Turismo de Eventos y Negocios

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 25

Turismo DE NEGCios & EVENTos: orientaes Bsicas

Ministrio do Turismo Secretaria Nacional de Polticas de Turismo Departamento de Estruturao, Articulao e Ordenamento Turstico Coordenao-Geral de Segmentao

Turismo DE NEGCios & EVENTos: orientaes Bsicas

Braslia 2008

Presidente da repblica Federativa do Brasil Luiz Incio Lula da Silva ministra do Turismo Marta Suplicy secretrio-Executivo Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho secretrio Nacional de Polticas do Turismo Airton Pereira Diretora do Departamento de Estruturao, Articulao e ordenamento Turstico Tnia Brizolla Coordenadora-Geral de regionalizao Ana Clvia Guerreiro Lima Coordenadora-Geral de segmentao Jurema Camargo Monteiro Coordenadora-Geral de informao institucional Isabel Cristina da Silva Barnasque Coordenador-Geral de servios Tursticos Ricardo Martini Moesch

2008, Ministrio do Turismo Todos os direitos reservados. Coordenao e Execuo Ministrio do Turismo Impresso no Brasil Printed in Brazil

Ficha Tcnica
Diretora do Departamento de Estruturao, Articulao e ordenamento Turstico Tnia Brizolla Coordenadora-Geral de segmentao

Jurema Monteiro Ana Beatriz Serpa Ana Paula Bezerra Carolina Juliani de Campos Carolina C. Neves de Lima Francisco John Castro Pires Gleidson Diniz Guilherme Coutinho Lara Chicuta Franco Milton Paulo Sena Santiago Talita Lima Pires Alessandro Rodrigues Pinto Carmlia Amaral Rosana Frana Tatiana Turra Vaniza Schuler EMBRATUR Federao Brasileira dos Convention & Visitors Bureaux FBC&VB (61) 3445-3450 (61) 3445-3457 [email protected] [email protected]

1 Edio Distribuio gratuita Tiragem 1.000 exemplares Ministrio do Turismo Esplanada dos Ministrios, Bloco U, 2 andar 70.065-900 Braslia-DF www.turismo.gov.br Impresso em papel 100% reciclado

Equipe Tcnica

Dados internacionais de catalogao na publicao (CIP)

Colaborao

Brasil. Ministrio do Turismo. Turismo de negcios e eventos: orientaes bsicas. / Ministrio do Turismo, Secretaria Nacional de Polticas de Turismo, Departamento de Estruturao, Articulao e Ordenamento Turstico, Coordenao Geral de Segmentao. Braslia: Ministrio do Turismo, 2008. 46 p. ; 24 cm. Coleo com nove volumes. Inclui bibliografia. 1. Programa de Regionalizao do Turismo. 2. Turista. 3. Roteiro turstico, Brasil. 4. Atividade turstica. 5. Atividade sazonal. I. Ttulo. CDD 338.47910981

Telefone Fax

Apresentao
A diversificao da oferta turstica mundial em relao s tendncias da demanda, entre outros fatores, ocasiona a expanso do mercado e o surgimento e consolidao de variados segmentos tursticos. A segmentao, nesse caso, entendida como uma forma de organizar o turismo para fins de planejamento, gesto e mercado. Os segmentos tursticos podem ser estabelecidos a partir dos elementos de identidade da oferta e tambm das caractersticas e variveis da demanda. No que se refere oferta, o Brasil apresenta recursos mpares que, aliados criatividade do povo brasileiro, possibilitam o desenvolvimento de diferentes experincias que definem tipos de turismo Ecoturismo, Turismo Cultural, Turismo Rural, Turismo de Aventura e tantos outros. A transformao de tais recursos em atrativos, de modo a constiturem roteiros e produtos tursticos, utiliza a segmentao como estratgia principal. Para tanto, so necessrias medidas que visem estruturao, ao desenvolvimento, promoo e comercializao adequadas singularidade de cada segmento e de cada regio turstica. Diante desse desafio, o Ministrio do Turismo apresenta uma srie de documentos orientativos para o desenvolvimento de segmentos tursticos a partir da noo de territrio que fundamenta o Programa de Regionalizao do Turismo Roteiros do Brasil, com o intuito de oferecer subsdios a gestores pblicos e privados, na perspectiva da diversificao e caracterizao da oferta turstica brasileira. Esse trabalho enfoca desde aspectos conceituais e legais, abordando o perfil do turista, a identificao de agentes e parceiros, at as peculiaridades relativas promoo e comercializao. Com esta proposta de segmentao, mais que aumentar a oferta turstica brasileira, espera-se que o turismo possa contribuir, efetivamente, para melhorar as condies de vida no Pas a partir das novas oportunidades que a estruturao dos segmentos possibilita.

sumrio
1 iNTroDuo .......................................................................................13 2 ENTENDENDo o sEGmENTo...............................................................15 2.1 Conceituao e abrangncia .......................................................15 2.2 Caractersticas e benefcios ..........................................................20 2.3 Marcos legais ..............................................................................21 2.4 O turista de negcios e eventos ...................................................26 2.5 Principais agentes do segmento e suas atribuies .......................27 3 BAsEs PArA o DEsENVoLVimENTo Do Turismo DE NEGCios & EVENTos ........................................31 3.1 Viabilidade do Turismo de Negcios & Eventos ............................31 3.2 Aspectos gerais para estruturao do segmento ..........................32 3.3 Envolvimento de outros setores ...................................................34 4 AGrEGAo DE ATrATiViDADE .........................................................35 5 Turismo DE NEGCios & EVENTos E mErCADo ............................37 5.1 Promoo e comercializao ........................................................37 6 rEFErENCiAis BiBLioGrFiCos ..........................................................41 7 ANEXo ..................................................................................................45

10

11

introduo
A globalizao da economia, o desenvolvimento tecnolgico e o conseqente aprimoramento dos meios de transporte e de comunicao, entre outros fatores, facilitaram e estimularam a movimentao turstica mundial e, de modo especial, os deslocamentos para fins de conhecer, trocar informaes, promover e gerar negcios. Configura-se, assim, um novo segmento da oferta turstica, denominado Turismo de Negcios & Eventos. No Brasil, esse tipo de turismo vem apresentando nmeros expressivos, resultado de crescentes investimentos em infra-estrutura e equipamentos tursticos na promoo da imagem do Pas no exterior e na crescente profissionalizao dos servios. No entanto, a consolidao desse segmento no Pas exige, ainda, uma melhor estruturao e organizao relacionada oferta de servios qualificados. nesse contexto que o Ministrio do Turismo vem atuando, promovendo aes que contribuam para o aumento, diversificao e qualificao da oferta turstica utilizando-se da segmentao da oferta turstica como base para a elaborao de produtos. Como parte desse trabalho, apresenta-se este documento de orientaes bsicas, com o intuito de desenvolver o Turismo de Negcios & Eventos no Pas, considerado estratgico pela capacidade de minimizar os efeitos da sazonalidade e por ocorrer independentemente da existncia de atrativos naturais e culturais exuberantes.

