Código de Ética Dos Relações Públicas

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Cdigo de tica dos Relaes Pblicas



I - Somente pode intitular-se Profissional de Relaes Pblicas e, nesta qualidade, exercer a profisso
no Brasil, a pessoa fsica ou jurdica legalmente credenciada nos termos da lei em vigor;
II - O Profissional de Relaes Pblicas baseia seu trabalho no respeito aos princpios da Declarao
Universal dos Direitos do Homem;
III - O Profissional de Relaes Pblicas em seu trabalho individual ou em equipe, procurar
desenvolver o sentido de sua responsabilidade profissional, atravs do aperfeioamento de seus
conhecimentos e procedimentos ticos, pela melhoria constante de sua competncia cientfica e
tcnica e no efetivo compromisso com a sociedade brasileira.
IV - O Profissional de Relaes Pblicas, em seu trabalho, procurar sempre promover o bem-estar
da pessoa humana e da comunidade em que vive.
V - O Profissional de Relaes Pblicas deve empenhar-se para criar estruturas e canais de
comunicao que favoream o dilogo e a livre circulao de informaes.

DAS RESPONSABILIDADES GERAIS

Art. 1- So deveres fundamentais do profissional de Relaes Pblicas:

a) Esforar-se para obter eficincia mxima em seus servios, procurando sempre se
atualizar nos estudos da Comunicao Social e de outras reas de conhecimento;
b) Assumir responsabilidades somente por tarefas para os quais esteja
capacitado,reconhecendo suas limitaes e renunciando a trabalho que possa ser por elas
prejudicado;
c) Colaborar com os cursos de formao de profissionais de Relaes Pblicas, notadamente
no aconselhamento e orientao aos futuros profissionais.

Art. 2 - Ao Profissional de Relaes Pblicas vedado:

a) Utilizar qualquer mtodo, meio ou tcnica para criar motivao inconsciente que,
privando a pessoa de seu livre arbtrio, tire-lhe a responsabilidade de seus atos;
b) Desviar para atendimento particular prprio, com finalidade lucrativa, clientes que tenha
atendido em virtude de sua funo tcnica em organizaes diversas;
c) Acumplicar-se com pessoas que exeram ilegalmente a profisso de Relaes Pblicas;
d) Disseminar informaes falsas ou enganosas ou permitir a difuso de notcias que no
possam ser comprovadas por meio de fatos conhecidos e demonstrveis;
e) Admitir prticas que possam levar a corromper ou a comprometer a integridade de canais
de comunicao ou exerccio da profisso;
f) Divulgar informaes inverdicas da organizao que representa.

DAS RELAES COM O EMPREGADOR

Art. 3 - O profissional de Relaes Pblicas, ao ingressar em uma organizao como empregado,
deve considerar os objetivos, a filosofia e os padres gerais desta, tornando-se interdito o contrato
de trabalho sempre que as normas polticas e costumes ali vigentes contrariem sua conscincia
profissional, bem como os princpios e regras deste Cdigo.

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DAS RELAES COM OS CLIENTES



Art. 4- Define-se como cliente a pessoa, entidade ou organizao a quem o Profissional de Relaes
Pblicas - como profissional liberal ou empresa de Relaes Pblicas - presta servios profissionais.

Art. 5- So deveres do Profissional de Relaes Pblicas, nas suas relaes com o cliente:
a) Dar ao cliente informaes concernentes ao trabalho a ser realizado, definindo bem seus
compromissos e responsabilidades profissionais, a fim de que ele possa decidir- se pela
aceitao ou recusa dos servios profissionais;
b) Esclarecer ao cliente, no caso de atendimento em equipe, a definio e qualificao
profissional dos demais membros desta, seus papis e responsabilidades;
c) Limitar o nmero de seus clientes s condies de trabalho eficiente;
d) Sugerir ao cliente servio de outros colegas sempre que impuser a necessidade de
prosseguimentos dos servios prestados, e estes, por motivos ponderveis, no puderem ser
continuados por quem os assumiu inicialmente;
e) Entrar em atendimento com seu substituto, comunicando-lhe informaes necessrias
boa continuidade dos trabalhos, quando se caracterizar a situao mencionada no item
anterior.

