Ética e Integridade 2
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Ética e Integridade
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ÉTICA E INTEGRIDADE
Nesta aula, falaremos sobre os deveres, as orientações e as obrigações de natureza
ética direcionados à conduta dos agentes públicos no âmbito do Poder Executivo Federal.
A sessão 2 diz logo na alínea “a” e “b” que:
XIV – São deveres fundamentais do servidor público:
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de
que seja titular;
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou pro-
curando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante
de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em
que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;
No entanto, fazer rápido e fazer malfeito leva à repetição. Então, além de fazer rápido,
é preciso fazer de maneira perfeita, justamente para não configurar uma imprudência.
Temos que cumprir o tempo de execução daquela atividade, uma vez que ato adminis-
trativo tem prazo para ser executado e, ao mesmo tempo, demonstrar rendimento da
atividade estatal, por isso é preciso ter competência, dedicação ao trabalho, concentra-
ção no serviço, entre outras importantes características.
As atribuições são mais amplas que tarefas, e uma série de tarefas juntas, somadas,
direciona a isso. Pode ser que uma das tarefas não seja executada com rapidez, mas isso
deve acontecer no somatório das atribuições.
Veja a imagem abaixo:
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Diante de duas ou mais opções, nós devemos sempre escolher a melhor para o bem
comum, para o interesse público. Nem sempre o que é melhor para o governo é melhor
para o bem comum, e só é possível discernir isso se for probo, reto, leal e justo.
Obs.: probo é ser honesto e reto é não se desviar do caminho. Lealdade e justiça aqui
possuem um sentido de equidade, de reconhecimento de desigualdades e de que as
pessoas precisam ter aquele aspecto de cortesia e customização no atendimento.
Além disso, a lealdade não é apenas com o público atendido, mas também lealdade
institucional.
Vale dizer que o agente público não deve agir contra seus pares que ingressaram no
serviço público por meio de políticas afirmativas por mero preconceito. Inclusive, o STF
já se posicionou favorável a políticas afirmativas de cotas, de modo que desrespeitar
colegas de repartição por esse motivo também será passível de punição.
Para o servidor público, isso deve ser inquestionável. E caso não concorde, deve pro-
curar se manifestar pelos meios oficiais, sob risco de ser desleal com a Administração
Pública. Para a prova, não importam questões ideológicas, mas realizar a questão discur-
siva e conquistar a aprovação.
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Tudo o que o servidor faz deve ter prestação de contas, condição essencial para a
gestão de bens e direitos a serviço do cargo exercido. Além disso, tudo que um servidor
faz é fiscalizado, e ele não deve criar barreiras para o serviço de fiscalização.
A comunicação com o público deve ser realizada de maneira cortês, urbana, sempre
se colocando à disposição e com atenção, sem gerar distinção de tratamento de qual-
quer natureza por conta do princípio da impessoalidade.
Ética não existe totalmente, mas é uma teoria, uma reflexão sobre a ação. E a moral
é fruto da ética. Moralidade depende de ética, a vocação para a coletividade; além disso,
essa lei trata da dualidade honesto/desonesto justamente para expor que se trata de
uma situação de vício e virtude, e que a virtude deve sempre ser escolhida em detri-
mento do vício.
Quando o código fala em materializar, é o reconhecimento de que a ética está no campo
da ideia, e o decoro faz com que tenhamos não apenas que ser éticos, mas parecer éticos.
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Mesmo que a hierarquia seja fundamental e precise ser respeitada, se o servidor é
pressionado por superior para tomar atitudes ilegais que levem a ganhos pessoais, ele
deve denunciar. Deve-se respeitar a hierarquia, mas há o limite da legalidade. Muitos que
não denunciam acabam sendo responsabilizados posteriormente.
Segundo o código, os servidores têm direito à greve, mas esse direito deve ser exer-
cido cumprindo exigências específicas para resguardar a segurança da coletividade e em
defesa da vida.
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É um dever ético ser assíduo e frequente no trabalho, uma vez que nossas ausências
causam desordem. A ausência injustificada prejudica o serviço público, porque todo o
trabalho acumulado que estava a cargo daquele servidor que faltou sem justificativa
precisa ser repassado para os demais servidores, que acabam sofrendo com uma carga
de trabalho maior – e isso pode prejudicar o atendimento ao público também.
Por fim, também é nosso dever comunicar ao superior hierárquico qualquer ato ou
fato contrário ao interesse público e exigir desse superior as providências cabíveis.
É uma obrigação, do servidor público mais antigo, divulgar o código para os novos
servidores e ainda informar que, se descumprir qualquer conduta prevista no código,
será denunciado.
É dever ético manter o local de trabalho limpo e organizado.
Há ainda um dever ético de nos manter atualizados em relação às normas e instru-
ções dos protocolos.
O código diz que devemos usar vestimentas adequadas ao exercício da função. Já no
primeiro dia de trabalho é importante notar como as demais pessoas estão vestidas e se
vestir de acordo.
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As prerrogativas do cargo precisam ser usadas com estrita moderação. Então, nós deve-
mos nos abster de exercer o cargo, essas prerrogativas, em busca de atendimento de inte-
resse pessoal, uma vez que isso iria contra o interesse público, mesmo se estiver cumprindo
a lei, visto que nem sempre a legalidade representa consolidação de moralidade.
Chegamos às vedações de natureza ética:
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É proibido alterar documento público ou retirar livro de documento sem prévia auto-
rização. Não existe permissão para alterar documento.
Não se pode iludir ou tentar iludir o atendimento ao cidadão, isso obviamente é um
desrespeito.
Da mesma forma, não se pode desviar servidor para cumprir demanda de interesse pessoal.
O código de ética diz que é vedado se apresentar embriagado ao serviço ou fora dele
habitualmente. Portanto, existem dois tipos de embriaguez: a pontual e a habitual – no
local de trabalho, ambas configuram falta ética assegurada; fora do trabalho, precisa
ser habitual.
Dar concurso é colaborar, contribuir, e o código afirma que é proibido contribuir com
instituição que atente contra a dignidade da pessoa humana, bem como exercer ativi-
dade de caráter duvidoso.
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As comissões são compostas por três membros efetivos e seus respectivos suplentes
– que possam substitui-los em caso de afastamento, suspeição ou impedimento.
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Esses membros podem ser qualquer servidor efetivo ou empregado permanente.
Diz o Capítulo II que:
XVI – Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indi-
reta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições
delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de
orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pes-
soas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputa-
ção ou de procedimento susceptível de censura.
XVIII – À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da exe-
cução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para
o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos
próprios da carreira do servidor público.
XXII – A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes,
com ciência do faltoso.
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�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Glauber Marinho.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.
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