PÉTALAS SECAS
( a publicar )
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A usada pétala,
que me cobria o corpo,
nas manhãs do teu sonho...
secou.
O odor poeirento dos ventos cinza,
cimenta agora,
o vazio da entrada do éden
de ontem.
Restam os dias frios dos tempos,
que restam, das forças aziagas
nos tempos ainda por lavrar.
Talvez o ocre outonal,
apadrinhe o renascer da flor silvestre,
no muro ondulado de tantas jornas,
ali no leirão fundeiro
ao pé da velha fonte, viciada incendiária de paixões,
a montante.
in MOMENTOS - José Luís Outono - 2011
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)