Apostila de Introdução Ao Estudo Do Direito Cintia
Apostila de Introdução Ao Estudo Do Direito Cintia
Apostila de Introdução Ao Estudo Do Direito Cintia
do Direito
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SALVAR
1. O que é Direito:
Conceito 01: “Conjunto de normas/leis estabelecidas por um
poder soberano, que disciplinam a vida social de um povo”
(Dicionário Aurélio)
Kelsen – pensador brilhante - autor da Teoria Pura do Direito
– considerava que direito seria um conjunto de normas – era
chamado de positivista porque acreditava que direito era posto
– positivado – transcrito em normas escritas.
DIREITOS COLETIVOS
Direitos coletivos “lato sensu” têm como espécies:
Direitos difusos;
Defensoria Pública
Administração Pública direta e indireta – pessoas de
direito público e privado;
Associações, com pelo menos 01 ano de existência e
possuem finalidade institucional para defender interesse
coletivo “lato sensu”. O requisito da pré-constituição da
associação de 01 ano poderá ser dispensado pelo juiz,
quando houver interesse social relevante. (art. 5º, § 4º da
Lei 7347/85)
PRINCÍPIOS JURÍDICOS
Atualmente, vive-se no chamado Estado Principiológico. Trata-
se da efetividade de elementos chamados fundamentais, os
princípios jurídicos.
NORMA JURÍDICA:
Conceito de Norma Jurídica: fórmulas de agir,
determinações que fixam as pautas do comportamento
interindividual. Padrões de conduta social impostos pelo
Estado. Refere-se à substância própria do Direito objetivo.
Norma é comando ou regra de conduta. Expressa a
vontade do Estado por intermédio do legislador. Esta
vontade é materializada na lei.
Principais Características da norma:
bilateralidade, abstração, generalidade,
imperatividade, heteronomia.
a) generalidade: obriga a todos em igual situação jurídica;
b) abstratividade: abarca situações abstratas;
c) bilateralidade: onde há dever, há direito;
d) imperatividade: obrigatória;
e) coercibilidade: uso da força do Estado sobre aqueles que
descumprem a norma jurídica. É indispensável ainda que o
conteúdo de lei expresse o bem comum.
f) heteronomia: imposta pelo Estado.
Classificação das Normas Jurídicas:
1. Quanto à esfera do Poder Público:
As normas jurídicas podem ser federais, estaduais e
municipais.
1. Quanto à hierarquia:
Sob este aspecto dividem-se em: constitucionais,
complementares, ordinárias, regulamentares e
individualizadas. As normas guardam entre si uma hierarquia,
uma ordem de subordinação entre as diversas categorias.
No primeiro plano alinham-se as normas
constitucionais, provenientes da Constituição e as emendas
constitucionais, que condicionam a validade de todas as
outras normas e têm o poder de revogá-las.
Assim, qualquer norma jurídica de categoria diversa, anterior
ou posterior à constitucional, não terá validade caso contrarie
as disposições desta.
LEI ORDINÁRIA
1. Conceito: É a espécie normativa utilizada nas matérias em
que não cabe lei complementar, decreto legislativo e resolução.
Assim, o campo material das leis ordinárias é residual.
O texto constitucional se refere à lei ordinária apenas como lei,
sem a utilização do adjetivo “ordinária”, visto que este está
implícito. Mas quando quer diferenciá-la de outra espécie
normativa, normalmente traz a expressão “lei ordinária”. Ex:
“A iniciativa de leis complementares e ordinárias ...”
(art. 61 da CF). Pode ainda utilizar a expressão “lei especial”.
Ex: “esses crimes serão definidos em lei especial, que
estabelecerá as normas de processo e julgamento”
(art. 85, parágrafo único da CF).
Embora o constituinte apenas a mencione como lei, não
podemos nos esquecer de que o nome dessa espécie normativa
no próprio texto constitucional é lei ordinária (art. 59 da CF).
2. Procedimento: sistema bicameral.
3. Quórum: As leis ordinárias serão aprovadas por maioria
simples (relativa) de seus membros. Maioria relativa refere-se
ao número de presentes na sessão ou reunião.
