Guia de Turismo Texto
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1. Introduo
A Constituio Federal de 1988 faz meno ao Turismo em seu artigo 180, A Unio, os
Estados, o Distrito Federal e os Municpios promovero e incentivaro o turismo como
fator de desenvolvimento econmico e social. Portanto, cabe aos entes federados o
papel de criar mecanismos de promoo, visando fiscalizar e diligenciar normativamente
o exerccio das atividades de turismo assegurando o cumprimento de seus objetivos com
vistas ao desenvolvimento social e econmico.
Trigo (2001) lembra que somente nos ltimos anos, os governos passaram a reconhecer o
valor do turismo para suas economias e realizaram a conexo entre a qualificao de
recursos humanos e o incremento de produtividade e competitividade no setor.
A Lei 11.771 de 2008 que dispe sobre a Poltica Nacional do Turismo apresenta em seu
artigo 4 a previso sobre a proposta descentralizadora, regionalizadora e do
desenvolvimento econmico-social justo e sustentvel do turismo:
Atualmente, o Ministrio do Turismo (2010) desenvolveu uma srie de aes (num total
de nove) derivadas de programas diretamente relacionados com o Plano Nacional de
Turismo previsto no artigo 6 da Lei 11.771 de 2008 que dispe sobre a Poltica Nacional
do Turismo. Essas nove aes tm as seguintes caractersticas:
Kotler (1998, p.142) diz que servio qualquer ato ou desempenho que uma pessoa
possa oferecer a outra e que seja essencialmente intangvel e no resulte na
propriedade de nada. Sua produo pode ou no estar vinculada a um produto fsico.
Desse modo, observando as mudanas que acompanham a atividade turstica que deve
evoluir e se profissionalizar a cada tempo, no se admite a atuao de pessoas como
sendo Guias sem a devida formao profissional, visto que a atividade turstica se
profissionalizou. Assim, o presente estudo, debruou-se sobre o municpio de Ilhus com
vistas a investigar esta realidade, tendo em vista que a cidade possui muitas pessoas
atuando informalmente enquanto guias.
a lei 8.623 de 1993 que define a profisso Guia de Turismo. Vale destacar que a
profisso em estudo a nica que possui regulamentao da EMBRATUR. Assim, a
mencionada lei diz que Guia de Turismo o profissional que, devidamente cadastrado no
Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR), exera atividades de acompanhar, orientar e
transmitir informaes a pessoas ou grupos, em visitas, excurses urbanas, municipais,
estaduais, interestaduais, internacionais ou especializadas.
O guia tambm visto, em linhas gerais como a pessoa ou profissional que acompanha
turistas, viajantes, etc., chamando-lhes a ateno para o caminho por onde seguem e
dando informaes sobre ele e sobre as obras-de-arte, edificaes, ou coisas
importantes com que vo deparando (FERREIRA, 1988, p. 333).
Picazo citado por Chimenti e Tavares (2007, p. 19) bem aponta sobre a conceituao de
Guia de Turismo,
A lei 8.623 de 1993 descreve em seu artigo 2 as principais atribuies dos guias de
Turismo: Constituem atribuies do Guia de Turismo: a) acompanhar, orientar e
transmitir informaes a pessoas ou grupos em visitas, excurses urbanas, municipais,
estaduais, interestaduais ou especializadas dentro do territrio nacional; b) acompanhar
ao exterior pessoas ou grupos organizados no Brasil; c) promover e orientar despachos e
liberao de passageiros e respectivas bagagens, em terminais de embarque e
desembarque areos, martimos, fluviais, rodovirios e ferrovirios; d) ter acesso a
todos os veculos de transporte, durante o embarque ou desembarque, para orientar as
pessoas ou grupos sob sua responsabilidade, observadas as normas especficas do
respectivo terminal; e) ter acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposies,
feiras, bibliotecas e pontos de interesse turstico, quando estiver conduzindo ou no
pessoas ou grupos, observadas as normas de cada estabelecimento, desde que
devidamente credenciado como Guia de Turismo; f) portar, privativamente, o crach de
Guia de Turismo emitido pela Embratur.
