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Estatuto da Criana e do Adolescente

ESTATUTO DA CRIANA
E DO ADOLESCENTE
Lei 8069 de 13 de julho de 1990

Estatuto = Lei de Medidas.


Crianas: pessoa at 12 anos de idade
incompletos.
Adolescente: pessoa de 12 at 18 anos de idade
incompletos.
Exceo: Nos casos expressos em lei, aplica-se o
ECA s pessoas entre 18 e 21 anos de idade
incompletos.

Criana
0 a 12 anos incompletos
Adolescente entre 12 e 18 anos
Excees
entre 18 e 21 anos
Aspectos Gerais
3 tipos de sistemas:
Primrio: Sistema de garantias: artigo 4
Secundrio: Sistema de Medidas de proteo: A
criana e o adolescente na condio de vtima, ou
seja, a vitimizao da criana e do adolescente.
Tercirio: Sistema Scio Educativo: Art.112 Medidas scio educativas.
Alguns Princpios Norteadores do ECA
Da proteo integral;
Da Prioridade Absoluta;
Da Convivncia familiar
Da Condio Peculiar como Pessoa
desenvolvimento;
Da ouvida e participao progressiva;
Da Municipalidade;
Do Melhor Interesse;
Da Responsabilidade Parental.

em

Responsveis (art.4)
Famlia
Sociedade
Comunidade
Poder Pblico
Prioridade (art.4)
Proteo e Socorro
Servios Pblicos
Polticas Pblicas
Recursos Pblicos
Formas de Negligncia (art.5)
Criana ou Adolescente no ser vitima de:
Discriminao: refere-se a acessibilidade
Explorao: sexual, trabalhista...
Violncia: ato agressivo
Crueldade: ato atentatrio
Opresso: oprimir, cercear, impedir que exera
direitos.

FAMLIA
Natural
Extensa (ampliada)

ACOLHIMENTO
Familiar
Institucional

FAMILIA
SUBSTITUTA
Guarda
Tutela
Adoo

Acolhimento Familiar: reavaliao a cada 6 meses.


Acolhimento Institucional: mximo 2 anos.

Adoo
Quem pode adotar:
a) Maior de 18 anos (diferena de 16 anos)
b) Solteiro(a), Casal, Homoafetivo, Casal
Separado/Divorciado (incio do processo
juntos), Morto.
Quem no pode adotar:
a) Ascendentes / Irmos
Ordem de Adoo:
a) No Cadastrados:
i. Adoo Unilateral
ii. Parentes
iii. Guarda / Tutela
b) Cadastrados
c) Brasileiros no Exterior
d) Estrangeiros
Quanto Proibio de Produtos e Servios
Armas, munies, explosivos, fogos de artifcio
(exceo os de potencial reduzido ex: estalinhos);
Publicao de carter obsceno ou pornogrfico
(contendo material imprprio devero ser
comercializadas em embalagem lacrada, com
advertncia de seu contedo, bem como se a capa
contiver mensagem pornogrfica ou obscena a
embalagem deve ser opaca);
Bebidas alcolicas (contraveno: servir / crime:
vender);
Produtos cujos componentes possam causar
dependncia fsica ou psquica ainda que
Por utilizao indevida;
Bilhetes lotricos e equivalentes (fechamento at
15 dias)
Hospedagem
proibida a hospedagem de criana ou
adolescente em hotel, motel, penso ou
estabelecimento congnere, salvo se autorizado ou
acompanhado pelos pais ou responsvel.
Autorizao para Viajar
Nacional (s crianas):
o Acompanhada dos Pais
o Acompanhada dos Responsveis
o Autorizao Judicial (validade de 2 anos)
o Dispensada a Autorizao:
Acompanhada: ascendente/colateral at
o 3 Grau
Comarca Contgua
Internacional: criana e adolescente
o Ambos os Pais
Legislao Especfica para o TJ-PR

Estatuto da Criana e do Adolescente


o
o
o

Um s (expressamente autorizado pelo


outro)
Autorizao Judicial
CNJ: maior que seja expressamente
autorizado pelos pais.

