL INSTAURADA PARA APURAR CRIME CONTRA O PATRIMNIO. CONCLUSO AO
MINISTRIO PBLICO. MANIFESTAO MINISTERIAL PELA DESIGNAO DE AUDINCIA PARA PROPOSTA
DE TRANSAO PENAL EM RELAO AO CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO. OFERECIMENTO DE
DENNCIA SEM A PRODUO DE NOVAS PROVAS POR PARTE DE NOVO PROMOTOR QUE PASSOU A
ATUAR NO FEITO. VIOLAO AO PRINCPIO DO PROMOTOR NATURAL. OCORRNCIA. Caso o rgo do
Ministrio Pblico, ao invs de apresentar a denncia, manifestar-se pela ausncia de elementos
suficientes para propositura da ao penal, cabe, ao Estado-Juiz, como fiscal do princpio da legalidade
ou obrigatoriedade, discordando, remeter os autos ao Procurador-Geral de Justia, com base no artigo
28 do Cdigo de Processo Penal, sob pena de violao ao Princpio do Promotor Natural. Assim, viola o
Princpio do Promotor Natural o oferecimento de denncia por outro membro do Ministrio Pblico, aps
anterior pedido de arquivamento do inqurito policial, sem que se tenha adotado a providncia de
remessa dos autos ao Procurador-Geral, a quem incumbe o oferecimento da denncia ou a designao
de outro rgo do Ministrio Pblico para oferec-la, ou a insistncia no pedido de arquivamento.
NECESSIDADE DE TRANCAMENTO DA AO PENAL COMO CONSEQUNCIA LGICA DA VIOLAO DO
PRINCPIO DO PROMOTOR NATURAL. ORDEM CONCEDIDA DE OFCIO. CONHECER EM PARTE E CONCEDER
A ORDEM, DETERMINANDO-SE, DE OFCIO, O TRANCAMENTO DA AO PENAL. Processo:2014.0711405. Relator: Des. Jorge Schaefer Martins.
13.HABILITAO PARA ADOO. SENTENA QUE EXCLUI A INSCRIO DO CASAL DO CADASTRO NICO
INFORMATIZADO DE ADOO E ABRIGO (CUIDA). ARGUMENTO DE PRTICA DE ADOO DIRIGIDA PELOS
CANDIDATOS, A DESPEITO DAS RECOMENDAES FEITAS NO CURSO PREPARATRIO. AUTOS DO
PROCESSO DE REGULARIZAO DE GUARDA APENSADOS, PELO QUAL NO SE PODE EXTRAIR A
PREFALADA M-F. CIRCUNSTNCIAS FTICAS QUE SUBSIDIAM A CONDUTA DO CASAL COMO
DECORRENTE DO AMOR PARENTAL E DO INSTINTO DE PROTEO NASCIDO EM RELAO INFANTE.
INEXISTNCIA DE COMPORTAMENTO INCOMPATVEL COM A ADOO, CAPAZ DE ENSEJAR A EXCLUSO
DOS RECORRENTES DA LISTA DE PRETENDENTES. APTIDO RECONHECIDA, TANTO QUE DEFERIDA A
INSCRIO ANTERIOR E A GUARDA JURDICA DA CRIANA L. COLOCADA SOB SEUS CUIDADOS. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. No caso em exame, fossem os apelantes inaptos a exercer a parentalidade de
maneira consciente e responsvel no teriam sido inscritos no referido cadastro, notadamente aps
detida anlise de suas personalidades, condutas, antecedentes e histrias de vida. A despeito de
existirem dvidas a respeito de como se deu o acesso do casal criana cuja guarda jurdica fora
regularizada nos autos n. 075.11.0132976, o fato que se firmaram laos de afeto entre eles, no
restando aos apelantes outra opo seno perseguir a regulamentao da situao dada, movidos pelos
mais genunos sentimentos de amor e de proteo em relao menina. Interpretar tal postura como
sendo desabonadora do carter e dos propsitos do par demonstra-se excessiva e em desacordo com
as normas especiais da adoo. Processo: 2014.042453-3. Relator: Des. Ronei Danielli.
14.DIREITO CIVIL - OBRIGAES - RESPONSABILIDADE CIVIL - OFENSA - DANO MORAL - PROCEDNCIA INCONFORMISMO - RECURSO DOS RUS - 1. CERCEAMENTO DE DEFESA - JULGAMENTO ANTECIPADO DO
FEITO - INACOLHIMENTO - PROVAS DESNECESSRIAS - PRELIMINAR AFASTADA - 2. AFASTAMENTO DA
RESPONSABILIDADE CIVIL - IMPUGNAO GENRICA - INACOLHIMENTO - INDENIZATRIA MANTIDA - 3.
REDUO DO QUANTUM INDENIZATRIO - INACOLHIMENTO - VERBA ADEQUADA AO BINMIO
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE - SENTENA MANTIDA - PROVIMENTO NEGADO. 1. Inexiste
cerceamento de defesa por julgamento antecipado da lide se os documentos carreados aos autos so
suficientes e as provas pretendidas so desnecessrias para o deslinde da quaestio. 2. Impugnao
genrica ou ausncia de impugnao tm o mesmo efeito processual, acarretando o inacolhimento de
pleito que postula afastamento da responsabilidade civil. 3. Em sede de danos morais, o magistrado
deve adotar critrios de razoabilidade e proporcionalidade, fixando valor que no seja fonte de lucro
vtima e que no gere desvalia ao patrimnio imaterial do ofendido. Processo: 2013.0080668. Relator: Des. Monteiro Rocha. .
19.APELAO CVEL. "AO DE RESTITUIO DE VALORES CUMULADA COM DANOS MORAIS". INDEVIDA
RETENO DA INTEGRALIDADE DO BENEFCIO PREVIDENCIRIO DO CORRENTISTA PARA SALDAR DBITO
PROVENIENTE DA UTILIZAO DO LIMITE ESPECIAL. OFENSA IMPENHORABILIDADE DO SALRIO, NOS
TERMOS DO ARTIGO 7, INCISO X, DA CONSTITUIO FEDERAL E DO ARTIGO 649, INCISO IV, DO CDIGO
DE PROCESSO CIVIL. DEVER DE RESTITUIO DA INTEGRALIDADE DO VALOR QUE INDEVIDAMENTE FOI
RETIRADO DA CONTA CORRENTE, AINDA QUE CONSTE CLUSULA AUTORIZATIVA. IMPOSSIBILIDADE DA
RETENO DE 30% (TRINTA POR CENTO) DO VALOR DOS VENCIMENTOS LQUIDOS DO CORRENTISTA.