Art. 6 - vedado ao Profissional de Relaes Pblicas atender clientes concorrentes, sem prvia
autorizao das partes atendidas.

Art. 7 - No deve o Profissional de Relaes Pblicas aceitar contrato em circunstncias que atinjam
a dignidade da profisso e os princpios e normas do presente Cdigo.

DOS HONORRIOS PROFISSIONAIS

Art. 8 - Os honorrios e salrios devem ser fixados por escrito antes do incio do trabalho a ser
realizado, levando-se em considerao, entre outros:

1- Vulto, dificuldade, complexidade, presso de tempo e relevncia dos trabalhos a executar;
2- Necessidade de ficar impedido ou proibido de realizar outros trabalhos paralelos;
3- As vantagens que, do trabalho, se beneficiar o cliente;
4- A forma e as condies de reajuste;
5- O fato de se tratar de um cliente eventual, temporrio ou permanente;
6- A necessidade de locomoo na prpria cidade ou para outras cidades do Estado ou do
Pas.

Art. 9 - O Profissional de Relaes Pblicas s poder promover, publicamente, a divulgao de seus
servios com exatido e dignidade, limitando-se a informar, objetivamente, suas habilidades,
qualificaes e condies de atendimento.

Art. 10 - Na fixao dos valores deve se levar em conta o carter social da profisso. Em casos de
entidades filantrpicas ou representativas de movimentos comunitrios, o profissional deve
contribuir sem visar a lucro pessoal, com as atribuies especficas de Relaes Pblicas,
comunicando ao CONRERP de sua Regio as aes por ele praticadas.

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DAS RELAES COM OS COLEGAS


Art. 11- O Profissional de Relaes Pblicas deve ter para com seus colegas a considerao e a
solidariedade que fortaleam a harmonia e o bom conceito da classe.

Art. 12- O Profissional de Relaes Pblicas no atender cliente que esteja sendo assistido por
outro colega, salvo nas seguintes condies:
a) a pedido do colega;
b) quando informado, seguramente, da interrupo definitiva do atendimento prestado pelo
colega.

Art. 13 - O Profissional de Relaes Pblicas no pleitar para si emprego, cargo ou funo que
esteja sendo exercida por outro Relaes Pblicas.

Art. 14- O Profissional de Relaes Pblicas no dever, em funo de esprito de solidariedade, ser
conivente com erro, contraveno penal ou infrao a este Cdigo de tica praticado por colega.

Art. 15- A crtica a trabalhos por colegas dever ser sempre objetiva, construtiva, comprovvel e de
inteira responsabilidade de seu autor, respeitando sua honra e dignidade.

DAS RELAES COM ENTIDADES DE CLASSE

Art. 16 - O Profissional de Relaes Pblicas dever prestigiar as entidades profissionais e cientficas
que tenham por finalidade a defesa da dignidade e dos direitos profissionais, a difuso e o
aprimoramento da Relaes Pblicas e da Comunicao Social, a harmonia e a coeso de sua
categoria social.

Art. 17 - O Profissional de Relaes Pblicas dever apoiar as iniciativas e os movimentos legtimos
de defesa dos interesses da classe, tendo participao efetiva atravs de seus rgos
representativos.

Art. 18 - O Profissional de Relaes Pblicas dever cumprir com as suas obrigaes junto s
entidades de classe s quais se associar espontaneamente ou por fora da Lei, inclusive no que se
refere ao pagamento de anuidades, taxas e emolumentos legalmente estabelecidos.

DAS RELAES COM A JUSTIA

Art.19 - O Profissional de Relaes Pblicas, no exerccio legal da profisso, pode ser nomeado
perito para esclarecer a Justia em matria de sua competncia.

Pargrafo nico: O Relaes Pblicas deve excusar-se de funcionar em percia que escape a sua
competncia ou por motivos de fora maior, desde que d a devida considerao autoridade que o
nomeou.

Art. 20 - O Profissional de Relaes Pblicas tem por obrigao servir imparcialmente Justia,
mesmo quando um colega for parte envolvida da questo.