Sobre a funo e importncia dos Guias de Turismo, destaca-se tal profissional como
mediador, entre os locais e visitantes, da a sua importncia. Atravs das suas visitas
guiadas constroem o olhar do turista e localizam o destino de modo a construir o
extico, um verdadeiro folclore em relao ao atrativo. Eles apresentam a janela do
destino turstico, passam bastante tempo com os turistas e so os representantes da
cultura local. Eles vendem imagens, conhecimentos, contactos, souvenirs, acesso,
autenticidade, ideologia. (PEREZ 2009, p. 42)
Nesse passo, cabe coadunar com o pensamento de Valle (2004) de que o Guia trata-se de
um dos principais atores na linha de frente dos servios tursticos, pois, atravs de seu
conhecimento e interpretao das atraes destinos, de suas habilidades de
comunicao e prestao de servio, acaba por divulgar a realidade local mostrando os
recursos histricos, artsticos, culturais e ambientais em todas as suas dimenses, bem
como, orienta o turista a desfrutar adequadamente dos mesmos.
Trata-se de uma profisso antiga. De acordo com os estudos de Valle (2004), os guias
existem desde a antiguidade e foram descritos por Herdoto, grande filsofo e
historiador que viveu na Grcia.
Na antiguidade, Rewjowski (2002, p. 19) bem aponta as funes inerentes aos guias
poca, de modo que havia dois tipos de Guias:
Rejowski (2002) registra que na idade mdia tambm havia a presena dos guias de
turismo, no contexto das peregrinaes, e nesse contexto os guias prestavam
informaes aos religiosos sobre a regio que visitam, bem como, orientava-os sobre
lugares para se abrigarem e comerem.
Em meados do sculo XIX, por meios de contornos religiosos, Tomas Cook membro da
igreja Batista, teve a idia de criar uma organizao imbuda da funo de promover
viagens destinadas aos religiosos que tinham a oportunidade de visitar cidades vizinhas,
e desenvolver atividades religiosas, passeios e jogos. Este religioso considerado o
primeiro operador profissional de turismo e o criador das agncias de viagens
(REJOWSKI, 2002, p. 53).
Nestas viagens se fazia presente a pessoa do guia, que de acordo com Urry (2001)
acompanhava os religiosos em visitaes s lojas recomendadas, bem como a locais de
interesse histrico e cultural.
Assim, Valle (2004) destaca que a profisso Guia de Turismo ganha enfoque e se difunde
justamente com o desenvolvimento do turismo no comeo do sculo XIX que apresentou
novas formas, com as grandes viagens. Nesse passo, essas viagens, de cunho
categoricamente diverso daquelas passadas na antigidade, reuniam pessoas com desejo
de explorar e descobrir e com necessidade de aprender e adquirir cultura, bem como
conhecimentos histricos e geogrficos das localidades visitadas. Nota-se a partir de
ento, o guia como profissional que j reunio habilidades de relaes interpessoais,
conhecimento sobre histria, cultura, lnguas, juntamente com todo o dinamismo
inerente a funo.
Assim, cumpre destacar que todo esse processo culminou com a possibilidade de
desenvolvimento e progresso no setor de turismo, porm, trouxe tambm a exigncia
por profissionais mais qualificados para atender s novas necessidades do mercado,
considerando que a atividade turstica est fatalmente centrada na prestao de
servios, atendimento, recepo, hospitalidade.
Uma vez conceituado o Guia de Turismo, cabe ento apontar o nortear da profisso em
termos legais.
Consta no artigo 5 da Constituio Federal em seu inciso XIII diz que livre o exerccio
de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a
lei estabelecer. O que vai dar contedo a essa liberdade, o estabelecimento de
condies materiais para o efetivo acesso ao trabalho, ofcio e profisso. Quando o
dispositivo aborda a expresso qualificaes profissionais que a lei estabelecer,
preocupa-se com o fato de que certas profisses dependam de capacidades e
habilidades, bem como formao tcnica, cientfica e cultural.
