O Profeta
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O Profeta
(Khalil Gibran)
ndice A Chegada do Navio............................ 1 Sobre o Amor...................................... 6 Sobre o Casamento............................. 9 Sobre as Crianas .............................. 11 Sobre a Ddiva .................................. 1 Sobre a Comida e a !ebida................. 16 Sobre o "raba#ho ............................... 1$ Sobre a A#egria e a "riste%a ............... &1 Sobre as Casas .................................. & Sobre as 'o()as ............................... &6 Sobre as Com)ras e *endas............... &$ Sobre o Crime e o Castigo ................. + Sobre os ,eis .................................... Sobre a ,iberdade ............................ 6 Sobre a 'a%.o e a Pai/.o.................. $ Sobre a Dor...................................... -+ Sobre o A(to0conhecimento ............. -& Sobre o 1nsino ................................. -Sobre a Ami%ade .............................. -6 Sobre a Conversa.............................. -$ Sobre o "em)o ................................ 2+ Sobre o !em e o 3a# ........................ 2& Sobre a Ora.o ................................ 22 Sobre o Pra%er.................................. 24 Sobre a !e#e%a ................................. 6+ Sobre a 'e#igi.o .............................. 6 Sobre a 3orte ................................. 62 Os Ade(ses ..................................... 64
A Chegada do Navio A#m(stafa5 o esco#hido e bem amado5 6(e era a(0 rora do se( )r7)rio dia5 es)erara do%e anos na ci0 dade de Orfa#8s )e#o navio 6(e havia de o reco#her e #evar de vo#ta 9 s(a i#ha nata#. 1 no d8cimo seg(ndo ano5 no s8timo dia de 1i#(#5 o m:s das co#heitas5 s(bi( 9 co#ina sem m(ra#has e );s0se a o#har )ara o mar< e vi( o se( navio a)are0 cer com a br(ma. 1nt.o as )ortas do se( cora.o abriram0se e a s(a a#egria voo( #onge sobre o mar. 1 e#e fecho( os o#hos e oro( no si#:ncio da s(a a#ma. 3as en6(anto descia a co#ina5 a)odero(0se de#e (ma grande triste%a e )enso( com o cora.o= Como )oderei )artir em )a% e sem mgoa> N.o5 n.o vo( sair da cidade com (ma ferida no es)?rito. 3(itos foram os dias de dor 6(e )assei dentro das s(as m(ra#has5 e m(itas foram as noites de so#i0 d.o< e 6(em )ode se)arar0se da dor e da so#id.o sem mgoa> 1s)a#hei demasiados fragmentos do es)?rito )or estas r(as5 e m(itos s.o os fi#hos da nosta#gia 6(e caminham n(s )or estas co#inas5 e n.o )osso afas0 tar0me de#es sem )eso nem dor. N.o 8 a ro()a 6(e ho@e dis)o5 mas (ma )e#e 6(e arranco com as minhas )r7)rias m.os.
Nem 8 (m )ensamento 6(e dei/o atrs de mim5 mas (m cora.o tornado doce )e#a fome e )e#a sede. No entanto5 n.o )osso demorar0me mais. O mar 6(e chama todas as coisas5 chama0me tam0 b8m e tenho de embarcar. Pois ficar5 embora as horas esca#dem na noite5 8 ge#ar e crista#i%ar e )erder0me n(ma forma. De bom grado #evaria t(do o 6(e a6(i se encontra. 3as como o )oderei fa%er> Ama vo% n.o )ode trans)ortar a #?ng(a e os #bios 6(e #he deram asas. "erei de )roc(rar so%inho o et8reo. 1 so#itria e sem ninho a g(ia atravessar o so#. B(ando chego( ao f(ndo da co#ina5 vo#to(0se )ara o mar e vi( o se( navio a)ro/imar0se do )orto5 e na )roa os marinheiros5 os homens da s(a )tria. 1 a s(a a#ma grito(0#hes e e#e disse= Ci#hos da minha ve#ha m.e5 v7s5 cava#eiros das ma0 r8s5 B(antas ve%es ve#e@astes nos me(s sonhos. Agora a)areceis no me( des)ertar5 6(e 8 o me( sonho mais )rof(ndo. Pronto esto( e( )ara ir5 e a minha Dnsia )e#as ve0 #as desfra#dadas ag(arda o vento.
S7 res)irarei mais (ma ve% neste ar im7ve#5 s7 mais (m o#har de amor )ara trs5 1 ent.o me encontrarei entre v7s5 (m marinheiro entre marinheiros. 15 en6(anto caminhava5 avisto( ao #onge homens e m(#heres 6(e sa?am dos cam)os e das vinhas e se a)ressavam em dire.o aos )ortEes da cidade. 1 o(vi( as s(as vo%es chamarem0#he o nome5 gri0 tando de cam)o )ara cam)o5 an(nciando (ns aos o(tros a chegada do navio. 1 disse )ara consigo= Ser o dia da )artida o dia da re(ni.o> 1 )oder em verdade ser dito 6(e a minha noite foi a minha a(rora> 1 6(e darei 96(e#e 6(e dei/o( a charr(a a meio de (m s(#co o( 96(e#e 6(e fe% )arar a roda do se( #a0 gar> "ornar0se0 o me( cora.o (ma rvore carregada de fr(tos 6(e e( )ossa re(nir )ara #hes dar> 1 conseg(ir.o os me(s dese@os f#(ir como (ma fonte )ara 6(e e( )ossa encher0#hes os c#ices> So( (ma har)a 6(e a m.o dos )oderosos )ode to0 car5 o( (ma f#a(ta c(@o so)ro )assa )or mim> So( a6(e#e 6(e )roc(ra os si#:ncios5 e 6(e teso(0 ros encontrei nos si#:ncios 6(e )ossa dis)ensar com confiana>
Se este 8 o dia da minha co#heita5 em 6(e cam)os es)a#hei a semente5 e em 6(e es6(ecidas esta0 Ees> Se esta 8 verdadeiramente a hora em 6(e erg(erei a minha #anterna5 n.o 8 a minha chama 6(e # ir arder. 1rg(erei a minha #anterna va%ia e esc(ra. 1 o g(ardi.o da noite ench:0#a0 de )etr7#eo e a a#(miar. 1stas coisas disse e#e em )a#avras. 3as m(ito no se( cora.o fico( )or di%er. Por6(e e#e )r7)rio n.o )odia fa#ar do se( segredo mais )rof(ndo. 1 6(ando entro( na cidade todos vieram ter com e#e5 e todos choravam a (ma s7 vo%. 1 os anci.os da cidade avanaram e disseram= N.o te a)artes ainda de n7s. "( foste o so# do meio dia no nosso cre)Fsc(#o5 e a t(a @(vent(de de(0nos sonhos )ara sonhar. N.o 8s nenh(m estranho entre n7s5 nem (m h7s0 )ede5 mas nosso fi#ho e#eito e adorado. B(e os nossos o#hos n.o sofram ainda )or dei/ar de te ver. 1 os sacerdotes e sacerdotisas disseram0#he=
N.o dei/es 6(e as ondas do mar nos se)arem ago0 ra5 e 6(e os anos 6(e )assaste entre n7s se trans0 formem n(ma recorda.o. Caminhaste entre n7s como (m es)?rito5 e a t(a sombra tem i#(minado os nossos rostos. 3(ito te temos amado. 3as o nosso amor era sem )a#avras5 e coberto com v8(s. 1 agora grita bem a#to e desvenda0se )erante ti. G 6(e o amor s7 conhece a s(a )rof(ndidade na hora da se)ara.o. 1 o(tros chegaram e com e#e fa#aram. 3as e#e n.o #hes res)onde(. ,imito(0se a c(rvar a cabea< e a6(e#es 6(e se encontravam )erto viram as #grimas ca?rem0#he sobre o )eito. 1 e#e e os o(tros dirigiram0se )ara a grande )raa frente ao tem)#o. 1 do sant(rio sai( (ma m(#her 6(e se chamava A#mitra e era vidente. 1 e#e o#ho(0a com grande tern(ra5 )ois fora e#a a )rimeira 6(e acreditara ne#e 6(ando estava na ci0 dade havia s7 (m dia. 1 e#a disse0#he= Profeta de De(s5 na b(sca do s()remo5 m(ito )ro0 c(raste as distDncias do te( navio. 1 agora o te( navio chego( e t( tens de ir.
Prof(nda 8 a Dnsia )e#a terra das t(as mem7rias e )e#o )aradeiro dos te(s maiores dese@os< e o nosso amor n.o te vai reter5 nem as nossas necessidades te )render.o. 1 agora 6(e vais )artir )edimos0te 6(e fa#es co0 nosco e nos reve#es a t(a verdade. 1 n7s a )assaremos aos nossos fi#hos5 e e#es aos fi0 #hos de#es e e#a n(nca morrer. Na t(a so#id.o observaste os nossos dias5 e no te( des)ertar o(viste o choro e o riso do nosso sono. Agora reve#a0te a n7s5 e di%0nos o 6(e te foi mos0 trado e 6(e e/iste entre o nascimento e a morte. 1 e#e res)onde(= Povo de Orfa#8s5 de 6(e vos )oderei fa#ar5 e/ceto da6(i#o 6(e agora se )assa nas nossas a#mas> Khalil Gibran (Repblica do Lbano) HAH Do livro O Profeta (sem indica !o de trad"tor) #r$ditos%
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Sobre o Amor
1nt.o A#mitra disse= Ca#a0nos do Amor. 1 e#e erg(e( a cabea e o#ho( )ara o )ovo e cai( (ma grande imobi#idade sobre e#es. 1 em vo% )o0 derosa e#e disse= B(ando o amor vier ter convosco5 seg(ros embora os se(s caminhos se@am rd(os e sin(osos. 1 6(ando as s(as asas vos envo#verem5 abraai0o5 embora a es)ada oc(#ta sob as asas vos )ossa fe0 rir. 1 6(ando e#e fa#ar convosco5 acreditai5 embora a s(a vo% )ossa aba#ar os vossos sonhos como o vento do norte devasta o @ardim. Pois o amor5 coroando0vos5 tamb8m vos sacrifica0 r. Assim como 8 )ara o vosso crescimento tam0 b8m 8 )ara a vossa decad:ncia. 3esmo 6(e e#e s(ba at8 v7s e acaricie os mais ter0 nos ramos 6(e tremem ao so#5 tamb8m at8 9s ra?0 %es e#e descer e as aba#ar5 en6(anto e#as se agarram 9 terra. Como mo#hos de trigo e#e vos @(nta a si. 1#e vos amanha )ara vos );r a n(. *os )eneira )ara vos #ibertar das im)(re%as. *os m7i at8 9 a#v(ra. *os amassa at8 vos tomardes mo#dveis< 1 de)ois entrega0vos ao se( fogo sagrado5 )ara 6(e vos tomeis ).o sagrado )ara a sagrada festa de De(s.
"oda estas coisas vos far o amor at8 6(e conhe0 ais os segredos do vosso cora.o5 e5 com esse co0 nhecimento5 vos tomeis (m fragmento do cora.o da *ida. 3as se5 receosos5 )roc(rardes s7 a )a% do amor e o )ra%er do amor5 ent.o 8 me#hor 6(e oc(#teis a vos0 sa n(de% e saiais do amor5 )ara o m(ndo sem sen0 tido onde rireis5 mas n.o com todo o vosso riso5 e chorareis mas n.o com todas as vossas #grimas. O amor s7 se d a si e n.o tira nada sen.o de si. O amor n.o )oss(i nem 8 )oss(?do< )ois o amor basta0se a si )r7)rio. B(ando amardes n.o deveis di%er KDe(s est no me( cora.oK5 mas antes K1( esto( no cora.o de De(sK. 1 n.o )enseis 6(e )odeis a#terar o r(mo do amor5 )ois o amor5 se vos achar dignos5 dirigir o se( c(rso. O amor n.o tem o(tro dese@o 6(e o de se )reen0 cher a si )r7)rio. 3as se amardes e tiverdes dese@os5 6(e se@am es0 ses os vossos dese@os= C(ndir0se e ser como (m regato 6(e corre e canta a s(a me#odia )ara a noite. Para conhecer a dor de tanta tern(ra. Ser ferido )e#a vossa )r7)ria com)reens.o do amor< e sangrar com vontade e a#egremente.