Art. 21 - O Profissional de Relaes Pblicas dever agir com absoluta iseno, limitando-se
exposio do que tiver conhecimento atravs da anlise e observaes do material apresentado e


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no ultrapassado, no parecer, a esfera de suas atribuies.
Art. 22 - O Profissional de Relaes Pblicas dever levar ao conhecimento da autoridade que o
nomeou a impossibilidade de formular parecer conclusivo, face recusa do profissional em
julgamento em fornecer-lhe dados necessrios anlise.

Art. 23 - vedado ao Profissional de Relaes Pblicas:
a) Ser perito de cliente seu;
b) Funcionar em percia em que sejam parte parente at segundo grau, ou afim, amigo ou inimigo e
concorrente de cliente seu;
c) Valer-se do cargo que exerce, ou dos laos de parentesco ou amizade, para pleitear ser nomeado
perito.

DO SIGILO PROFISSIONAL

Art. 24 - O Profissional de Relaes Pblicas guardar sigilo das aes que lhe forem confiadas em
razo de seu ofcio e no poder ser obrigado revelao de assuntos que possam ser lesivos a seus
clientes e empregadores, ou ferir a sua lealdade para com eles em funo que venha a exercer
posteriormente.

Art. 25 - Quando o Profissional de Relaes Pblicas faz parte de uma equipe, o cliente dever ser
informado de que seus membros podero ter acesso a material referente a seus projetos e aes.

Art. 26 - Nos casos de percia, o Profissional de Relaes Pblicas dever tomar todas as precaues
para que, servindo autoridade que o designou, no venha a expor indevida e desnecessariamente
aes do caso em anlise;

Art. 27 - A quebra do sigilo necessria quando se trata de fato delituoso, previsto em Lei, e a
gravidade de suas consequncias, para os pblicos envolvidos, possam criar para o Profissional de
Relaes Pblicas o imperativo de conscincia de denunciar o fato.

DAS RELAES POLTICAS E DO EXERCCIO DE LOBBY

Art. 28 - Defender a livre manifestao do pensamento, a democratizao e a popularizao das
informaes e o aprimoramento de novas tcnicas de debates funo obrigatria do Profissional
de Relaes Pblicas.

Art. 29 - No exerccio do lobby, o Profissional de Relaes Pblicas deve se ater s reas de sua
competncia, obedecendo as normas que regem a matria, emanadas pelo Congresso Nacional,
pelas Assemblias Legislativas Estaduais e pelas Cmaras Municipais.

Art. 30 - vedado ao Profissional de Relaes Pblicas utilizar-se de mtodos ou processos escusos,
para forar quem quer que seja a aprovar matria controversa ou projetos, aes e planejamento,
que favoream os propsitos.

DA OBSERVNCIA, APLICAO E VIGNCIA DO CDIGO DE TICA

Art. 31 - Cumprir e fazer cumprir este Cdigo dever de todo Profissional de Relaes Pblicas.


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Art. 32 - O Conselho Federal e os Regionais de Profissionais de Relaes Pblicas mantero a
Comisso de tica para:
- Assessorar na aplicao do Cdigo;
- Julgar as infraes cometidas e casos omissos, "ad-referendum" de seus respectivos
Plenrios.

Art. 33 - As normas deste Cdigo so aplicadas s pessoas fsicas e jurdicas que exeram a atividade
profissional de Relaes Pblicas.

Art. 34 - As infraes a este Cdigo de tica Profissional podero acarretar penalidades vrias, desde
multa at cassao do Registro Profissional.

Art. 35 - Cabe ao Profissional de Relaes Pblicas denunciar aos seus Conselhos Regionais qualquer
pessoa que esteja exercendo a profisso sem o respectivo registro, infringindo a legislao ou os
artigos deste Cdigo.

Art. 36 - Cabe aos Profissionais de Relaes Pblicas docentes e supervisores esclarecer, informar e
orientar os estudos quanto aos princpios e normas contidas neste Cdigo.

Art. 37 - Compete ao Conselho Federal formar jurisprudncia quanto aos casos omissos, ouvindo os
Regionais, e faz-la incorporar a este Cdigo.

Art. 38 - O presente Cdigo entrar em vigor em todo o territrio nacional, a partir de sua
publicao no Dirio Oficial da Unio.

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