12

13

Entendendo o segmento
Os deslocamentos realizados com finalidades comerciais e para participao em eventos ocorrem desde as antigas civilizaes. Tornaram-se comuns a partir da Revoluo Industrial, quando as viagens tomaram grande impulso, facilitadas principalmente pelo aprimoramento dos meios de transporte e de comunicao. A globalizao e a formao de blocos econmicos so alguns dos fatores que configuraram um movimento internacional sem precedentes para a efetivao de transaes e relacionamentos de carter comercial e a realizao de eventos com finalidades e interesses diversos. Nesse cenrio, o Brasil vem se posicionando tanto como um destino para a efetivao de negcios como para a realizao de eventos. No mundo dos negcios, destacam-se as reas de telecomunicaes, biotecnologia, finanas, moda, entre outras. No que se refere rea de eventos, a profissionalizao e as estruturas do setor so alguns dos fatores para o crescimento do segmento. Aliam-se a esses fatores as opes de lazer relacionadas diversidade dos recursos naturais e culturais. Tal movimentao inclui atividades como visitas tcnicas, reunies, exposies comerciais, compra e venda de produtos e servios e tambm os encontros programados e organizados como congressos, convenes, simpsios, mostras, exposies e feiras. A concretizao de negcios pode resultar das reunies para tal fim e tambm durante e aps a realizao de determinados eventos. Alm disso, ambos pressupem, algumas vezes, a utilizao de estruturas comuns, como centros de convenes, hotis, salas e outros espaos especficos. Tal quadro levou a consolidar a denominao Turismo de Negcios & Eventos, reforando essa inter-relao, embora possam ocorrer de forma independente.

2.1 Conceituao e abrangncia


Diante da abrangncia em que as duas temticas eventos e negcios podem abarcar no campo turstico, estabeleceu-se como recorte a seguinte definio: Turismo de Negcios & Eventos compreende o conjunto de atividades tursticas decorrentes dos encontros de interesse profissional, associativo, institucional, de carter comercial, promocional, tcnico, cientfico e social.
14 15

A fim de proporcionar melhor entendimento desse conceito, seguem algumas explicaes: Atividades tursticas Constituem-se na oferta de servios, equipamentos e produtos que viabilizam o deslocamento e a estadia do turista e tambm na realizao do negcio ou do evento como atrativo: Transporte. Operao e agenciamento. Hospedagem. Alimentao. Organizao e operao de eventos. Espaos para eventos. Recepo. Recreao e entretenimento. Atividades complementares.

Encontros de interesse profissional, associativo e institucional Referem-se a contatos e relacionamentos de trabalho, corporativos, sob diferentes formas, como reunies, visitas, misses e eventos de diferentes naturezas. Carter comercial, promocional, tcnico, cientfico e social Est relacionado natureza das relaes: comerciais, quando associadas s transaes de compra e venda de produtos e servios; promocionais, quando apenas para divulgao; tcnicas e cientficas, ao abarcar especialidades, processos, habilidades, domnio de uma prtica, arte ou cincia; e sociais, por envolver assuntos prprios da sociedade, comunidade ou agremiao, com vistas ao bem comum.

2.1.1 Alguns tipos e formatos de encontros


misses empresariais projetos geralmente organizados e coordenados por entidades de classe e rgos do governo. Trata-se da formao de grupos de empresrios para visitar potenciais mercados externos e identificar novas oportunidades de negcios. Visitas tcnicas atividades organizadas por determinados grupos para observar tcnicas de excelncia da rea na qual atuam em centros de pesquisas, empresas, entidades, universidades. A programa-

o de uma visita tcnica pode incluir palestras e explanaes tericas, degustaes (alimentos e bebidas), observao participativa e um showroom. Viagens corporativas viagens individuais ou em pequenos grupos, com objetivos diversos, conforme a necessidade da empresa ou do profissional. Normalmente so ocasionadas pela participao em reunies, prospeco de mercados, visita a clientes e fornecedores, acompanhamento de projetos e investimentos, monitoramento de filiais e franquias, estabelecimento de acordos e convnios, compra ou venda de produtos/servios, entre outros interesses. rodadas de negcios reunies pr-agendadas entre produtores e compradores geralmente realizadas paralelamente a feiras. Durante as reunies, as empresas apresentam suas ofertas e demandas podendo concretizar negcios naquele momento ou apenas realizar um contato inicial. Feiras organizadas por empresas ou organizaes especializadas em ramos especficos, para determinado segmento do mercado, com finalidades de exposio, apresentao ou comercializao de produtos e servios industriais, tcnicos, cientficos, estabelecimento de contatos e parceria, entre outros. Convenes encontros normalmente realizados por empresas nos quais participam seus colaboradores e/ou parceiros. Sua finalidade pode ser a avaliao de desempenho, lanamento de novos produtos, discusso de planejamentos estratgicos. A grande finalidade a integrao das pessoas dentro de um objetivo que a empresa ou organizao deseja que seja atingido. Convenes podero tambm ter como pblico participante as empresas de um mesmo segmento, sendo, nesse caso, promovida pela associao correlata. Exemplificando: convenes de empresas jornalsticas, supermercadistas, atacadistas etc. Congressos de grande importncia, amplitude, porte e nmero de participantes, promovidos por entidades ou associaes de classe, visa a apresentar e discutir assuntos da atualidade e de interesse especfico de determinada rea ou ramo profissional. So compostos por vrios tipos de atividades, muitas vezes at simultneas, tais como mesasredondas, colquios, simpsios, palestras, entre outras. Normalmente esses eventos ocorrem com freqncia determinada, alternando os destinos-sede. Tm uma durao mdia de trs a cinco dias.

16

17

Fruns discusses e debates de temas especficos e atuais, com participao ativa de todos os presentes, por meio de perguntas e recomendaes feitas por um coordenador que lidera a sesso. Normalmente tem como objetivo principal a motivao de um pblico a participar da idia que se pretende difundir. seminrios de carter estritamente tcnico e bastante semelhante a um curso, renem um nmero limitado de pessoas de mesmo nvel de qualificao. constitudo de trs etapas: exposio do tema, discusso e concluso, sendo que durante as discusses os participantes so divididos em grupos menores orientados por um coordenador. Conferncias eventos similares a uma palestra, no entanto com mais formalidades. Consistem na apresentao de um tema por especialista qualificado, para um pblico numeroso de tambm bom nvel de qualificao, com durao rpida. A videoconferncia uma conferncia realizada a distncia para pessoas em diferentes locais, utilizando-se de linha de satlites e um espao fsico prprio. Cursos de finalidade educativa, caracterizam-se pela apresentao de determinado tema com o objetivo de capacitar os participantes por meio da aquisio de novos conhecimentos, treinamento ou reciclagem. Jornadas o termo usualmente utilizado para a realizao de congressos com uma menor abrangncia, reunindo grupos com interesses comuns de determinada regio. Colquios semelhante conferncia, o colquio apresentado por profissionais de renome e profundo conhecimento sobre o tema que est sendo apresentado. Seu objetivo esclarecer um tema ou a tomada de deciso. Aps a apresentao do tema, o plenrio dividido em grupos para debates e estudos com a finalidade do resultado ser apresentado pelos lderes de cada grupo. A deciso final definida pela votao do plenrio. Assemblias eventos dos quais participam grupos de pessoas que representam entidades, corporaes, agremiaes, Estados, pases. Sua principal caracterstica colocar em debate assuntos de interesse comum e a concluso de cada assunto colocada em votao para se transformar em recomendaes da assemblia. Somente representantes oficiais tm direito a voto. Podem aceitar inscries de observadores sem direito a voto. Workshops tm caractersticas similares aos seminrios, sendo o encontro de pessoas com interesses comuns onde o palestrante co-