Des)ertar de madr(gada com (m cora.o a#ado e dar graas )or mais (m dia de amor< 'e)o(sar ao fim da tarde e meditar sobre o :/tase do amor< 'egressar a casa 9 noite com gratid.o< 1 de)ois adormecer com (ma )rece )ara os ama0 dos do vosso cora.o e (m cDntico de #o(vor nos vossos #bios. HAH Do livro O Profeta& de Gibran Khalil Gibran (sem indica !o de trad"tor) #r$ditos% htt)=IIJJJ.c#(be0 )ositivo.comIbib#iotecaI)dfI)rofeta.)df
Sobre o Casamento 1nt.o A#mitra fa#o( novamente e disse= 1 6(anto ao casamento5 3estre> 1 e#e res)onde(5 di%endo= Nascestes @(ntos5 e @(ntos ficareis )ara sem)re. 1stareis @(ntos 6(ando as asas brancas da morte acabarem com os vossos dias. Ah5 estareis @(ntos mesmo na mem7ria si#enciosa de De(s.
3as 6(e ha@a es)aos na vossa (ni.o e 6(e os ventos ce#estiais )ossam danar entre v7s. Amai0vos (m ao o(tro5 mas n.o faais do amor (ma )ris.o< dei/ai antes 6(e se@a (m mar ond(0 #ante entre as margens das vossas a#mas. 1nchei a taa (m do o(tro mas n.o bebais de (ma s7 taa. Parti o vosso ).o ao meio mas n.o comais do mes0 mo ).o. Cantai e danai @(ntos5 mas dei/ai 6(e cada (m de v7s fi6(e so%inho. Como as cordas de (ma #ira est.o so%inhas embora vibrem ao som da mesma mFsica. 1ntregai os vossos coraEes mas n.o ao c(idado (m do o(tro. Pois s7 a m.o da *ida )ode conter os vossos cora0 Ees. 1 ficai @(ntos mas n.o demasiado @(ntos= Pois os )i#ares do tem)#o est.o afastados5 e o car0 va#ho e o ci)reste n.o crescem 9 sombra (m do o(tro.
Sobre as Crianas De)ois5 (ma m(#her 6(e tra%ia (m beb: ao co#o disse= Ca#a0nos das Crianas. 1 e#e res)onde(= Os vossos fi#hos n.o s.o vossos fi#hos. S.o os fi#hos e as fi#has da *ida 6(e anseia )or si mesma. 1#es v:m atrav8s de v7s mas n.o de v7s. 1 embora este@am convosco n.o vos )ertencem. Podeis dar0#hes o vosso amor mas n.o os vossos )ensamentos5 )ois e#es t:m os se(s )r7)rios )en0 samentos. Podeis abrigar os se(s cor)os mas n.o as s(as a#0 mas. Pois as s(as a#mas vivem na casa do amanh.5 6(e v7s n.o )odereis visitar5 nem em sonhos. Podereis tentar ser como e#es5 mas n.o tenteis torn0#os como v7s.
Pois a vida n.o anda )ara trs nem se det8m no ontem. *7s sois os arcos de onde os vossos fi#hos5 6(ais f#echas vivas5 ser.o #anados. O ar6(eiro v: o sina# no caminho do infinito e 1#e com o Se( )oder fa% com 6(e as S(as f#echas )ar0 tam r)idas e cheg(em #onge. B(e a vossa inf#e/.o na m.o do Ar6(eiro se@a )ara a a#egria< )ois assim como 1#e ama a f#echa 6(e voa5 tamb8m ama o arco 6(e se mant8m estve#.
HAH Do livro O Profeta& de Gibran Khalil Gibran (sem indica !o de trad"tor) #r$ditos% htt)=IIJJJ.c#(be0 )ositivo.comIbib#iotecaI)dfI)rofeta.)df
Sobre a Ddiva De)ois (m homem rico disse= Ca#a0nos da Ddiva. 1 e#e res)onde(= Dais m(ito )o(co 6(ando dais o 6(e vos )ertence. S7 6(ando vos dais a v7s )r7)rios 8 6(e estais ver0 dadeiramente a dar.
Pois o 6(e s.o as vossas )ertenas sen.o a6(i#o 6(e g(ardais com medo de necessitar amanh.> 1 amanh.5 6(e trar o amanh. ao c.o )r(dente 6(e vai enterrando ossos na areia sem marcas en0 6(anto seg(e os )eregrinos at8 9 cidade santa> 1 o 6(e 8 o medo da necessidade sen.o a )r7)ria necessidade> N.o 8 o receio da sede 6(e sentis 6(ando o vosso )oo est cheio5 da sede insacive#> L a6(e#es 6(e d.o )o(co do m(ito 6(e t:m5 e fa0 %em0no )ara conseg(irem reconhecimento e o se( dese@o oc(#to torna as s(as ddivas sem va#or. 1 h a6(e#es 6(e5 tendo )o(co5 t(do d.o. 1sses s.o os 6(e acreditam na vida e na magnifi0 c:ncia da vida e o se( cofre n(nca est va%io. L a6(e#es 6(e d.o com a#egria5 e essa a#egria 8 a s(a recom)ensa. 1 h a6(e#es 6(e d.o com dor e essa dor 8 o se( ba)tismo. 1 h a6(e#es 6(e d.o e n.o conhecem a dor ao dar5 nem )roc(ram a#egria5 nem d.o )ara se sentirem virt(osos< d.o5 ta# como no va#e a m(rta e/a#a o se( )erf(me )ara o es)ao. 1 atrav8s das m.os desses 6(e De(s fa#a5 e )or de0 trs dos se(s o#hos 6(e 1#e sorri )ara a terra.
G bom dar 6(ando vos 8 )edido5 mas 8 me#hor dar se vos )edirem s7 atrav8s da com)reens.o< e )ara o 6(e tem as m.os abertas a b(sca da6(e#e 6(e vai receber 8 (ma a#egria maior do 6(e dar. 1 6(e )odereis conservar> "(do o 6(e )oss(?s ser (m dia dado. Por isso dai agora5 agora 6(e a 8)oca da ddiva )ode ser vossa e n.o dos vossos herdeiros. Di%eis m(itas ve%es K1( daria5 mas s7 a 6(em o merecesseK. As rvores do vosso )omar n.o di%em isso5 nem os rebanhos nas )astagens. 1#es d.o )ara )oder viver5 )ois n.o dar 8 )erecer. A6(e#e 6(e 8 merecedor das s(as noites e dos se(s dias 8 com certe%a merecedor de t(do. 1 a6(e#e 6(e merece( beber do oceano da vida merece encher a taa no vosso ribeiro. 1 6(e deserto maior haver do 6(e a6(e#e 6(e as0 senta na coragem e na confiana de receber> 1 6(em sois v7s )ara 6(e os homens se desn(dem e e/)onham o se( org(#ho5 )ara 6(e os )ossais ver n(s e com o org(#ho a descoberto> Certificai0vos )rimeiro de 6(e sois dignos de dar e de ser instr(mento da ddiva.
Pois5 na verdade5 8 a vida 6(e d 9 vida5 en6(anto v7s5 6(e vos considerais doadores5 n.o )assais de testem(nhas. 1 v7s5 os 6(e recebeis M e todos recebeis M n.o carreg(eis o fardo da gratid.o5 )ois estareis co#o0 cando (m @(go sobre v7s e sobre a6(e#e 6(e d. 1rg(ei0vos antes @(ntamente com o 6(e d5 sobre essas ddivas como se e#as fossem asas< )or6(e ter demasiada consci:ncia da vossa d?vida 8 d(vi0 dar da generosidade da6(e#e 6(e tem a terra de cora.o #ivre como m.e e De(s como )ai.
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Sobre a Comida e a !ebida 1 de)ois (m ve#ho Dono de (ma esta#agem5 disse= Ca#a0nos da Comida e da !ebida. 1 e#e res)onde(= Dever?eis viver da fragrDncia da terra5 e5 ta# como (ma )#anta5 s(stentar0vos com a #(%.
3as como tendes 6(e matar )ara comer5 e retirar o rec8m nascido do #eite da s(a m.e )ara a)#acar a vossa sede5 ent.o fa%ei disso (m ato de venera.o5 e fa%ei (m a#tar onde os )(ros e inocentes da f#o0 resta e da )#an?cie se@am sacrificados )ara a6(i#o 6(e 8 mais )(ro e ainda mais inocente no homem. B(ando matardes (m anima#5 di%ei0#he com todo o cora.o= M Pe#o mesmo )oder com 6(e te abato5 tamb8m e( so( abatido< e tamb8m e( serei cons(mido. Por6(e a #ei 6(e te entrego( nas minhas m.os me ir entregar a (ma m.o mais )oderosa. O te( sang(e 8 o me( sang(e mais n.o s.o do 6(e a seiva 6(e a#imenta a rvore do c8(. 1 6(ando esmagardes (ma ma. com os vossos dentes5 di%ei com todo o vosso cora.o= M As t(as sementes viver.o no me( cor)o5 e os bo0 tEes do te( amanh. f#orescer.o no me( cora.o5 e a t(a fragrDncia ser a minha res)ira.o5 e @(ntos nos rego%i@aremos em todas as estaEes. 1 no o(tono5 6(ando co#herdes as (vas das vossas vinhas5 di%ei com todo o cora.o= M "amb8m e( so( (ma vinha e o me( fr(to ser co#hido )ara o #agar5 e5 ta# como o vinho novo5 se0 rei conservado em @arros eternos. 1 no inverno5 6(ando )rovardes o vinho5 6(e ha@a no vosso cora.o (ma can.o )ara cada taa< e
6(e na can.o ha@a a recorda.o dos dias de o(to0 no5 da vinha e do #agar.
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Sobre o "raba#ho De)ois (m o)errio #he disse= Ca#a0nos do "raba0 #ho. 1 e#e res)onde(5 di%endo= *7s traba#hais )ara )oder manter a )a% com a ter0 ra e a a#ma da terra. Pois ser ocioso 8 tornar0se estranho 9s estaEes e ficar afastado da )rociss.o da vida 6(e marcha ma@estosamente e com org(#hosa s(bmiss.o em dire.o ao infinito. B(ando traba#hais sois (ma f#a(ta atrav8s da 6(a# o s(ss(rro das horas se transforma em mFsica. B(a# de v7s 6(ereria ser (ma cana m(da e si#enci0 osa5 6(ando t(do o resto canta em (n?ssono> Sem)re vos disseram 6(e o traba#ho 8 (ma ma#di0 .o e o #abor (m infortFnio.