SITUAO QUE DIFERE DO EMPRSTIMO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO. ILICITUDE DA
RETENO DA TOTALIDADE DO SALRIO DO MUTURIO PARA AMORTIZAR SALDO DEVEDOR DA CONTA
CORRENTE. POSSIBILIDADE DA COBRANA DO DBITO POR MEIO DE AO JUDICIAL. DEVER DE
INDENIZAR BEM EVIDENCIADO. INSURGNCIA QUANTO VALORAO DO MONTANTE INDENIZATRIO.
PRINCPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE QUE, NO CASO EXAMINADO, FORAM
VIOLADOS. CIRCUNSTNCIAS ESPECIAS QUE AUTORIZAM A INTERFERNCIA DA CMARA PARA REDUZIR
O VALOR ENCONTRADO NO PRIMEIRO GRAU. JUROS DA MORA QUE SO CONTADOS DA DATA DO
EVENTO DANOSO. ARTIGO 398 DO CDIGO CIVIL DE 2002 E SMULA N. 54 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIA. NUS DA SUCUMBNCIA QUE IMPOSTO AO LITIGANTE VENCIDO. ARTIGO 20, "CAPUT", DO
CDIGO DE PROCESSO CIVIL. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. "A reteno de salrio do
correntista para fins de saldar dbito relativo ao contrato de cheque especial, ainda que conste clusula
autorizativa, no se reveste de legalidade, porquanto a instituio financeira pode buscar a satisfao
de seu crdito pelas vias judiciais.". 2. "1.- Na linha dos precedentes desta Corte, a reteno indevida de
rendimentos suficiente para gerar indenizao por danos morais.". 3. O montante indenizatrio a
ttulo de dano moral repercute a peculiar situao da pessoa jurdica e os reflexos que ela suporta no
meio empresarial. A interferncia da Cmara, em atividade que marcada pelo poder discricionrio
conferido pelo legislador ao juiz da causa, d-se em circunstncias excepcionais, quando constatado o
abuso na mensurao. 4. Os juros da mora, em se tratando de obrigao proveniente de ato ilcito, so
contados desde o evento danoso. 5. O litigante vencido suporta o pagamento das custas processuais e
dos honorrios advocatcios. Processo: 2014.075698-0. Relator: Des. Jnio Machado.
rgo Especial
1.Compete Vara de Execues Contra a Fazenda Pblica e Precatrios processar a execuo de
honorrios advocatcios em face do Estado, desde que lastreada em ttulo judicial derivado de processo
que tramitou no juzo comum.
Seo Criminal
2.O fato de o ru ter envolvido seus familiares na venda de entorpecentes no enseja a majorao da
pena por conduta social desfavorvel, salvo se existente prova de que agiu mediante coao ou presso
moral.
Grupo de Cmaras de Direito Comercial
3.Em contrato de arrendamento mercantil, a falta de notificao prvia dirigida instituio financeira
com a manifestao do desinteresse do consumidor na continuidade da relao jurdica impede a
resilio unilateral do pacto.
Cmaras de Direito Criminal
4.No constitui nulidade, por inobservncia ao rito previsto na Lei Complementar Estadual n. 529/2011,
a ausncia de parecer do Conselho Disciplinar na apurao de falta grave, visto que o art. 49 da Lei de
Execuo Penal dispe que legislao local caber apenas a regulamentao das faltas leves e
mdias.
5.O recurso de agravo em execuo manejado pelo prprio apenado deve ser conhecido ainda que o
defensor pblico, ao arrazoar, deixe consignado no ter vislumbrado nenhuma tese significativa a ser
defendida, em respeito vontade do agravante e ao princpio do duplo grau de jurisdio.
6. inadmissvel a interposio de recurso em sentido estrito contra deciso que indefere pedidos de
interceptao telefnica e de quebra de sigilo de dados telemticos.
7.No crime de pesca com a utilizao de petrechos no permitidos, a inexistncia de leso a espcies
aquticas, aliada nfima exposio do meio ambiente a risco, autoriza o trancamento da ao penal,
com fundamento no princpio da insignificncia.
Cmaras de Direito Civil
8.No devida indenizao por acesso ao possuidor que, aps desocupar terreno alheio, deixa no local
apenas construes em runas e sem nenhum proveito til ao proprietrio.
9.A expulso de aluno de instituio educacional no implica abalo moral quando a penalidade for
aplicada em virtude de contenda com outro estudante, ainda que as agresses fsicas tenham ocorrido
fora do ambiente escolar.
10.No se justifica, na primeira fase da ao de prestao de contas, a expedio de ofcios para
apurao de negcios jurdicos supostamente realizados com a utilizao do patrimnio do curatelado,
porquanto esborda o estreito limite de verificao do dever de prestar contas nsito quele momento
processual.
11.Unidades autnomas de depsito - hobby box - no podem ser objeto de constrio para execuo
de ttulo judicial se o condomnio no qual esto inseridas exerce a posse direta ou, ao menos,
legitimado extraordinrio dos condminos possuidores, mesmo que no seja o proprietrio registral das
unidades.
12.Configura exerccio arbitrrio das prprias razes, a ocasionar prejuzo moral, a conduta do locador
que, com a pretenso de ver desocupado imvel de sua propriedade, retira os pertences de locatrio
rgo Especial
1.CONFLITO DE COMPETNCIA. EXECUO DE HONORRIOS PROPOSTA POR DEFENSOR DATIVO
CONTRA O ESTADO. COMPETNCIA DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PBLICA RESTRITA EXECUO
DOS SEUS PRPRIOS JULGADOS. COMPETNCIA RESIDUAL DA VARA DE EXECUES DA FAZENDA
PBLICA. CONFLITO PROCEDENTE. Processo: 2014.057380-5. Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima
Filho.