Dessa forma, a liberdade para o exerccio das atividades profissionais est atrelada a
condies tcnicas previstas em lei. Isso significa que caso haja uma lei estabelecendo
qualificaes necessrias para certo oficio, apenas aqueles com as devidas capacitaes
exigidas pela lei podem exercer e desenvolver tal trabalho. O dispositivo confere
liberdade de escolha de trabalho, de ofcio e de profisso de acordo s propenses de
cada pessoa. Como tambm confere igualmente a liberdade de exercer o que fora
escolhido. O que vai dar contedo a essa liberdade, o estabelecimento de condies
materiais para o efetivo acesso ao trabalho, ofcio e profisso. Logo, quem, por
exemplo, almejar ser Guia de Turismo deve fazer um curso de Guia de Turismo na
modalidade em que deseja atuar, e solicitar cadastramento junto ao MTUR observando a
lei 8.426 de 1993 e o decreto 946 de 1993.
A Constituio Federal sendo um sistema aberto, prope uma anlise sistemtica, pois o
dispositivo no aborda todas as profisses nem mesmo enumera as qualificaes
necessrias, ento a anlise deve inclusive ser completada por lei.
Destarte, o legislador quis dizer mais do que consta no texto, deve haver uma
interpretao extensiva, pois o alcance vai alm das palavras do inciso, pois o legislador
no tem, por exemplo, a possibilidade de elencar todas as profisses, ento a expresso
qualquer trabalho ou profisso revela esse carter de abertura. Porm, a expresso
qualquer trabalho exerccio ou profisso cumulada com a expresso atendidas as
qualificaes que a lei estabelecer, merece um olhar restritivo, entendendo que ao se
falar de legalidade contempla-se os valores lcitos, as profisses legitimas e legais, no
cabendo neste caso a abertura para autenticar uma atividade ilcita, a exemplo da
prostituio.
No Brasil para ser Guia de Turismo o interessado deve se adequar as exigncias diversas,
dentre elas a formao profissional, contidas na legislao sobre a profisso: o Decreto
Presidencial de n 946 de outubro de 1993 e a Lei n 8.623, de 28 de janeiro de 1993.
Por se tratar de uma profisso regulamentada, tem-se como impacto criminal o exerccio
ilegal da profisso. Assim, tem-se que, qualquer pessoa fsica ou jurdica que venha
exercer esta profisso, sem, contudo, possuir a devida credencial para tanto fornecida
pela EMBRATUR, est praticando o exerccio ilegal de profisso ou atividade, estando
desse modo, sujeito s penas previstas em lei (objeto de estudo em tpico especfico).
Em funo da existncia do PNT, tambm foi criado o Macro Programa 5, que se refere
especificamente aos programas e polticas voltados para a qualidade profissional no
turismo, entendendo que:por meio de programas de qualificao profissional poder
elevar a qualidade da oferta turstica nacional, fator essencial para inserir o pas
competitivamente no cenrio internacional (PNT, 2003, p. 9).
Assim, guia regional tem sua atividade voltada para recepcionar o traslado, acompanhar
e prestao de informaes e assistncia a turistas, em itinerrios ou roteiros locais ou
intermunicipais de uma determinada unidade da federao para visita a seus atrativos
tursticos.
O Decreto n 946 de outubro de 1993, traz a definio do Guia de turismo como sendo o
profissional que, devidamente cadastrado na EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo,
nos termos da Lei n 8.623, de 28 de janeiro de 1993, exera as atividades de
acompanhamento, orientao e transmisso de informaes a pessoas ou grupos, em
visitas, excurses urbanas, municipais, estaduais, interestaduais, internacionais ou
especializadas.
II - ser maior de dezoito anos, no caso de guia de turismo regional, ou maior de 21 anos
para atuar como guia de excurso nacional ou internacional;
1 As entidades responsveis pelos cursos referidos no inciso VI, deste artigo, devero
encaminhar, previamente no incio de sua realizao, os respectivos planejamentos
curriculares e planos de curso, para apreciao da Embratur.
A lei 8.623 de 1993 criada para regulamentar a profisso Guia de Turismo, traz em sua
estrutura alguns dispositivos sobre os deveres e atribuies destes profissionais, e
tambm trata de infraes possveis de serem cometidas na atuao e prestao do
servio.