3as e( digo0vos 6(e 6(ando traba#hais estais a )reencher (m dos sonhos mais im)ortantes da ter0 ra5 6(e vos foi destinado 6(ando esse sonho nas0 ce(5 e 6(ando vos #igais ao traba#ho estais verda0 deiramente a amar a vida5 e amar a vida atrav8s do traba#ho 8 ter intimidade com o segredo mais secreto da vida. 3as se na dor chamais ao nascimento (ma )rova0 .o e 9 man(ten.o da carne (ma ma#di.o grava0 da na vossa fronte5 ent.o vos digo 6(e nada5 e/ce0 to o s(or na vossa fronte5 a)agar a6(i#o 6(e est escrito. "amb8m vos foi dito 6(e a vida 8 esc(rid.o5 e no vosso cansao fa%eis0vos eco de t(do o 6(e os can0 sados vos disseram. 1 e( digo 6(e a vida 8 mesmo esc(rid.o e/ce)to 6(ando e/iste necessidade5 e toda a necessidade 8 cega e/ceto 6(ando e/iste sabedoria. 1 toda a sabedoria 8 v. e/ceto 6(ando e/iste tra0 ba#ho5 e todo o traba#ho 8 va%io e/ceto se ho(ver amor< e 6(ando traba#hais com amor estais a #igar0 vos a v7s mesmos5 e (ns aos o(tros5 e a De(s. 1 o 6(e 8 traba#har com amor> G tecer o )ano com fios arrancados do vosso cora0 .o5 como se os vossos bem amados fossem (sar esse )ano. G constr(ir (ma casa com afeto5 como se os vossos bem amados fossem viver nessa casa.
G semear sementes com tern(ra e fa%er a co#heita com a#egria5 como se os vossos bem amados fos0 sem comer a fr(ta. G dar a todas as coisas (m so)ro do vosso es)?rito5 e saber 6(e todos os abenoados def(ntos est.o 9 vossa vo#ta a observar0vos. 3(itas ve%es vos o(vi di%er5 como se estiv8sseis a fa#ar d(rante o sono5 KA6(e#e 6(e traba#ha o mr0 more e encontra na )edra a forma da s(a )r7)ria a#ma 8 mais nobre do 6(e a6(e#e 6(e traba#ha a terra. 1 a6(e#e 6(e agarra o arco0?ris )ara o co#ocar n(ma te#a 9 seme#hana do homem5 8 mais do 6(e a6(e#e 6(e fa% as sand#ias )ara os nossos )8s.K 3as e( digo5 n.o no sono5 mas no des)ertar5 6(e o vento n.o fa#a mais doc(mente com o carva#ho gi0 gante do 6(e com a mais ?nfima erva< e 8 grande a6(e#e 6(e5 so%inho5 transforma a vo% do vento n(ma can.o tornada doce )e#o se( amor. O traba#ho 8 o amor tornado vis?ve#. 1 se n.o sabeis traba#har com amor mas com desa0 grado5 8 me#hor dei/ardes o traba#ho e sentar0vos 9 )orta do tem)#o a )edir esmo#a 96(e#es 6(e tra0 ba#ham com a#egria. Pois se fi%erdes o ).o com indiferena5 estareis a fa%er (m ).o t.o amargo 6(e s7 saciar metade da fome.
1 se esmagardes as (vas de m vontade5 essa m vontade contaminar o vinho com veneno. 1 se cantardes como an@os mas n.o a)reciardes os cDnticos5 estareis a ens(rdecedor os o(vidos do homem 9s vo%es do dia e 9s vo%es da noite.
HAH Do livro O Profeta& de Gibran Khalil Gibran (sem indica !o de trad"tor) #r$ditos% htt)=IIJJJ.c#(be0 )ositivo.comIbib#iotecaI)dfI)rofeta.)df
Sobre a A#egria e a "riste%a 1 de)ois (ma m(#her disse= Ca#a0nos da A#egria e da "riste%a. 1 e#e res)onde(= A vossa a#egria 8 a vossa triste%a mascarada. 1 o mesmo )oo de onde sai o vosso riso esteve m(itas ve%es cheio de #grimas. 1 como )oder ser de o(tra maneira> B(anto mais f(ndo a triste%a entrar no vosso ser5 maior 8 a a#egria 6(e )odereis conter.
A taa 6(e cont8m o vosso vinho n.o 8 a mesma 6(e foi feita no forno do o#eiro> 1 a #ira 6(e vos a)anig(a o es)?rito n.o 8 da mes0 ma madeira com 6(e foram esc(#)idas as facas> B(ando estiverdes a#egres5 o#hai bem dentro do vosso cora.o e descobrireis 6(e s7 a6(e#e 6(e vos de( triste%as vos d tamb8m a#egrias. B(ando estiverdes tristes5 o#hai novamente )ara dentro do vosso cora.o e vereis 6(e na verdade estais a chorar )or a6(i#o 6(e foi a vossa a#egria. A#g(ns de v7s di%eis5 KA a#egria 8 maior 6(e a tris0 te%aK e o(tros dir.o KN.o5 a triste%a 8 maiorK. 3as e( vos digo 6(e s.o inse)arveis. N(ntas v:m5 e5 6(ando (ma se senta @(nto de v7s #embrai0vos 6(e a o(tra est a dormir na vossa cama. Na verdade5 estais s(s)ensos como ba#anas entre a vossa triste%a e a vossa a#egria. S7 6(ando vos esva%iais ficais em e6(i#?brio e im70 veis. B(ando o g(ardador de teso(ros vos erg(er )ara )esar o se( o(ro e a s(a )rata5 nem a vossa a#egria nem a vossa triste%a se devem a#terar.
HAH
Do livro O Profeta& de Gibran Khalil Gibran (sem indica !o de trad"tor) #r$ditos% htt)=IIJJJ.c#(be0 )ositivo.comIbib#iotecaI)dfI)rofeta.)df
Sobre as Casas 1 de)ois (m )edreiro a)ro/imo(0se e disse= Ca#a0 nos das Casas. 1 e#e res)onde(5 di%endo= Na vossa imagina.o constr(? (m abrigo na f#ores0 ta antes de constr(irdes (ma casa dentro das m(0 ra#has da cidade. Pois assim como tendes vontade de regressar ao cre)Fsc(#o5 tamb8m o errante 6(e e/iste em v7s5 sem)re distante e so#itrio o tem. A vossa casa 8 o vosso cor)o em )onto grande. Cresce ao so# e dorme na 6(iet(de da noite< e tem sonhos. A vossa casa n.o sonha> 1 ao sonhar n.o dei/a a cidade e vai )ara os bos0 6(es e co#inas> P(desse e( @(ntar as vossas casas na minha m.o e es)a#h0#as )e#as f#orestas e )e#os )rados.
Os va#es seriam as vossas r(as5 e os caminhos ver0 des as vossas avenidas5 e )roc(rar?eis (ns )e#os o(tros nas vinhas e trar?eis nas vossas ro()as a fragrDncia da terra. 3as ainda n.o chego( o momento dessas coisas acontecerem. Os vossos ante)assados5 com receio5 fi%eram0vos )ermanecer @(ntos. 1 esse receio )erd(rar mais a#g(m tem)o. 3ais a#g(m tem)o e as m(ra#has da vossa cidade se)arar.o os vossos #ares dos vossos cam)os. 1 di%ei0me5 )ovo de Orfa#8s5 6(e tendes v7s nessas casas> B(e g(ardais v7s a sete chaves> "endes )a%5 a ca#ma necessidade 6(e reve#a o vos0 so )oder> "endes recordaEes nas ab7badas 6(e assentam nos c(mes do es)?rito> "endes a be#e%a 6(e cond(% o cora.o das coisas mode#adas em madeira e )edra 9 montanha sagra0 da> Di%ei0me5 tendes isto nas vossas casas> O( s7 tendes conforto e o dese@o do conforto5 essa coisa 6(e entra na vossa casa como h7s)ede e
#ogo se transforma em dono e de)ois se a)ossa de t(do> Ah5 e se transforma em domador5 e com o chicote fa% dos vossos maiores dese@os meras marionetes. 1mbora as s(as m.os se@am de seda5 o se( cora0 .o 8 de ferro. 1mba#a0vos at8 adormecerdes )ara ficar @(nto 9 vossa cama e escarnecer da dignidade da carne. 1 troa dos sentidos sensatos e torna0os frgeis navios. Na verdade5 o dese@o do conforto mata a )ai/.o da a#ma e de)ois acom)anha5 sorrindo5 o se( f(nera#. 3as v7s5 fi#hos do es)ao 6(e re)o(sais na in6(ie0 t(de5 n.o vos dei/areis a)anhar nesta ratoeira nem vos dei/areis domar. A vossa casa n.o ser (ma ancora mas (m mastro. N.o ser (ma t:n(e )e#?c(#a 6(e ta)a (ma ferida5 mas (ma )estana 6(e g(arda o o#ho. N.o enco#hereis as vossas asas )ara )assardes )e0 #as )ortas5 nem c(rvareis as vossas cabeas )ara 6(e n.o batam no teto5 nem receareis res)irar com medo 6(e as )aredes se desmoronem. N.o vivereis em tFm(#os feitos )e#os mortos )ara os vivos.
15 embora magnificente e res)#endorosa5 a vossa casa n.o reter o vosso segredo nem abrigar a vossa as)ira.o. Pois a6(i#o 6(e 8 i#imitado em v7s habita a mans.o do c8(5 c(@a )orta 8 a neb#ina matina# e c(@as @ane0 #as s.o os cDnticos e os si#:ncios da noite.
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Sobre as 'o()as 1 o tece#.o disse= Ca#a0nos das 'o()as. 1 e#e res)onde(= As vossas ro()as oc(#tam m(ita da vossa be#e%a5 no entanto n.o oc(#tam a fea#dade. 1 embora )roc(reis no vest(rio a #iberdade da )rivacidade5 )odereis encontrar ne#e gri#hetas. P(desseis v7s enfrentar o so# e o vento com mais )e#e e menos vest(rio. Pois o so)ro da vida est na #(% do so# e a m.o da vida5 no vento.
A#g(ns de v7s di%eis5 KCoi o vento do norte 6(e te0 ce( as ro()as 6(e vestimos.K 1 e( digo5 ah5 sim5 foi o vento do norte5 mas a ver0 gonha era o se( of?cio e o amo#ecimento dos ten0 dEes o se( tear. 1 de)ois de acabar o se( traba#ho foi0se rir )ara a f#oresta. N.o es6(eais 6(e a mod8stia 8 (m esc(do contra o o#ho do im)(ro. 1 6(ando o im)(ro dei/ar de o ser5 6(e ser a mo0 d8stia sen.o (m entrave do es)?rito> 1 n.o vos es6(eais 6(e a terra adora sentir os vossos )8s n(s5 e os ventos anseiam )or brincar com os vossos cabe#os.
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Sobre as Com)ras e *endas 1 (m mercador disse= Ca#a0nos das Com)ras e das *endas.
1 e#e res)onde(5 di%endo= Para v7s a terra concede os fr(tos e v7s n.o os aceitareis a menos 6(e saibais como encher as m.os. G na troca das ddivas da terra 6(e encontrareis a ab(ndDncia e ficareis saciados. No entanto5 a menos 6(e a troca se@a feita com amor e @(stia5 s7 trar ganDncia a a#g(ns e sofre0 g(id.o a o(tros. 1 v7s5 traba#hadores do mar e cam)os e vinhas5 6(ando no mercado encontrardes os tece#Ees5 os o#eiros e os mercadores de es)eciarias5 invocai en0 t.o o es)?rito s()erior da terra5 )ara 6(e venha )ara o meio de v7s e abenoe as ba#anas e as me0 didas 6(e ava#iam va#or contra va#or. 1 n.o admitais 6(e os de m.os est8reis )artici)em nas vossas transaEes5 )ois e#es trocariam as s(as )a#avras )e#o vosso traba#ho. A tais homens deveis di%er= K*inde conosco aos cam)os5 o( ide com os nossos irm.os )ara o mar e atirai as vossas redes< )ois a terra e o mar ser.o t.o generosos )ara v7s como t:m sido )ara n7s.K 1 se a)arecerem os danarinos e cantores e toca0 dores de f#a(ta5 aceitai tamb8m as s(as ofertas. Pois tamb8m e#es reco#hem fr(tos e incensos5 e a6(i#o 6(e tra%em5 embora disfarado de sonhos5 8 a#imento )ara a vossa a#ma.