Seo Criminal
2.REVISO CRIMINAL. DOSIMETRIA. PENA-BASE. 1. FUNDAMENTAO. CONCURSO DE CRIMES. ANLISE
SIMULTNEA. 2.1. AUMENTO DE PENA. DUAS CIRCUNSTNCIAS. MESMO FUNDAMENTO. 2.2. CONDUTA
SOCIAL. ENVOLVIMENTO DE FAMILIARES NO TRFICO. COAO OU PRESSO. 2.3. FRAO DE AUMENTO.
NECESSIDADE DE ADSTRIO QUELA UTILIZADA NA SENTENA. QUANTUM FINAL DE PENA. 1. No
carente de fundamentao a deciso que, ao fixar a pena-base de acusado, analisa as circunstncias
judiciais de mais de um delito simultaneamente. 2.1. A mesma circunstncia ftica no pode ser
evocada para justificar a m valorao de duas circunstncias judiciais, por configurar bis in idem. 2.2.
O fato de os familiares do agente tambm terem envolvimento com o narcotrfico, sem que exista
prova de que tal envolvimento deu-se por coao ou presso moral praticada pelo acusado, no
motivo suficiente para que a sua conduta social seja reputada desfavorvel. 2.3. O Tribunal, ao revisar a
dosimetria da pena, no fica adstrito s fraes utilizadas na sentena. possvel que, em anlise s
circunstncias judiciais e legais, o Juzo ad quem repute necessrio incremento na reprimenda superior
quele procedido pelo Magistrado a quo, e isso no representa, em ao movida pelo acusado,
reformatio in pejus, desde que no ocorra aumento do quantum final da reprimenda. REVISO
FORMA INDIVIDUAL DE 1/6 DAS PENAS REFERENTES A CRIMES COMUNS E MAIS 2/5 DA PENA IRROGADA
AO CRIME HEDIONDO. INTELIGNCIA ART. 111, LEI 7.210/85. INEXISTNCIA DE QUESTES EX OFFICIO A
SEREM
RECONHECIDAS.
RECURSO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO. Processo: 2014.0432035. Relator: Des. Ernani Guetten de Almeida.
7.HABEAS CORPUS. SUPOSTA PRTICA DE CRIME AMBIENTAL. PESCA COM A UTILIZAO DE APARELHOS,
PETRECHOS, TCNICAS E MTODOS NO PERMITIDOS (ART. 34, PARGRAFO NICO, II, DA LEI N.
9.605/98). NENHUMA ESPCIE DA FAUNA APREENDIDA NA POSSE DOS PACIENTES. MNIMA
OFENSIVIDADE AO BEM JURDICO TUTELADO. PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA. ATIPICIDADE MATERIAL DA
CONDUTA. PRECEDENTES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES E DESTA CORTE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
EVIDENCIADO.
ORDEM
CONCEDIDA
PARA
DETERMINAR
O
TRANCAMENTO
DA
AO
PENAL. Processo: 2014.078197-6. Relator: Des. Rodrigo Collao.
INEXISTNCIA. CONJUNTO PROBATRIO SUFICIENTE. MRITO. ALUNO QUE ALEGA TER SIDO
INJUSTIFICADAMENTE EXPULSO DA INSTITUIO DE ENSINO E QUE NA OCASIO SOFREU AGRESSO
VERBAL PELO DIRETOR DO COLGIO. CONJUNTO PROBATRIO QUE DEMONTRA QUE O AUTOR DEU
INCIO DISCUSSO E S AGRESSES FSICAS. REITERADAS ANOTAES DE MAU COMPORTAMENTO E
DESRESPEITO COM A INSTITUIO DE ENSINO E COM O CORPO DOCENTE QUE A COMPE.
INEXISTNCIA DOS PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIZAO CIVIL. ABALO MORAL NO VERIFICADO.
SENTENA MANTIDA. Benefcio da justia gratuita deve ser concedido quando existente a declarao de
insuficincia de recursos para arcar com as despesas do processo. Tal elemento suficiente para
concesso do benefcio pleiteado, em conformidade com o art. 4 da Lei 1.060/50 preservando-se assim
a garantia constitucional de acesso Justia, art. 5, LXXIV. No sistema da livre persuaso racional,
abrigado pelo Cdigo de Processo Civil, o juiz o destinatrio final da prova, cabendo-lhe decidir quais
elementos so necessrios ao deslinde da causa. No h cerceamento de defesa se a diligncia
requestada no se apresenta como pressuposto necessrio ao equacionamento da lide. "Para subsistir o
dever de indenizar preciso que se desvelem os requisitos essenciais caracterizao da
responsabilidade civil subjetiva, para a qual se exige a coexistncia do ato ilcito, do dano, do nexo de
causalidade e da culpa do agente molestador. mngua da demonstrao de tais requisitos, cujo nus a
lei impe ao autor (CPC, art. 333, I), no vinga a pretenso indenizatria.". Processo: 2010.0816655. Relator: Des. Sebastio Csar Evangelista.
11.APELAO CVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. CONSTRIO JUDICIAL QUE RECAIU SOBRE UNIDADES
DE DEPSITO (BOX OU HOBBY BOX) LOCALIZADAS EM CONDOMNIO. SENTENA DE PROCEDNCIA DOS
EMBARGOS. INSURGNCIA DO EXEQUENTE. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO
CONDOMNIO RESIDENCIAL. A UM, POR NO SER PROPRIETRIO REGISTRAL DOS BENS E, A DOIS, POR
POSTULAR DIREITO ALHEIO COMO PRPRIO. TESES AFASTADAS. REMDIO PROCESSUAL COM AMPARO
NA MANUTENO DE POSSE AFETADA POR CONSTRIO JUDICIAL. DESNECESSIDADE DE
COMPROVAO DA PROPRIEDADE. EXEGESE DO ARTIGO 1.046, 1., DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL.
CONDOMNIO RESIDENCIAL QUE LEGITIMADO EXTRAORDINARIAMENTE PARA A PROPOSITURA DOS
EMBARGOS, A FIM DE RESGUARDAR DIREITO PRPRIO E DOS CONDMINOS. PRELIMINAR SUPERADA.
