Manuel Castells e A Sociedade em Rede
Manuel Castells e A Sociedade em Rede
Manuel Castells e A Sociedade em Rede
Sociedade em Rede
A confluência de fatores sociais, políticos e econômicos que, conjugados com as novas
tecnologias da comunicação, permitiu a ascensão da sociedade pós-industrial para a atual
sociedade em rede. A sociedade em rede, caracterizada por uma mudança na forma de
organização social, foi possibilitada pelo surgimento das tecnologias de informação num
período de coincidência temporal com uma necessidade de mudança econômica (a
globalização das trocas e movimentos financeiros) e social (a procura de afirmação das
liberdades e valores de escolha individual).
Castells apresenta também uma formulação teórica que chama de Cultura da Virtualidade
Real:
Conceito de Rede
Castells dedica as primeiras páginas da conclusão de seu livro “A sociedade em rede” na
definição de Rede:
Redes são estruturas abertas capazes de expandir de forma ilimitada, integrando novos
nós desde que consigam comunicar-se dentro da rede, ou seja, desde que
compartilhem os mesmos códigos de comunicação (por exemplo, valores ou objetivos
de desempenho). Uma estrutura social com base nas redes é um sistema aberto
altamente dinâmico suscetível de inovação sem ameaças ao seu equilíbrio. Redes são
instrumentos apropriados para:
Mas a morfologia da rede também é uma fonte de drástica reorganização das relações de
poder. As conexões que ligam as redes (por exemplo, fluxos financeiros assumindo o
controle de impérios da mídia que influenciam os processos políticos) representam os
instrumentos privilegiados do poder. Assim, os conectores são os detentores do poder.
Uma vez que as redes são múltiplas, os códigos interoperacionais e as conexões entre
redes tornam-se as fontes fundamentais da formação, orientação e desorientação das
sociedades. A convergência da evolução social e das tecnologias da informação criou uma
nova base material para o desempenho de atividade em toda a estrutura social. Essa base
material construída em redes define os processos sociais predominantes,
consequentemente dando forma à próprias estrutura social”. (CASTELLS, 2012)
Paradigma tecnológico
O conceito de paradigma tecnológico ajuda a organizar a essência da transformação
tecnológica atual à medida em que ela interage com a economia e a sociedade. Para Castells
os aspectos centrais do paradigma da tecnologia da informação que influenciam a
transformação social e que representam a base material da sociedade da informação são:
Cultura da Internet
A cultura da Internet é a cultura dos criadores da Internet. Por cultura entende-se um conjunto
de valores e crenças que formam o comportamento; padrões repetitivos de comportamento
geram costumes que são repetidos por instituições, bem como por organizações sociais
informais.
Em seu livro, A Galáxia da Internet (2001), Castells define a cultura da Internet em quatro
camadas ou níveis:
cultura tecnomeritocrática;
cultura hacker;
cultura empresarial.
Geografia técnica;
Geografia econômica.
O Poder da Comunicação
o “código fonte” de qualquer sociedade está nas relações de poder.
Nessa obra, Castells detalha os fios que unem a sociedade em rede: a comunicação e a
informação, relacionando-as com os conceitos de poder e política. Nesse contexto, o poder
estaria baseado no controle da informação e da comunicação, seja ele o poder macro do
Estado e da mídia, ou o poder micro de organizações, como os movimentos sociais.
Para o autor, onde há poder, há contrapoder. Onde há dominação há resistência. E dessas
relações surgem compromissos parciais que geram mudanças e novas normas. Por isso, não
se toma o poder, porque ele é uma relação. E esse poder, essa capacidade relacional é usada
para influenciar os valores e interesses dos que possuem poder. Nesse momento surge o que
chama de “batalha para influenciar nossas mentes”.
O autor aborda por que, como e por quem as relações de poder são construídas e exercidas na
sociedade, e de que forma elas podem ser alteradas por atores sociais que desejam mudanças
sociais e se mobilizam para enfrentar à institucionalização de normas e regras visando
provocar mudanças sociais. É estabelecida então, uma dinâmica de poder e contrapoder, entre
o poder já estabelecido na sociedade, suas instituições e capacidade reprodutiva, e os
desafiantes desse poder, os atores sociais (indivíduos, comunidades, organizações) que não
vêm seus interesses e valores representados, mas podem se reunir em movimentos sociais
que, “através da história, [...] foram, e continuam sendo, as alavancas de mudança social”
As relações de poder são caracterizadas pela dinâmica entre poder e contra poder, ou seja,
entre a reprodução do poder incorporado as instituições e os desafios a esse poder oriundos
de atores sociais não veem seus interesses e valores suficientemente representados por elas.
Ou seja, o poder depende do controle da comunicação, assim como o contrapoder depende do
rompimento desse controle.
Para Castells, as relações de poder são construídas nas mentes humanas por meio de
processos de comunicação, a moldagem das mentalidades das pessoas é uma forma decisiva
e duradoura de dominação. Mais que a intimidação ou violência.
O poder é imposto pelas instituições. O contra poder é mais frequentemente exercitado pela
ascensão dos movimentos sociais. Que continuam sendo as alavancas de mudança social.