1 antes de sairdes do mercado certificai0vos de 6(e ning(8m sai( de m.os va%ias. Pois o es)?rito s()erior da terra n.o dormir em )a% ao vento en6(anto n.o forem satisfeitas as necessidades dos mais )e6(enas de v7s.
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Sobre o Crime e o Castigo 1nt.o5 (m dos @(?%es da cidade avano( e disse= Ca#a0nos do Crime e do Castigo. 1 e#e res)onde(5 di%endo< G 6(ando o vosso es)?rito vag(eia )e#o vento 6(e v7s5 so#itrios e indefesos5 fa%eis ma# aos o(tros e tamb8m a v7s mesmos. 1 )e#o ma# 6(e fa%eis devereis bater 9 )orta dos abenoados e es)erar. O vosso e( interior 8 como o oceano< )ermanece )ara sem)re imac(#ado. 15 ta# como o et8reo5 s7 erg(e os seres a#ados.
O vosso e( interior 8 como o so#< n.o conhece os esconderi@os da to()eira nem )roc(ra as tocas da ser)ente. 3as o vosso e( interior n.o habita so%inho dentro de v7s. 3(ito em v7s ainda 8 h(mano5 e m(ito n.o o 8. 3as (m )igme( disforme 6(e caminha sonDmb(#o no nevoeiro 9 )roc(ra do se( )r7)rio des)ertar. 1 8 do homem em v7s 6(e agora irei fa#ar. Pois 8 e#e e n.o o vosso e( interior5 nem o )igme( no nevoeiro 6(e conhece o crime e o castigo do crime. 3(itas ve%es vos o(vi fa#ar da6(e#e 6(e comete (m crime como se n.o fosse (m de v7s mas (m in0 tr(so no vosso m(ndo. 3as digo0vos 6(e5 ta# como os santos e os @(stos n.o se )odem erg(er mais a#to do 6(e o mais a#to 6(e e/iste em cada (m de v7s5 tamb8m os ma(s e os fracos n.o )odem cair mais bai/o do 6(e o mais bai/o 6(e e/iste em v7s. 1 ta# como (ma sim)#es fo#ha s7 amare#ece em con@(nto com toda a rvore5 tamb8m a6(e#e 6(e comete (m crime n.o o )ode fa%er sem a an(:ncia secreta de todos v7s. Como n(ma )rociss.o5 caminhais @(ntos em dire0 .o ao vosso e( interior.
*7s sois o caminho e o caminhante e 6(ando (m de v7s cai5 cai )or a6(e#es 6(e v:m atrs5 )ara os avisar da )edra 6(e encontraram no caminho. 1 cai )or a6(e#es 6(e v.o 9 s(a frente5 6(e5 embo0 ra mais r)idos e seg(ros5 n.o est.o #ivres de tro0 )earem na mesma )edra. 1 notai 6(e5 embora a )a#avra vos )ese no cora0 .o= O assassinado n.o est isento de res)onsabi#idade )e#o se( )r7)rio assass?nio5 e o ro(bado n.o est isento de c(#)as )or t:0#o sido. O @(sto n.o est inocente dos feitos do ma#vado5 e o 6(e tem as m.os #im)as n.o est #im)o dos atos do c(#)ado. Sim5 o c(#)ado 8 )or ve%es v?tima do ofendido. 1 ainda mais ve%es 8 o )ortador do fardo dos ino0 centes e retos. N.o )odeis se)arar o @(sto do in@(sto e o bom do ma(< )ois e#es andam @(ntos ante a #(% do so#5 ta# como @(ntos s.o tecidos os fios brancos e negros. 1 6(ando o fio negro 6(ebra5 o tece#.o e/amina todo o tecido e tamb8m todo o tear. Se a#g(m de v7s tro(/er a @(#gamento a m(#her in0 fie#5 6(e tamb8m )ese o cora.o do marido e mea a s(a a#ma.
1 6(e a6(e#e 6(e 6(iser f#age#ar o ofensor o#he )ara o es)?rito do ofendido. 1 se a#g(m d v7s )(nir em nome do 6(e 8 @(sto e cortar com o machado a rvore do ma#5 dei/e en0 t.o 6(e se ve@am as ra?%es< e encontrar as ra?%es do bom e do ma(5 do 6(e d fr(tos e do 6(e n.o d5 entre#aadas no cora.o si#encioso da terra. 1 v7s5 @(?%es5 6(e 6(ereis ser @(stos5 6(e condena0 .o ireis dar 96(e#e 6(e5 embora honesto de cor)o5 8 (m #adr.o de es)?rito> B(e castigo ireis dar 96(e#e 6(e f#age#a a carne e tamb8m f#age#a o es)?rito> Como )rocedereis com a6(e#e 6(e nos se(s atos 8 fa#so e o)ressor5 mas 6(e5 no entanto5 8 tamb8m enganado e o)rimido> 1 como ireis )(nir a6(e#es c(@os remorsos s.o maiores do 6(e os crimes 6(e cometeram> N.o ser o remorso a @(stia 6(e 8 administrada )e#a )r7)ria #ei 6(e 6(ereis servir> No entanto5 n.o )odereis im)or o remorso ao ino0 cente5 nem arranc0#o do cora.o do c(#)ado. S(bitamente5 9 noite5 e#e convocar os homens )ara 6(e o#hem )ara si )r7)rios. 1 v7s5 6(e deveis entender a @(stia5 como o )ode0 reis fa%er a menos 6(e o#heis )ara os factos 9 )#e0 na #(%>
S7 assim sabereis 6(e o ereto e o ca?do s.o (m Fnico homem no cre)Fsc(#o entre a noite da s(a )e6(ene% e o dia da s(a es)irit(a#idade5 e 6(e a )edra m.e do tem)#o n.o 8 mais a#ta 6(e a mais f(nda )edra dos se(s a#icerces.
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Sobre os ,eis 1nt.o (m homem de #eis disse= 1 as nossas ,eis5 3estre> 1 e#e res)onde(= De#eitais0vos a fa%er as #eis5 no entanto5 mais vos de#eitais em desres)eit0#as. Como crianas brincando @(nto ao oceano5 a cons0 tr(ir caste#os de areia com )ersist:ncia )ara #ogo os destr(?rem a#egremente. 3as en6(anto constr(?s os vossos caste#os de areia o oceano tra% mais areia )ara a costa5 e5 6(ando v7s os destr(?s5 o oceano ri0se convosco.
Na verdade o oceano ri0se sem)re com os inocen0 tes. 3as 6(e di%er da6(e#es )ara 6(em a vida n.o 8 (m oceano5 e as #eis feitas )e#o homem n.o s.o caste0 #os de areia5 mas )ara 6(em a vida 8 (ma rocha5 e a #ei (m cin%e# 6(e serve )ara a mo#darem 9 s(a seme#hana> B(e di%er do a#ei@ado 6(e detesta danarinos> B(e di%er do boi 6(e gosta do @(go e condena o cisne e o gamo da f#oresta )or serem seres erran0 tes e vagab(ndos> B(e di%er da ve#ha ser)ente 6(e n.o conseg(e des)ir0se da s(a )e#e e ac(sa os o(tros de estarem n(s e n.o terem )(dor> 1 da6(e#e 6(e a)arece cedo na festa do casamen0 to5 e 6(e5 de)ois de bem a#imentado e @ cansado5 se vai embora di%endo 6(e todas as comemora0 Ees s.o vio#a.o e os )artici)antes vio#adores de #eis> B(e )oderei di%er desses a n.o ser 6(e tamb8m e#es est.o e/)ostos 9 #(%5 mas de costas viradas )ara o so#> S7 conseg(em ver as s(as sombras5 e as s(as som0 bras s.o as s(as #eis. 1 6(e 8 o so# )ara e#es sen.o (m con@(nto de som0 bras>
1 o 6(e significa reconhecer as #eis sen.o c(r0 var0se e traar as s(as sombras na terra> 3as v7s5 6(e caminhais enfrentando o so#5 6(e imagens da terra )odereis reter> *7s5 6(e via@ais com o vento5 6(e catavento )ode0 r orientar o vosso r(mo> B(e #ei do homem vos )render se 6(ebrais o vos0 so @(go #onge da )orta da )ris.o> B(e #eis receareis se danardes mas tro)eardes em gri#hetas ine/istentes> 1 6(em vos )oder @(#gar se des)edaardes as vossas ro()as sem todavia as dei/ardes no cami0 nho de nenh(m homem> Povo de Orfa#8s5 )odereis abafar o tambor e a#ar0 gar as cordas da #ira5 mas 6(em )oder im)edir a cotovia de cantar>
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Sobre a ,iberdade 1 (m orador disse= Ca#a0nos da ,iberdade. 1 e#e res)onde(= Os )ortas da cidade e @(nto 9 #areira @ vos vi )ros0 trados a venerarem a vossa )r7)ria #iberdade. "a# como os escravos se c(rvam )erante (m tirano e o #o(vam en6(anto e#e os aoita. Ah5 no bos6(e do tem)#o e 9 sombra da cidade#a @ vi os mais #ivres de entre v7s (sarem a #iberdade como gri#hetas. 1 o me( cora.o sangro( )or dentro< )ois s7 se )ode ser #ivre 6(ando o dese@o de encontrar a #i0 berdade se tornar a vossa torta e 6(ando dei/ar0 des de fa#ar de #iberdade como ob@etivo e )#enit(0 de. Sereis verdadeiramente #ivres n.o 6(ando os vos0 sos dias n.o tiverem (ma )reoc()a.o nem as vossas noites necessidades o( mgoas. 3as 6(ando estas coisas rodearem a vossa vida e v7s vos ergais acima de#as5 des)idos e #ibertos. 1 como vos )odereis erg(er )ara # dos dias e das noites a menos 6(e 6(ebreis as cadeias 6(e5 na a(rora do vosso conhecimento5 a)ertastes 9 vo#ta do entardecer> Na verdade5 a6(i#o a 6(e chamais #iberdade 8 a mais forte dessas cadeias5 embora os se(s aros bri#hem 9 #(% do so# e vos of(s6(em a vista.
1 o 6(e 8 isso sen.o fragmentos do vosso )r7)rio ser de 6(e vos #ibertareis )ara vos tornardes #i0 vres> Se se trata a)enas de (ma #ei in@(sta 6(e ireis abo0 #ir5 essa #ei foi escrita com a vossa m.o a)oiada na vossa fronte. N.o )odereis a)ag0#a 6(eimando os #ivros das #eis5 o( #avando as frontes dos vossos @(?%es5 em0 bora des)e@eis o mar sobre e#es. 1 se 8 (m d8s)ota 6(e ireis destronar5 certifi0 cai0vos )rimeiro de 6(e o trono erigido dentro de v7s tamb8m 8 destr(?do. Pois como )ode (m tirano mandar sobre os #ivres e os org(#hosos5 sen.o e/ercendo a tirania sobre a #iberdade de#es e s(focando0#hes o org(#ho> 1 se se trata de (ma )reoc()a.o 6(e 6(ereis fa0 %er desa)arecer5 essa )reoc()a.o foi esco#hida )or v7s e n.o im)osta. 1 se 8 (m receio 6(e 6(ereis afastar5 a origem des0 se receio reside no vosso cora.o e n.o na m.o da6(e#e 6(e receais. Na verdade5 todas as coisas se movem dentro do vosso )r7)rio ser em constante meia (ni.o5 o de0 se@ado e o receado5 o re)(gnante e o atraente5 o )erseg(ido e o de 6(em 6(ereis esca)ar. 1stas coisas movem0se dentro de v7s como #(%es e sombras5 aos )ares5 agarradas.