MRITO. UNIDADES DE PEQUENO TAMANHO, ENTRE DOIS E QUATRO METROS QUADRADOS. DIMENSO
INSUFICIENTE PARA FINS DE MORADIA. BOX SEM ACESSO A LOGRADOURO PBLICO, DE USO EXCLUSIVO
DOS MORADORES E DO CONDOMNIO. DOCUMENTOS QUE INDICAM A ALIENAO CONJUNTA DAS
UNIDADES DE DEPSITO COM OS APARTAMENTOS. PROPRIETRIA REGISTRAL QUE NO MAIS POSSUI
QUALQUER APARTAMENTO OU VAGA DE GARAGEM NO CONDOMNIO. ALIENAO DAS UNIDADES DE
DEPSITO PRESUMIDA. PECULIARIDADES DO CASO EM ANLISE. MANUTENO DO AFASTAMENTO DA
CONSTRIO QUE SE IMPE. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2011.0235401. Relator: Des. Subst. Eduardo Mattos Gallo Jnior
Ru, o direito de exercer a autotutela e retirar deliberadamente os bens do interior da residncia locada,
sob pena de caracterizar crime de exerccio arbitrrio das prprias razes e restar configurado o dano
material e moral. In casu, os mveis da Autora foram retirados unilateralmente do interior de sua
residncia pelo Ru, dispostos em um caminho e retirados do local, razo pela qual manifesto o
constrangimento suportado pela Autora. Diante dessas circunstncias, comprovadas a autoria, o nexo
de causalidade e os danos material e moral, a compensao pecuniria medida que se impe. II Considerando a natureza compensatria do montante pecunirio em sede de danos morais, a
importncia estabelecida em deciso judicial h de estar em sintonia com o ilcito praticado, a extenso
do dano sofrido pela vtima com todos os seus consectrios e a capacidade financeira do ofendido e do
ofensor, servindo como medida punitiva, pedaggica e inibidora. Por essas razes, reduz-se
proporcionalmente o quantum fixado na sentena. III - Resultando do ilcito em questo danos danos
materiais nos mveis que guarnecem a residncia da Autora, o acolhimento do pedido de indenizao
medida que se impe. Processo: 2013.074444-9. Relator: Des. Joel Figueira Jnior.
13.APELAO CVEL. DEVOLUO DE VALORES PAGOS E INDENIZAO POR DANOS MORAIS. COMPRA
DE PACOTE DE VIAGEM PELA INTERNET POR MEIO DE STIO - GROUPON. PARCERIA ENTRE O GROUPON E
A AGNCIA DE VIAGENS CANCELADA. VIAGEM DA AUTORA QUE NO PDE SER REALIZADA NA DATA
PROGRAMADA. COMUNICAO FEITA POUCOS DIAS ANTES DO EMBARQUE. CANCELAMENTO DA
NEGOCIAO PELA AUTORA. DEVOLUO DE APENAS PARTE DOS VALORES PAGOS. SENTENA DE
PROCEDNCIA. RECURSO DA R. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DA EMPRESA GROUPON
AFASTADA. RELAO DE CONSUMO. EMPRESA QUE RECEBE COMISSES SOBRE AS VENDAS DAS
OFERTAS DIVULGADAS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. EXEGESE DO ARTIGO 14 DO CDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR. MRITO. RESPONSABILIDADE SOLIDRIA DO FORNECEDOR. RISCO DA ATIVIDADE.
CADEIA
DE
FORNECIMENTO.
DANO
MORAL
CONFIGURADO.
QUANTUM.
CRITRIOS
DA
PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE OBSERVADOS. SENTENA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO
E DESPROVIDO. Art. 14. O fornecedor de servios responde, independentemente da existncia de culpa,
pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos prestao dos servios,
bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua fruio e riscos. De acordo com as
normas contidas no Cdigo de Defesa do Consumidor, o fornecedor igualmente responsvel pelos
problemas e transtornos causados ao consumidor, em razo da no resoluo do problema. "A empresa
que integra, como parceira, a cadeia de fornecimento de servios responsvel solidria pelos danos
causados ao consumidor por defeitos no servio prestado". Processo: 2014.034764-0. Relator: Des.
Subst. Saul Steil.
rgo Especial
1. inconstitucional lei municipal que vincule a participao em licitaes apresentao de Certido
Negativa de Violao aos Direitos do Consumidor, por afrontar competncia privativa da Unio.
Seo Criminal
2.Configura o delito de extorso a conduta de exigir da vtima o pagamento de determinada quantia
para a devoluo de veculo furtado por terceiro, sob pena de destruio do bem.
Grupo de Cmaras de Direito Pblico
3.O Sindicato cujo registro definitivo no MTE ainda no tenha sido implementado por demora imputvel
exclusivamente ao Poder Pblico goza de legitimidade ativa para impetrao de mandado de segurana
coletivo.
rgo Especial
1.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 3.534/2012, DO MUNICPIO DE BALNERIO
CAMBORI, QUE INSTITUI A CERTIDO NEGATIVA DE VIOLAO AOS DIREITOS DO CONSUMIDOR E
TORNA OBRIGATRIA A SUA APRESENTAO PELAS PESSOAS FSICAS OU JURDICAS QUE PARTICIPAM DE
LICITAES COM A PREFEITURA MUNICIPAL. NORMAS GERAIS DE LICITAO E CONTRATAO.
COMPETNCIA PRIVATIVA DA UNIO. PODER PBLICO MUNICIPAL COM COMPETNCIA SUPLEMENTAR
(ART. 112, INCISO II, DA CONSTITUIO ESTADUAL). INVASO DE COMPETNCIA CONFIGURADA.
VIOLAO AO PRINCPIO DA IGUALDADE DE CONDIES A TODOS OS CONCORRENTES (ART. 17 DA
CONSITUIO ESTADUAL). PEDIDO JULGADO PROCEDENTE. 1. As normas gerais sobre licitaes e
contratos administrativos so trazidas pela Lei 8.666/1993. O referido diploma legal tem carter
nacional, de observncia obrigatria para todos os entes da Federao. 2. O Municpio pode elaborar
regras prprias desde que no viole o ncleo essencial produzido pela lei federal. 3. Viola o princpio da
igualdade de condies de todos os concorrentes, previsto no artigo 17 da Carta Catarinense, a Lei
Municipal que submete a participao em processo licitatrio exibio de documento no exigido pela
legislao
nacional,
que
trata
exaustivamente
da
matria. Processo:2013.079164-4
(Acrdo). Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato.