A mudança social envolve uma ação, individual e/ou coletiva, que, em sua raiz, tem
motivação emocional. Como acontece com todo o comportamento humano.
Ascensão das redes de comunicação digital como forma prevalente de interação humana
mediada fornece o novo contexto, no cerne da sociedade em rede como uma nova estrutura
social, na qual os movimentos sociais do século XXI estão sendo formados.
Castells coloca o poder como “o processo mais fundamental na sociedade, já que a sociedade
é definida em torno de valores e instituições e o que é valorizado e institucionalizado é
definido pelas relações de poder”.
Para o autor, o poder atua sobre a mente humana por meio de mensagens comunicativas
(informação). Desse modo, é necessário entender como a mente humana processa essas
mensagens e como isso se traduz em ações na esfera política, desde a dimensão política
individual até a dimensão política coletiva.
Nesse contexto, a internet permanece como um modo de comunicação bastante autônomo aos
seus usuários, mesmo estando nas mãos de grandes organizações privadas. Isso ocorre porque
essa tecnologia digital permite que indivíduos e outras organizações “menores” gerem seus
próprios conteúdos informacionais e os distribuam no ciberespaço, rompendo esse controle
comercial e governamental.
Autocomunicação de Massa
Com a difusão da internet, surgiu uma nova forma de comunicação interativa, caracterizada
pela capacidade de enviar mensagens de muitos para muitos, em tempo real ou no tempo
escolhido, e com a possibilidade de usar a comunicação entre dois pontos em transmissões
dispositivos móveis. O fundamento de uma nova comunidade, uma nova comunicação, pode
Castells analisa as relações entre três conceitos: emoção, cognição e política. O autor coloca
ainda que a mudança social tem sua raiz na motivação emocional, individual ou coletiva. Um
dos “gatilhos” sociais para a mobilização pode ser a raiva, constantemente aumentada pela
percepção de uma injustiça e pela necessidade da identificação do responsável pela situação.
A partir do compartilhamento e da descoberta de outras pessoas com o mesmo sentimento, a
interação e a ação comunicativa crescem e induzirá na proposição de ações coletivas.
Essa política do escândalo, para Castells acabou produzindo efeitos variáveis. As crises de
legitimidade, o descrédito da política e a desconfiança generalizada, efeitos que se buscam
com essa política, acabam colidindo com o que o autor chama de “fadiga do escândalo”,
efeito colateral que faz com que todos apareçam como igualmente corruptos. Novas formas
surgem, então, deste desgaste da relação entre comunicação e poder, de uma crise de
legitimidade da política midiática, institucionalizada.
Para Castells, os movimentos sociais que têm como objetivo a mudança cultural deveriam
propor uma política insurgente, incorporando atores mobilizados para a mudança em um
sistema que eles seguiam antes, resistindo contra ações que agora consideram injustas,
imorais ou mesmo ilegítimas.
Castells ressalta que o surgimento das novas formas de comunicação em rede aumenta as
oportunidades de mudança social, dependendo obviamente da cultura, da organização, e da
cognição do indivíduo (como ele constrói, em sua mente, as relações de poder que podem ser
resultantes dessas oportunidades). Castells explora as fontes das relações de poder político
em nosso mundo, tentando conectar a dinâmica estrutural da sociedade em rede e a
consequente interação entre emoção, cognição e comportamento.
Bibliografia
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede (a era da informação: economia, sociedade e
cultura). São Paulo: PAz e Terra, 1999.
CASTELLS, Manuel. O poder da comunicação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.
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Prova: Fundunesp
Prova: SERPRO
Segundo Manuel Castells, as transformações que nos levam à sociedade da informação, estão
em estágio avançado nos países industrializados e de nirão um paradigma, o da tecnologia da
informação, que interfere nas relações sociais e na economia. Para o autor, as características
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5 Ano: 2007 Banca: CESPE Cargo: Técnico em Comunicação Social/ Divulgação Institucional
Disciplina: Comunicação Social
Assunto: Teorias da Comunicação
Um dos pilares da obra de Manuel Castells (A Sociedade em Rede) está na conclusão de que “a
presença na rede ou a ausência dela e a dinâmica de cada rede em relação às outras são fontes
cruciais de dominação e transformação de nossa sociedade: uma sociedade que, portanto,
podemos apropriadamente chamar de sociedade em rede, caracterizada pela primazia da
a) morfologia social sobre a economia”.
b) responsabilidade social sobre a ação social”.
c) morfologia social sobre a ação social”.
d) economia sobre os conceitos de responsabilidade social”.
e) ação social sobre a morfologia social”.
Prova: Petrobras
Na era digital, empresas públicas e privadas, fazem uso do uxo de informações existentes na
Internet, caracterizando o que Castells (1988) chama de cidade global. Isto signi ca que os(as):
a) conexões se enchem de ruídos, impedindo um uxo democrático das informações de interesse comunitário.
b) nós informativos atrapalham o desenvolvimento regional e transmitem preconceitos sobre as localidades.
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c) regiões e as localidades subsistem e cam integradas nas redes internacionais que ligam seus setores mais
dinâmicos.
d) sistemas de vida das periferias perdem espaço na mídia e só reproduzem o que as redes informativas produzem.
e) sistemas locais e regionais cam subordinados a um centro gerador de informações de interesse especí co.
