quarta-feira, março 02, 2016
quinta-feira, março 29, 2012
SENSIBILIDADE SOCIAL
Este governo tem sido frequentemente acusado, e muito justamente, de absoluta falta de sensibilidade social, mas parece ignorar todos os comentários.
O exemplo das mudanças das leis laborais, onde só se vê mais trabalho por menos dinheiro, e facilitação dos despedimentos, para segundo o governo, se promover a criação de emprego, é um perfeito disparate, sem qualquer sustentação.
As políticas laborais deste governo assentam na mão-de-obra barata, apesar de todos os desmentidos, basta para isso citar uma frase do secretário de Estado do Emprego, onde afirma: “O Salário Mínimo Nacional em Portugal é particularmente baixo, nomeadamente quando comparado com outros países da União Europeia, mas é importante sublinhar a necessidade de assegurar a moderação salarial aqui em Portugal”.
Não há um só estudo que corrobore este tipo de afirmações, mas há estudos e análises que demonstram que um rendimento ao nível do SMN não garante uma vida digna a nenhum trabalhador, pois descontadas as despesas inerentes a transportes e outras relacionadas como vestuário, e a alimentação fora de casa, a parte do salário que resta fica abaixo do nível considerado do risco de pobreza ou mesmo de pobreza.
Para testar a sensibilidade social dos nossos governantes talvez fosse ocasião de os obrigar a viver com os “fabulosos” 485 euros até terminar o período de resgate. Gostava de ver a vidinha desses senhores só com o SMN…
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quarta-feira, setembro 14, 2011
A INDEPENDÊNCIA E A TSU
Portugal é um país independente, ou pelo menos assim o consideramos, mas os senhores do FMI não parecem entender bem o que isso é. É evidente que um organismo supranacional de natureza económica, não está interessado em conceitos de soberania, mas também é certo que alguns partidos políticos nacionais ajudam a toda esta confusão.
O tal memorando de entendimento com a troika, que os actuais governantes dizem que foi assinado pelo anterior governo, foi na realidade assinado pelo partido que saiu do governo e pelos dois que lá estão agora. Para o bem e para o mal, os três partidos são responsáveis pelo documento, que tem previstas medidas impossíveis em tão curto prazo e mesmo medidas que são socialmente perigosas.
A diminuição da TSU é um risco absolutamente dispensável porque os seus benefícios são mais do que duvidosos e as suas consequências são gravosas para a nossa Segurança Social ou causa de aumentos da carga de impostos absolutamente incomportáveis sem qualquer benefício prático no emprego ou na competitividade.
A este ritmo e com estas medidas caminhamos a passos largos para uma situação idêntica à da Grécia, com incumprimento e com uma situação social muito perigosa. A troika não parece tirar as devidas ilações dos próprios falhanços, e resta saber se o nosso governo sabe negociar bem nesta situação, não embarcando em aventuras perigosas e ruinosas.
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sexta-feira, setembro 09, 2011
CONTABILISTAS
Quem colocou à frente da saúde um “contabilista” arriscou demasiado e colocou em risco a saúde dos cidadãos, em especial dos que não têm posses para recorrer à medicina privada.
A racionalização do Serviço Nacional de Saúde é desejável e até indispensável, mas nos últimos dias foram anunciadas algumas medidas que vão muito além do razoável, e não agradam a ninguém, a começar pelos próprios médicos.
O fim da comparticipação da pílula, para dar um exemplo, é um retrocesso civilizacional e um disparate imenso, que demonstra bem que o que se está a fazer é cortar à toa e sem qualquer preocupação social.
Já ouvi dizer que a pílula continuará a ser distribuída gratuitamente nos centros de saúde, mas todos sabemos que não faz sentido nenhum perder horas de trabalho para a obter, e é incompreensível que por um lado se aumentem as taxas moderadoras argumentando que servem para moderar a procura destes centros e das urgências, e depois se canalize para lá muitas mulheres que não estando doentes, lá se desloquem apenas para a obtenção de anticoncepcionais.
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terça-feira, junho 28, 2011
CULTURA TRANSVERSAL
Tenho que admitir que não consigo perceber muito bem o conceito de transversalidade da Cultura invocado por Francisco José Viegas, o novo secretário de Estado da Cultura, mas deve ser de certeza falha minha.
A transversalidade da Cultura justificará com toda a certeza a dependência de Pedro Passos Coelho, a quem o novo secretário de Estado reconhece grande sensibilidade, que o terá levado à decisão de ter a pasta (da Cultura) na sua directa dependência.
Sem querer duvidar das palavras de FJV, pareceu-me que a decisão de ter menos ministérios nada teve que ver com a decisão de tornar a Cultura numa mera secretaria de Estado, mas como dizem alguns, isso também não é o mais importante. Podia recordar que já tivemos outro secretário de Estado, de seu nome Santana Lopes, que não deixou boas recordações, mas será apenas mais um detalhe.
Lembrei-me de Pedro Santana Lopes porque o novo secretário de Estado também disse “que precisamos de actuações rápidas”, que devem passar pela manutenção de elevadores, manutenção dos telhados, pinturas de portas e janelas e arranjos de jardins, que são apenas algumas das muitas urgências que aguardam verbas e o OK da tutela. Não sei é se tal como aconteceu no consulado de PSL também viremos a verificar falta de papel higiénico, como também foi noticiado na altura.
Talvez ainda seja prematuro falar do que vai ser o trabalho da secretaria de Estado, mas será do máximo interesse abrir-se o jogo bem depressa, porque os problemas são muitos e aumentam a cada dia que passa por evidente falta de dinheiro.