Seo Criminal
2.EMBARGOS INFRINGENTES EM APELAO CRIMINAL. EXTORSO MAJORADA PELO CONCURSO DE
AGENTES (ART. 158, 1, DO CDIGO PENAL). SENTENA ABSOLUTRIA. DECISO COLEGIADA QUE,
POR MAIORIA DE VOTOS, DECIDIU REFORMAR A SENTENA E CONDENAR O EMBARGANTE. PRETENDIDA
PREVALNCIA DO VOTO VENCIDO QUE ENTENDEU PELA NO CONFIGURAO DA ELEMENTAR DO TIPO
PENAL. IMPOSSIBILIDADE. GRAVE AMEAA CONSUBSTANCIADA NA DESTRUIO DE BEM DO OFENDIDO.
CONDUTA TPICA. PRECEDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. MATERIALIDADE E AUTORIA
DELITIVAS DEMONSTRADAS. CONDENAO DEVIDA. EMBARGOS REJEITADOS. "[...] admite-se que a
ameaa pode ter por contedo grave dano pessoa ou aos bens da vtima, considerados estes em toda
a sua amplitude. Processo: 2014.058735-4. Relatora: Desa. Marli Mosimann Vargas.
ADMINISTRATIVO. LEI ESTADUAL N. 15.696/2011. NORMA QUE DETERMINA A REVISO GERAL DOS
VENCIMENTOS DOS SERVIDORES ESTADUAIS. IMPLEMENTAO PARCIAL EM RELAO AOS
IMPETRANTES, COM BLOQUEIO DO VALOR EXCEDENTE AO TETO VENCIMENTAL ESTADUAL. HIPOTESE DE
RECOMPOSIO, QUE NO SE CONFUNDE COM MAJORAO OU INCREMENTO SALARIAL. OFENSA
ISONOMIA. ORDEM CONCEDIDA. Processo: 2012.028468-9. Relator: Des. Ricardo Roesler.
7.HABEAS CORPUS. PACIENTES DENUNCIADOS PELA POSSVEL PRTICA DO CRIME DE TORTURA (ART. 1,
CAPUT, INCISOS I, "A", E II, E ART. 1, 2, DA LEI N. 9.455/97). JUIZ QUE DEFERE PEDIDO FORMULADO
PELO PARQUET DE RECONHECIMENTO PESSOAL DOS ACUSADOS A SER REALIZADO EM JUZO.
ALEGAO DE OFENSA AO PRINCPIO DA NO AUTOINCRIMINAO. DIREITO NO ILIMITADO. MEIO DE
PROVA NO INVASIVO, QUE PRESCINDE DE PARTICIPAO ATIVA DO AGENTE. CONSTRANGIMENTO
ILEGAL INEXISTENTE. ORDEM DENEGADA. "[...] Uma coisa o controle da qualidade da prova oral
(interrogatrio do acusado) e a garantia de ser assegurada a ele a proteo de sua conscincia moral e
de sua integridade fsica e psquica; outra, muito diferente, impedir a produo de uma prova que no
causa a menor afetao aos direitos fundamentais da pessoa, como parece ser o caso - estamos certos
disso - do reconhecimento de pessoa". Processo: 2014.084069-6. Relator: Des. Paulo Roberto
Sartorato.
disposio que contrarie o ordenamento jurdico ptrio. Processo: 2011.090692-6. Relator: Des.
Sebastio Csar Evangelista.
GRATUITAMENTE POR VRIOS ANOS. HIPTESE QUE NO PODE SER TIDA COMO OBRA NECESSRIA.
INDENIZAO AFASTADA. REDISTRIBUIO DOS NUS SUCUMBENCIAIS. RECURSO ADESIVO PROVIDO,
FICANDO PREJUDICADO O RECLAMO PRINCIPAL, QUE VISAVA UNICAMENTE A MAJORAO DA
INDENIZAO ARBITRADA. Nos termos do art. 584 do Cdigo Civil, no dado ao comodatrio o direito
de se ver ressarcido pelas benfeitorias realizadas no imvel que, no sendo extraordinrias e
imprescindveis para a conservao e ocupao do bem, foram implementadas unicamente para
comodidade do prprio beneficirio do comodato, que permaneceu no local por muitos anos,
evidenciando que a aludida benfeitoria, reverteu em seu exclusivo favor. Processo: 2014.0512852. Relator: Des. Subst. Jorge Luis Costa Beber.
entre os quais, a presena de dolo. firme a jurisprudncia do STJ, inclusive de sua Corte Especial, no
sentido de que "No se pode confundir improbidade com simples ilegalidade. A improbidade
ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo da conduta do agente. Por isso mesmo, a
jurisprudncia do STJ considera indispensvel, para a caracterizao de improbidade, que a conduta do
agente seja dolosa, para a tipificao das condutas descritas nos artigos 9 e 11 da Lei 8.429/92, ou
pelo menos eivada de culpa grave, nas do artigo 10". Conquanto plausveis as assertivas do Ministrio
Pblico, acatadas pelo juiz a quo, diante das circunstncias descritas nos autos, emerge equivalente
verossimilhana da verso narrada pelos acusados, ora recorrentes, de modo que, in casu, merece ser
privilegiado o primado da presuno de inocncia e boa-f. Embora existam indcios capazes de insinuar
uma pretenso inicial de desvio de finalidade por vcio de inteno, consoante interpretao encampada
na sentena, h outros tantos elementos que corroboram para a ausncia dessa animosidade mproba,
mormente porque a vantagem auferida em virtude da desapropriao, desde o incio, abarcou toda a
populao. RECURSO DO MUNICPIO. NULIDADE DO DECRETO EXPROPRIATRIO. RETROCESSO.
DESFAZIMENTO DAS OBRAS. RETORNO AO STATUS QUO ANTE. FINALIDADE PBLICA ALCANADA.