1 6(ando a sombra se desvanece e dei/a de ser5 a #(% 6(e resta torna0se sombra )ara (ma nova #(%. Por isso5 a vossa #iberdade 6(ando )erde as cadei0 as torna0se e#a )r7)ria (ma cadeia de maior #iber0 dade.
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Sobre a 'a%.o e a Pai/.o 1 a sacerdoti%a vo#to( a fa#ar e disse= Ca#a0nos da 'a%.o e da Pai/.o. 1 e#e res)onde(5 di%endo= A vossa a#ma 8 m(itas ve%es (m cam)o de bata#ha5 em 6(e a vossa ra%.o e o vosso @(#gamento est.o em g(erra contra a vossa )ai/.o e o vosso a)etite. P(desse e( ser o )acificador da vossa a#ma e transformaria a disc7rdia e a riva#idade dos vossos e#ementos n(ma (ni.o e me#odia.
3as como o )oderia fa%er5 a menos 6(e v7s tam0 b8m fosseis )acificadores5 amantes de todos os vossos e#ementos> A vossa ra%.o e a vossa )ai/.o s.o o #eme e as ve0 #as da vossa a#ma navegante. Se (m de v7s navegar e as ve#as se )artirem5 s7 )odereis andar 9 deriva o( ficar im7veis no meio do mar. Pois a ra%.o5 s7 )or si5 8 (ma fora confinante< e a )ai/.o5 n.o contro#ada5 8 (ma chama 6(e arde )rovocando a s(a )r7)ria destr(i.o. Por isso dei/ai a vossa a#ma e/a#ar a vossa ra%.o at8 ao a(ge da )ai/.o5 deforma a )oder cantar< e dei/ai 6(e e#a oriente a vossa )ai/.o com ra%.o5 de forma a 6(e a vossa )ai/.o )ossa viver atrav8s da s(a ress(rrei.o diria5 e5 6(a# f:ni/5 renascer das )r7)rias cin%as. 1( com)aro o vosso @(#gamento e o vosso a)etite com dois h7s)edes 6(eridos 6(e recebeis na vossa casa. Com certe%a n.o ir?eis favorecer (m mais 6(e o o(tro< )ois a6(e#e 6(e o fi%er )erder o amor e a confiana dos dois. 1ntre as co#inas5 6(ando vos sentais 9 sombra fresca dos brancos #amos5 desfr(tando da )a% e serenidade dos cam)os e )rados distantes dei/ai o vosso cora.o di%er si#enciosamente5 KDe(s re)o(0 sa na ra%.oK.
1 6(ando vier a tem)estade5 e o vento forte asso0 #ar a f#oresta5 e a trovoada e os re#Dm)agos )roc#a0 marem a ma@estade do c8(5 dei/ai 6(e o vosso co0 ra.o diga KDe(s se move na )ai/.oK. 1 (ma ve% 6(e sois (m so)ro na esfera de De(s e (ma fo#ha na f#oresta de De(s5 tamb8m v7s dev?eis re)o(sar na ra%.o e mover0vos na )ai/.o.
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Sobre a Dor 1 (ma m(#her fa#o( e disse= Ca#a0nos da Dor. 1 e#e res)onde(= A vossa dor 8 o 6(ebrar da concha 6(e envo#ve a vossa com)reens.o. Assim como o caroo da fr(ta tem de fender0se )ara 6(e o se( cora.o fi6(e e/)osto ao so#5 tam0 b8m v7s deveis conhecer a dor. 1 se conseg(isseis maravi#har0vos com os mi#agres dirios da vossa vida5 a vossa dor n.o vos )arece0 ria menos intensa do 6(e a vossa a#egria< e aceita0
r?eis as estaEes do vosso cora.o5 ta# como haveis aceite as estaEes 6(e )assam sobre o vossos cam)os. 1 )assar?eis com serenidade os invernos das vos0 sas mgoas. 3(ita da vossa dor 8 esco#hida )or v7s. G a )o.o amarga com a 6(a# o m8dico dentro de v7s c(ra o vosso interior doente. Por isso confiai no m8dico e bebei o se( rem8dio em si#:ncio e tran6(i#idade= Pois a s(a m.o5 embora d(ra e )esada5 8 g(iada )e#a m.o terna do Pnvis?ve#5 e o c#ice 6(e e#e vos d5 embora )ossa 6(eimar os vossos #bios5 foi fei0 to com o gesso 6(e o O#eiro (medece( com as S(as #grimas sagradas.
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1 e#e res)onde(5 di%endo= Os vossos coraEes conhecem em si#:ncio os se0 gredos dos dias e das noites. 3as os vossos o(vidos anseiam )e#o som do co0 nhecimento do vosso cora.o. *7s sabeis )or )a#avras a6(i#o 6(e sem)re so(bes0 tes em )ensamento. "ocais com a )onta dos dedos o cor)o n( dos vos0 sos sonhos. 1 ainda bem 6(e assim 8. A nascente oc(#ta da vossa a#ma deve erg(er0se e correr a m(rm(rar )ara o mar5 e o teso(ro das vossas )rof(nde%as infinitas ser reve#ado )erante os vossos o#hos. 3as 6(e n.o ha@a medidas )ara )esar o vosso te0 so(ro desconhecido< e n.o )roc(reis as )rof(nde0 %as do vosso conhecimento com #imites. Pois o ser em si n.o tem #imites nem medidas. N.o digais K1ncontrei a verdadeK5 mas antes K1n0 contrei (ma verdade.K N.o digais K1ncontrei o caminho )ara a a#maK5 mas antes K1ncontrei a a#ma a seg(ir o me( caminhoQQ. Pois a a#ma )ercorre todos os caminhos.
A a#ma n.o )ercorre (ma #inha5 nem cresce como (m canio. A a#ma desvenda0se a si )r7)ria como (m #7t(s de incontveis )8ta#as.
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Sobre o 1nsino De)ois (m )rofessor disse= Ca#a0nos do 1nsino. 1 e#e res)onde(= Ning(8m vos )oder reve#ar nada 6(e @ n.o este0 @a meio adormecido na a(rora do vosso conheci0 mento. O )rofessor 6(e caminha na sombra do tem)#o5 entre os se(s disc?)(#os5 n.o d a s(a sabedoria mas antes a s(a f8 e amor. Se for rea#mente sbio5 n.o vos convida a entrar na casa da s(a sabedoria5 mas antes vos cond(% ao #imiar do vosso )r7)rio es)?rito.
O astr;nomo )ode fa#ar0vos do se( entendimento do es)ao5 mas n.o vos )ode dar o se( entendi0 mento. O mFsico )ode cantar0vos o ritmo do es)ao5 mas n.o vos )ode dar o o(vido 6(e fa% )arar o ritmo5 o( a vo% 6(e de#e fa% eco. 1 a6(e#e 6(e 8 versado na ci:ncia dos nFmeros5 )ode fa#ar0vos de )esos e medidas5 mas n.o )ode #evar0vos at8 #. Pois a vis.o de (m homem n.o em)resta as s(as asas a o(tro homem. 15 mesmo 6(e cada (m de v7s este@a so%inho no conhecimento de De(s5 tamb8m cada (m de v7s deve estar so%inho no se( conhecimento de De(s e na s(a com)reens.o da "erra.
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1 e#e res)onde(5 di%endo= O vosso amigo 8 a res)osta 9s vossas necessida0 des. 1#e 8 o cam)o 6(e c(#tivais com amor e co#heis com gratid.o. 1 8 o vosso a)oio e o vosso abrigo. Pois ides at8 e#e com fome e )roc(rai0o )ara ter0 des )a%. B(ando o vosso amigo fa#a #ivremente5 v7s n.o re0 ceais o Kn.oK5 nem retendes o K n.oK. 1 6(ando e#e est ca#ado o vosso cora.o n.o dei0 /a de o(vir o cora.o de#e< )ois na ami%ade5 todos os )ensamentos5 todos os dese@os5 todas as es)e0 ranas nascem e s.o )arti#hadas sem )a#avras5 com a#egria. B(ando vos se)arais de (m amigo n.o fi6(eis em dor5 )ois a6(i#o 6(e mais amais ne#e tornar0se0 mais c#aro com a s(a a(s:ncia5 ta# como a monta0 nha5 )ara 6(em a esca#a5 8 mais n?tida vista da )#an?cie. 1 n.o dei/eis 6(e ha@a o(tro )ro)7sito na ami%ade 6(e n.o o a)rof(ndamento do es)?rito. Pois o amor 6(e s7 )roc(ra a reve#a.o do se( )r70 )rio mist8rio5 n.o 8 amor mas (ma rede #anada 6(e s7 a)anha o 6(e n.o 8 essencia#. 1 dei/ai 6(e o 6(e de me#hor h em v7s se@a )ara o vosso amigo.
N 6(e e#e tem de conhecer o ref#(/o da vossa mar85 6(e conhea tamb8m o se( f#(/o. Pois )ara 6(e serve o vosso amigo se s7 o )roc(0 rais )ara matar o tem)o> Proc(rai0o tamb8m )ara viver. Pois e#e vos )reencher os dese@os5 mas n.o o va0 %io. 1 na do(ra da ami%ade 6(e ha@a a#egria e a )arti0 #ha de )ra%eres. Pois 8 nas )e6(enas coisas 6(e o cora.o encontra a fresc(ra da s(a manh..
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Sobre a Conversa 1nt.o (m er(dito disse= Ca#a0nos da Conversa. 1 e#e res)onde(5 di%endo=
*7s fa#ais 6(ando dei/ais de estar em )a% com os vossos )ensamentos5 e 6(ando @ n.o conseg(is #i0 dar com a so#id.o do vosso cora.o5 viveis com os #bios e o som 8 (ma divers.o e (m )assatem)o. 15 em m(ita da vossa conversa5 o )ensamento fica amordaado. Pois o )ensamento 8 (m )ssaro do es)ao 6(e n(ma gaio#a de )a#avras )ode abrir as asas mas n.o )ode voar. L m(itos de entre v7s 6(e )roc(rais a conversa com medo de estardes so%inhos. O si#:ncio da so#id.o reve#a aos vossos o#hos os vossos e(s des)idos e e#es 6(erem esca)ar. 1 h a6(e#es 6(e fa#am5 e sem conhecimento o( )remedita.o reve#am (ma verdade 6(e nem e#es )r7)rios entendem. 1 h a6(e#es 6(e t:m a verdade dentro de si5 mas n.o a di%em )or )a#avras. 1 8 no seio destes 6(e o es)?rito habita em si#:ncio r?tmico. B(ando encontrais o vosso amigo na r(a o( no mercado5 dei/ai 6(e o vosso es)?rito cond(%a os vossos #bios e diri@a a vossa #?ng(a. Dei/ai 6(e a vo% dentro da vossa vo% fa#e ao o(vi0 do do se( o(vido5 )ois a s(a a#ma g(ardar a ver0 dade do vosso cora.o ta# como se g(arda o sabor do vinho.
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Sobre o "em)o 1 (m astr;nomo disse= Ca#a0nos do "em)o. 1 e#e res)onde(= Se de)endesse de v7s medir?eis o imed?ve# e o in0 comens(rve#. A@(star?eis a vossa cond(ta e at8 dirigir?eis o r(mo do vosso es)?rito de acordo com as horas e as es0 taEes. Do tem)o far?eis (m ribeiro em c(@a margem vos sentar?eis a v:0#o f#(ir. No entanto5 o intem)ora# em v7s est consciente do intem)ora# da vida5 e sabe 6(e o ontem n.o 8 sen.o a mem7ria do ho@e5 e o amanh. 8 o sonho de ho@e.