Segundo Manuel Castells, as transformações que nos levam à sociedade da informação, estão
em estágio avançado nos países industrializados e de nirão um paradigma, o da tecnologia da
informação, que interfere nas relações sociais e na economia. Para o autor, as características
fundamentais desse paradigma são:
a) a comunicação interativa é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm média penetrabilidade;
predomínio da lógica de redes comunitárias; exibilidade; crescente convergência de tecnologias.
b) a informação é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade política; predomínio
da lógica de redes na economia; exibilidade das relações políticas; crescente convergência de tecnologias.
c) a comunicação é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade; predomínio da
relação pessoal face-a-face; in exibilidade tecnológica; crescente convergência de tecnologias.
d) a educação é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm baixa penetrabilidade; predomínio da
lógica de redes; exibilidade; crescente convergência de tecnologias.
e) a informação é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade; predomínio da
lógica de redes; exibilidade; crescente convergência de tecnologias.
Prova: Dataprev
Castells, o autor de O ser em rede, citado por Barbeiro, diz que o capitalismo está passando por
uma nova fase, a da economia apoiada na comunicação e no desenvolvimento tecnológico, a
que deu o nome de:
a) enredamento comunicacional.
b) rede de próteses virtuais;
c) capitalismo globalizado;
d) rede tecno- nanceira;
e) capitalismo informacional;
Assinale a a rmação correta a respeito da fase por que passa, atualmente, a Internet, de acordo
com o sociólogo Manuel Castells.
a) Com a ligação internacional em rede dos computadores, a mídia está sendo muito usada por todas as classes
sociais, o que favorece mais oportunidades de as pessoas se informarem.
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b) Com a produção de um aparato multimídia facilitado pela tecnologia, a Internet está possibilitando, no Brasil, a
pirataria de textos e di cultando a qualidade dos sites jornalísticos.
c) A popularização da Internet é democrática para todas as classes sociais pelo mundo afora, inclusive no Brasil,
facilitando a comunicação entre ricos e pobres.
d) A Internet está proporcionando a globalização dos veículos de comunicação sem acréscimos criativos para a
produção de reportagens na mídia.
e) A difusão da máquina impressora no Ocidente criou o que Marshall McLuhan (1912-80) chamou de “Galáxia de
Gutenberg”, enquanto agora se ingressou na “Galáxia da Internet”, com a difusão da tecnologia multimídia.
A Internet é uma grande aliada do trabalho do pro ssional de Relações Públicas, ajudando-o na
comunicação dentro e fora da empresa. Segundo o sociólogo Manuel Castells, a Internet foi
criada:
a) nos EstadosUnidos,com a disseminação do world wide web (www), em 1995.
b) a partir de uma rede de computadores montada pela Advanced Research Projects Agency (ARPA), em 1969, nos
Estados Unidos.
c) com a intenção de uso militar por parte de governos europeus, na década de 50 do séc. XX.
d) com a espionagem aos programas soviéticos na década de 50 do séc. XX.
e) como conseqüência das pesquisas cientí cas européias na área de processamento de dados.
a) a tecnologia da informação é, para esta revolução, o que as novas fontes de energia foram para as revoluções
industriais sucessivas, visto que a geração e a distribuição de energia foram elementos essenciais na base da
sociedade industrial.
b) o cerne da transformação que a sociedade está vivendo na atual revolução tecnológica está ligado aos produtos,
à ciência e à comunicação.
c) uma das características dessa revolução é a centralidade de conhecimentos e informação.
d) as novas tecnologias da informação se constituem de ferramentas autônomas, aplicadas de maneira
independente, pouco atreladas aos processos decorrentes do uso dessas mesmas ferramentas.
e) computadores, sistemas de comunicação, decodi cação e programação genética tornam-se dispositivos cada vez
mais distanciados da ação e do pensar humano.
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A rmo que, por meio da poderosa in uência do novo sistema de comunicação, mediado
por interesses sociais, políticas governamentais e estratégias de negócios, está surgindo
uma nova cultura: a cultura da virtualidade real. Manuel Castells. A sociedade em rede. São
Paulo: Paz e Terra, 2008 (com adaptações).
a) É importante para os diferentes tipos de efeitos sociais que haja o desenvolvimento de um sistema multimídia
centralmente distribuído como na con guração do vídeo sob demanda.
b) A realidade é inteiramente captada, totalmente imersa em uma composição de imagens virtuais no mundo do
faz-de-conta. Nele, as aparências não apenas se encontram na tela comunicadora da experiência, mas se
transformam na experiência.
c) Nesse novo sistema de comunicação, os interagentes e os receptores da interação - conforme de nição do
próprio Castells - são aqueles que mais sofrem as consequências dos processos de dominação da sociedade
informacional contemporânea.
d) Em razão da existência desse novo sistema de comunicação, todas as espécies de mensagens do novo tipo de
sociedade funcionam em um modo unitário, fortalecendo sua presença no sistema multimídia de comunicação.
e) O espaço de uxos e o tempo intemporal, de nidos por Castells, são as bases principais de uma cultura que
combate a diversidade dos sistemas de representação historicamente transmitidos.