REFORMA DA SENTENA PARA DECLARAR A VALIDADE DO DECRETO E MANTER AS OBRAS CONCLUDAS.
Tendo o imvel desapropriado atingido escopo pblico, ainda que fosse diverso daquele estabelecido no
decreto
expropriatrio,
deve
a
rea
permanecer
em
domnio
municipal.
RECURSOS
PROVIDOS. Processo: 2012.015583-8. Relator: Des. Carlos Adilson Silva.
rgo Especial
1.Lei complementar de iniciativa de prefeito que dispe sobre o sistema educacional de municpio no
pode sofrer emenda parlamentar que reduza o nmero de alunos por sala e altere os critrios para
criao de novas turmas, pois, conquanto represente benefcio aos estudantes, enseja o aumento de
despesas para o Poder Executivo.
2. inconstitucional, por afronta aos princpios da isonomia e da capacidade contributiva, dispositivo de
lei municipal que, ao estabelecer a base de clculo do IPTU, concede a reduo de at 90% do valor
venal dos imveis com rea superior a mil metros quadrados.
Cmaras de Direito Criminal
3.O cumprimento de termo de ajustamento de conduta originado da prtica de delito ambiental no
afasta a justa causa para o oferecimento de ao penal, ante a independncia entre as esferas
administrativa e criminal.
4.A conduta de assumir a autoria do delito de homicdio no trnsito cometido por outrem perturba a
apurao da verdade dos fatos e, em um cenrio de embriaguez e tentativa de fuga, autoriza a
manuteno da priso preventiva.
5.A possibilidade de a emisso de cheque ter sido lastreada em fraude antecedente configura justa
causa para apurao da prtica de crime de estelionato, ainda que o ttulo seja utilizado para
pagamento de dvida preexistente, o que exige, por consequncia, a realizao de instruo probatria.
6.A deciso que indefere pedido para que seja determinada a elaborao de laudo complementar do
ofendido no causa tumulto processual, tampouco impede a busca da verdade, porquanto o Ministrio
Pblico possui o poder de requisitar diretamente a diligncia.
7.No processo de execuo criminal, obrigatria a nomeao de defensor ao apenado e a submisso
dos clculos penais ao contraditrio, em estrita observncia Resoluo n. 113 do Conselho Nacional
de Justia.
Cmaras de Direito Civil
8.Embora vivel a penhora de veculo registrado em nome de terceiro para o adimplemento de
obrigao alimentar, a to somente apresentao de fotografia ou filmagem que exiba o momento em
que o devedor ingressa em automvel afigura-se incapaz de comprovar sua posse em relao ao bem.
9.Em ao de despejo por inadimplncia, possvel determinao de desocupao em carter liminar,
ainda que pendente de julgamento o incidente de falsidade documental referente aos recibos de
pagamento apresentados pelo locatrio.
10.O fato de ser o usurio de plano de sade portador de doena crnica no exclui a possibilidade de
ser submetido internao em carter de urgncia e, por conseguinte, no exime a operadora do
convnio da cobertura das despesas mdicas implicadas.
11.Converte-se em perdas e danos a obrigao consistente na dao em pagamento de imvel
sonegado no divrcio, em face da necessidade de efetuar a sobrepartilha em ao prpria.
12. factvel, sob a tica da teoria concepcionista, o recebimento de indenizao referente ao seguro
obrigatrio - DPVAT pelos pais de feto que falece em razo de acidente de trnsito.
13.A tutela dos animais, no ordenamento jurdico ptrio, alcana apenas as esferas penal e
administrativa, motivo por que o sofrimento fsico e psquico experimentado pelos integrantes da fauna
no comporta indenizao por danos morais.
14.O fato de a criao artstica ser obra do intelecto humano no afasta a legitimidade ativa da pessoa
jurdica no pleito de reconhecimento de direito autoral em relao a produtos elaborados por seus
funcionrios.
Cmaras de Direito Comercial
15. empresa exportadora cabe a responsabilidade pelo pagamento das despesas referentes a
transporte martimo internacional no caso de inadimplncia da destinatria, ainda que a nota fiscal
mencione clusula "free on board" (FOB).
16.O acordo celebrado entre o autor e o litisdenunciado, embora acarrete a extino do feito e impea o
exame do mrito da causa, possibilita a condenao do ltimo ao pagamento das custas processuais e
dos honorrios advocatcios relativos denunciao da lide.
Cmaras de Direito Pblico
17.A infrao relativa conduo de veculo sob a influncia de lcool, prevista no art. 165 do Cdigo
de Trnsito Brasileiro, no descaracterizada pelo fato de ser praticada em via privada.
18.A expressa desistncia de candidato no ltimo dia de validade do concurso, aps convocao na
mesma data, gera o direito nomeao do classificado subsequente, ainda que aps o trmino do
prazo de eficcia do certame.
19. dever do Estado o pagamento de indenizao por danos materiais advindos de equivocado
rgo Especial
1.CAUTELAR EM AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI COMPLEMENTAR DISPONDO SOBRE O
SISTEMA EDUCACIONAL DO MUNICPIO. TRMITE LEGISLATIVO QUE CULMINOU COM EMENDA
PARLAMENTAR REDUZINDO O NMERO DE ALUNOS POR SALA E ESTABELECENDO NOVOS CRITRIOS
PARA CRIAO DE OUTRAS TURMAS. MODIFICAO DE DISPOSITIVO LEGAL IMPLICANDO NO AUMENTO
DE DESPESAS PARA O PODER EXECUTIVO ANTE A NECESSIDADE DE CONTRATAO DE NOVOS
PROFESSORES E AMPLIAO DA ESTRUTURA FSICAS DAS UNIDADES DE EDUCAO. SUSPENSO DOS
EFEITOS DAS ALNEAS "A", "B" E "C", DO INC. IX, DO ART. 65 DA LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N.
149/2014, DE SANTO AMARO DA IMPERATRIZ. CAUTELAR DEFERIDA. Processo: 2014.0940123. Relator: Des. Ronei Danielli..
2.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. PARGRAFOS 1 e 2 DO ARTIGO 10 DO CDIGO
TRIBUTRIO MUNICIPAL DE SANTO AMARO DA IMPERATRIZ (LEI N. 1.100/1995), ALTERADOS PELA LEI N.