Ento, de acordo com a deliberao normativa 426 da EMBRATUR de 2001, em seu artigo
6 constituem infraes disciplinares leves as seguintes: a) deixar de portar, em local
visvel, o crach de identificao; b) induzir o usurio (consumidor do servio, turista) a
erro, pela utilizao indevida de smbolos e informaes privativas de guia de turismo;
c) faltar a qualquer dever profissional imposto pelo Decreto n 946 de 1993.
Os deveres profissionais impostos pelo decreto 946 de 1993 esto reunidos no artigo 2
da retro mencionada norma, atribuindo ao guia de Turismo o papel de:
D) No que toca a funo de orientar, deve o Guia de Turismo comparecer nos veculos de
transporte de turistas sob sua responsabilidade, durante o embarque ou desembarque,
para orientar as pessoas ou grupos sob sua responsabilidade, observadas as normas
especficas do respectivo terminal;
E) Nas situaes em que o Guia estiver conduzindo ou no pessoas ou grupos, deve ter
acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposies, feiras, bibliotecas e pontos de
interesse turstico, respeitando as normas de cada estabelecimento, desde que
devidamente credenciado como Guia de Turismo;
Pela expresso atenuante possvel inferir que se trata de fato ou motivao capaz de
amenizar a condio do infrator em sua conduta. O dolo, por exemplo, diz respeito a
inteno do agente em praticar o ato, assim no havendo dolo, j se considera uma
circunstncia atenuante para quando for apreciada a infrao e aplicada a penalidade.
Alm de observar se o infrator no teve a inteno (dolo) de cometer a infrao,
observa-se tambm em nvel de atenuante, o fato da ao do infrator no ter sido
fundamental para que o ato tenha existido no sentido de que, de certo, o
comportamento isolado do infrator talvez no fosse suficiente para causar a infrao.
Restam ainda enquanto amenizaes a primariedade do infrator (nunca ter sido
penalizado anteriormente) e o seu interesse em contribuir de imediato com a resoluo
ou minimizao dos efeitos do ato lesivo por ele praticado.
Sobre os agravantes, com base na explanao sobre as atenuantes, cabe apenas explicar
a alnea e, ensejando que a anlise sobre a penalidade a ser aplicada ao infrator pode
ser ampliada caso sua infrao represente dano imagem do turismo nacional. Tal
situao subjetiva, visto que, o cometimento de uma infrao leve (por exemplo,
deixar de portar o crach de Guias de Turismo queles que so credenciados e
regularizados junto ao MTUR) ou de uma infrao grave (exemplo, conduta incompatvel
com a profisso, tipo, embriagues, ou uso de drogas) pode vir a ensejar um dano
imagem do turismo local, e at mesmo nacional, j que a parte compe o todo.
O guia de turismo poder vir a ser punido pelo seu rgo de classe (sindicato,
associao) caso apresente desempenho irregular de suas funes, fato que independe
de processo administrativo instaurado pela EMBRATUR. A penalidade impostas pela A
EMBRATUR e seus rgos delegados, bem como, pelas federaes e associaes de classe
devero ganhar notoriedade e publicidade para que cada um destes entes uma vez
informados das penalidades aplicadas aos guias de turismo possa tomar as providncias
cabveis.
Conforme o artigo 8 da Deliberao 426 de 2001, o Guia de Turismo que tiver seu
cadastro cancelado por ser penalizado em infrao de natureza mdia, poder requerer
reabilitao provisria aps cento e oitenta dias (para continuar atuando). Esse prazo
para requerer reabilitao provisria contado a partir da data que tomou
conhecimento da penalidade que lhe foi imputada, desde que no esteja respondendo a
outro processo administrativo.
J o Guia de Turismo que tiver seu cadastro cancelado ao ser penalizado por infrao de
natureza grave, s poder requerer sua reabilitao provisria aps um ano, contado a
partir da data que tomou conhecimento da penalidade que lhe foi imputada. A
reabilitao ser concedida por meio requerimento do interessado (depois de ter
cumprido a penalidade imposta), aps dois anos contados a partir da data que tomou
conhecimento da penalidade que lhe foi imputada, desde que no seja reincidente. O
reincidente deve fazer um curso de reciclagem com datas de incio e de trmino
posteriores data que tomou conhecimento da penalidade que lhe foi imputada.