Diferenas entre o Maior e o Menor

MAIOR

MENOR

Infrao Penal
Ato Infracional (C e A)
(crime e contraveno) (crime e contraveno)
Preso
Apreendido (s A)
Mandado de Priso
Processo
Pena (indivduo
imputvel)

Mandado de Busca e
Apreenso
Procedimento Especial
Medida (inimputvel):
proteo (C e A)
scio-educativa (s A)

Da Competncia
1. Competncia Geral ou territorial:
1. Residncia/domiclio dos pais ou Responsvel;
2. Local onde se encontre a criana e o
adolescente quando no forem encontrados os
pais ou responsvel.
3. Pratica do ato infracional: lugar da ao ou
omisso,
resguardados
os
casos
de
preveno, continncia e conexo.
4. Smula 383 domiclio do detentor da guarda.
5. Infrao administrativa por rdio ou TV: Juiz da
sede estadual da transmissora.
2. Competncia Jurisdicional (em razo da
matria)
1. Somente o juiz da infncia e da juventude pode
atuar
1. Representao = denncia (crime)
2. Remisso = Espcie de perdo judicial
3. Competncia Subsidiria
1. Quando se tratar de criana ou adolescente
nas hipteses do art. 98, tambm
competente a Justia da Infncia e da
Juventude para o fim de:
1. Conhecer de pedidos de guarda e tutela;
2. Conhecer de aes de destituio do
poder familiar, perda ou modificao da
tutela ou guarda;
3. Suprir a capacidade ou o consentimento
para o casamento;
4. Conhecer de pedidos baseados em
discordncia paterna ou materna, em
relao ao exerccio do poder familiar;
5. Conceder a emancipao, nos termos da
lei civil, quando faltarem os pais;
6. Designar curador especial em casos de
apresentao de queixa ou representao,
ou de outros procedimentos judiciais ou
extrajudiciais em que haja interesses de
criana ou adolescente;
7. Conhecer de aes de alimentos;

8. Determinar o cancelamento, a retificao e


o suprimento dos registros de nascimento e
bito.
4. Competncia Disciplinar
Exigncia que o juzo tem que ser provocado;
1. A entrada e permanncia de criana ou
adolescente, desacompanhado dos pais ou
responsvel, em:
1. Estdio, ginsio e campo desportivo;
2. Bailes ou promoes danantes;
3. Boate ou congneres;
4. Casa
que
explore
comercialmente
diverses eletrnicas;
5. Estdios cinematogrficos, de teatro, rdio
e televiso.
2. A participao de criana e adolescente em:
1. Espetculos pblicos e seus ensaios;
2. Certames de beleza.
3. Tem que levar em conta:
1. Para os fins do disposto neste artigo, a
autoridade judiciria levar em conta,
dentre outros fatores:
1. Os princpios desta Lei;
2. As peculiaridades locais;
3. A existncia de instalaes adequadas;
4. O tipo de freqncia habitual ao local;
5. A adequao do ambiente a eventual
participao ou freqncia de crianas
e adolescentes;
6. A natureza do espetculo.
2. As medidas adotadas na conformidade
deste artigo devero ser fundamentadas,
caso a caso, vedadas as determinaes de
carter geral.
Medidas de Proteo (art. 101)
Sero acompanhadas das medidas:
Regularizao do Registro Civil da criana e
adolescente;
Caso no definida a paternidade do menor o MP
ajuizar ao de investigao de paternidade,
salvo se a criana for encaminhada para Adoo.
Acolhimento Institucional:
o Princpios basilares de tal medida:
Brevidade (Provisria) e Excepcionalidade.
o A criana e adolescente somente poder
ser encaminhada s instituies por meio
de uma guia de acolhimento expedida
(lavrada)
pelo
Juiz,
na
qual
obrigatoriamente dever constar:
Guia de Acolhimento:
1. Sua identificao e a qualificao completa de
seus pais ou de seu responsvel, se
conhecidos;
2. O endereo de residncia dos pais ou do
responsvel, com pontos de referncia;
3. Os nomes de parentes ou de terceiros
interessados em t-los sob sua guarda;
4. Os motivos da retirada ou da no reintegrao
ao convvio familiar.
5. Imediatamente aps o acolhimento dever ser
elaborado um plano individual de atendimento
(acolhimento) que dever constar:
Legislao Especfica para o TJ-PR