1.116/1996. NORMA MUNICIPAL QUE POSSIBILITA A REDUO EM AT 90% (NOVENTA POR CENTO) DO
VALOR VENAL DOS IMVEIS COM MAIS DE 1.000 M. VIOLAO AOS PRINCPIOS DA ISONOMIA
TRIBUTRIA E DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. ARTIGOS 125, 2 E 128, INCISO II, DA CARTA ESTADUAL
CATARINENSE. DISPOSITIVO MUNICIPAL QUESTIONADO QUE, EM SUA REDAO ORIGINAL, INCORRE NO
MESMO VCIO DE CONSTITUCIONALIDADE. AFASTADO EFEITO REPRISTINATRIO. PEDIDO JULGADO
PROCEDENTE. 1. O princpio da capacidade contributiva est ligado ao da igualdade, de modo que a
carga tributria deve ter como orientao a aptido econmica do contribuinte. A concesso de
tratamento privilegiado a contribuintes que, em tese, possuem maior aptido econmica para suportar
a carga tributria do IPTU, caracteriza uma violao aos princpios mencionados, evidenciando vicio de
constitucionalidade. 2. "Correta formulao, na espcie, de pedidos sucessivos de declarao de
inconstitucionalidade tanto do diploma ab-rogatrio quanto das normas por ele revogadas, porque
tambm eivadas do vcio da ilegitimidade constitucional. Reconhecimento da inconstitucionalidade
desses diplomas legislativos, no obstante j revogados.".Processo: 2014.051007-8. Relator: Des.
Marcus Tulio Sartorato.
5.HABEAS CORPUS - PRTICA, EM TESE, DO CRIME DE ESTELIONATO (CP, ART. 171) - PLEITO DE
TRANCAMENTO D AO PENAL - ALEGADA AUSNCIA DE JUSTA CAUSA PARA PERSECUO CRIMINAL,
ANTE A MANIFESTA ATIPICIDADE DA CONDUTA - PREJUZO PREEXISTENTE EMISSO DA CRTULA PECULIARIDADE DO CASO QUE EXIGE A INSTRUO PROBATRIA - POSSIBILIDADE DE O CHEQUE TER
SIDO FRAUDADO - TESE DE AUSNCIA DE PROVA DA MATERIALIDADE - NO OCORRNCIA - ORDEM
DENEGADA.Processo: 2014.090541-1 (Acrdo). Relator: Des. Getlio Corra. .
6.CORREIO PARCIAL (RECLAMAO). DECISO QUE INDEFERIU O PEDIDO DO MINISTRIO PBLICO
PARA A EXPEDIO DE OFCIO AO INSTITUTO GERAL DE PERCIAS PARA A REALIZAO DE PERCIA
COMPLEMENTAR. ALEGADA AFRONTA A BUSCA DA VERDADE REAL DO PROCESSO. INOCORRNCIA.
POSSIBILIDADE DE O MINISTRIO PBLICO REQUERER, DIRETAMENTE A DILIGNCIA COMPLEMENTAR.
INTELIGNCIA DO ARTIGO 47 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL E ART. 129, VI, DA CONSTITUIO
FEDERAL. INEXISTNCIA DE INVERSO DA ORDEM PROCESSUAL. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Processo: 2014.077111-9. Relator: Des. Subst. Volnei Celso Tomazini.
3
E
4
DO
CPC.
RECURSO
CONHECIDO
E
PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2014.064501-0.Relator: Des. Subst. Saul Steil.
DO SEU FILHO, ANUENTE NO PACTO. IMVEL, CONTUDO, SONEGADO DA PARTILHA COM A EX-MULHER.
IMPOSSIBILIDADE DE COMPELIR OS DEMANDADOS (ADQUIRENTE, SEU FILHO, EX-ESPOSA E ATUAL
CNJUGE) TRANSFERNCIA DO REGISTRO PARA O NOME DA CONSTRUTORA DEMANDANTE.
NECESSIDADE DA REALIZAO DE SOBREPARTILHA EM AO PRPRIA. CONVERSO, DE OFCIO, DA
OBRIGAO EM PERDAS E DANOS. INTELIGNCIA DO ART. 461, 1, DO CPC. APURAO DO VALOR
REMETIDA FASE DE LIQUIDAO DE SENTENA. "Na impossibilidade material de ser cumprida a
obrigao de forma especfica, o juiz dever, de ofcio ou a requerimento da parte, determinar
providncias que assegurem o resultado prtico equivalente ao adimplemento da obrigao".
SENTENA REFORMADA. PEDIDO INICIAL JULGADO PARCIALMENTE PROCEDENTE. RECURSO CONHECIDO
E PROVIDO. (II) RECURSO DA R FABIANE. PEDIDO DE MAJORAO DA VERBA HONORRIA FIXADA EM
FAVOR DO SEU PATRONO. ACOLHIMENTO. ESTIPNDIO ARBITRADO NA SENTENA QUE NO REMUNERA
DIGNAMENTE O TRABALHO DESENVOLVIDO. EXASPERAO QUE SE IMPE. APELO PROVIDO. AO
INDENIZATRIA E RECONVENO. (I) RECURSO DA AUTORA/RECONVINDA. ATRASO NA ENTREGA DO
APARTAMENTO INCONTROVERSO. EXCEO DE CONTRATO NO CUMPRIDO CONSTADA. AUTORA QUE
NO PROCEDEU TRANSFERNCIA DO IMVEL DADO EM PAGAMENTO. INTELIGNCIA DO ART. 476 DO
CDIGO CIVIL. MANUTENO DA SENTENA DE IMPROCEDNCIA QUE SE IMPE. APELO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (II) RECURSO DA R/RECONVINTE. PRETENSO DE RECEBIMENTO DO VALOR
CORRESPONDENTE DIFERENA DA EXTENSO DA REA PROMETIDA E NO ENTREGUE.
DESCABIMENTO. DAO EM PAGAMENTO AD CORPUS CONFIGURADA. EXEGESE DO ART. 500, 3, DO
CC. IMPOSSIBILIDADE DE COMPENSAO DA VERBA HONORRIA FIXADA NA AO PRINCIPAL E NA
RECONVENO.