Gabarito
1: b 2: a 3: e 4: e 5: c 6: a 7: c 8: e 9: e 10: e 11: b 12: a 13: b 14: b
Comuniqueiro comuniqueiro.com.br
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Prova: Fundunesp
Gabarito: b
Comentários
Por Equipe COMUNIQUEIRO |
- Sociedade em Rede -
A con uência de fatores sociais, políticos e econômicos que, conjugados com as novas tecnologias da comunicação, permitiu a
ascensão da sociedade pós-industrial para a atual sociedade em rede. A sociedade em rede, caracterizada por uma mudança na
forma de organização social, foi possibilitada pelo surgimento das tecnologias de informação num período de coincidência
temporal com uma necessidade de mudança econômica (a globalização das trocas e movimentos nanceiros) e social (a procura
de a rmação das liberdades e valores de escolha individual).
Em A Sociedade em Rede, Castells mapeia um cenário mediado pelas novas tecnologias de informação e comunicação e como
estas interferem nas estruturas sociais.
Prova: SERPRO
Gabarito: a
Comentários
Por Equipe COMUNIQUEIRO |
ERRADO - Os conceitos de Indústria Cultural e Capitalismo Informacional não possuem os mesmos pressupostos.
- Indústria Cultural -
Na indústria cultural, o indivíduo deixa de decidir autonomamente e adere acríticamente aos valores impostos. Para Adorno, o
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consumidor não é soberano, como a industria cultura queria fazer crer, é o seu objeto. A pessoa passa a ter uma pseudo-
indivudualidade, na qual sua identidade está vinculada à sociedade. Os produtos seriam feitos para impedir a atividade mental do
espectador. A estratégia de manipulação da Indústria Cultural se re ete na estrutura multiestrati cada das mensagens. Ou seja, a
mensagem oculta pode ser mais importante do que a que se vê (Adorno). A manipulação do público ocorre nos níveis latentes das
mensagens (médio e longo prazo).
- Capitalismo Informacional -
O conceito de Capitalismo informacional foi proposto na obra "Sociedade em Rede", pelo sociólogo Manuel Castells, e elege a
tecnologia de informação como o paradigma das mudanças sociais que reestruturaram o modo de produção capitalista, a partir
de 1980. É uma teoria que observa a sociedade da virada do século XX para o século XXI, e assinala uma nova realidade de
práticas sociais geradas pelas transformações decorrentes da “revolução tecnológica concentrada nas tecnologias de informação”.
É formulado a partir de dois eixos analíticos para a compreensão das dinâmicas das sociedades: modos de produção (capitalismo
e estatismo), e modos de desenvolvimento (agrário, industrial e informacional).
Pressupõe o caráter transformador das novas práticas sociais advindas da revolução tecnológica, principalmente no campo das
tecnologias da informação, que resultariam na criação de uma nova estrutura social que se manifesta de acordo com a
diversidade cultural e de acordo com as instituições existentes.
É uma interpretação que propõe o rejuvenescimento do capitalismo a partir do informacionalismo, e, portanto, crê que a ausência
da tecnologia de informação teria limitado a realidade do próprio capitalismo. Para melhor compreensão do conceito, é possível
perceber a diferença entre as palavras “indústria” e “industrial”, quando se observa que a sociedade industrial não signi ca uma
sociedade que tenha indústrias, mas sim aquelas nas quais as formas sociais, tecnológicas e os hábitos da vida cotidiana são por
ela in uenciados. Analogicamente, Castells distingue o termo “informação” (fundamental em todas as sociedades) do termo
“informacional”, uma espécie de atributo de organização social.
Gabarito: e
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Por Equipe COMUNIQUEIRO |
Manuel Castells no livro "O poder da comunicação" a rma que a certeza de que as relações de poder que estruturam a cultura, a
economia e especialmente a política são sustentadas por processos de comunicação. Esses processos moldam mentalidades de
forma profunda e duradoura. “O reino da comunicação é a esfera social onde valores e interesses de atores con itantes estão
comprometidos em disputa e debate para reproduzir a ordem social, para subvertê-la, ou para acomodar novas formas
resultantes de interação entre o velho e o novo, o passado de dominação cristalizado e o futuro de projetos alternativos para a
existência humana promovidos por aqueles que aspiram a mudar o mundo”.
Segundo Manuel Castells, as transformações que nos levam à sociedade da informação, estão
em estágio avançado nos países industrializados e de nirão um paradigma, o da tecnologia da
informação, que interfere nas relações sociais e na economia. Para o autor, as características
fundamentais desse paradigma são:
a) a comunicação interativa é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm média penetrabilidade;
predomínio da lógica de redes comunitárias; exibilidade; crescente convergência de tecnologias.
b) a informação é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade política; predomínio
da lógica de redes na economia; exibilidade das relações políticas; crescente convergência de tecnologias.
c) a comunicação é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade; predomínio da
relação pessoal face-a-face; in exibilidade tecnológica; crescente convergência de tecnologias.
d) a educação é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm baixa penetrabilidade; predomínio da
lógica de redes; exibilidade; crescente convergência de tecnologias.
e) a informação é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade; predomínio da
lógica de redes; exibilidade; crescente convergência de tecnologias.
