Resumo - Inquérito Policial
Resumo - Inquérito Policial
Resumo - Inquérito Policial
1- INQURITO POLICIAL Trata-se de uma das formas preliminares de investigao. O inqurito policial possui carter informativo e tem a finalidade de fornecer ao rgo acusador, Parquet, fundamentos para a propositura da ao penal. Ainda que o indivduo no esteja preso, nem tenha sido emitida ordem de priso contra ele, o simples fato de existir investigao, j pode em tese, constituir-se em elemento de indevido constrangimento que pode ser sanado por habeas corpus. 1.1- JUSTA CAUSA PARA AO PENAL a exigncia de elementos de convico que proporcione suporte ftico e demonstre viabilidade da acusao (indcios de autoria e prova da materialidade), no bastando a singela descrio na denncia/queixa de um fato revestido de tipicidade, despido de qualquer indcio de prova. Deve haver um suporte probatrio mnimo para o oferecimento da denncia ou queixa. No haver justa causa, por exemplo, se no houver testemunha que indique que o sujeito cometeu o delito.
O inqurito policial (IP) um procedimento administrativo de carter inquisitivo de cunho investigatrio, realizado pela polcia judiciria. Destinatrios do IP: O IP destina-se de forma imediata ao Ministrio Pblico. Destina-se de forma mediata, ao magistrado, que utilizar o seu contedo para decidir sobre o recebimento ou rejeio da denuncia ou queixa, ou ainda para verificar a viabilidade de decretao de medidas cautelares, tais como priso temporria, priso preventiva, interceptao telefnica etc. Caractersticas do IP: (IOIDS). a) Inquisitivo. No mbito do IP no h ampla defesa e contraditrio. b) Obrigatrio em caso de ao penal pblica incondicionada. O delegado no pode deixar de instaur-lo. c) Indisponvel (aps a instaurao deve ser devidamente concludo pela autoridade policial, com o relatrio). d) Dispensvel (no condio indispensvel para a propositura da ao penal, desde que j existam elementos de prova suficientes, como o caso do relatrio votado em CPI). e) Sigiloso (visa resguardar a imagem e a privacidade do investigado quanto o sucesso da investigao).
Vcios no IP:
No h vcios propriamente ditos no IP, somente meras irregularidades e no afetam a ulterior ao penal. Irregularidades no IP: a) Vcio na lavratura do auto de priso em flagrante (APF). Se a autoridade no observar as formalidades dos artigos 304 a 306 do CPP, haver nulidade do auto de priso em flagrante com a ilegalidade da priso efetivada e ento dever ser relaxada. b) Vcio na realizao da prova pericial. No observada regra de percia, esta prova ser nula, ento imprestvel como fundamento para a condenao do acusado. c) No observado o previsto no artigo 226 do CPP, quanto ao reconhecimento , no se fala em nulidade, mas o vcio do auto faz com que no haja fora probatria em juzo. Formas de instaurao do IP: Se a infrao penal for de ao penal pblica incondicionada, o IP ser instaurado pelo delegado de polcia (por meio de portaria), ex officio, por requisio do MP ou do Juiz, requerimento do ofendido/representante legal ou por auto de priso em flagrante. Se a ao for pblica condicionada, o IP ser instaurado por representao do ofendido ou seu representante legal (requisito indispensvel). Se a ao for privada, ser instaurado por requerimento do ofendido ou de seu representante legal (escrito ou verbal, sempre reduzido a termo). Prazos para encerramento do IP:
Artigo 10, caput, do CPP. a) Indiciado preso: 10 dias, contados da data da priso em flagrante, ou efetivao da priso preventiva, sendo improrrogvel. b) Indiciado solto: 30 dias, contados do dia em que foi instaurado o IP. Esse prazo prorrogvel, a pedido fundamentado da autoridade policial. Excees: Lei de drogas 30 dias, se preso. 90 dias, se solto. Crimes de competncia da Justia Federal (Lei 5.010/66): 15 dias, se preso. Prorrogvel por igual perodo se a polcia apresentar ao juiz o indiciado preso.
O excesso de prazo para o encerramento do IP, no caso de indiciado preso, enseja em HC para o relaxamento da priso. Neste caso a priso inicia-se legal e pelo excesso torna-se ilegal.
Encerramento do IP Ao penal pblica. O MP poder: a) Oferecer denncia b) Requerer novas diligncias imprescindveis ao oferecimento da denncia. c) Requerer arquivamento Ao privada Os autos do IP sero remetidos ao juzo competente, e aguardar-se- iniciativa do legitimado para oferecimento da queixa-crime
dentro do prazo de 6 meses, podendo serem entregues, mediante traslado, ao ofendido, se assim requerer. A instaurao do IP no suspende nem interrompe a contagem do prazo decadencial para a propositura da queixa-crime. Tese comum em provas. Uma vez que o pedido de instaurao de IP no altera o prazo decadencial de 6 meses, j houve extino da punibilidade, pois oferecida queixa-crime fora do prazo legal de 6 meses. Arquivamento do IP feito pelo juiz a pedido do MP. Enquanto no extinta a punibilidade, pode haver o desarquivamento caso haja novas provas. Art. 18 do CPP e Smula 524 do STF. Provas novas so provas que trazem dado novo para o feito. preciso que a prova nova traga elemento que no estivesse contido na investigao anterior. Trancamento do IP Trata-se de construo jurisprudencial por ausncia de justa causa. Art. 648, I do CPP. Para rechaar constrangimentos ilegais, a jurisprudncia criou o mecanismo do trancamento do IP por falta de justa causa, a ser pleiteado pela via de ao de HC.