loca sua experincia e trabalho, com a realizao de atividades prticas sobre o tema desenvolvido. No turismo, freqentemente so utilizados para contatos entre prestadores de servios (fornecedores) e contratantes em uma formatao semelhante a uma mescla entre feira e rodada de negcios. Algumas outras terminologias so freqentemente utilizadas em alguns tipos de eventos para designar diferentes atividades ou formas de eventos: Palestra narrativa nica de durao curta (mdia entre 30 a 1h30), admitindo perguntas da platia ao final. Painel dois ou mais expositores que apresentam brevemente um assunto e, em seguida, discutem entre si. No h manifestao do pblico, que somente pode assistir. mesa-redonda rene vrios especialistas ligados a um tema principal, mas com pontos de vista ou correntes de pensamento diferentes. coordenada por um profissional denominado coordenador ou moderador e cada participante dispe de um determinado tempo e posterior debate entre os integrantes da mesa. H possibilidade de participao dos assistentes em forma de perguntas orais ou escritas. simpsio derivao da mesa-redonda, com a participao de profissionais de renome e especialistas, onde cada um apresenta um aspecto relacionado ao tema principal. A diferena fundamental entre simpsio e mesa-redonda que, no primeiro, os expositores no debatem entre si sobre os temas apresentados. No simpsio, as concluses so compostas pela soma das contribuies dos especialistas. Plenria evento similar assemblia, mas que aborda somente um assunto. Debate exige um moderador ou mediador, que prope perguntas e coordena a discusso entre duas ou mais pessoas, cada uma defendendo seu ponto de vista sobre assuntos propostos. Em geral, nesse tipo de atividade, a viso de cada participante antagnica e por vezes polmica, sendo comumente utilizado na rea poltica.

18

19

2.2 Caractersticas e benefcios


Alguns tipos de eventos no contemplados na definio do conceito estabelecido podem ser enquadrados em outros segmentos. Por exemplo: os eventos culturais esto inseridos no Turismo Cultural, enquanto os eventos esportivos situam-se no mbito do Turismo de Esportes. A inter-relao do Turismo de Negcios & Eventos com esses e com os demais segmentos isto , sua caracterstica de transversalidade deve ser especialmente trabalhada para fins de planejamento, gesto e, principalmente, de promoo e comercializao. Essa caracterstica permite sua utilizao como uma alternativa para a promoo de outros segmentos e minimizao dos efeitos da sazonalidade. Outro aspecto a destacar a sua capacidade de ocorrer independentemente da existncia de atrativos naturais e culturais exuberantes. Outros aspectos do Turismo de Negcios & Eventos merecem ser destacados: Oportunidade de equacionamento de perodos sazonais, proporcionando equilbrio na relao entre oferta e demanda durante o ano, pois independe de condies climticas e perodos de frias escolares. Institui-se como de alta rentabilidade, uma vez que o turista desse segmento, em relao ao turista de lazer, apresenta maior gasto mdio, normalmente retorna mais vezes e com maior tempo de permanncia no destino. Os eventos e atividades de negcio funcionam como ferramenta de marketing para o destino, expondo-o significativamente na mdia e estimulando que o turista volte para fins de lazer e divulgue-o a outras pessoas.1 As atividades de outros segmentos tursticos so incrementadas com as visitas realizadas por esses turistas em seus horrios livres, em perodos pr ou ps-eventos, e em retornos futuros com familiares e amigos. Possibilidade de interiorizao da atividade turstica, pois podem ser realizados em cidades menores, desde que apresentem as condies e estruturas necessrias para a realizao de eventos, reunies e visitas de negcio. Utilizao de infra-estrutura e servios de elevado padro de qualidade. A demanda no reduz significativamente em momentos de crise econmica.

Aumento da arrecadao de impostos normalmente, o turista de negcios e eventos necessita da emisso de notas fiscais para comprovao de despesas empresa a qual pertence. Contribuio para o crescimento dos negcios locais por conta do intercmbio comercial e empresarial realizado durante as feiras, onde se estabelecem contatos diretos entre fabricantes e consumidores. Desenvolvimento cientfico e tecnolgico devido participao de profissionais especializados e equipamentos de ltima gerao. Reduo dos impactos da sazonalidade. Dinamismo e praticidade os servios utilizados pelo turista devem ser geis e eficazes. Profissionalismo requer capacitao especfica e no aceita improvisaes. Diversidade pela variedade de eventos oferecidos no mercado. Motivao ocasionada pelo interesse no evento, e no pela atratividade do destino.

2.3 marcos legais


A legislao pertinente ao segmento diz respeito aos prestadores de servios tursticos e a outras questes que, embora no sejam especficos, incidem na sua rea de atuao.

2.3.1 Legislao turstica


No que se refere prestao de servios tursticos de modo geral, aplicamse alguns dispositivos legais pertinentes a meios de hospedagem, operao e agenciamento turstico, guiamento, transporte, eventos etc. Tal legislao refere-se, entre outros assuntos, ao cadastramento e fiscalizao, aes de competncia legal do Ministrio do Turismo2. Especificamente no que se refere ao Turismo de Negcios & Eventos, a legislao turstica trata da prestao de servios de organizao de congressos, convenes e eventos congneres (organizadoras de eventos e prestadoras de servios especializados) e de organizao de feiras, exposies e eventos congneres (prestadores de servios de organizao de feiras, exposies e eventos congneres): a) Prestadores de servios de organizao de congressos, convenes e eventos congneres constitudos pelos prestadores de servios tursticos promotores de eventos, que se subdividem em:
2 Para informaes, acesse o site: www.cadastur.turismo.gov.br

A promoo da imagem de cidades por meio dos eventos tem se tornado cada vez mais comum (MONTES; CORIOLANO, 2003, p. 42). Entre os turistas estrangeiros motivados por negcios, eventos e convenes que estiveram no Brasil em 2005, aproximadamente 98% afirmaram ter a inteno de voltar ao Brasil (EMBRATUR; FIPE, 2006, p. 55)

20

21

Empresas organizadoras de eventos: responsveis pela prestao direta ou indireta de servios para o planejamento e gerenciamento de eventos. Empresas de servios especializados: responsveis pela prestao remunerada de servios que, por sua natureza e especializao tcnica, destinam-se exclusiva ou predominantemente realizao de eventos.

b) Prestadores de servios de organizao de feiras, exposies e eventos congneres compreendem os prestadores de servios tursticos que executem, mediante remunerao, servios de promoo de eventos de natureza comercial ou industrial de bens e servios que tenham por finalidade: Fomentar o intercmbio de produtores e consumidores regional, nacional e internacionalmente. Estreitar vnculos de cooperao econmica entre mercados. Divulgar produtos, tcnicas e servios, contribuindo para o seu aprimoramento. Apresentar inovaes nos processos de produo, industrializao e comercializao. Favorecer a troca de informaes e a transferncia de experincias. Divulgar conhecimentos ou informaes sobre outros ramos de atividades que possam influir no processo de desenvolvimento econmico do pas.

a) b)

c)

d) e)

Os servios de organizao de feiras, exposies e eventos congneres abrangem o planejamento, a promoo, a administrao, a locao de espaos, materiais e equipamentos de infra-estrutura necessrios montagem e ao funcionamento do evento.

f)

2.3.2 outros marcos legais


Estatuto das Cidades Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001 regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituio Federal dispe sobre os instrumentos para a implementao da poltica de desenvolvimento urbano pelo poder pblico municipal. Destaca-se a elaborao do Plano Diretor, que engloba o territrio do municpio como um todo, sendo o instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e expanso urbana e imprescindvel para o desenvolvimento ordenado da atividade turstica.

g)

