01 - Introducao - Io - 2009 - 02
01 - Introducao - Io - 2009 - 02
01 - Introducao - Io - 2009 - 02
Escola de Engenharia
Departamento de Produção e Sistemas
2003 - 2009
Índice
•Problemas
•Metodologia da IO
•Modelos e métodos da IO
•História da IO
•A IO na actualidade
•Definições de IO
•Problemas adicionais
•Links fundamentais
•Bibliografia e links
1
Problema da dieta
•Determinar dieta diária com menor custo possível que cumpra requisitos nutritivos.
•Requisitos nutritivos diários:
o exactamente 3000 calorias;
o pelo menos 100 gramas de proteínas.
•Alimentos disponíveis A, B e C, com preços e composição nutritiva dados na tabela.
A 1000 20 10
B 1000 50 10
C 3000 50 20
3 1.0
2.2 3.2
1.
4
6 7
2 4
1 5 8
2
Problema do caixeiro viajante (2)
3
Problema do caixeiro viajante (4)
•“In May 2004, the traveling salesman problem of
visiting all 24,978 cities in Sweden was solved: a tour
of length 855,597 TSPLIB units (approximately 72,500
kilometers) was found and it was proven that no
shorter tour exists. This is currently the largest solved
TSP instance, surpassing the previous record of
15,112 cities through Germany set in April 2001.”
» David Applegate, AT&T Labs – Research; Robert
Bixby, ILOG and Rice University; Vašek Chvátal,
Rutgers University; William Cook, Georgia Tech;
Keld Helsgaun, Roskilde University.
•Exemplos de aplicações:
http://www.tsp.gatech.edu/apps/index.html.
Projecto 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Proveito 39 35 68 61 46 46 38 16 42 68 85 72 42 16 75 25 29 31 68 67
Orçamento 4 5 5 10 7 5 5 2 3 10 8 6 3 1 8 1 3 3 8 6
4
Problema das pontes de Könisberg (1)
•Euler (1707-1783) - início da Teoria dos Grafos.
•É possível, começando numa zona qualquer, atravessar todas as pontes uma só
vez e regressar ao ponto inicial?
5
Problema de corte (1)
•Uma empresa de mobiliário compra placas de madeira de 2.550 por 2.100 metros
que corta em placas mais pequenas (usualmente designadas por itens) para
produzir estantes. Em determinado momento, os itens necessários são os
representados na Figura, em que junto a cada item se indicam as suas dimensões
(largura por altura em milímetros) e o número de unidades requeridas. Por
exemplo, pretendem-se duas placas do tipo 1 (que tem 2.203 por 0.753 metros).
6
Problema de corte (3)
Aplicação computacional resultante do projecto SCOOP - Sheet Cutting and Process Optimization for Furniture Enterprises, financiado pelo “6th Framework
Programme on Research, Technological Development and Demonstration” (Contract N° COOP-CT-2006-032998), 2006-2008. Coordenador do projecto:
Ferdinando Pezzella (Universitá Politecnica delle Marche, Ancona, Italy). Coordenador do workpackage “Optimization algorithms for cutting and packing”: J. M.
Valério de Carvalho (DPS-UM)
Implementa os métodos heurísticos descritos em Sequence based Heuristics for Two-dimensional Bin Packing Problems, F. A., T. M. Chan, P. Vilaça, T. Gomes, E.