DEMANDAS
DISTINTAS.
RECLAMO
CONHECIDO
E
DESPROVIDO.Processo: 2014.016999-8 e 2014.016998-1. Relator: Des. Subst. Jorge Luis Costa Beber.
19.Apelao cvel. Indenizao por danos materiais. Responsabilidade civil objetiva. Falsificao de
assinatura no observada por oficial de cartrio. Particular lesado por agente pblico nomeado pela
administrao. Legitimidade passiva do Estado de Santa Catarina. Danos materiais caracterizados.
Dever de indenizar. Juros moratrios. Aplicao do art. 1-F da Lei n. 9.494/97, com redao dada pela
Lei n. 11.960/09. Sucumbncia recproca. Compensao. Possibilidade na espcie. Recurso acolhido
parcialmente. Os juros de mora devem pautar-se pelo ndice estabelecido no art. 1-F da Lei 9.494/97,
com a redao da Lei n. 11.960/09 (variao mensal da TR + 0,5% ao ms) STJ, Smula n. 306 - Os
honorrios devem ser compensados quando houver sucumbncia recproca, assegurado o direito
autnomo do advogado execuo do saldo, sem excluir a legitimidade da prpria
parte. Processo:2014.009998-3. Relator: Des. Pedro Manoel Abreu.
20.APELAO CVEL. RECURSO DO EXECUTADO. CITAO POR EDITAL. ALEGAO DE NULIDADE, POR
AUSNCIA DE INDICAO DA NATUREZA DA DVIDA E DA DATA DE INSCRIO. IMPROPRIEDADE.
APONTAMENTO NO TTULO EXECUTIVO, DO VALOR E DO VENCIMENTO. AUSNCIA, ADEMAIS, DE PROVA
recusa de registro em virtude de greve de policiais civis, enseja a responsabilidade do Estado pelos
danos morais sofridos pela vtima.
19.Afigura-se desnecessria a emenda da petio inicial de execuo fiscal para que apresente todos os
elementos exigidos pelo art. 282, II, do Cdigo de Processo Civil, caso preenchidos os requisitos
previstos no art. 6 da Lei n. 6.830/1980.
20.O bito do autor, no transcurso de demanda que objetiva o fornecimento de frmaco, no autoriza a
determinao de restituio, a ser feita pelo Estado, de valores despendidos pelo municpio e pelos
familiares com a compra do medicamento, por versar a questo sobre direito personalssimo e
intransmissvel.
rgo Especial
1.MANDADO DE SEGURANA. CONCURSO DA MAGISTRATURA. EXIGNCIA DE MATRIA SUPOSTAMENTE
NO CONSTANTE DO EDITAL. "INTERVENO ANDINA". ESPCIE DO GNERO "INTERVENO DE
TERCEIROS". PREVISO EXPRESSA DESTA LTIMA. AUSNCIA DE DIREITO LQUIDO E CERTO. SEGURANA
DENEGADA. Processo:2014.021433-4. Relator: Des. Cludio Barreto Dutra.
Seo Criminal
2.REVISO CRIMINAL - PRETENDIDA A MODIFICAO DA SENTENA CONDENATRIA - TESE ARRIMADA
NA INOCNCIA - APRESENTAO DE PROVA NOVA - LAUDO MDICO ATESTANDO A INIMPUTABILIDADE
DO REEDUCANDO POCA DA PRTICA DO ATO DELITUOSO - AUSNCIA DE SUBSUNO DO PLEITO
COM AS HIPTESES AUTORIZADORAS DA AO REVISONAL (CPP, ART. 621, I A III) - CASO, NO MXIMO,
DE ISENO DE PENA E DE APLICAO DE MEDIDA DE SEGURANA - COMPETNCIA DO JUZO DA
EXECUO PENAL - NO CONHECIMENTO. Processo: 2014.058044-6.Relatora: Desa. Salete Silva
Sommariva.
6. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTRIA. ART. 2, II, C/C ART. 12, I, LEI 8.137/90, EM CONTINUIDADE
DELITIVA (6X). NO RECOLHIMENTO DE ICMS. SENTENA ABSOLUTRIA FUNDAMENTADA NA
ATIPICIDADE FORMAL DA CONDUTA, SOB O ARGUMENTO DE QUE, NO CASO DO ICMS, COMERCIANTE
CONTRIBUINTE DE FATO E NO SUBSTITUTO TRIBUTRIO. RECURSO DO MP. PLEITEADA A CONDENAO.
POSSIBILIDADE. DEVIDAMENTE COMPROVADO QUE A APELADA, SCIA ADMINISTRADORA DA EMPRESA,
DEIXOU DE RECOLHER O TRIBUTO NO PRAZO LEGAL. CONFISSO, CONTRATO SOCIAL E CERTIDO DE
CONSTITUIO DE CRDITO TRIBUTRIO. CRIME QUE SE CONSUMA COM A SIMPLES OMISSO NO
RECOLHIMENTO DO TRIBUTO. IMPOSTO INDIRETO, CUJO NUS FINANCEIRO DE ARCAR COM O
PAGAMENTO RECAI SOBRE O CONSUMIDOR FINAL. EMPRESA ADMINISTRADA PELA APELADA QUE, NA
CONDIO DE SUBSTITUTA TRIBUTRIA, ASSUMIU A OBRIGAO DE REPASSAR OS VALORES
RECOLHIDOS A TTULO DE ICMS AO FISCO. OMISSO QUE NO CONSTITUI MERO INADIMPLEMENTO
TRIBUTRIO, MAS SIM APROPRIAO DO IMPOSTO ARRECADADO DE TERCEIRO. CONDENAO QUE SE
IMPE. DOSIMETRIA. PEDIDO DE RECONHECIMENTO DA CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO PREVISTA NO
ART. 12, I, LEI 8.137/90. INVIABILIDADE. INEXISTNCIA DE GRAVE DANO COLETIVIDADE. VALOR
SONEGADO INFERIOR QUINHENTOS MIL REAIS. PRECEDENTES. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. Processo: 2014.091285-6. Relator: Des. Ernani Guetten de Almeida.