Gabarito: e
Comentários
Por Equipe COMUNIQUEIRO |
O conceito de paradigma tecnológico Manuel Castells ajuda a organizar a essência da transformação tecnológica atual à medida
em que ela interage com a economia e a sociedade. São eles:
A informação é sua matéria-prima - São tecnologias para agir sobre a informação e sobre a tecnologia, como foi o caso das
revoluções tecnológicas anteriores.
Penetrabilidade dos efeitos das novas tecnologias - Como a informação é uma parte integral de toda atividade humana, todos os
processos de nossa existência individual e coletiva são diretamente moldados (embora não determinados) pelo novo meio
tecnológico.
Predomínio da lógica de redes - A morfologia da rede é bem adaptada à crescente complexidade de interação e aos modelos
imprevisíveis do desenvolvimento derivado do poder criativo dessa interação. A rede pode ser implementada materialmente em
todos os tipos de processos e organizações graças a recentes tecnologias da informação. A lógica de redes é necessária para
estruturar o não-estruturado (força motriz da inovação na atividade humana), preservando a exibilidade.
Flexibilidade - Referente ao sistema de redes, mas sendo um aspecto claramente distinto. Não apenas os processos são
reversíveis, mas organizações e instituições podem ser modi cadas pela reorganização de seus componentes. O que distingue a
con guração do novo paradigma tecnológico é sua capacidade de recon guração, um aspecto decisivo em uma sociedade
caracterizada por constante mudança e uidez organizacional.
Crescente convergência de tecnologias - Especí cas para um sistema altamente integrado, no qual trajetórias tecnológicas antigas
cam literalmente impossíveis de se distinguir em separado. Assim, a microeletrônica, as telecomunicações, a optoeletrônica e os
computadores são todos integrados nos sistemas de informação.
5 Ano: 2007 Banca: CESPE Cargo: Técnico em Comunicação Social/ Divulgação Institucional
Disciplina: Comunicação Social
Assunto: Teorias da Comunicação
Um dos pilares da obra de Manuel Castells (A Sociedade em Rede) está na conclusão de que “a
presença na rede ou a ausência dela e a dinâmica de cada rede em relação às outras são fontes
cruciais de dominação e transformação de nossa sociedade: uma sociedade que, portanto,
podemos apropriadamente chamar de sociedade em rede, caracterizada pela primazia da
a) morfologia social sobre a economia”.
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Gabarito: c
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Por Equipe COMUNIQUEIRO |
Em "A sociedade em rede" de Manuel Castells, defende a tese de que há uma tendência histórica dos processos dominantes na
era da informação de se organizar em torno de redes. Para Castells, as redes constituem "a nova morfologia social de nossas
sociedades, e a difusão da lógica de redes modi ca de forma substancial a operação e os resultados dos processos produtivos e
de experiência, poder e cultura.”
Segundo Castells, não importa o conteúdo circulante da rede, o importante é sua circulação e seu consumo rápidos e geradores
de enormes lucros. Na sociedade em rede de Castells há primazia da morfologia sobre a ação social, espécie de estruturalismo
globalista. Essa lógica de redes gera “uma determinação social em nível mais alto que a dos interesses sociais especí cos
expressos por meio das redes: o poder dos uxos é mais importante que os uxos do poder”
Prova: Petrobras
Gabarito: a
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Por Equipe COMUNIQUEIRO |
- Processos Comunicacionais -
Segundo Manuel Castells, a cultura contemporânea é formada por processos comunicacionais. Isso porque as transformações
sociais em curso nos âmbitos global e local são estruturadas sobre a evolução das tecnologias de informação e comunicação e
estabelecimento de processos comunicacionais mediados por computadores interconectados por meio de tecnologias de
telecomunicações. Esses avanços ocorreram a partir das últimas décadas do século XX e conduziram a sociedade a uma evolução
tecnológica e a ascensão da economia da informação e do conhecimento que Castells chamou de “sociedade em rede”.
"Os processos comunicacionais tradicionais, por meios ou veículos que permitiam a homogeneização da comunicação, evoluíram
no sentido de abrir caminhos para mudanças estruturais que permitem interatividade, de forma particularizada, e sintonia em
rede entre sujeitos (pessoas, instituições, empresas, organizações, governos, entre outros) com interesses comuns (tanto políticos,
como econômicos, culturais etc.) por meio de interligações de alcance global". Almeida
Na formatação da sociedade em rede, Castells cita a importância dos meios de comunicação e dos processos comunicacionais na
cultura contemporânea ao mostrar a mídia como expressão da nossa cultura que funciona principalmente por materiais
propiciados por ela.
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Sobre o poder no universo dos processos comunicacionais, ou ao “poder comunicacional”, nas transformações dos processos
comunicacionais observa-se uma tensão entre novas empresas de mídia e as tradicionais, que, embora alguns grupos (ou
conglomerados) de mídia ainda exerçam grande poder e força na esfera econômica, política e social, os re exos da digitalização
das informações têm os conduzido a reverem seus planos corporativos para tentarem se manter no topo da pirâmide do poder
comunicacional.