Silva, J. M. Valério de Carvalho, Engineering Optimization, aceite para publicação, 2009
Filipe Pereira e Alvelos, Introdução à Investigação Operacional, pg. 13
7
Problema do centro de atendimento telefónico (2)
Estimativa do número de telefonemas recebidos por hora e dia da semana
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
08:00:00 159 133 89 115 67 25 53
09:00:00 160 138 106 133 86 38 65
10:00:00 179 153 115 148 89 56 80
11:00:00 193 169 132 163 102 71 93
12:00:00 175 155 128 152 84 66 73
13:00:00 166 152 121 132 69 59 59
14:00:00 147 133 116 120 57 50 46
15:00:00 135 114 113 110 37 46 41
16:00:00 120 103 107 100 18 44 40
17:00:00 128 117 108 105 27 32 38
18:00:00 138 133 127 123 46 15 21
19:00:00 144 144 138 135 51 1 1
20:00:00 137 125 133 116 40 7 2
21:00:00 126 122 117 113 23 3 3
22:00:00 110 115 115 112 18 3 1
P. Van Beek, L. Fortuin, L. N. Van Wassenhove, L. Hordijk, “OR and the Environment, a fruitful combination”, in “OR at wORk, practical
experiences of Operational Research”, edited by L. Fortuin, P. Van Beek, L. N. Van Wassenhove, Taylor and Francis, 1996
8
Problema da acidificação (2)
9
Problema do crime
•“O crime é um problema a sério neste país. Estamos sempre a gastar mais a
prender pessoas em prisões e, mesmo assim, o crime não pára de aumentar.
Muitas das pessoas estão presas por razões relacionadas com problemas médicos
(e.g., droga e doenças mentais) e quando saem, esses problemas não estão
resolvidos e elas voltam ao crime. Talvez as penas de prisão já não sejam a
solução.”
Exemplo de http://people.brunel.ac.uk/~mastjjb/jeb/or/softor.html
10
Tipos de problemas (2)
•A tipologia da tabela é flexível: um problema pode ter características de diferentes
(um ou mais) tipos de problemas.
Tipo de problema Optimização “Gestão” Estruturação
Subsistema (vários
Âmbito Componente individual componentes que Sistema complexo
interactuam)
Nível Operacional Táctico Estratégico
Prazo Curto (horas, poucos dias) Médio (semanas, meses) Longo (anos)
Objectiva e passível de ser Menos objectiva e com Pouco (ou nada) objectiva
Tipo de informação
recolhida sem incerteza mais incerteza e incerta
Papel do agente de
Pouco importante Importante Essencial
decisão
Competências do Técnicas, analíticas e Comportamentais, de
Técnicas e analíticas
investigador operacional comportamentais mediação e de negociação
Filipe Pereira e Alvelos, Introdução à Investigação Operacional, pg. 21
Baseado em A Scheduling Model for a Knitting Planning Problem, C. Pimentel, F. A., A. Duarte, J. M. Valério de Carvalho, Proceedings of the 3rd World
Conference on Production and Operations Management - POM, August 5-8, 2008, Tokyo, Japan, pp 2239-2254
11
Problema de escalonamento (2)
•Secção de tricotagem está dividida em três subsecções
o corpos;
o revesilhos e reversos;
o golas, bolsos, presilhas, alças e outras guarnições.
•Subsecção de corpos é o gargalo de produção
o vários conjuntos de máquinas paralelas idênticas;
o datas de entrega associadas a artigos finais;
o matriz de compatibilidade entre máquinas e artigos finais/componentes/tamanhos;
o datas de disponibilidade de máquinas;
o tempos de preparação dependentes da sequência;
o possibilidade de processamento simultâneo (“job splitting”).
12
Problema de escalonamento (4)
•Uma solução para o problema
Metodologia da IO (1)
•Definição do problema
•Formulação de um modelo
•Obtenção de uma solução
•Validação do modelo e teste da solução
•Implementação da solução
13
Metodologia da IO (2)
•Fases do método científico (“hard”)
1. Observação
Observação de um fenómeno ou de um conjunto de fenómenos
2. Generalização
Formulação de hipóteses que generalizam as observações feitas
3. Experimentação
As hipóteses feitas são usadas para prever a ocorrência de outros fenómenos ou prever os
valores de novas observações
4. Validação
Validação tendo por base testes experimentais (independentes) das previsões que
confirmam ou não as hipóteses formuladas
Metodologia da IO (3)
•Passos 1 e 4 da metodologia da IO relacionam-se directamente com os passos 1 e
4 do método científico
•Passos 2 e 3 da metodologia da IO lidam com modelos por não ser viável a
experimentação nos sistemas em estudo (por exemplo, empresas)
•Passo 5 da metodologia da IO corresponde a uma actuação na realidade
Fonte: Hugh Miser, Is it possible to have a good definitional descri+ption of Operations Research and Management Science?, Interfaces, 27, 1997,.