Legislao ambiental3 deve ser observada para fins de quaisquer atividades, especialmente as que requerem estruturas especficas, como o caso deste segmento. Devem ser cumpridos, tambm, os dispositivos legais de mbito federal, estadual e municipal, disponveis nas respectivas Cmaras Legislativas e alguns no endereo eletrnico de cada esfera administrativa. Cdigo de Defesa do Consumidor4 Lei n. 8.078/90 regulamenta as relaes de consumo. Acessibilidade o Ministrio do Turismo adota como parte da sua poltica estrutural a incluso das pessoas com deficincia ou com mobilidade reduzida. A partir desse contexto, busca promover a acessibilidade dos espaos, equipamentos, servios e informaes tursticas. Versam sobre o assunto, entre outras, as seguintes legislaes5: Lei n. 10.048/2000 d prioridade de atendimento s pessoas que especifica e d outras providncias. Lei n. 10.098/2000 estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida. Decreto n. 5.296/2004 regulamenta a Lei n. 10.048/2000, que d prioridade e atendimento s pessoas, e a Lei n. 10.098/2000, que estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas com deficincia ou com mobilidade reduzida. Lei n. 10.741/2003 dispe sobre o Estatuto do Idoso. Lei n. 11.126/2005 dispe sobre o direito da pessoa com deficincia visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhada de co-guia. Decreto n. 5.626/2005 regulamenta a Lei n. 10.436/2002, que dispe sobre a Lngua Brasileira de Sinais Libras, e o art. 18 da Lei n. 10.098/2000. Portaria n. 310/2006 aprova a Norma Complementar n. 01/2006, que trata de recursos de acessibilidade para pessoas com deficincia, na programao veiculada nos servios de radiodifuso de sons e imagens e de retransmisso de televiso.

3 4 5

Informaes disponveis em: www.mma.gov.br e www.ibama.gov.br Disponvel em: http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm Os marcos legais sobre acessibilidade esto disponveis em: http://www.presidencia.gov.br/sedh/corde http://www.presidencia.gov.br/sedh/conade http://www.presidencia.gov.br/cndi http://www.turismo.gov.br http://www.cidades.gov.br http://www.abnt.org.br

22

23

h) NBr 15320:2005 acessibilidade pessoa com deficincia no transporte rodovirio. i) NBr 14021:2005 transporte acessibilidade no sistema de trem urbano ou metropolitano. j) NBr 14022:1998 acessibilidade pessoa portadora de deficincia em nibus e trlebus, para atendimento urbano e intermunicipal. k) NBr 15250:2005 acessibilidade em caixa de auto-atendimento bancrio. l) NBr 15290:2005 acessibilidade em comunicao na televiso. m) NBr 9050:2004 acessibilidade a edificaes, mobilirio, espaos e equipamentos urbanos. n) NBr 13994:2000 elevadores de passageiros elevadores para transporte de pessoa portadora de deficincia. o) NBr 14273:1999 acessibilidade da pessoa portadora de deficincia no transporte areo comercial. recomendaes gerais e prazos para o desenvolvimento da acessibilidade, importante observar as orientaes contidas no documento Turismo e Acessibilidade: Manual de Orientaes6, incorporando recomendaes e legislaes pertinentes: A acessibilidade no meio urbano deve ser observada no Plano Diretor Municipal, nos Planos Diretores de Transporte e de Trnsito, no Cdigo de Obras, no Cdigo de Postura, na Lei de Uso e Ocupao do Solo e na Lei do Sistema Virio, conforme Decreto n. 5.296/2004. Para a concesso de Alvar de Funcionamento e da Carta de Habitese, deve ser observado o cumprimento da acessibilidade previsto respectivamente no 1 e 2 do art. 13 do Decreto n. 5.296/2004 e nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT. A aprovao de financiamento de projetos com a utilizao de recursos pblicos, entre eles os de natureza arquitetnica e urbanstica, os tocantes comunicao e informao e os referentes ao transporte coletivo, por meio de qualquer instrumento (convnio, acordo, ajuste, contrato ou similar), fica sujeita ao cumprimento das disposies do Decreto n. 5.296/2004, conforme disposto no inciso III do artigo 2. As edificaes de uso pblico j existentes devem estar adaptadas para a acessibilidade das pessoas com deficincia ( 1, art. 19, Decreto n. 5.296/2004) a partir junho de 2007.

Os estabelecimentos de uso coletivo tm o prazo at dezembro de 2008 para realizarem as adaptaes para acessibilidade ( 8, art. 23, Decreto n. 5.296/2004). Todos os veculos do transporte coletivo rodovirio, aquavirio, metroferrovirio, ferrovirio e areo devero ser fabricados de acordo com as Normas de Acessibilidade at dezembro de 2007 (art. 40 e art. 42, 2, Decreto n. 5.296/2004). Os servios de transporte coletivo areo e os equipamentos de acesso s aeronaves devem estar acessveis e disponveis para serem operados por pessoas com deficincia ou com mobilidade reduzida at dezembro de 2007 (art. 44, Decreto n. 5.296/2004). Toda a frota de veculos do transporte coletivo rodovirio, metroferrovirio e ferrovirio deve estar acessvel a partir de dezembro de 2014 (art. 38, 3 e art. 42, Decreto n. 5.296/2004). As empresas concessionrias e permissionrias dos servios de transporte coletivo aquavirio devem garantir a acessibilidade da frota de veculos em circulao, inclusive de seus equipamentos, a partir de junho de 2009 (art. 41, Decreto n. 5.296/2004). Os portais e endereos eletrnicos da Administrao Pblica devem estar acessveis s pessoas com deficincia visual a partir de dezembro de 2005 (art. 47, Decreto n. 5.296/2004). Para a obteno de financiamento pblico, exigido o cumprimento da acessibilidade para as pessoas com deficincia visual, em portais e endereos eletrnicos de interesse pblico, a partir de junho de 2005 (art. 48, Decreto n. 5.296/2004). Os pronunciamentos do presidente da Repblica em rede de televiso devem ser acessveis por meio de janela de Libras a partir de junho de 2005 (pargrafo nico, art. 57, Decreto n. 5.296/2004).

Disponvel em: www.turismo.gov.br

Importante referir que, para a plena aplicabilidade do Decreto n. 5.296/2004 e da Lei n. 10.098/2000, os governos federal, estadual e municipal devem fortalecer a legislao sobre a acessibilidade nas respectivas instncias para garantir que todas as pessoas tenham o mesmo direito de acesso aos espaos pblicos, aos equipamentos, atrativos e servios tursticos. Sendo assim, nas regies tursticas onde as questes da acessibilidade so reais para os prprios habitantes e para os turistas, todo o esforo deve ser feito pelos gestores pblicos e agentes locais para inserir nas polticas de turismo as necessidades de acessibilidade de todos os cidados. O setor turstico tambm deve empreender aes visando insero das pessoas com deficincia no mercado de trabalho pela prestao de servios tursticos, em cumprimento legislao.
25

24

Compete ao Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficincia CONADE, aos Conselhos Estaduais, Municipais e do Distrito Federal e s organizaes representativas de pessoas com deficincia acompanhar e sugerir medidas para o cumprimento da acessibilidade.

como indutor de desenvolvimento de outros segmentos. No entanto, torna-se premente a realizao de pesquisas especficas nas regies que trabalham com esse tipo de turismo para que se possam direcionar aes de modo a captar e manter pblicos adequados s realidades e particularidades de cada local.

2.4 o turista de negcios e eventos


Pelas suas prprias caractersticas, de modo geral, possui um pblico bastante exigente, o que torna imperioso conhecer detalhadamente suas necessidades, comportamento e expectativas. Mesmo participando de encontros com diferentes objetivos, esse turista domstico e internacional apresenta algumas caractersticas comuns: Escolaridade superior. Poder aquisitivo elevado. Exige praticidade, comodidades, atendimento e equipamentos de qualidade. Representa organizaes e empresas. Realiza gastos elevados em relao a outros segmentos. Permanncia mdia de quatro dias (domstico) e de oito dias (internacional).