1 a6(e#e 6(e dentro de v7s canta e contem)#a5 ha0 bita ainda dentro dos #imites da6(e#e )rimeiro mo0 mento 6(e es)a#ho( as estre#as no firmamento. B(em5 dentre v7s5 n.o sente 6(e a s(a ca)acidade )ara amar 8 i#imitada> 15 no entanto5 tamb8m sente 6(e esse mesmo amor5 embora i#imitado5 est confinado no Dmago do se( ser5 n.o se movendo de )ensamento amo0 roso )ara )ensamento amoroso5 nem de atos de amor )ara atos de amor. 1 n.o ser o tem)o5 ta# como o amor5 indivis?ve# e im7ve#> 3as se em )ensamento 6(iserdes medir o tem)o em estaEes5 dei/ai 6(e cada esta.o abrace todas as o(tras. 1 dei/ai 6(e o ho@e abrace o )assado com sa(dade e o f(t(ro com ansiedade.
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Sobre o !em e o 3a# 1 (m dos anci.os da cidade disse= Ca#a0nos do !em e do 3a#. 1 e#e res)onde(= Do bem 6(e e/iste em v7s )osso fa#ar5 mas n.o do ma#. Pois 6(e 8 o ma# se n.o o bem tort(rado )e#a s(a )r7)ria fome e sede> Na verdade5 6(ando o bem est esfomeado )roc(0 ra a#imento at8 nas cavernas mais esc(ras5 e 6(an0 do tem sede bebe at8 de g(as )aradas. *7s sois bons 6(ando sois (nos dentro de v7s. No entanto5 6(ando n.o sois (nos dentro de v7s5 n.o sois ma(s. Pois (ma casa dividida n.o 8 (m t(gFrio de #a0 drEes5 8 s7 (ma casa dividida. 1 (m navio sem #eme )ode vag(ear sem destino )or entre i#has )erigosas5 e no entanto n.o se af(ndar. *7s sois bons 6(ando vos tentais dar. No entanto5 n.o sois ma(s 6(ando )roc(rais )ro0 veito. Pois 6(ando )roc(rais )roveito n.o )assais de (ma rai% 6(e se agarra 9 terra e #he s(ga o seio.
Com certe%a 6(e a fr(ta n.o )ode di%er 9 rai%= KS: como e(5 mad(ra e cheia e sem)re ab(ndan0 te.K Pois )ara a fr(ta5 dar 8 (ma necessidade5 ta# como receber 8 (ma necessidade )ara a rai%. *7s sois bons 6(ando estais com)#etamente des0 )ertos. No entanto5 n.o sois ma(s 6(ando dormis en6(an0 to a vossa #?ng(a m(rm(ra sem sentido. 1 at8 (m disc(rso sem sentido )ode forta#ecer (ma #?ng(a fraca. *7s sois bons 6(ando erg(eis firmemente o vosso ob@etivo com )assos o(sados. No entanto5 n.o sois ma(s 6(ando caminhais com hesita.o. At8 a6(e#es 6(e caminham com hesita.o n.o an0 dam )ara trs. 3as v7s 6(e sois fortes e determinados5 evitai he0 sitar ante os indecisos5 nem 6(e se@a )or bondade. *7s sois bons de inFmeras formas e n.o sois ma(s 6(ando n.o sois bons. Sois a)enas vagab(ndos e ociosos. G )ena 6(e o veado n.o )ossa ensinar a ra)ide% 9 tartar(ga.
3as o vosso dese@o )e#o vosso e( gigante reside na vossa bondade= e essa bondade est no todo de v7s. 3as em a#g(ns de v7s esse dese@o 8 (ma corrente 6(e se dirige )ara o mar5 #evando os segredos das encostas e as canEes da f#oresta. 1 no(tros 8 (m ribeiro sereno 6(e se )erde nos Dn0 g(#os e nas c(rvas antes de chegar 9 costa. 3as 6(e a6(e#e 6(e dese@a m(ito n.o diga 96(e#e 6(e dese@a )o(co K)or 6(e ra%.o 8s #ento e ocioso>K Pois a6(e#e 6(e 8 verdadeiramente bom n.o )er0 g(nta ao n( Konde est a t(a ro()a>K5 nem ao sem abrigo Ko 6(e acontece( 9 t(a casa>R
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Sobre a Ora.o De)ois (ma sacerdotisa disse= Ca#a0nos da Ora.o. 1 e#e res)onde(5 di%endo=
*7s orais na af#i.o e na necessidade< tamb8m de0 vieis orar na a#egria e nos tem)os de ab(ndDncia. Pois o 6(e 8 a ora.o sen.o a e/)ans.o de v7s no ar vivo> 1 se vos d conso#o #argar vossa esc(rid.o no es0 )ao5 tamb8m vos deve dar fe#icidade #anar o vos0 so cora.o 9 a(rora. 1 se s7 conseg(irdes chorar 6(ando a vossa a#ma vos chamar 9 ora.o5 e#a vos estim(#ar at8 6(e5 ainda a chorar5 vos comeceis a rir. B(ando re%ais encontrais no ar a6(e#es 6(e re%am 9 mesma hora e 6(e5 se n.o fosse na ora.o5 n(n0 ca encontrar?eis. Por isso dei/ai 6(e a vossa visita a esse tem)#o in0 vis?ve# n.o se@a sen.o )ara o :/tase e doce com(0 nh.o. Pois n.o deveis entrar no tem)#o com o(tro ob@eti0 vo 6(e n.o se@a o de )edir a6(i#o 6(e n.o recebe0 reis= 1 se # entrardes com h(mi#dade assim )ermane0 cereis= O( mesmo se # entrardes )ara )edir favores )ara os o(tros n.o sereis o(vidos. G s(ficiente 6(e entreis invis?veis no tem)#o. N.o vos )osso ensinar a orar )or )a#avras.
De(s n.o o(ve as vossas )a#avras a n.o ser 6(an0 do e#e )r7)rio as m(rm(ra atrav8s dos vossos #bi0 os. 1 n.o vos )osso ensinar a ora.o dos mares e das f#orestas e das montanhas. 3as v7s 6(e nascestes nas montanhas e nas f#o0 restas e nos mares5 encontrareis a ora.o nos vos0 sos coraEes5 e se esc(tardes na 6(iet(de da noi0 te5 o(vi0#os0eis di%er em si#:ncio= KNosso De(s5 6(e sois o nosso e( a#ado5 8 a vossa vontade em n7s 6(e 6(er. 1 o vosso dese@o em n7s 6(e 8 dese@ado. G a vossa vontade )ara 6(e tornemos as nossas noites 6(e s.o vossas5 em dias 6(e s.o ig(a#mente vossos. N.o vos )odemos )edir5 )ois conheceis os nossos dese@os antes de n7s )r7)rios nascermos5 v7s sois o nosso dese@o5 e em dar0nos mais de v7s5 dais0vos todo.K
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Sobre o Pra%er 1nt.o (m eremita 6(e visitava a cidade (ma ve% )or ano5 avano( e disse= Ca#a0nos do Pra%er. 1 e#e res)onde(5 di%endo= O )ra%er 8 (ma can.o de #iberdade5 mas n.o 8 a #iberdade. G o desabrochar dos vossos dese@os5 mas n.o 8 os se(s fr(tos. G (m chamamento )rof(ndo )ara as a#t(ras5 mas n.o 8 )rof(ndo nem a#to. G o encarcerado a ganhar asas5 mas n.o 8 o es)ao 6(e o circ(nda. Sim5 na verdade5 o )ra%er 8 (ma can.o de #iber0 dade. 1 bem gostaria 6(e a cantsseis com todo o vosso cora.o< no entanto5 n.o )ercais os vossos cora0 Ees nos cDnticos. A#g(ma da vossa @(vent(de )roc(ra o )ra%er como se isso fosse t(do5 e esses s.o @(#gados e )(nidos. 1( n.o os @(#garia nem )(niria. Sostaria 6(e em)reendessem a b(sca. Pois e#es encontrar.o )ra%er5 mas n.o s7. Sete s.o as s(as irm.s5 e a mais insignificante de0 #as 8 mais be#a 6(e o )ra%er.
N(nca o(viram a hist7ria do homem 6(e cavava a terra )ara encontrar ra?%es e descobri( (m teso(0 ro> 1 a#g(ns de v7s5 mais ve#hos5 recordam os )ra%e0 res com remorsos. Como erros cometidos 6(ando estavam b:bedos. 3as o remorso s7 obsc(rece o es)?rito e n.o o cas0 tiga. Deveriam #embrar0se dos )ra%eres com gratid.o5 ta# como fariam a)7s (ma co#heita no ver.o. No entanto5 se os conforta sentir o remorso5 dei0 /ai0os confortarem0se. 1 h entre v7s a6(e#es 6(e n.o s.o nem s(ficien0 temente @ovens )ara em)reender a b(sca5 nem s(0 ficientemente ve#hos )ara se #embrarem< e no medo de#es de )roc(rarem e se #embrarem5 conse0 g(em afastar todos os )ra%eres5 a menos 6(e ne0 g#igenciem o es)?rito. 3as at8 na anteci)a.o reside o se( )ra%er. 1 assim tamb8m e#es encontram (m teso(ro5 em0 bora )roc(rem as ra?%es com m.os tr:m(#as. 3as di%ei0me5 6(em )ode ofender o es)?rito> Ser 6(e o ro(/ino# conseg(e ofender a 6(iet(de da noite o( o bri#ho das estre#as>
1 as vossas chamas o( f(mo conseg(em carregar o vento> Pensais 6(e o es)?rito 8 (m #ago im7ve# 6(e )odeis )ert(rbar> 3(itas ve%es ao negardes a v7s mesmos o )ra%er5 estais a oc(#tar o dese@o nos rec;nditos do vosso ser. B(em sabe 6(e o 6(e )arece ser omitido ho@e es0 )era )or amanh.> At8 o vosso cor)o conhece a s(a herana e as s(as necessidades e n.o sair desi#(dido. 1 o vosso cor)o 8 a har)a da vossa a#ma5 e 8 a v7s 6(e com)ete e/trair de#a (ma doce me#odia o( sons conf(sos. 1 no vosso cora.o5 )erg(ntais= KComo disting(iremos o 6(e 8 bom no )ra%er do 6(e n.o 8>K Pde )ara os vossos cam)os e @ardins e a)rendereis 6(e o )ra%er da abe#ha consiste em retirar o me# da f#or. 3as tamb8m a f#or tem )ra%er em dar o se( me# 9 abe#ha. Pois )ara a abe#ha a f#or 8 (ma fonte de vida. 1 )ara a f#or a abe#ha 8 mensageira de amor.
15 )ara ambas5 abe#ha e f#or5 o dar e o receber de )ra%er 8 (ma necessidade e (m :/tase. Povo de Orfa#8s5 o#hai )ara os vossos )ra%eres como as abe#has e as f#ores.