14
Modelos e métodos da IO (1)
•Modelos determinísticos •Modelos de apoio à decisão
o Programação linear
o Teoria dos jogos
o Programação não linear
o Programação inteira o Análise de decisão
o Programação dinâmica o Análise multi-critério
o Optimização de redes o ...
o Programação linear multi-objectivo
o Optimização combinatória •Métodos da IO “soft”
o Gestão de stocks o Soft systems methodology
o ...
o Strategic options development and
•Modelos estocásticos analysis (SODA)
o Cadeias de Markov
o Métodos Delphi
o Filas de espera
o Programação dinâmica estocástica o Meta e hiper jogos
o Simulação o ...
o Gestão de stocks
o Modelos de previsão
o Programação estocástica
o ...
Variáveis de decisão
ݔ1 − ܣ ݐ݈݊݁݉݅ܽ ݀ ݎ݅ݎ݁݃݊݅ ܽ ݁݀ܽ݀݅ݐ݊ܽݑݍ
ݔ2 − ܤ ݐ݈݊݁݉݅ܽ ݀ ݎ݅ݎ݁݃݊݅ ܽ ݁݀ܽ݀݅ݐ݊ܽݑݍ
ݔ3 − ܥ ݐ݈݊݁݉݅ܽ ݀ ݎ݅ݎ݁݃݊݅ ܽ ݁݀ܽ݀݅ݐ݊ܽݑݍ
15
Modelos e métodos da IO (3)
•Exemplo de um modelo de programação inteira (problema da selecção de
projectos)
Parâmetros
݆− ݆ ݐ݆ܿ݁ݎ ݀ ݐ݅݁ݒݎ, ݆ = 1, … ,20
݆ܿ − ݎç݆ܽ݉݁݊ ݐ݆ܿ݁ݎ ݀ ݐ, ݆ = 1, … ,20
Variáveis de decisão
1, ݆ ݐ݆ܿ݁ݎ ݁ݏé ݈݀ܽ݊݅ܿܿ݁݁ݏ
= ݆ݔቊ , ݆ = 1, … ,20
0, ܿܽݎݐ݊ܿ ݏá݅ݎ
݆ܿ ≤ ݆ݔ20
݆ =1
∈ ݆ݔሼ0,1ሽ, ݆ = 1, … ,20
Filipe Pereira e Alvelos, Introdução à Investigação Operacional, pg. 31
16
Modelos e métodos da IO (5)
•Modelo geral de um problema de optimização
Modelo de Optimização
)ݔ(݂ = ݖ ݊݅ܯ
Função objectivo
sujeito a:
݃݅ ( ≤ )ݔ0, ݅ = 1, … , ݉ Restrições
ܵ∈ݔ
1,
7
1,
10
2,2
,3
• x é um caminho
5,7
17
Modelos e métodos da IO (7)
•Uma solução x´ é uma solução admissivel se satisfaz todas as restrições
•Uma solução admissivel x* é uma solução óptima se e só se f(x*)≤f(x) para qualquer
solução admissivel x
•Para um mesmo modelo de optimização, podem existir vários métodos para obter
soluções
•Métodos exactos garantem a obtenção de uma solução óptima
o Exemplos: algoritmo simplex para programação linear, método de partição e avaliação para
programação inteira
•Métodos heurísticos procuram a obtenção de uma solução satisfatória (não
necessariamente óptima)
o Exemplos: heurísticas construtivas, heurísticas de pesquisa local, pesquisa tabu, algoritmos
genéticos
•Os métodos heurísticos só fazem sentido para os problemas em que os métodos
exactos não conseguem obter soluções óptimas em tempos computacionais aceitáveis
o Por exemplo, são raras as heurísticas propostas para problemas de programação linear
18
História da IO (1)
•Raizes
o Referências a problemas de optimização na antiguidade
o Primeiros trabalhos sobre optimização (mínimos de funções) a partir do século XVII
Fermat, Newton, Euler, Lagrange, Gauss
o Primeiros trabalhos em algumas áreas relacionadas com a IO em finais do século XIX e
início do século XX
Cadeias de Markov (Markov)
Gestão científica (Taylor)
Gestão de stocks (Harris)
Teoria das filas de espera (Erlang)
o Primeira Grande Guerra Mundial
Lancaster, Edison
o Período entre as duas Grandes Guerras
Cartas de controlo em gestão da qualidade (Shewart)
História da IO (2)
•Origens
o Em 1936, é constituída uma equipa de cientistas na RAF (Royal Air Force, UK) para
estudar a aplicação do (recentemente inventado) radar
o Primeira vez em que o termo Operational Research foi utilizado:
o “Although the exercise had again demonstrated the technical feasibility of the radar
system for detecting aircraft, its operational achievements fell far short of requirements.