2.5 Principais agentes do segmento e suas atribuies


A ocorrncia do Turismo de Negcios & Eventos pressupe a existncia de uma rede de relacionamentos institucionais e operacionais que o viabilizam, constituda de vrios agentes. a) Promotores de eventos So denominados promotores de eventos todos os agentes responsveis pela gerao do evento ou da atividade, isto , so os clientes, os proprietrios intelectuais do evento para os quais os prestadores de servios trabalham. Constam entre os principais agentes da atividade e estimulam a efetivao de parcerias para a concretizao dos eventos. De modo geral, em funo desses promotores que os eventos so classificados, de acordo com os critrios adotados pelo ICCA8: Governamentais quando promovidos pelos governos, ministrios, secretarias, prefeituras, autarquias, tribunais, Senado, cmaras legislativas etc. No-governamentais promovidos por entidades associativas (sociedades mdicas, sindicatos profissionais e patronais, associaes de classe diversas, federaes, fundaes, institutos), instituies de ensino e filantrpicas, ONGs, cooperativas e outros. Corporativos encomendados por empresas privadas.

No que tange especificamente ao turista internacional, a Embratur Instituto Brasileiro de Turismo, por meio de pesquisa sobre a caracterizao e dimensionamento do turismo internacional no Brasil em 20067 , apontou que, do total de turistas estrangeiros que vieram ao Brasil, 28,1% deles foram motivados por negcios, eventos e convenes. Algumas informaes sobre esse turista: 86,8% hospedaram-se em hotis, flat ou pousada. Gasto mdio: US$ 165,14/dia. Permanncia mdia no destino: 10,51 dias.

As cidades mais visitadas por esse pblico so: So Paulo (51,3%), Rio de Janeiro (22,9%), Curitiba (4,8%), Porto Alegre (4,7%), Belo Horizonte (4,6%), Campinas (4,6%) e Braslia (2,9%). Essas informaes sinalizam a relevncia e a dimenso do segmento no Pas
7 EMBRATUR; FIPE. Caracterizao e dimensionamento do Turismo Internacional no Brasil 2004-2006. Disponvel em: http://www.turismo.gov.br/. Acesso em novembro 2007

b) Governos Dada a importncia do segmento na gerao de benefcios para os destinos e comunidades, as diferentes esferas de governo podem contribuir para o desenvolvimento do Turismo de Negcios & Eventos. So vrias as formas possveis de participao como:

ICCA International Congress and Convention Association considerada a mais importante entidade do segmento, formada por representantes de inmeros pases e possui o maior e mais respeitado banco de dados de eventos do mundo. Os critrios estabelecidos pela ICCA para considerar um evento so: ser realizados regularmente, ser rotativo, ser realizado em pelo menos trs pases diferentes e que tenha um nmero mnimo de 50 participantes. Disponvel em: www.brasilnetwork.tur.br. Acesso em novembro de 2007

26

27

Criao de setores especficos para tratar de assuntos pertinentes a negcios e eventos no mbito dos rgos oficiais de turismo. Proposio e coordenao de polticas especficas para o desenvolvimento e estruturao do segmento. Desenvolvimento e manuteno de infra-estrutura de apoio ao turismo transporte pblico, segurana, estradas e acessos, sinalizao, comunicao e vrios outros. Investimento na promoo e no apoio comercializao dos eventos e do destino, incentivando e viabilizando a participao do setor privado: produo de material promocional, feiras profissionais, viagens de familiarizao, seminrios de vendas, campanhas de publicidade e outros. Investimento em pesquisas de mercado e planos de marketing para o destino. Direcionamento de recursos oriundos do setor pblico direcionados para o segmento, por meio de entidades representativas, tais como Convention Bureaux, e outras associaes de classe. Criao de polticas de incentivo para os investimentos privados (hotis, centros de eventos, centros de informaes tursticas). Promoo, apoio e incentivo a aes de capacitao das empresas e parceiros atuantes no segmento (cursos, treinamentos, visitas tcnicas). Integrao com as entidades representativas do segmento.

c) setor privado A organizao e movimentao deste mercado so realizadas pelo setor privado, sendo este o grande responsvel por sua operacionalizao, tendo como principais agentes: Convention & Visitors Bureaux9 (CVB) organizaes nogovernamentais sem finalidade de lucro, mantidas e integradas por representantes das vrias atividades que compem a cadeia do segmento (organizadoras de congressos, promotoras de feiras, hotis, companhias areas, centros de eventos, agncias de turismo e outros). Tm por objetivo principal promover o aumento dos fluxos tursticos pela captao de negcios e eventos. A entidade representativa dos CVB a Federao Brasileira de Convention & Visitors Bureaux.

Empresas organizadoras de eventos: responsveis pela prestao direta e indireta de servios de planejamento e gerenciamento de eventos. Incluem-se nessa categoria as empresas organizadoras de congressos, promotoras de feiras, produtoras de shows e empresas de marketing promocional10. Nessa rea destacam-se algumas entidades representativas como a Associao Brasileira das Empresas Organizadoras de Eventos ABEOC11, a Unio Brasileira dos Promotores de Feiras UBRAFE12, a Associao de Marketing Promocional AMPRO13. Muitas promotoras de feiras so as prprias geradoras ou criadoras do evento e envolvem as entidades e empresas s quais o evento se refere. Empresas de servios especializados: responsveis pela prestao remunerada de servios que, por sua natureza e especializao tcnica, destinam-se exclusivamente ou predominantemente realizao de eventos. Centros de Eventos14: dedicam-se oferta de espaos para a realizao de eventos de qualquer natureza, estabelecendo uma relao comercial ou de cesso com o locador para um perodo determinado. Tm funo importante no crescimento do Turismo de Negcios & Eventos, no s pela implantao de novos equipamentos e modernizao dos existentes, mas pelas parcerias na gerao e atrao de novos eventos, facilitando a sua realizao e viabilizao financeira. A principal entidade representativa a Associao Brasileira de Centros de Convenes e Feiras ABRACCEF15 e, no caso de hotis com centros de eventos, a Associao Brasileira da Indstria de Hotis ABIH16.

10 11 12 13 14 15 16

Informaes disponveis em: www.fbcvb.org.br

As empresas de marketing promocional dedicam-se organizao de eventos e aes que envolvam a construo da marca de um produto, sua venda e fidelizao. Para saber mais sobre o tema em questo, acesse o site da Associao de Marketing Promocional AMPRO: www.ampro.com.br Informaes disponveis em: www.abeoc.org.br Informaes disponveis em: www.ubrafe.org.br Informaes disponveis em: www.ampro.com.br Entende-se nesta categoria: hotis com centros de eventos, centros de convenes, centro de feiras e locais alternativos para realizao de eventos Para informaes, acesse o stio: www.abraccef.org.br Para informaes, acesse o stio: www.abih.com.br