Estatuto da Criana e do Adolescente

Plano Individual de Atendimento:


Resultado da avaliao interdisciplinar;
Os compromissos assumidos pelos pais ou
responsvel;
Em 5 (cinco) dias ser comunicado, atravs de
relatrio, ao MP sob a possibilidade de
reintegrao familiar ou no. (arts. 8 e 9);
Caso negativo, o MP tem 30 (trinta) dias para
ajuizar ao de destituio do poder familiar,
salvo se entender necessrio realizar estudos
complementares ou outras providncias;

Ato Infracional (Art.103)


Ato infracional: conduta descrita como crime ou
contraveno penal.
Crianas: Praticam, mas no respondem. As
crianas correspondero s medidas de proteo
(art. 101);
Adolescentes: Praticam, Respondem e Recebem
medidas scio-educativas.

PRIVAO DE LIBERDADE (S o A)
Flagrante Ato Infracional
Ordem Judicial
Caractersticas da Internao Provisria:
1. Pode ser determinada quando:
1. Houver necessidade imperiosa da medida;
2. E houver indcios de Autoria e Materialidade;
2. Tero o prazo mximo de 45 dias, no
prorrogveis.

INTERNAO (S o A)
Provisria
Definitiva
At 45 dias
Prazo Mx.: 3 anos
Antes da Sentena No comporta
prazo determinado
Aps a Sentena
Processado o feito o Juiz poder:
I. Advertncia: Deve haver indcios de Autoria e
Prova da Materialidade.
Das medidas do inciso II ao VI, pressupem a
existncia de provas suficientes de autoria e da
materialidade.
II.
Obrigao de Reparar o dano
III.
Prestao de Servio a Comunidade
IV.
Liberdade Assistida: (art.119) Haver um
orientador que dever socializar o adolescente e
sua
famlia,
supervisionar
a
freqncia/aproveitamento na escola, inserir
profissionalmente no mercado de trabalho e
apresentar relatrio do caso.
V.
Insero em regime de Semiliberdade: pode ser
usado como transio ao meio aberto, possibilita a

VI.

realizao de atividade externa, no comporta


prazo determinado, obriga a escolarizao e a
profissionalizao e no que couber aplica-se as
disposies da internao.
Internao:
Princpios: Brevidade e Excepcionalidade
Poder ser aplicada quando: (art. 122)
Tratar-se de ato infracional praticado com
violncia ou grave ameaa (inciso I);
Reiterao no cometimento de outras infraes
graves; (neste caso a doutrina trata como
infraes graves aquelas que em comparao
com o direito penal provocariam a pena de
recluso.(II);
Por descumprimento reiterado e injustificvel
de medida anteriormente imposta.(III). (mximo
de 3 meses). No aplicvel no caso de
Remisso.