He [A. P. Howe, head of the research group involved] therefore proposed that research
into the operational – as opposed to the technical – aspects of the system should
begin immediately.”
» H. Larnder, 1938, Cited in Committee on the Next Decade in Operations Research (CONDOR),
“Operations Research Next Decade”, in “Understanding the Process of Operational Research, Collected
Readings”, edited by Paul Keys, John Wiley and Sons, 1995.
o Em 1942, grupos de IO formalmente existentes nos três ramos das forças armadas
britânicas.
19
História da IO (3)
• “The important lesson from the Battle of Britain was that radar was only effective as part of an
integrated air defence system. Whilst radar could detect approaching bombers, this information
was in itself only of use if it reached those people who could act upon it. This was where Britain
really had a lead in the technology, because the Fighter Command organisation had at its core the
use of radar information. Radar plots were sent by telephone line to Fighter Command
Headquarters. In the filter room there the information from separate stations was compared and
sorted, removing any inconsistencies, with the intention of producing a true picture. This was then
passed to the operations room where aircraft movements around Great Britain could be seen at a
glance. Thus, Air Chief Marshal Sir Hugh Dowding, Air Officer Commanding-in-Chief of Fighter
Command, had a complete picture of the battlefield, making it possible for him to direct his forces
to maximum effectiveness. This was the real achievement of the C.H. and C.H.L. radar stations
during the Battle of Britain.”
» Ian Brown, Radar in WW II, http://www.skylighters.org/radar/index.html
História da IO (4)
Stansfield, R. G. (1983).
"Harold Larnder: Founder of
Operational Research: An
Appreciation." The Journal
of the Operational Research
Filipe Pereira e Alvelos, Introdução à Investigação Operacional, pg. 40 Society 34(1): 2-7.
20
História da IO (5)
•Equipas multidisciplinares de cientistas analisam problemas militares
o Por exemplo, o Operational Research Section of Costal Command (UK) era constituída
por 3 físicos, 3 especialistas em comunicações, 4 matemáticos, 2 astrónomos, 8
fisiologistas e biólogos
» D. Christopherson, E. C. Baughan, “Reminescences of Operational Research in Worl War II by Some of Its
Practitioners”, in “Understanding the Process of Operational Research, Collected Readings”, edited by Paul Keys,
John Wiley and Sons, 1995
o Guerra aérea contra submarinos (u-boats)
aumento de 400% a 700% da destruição de submarinos através da análise da profundidade a
que deviam deflagrar as bombas
o Dimensionamento de comboios marítimos no atlântico norte (1941-42)
aumento de número de navios escolta de 6 para 9 conduziu à diminuição em 25% das perdas
aumento do tamanho médio dos comboios de 32 para 54 conduziu à diminuição em 56% das
perdas
aumento da velocidade de 7 para 9 nós conduziu à diminuição em 43% das perdas
cobertura aérea de 8 horas por dia no último semestre de 1942 conduziu à diminuição em
64% das perdas
o Estimativa do impacto na produção de guerra dos bombardeamentos britânicos
o Implementação áerea de campos de minas marítimas (Pacífico)
o Definição de rotas e horários de patrulhas aéreas para descobrir navios e submarinos
História da IO (6)
o “A final, though lesser known, scientific breakthrough of World War II was the application of
methods from the physical and social sciences to problems of production, logistics, and
combat. Known as “operational research,” this application of science to practical problems
was a major step in the process by which military men in the 20th century lost primacy in
their profession to civilian specialists. Whether in the scientific study of various
antisubmarine tactics, the selection of targets for strategic bombing, or the optimal size and
pattern for naval convoys, operational research completed the mobilization by governments
of the world's intellectual community.”