28

29

Bases para o Desenvolvimento do Turismo de Negcios & Eventos


3.1 Viabilidade do Turismo de Negcios & Eventos
Em funo das particularidades deste segmento, que tem como base a realizao de encontros temporrios, a sua viabilidade pressupe levantamentos e anlises diferenciados dos demais tipos de turismo. Embora a linha que separa as atividades de negcios e as de eventos seja tnue, devem-se visualizar as prticas e ocorrncias especficas em cada um desses encontros para, posteriormente, analisar o segmento como um todo. Em relao aos encontros de negcios (misses, reunies, viagens corporativas), preciso observar, primeiramente, a existncia de deslocamentos para a localidade com tal fim, que, por sua vez, depende da conjuntura econmica local. Nesse sentido, a organizao turstica no pode criar o atrativo para captar o turista de negcios, a no ser no caso das feiras ou do estmulo organizao de visitas tcnicas. Porm, caso j esteja recebendo esse turista, cabe aos rgos oficiais de turismo, em parceria com o setor privado, a definio de estratgias para aumentar o tempo de permanncia desse turista e tambm o estmulo oferta de servios e estruturas adequadas e de qualidade. Ao contrrio, quando se trata de eventos, existe a possibilidade de o destino criar, desenvolver ou atrair o evento nesse caso o prprio atrativo , j que alguns dependem unicamente da existncia de determinadas estruturas e servios para a sua realizao, especialmente os de carter social e promocional. Isso raramente se aplica aos eventos tcnicos, aos cientficos e aos comerciais, por dependerem da existncia e do trabalho de instituies e representantes das reas temticas envolvidas. Em resumo, para o desenvolvimento do segmento, de maneira geral, necessrio: Movimentao turstica para a efetivao de negcios. reas de referncia tcnica, cientfica, industrial e outras. Destaque no setor de comrcio, principalmente para a realizao de feiras. Associaes locais fortes e articuladas, dispostas a propor candidaturas de eventos.
31

30

Estruturas e servios especializados para realizao de encontros com tima qualidade. Acesso e logstica de deslocamento interno. Rede e servios de comunicaes. Condies de segurana. Forte cooperao do poder pblico e setor privado.

negcios desse tipo de equipamento. Para atuao nesse setor, devem necessariamente ser providos da seguinte estrutura e servios: Pessoal fluente em outros idiomas. Isolamento acstico nos centros de eventos. Telefone e internet rpida nos apartamentos. Bussiness center com equipamentos de aquisio recente. Computadores, impressoras, fax, copiadoras, internet rpida e pessoal com experincia em informtica para prestao de servios, inclusive de urgncia. Servios de correio. TV por assinatura. Restaurante 24h. Servio de quarto 24h. Lavanderia 24h. Mensageiros. Servios e equipamentos de relaxamento econdicionamento: piscina, sauna, massagem.

As feiras do sustentao imagem de empresas e de produtos e podem realizar-se paralelamente a congressos, quando recebem a denominao de mostras comerciais.

3.2 Aspectos gerais para estruturao do segmento


A estruturao do segmento est relacionada oferta de infra-estrutura e servios de qualidade, dependendo da conjugao de estruturas fsicas adequadas para o acolhimento de turistas equipamentos e servios que atendam s suas necessidades e superem as suas expectativas, ofertando-lhes opes de entretenimento, atividades culturais e outras. Assim, devero ser observadas questes referentes a: Agenciamento turstico o atendimento para o setor de negcios e eventos tem a particularidade de ser temporrio e eventual. As agncias oficiais dos encontros precisam dispor de infra-estrutura e pessoal capacitado para receber grande nmero de pessoas em curto espao de tempo. Esse atendimento envolve desde servios de recepo nos aeroportos at a oferta de roteiros tursticos, que podem ser usufrudos nos perodos pr e ps-encontro, alm de atividades de entretenimento para possveis acompanhantes. Acesso e acessibilidade o destino precisa oferecer facilidades de acesso, para se chegar e movimentar-se no destino, inclusive para pessoas portadoras de deficincia ou mobilidade reduzida. O turista de negcios e eventos desloca-se, normalmente, por via area. essencial que o destino ou regio possua aeroporto com capacidade para aeronaves de acordo com o porte dos encontros pretendidos e linhas regulares. Nos eventos de abrangncia regional, o deslocamento pode ocorrer por via terrestre e, nesse caso, as rodovias devem ser pavimentadas e bem sinalizadas. No local, deve haver txis, locadoras de automveis e transporte para traslados. meios de hospedagem ultimamente, os eventos tm se configurado como importante estratgia para a ampliao dos

Alimentos e bebidas os servios dessa rea precisam, imprescindivelmente, obedecer aos padres internacionais de qualidade. Isso no significa que a culinria tambm deva ser internacional, ou seja, a gastronomia regional deve ser ressaltada, oferecendo experincias diferenciadas e autnticas. Esse setor adquire, tambm, caractersticas de entretenimento, como parte da programao de lazer. Espaos para eventos locais apropriados para a realizao de encontros de diferentes portes e tipos. Os centros de convenes permitem a efetivao de variados tipos de eventos e encontros de negcios e devem ser equipados com ferramentas tecnolgicas modernas. A implantao de um centro de convenes requer um detalhado estudo de viabilidade: anlise de mercados e de tendncias, localizao, acesso, projeto arquitetnico especfico, recursos humanos, materiais e financeiros, infra-estrutura turstica e de apoio etc. No caso de encontros de grande porte, devem-se avaliar questes como distribuio de gua, energia, telefonia, cabeamento, altura mnima, estacionamentos, acessos de carga e descarga de material, de modo a permitir uma logstica adequada.

32

33

informao turstica fundamental a orientao do turista por profissionais capacitados, material informativo atualizado e de qualidade. Deve-se verificar a viabilidade de instalao de postos de informaes temporrios em locais estratgicos, durante a realizao dos eventos.

Agregao de Atratividade
A agregao de atratividade ocorre pela integrao de atividades e segmentos, para fins de atrao de um maior nmero de turistas e por um maior perodo de tempo, buscando diferenciais, criatividade e competitividade. Existem vrias formas de se agregar atratividade ao segmento, destacando-se:

A estruturao do segmento exige uma busca constante da profissionalizao do setor e do emprego de ferramentas tecnolgicas na prestao de servios de apoio realizao dos encontros.

3.3 Envolvimento de outros setores


No Turismo de Negcios & Eventos, conforme j abordado, as iniciativas para atrair eventos dependem da parceria das organizaes responsveis pela gerao, captao e realizao das atividades comerciais que alimentam o segmento. O setor de turismo utiliza estratgias de promoo do destino com o intuito de aumentar o tempo de permanncia do turista na regio, oferecendo o maior nmero possvel de servios tursticos. Nos principais destinos desse segmento, o denominado trade turstico investe fortemente em melhorias de infra-estrutura e servios, buscando gerar maior atratividade e destaque no mercado. Nesses locais, os promotores, auxiliados pelos Convention Bureaux, governos e empresas tursticas protagonistas na captao, apresentam projetos de candidaturas confiveis e convincentes, mudando o cenrio da informalidade inicialmente atuante nesse processo. Ultimamente, essa atuao integrada e cooperada indispensvel para o sucesso de um projeto de candidatura de evento, parceria que ocorre em uma relao de interdependncia.17 . roteiros tursticos regionais pr e ps-evento em perodos que antecedem ou sucedem os encontros, possvel promover viagens curtas na regio. Visitas tcnicas e misses empresariais os centros tecnolgicos, de pesquisas, industriais, as universidades e outros podem oferecer visitas, organizadas pelos prestadores de servios tursticos, como complemento programao oficial do evento. roteiros comerciais correspondem a itinerrios de visitao para atrair investidores, fornecedores e compradores de produtos da regio para, em uma mesma viagem, apresentar mais opes de negcios. Atrativos locais passeios e visitas aos atrativos tursticos da regio, explcitos em folhetos, guias e mapas tursticos, na programao cultural da cidade, com opes de entretenimento e diverso distribudos nos postos de informaes tursticas, hotis, centros de eventos, restaurantes e comrcio em geral e, tambm, durante os intervalos dos eventos, com apresentao de vdeos. Apresentaes culturais durante os eventos uma forma de promover a identidade cultural do destino e valorizar os artistas locais inclu-los na programao dos eventos, com performances artsticas, demonstraes e exposies de arte e artesanato. Clubes, cartes e programas de descontos e de fidelidade os empreendimentos tursticos, as lojas de artesanato, as casas noturnas, os restaurantes, os cinemas, entre outros empreendimentos diretamente e indiretamente envolvidos com a atividade turstica, podem realizar parcerias e fornecer promoes e descontos, aumentando o gasto mdio do turista e estimulando-o a retornar.