Na era digital, empresas públicas e privadas, fazem uso do uxo de informações existentes na
Internet, caracterizando o que Castells (1988) chama de cidade global. Isto signi ca que os(as):
a) conexões se enchem de ruídos, impedindo um uxo democrático das informações de interesse comunitário.
b) nós informativos atrapalham o desenvolvimento regional e transmitem preconceitos sobre as localidades.
c) regiões e as localidades subsistem e cam integradas nas redes internacionais que ligam seus setores mais
dinâmicos.
d) sistemas de vida das periferias perdem espaço na mídia e só reproduzem o que as redes informativas produzem.
e) sistemas locais e regionais cam subordinados a um centro gerador de informações de interesse especí co.
Gabarito: c
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Por Equipe COMUNIQUEIRO |
- Cidade Global -
A cidade global é um processo que conecta serviços avançados, centros produtores e mercados em uma rede global com
intensidade diferente e em diferente escala, dependendo da relativa importância das atividades localizadas em cada área vis-a-vis
a rede global. Em cada pais a arquitetura de formação de redes reproduz-se em centros locais e regionais, de forma que o sistema
todo que interconectado em âmbito global. Nesse contexto, as regiões e localidade subsistem e cam integradas em redes
internacionais que ligam seus setores mais dinâmicos. Castells analisa o uxo de capital e de serviços avançados por diversas
regiões e países, mostrando como tem ocorrido essa descentralização, concluindo então que a dita cidade global não se trata de
um lugar, mas um processo. Um processo por meio do qual os centros produtivos e de consumo de serviços avançados e suas
sociedades auxiliares locais estão conectados em uma rede global com base em uxos de informação.
Segundo Manuel Castells, as transformações que nos levam à sociedade da informação, estão
em estágio avançado nos países industrializados e de nirão um paradigma, o da tecnologia da
informação, que interfere nas relações sociais e na economia. Para o autor, as características
fundamentais desse paradigma são:
a) a comunicação interativa é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm média penetrabilidade;
predomínio da lógica de redes comunitárias; exibilidade; crescente convergência de tecnologias.
b) a informação é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade política; predomínio
da lógica de redes na economia; exibilidade das relações políticas; crescente convergência de tecnologias.
c) a comunicação é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade; predomínio da
relação pessoal face-a-face; in exibilidade tecnológica; crescente convergência de tecnologias.
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d) a educação é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm baixa penetrabilidade; predomínio da
lógica de redes; exibilidade; crescente convergência de tecnologias.
e) a informação é sua matéria-prima; os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade; predomínio da
lógica de redes; exibilidade; crescente convergência de tecnologias.
Gabarito: e
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Por Equipe COMUNIQUEIRO |
- Paradigma tecnológico -
O conceito de paradigma tecnológico ajuda a organizar a essência da transformação tecnológica atual à medida em que ela
interage com a economia e a sociedade. Para Castells os aspectos centrais do paradigma da tecnologia da informação que
in uenciam a transformação social e que representam a base material da sociedade da informação são:
A informação como matéria-prima - As tecnologias agem sobre a informação e não somente o contrário, como ocorreu em
revoluções anteriores;
Penetrabilidade dos efeitos das novas tecnologias - A informação é parte integral da atividade do homem e, desta forma todos os
processos relacionados com a sua existência (individual e coletiva) se moldam pelo meio tecnológico;
Predomínio da lógica de redes - A rede pode ser implementada materialmente em todos os tipos de processos e organizações
graças a recentes tecnologias da informação. A lógica de redes é necessária para estruturar o não-estruturado (força motriz da
inovação na atividade humana), preservando a exibilidade. O que distingue a con guração do novo paradigma tecnológico é sua
capacidade de recon guração, um aspecto decisivo em uma sociedade caracterizada por constante mudança e uidez
organizacional. Essa lógica de redes é necessária para estruturar o não-estruturado, porém preservando a exibilidade, pois o
não-estruturado é a força-motriz da inovação da atividade humana. As vantagens de estar em redes, com a sua expansão,
crescem na mesma proporção – a penalidade por estar fora da rede está no fato de que se diminui a possibilidade de alcançar
elementos fora dela, na medida em que muitos estão já conectados (CASTELLS);
Flexibilidade - O Paradigma da tecnologia da informação se baseia no conceito de exibilidade. Não apenas os processos são
reversíveis, mas organizações e instituições podem ser modi cadas, e até mesmo fundamentalmente alteradas, pela
reorganização de seus componentes. A exibilidade tanto pode ser uma força libertadora como também uma tendência
repressiva, se os de nidores das regras sempre forem os poderes constituídos. “As redes são criadas não apenas para comunicar,
mas para ganhar posições, para melhorar a comunicação (MULGAN, 1991)”; e
Convergência Tecnológica - A convergência de tecnologias especí cas para um sistema altamente integrado, que se caracteriza
pela impossibilidade de distinguir, em separado, as etapas da evolução tecnológica no passado. Pode se considerar, portanto,
como integrados no sistema de informação, a microeletrônica, as telecomunicações, a optoeletrônica e os computadores. Para
Castells, haverá um tempo em que um desses elementos não poderá ser imaginado sem se considerar o outro. O
desenvolvimento da Internet está invertendo a relação entre a comutação de circuitos e troca de pacotes nas tecnologias da
comunicação, para que a transmissão de dados se torne uma forma de comunicação predominante e universal.