» “World War II, 1939–45“, Britannica 2002 Deluxe Edition
21
História da IO (7)
•Finais dos anos 30 e anos 40
o Dualidade e teoria dos jogos (Von Neumann)
o Problemas de transportes (Tolstoi, Kantorovich, Hitchcock, Koopmans)
o Programação linear e algoritmo Simplex (Kantorovich, Dantzig)
•Anos 50
o IO na indústria (primeiro petrolífera, depois muitas outras)
o Programação não linear, fluxos em rede, programação linear (software comercial e
métodos para problemas de grande dimensão), programação estocástica, programação
inteira
o Desenvolvimento notável da base teórica (“practicality gap”)
•Anos 60
o Alargamento das suas fronteiras (para além dos campos militar e industrial)
o Disciplina científica autónoma
o Profissionalização da actividade de IO
História da IO (8)
•Anos 70
o Teoria da complexidade
o Debate sobre a vitalidade da IO (Ackoff)
•Anos 80
o Generalização da IO (muitas vezes com outros nomes)
o Desenvolvimento dos computadores
o Crescente complexidade dos problemas
o Crescente preocupação com racionalidade técnica, económica e ambiental
•Anos 90
o Optimização e simulação em folhas de cálculo
o Linguagens de modelação
o Optimização de problemas de grande dimensão
22
História da IO (9)
•Século IX a.C.: “[...] episódio narrado por Vergílio segundo o qual a rainha Dido, ao
fundar a cidade de Cartago, determinou qual a figura geométrica para a qual seria
maximizada a área por ela delimitada para um dado perímetro constante.”
» L. V. Tavares, F. N. Correia, “Optimização Linear e Não Linear”, Fundação Calouste
Gulbenkian, 1986.
•Séculos VI-V a.C.: “[...] pensamentos de Confúcio traduzem sabiamente algumas
das preocupações mais recentes da Teoria da Decisão [...]”
» L. V. Tavares, F. N. Correia, “Optimização Linear e Não Linear”, Fundação Calouste
Gulbenkian, 1986.
•Século III a.C.: Hieron, Rei de Siracusa, pediu a Arquimedes para desenvolver
meios de quebrar o cerco naval romano
» F. N. Trefethen, “History of Operations Research” in “Understanding the Process of
Operational Research, Collected Readings”, edited by Paul Keys, John Wiley and
Sons, 1995
•1665: I. Newton, Método de Newton para determinar mínimo de uma função
•1736: L. Euler, Problema das pontes de Königsberg
•1788: J. L. Lagrange, Multiplicadores de Lagrange
•1826: C. F. Gauss, Solução de equações lineares
•1880: A. Markov, Cadeias de Markov
•1896: V. Pareto, Soluções óptimas de Pareto
História da IO (10)
•1896: H. Minkowski, Soluções de equações lineares como combinação de um
conjunto de pontos e raios extremos
•1900: F. Taylor, Gestão científica
•1903: J. Farkas, Soluções de sistemas de inequações
•1909: A. K. Erlang, “The theory of probabilities and telephone conversation”
•1913: F. W. Harris, Quantidade económica de encomenda
•1931: W. Shewart, Cartas de controlo de qualidade
•1939: W. Karush, Condições de optimalidade para problemas (não lineares) com
restrições
•1944: J. von Neumann, O. Morgenstern, “Theory of games and economic
behaviour”
•1947: G. Dantzig, Programação Linear e Método Simplex
•1948: Aparecimento da IO como disciplina académica (MIT, US)
•1948: Operational Research Club, actualmente Operational Research Society (UK)