Assim, esta contraveno ocorre sempre que qualquer pessoa, exercer uma profisso ou
atividade econmica, ou at mesmo anunciar que exerce, sem, no entanto, preencher as
condies que a lei estabelece. Deve haver, portanto, uma regulamentao, ou lei que
trate das previses inerentes profisso.
Entretanto a lei 5.505 de 1977 foi extinta, revogada pela lei n 11.771, de 17 de
setembro de 2008 que em seu teor trata da Poltica Nacional de Turismo, definindo
tambm as atribuies do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e
estmulo ao setor turstico, alm de revogar a Lei no 6.505, de 13 de dezembro de 1977.
Assim, a Lei 11.771 de 2008 passou a reger os casos previstos na lei revogada, dentre
eles a situao de prestadoras de servios em situao de irregularidade.
Nesse ponto, a novel lei de 2008 conceitua agncia de turismo no seu artigo 27 como
sendo a pessoa jurdica que lida com a atividade econmica de intermediao
remunerada entre fornecedores e consumidores de servios tursticos ou os fornece
diretamente. O mesmo artigo se refere tambm s operadoras de viagens responsveis
por excurses e passeios tursticos, a organizao, contratao e execuo de
programas, roteiros, itinerrios, bem como recepo, transferncia e a assistncia ao
turista. Dentre estes servios prestados por estes tipos de empresas, destacam-se os
roteiros tursticos, os t o u r s guiados, que no mesmo dispositivo visto como
acolhimento turstico, consistente na organizao de visitas a museus, monumentos
histricos e outros locais de interesse turstico. (BRASIL, 2010)
Art. 41. Prestar servios de turismo sem o devido cadastro no Ministrio do Turismo
ou no atualizar cadastro com prazo de validade vencido:
Segundo a lei retro citada o valor da multa no poder ser inferior a R$ 350,00
(trezentos e cinqenta reais) e no exceder ao valor de R$ 1.000.000,00 (um milho de
reais). Os critrios para gradao dos valores das multas sero estabelecidos por
regulamento a ser criado pelo MTUR.
A Lei 11.771 de 2008 estipula ainda que o valor da multa ser estabelecido de acordo
com a gravidade da infrao, a vantagem auferida, a condio econmica do fornecedor,
bem como com a imagem do turismo nacional, devendo sua aplicao ser precedida do
devido procedimento administrativo, e ser levados em conta os seguintes fatores: a)
maior ou menor gravidade da infrao; e, b) circunstncias atenuantes ou agravantes.
Os valores das multas sero recolhidos ao Tesouro Nacional. E sobre os dbitos ocorridos
em funo do no-pagamento de multas aplicadas pelo Ministrio do Turismo, sero
inscritos na Dvida Ativa da Unio, aps apuradas sua liquidez e certeza e respeitando-se
o prazo de 30 (trinta) dias.
A pessoa jurdica multada, poder no prazo de 10 (dez) dias (contados a partir da data
em que tomou cincia da penalidade) ingressar com pedido de reconsiderao junto
autoridade que houver proferido a deciso de aplicar a multa.
4. Consideraes finais
Notas:
[1] Princpio por definio mandamento nucelar de um sistema, verdadeiro alicerce
dele, disposio fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o
esprito e servindo de critrio para sua exata compreenso e inteligncia exatamente
por definir a lgica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tnica
e lhe d sentido harmnico. (MELLO apud. CUNHA; GRAU, 2003, p. 267).
[2] As infraes penais dividem-se em crimes e contravenes. Tanto o crime quanto as
contravenes possuem dois elementos caracterizadores, sendo fatos tpicos (fatos
registrados, tipificados em lei) e antijurdicos (pois ferem algo que est disposto na lei).
Ocorre que a contraveno um delito com menores conseqncias, com penas
menores.