A Relação Entre Os Filósofos Antigos e Modernos
A Relação Entre Os Filósofos Antigos e Modernos
A Relação Entre Os Filósofos Antigos e Modernos
Heráclito faz toda essa reflexão de forma que chamamos de dialética. Baseado
na busca da verdade através do dialogo desenvolvendo o pensamento por
tese, antítese e síntese, cujo foco está no contrapor e contradizer do
pensamento para nascer um novo pensar. Por isso chamado de “pai da
dialética”.
Em seu pensar ele formula seu compromisso com a via da verdade, onde o
homem pensante perceberá que é alheio a todo devir, vai além de qualquer
mudança, imutável, um todo, imóvel e perfeito.
Essa busca partindo do ponto como começo não era tão aplicada por Platão.
Considerava sim, essencial a busca do conhecimento, mas não da ignorância,
sim de que já tínhamos este conhecimento intrínseco, na alma.
Ao mesmo tempo em que Aristóteles não afirma a divisão do mundo, ele não
se desfaz do uso da metafísica para justificar alguns pensamentos. Ele se
diferencia essencialmente de Platão ao usar dados para justificar, trabalhando
fortemente dentro do empirismo e da fenomenologia.
Iniciar esta parte do texto sem fazer uma reflexão quanto ao termo “moderno”
se faz necessário. Em que contexto se encaixa de fato o termo para os nossos
filósofos em questão? Historiadores costumam trabalhar a filosofia “moderna” o
pensamento desenvolvido no século XVII, baseados pelo Carteasinismo, pela
idéia de síntese da observação, estudos da origem e pela ciência da Natureza,
Descartes, Bacon, Hobbes e Galileu respectivamente. (Chauí, 2000, p. 56).
Porém temos registros de que alguns filósofos teriam já materiais bem antes do
momento em que se designa para uso do termo “moderno” para filosofia. Cria-
se um aprisionamento em contextos que por vez podem anular grandes obras
que por ventura foram desenvolvidas em tempos que escapam a vontade
humana de organizar cronologicamente ou associar a aspectos históricos.
Marilena Chauí (2000, p. 56 ) consegue pontuar bem esta dependência:
Seu pensamento revolucionário, para uma época feudal, onde vivia, trouxe o
que para muitos autores chama de racionalismo da idade moderna, sob a
influência direta da igreja na sociedade. Viajou muito e viveu durante a guerra
dos trinta anos, percebendo as diferenças de crenças e costumes que se
tinham entre cada povo.
Na sua reflexão ele nos apresenta, em suas obras Discurso sobre o método e
Meditações, um método, chamado depois de cartesiano, baseado no ceticismo
metodológico. O nome nada tem ligação com o conceito de uma atitude cética.
Para ele deve-se haver o questionamento, a dúvida. Ghedin (2003, p. 269)
reforça bem isso quando nos trás que:
Marilena Chauí (2003, p. 449) nos mostra que para Espinosa, somos seres
naturalmente passionais. Sofremos a ação exterior, somos passivos ao meio,
deixamo-nos dominar e conduzir por algo fora ao nosso corpo e espírito.
Vivemos rodeados de seres mais fortes que nós. Por outro lado o Ser é mais
livre quando na companhia de outros do que na solidão.
Isto demonstra que para Leibniz a alma é inata de si mesma, ou seja, não há
experiência sem a presença do intelecto no ser, pois é nele que se processam
todas as experiências com o mundo.
Interessante perceber que para Leibniz o Ser advém com base no inatismo. Ou
seja, para ele o ser já nasce com seus pontos prontos. Mesmo valorizando a
questão do estudo do Ser pronto, para se chegar ao estudo da alma, para
Leibniz se faz necessário a pesquisa, o estudo., o que nos leva a base
cartesiana.
Outros dois termos muito empregados por Kant estão ligados ao seu discurso
denominado pelos teóricos como idealismo transcendental. O uso de a priori e
a posterior. Marilena Chauí Marilena Chauí (2000, p. 96) explica de forma
simples o sentido dos termos para Kant:
1
(KANT, I. Crítica da razão pura. 4ª ed. Prefácio à tradução portuguesa, introdução e notas: Alexandre Fradique
MOURUJÃO. Tradução: Manuela Pinto dos SANTOS e Alexandre Fradique MOURUJÃO. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 1997, p. 30.)
Kant quando reforça o discurso da criticidade com ênfase no uso da razão
proveniente do contato sensorial ativo, acaba questionando os limites impostos
do conhecer. Ele acaba por chamar de dogmas pensamentos de filósofos
anteriores a ele, inclusive Descartes.
Esse pensamento é o ponto de partida para Kant colocar a filosofia como teoria
do conhecimento através da analise. Ele reforça que a ciência se apropria dos
juízos, ora analítico ora sintético. Ghedin (2003, p. 294) apresenta de forma
interessante uma visão de como Kant desenvolve-se a respeito deste discurso:
O que Ghedin (2003, p. 294) nos trás é que o juízo analítico esta diretamente
ligado ao principio da certeza, dois exemplos disso é apresentado por Marilena
Chauí dado por Marilena Chauí (2000, p. 295) “Um triangulo possui três lados”
é um exemplo de juízo Analítico e “Sócrates é filosofo” exemplo de juízo
Sintético. O segundo percebe-se a força da experiência psicológica do sujeito.
Um outro ponto apresentado por Hegel, que contribui muito para a discussão
do pensamento é a questão da objetividade quanto a discussão da relação do
empirismo e o idealismo critico de Kant. Segundo Ghedin (2000, p.296), Hegel
elogia o empirismo enquanto fundamento para aquilo que é verdade deve estar
na realidade e conhecer-se por meio da sensorial, da percepção, mas critica a
redução da abstração e o generalizar a identidade formal
Hegel colabora com a estudo da historia da filosofia como fator importante para
entendimento do produto em si. Ghedin (2000, p.296) reforça isso quando nos
leva a compreender essa importância:
Percebemos ao fim deste estudo tem-se um ponto bem comum para os dois
momentos da filosofia. O conhecimento. Para os filósofos antigos ele está bem
presente, não que para os chamados modernos não está, mas que para a
filosofia moderna o conhecimento é tratado de uma outra forma, colocando o
estudo a frente da ontologia e reforçando a importância para o
desenvolvimento da ciência e para filosofia.