17

Para saber mais sobre o apoio candidatura de eventos internacionais, a Embratur disponibiliza um documento chamado Poltica de Apoio Institucional Captao, Promoo e Realizao de Eventos Internacionais, que pode ser disponibilizado por meio do contato: [email protected]

34

35

recepo temtica trata-se da organizao de atividades culturais em aeroportos, portos, rodovirias, prticos, contemplando as caractersticas da cultura local, na recepo ou sada do turista. Transporte pode-se negociar com o empresariado local o transfer gratuito para compras, refeies, atividades culturais e outras.

Turismo de Negcios & Eventos e mercado


5.1 Promoo e comercializao18
A promoo uma das formas de se projetar a imagem do destino, empresa ou produto em relao ao posicionamento almejado no mercado. A promoo e o conjunto de aes comunicativas que so colocadas em prtica tm, por essa razo, uma funo estratgica e devem ser resultantes de um planejamento de marketing estratgico. Para alcanarem essa funo, devem cumprir algumas premissas: Atender a objetivos previamente definidos. Considerar os diferentes tipos de pblico. Ser articulada entre o poder pblico e a iniciativa privada.

A produo de material promocional deve atender s particularidades da atividade turstica de forma geral, porm deve considerar as especificidades desse segmento. Assim, sugere-se: Confeccionar um stio eletrnico com as informaes detalhadas sobre o destino. Produzir material impresso informativo. Elaborar recursos multimdia contendo imagens, informaes e diferenciais sobre o destino. Disponibilizar servios de relaes pblicas, com vistas ao gerenciamento da imagem do destino. Organizar e divulgar o calendrio de eventos do municpio e regio. Criar e distribuir mapas da cidade com localizao dos principais atrativos, centros de eventos, meios de hospedagem e vias de acesso e disponibilizar o guia turstico do destino.

No que se refere especificamente promoo de eventos, preciso atentar para as diferenas de abordagem que podem ser utilizadas em cada etapa: gerao, captao, promoo e realizao.
18 Para saber mais sobre o assunto, consulte o documento do Ministrio do Turismo: Promoo e Apoio Comercializao Mdulo 8. Braslia, MTur: 2006. Disponvel em: www.turismo.gov.br

36

37

Toda primeira edio de um evento fruto de uma iniciativa de alguma organizao, corporao (empresa), rgo governamental ou at pessoa fsica. Essa iniciativa de realizao de um evento denominada gerao. A partir dessa primeira edio, o evento poder se repetir regularmente ou no. Os que se realizam regularmente podero ser itinerantes ou fixos quanto sua cidade, local e sede. Os itinerantes so os passveis de captao (atrao para um destino) j que admitem a mudana de sede. Entende-se por captao de um evento todas as atividades relacionadas atrao de um evento realizado de forma regular e habitualmente itinerante para uma localidade. Pressupe uma manifestao de interesse em sediar um evento (candidatura) por parte de um membro associado de organizao no turstica (exceto no caso de atrao de eventos que tenham o turismo como rea de atividade), uma competio entre os diversos postulantes e uma tomada de deciso por parte de uma organizao hierarquicamente superior ao rgo/membro postulante. Nessa fase, o enfoque promocional deve ser prioritariamente a de identificao da infra-estrutura e dos servios essenciais. Deve-se comprovar que o destino possui condies fundamentais para que o evento possa ocorrer19. preciso, tambm, a preparao de material especfico, com informaes determinadas pela associao ou corporao promotora denominado Livro ou Projeto de Candidatura ou Bidding Book20. Por ser especfico, esse material deve ser produzido individualmente, contendo informaes tcnicas, que devem ser complementadas por apresentaes virtuais sobre o evento e o destino. A terceira fase promoo do evento captado , uma vez provada a capacidade tcnica ao grupo tomador de deciso, tem como prioridade a sensibilizao dos participantes potenciais, para motivar seu interesse e incentivar o prolongamento de sua estadia. Entre as estratgias para tal, est a oferta de pacotes tursticos no pr e ps-evento. Durante a fase de realizao do evento, a informao e a divulgao dos servios e atrativos da cidade so essenciais e menos onerosas. Recomendase o estmulo ao consumo de atividades e servios tursticos que estejam ao alcance do participante e se enquadrem em sua disponibilidade de tempo.
19 20 Os Convention Bureaux usualmente produzem um guia para o planejador de eventos o showcase, detalhando essas condies e outras orientaes No caso de apoio a entidades brasileiras que queiram captar eventos internacionais para sedi-los, possvel ter acesso a um modelo de bidding book da Embratur, por meio do contato: [email protected]

A comercializao do segmento ocorre pela atuao do trade turstico, das empresas e entidades relacionadas diretamente com eventos e encontros de negcios. Exemplificando: um evento da rea mdica pode ter suas inscries realizadas pela entidade promotora diretamente com o pblico envolvido, enquanto a prestao de servios de hospedagem, transporte, alimentao e passeios ser oferecida pelo trade turstico. No caso dos encontros para fins de negcios especificamente, podem ser alugados espaos e equipamentos exclusivos para tal fim os escritrios virtuais, de forma direta (turista/empreendimento virtual) ou indireta (via agncia de turismo).

5.1.1 os Convention & Visitors Bureaux


Os Convention & Visitors Bureaux desempenham papel estratgico para o segmento, agregando as empresas e respectivas associaes das mais diversas reas do turismo e setores afins. A origem dos Convention em Detroit, nos Estados Unidos, no final do sculo XIX, est relacionada ao pioneirismo daquele pas no recebimento de turistas para participarem de eventos empresariais, levando organizao do setor privado. A experincia americana inspirou a proliferao dessas entidades no mundo e a criao da IACVB Associao Internacional de Convention & Visitors Bureaux, para represent-las. No Brasil, a primeira entidade surgiu em So Paulo, em 198321. Hoje so aproximadamente 77 CVB atuantes em diversos Estados e municpios brasileiros. Por serem entidades basicamente privadas, os CVB adotam no Pas a concepo da cooperativa de negcios, onde a participao individual beneficia o grupo. Assim, pela contribuio individual e room tax, viabiliza-se um capital de investimento para ser aplicado em um significativo nmero de aes conjuntas e integradas. A misso de um CVB o desenvolvimento socioeconmico do destino por meio do aumento do fluxo turstico e da captao de eventos. importante salientar que o papel institucional do CVB no se sobrepe ao seu papel comercial as empresas se agregam instituio com o intuito de obter benefcios comerciais e financeiros. Portanto, necessrio no confundir o papel do rgo oficial de turismo com o do CVB, cuja atuao concentra-se em projetos que estejam em sintonia com as polticas pblicas e com os seus objetivos de criao de oportunidades de negcios22. Suas principais atuaes so:
21 22 Informaes disponveis em: www.fbcvb.com.br O CVB atua no marketing e na imagem do destino, razo pela qual suas aes devem estar em sintonia com o rgo oficial de turismo local