Prova: Dataprev
Castells, o autor de O ser em rede, citado por Barbeiro, diz que o capitalismo está passando por
uma nova fase, a da economia apoiada na comunicação e no desenvolvimento tecnológico, a
que deu o nome de:
a) enredamento comunicacional.
b) rede de próteses virtuais;
c) capitalismo globalizado;
d) rede tecno- nanceira;
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e) capitalismo informacional;
Gabarito: e
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- Capitalismo Informacional -
A sociedade da virada do século XX para o século XXI vivencia uma realidade de novas práticas sociais geradas pelas mudanças
decorrentes da “revolução tecnológica” concentrada nas tecnologias de informação. A tecnologias, inicialmente impulsionadas
pelas pesquisas militares, foram amplamente utilizadas pelo setor nanceiro quando houve a necessidade de reestruturação do
capitalismo. Segundo Castells, a tecnologia da informação é o paradigma das mudanças sociais que reestruturaram o modelo
capitalista a partir dos anos 80.
No capitalismo informacional há uma interação dialética entre tecnologia e sociedade, na qual a importância da tecnologia está
em incorporar a sociedade. Nesse contexto, a sociedade utiliza a inovação tecnológica, mas não a determina. (Em oposição ao
conceito de indústria cultural, da Escola de Frankfurt, no qual a sociedade determina a produção da cultura, ou seja, a cultura está
subjugada às leis capitalistas da "oferta e demanda" sociais.)
Assinale a a rmação correta a respeito da fase por que passa, atualmente, a Internet, de acordo
com o sociólogo Manuel Castells.
a) Com a ligação internacional em rede dos computadores, a mídia está sendo muito usada por todas as classes
sociais, o que favorece mais oportunidades de as pessoas se informarem.
b) Com a produção de um aparato multimídia facilitado pela tecnologia, a Internet está possibilitando, no Brasil, a
pirataria de textos e di cultando a qualidade dos sites jornalísticos.
c) A popularização da Internet é democrática para todas as classes sociais pelo mundo afora, inclusive no Brasil,
facilitando a comunicação entre ricos e pobres.
d) A Internet está proporcionando a globalização dos veículos de comunicação sem acréscimos criativos para a
produção de reportagens na mídia.
e) A difusão da máquina impressora no Ocidente criou o que Marshall McLuhan (1912-80) chamou de “Galáxia de
Gutenberg”, enquanto agora se ingressou na “Galáxia da Internet”, com a difusão da tecnologia multimídia.
Gabarito: e
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"A Internet é um meio de comunicação que permite, pela primeira vez, a comunicação de muitos com muitos, num momento
escolhido, em escala global. Assim como a difusão da máquina impressora no Ocidente criou o que MacLuhan chamou de a
“Galáxia de Gutenberg”, ingressamos agora num novo mundo de comunicação: a Galáxia da Internet. O uso da Internet como
sistema de comunicação e forma de organização explodiu nos últimos anos do segundo milênio.". (CASTELLS, 2004)
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A Internet é uma grande aliada do trabalho do pro ssional de Relações Públicas, ajudando-o na
comunicação dentro e fora da empresa. Segundo o sociólogo Manuel Castells, a Internet foi
criada:
a) nos EstadosUnidos,com a disseminação do world wide web (www), em 1995.
b) a partir de uma rede de computadores montada pela Advanced Research Projects Agency (ARPA), em 1969, nos
Estados Unidos.
c) com a intenção de uso militar por parte de governos europeus, na década de 50 do séc. XX.
d) com a espionagem aos programas soviéticos na década de 50 do séc. XX.
e) como conseqüência das pesquisas cientí cas européias na área de processamento de dados.
Gabarito: b
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"As origens da Internet podem ser encontradas na Arpanet, uma rede de computadores montada pela Advanced Research
Projects Agency (ARPA) em setembro de 1969. A ARPA foi formada em 1958 pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos
com a missão de mobilizar recursos de pesquisa, particularmente do mundo universitário, com o objetivo de alcançar
superioridade tecnológica militar em relação à União Soviética na esteira do lançamento do primeiro Sputnik em 1957. A Arpanet
não passava de um pequeno programa que surgiu de um dos departamentos da ARPA, o Information Processing Techniques
O ce (IPTO), fundado em 1962 com base numa unidade preexistente. O objetivo desse departamento, tal como de nido por seu
primeiro diretor, Joseph Licklider, um psicólogo transformado em cientista da computação no Massachusetts Institute of
Technology (MIT), era estimular a pesquisa em computação interativa. Como parte desse esforço, a montagem da Arpanet foi
justi cada como uma maneira de permitir aos vários centros de computadores e grupos de pesquisa que trabalhavam para a
agência compartilhar on-line tempo de computação". (CASTELLS, 2004)
a) a tecnologia da informação é, para esta revolução, o que as novas fontes de energia foram para as revoluções
industriais sucessivas, visto que a geração e a distribuição de energia foram elementos essenciais na base da
sociedade industrial.
b) o cerne da transformação que a sociedade está vivendo na atual revolução tecnológica está ligado aos produtos,
à ciência e à comunicação.
c) uma das características dessa revolução é a centralidade de conhecimentos e informação.
d) as novas tecnologias da informação se constituem de ferramentas autônomas, aplicadas de maneira
independente, pouco atreladas aos processos decorrentes do uso dessas mesmas ferramentas.
e) computadores, sistemas de comunicação, decodi cação e programação genética tornam-se dispositivos cada vez
mais distanciados da ação e do pensar humano.