•1949: S. M. Ulam, J. von Neumann, Simulação de Monte-Carlo
•1950: IO na Indústria: British Iron and Steel Industry Research Association e British
National Coal Board
23
História da IO (11)
•1950: Operational Research Quarterly (UK), primeira revista de IO, actualmente Journal
of the Operational Research Society
•1951: Primeira solução de um Problema de Transportes (Hitchcok Problem, 1941) num
computador
•1951: J. von Neumann, G. Dantzig, A. Tucker, Problemas de Programação Linear
Primal-dual
•1952: Operations Research Society of America, actualmente INFORMS
•1955: Aplicação de Programação Linear na indústria petrolífera (ESSO Standard Oil
Company)
•1957: R. Bellman, Programação Dinâmica
•1958: R. Gomory, Programação Inteira
•1959: R. Dijkstra, Problema do Caminho mais Curto
•1960: Inteligência Artificial / Sistemas Periciais
•1962: L. Ford, D. Fulkerson Jr., Fluxos em Rede
•1973: P. Keen, S. Morton, Sistemas de Apoio à Decisão
•1970: G. Box, G. Jenkins, Análise de Séries Temporais
•1971: S. A. Cook, R. Karp, Complexidade Computacional
História da IO (12)
•1972: P. Chekland, Metodologia de Sistemas “Soft”
•1979: Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da IO, actualmente
Associação Portuguesa De IO – APDIO
•1980: Programação em Lógica por Restrições
•1980: Gestão de receitas
•1982: W. Metropolis, Pesquisa por Arrefecimento Simulado
•1984: N. Karmarkar, Métodos de Ponto Interior
•1989: F. Glover, Pesquisa Tabu
•1990: Gestão da Cadeia Logística
•1990: Algoritmos Evolucionários
•2000: Algoritmo Simplex para programação linear é eleito um dos 10 “melhores”
algoritmos do século XX pelo American Institute of Physics e IEEE Computer Society
•2003: EURO/INFORMS Joint International Meeting, cerca de 1500 apresentações.
•2004: Iniciativa da INFORMS: “Operations research – The science of better”
24
História da IO (13)
Isaac Newton, Patrick Blackett, John von Neumann, Leonid Kantorovich, George Dantzig, Ralph Gomory, Narendra Karmarkar, Fred Glover
A IO na actualidade (1)
•Tipos de problemas de IO e a sua relação com áreas de conhecimento e disciplinas
científicas
25
A IO na actualidade (2)
•Áreas de aplicação • Indústria petrolífera
• Agricultura • Inovação e gestão de conhecimento
• Aviação • Marketing
• Bioinformática • Medicina
• Biologia molecular computacional • Modelização económica
• Caminhos de ferro • Modelização da poluição do ar
• Corte e empacotamento • Planeamento da produção de semicondutores
• Comércio electrónico • Política energética
• Cuidados de saúde
• Política florestal
• Desenho, planeamento e controlo de armazéns
• Desenho de VLSIs • Recursos naturais
• Desenho de redes • Sector militar
• Empreendedorismo • Serviços financeiros
• Engenharia financeira • Sistemas de manufactura flexíveis
• Estabelecimento de horários • Sistemas de produção e inventários
• Gestão ambiental • Sistemas de reservatórios de água
• Gestão da cadeia de abastecimento • Sistemas eléctricos de potência
• Gestão de desastres e de crises • Sistemas sociais complexos
• Gestão de projectos
• Telecomunicações e redes de computadores
• Gestão de sistemas de informação
• Indústria aeroespacial • Transportes
• ...