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Sobre a !e#e%a 1 (m )oeta disse= Ca#a0nos da !e#e%a. 1 e#e res)onde(= Onde )odereis )roc(rar a be#e%a5 e onde a encon0 trareis5 a menos 6(e e#a )r7)ria cr(%e o vosso ca0 minho e vos g(ie> 1 como fa#areis de#a a n.o ser 6(e e#a se@a o art?fi0 ce dos vossos disc(rsos> O h(mi#hado e o ofendido di%em< KA be#e%a 8 com)assiva e genti#. "a# como (ma m.e t?mida da s(a )r7)ria g#7ria5 caminha entre n7s.K 1 o a)ai/onado di%=
KN.o5 a be#e%a 8 coisa de )oder e temor. "a# como a tem)estade5 e#a aba#a a a terra sob n7s e o c8( )or cima de n7s.K Os cansados e e/a(stos di%em= KA be#e%a consiste em s(aves m(rmFrios. Ca#a no nosso es)?rito. A s(a vo% se o(ve nos nossos si#:ncios como (ma t:n(e #(% 6(e estremece com medo da sombra.K 3as o in6(ieto di%= KN a o(vimos gritar nas montanhas5 e com os se(s gritos o(vi(0se o som dos )assos5 o bater das asas e o r(gir dos #eEes.K O noite5 os g(ardi.es da cidade di%em= KA be#e%a vir com a a(rora do )oente.K 1 ao meio dia os caminhantes di%em= K*imo0#a debr(ada sobre a terra nas @ane#as do );r do so#.K No inverno di%em os 6(e reco#hem a neve= K1#a vir com a )rimavera5 sa#tando )e#as co#inas.K 1 no ver.o os ceifeiros di%em= K*imo0#a danar com as fo#has do o(tono e tinha )edaos de neve no cabe#o.K "odas estas coisas dissestes da be#e%a5 no entanto5 na verdade5 n.o fa#astes de#a mas de necessidades insatisfeitas5 e a be#e%a n.o 8 (ma necessidade mas (m :/tase.
N.o 8 (ma boca com sede nem (ma m.o va%ia es0 tendida5 mas antes (m cora.o inf#amado e (ma a#ma encantada. N.o 8 a imagem 6(e ver?eis nem o som 6(e o(vi0 r?eis5 mas antes (ma imagem 6(e vedes embora fecheis os o#hos5 e (ma can.o 6(e o(vis5 embora ta)eis os o(vidos. N.o 8 nem a seiva na casca enr(gada5 nem a asa )resa )or (ma garra5 mas antes (m @ardim sem)re em f#or e (m gr()o de an@os sem)re a voar. Povo de Orfa#8s5 a be#e%a 8 a vida 6(ando a vida desvenda o se( rosto sagrado. 3as v7s sois a vida e sois o v8(. A be#e%a 8 a eternidade a o#har0se ao es)e#ho. 3as v7s sois a eternidade e o es)e#ho.
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Sobre a 'e#igi.o
1 (m ve#ho sacerdote disse= Ca#a0nos da 'e#igi.o. 1 e#e res)onde(= "erei fa#ado de o(tra coisa at8 agora> N.o ser a re#igi.o sen.o todos os atos e toda a re0 f#e/.o5 e t(do a6(i#o 6(e n.o 8 ato nem ref#e/.o5 mas encantamento e s(r)resa sem)re emergentes da a#ma5 mesmo 6(ando as m.os ta#ham a )edra o( traba#ham no tear> B(em )oder se)arar a s(a f8 das s(as aEes5 o( as s(as crenas das s(as oc()aEes> B(em )ode estender as s(as horas )erante e#e di0 %endo5 KPsto 8 )ara De(s e isto 8 )ara mim5 isto 8 )ara a minha a#ma e isto )ara o me( cor)o>K "odas as vossas horas s.o asas 6(e voam no es)a0 o de (m e( )ara o o(tro e(. A6(e#e 6(e (sa a s(a mora# como a s(a me#hor in0 d(mentria faria me#hor se andasse n(. O vento e o so# n.o abrir.o b(racos na s(a )e#e. 1 a6(e#e 6(e rege a s(a cond(ta )e#a 8tica est a a)risionar n(ma gaio#a o )ssaro 6(e canta. Os cDnticos mais #ivres n.o saem atrav8s de gra0 des nem gri#hetas. 1 a6(e#e )ara 6(em a devo.o 8 (ma @ane#a5 )ara abrir mas tamb8m )ara fechar5 ainda n.o visito( a morada da s(a a#ma c(@as @ane#as v.o de a(rora a a(rora.
A vossa vida diria 8 o vosso tem)#o e a vossa re#i0 gi.o. Cada ve% 6(e entrais ne#a5 entrai )or inteiro. ,evai a charr(a e a for@a5 o mao e a #ira. As coisas de 6(e )recisais )or necessidade o( )ra0 %er. Pois em sonhos n.o )odereis erg(er0vos acima dos vossos feitos5 nem cair mais bai/o do 6(e as vos0 sas fa#has. 1 #evai convosco todos os homens5 )ois na adora0 .o n.o )odereis voar mais a#to do 6(e as s(as es0 )eranas5 nem h(mi#har0vos mais bai/o do 6(e o se( deses)ero. 1 se 6(ereis conhecer De(s5 n.o )retendais reso#0 ver enigmas. O#hai antes 9 vossa vo#ta e v:0,o0eis a brincar com os vossos fi#hos. 1 o#hai )ara o es)ao= v:0,o0eis a caminhar sobre as n(vens5 de braos estendidos )ara a #(%5 des0 cendo sobre a ch(va. *:0,o0eis sorrindo no meio das f#ores5 e de)ois er0 g(er0se e agitar as rvores com as S(as m.os.
HAH
Do livro O Profeta& de Gibran Khalil Gibran (sem indica !o de trad"tor) #r$ditos% htt)=IIJJJ.c#(be0 )ositivo.comIbib#iotecaI)dfI)rofeta.)df
Sobre a 3orte De)ois A#mitra )edi(= B(er?amos 6(e fa#asses ago0 ra da 3orte. 1 e#e res)onde(= *7s conheceis o segredo da morte. 3as como o encontrareis a menos 6(e o )roc(reis no Dmago do cora.o> O mocho c(@os o#hos not(rnos s.o cegos )ara a c#aridade5 n.o )ode desvendar o mist8rio da #(%. Se 6(ereis verdadeiramente conhecer o es)?rito da morte5 abri o vosso cora.o at8 ao cor)o da vida. Pois vida e morte s.o (ma s75 ta# como o s.o o rio e o mar. Na )rof(nde%a dos vossos dese@os e es)eranas est a consci:ncia si#enciosa do a#8m< e ta# como as sementes 6(e sonham sob a neve5 tamb8m o vosso cora.o sonha com o desabrochar. Confiai nos sonhos5 )ois ne#es est a )orta )ara a eternidade.
O vosso medo da morte n.o 8 mais do 6(e o temor do )astor 6(ando se v: )erante o rei 6(e erg(e a s(a m.o )ara o honrar. 1 sob a s(a trem(ra5 n.o est fe#i% o )astor5 )or tra%er em si a ins?gnia do rei> 15 no entanto5 n.o est mais consciente do se( tre0 mor> Pois o 6(e 8 morrer sen.o ficar n( ao vento e f(n0 dir0se com o so#> 1 o 6(e 8 dei/ar de res)irar sen.o #ibertar a res)i0 ra.o das s(as in6(ietaEes a fim de e#a )oder e#e0 var0se e e/)andir0se at8 De(s> S7 6(ando beberdes do rio do si#:ncio sereis ca)a0 %es de cantar. 1 6(ando chegardes ao cimo da montanha5 )ode0 reis ent.o comear a s(bir. 1 6(ando a terra rec#amar o vosso cor)o5 ent.o se0 reis verdadeiramente ca)a%es de danar. Khalil Gibran (Repblica do Lbano) HAH Do livro O Profeta (sem indica !o de trad"tor) #r$ditos%
htt)=IIJJJ.c#(be0)ositivo.comIbib#iotecaI)dfI)rofe0 ta.)df
Os Ade(ses 1 chego( a noite e A#mitra5 a vidente5 disse= Abenoado se@a este dia e este #oca# e o te( es)?ri0 to 6(e fa#o(. 1 e#e disse= C(i e( 6(em fa#o(> N.o terei sido e( o o(vinte> De)ois desce( os degra(s do "em)#o e todo o )ovo o seg(i(. 1 chego( @(nto do se( navio e fico( no conv8s. 15 vo#tando a encarar o )ovo5 erg(e( a vo% e disse= Povo de Orfa#8s5 o vento #eva0me a dei/ar0vos. So( menos a)ressado 6(e o vento5 no entanto devo ir. N7s5 os errantes5 sem)re em b(sca de caminhos so#itrios5 n.o acabamos (m dia onde o tivermos comeado< e nenh(m nascer do so# nos encontra onde o );r do so# nos encontro(. *ia@amos mesmo en6(anto a terra dorme. Somos as sementes da )#anta )erene< e 8 na mat(0 ridade do nosso cora.o e na s(a )#enit(de 6(e nos entregamos ao vento.
!reves foram os me(s dias entre v7s5 e ainda mais breves as )a#avras 6(e )referi. 3as se acaso a minha vo% desa)arecer dos vossos o(vidos e o me( amor se desvanecer na vossa me0 m7ria5 ent.o e( vo#tarei. 1 com (m cora.o mais rico e a boca mais virada )ara o es)?rito e( fa#arei. Sim5 e( vo#tarei com a mar85 e5 embora a morte me )ossa esconder e o grande si#:ncio envo#0 ver0me5 na mesma )roc(rarei a vossa com)reen0 s.o. 1 n.o ser em v.o essa )roc(ra. Se a6(i#o 6(e e( disse 8 verdade5 essa verdade se reve#ar c#aramente e em )a#avras mais )erce)t?0 veis )ara o vosso )ensamento. *o( com o vento5 )ovo de Orfa#8s5 mas n.o vo( no va%io5 e se este dia n.o 8 o )reenchimento dos vossos dese@os e do me( amor5 ent.o dei/ai 6(e se@a (ma )romessa )ara o(tro dia. As necessidades do homem m(dam5 mas n.o o se( amor5 nem o dese@o de 6(e o se( amor satisfaa as s(as necessidades. Cicai a saber 6(e5 do grande si#:ncio5 e( vo#tarei. A neb#ina 6(e se desvanece de madr(gada5 dei0 /ando o orva#ho nos cam)os5 erg(er0se0 e @(ntar0 se0 n(ma n(vem 6(e cair como ch(va.
1 e( tenho sido como a neb#ina. Na 6(iet(de da noite caminhei )e#as vossas r(as e o me( es)?rito entro( em vossas casas5 e o bater dos vossos coraEes esteve no me( cora.o5 e a vossa res)ira.o sobre o me( rosto5 e conheci0vos a todos. Sim5 conheci as vossas a#egrias e triste%as e5 no vosso sono5 os vossos sonhos foram os me(s so0 nhos. 1 m(itas ve%es f(i entre v7s (m #ago entre as mon0 tanhas. 'ef#eti em v7s os c(mes e as encostas5 e at8 os vossos )ensamentos e dese@os. 1 ao me( si#:ncio chego( o riso das vossas crian0 as e os dese@os dos vossos @ovens. 1 6(ando chegarem ao f(ndo de mim5 os riachos e ribeiros n.o dei/aram de cantar. 3as ainda a#go mais doce do 6(e o riso e maior do 6(e o dese@o veio at8 mim. Coi a6(i#o 6(e h de infinito em v7s< Coi o homem i#imitado feito de c8#(#as e tendEes< a6(e#e em c(@o canto est toda a vossa mFsica 6(e mais n.o 8 do 6(e (ma )a#)ita.o si#enciosa. G no homem infinito 6(e sois infinitos. 1 foi ao contem)#0#o 6(e vos contem)#ei e vos amei.