Gabarito: a
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"A Internet é o tecido de nossas vidas. Se a tecnologia da informação é hoje o que a eletricidade foi na Era Industrial, em nossa
época a Internet poderia ser equiparada tanto a uma rede elétrica quanto ao motor elétrico, em razão de sua capacidade de
distribuir a força da informação por todo o domínio da atividade humana. Ademais, à medida que novas tecnologias de geração e
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distribuição de energia tornaram possível a fábrica e a grande corporação como os fundamentos organizacionais da sociedade
industrial, a Internet passou a ser a base tecnológica para a forma organizacional da Era da Informação: a rede.". (CASTELLS, 2004)
...
A rmo que, por meio da poderosa in uência do novo sistema de comunicação, mediado
por interesses sociais, políticas governamentais e estratégias de negócios, está surgindo
uma nova cultura: a cultura da virtualidade real. Manuel Castells. A sociedade em rede. São
Paulo: Paz e Terra, 2008 (com adaptações).
a) É importante para os diferentes tipos de efeitos sociais que haja o desenvolvimento de um sistema multimídia
centralmente distribuído como na con guração do vídeo sob demanda.
b) A realidade é inteiramente captada, totalmente imersa em uma composição de imagens virtuais no mundo do
faz-de-conta. Nele, as aparências não apenas se encontram na tela comunicadora da experiência, mas se
transformam na experiência.
c) Nesse novo sistema de comunicação, os interagentes e os receptores da interação - conforme de nição do
próprio Castells - são aqueles que mais sofrem as consequências dos processos de dominação da sociedade
informacional contemporânea.
d) Em razão da existência desse novo sistema de comunicação, todas as espécies de mensagens do novo tipo de
sociedade funcionam em um modo unitário, fortalecendo sua presença no sistema multimídia de comunicação.
e) O espaço de uxos e o tempo intemporal, de nidos por Castells, são as bases principais de uma cultura que
combate a diversidade dos sistemas de representação historicamente transmitidos.
Gabarito: b
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Uma vez que as culturas consistem processos de comunicação e que a comunicação é baseada em sinais, não há separação entre
"realidade" e representação simbólica. Por isso, as relações humanas ocorrerão cada vez mais em um ambiente multimídia. Para
Castells, a cultura da virtualidade real é formada por processos de comunicação digital nas quais o domínio está na diversidade,
na construção de um novo ambiente simbólico no qual todas as expressões culturais, da pior à melhor, da mais elitista à mais
popular, vêm juntas nesse universo digital que liga, em um supertexto histórico gigantesco, as manifestações passadas, presentes
e futuras da mente comunicativa. Castells demonstra que não existe muita diferença entre real e virtual e a in uência de um
sobre o outro. O que caracteriza o novo sistema de comunicação, baseado na integração em rede digitalizada de múltiplos modos
de comunicação, é sua capacidade de inclusão e abrangência de todas as expressões culturais. Esse novo sistema de comunicação
transforma radicalmente o espaço e o tempo, que são as dimensões fundamentais da vida humana. Localidades cam despojadas
de seu sentido cultural, histórico e geográ co e reintegram-se em redes funcionais ou em colagens de imagens, ocasionando um
espaço de uxos que substitui o espaço de lugares. O tempo é apagado no novo sistema de comunicação já que passado,
presente e futuro podem ser programados para interagir entre si na mesma mensagem. A realidade é inteiramente captada,
totalmente imersa em uma composição de imagens virtuais no mundo do faz-de-conta. Nele, as aparências não apenas se
encontram na tela comunicadora da experiência, mas se transformam na experiência.
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Gabarito: b
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Por Equipe COMUNIQUEIRO |
Castells descreve o poder como o traço de nidor de uma sociedade, um processo fundamental, uma vez que a sociedade é
con gurada, basicamente, por valores e instituições derivados e constituídos através de relações com o poder.
Para Castells: poder é a capacidade relacional que proporciona a um ator social in uenciar assimetricamente as decisões de
outro(s) ator(es) social(is), sob formas que favorecem o fortalecimento (enpowered) de sua vontade, interesses e valores. O poder
é exercido por meios de coerção (ou por sua possibilidade) e/ou construção de signi cados. Relações de poder são estruturados
pela dominação, que é o poder manifesto das instituições sociais.
Gabarito
1: b 2: a 3: e 4: e 5: c 6: a 7: c 8: e 9: e 10: e 11: b 12: a 13: b 14: b
Comuniqueiro comuniqueiro.com.br
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