Lista baseada nas sessões da conferência “EURO/INFORMS joint international meeting Istanbul 2003” e nas aplicações abordadas
em P. N. Pardalos and Mauricio G. C. Resende, (editors), “Handbook of Applied Optimization”, Oxford University Press, 2002
Filipe Pereira e Alvelos, Introdução à Investigação Operacional, pg. 51
A IO na actualidade (3)
•Tópicos de IO
• Optimização de problemas de grande dimensão
(ou relacionados) • Optimização robusta
• Algoritmos de pesquisa • Planeamento e gestão estratégicas
• Algoritmos paralelos • Previsão
• Apoio à decisão multi-critério
• Processo hierárquico analítico
e multi-objectivo
• Conjuntos difusos • Programação dinâmica
• Corte e empacotamento • Programação estocástica
• Data envelopment analysis • Programação inteira
• Decisão em grupo e negociação • Programação linear
• Encaminhamento (routing) • Programação matemática
• Escalonamento • Programação não linear
• Estatística Bayesiana • Redes e grafos
• Fiabilidade • Revenue management and pricing
• Gestão da Qualidade
• Sequenciamento
• Inteligência artificial, sistemas periciais
e redes neuronais • Simulação
• Localização • Substituição de equipamento
• Logística • Teoria e análise da decisão
• Logística inversa / Remanufactura • Teoria de sistemas dinâmicos
• Metaheurísticas • Teoria dos jogos
• Modelos estocásticos • Transportes
• Optimização combinatória • ...
Lista baseada nas sessões da conferência “EURO/INFORMS joint international meeting Istanbul 2003”.
Filipe Pereira e Alvelos, Introdução à Investigação Operacional, pg. 52
26
A IO na actualidade (4)
•Instituições internacionais sedeadas nos Estados Unidos da América
Fonte: M. Emes,A. Smith, D. Cowper, Confronting an identity crisis - How to brand systems engineering,
Systems Engineering, Vol. 8, No. 2, 2005
A IO na actualidade (5)
27
A IO na actualidade (6)
•“Escalonamento de tripulações permite poupar 20 000 000 $/ano à American
Airlines
•Encaminhamento de encomendas permite poupar mais de 17 300 000 $/ano à
Yellow Freight
•Estima-se que modelos de encaminhamento de frotas permitem poupar 100 000
000 $/ano à United Airlines”
» J. Orlin, Introduction to Optimization, MIT OpenCourseware, 2005
A IO na actualidade (7)
• Operation Everything - It stocks your grocery store, schedules your favorite team's
games, and helps plan your vacation. A primer on the most influential academic
discipline you've never heard of.
» Título de jornal (Virginia Postrel, Boston Globe, June 27, 2004)
•“Despite its rapid growth, operations research is still a relatively young scientific
activity. Its techniques and methods, and the areas to which they are applied, can
be expected to continue to expand rapidly. Most of its history lies in the future.”
» “Operations Research“, Britannica 2002 Deluxe Edition CD-ROM
28
Definições de IO (1)
•Numa frase:
o “A ciência aplicada para melhores decisões”
» [tema do 8º Congresso da Associação Portuguesa de Investigação Operacional
realizado em 1998]
•Enciclopédia Britânica:
o “Application of scientific methods to the management and administration of organized
military, governmental, commercial, and industrial processes.”
» “Operations Research“, Britannica 2002 Deluxe Edition CD-ROM
Definições de IO (2)
•OR/MS Today (1999):
o “Operations research (OR) is the application of scientific methods to improve the
effectiveness of operations, decisions and management. By means such as analyzing
data, creating mathematical models and proposing innovative approaches, OR
professionals develop scientifically based information that gives insight and guides
decision-making. They also develop related software, systems, services and products”
Randy Robinson
•Associação Portuguesa de Investigação Operacional:
o “[...] ciência aplicada voltada para a resolução de problemas reais, em que se procura
trazer para o campo da tomada de decisões (sobre a concepção, o planeamento ou a
operação de sistemas) a atitude e os métodos próprios de outras áreas científicas.
Através de desenvolvimentos de base quantitativa, a Investigação Operacional visa
também introduzir elementos de objectividade e racionalidade nos processos de tomada
de decisão, sem descurar no entanto os elementos subjectivos e de enquadramento
organizacional que caracterizam os problemas.”