LEI DELEGADA
1. Conceito: É a espécie normativa utilizada nas hipóteses de
transferência da competência do Poder Legislativo para o
Poder Executivo. Trata-se de uma exceção ao princípio da
indelegabilidade das atribuições. Delegação “externa corporis”.
2. Procedimento:
Iniciativa solicitadora: O Presidente da República solicita a
delegação ao Congresso Nacional (iniciativa solicitadora),
delimitando o assunto sobre o qual pretende legislar.
Se o Congresso Nacional aprovar (por maioria simples) a
solicitação delegará por meio de resolução (art. 68, §
2º da CF).
A delegação tem prazo certo, isto é, termina com o
encerramento de uma legislatura. Entretanto, nada
impede que antes de encerrado o prazo fixado na
resolução, o Poder Legislativo desfaça a delegação.
O Congresso Nacional pode apreciar a mesma matéria
objeto de delegação, pois quem delega não abdica, reserva
poderes para si. Como a lei ordinária e a lei delegada têm o
mesmo nível de eficácia, prevalecerá a que for promulgada
por último, revogando a anterior (princípio da
continuidade das leis).
O Presidente promulgará e publicará a lei delegada.
3. Matérias vedadas à delegação (art. 68, § 1º da CF):
Atos de competência exclusiva do Congresso Nacional.
Processo Legislativo:
1. Conceito:
Processo legislativo é o conjunto de disposições que
disciplinam o procedimento a ser observado pelos órgãos
competentes na elaboração das espécies normativas
(art. 59 da CF).
A não obediência às disposições sobre o processo legislativo
constitucionalmente previsto acarretará inconstitucionalidade.
b) decurso do tempo;
c) desuso
IMPORTANTE:
Revogação Total: Ab-rogação
Revogação Parcial: Derrogação
A revogação da lei pode ser expressa ou tácita.
Revogação expressa: ocorre quando a lei nova determina
especificamente a revogação da lei anterior.
Já a revogação tácita se opera sob duas formas:
1. quando a lei nova dispõe de maneira diferente sobre
assunto contido em lei anterior, estabelecendo-se
assim um conflito entre as duas ordenações. Este
critério de revogação decorre do axioma lex posterior
derogat priorem (a lei posterior revoga a anterior);
2. quando a lei nova disciplina inteiramente os
assuntos abordados em lei anterior. É princípio de
hermenêutica, porém, que a lei geral não revoga a de
caráter especial. Quando uma lei revogadora perde a
sua vigência, a lei anterior, por ela revogada, não
recupera a sua validade. Esse fenômeno de retorno à
vigência, tecnicamente designado por repristinação,
é condenado do ponto de vista teórico e por nosso
sistema.
IMPORTANTE:
Repristinação: Restauração de uma norma revogada
pela revogação da norma revogadora. Quando uma lei
revogadora perde a sua vigência, a lei anterior, por ela
revogada recupera a sua validade.
A lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora
perdido a vigência, salvo se a lei nova revogadora
assim dispuser expressamente.
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o
declare (Revogação expressa), quando seja com ela
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que
tratava a lei anterior (revogações tácitas –
Incompatibilidade e nova lei que trata por completo
do assunto da anterior).
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a
par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
IMPORTANTE:
Lei geral não revoga lei especial
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se
restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
IMPORTANTE:
Repristinação Só ocorre no Direito Brasileiro, se a lei
revogadora expressamente assim dispuser.
Portanto, em regra no Direito Brasileiro não há
respristinação, salvo quando expresso em lei.
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a
conhece.
Princípio da Publicidade
A vigência da norma surge com a sua publicação no Diário
Oficial, em tese, todos tomariam conhecimento neste
momento.
DIREITO E JUSTIÇA
A justiça é o polêmico tema do Direito e, ao mesmo tempo,
permanente desafio aos filósofos do Direito, que pretendem
conceituá-la, e ao próprio legislador que, movido por interesse
de ordem prática, pretende consagrá-la nos textos legislativos.