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terça-feira, abril 28, 2009

Carta saudade...



gentileza da NET

ONTEM...deitei-me tão feliz!

O nosso encontro, decorreu como gota cristalina, no percurso da queda da flor, até à macieza da relva do jardim.

Dei-te a mão e, recusaste...porque querias ser abraçada...

Sorri e, calaste-me com um beijo ofegante, onde apenas os olhos fechados, não testemunharam o fulgor do enlace.

ONTEM, mais uma vez, consegui libertar-me das amarras deste peso laboral e, por horas...minutos na nossa consciência, fomos o par de miúdos premiados com a descoberta do verbo amar...

Depois, vieram as eternas "dúvidas"...

Dúvidas, dizes tu, vagares de olhar horizonte...digo eu.

Decorrido tanto tempo, ainda me perguntas com esse olhar cor de alfazema... - Se te amo?

"Zango-me" contigo, na delicadeza de fechar a mão na tua e, apertar-te, quase como "castigo"...e respondo na mais pura mentira... - NÃO!

Beliscas-me na cintura, colas-te ao meu peito, mordiscas-me a boca...e, segredas-me...enquanto me desmanchas provocadoramente os cabelos:

- REPETE...atreve-te...diz-me outra vez ... - NÃO!

Quase louco, não fosse o local público...respondo-te "com falta de ar"... - NÃO...não sou capaz de amar-te...senão em crescendo...

Apertas-me a cintura, com os teus finos braços e, exclamas um "MALVADO" doce, enquanto a tua anca onduleia ... devagar.

Largamo-nos, como se necessitássemos de respirar...face ao mergulho louco e fundo do nosso passear.

Recordo-te nestas palavras...hoje...já bem longe de ti, tentando manter-te frente ao meu querer. Esta vida de aeroportos, onde mal chegamos, partimos...molda-me o desejo de largar tudo e corrermos para a Ilha do Farol, onde só o cantar dos pássaros e o borbulhar das ondas, possa ser a única "poluição" do nosso viver.

Mais uma semana...quem sabe duas ou três, em que os dias são contados como calendário de prisioneiro.

Estou a escrever-te esta carta saudade ( não gosto do termo mail ), na gelataria do nosso segredo, onde acabo de cometer uma "gaffe"...que me corou.

Pedi o mesmo copo grande de gelado, com os nossos sabores...manga, cereja e menta com chocolate...e disse à empregada: - Duas colheres por favor...

Ela...interrogativa...sorri e diz: - Mas o senhor, hoje está só...

No meu pensamento, irrito-me contigo e pergunto-te: - Vês o que me fazes?

Saboreei a última colher do gelado...como se fosse o findar de mais um longo beijo do nosso amor...

Amo-te tanto...até já!

in- MOMENTOS ( by OUTONO) - 2009