38

39

Representar o setor privado perante o poder pblico. Levantar, organizar, compilar e promover a oferta turstica do destino atualizando-a permanentemente. Atuar como rgo de apoio tcnico aos promotores, organizadores, produtores de eventos e operadoras tursticas que pretendem desenvolver projetos que resultem em atrao de turistas para a regio. Coordenar as aes mercadolgicas do destino (em parceria com o poder pblico) visando harmonizao e otimizao de aes. Estabelecer convnios com as instituies pblicas e privadas como forma de viabilizar projetos de interesse do destino. Promover o destino junto aos clientes potenciais. Coordenar pesquisas de satisfao e de anlise de demanda.

referenciais Bibliogrficos
AssoCiAo BrAsiLEirA DA iNDsTriA DE HoTis. Stio Oficial. Disponvel em www.abih.com.br. Acesso em janeiro de 2006. AssoCiAo BrAsiLEirA DE CENTros DE CoNVENEs E FEirAs ABrACCEF. Stio Oficial. Disponvel em www.abraccef.org.br. Acesso em janeiro de 2006. AssoCiAo BrAsiLEirA DE EmPrEsAs DE EVENTos ABEoC. Stio Oficial. Disponvel em www.abeoc.org.br. Acesso em janeiro de 2006. AssoCiAo DE mArKETiNG PromoCioNAL AmPro. Stio Oficial. Disponvel em www.ampro.com.br. Acesso em janeiro 2006. BENI, Mrio Carlos. Anlise estrutural do turismo. 4. ed. So Paulo: Editora SENAC, 2001. Boletim de Desempenho Econmico setor de Eventos Abril de 2005. Disponvel em www.embratur.gov.br. Acesso em janeiro de 2006. Boletim de Desempenho Econmico setor de Eventos Janeiro de 2005. Disponvel em www.embratur.gov.br. Acesso em janeiro de 2006. Boletim de Desempenho Econmico setor de Eventos outubro de 2005. Disponvel em www.embratur.gov.br. Acesso em janeiro de 2006. CARVALHO, Rui. Convention & Visitors Bureaux. mais de um sculo de Histria. Disponvel em http://www.fbcvb.com.br. Acesso em 28 abril de 2006. Center Convention uberlndia. www.centerconvention.com.br. Acesso em setembro de 2005. CONSULTORIA TURSTICA INTEGRADA; FRUM BRASILEIRO CONVENTION & VISITORS BUREAUX; SEBRAE. i Dimensionamento Econmico da indstria de Eventos no Brasil. Disponvel em http://www.fbcvb.com.br/. Acesso em janeiro de 2006. EMBRATUR, FIPE. Caracterizao e dimensionamento do Turismo internacional no Brasil 2004-2005. Disponvel em http://www.turismo.gov.br/dadosefatos/index.html. Acesso em 22 novembro de 2006.

Para tanto, desenvolve aes tais como: Articulao com os arranjos produtivos locais. Apoio captao de eventos. Apoio divulgao dos atrativos tursticos.

Os CVB possuem informaes atualizadas sobre a estrutura da cidade e regio para o segmento, os atrativos tursticos, as potencialidades e os diferenciais do destino e tambm sobre os mercados efetivos e potenciais. Dessa forma, vislumbra-se a viabilidade do segmento, como forma de redirecionar fluxos tursticos e interiorizar a atividade, e, conseqentemente, melhor distribuir os benefcios.

40

41

Estao Embratel Convention Center www.estacaoconvention.com.br Acesso em setembro de 2005. FEDErAo BrAsiLEirA DE CoNVENTioN & VisiTors BurEAu FBC&VB. Disponvel em www.fbcvb.org.br. Acesso em janeiro de 2006. Frum DAs AGNCiAs EsPECiALiZADAs Em CoNTAs ComErCiAis FAVECC. Disponvel em www.favecc.com.br. Acesso em 11 novembro de 2004. GEBRIM, Thais. Eventos de Negcios, as articulaes das empresas em 2005. Revista Feira & Cia., Editora Sansei, Ano 8 n. 56 2005. iNTErNATioNAL CoNGrEss AND CoNVENTioN AssoCiATioN iCCA. Disponvel em www.icca-world.com. Acesso em fevereiro de 2005. KOTLER, Philip. Administrao de marketing. 12 ed. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. _____________. marketing Pblico: como atrair investimentos, empresas e turismo para cidades, regies e pases. Makorn Books. So Paulo, 1994. MNACO, Valria. o papel do Travel manager na realidade globalizada. Disponvel em http://estudosturisticos.com.br/conteudocompleto. asp?idconteudo=365. _______________. Porque to difcil racionalizar custos com viagens nas empresas. Disponvel em http://estudosturisticos.com.br/conteudocompleto. asp?idconteudo=1100. MONTANER MONTEJANO, Jordi. Estrutura do mercado turstico. 2. ed. So Paulo. MONTES, Valria Alves; CORIOLANO, Luzia Neide M. T. Turismo de Eventos: promoes e parcerias no Brasil. In: Turismo em Anlise, v. 14, n. 1, p. 40-64, maio de 2003. OMT Organizao Mundial do Turismo. introduo ao Turismo. 1999. p. 15. _________________________________. stio oficial. Disponvel em: www. world-tourism.org. Acesso em janeiro de 2006. PELIZZER, Hilrio ngelo. Turismo de Negcios: qualidade na gesto de viagens empresariais. So Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. SHARKEY, Joe. Travel managers Confront Crises. Disponvel em http://estudosturisticos.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=1091

SIQUEIRA, Andr. Executivo de viagem ganha nas empresas. O Estado de So Paulo. So Paulo, 7 de outubro de 2003. Disponvel em http://www6.estado.com.br/editoriais/2002/05/20/eco037.html uNio BrAsiLEirA DE PromoTorEs DE FEirAs uBrAFE. Stio oficial. Disponvel em www.ubrafe.com.br. Acesso em janeiro de 2006. ZANELLA, Luiz Carlos. manual de organizao de eventos: planejamento e operacionalizao. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2004.

42

43

Anexo
A evoluo do segmento no Brasil
Atualmente, o segmento de Turismo de Negcios & Eventos um dos mais promissores do turismo. O Brasil vem se posicionando como um destino de negcios por conta do seu desenvolvimento industrial e respectivos produtos, tanto para exportao, como para a comercializao interna: calados, jias, txteis, alimentao, plsticos, materiais de construo, aviao, moda, alm das reas de telecomunicaes, biotecnologia, finanas e do artesanato. Esse desenvolvimento pode muito bem ser exemplificado com o crescimento do setor de feiras, ferramentas de excelncia na comercializao de produtos. As maiores e mais significativas feiras comerciais da Amrica do Sul esto sediadas no Brasil, em especial aquelas referentes aos produtos nos quais o Pas possui liderana. No que se refere realizao de eventos tcnicos e cientficos, vrios fatores contriburam para o desenvolvimento: a profissionalizao do setor, o crescente investimento na infra-estrutura turstica e de eventos (em especial a construo de centros de eventos e modernizao dos aeroportos, aumento do fluxo de vos), a qualificao da prestao de servios, a multiplicao e capacitao dos Convention & Visitors Bureaux, alm das opes de lazer relacionadas diversidade dos recursos naturais e culturais. O Pas tem atrado tantos eventos internacionais que, em trs anos (2002 a 2005), passou da 21 para a 11 posio do ranking dos pases que mais realizam eventos internacionais segundo os critrios da ICCA. Por sua vez, alcanou a 8 colocao no ranking 2005 por nmero de participantes, obtendo a melhor classificao entre os pases da Amrica Latina e a segunda posio nas Amricas. Esses dados apontam para o fortalecimento do setor e da credibilidade do Pas na captao de eventos e negcios.

44

45

47

48

Você também pode gostar