quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Monólogos com o amor


Faço monólogos com o amor...
Grito no silêncio que ensurdece
Pergunto a falta de respostas que enlouquece...
E nada...
Nada muda...
Só o silêncio permanece...
Só o amor persistente cresce...
E nada...
Nada muda...
Sussurro o silêncio que sorri no olhar,
Respondo sem pensar responder
Que nunca vou perceber...
Que a razão não vai chegar...
E nada...
Nada muda...
Nestes monólogos com o amor.





Ni

sábado, 17 de agosto de 2013

Sopro no coração


Senti o coração a bater...
Não era palpitação...
Isso qualquer um pode ter...
O que eu senti foi especial...
Foi um sopro no coração...
Não um sopro banal...
Foi um sopro de paixão...
Holossistodiastólico...
Um sopro único...
Um sopro de amor...








Ni

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Desafio da distância


A distância existe...
Dói e não é ilusão...
Quem não a conhece é triste,
Não desafia o coração.

O tempo passa sem chegar,
Dá tempo à loucura para sorrir...
A distância cresce sem aumentar...
A saudade sente sem sentir...

A distância é quase um soneto,
Branco escuro, quase preto...
Uma espécie de espaço quase obsoleto.

A distância desafia a dor,
Ténue... quase só ardor...
Que arde só por ser de amor.








Ni

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Sorri por instinto

Estava deitada na praia. Uma brisa suave acariciou-me. Sorri por instinto. Arrepiei-me sem ter frio. Senti... acho que foi Deus.
Ao fundo reconheci-O no mar... sem fim e unido ao céu..., sempre ali. Vou e volto e está ali.
Sorria com as crianças, com os pais e os avós... Fazia castelos de sonhos.
Deixava pegadas...
Mas estava na praia e virei-me...
Tapei a cara do sol com um chapéu. Mas foi por aquele espaço que eu (não) sabia existir que Ele entrou, continuou a beijar-me o rosto e dizer: Estou aqui.
...
Também se reza na praia.






Ni

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Imensidão de (a)mar


É na imensidão do mar
Sempre a ir e a voltar,
Em ondas vestidas de espuma,
Que eu vejo a fraqueza da bruma
Que ao fundo tem fim.
Mas o meu sentimento não é assim...
Sinto para além do mar,
Sem tamanho, sem limite, sem fim...
Sinto a beleza indescritível de amar.






Ni