Pois 6(e distancia )ode atingir o amor 6(e n.o fica na vasta esfera> B(e visEes5 6(e e/)ectativas e 6(e )res(nEes )o0 dem erg(er0se acima desse voo> "a# como (m carva#ho gigante coberto )or reben0 tos de macieira 8 o homem infinito em v7s. O se( )oder #iga0vos 9 terra5 a s(a fragrDncia e#eva0vos ao es)ao5 e na s(a d(rabi#idade v7s sois imortais. Coi0vos dito 6(e sois fracos como o mais fraco e#o de (ma corrente. Psto 8 s7 meia verdade. "amb8m sois fortes como o se( e#o mais forte. Ava#iar0vos )e#o mais )e6(eno feito 8 @(#gar o )o0 der do oceano )e#a fragi#idade da s(a es)(ma. N(#gar0vos )e#as vossas fa#has 8 c(#)ar as estaEes )e#a s(a inconstDncia. Ah5 v7s sois como (m oceano5 e embora navios de grande )orte ag(ardem a mar8 nas vossas costas5 v7s5 no entanto5 ta# como o oceano5 n.o as )odeis a)ressar. 15 ta# como as estaEes5 tamb8m v7s5 no vosso in0 verno5 negais a vossa )rimavera5 no entanto5 a )ri0 mavera 6(e re)o(sa em v7s5 sorri meio adormeci0 da e n.o fica ofendida.
N.o )enseis 6(e digo estas coisas )ara 6(e digais (ns )ara os o(tros= K1#e nos #o(vo(. S7 vi( o bem em n7s.K S7 vos fa#o com )a#avras 6(e v7s )r7)rios conhe0 ceis em )ensamento. 1 o 6(e 8 a )a#avra conhecimento sen.o (ma som0 bra da sabedoria indi%?ve#> Os vossos )ensamentos e as minhas )a#avras s.o ondas de (ma mem7ria se#ada 6(e mant8m regis0 trados os nossos ontens5 e os dias antigos 6(ando a terra n.o nos conhecia nem se conhecia a si )r70 )ria5 e as noites em 6(e a terra estava merg(#hada em caos. Lomens sbios vieram oferecer0vos a s(a sabedo0 ria. 1( vim receber a vossa sabedoria= 1 encontrei a#go maior do 6(e essa sabedoria. G (ma chama es)irit(a# 6(e se encontra em v7s5 en6(anto v7s5 inconscientes da s(a e/)ans.o5 #a0 mentais o )assar dos vossos dias. G a vida em b(sca da vida em cor)os 6(e receiam o tFm(#o. A6(i n.o e/istem tFm(#os. 1stas montanhas e )#an?cies s.o (m bero e (ma escada.
Cada ve% 6(e )assardes )e#o cam)o onde re)o(0 sam os vossos ante)assados5 o#hai bem5 e ver0vos0 eis a vos )r7)rios e 9s vossas crianas a danarem de m.o dadas. Na verdade5 m(itas ve%es sois fe#i%es sem o saber0 des. O(tros h 6(e vieram ter convosco e a 6(em5 )or vos terem feito )romessas do(radas5 destes ri6(e0 %as e )oder e g#7ria. 1( dei0vos menos 6(e (ma )romessa5 e no entanto fostes bem mais generosos comigo. Destes0me a minha mais )rof(nda sede da vida. N.o e/iste maior ddiva )ara (m homem do 6(e a6(e#a 6(e transforma todas as s(as metas em #0 bios ardentes e a vida n(ma fonte. 1 8 a6(i 6(e est a minha honra e a minha recom0 )ensa5 )ois 6(ando e( vier beber 9 fonte encontra0 rei a g(a viva tamb8m sedenta< e beber0me0 en0 6(anto e( a beberei. A#g(ns de v7s me acharam org(#hoso e t?mido )ara receber as vossas oferendas. So( na verdade demasiado org(#hoso )ara receber dinheiro5 mas n.o ddivas. 1 embora tenha comido bagas no meio das co#inas5 en6(anto v7s ter?eis )referido 6(e me sentasse ao vosso #ado5 e dormido 9 )orta do tem)#o 6(ando me ter?eis aco#hido de bom grado no vosso #ar.
No entanto5 n.o foi o vosso carinhoso interesse )e#os me(s dias e )e#as minhas noites 6(e torno( os a#imentos doces na minha boca e enche( o me( sono de visEes> Por t(do isto vos abenoo= *7s dais t(do sem sa0 ber 6(e estais a dar. Na verdade5 a bondade 6(e se o#ha ao es)e#ho transforma0se em )edra5 e (ma boa a.o 6(e se chama a si mesma be#os nomes torna0se (ma )ra0 ga. 1 a#g(ns de v7s chamastes0me distante5 embriaga0 do com a minha )r7)ria so#id.o5 e dissestes= K1#e fa#a com as rvores da f#oresta mas n.o com os homens. 1#e se senta so%inho no to)o das co#inas e o#ha c )ara bai/o )ara a cidade.K A verdade 8 6(e s(bi 9s co#inas e andei )or #ocais remotos. Como )oderia ter0vos visto sen.o de (ma grande a#t(ra o( de (ma grande distDncia> Como se )ode estar )erto se n.o se estiver #onge> 1 o(tros de entre v7s me chamastes< n.o )or )a#a0 vras e me dissestes= KCorasteiro5 forasteiro5 amante das a#t(ras inaces0 s?veis5 )or 6(e vives nos c(mes onde as g(ias fa0 %em os ninhos> Por 6(e )roc(ras o inating?ve#>
B(e tem)estades a)anhas com a t(a rede5 e 6(e difanos )ssaros caas no c8(> *em e s: (m de n7s. Desce e aca#ma a t(a fome com o nosso ).o e a t(a sede com o nosso vinho.K Na so#id.o das vossas a#mas dissestes estas coisas5 mas se a vossa so#id.o fosse mais )rof(nda sabe0 r?eis 6(e e( s7 )roc(ro o segredo da vossa a#egria e da vossa dor5 e s7 andei 9 caa dos vossos e(s mais )rof(ndos 6(e caminham )e#o c8(. 3as o caador tamb8m foi a )resa< )ois m(itas das minhas f#echas sa?ram do arco s7 )ara )roc(rarem o me( )eito. 1 o a#ado tamb8m foi o raste@ante< )ois 6(ando as minhas asas se abriram ao so#5 a s(a sombra na terra foi (ma tartar(ga. 1 e(5 o crente5 tamb8m f(i o descrente< m(itas ve0 %es co#o6(ei o dedo sobre a minha )r7)ria ferida )ara ter mais f8 em v7s e maior conhecimento de v7s. Se estas forem )a#avras vagas n.o )roc(reis c#ari0 fic0#as. *ago e neb(#oso 8 o in?cio de todas as coisas5 mas n.o o se( fim5 e e( gostaria 6(e me #embrsseis como (m )rinc?)io. A vida5 e t(do o 6(e vive5 8 concebido no nevoeiro e n.o no crista#ino.
1 6(em sabe 6(e o crista#ino n.o 8 sen.o o nevoei0 ro em decad:ncia> G isto 6(e e( gostaria 6(e recordsseis 6(ando vos #embrardes de mim. B(e a6(i#o 6(e )arece mais fraco e d8bi# em v7s 8 o mais forte e mais determinado. N.o foi a vossa res)ira.o 6(e erigi( e forta#ece( a estr(t(ra dos vossos ossos> 1 n.o foi (m sonho 6(e nenh(m de v7s se #embra de ter sonhado5 6(e constr(i( a vossa cidade e t(do o 6(e ne#a e/iste> P(d8sseis v7s ver as mar8s dessa res)ira.o 6(e dei/ar?eis de ver t(do o resto5 e se )(d8sseis o(vir o s(ss(rro do sonho n.o o(vir?eis mais nada. 3as v7s n.o vedes5 nem o(vis e est bem. O v8( 6(e cobre os vossos o#hos ser erg(ido )e0 #as m.os 6(e o teceram5 e o gesso 6(e vos enche os o(vidos ser 6(ebrado )e#as m.os 6(e o mo#da0 ram. 1 v7s vereis e o(vireis. No entanto5 n.o #amentareis ter conhecido a ce0 g(eira5 nem #amentareis ter sido s(rdos. Pois nesse dia conhecereis o )ro)7sito oc(#to de todas as coisas5 e abenoareis a esc(rid.o ta# como abenoar?eis a #(%.
De)ois de di%er estas coisas o#ho( em vo#ta e vi( o ca)it.o do se( navio em )85 @(nto ao #eme5 a o#har )ara as ve#as enf(nadas. 1 disse= Paciente5 mais do 6(e )aciente 8 o ca)it.o do me( navio. O vento so)ra e as ve#as est.o in6(ietas5 at8 o #eme s()#ica dire.o5 e5 no entanto5 o me( ca)it.o ag(arda o me( si#:ncio. 1 os me(s marinheiros5 6(e esc(taram o coro do mar imenso5 tamb8m e#es me o(viram )aciente0 mente. Agora @ n.o es)erar.o mais= esto( )ronto. O ribeiro chego( ao mar5 e mais (ma ve% a m.e imensa a)erta o fi#ho contra o seio. Ade(s5 )ovo de Orfa#8s. 1ste dia chego( ao fim. Cecha0se sobre n7s como o nenFfar sobre o se( )r7)rio amanh.. A6(i#o 6(e nos foi dado a6(i5 conservaremos5 e se n.o for s(ficiente5 ent.o teremos de nos @(ntar no0 vamente e estender as m.os ao doador. N.o vos es6(eais 6(e vo#tarei )ara @(nto de v7s. Am )o(co de tem)o e @(ntarei es)(ma e )7 )ara o(tro cor)o. Am )o(co de tem)o5 (m momento de descanso so0 bre o vento e o(tra m(#her me trar dentro de si.
Ade(s a v7s e 9 @(vent(de 6(e )assei convosco. Coi s7 ontem 6(e nos encontramos n(m sonho. Cantastes )ara mim na minha so#id.o5 e dos vos0 sos dese@os constr(? (ma torre no c8(. 3as agora o nosso sono voo( e o nosso sonho che0 go( ao fim e @ n.o 8 a(rora. O meio dia est sobre n7s e o nosso meio des)er0 tar torno(0se )#eno dia e devemos se)arar0nos. Se no cre)Fsc(#o da mem7ria nos encontrarmos mais (ma ve%5 vo#taremos a fa#ar e cantareis )ara mim (ma can.o mais )rof(nda. 1 se as nossas m.os se vo#tarem a tocar no(tro so0 nho5 constr(iremos o(tra torre no c8(. Assim fa#ando5 fe% sina# aos marinheiros e #ogo e#es #evantaram Dncora e desataram o navio e diri0 giram0se )ara oriente. 1 da m(#tid.o o(vi(0se (m c#amor5 como sa?do de (m s7 cora.o5 e erg(e(0se no cre)Fsc(#o e foi trans)ortado sobre o mar. S7 A#mitra fico( ca#ada5 a o#har )ara o navio at8 6(e e#e desa)arece( entre a neb#ina. 1 6(ando toda a gente se dis)erso(5 e#a contin(o( im7ve#5 @(nto ao cais5 #embrando5 no se( cora.o5 as )a#avras de#e=
KAm )e6(eno momento5 (m momento de descanso sobre o vento e o(tra m(#her me trar dentro de si.K Khalil Gibran (Repblica do Lbano) HAH Do livro O Profeta (sem indica !o de trad"tor) #r$ditos%
htt)=IIJJJ.c#(be0)ositivo.comIbib#iotecaI)dfI)rofe0 ta.)df
Fim
#r$ditos% htt)=IIJJJ.c#(be0 )ositivo.comIbib#iotecaI)dfI)rofeta.)df 1ste e!ooT fa% )arte da co#e.o com #ivre acesso no htt)=IIJJJ.c#(be0)ositivo.com N.o hesite a mand0#o aos se(s amigos. Se 6(iser vend:0#o5 );0#o no se( Ueb Site o( ent.o (ti#i%0#o n(m o(tro #ado 6(a#6(er5 contate0nos= JebmasterVc#(be0)ositivo.com
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