Prestao de
Servios
Comunidade
8h semanais
Mximo 6 meses

Liberdade
Assistida
Mnimo 6 meses

Direitos Individuais do Adolescente (Arts.106/109):


O adolescente s pode ser privado de sua
liberdade por flagrante de ato infracional ou por
ordem escrita e fundamentada da autoridade
judicial competente;
A apreenso do adolescente ser imediatamente
comunicada autoridade judiciria competente e
famlia do apreendido ou pessoa indicada por
ele, bem como haver a identificao dos
responsveis por sua apreenso e a informao de
seus direitos;
A internao provisria (anterior a sentena)
admitida pelo prazo mximo de 45 dias. A deciso
dever ser fundamentada com base em indcios
suficientes de autoria e de materialidade e
necessidade imperiosa da medida;
O adolescente civilmente identificado no ser
submetido identificao, salvo havendo dvida
fundada para efeito de confrontao.
Remisso (art.126)
Equiparada ao Perdo, uma vez que no implica
necessariamente
o
reconhecimento
ou
comprovao de responsabilidade, nem prevalece
para efeitos de antecedente. (art.127).
Pode ser de duas formas:
Remisso (propriamente dita): que ao ser
concedida levar a excluso do processo.
Pode incluir eventualmente a aplicao de
alguma medida. Ex: a) Remisso com
Advertncia; b) Remisso com Obrigao de
Reparar o Dano.
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Estatuto da Criana e do Adolescente

Remisso (clausulada): o processo restar


suspenso enquanto no cumpridos todos os
termos (clusulas) do acordo realizado. Ex:
Remisso com Prestao de Servio
Comunidade.

Oferecimento da Remisso:
Promotor: Na fase pr-processual;
Autoridade Judiciria (Juiz): Desde que antes da
sentena.
Obs.: Concedida a Remisso pelo Promotor por
termo fundamentado, que conter o resumo dos
fatos, os autos sero conclusos a autoridade
judiciria para a homologao. (art. 181).
O Juiz discordando far remessa dos autos ao
Procurador-Geral de Justia que, mediante
despacho, resolver:
Designando outro promotor;
Ratificando a manifestao do Promotor. Fato
este que obrigar o Juiz a homologar. ( 2 do
181).

familiar.
Conselheiro Tutelar
So escolhidos pela comunidade local com
mandato de 3 anos, permitida uma reconduo.
Lei municipal decidir sobre eventual remunerao.
So exigidos os seguintes requisitos para a
candidatura:
Reconhecida idoneidade moral;
Idade superior a (21) vinte e um anos;
Residir no municpio.
Impedimentos:
No podem servir (trabalhar) no mesmo Conselho
Tutelar:
Marido e mulher
Ascendente e descendente
Sogro e genro ou nora
Irmos, cunhados, durante o cunhadio
Tio e sobrinho
Padrasto ou madrasta e enteado.

O Conselho Tutelar (arts. 131/140).


Mnimo de um Conselho Tutelar por Municpio
composto de (5) cinco membros.
O Conselho Tutelar um rgo que, encarregado
pela sociedade de zelar pelos direitos da criana e
do adolescente, tem por caractersticas:
Ser permanente; Ex: no sofre presso poltica.
Ser autnomo; Ex: possui verba prpria.
No jurisdicional; Ex: no decide, mas sim
delibera.
Atribuies do Conselho Tutelar:
Atendimento s crianas e adolescentes que
praticarem atos infracionais ou estiverem em
situao de risco;
Aplicao das medidas protetivas previstas no art.
101, I ao VI;
Atendimento e aconselhamento aos pais ou ao
responsvel;
Aplicao aos pais ou responsvel das medidas
previstas no art. 129, I a VII;
Requisio servios pblicos e representao
autoridade judiciria para o cumprimento de suas
deliberaes;
Encaminhamento ao MP da notcia de infrao
administrativa ou penal contra criana ou
adolescente;
Expedio de notificao e requisies de
certides;
Assessoramento ao Poder Executivo local na
elaborao de proposta oramentria para planos e
programas de atendimento dos direitos da criana
e do adolescente;
Representao em nome da pessoa da famlia
contra violao a direitos previstos no art. 220 3,
II da Constituio Federal;
Representao ao Ministrio Pblico para efeito
das aes de perda ou suspenso do poder
Legislao Especfica para o TJ-PR

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