29
Definições de IO (3)
www.scienceofbetter.org
Filipe Pereira e Alvelos, Introdução à Investigação Operacional, pg. 59
Definições de IO (4)
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Problema de engenharia de tráfego (1)
•IEEE 802.1D Spanning Tree Protocol
o Permite a activação de um conjunto mínimo de ligações, formando uma árvore de
suporte que suporta o tráfego na rede; as outras ligações passam a ser ligações de
backup no caso de falha
Baseado em Engineering of Telecommunication Networks based on Multiple Spanning Tree Routing, D. Santos, A. Sousa, F. A., a ser publicado em “Traffic
Management and Traffic Engineering for the Future Internet, First Euro-NF International Workshop, FITraMEn 2008, Porto, Portugal, December 11-12, 2008,
Revised Selected Papers”, Lecture Notes in Computer Science, Springer-Verlag Berlin, Vol. 5464
31
Transportes colectivos (1)
•Sistema GIST utilizado por STCP, Carris, Horários do Funchal, Vimeca e Rodoviária
de Lisboa.
J. P. Sousa, J. F. Cunha, R. Guimarães, J. P. Paixão, “GIST – Um Sistema de Apoio à Decisão para o Planeamento Operacional de Transportes Colectivos”, em
“Casos da Aplicação da Investigação Operacional”, editado por C. H. Antunes, L. V. Tavares, McGraw-Hill, 2000
32
Transportes colectivos (3)
Concursos públicos
•Metodologia utilizada no “Concurso
Público Internacional para a adjudicação
do projecto, construção, equipamento,
financiamento e operação por um curto
período de tempo, de um sistema de
metro ligeiro na Área Metropolitana do
Porto”.
33
VLSI routing
Terminais
Redes: 1,2,3
Layers
Fonte da imagem: B. Golda, B. Laczay, A. A. Mann, C. Megyeri, A. Recsksi. Implementation of VLSI routing algorithms,
http://citeseer.nj.nec.com/golda02implementation.html
Desenho de redes
•Dados: localizações dos terminais, tráfego de cada terminal e custos e capacidades
das ligações possíveis.
•Definir quais as ligações a estabelecer de forma a obter uma configuração da rede
de acesso com o menor custo possível.
•Se a rede de acesso tiver n nodos, existem nn-2 configurações possíveis (não
considerando restrições de capacidade).
Nodo da
rede
backbone Ponto de
acesso
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Links fundamentais
•Operations Research – The Science of Better
www.scienceofbetter.org/
•APDIO – Associação Portuguesa de Investigação Operacional.
www.apdio.pt/
•EURO – The Association of European Operational Research Societies
http://www.euro-online.org/
•IFORS – International Federation of Operational Research Socities.
http://www.ifors.org/
•INFORMS – Institute for Operations Research and Management Sciences
http://www.informs.org/
•estudIO – Estudantes de Investigação Operacional.
http://www.estudio.fc.ul.pt/
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Bibliografia e Links (2)
• e-optimization.community (entrevista com G. Dantzig).
http://www.e-optimization.com/directory/trailblazers/dantzig/
• EURO – The Association of European Operational Research Societies
http://www.euro-online.org/
• L. Fortuin, P. Van Beek and L. N. Van Wassenhove (editors),“OR at wORk, practical experiences of
Operational Research”, Taylor and Francis, 1996.
• R. Gardner, “L. V. Kantorovich: The price implications of optimal planning”, Journal of Economic
literature, June 1990, Vol. XXVIII, pp. 638-648.
• S. I. Gass, “Great Moments in HistORy “, OR/MS Today, October 2002, Volume 29, Number 5.
http://www.lionhrtpub.com/orms/orms-10-02/tocfr.html
• B. Golda, B. Laczay, A. A. Mann, C. Megyeri, A. Recsksi. “Implementation of VLSI routing
algorithms”.
http://citeseer.nj.nec.com/golda02implementation.html
• R. Guimarães, “Metodologia da Investigação Operacional”, Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto, 1979.
• F. S. Hillier and G. J. Lieberman, “Introduction to Operations Research”, Mc-GrawHill, 7th edition,
2001.
• IFORS – International Federation of Operational Research Socities.
http://www.ifors.org/
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