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terça-feira, junho 04, 2019

EXPLICAÇÕES CURIOSAS

Desconhece-se o paradeiro de algumas obras da “Colecção SEC”, mas isso não significa que estejam “desaparecidas”. Obras da colecção do Estado "precisam de localização mais exacta,  afirma Graça Fonseca".


sexta-feira, maio 17, 2019

PATRIMÓNIO COM DUAS NOTÍCIAS NO MESMO DIA


Não é comum ler no mesmo dia, no mesmo jornal, duas peças relativas a assuntos ligados ao Património, por isso o dia de hoje foi especial e o jornal está de parabéns.

Começando pelas “Coisas estranhas”, no seu segundo pontos referia o caso anteriormente noticiado no DN de 6 de Junho de 2017, resultante duma auditoria feita pela Direcção-Geral do Património Cultural, à gestão da então directora em funções no Mosteiro dos Jerónimos, que depois seguiu para o Ministério Público. Estranha-se que até hoje não existam conclusões, que a senhora tenha sido mantida em funções pela tutela até passar recentemente à reforma, e sido nomeada outra directora esta semana.

Da coluna de opinião sobre factos estranhos passemos a uma notícia, segundo a qual terá sido marcada a decisão instrutória da Operação Cavaleiro, para o próximo dia 11 de Junho. A acusação sustenta que o ex-director do Museu da Presidência da República terá cometido 42 crimes, que a defesa diz que são sustentados em “muita criatividade”, e que, “quanto muito terão sido cometidas irregularidades que foram hiperbolizadas”, até porque “não falta um clip nem um pionés no Museu da Presidência”.

Creio que será difícil encontrar muitas notícias sobre o Património, especialmente boas, já as más parece que são mais comuns.



terça-feira, maio 07, 2019

EFEMÉRIDE - JÁ LÁ VÃO 36 ANOS


A XVII Exposição Europeia de Arte Ciência e Cultura foi uma exposição de grandes dimensões realizada em Lisboa no ano de 1983, subordinada ao tema: Os portugueses e a Europa do renascimento.

A exposição foi inaugurada pelo então Presidente da República (Ramalho Eanes) com a presença do secretário-geral do Conselho da Europa, a 7 de Maio de 1983.

Por curiosidade registe-se que foram gastos no total (preparação, restauro e adaptação de espaços) 800 milhões de escudos nos 5 núcleos onde a exposição teve lugar (Igreja da Madre de Deus, Casa dos Bicos, Museu Nacional de Arte Antiga, Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém).

Esta exposição decorreu de 9 de Maio até 2 de Outubro.


Nota: Nessa altura não era politicamente incorrecto falar-se dos descobrimentos portugueses...

sexta-feira, fevereiro 08, 2019

O CROWDFUNDING

Podia falar da greve dos enfermeiros mas prefiro falar dos problemas que a Cultura enfrenta em Portugal. O maior problema que o sector enfrenta, pelo menos no que respeita ao Património, é o da falta de dinheiro.

Todos nos lembramos do caso do Museu Nacional de Arte Antiga cujo director decidiu bater com a porta, por falta de meios e de autonomia. Lembrar-se-ão alguns da angariação de fundos feita por amigos do museu (crowdfunding), para a compra do Sequeira.

A dificuldade em encontrar mecenas para a Cultura, e em angariar dinheiro para aquisições, ou melhoramentos nos museus, palácios e monumentos, parece contrastar enormemente com a capacidade da operação de angariação de verbas para pagamento dos dias de greve feita pelos enfermeiros dos nossos hospitais.

Pelos vistos querem-nos fazer crer que os portugueses estão mais motivados para pagar a quem faz greve às cirurgias (de que todos podem necessitar a qualquer momento), do que a preservar o nosso Património cultural. Eu sou crédulo, mas não tanto!...


terça-feira, janeiro 15, 2019

CULTURA EM COLAPSO


Não nos podemos deter apenas nas palavras do ainda director do Museu Nacional de Arte Antiga, ou nas declarações ministra da Cultura, porque apenas estaríamos a ver parte do problema, mas a partir disso podemos imaginar muitas deficiências noutros museus de menores dimensões, nos monumentos e nos sítios arqueológicos.

Na Cultura existem diversas formas de gestão, no Teatro, em Serralves ou no Tua, apenas para dar alguns exemplos. No Património temos todos os museus, palácios, monumentos e sítios arqueológicos na dependência duma Direcção-Geral do Património Cultural, que simplesmente é ineficaz e apenas serve para atrapalhar qualquer tentativa de agilizar procedimentos, de planear a médio e longo prazo, estrangulando assim todos os serviços dela dependentes.

Dar pequenas autonomias pode ser um penso rápido, mas não resolverá os problemas de fundo, e até o ridículo do nº de contribuinte é de existência duvidosa. O cerne da questão é sem qualquer dúvida equacionar novos modos de gestão, sem tabus.



sábado, dezembro 29, 2018

PATRIMÓNIO E MUDANÇA DE PÁGINA


Estamos à beira de terminar 2018 e de começar o ano de 2019, e como é da praxe, todos nós tentamos prever o que trará de novo o ano que entra, neste caso no que se refere ao Património tutelado pelo Ministério da Cultura.

Depois dum ano cheio de carências, frustrações, falta de pessoal, falta de atenção, falta de liderança, e falta de investimento, como foi o de 2018, pode parecer que o novo ano não poderá ser pior, não é?
Pois é meus caros, apesar do que disse no parágrafo anterior, eu não prevejo nada de melhor para 2019, começando desde logo pela fatia do orçamento que caberá ao Património depois da satisfação dos outros sectores mais reivindicativos. Não se trata de inveja mas sim de falta de peso político, ou de estatuto por parte da DGPC.

A autonomia dos museus, que vai ser ainda afinada no começo do ano, vai revelar-se um fiasco, mesmo depois de ouvidas as opiniões dos senhores directores e do ICOM, como se os outros grupos profissionais não existissem.

Podemos esperar que a nova ministra faça um milagre, podemos cruzar os braços, ou podemos fazer barulho e reivindicar mais atenção ao Património, é só escolher…



domingo, outubro 14, 2018

CULTURA, A INOVAÇÃO E O PATRIMÓNIO


No dia em que se soube da substituição de Luís Filipe Castro Mendes da pasta da Cultura, e da entrada em funções, já amanhã, de Graça Fonseca, vem mesmo a propósito falar da necessidade de se inovar também na Cultura, e particularmente na área do Património.

A Direcção Geral do Património já vende bilhetes on-line (com o prazo mínimo de 10 dias úteis), e de Vouchers para operadores turísticos, praticando-se descontos de quantidade (com o prazo mínimo de 10 dias), o que sendo já um passo em frente, ainda é difícil e algo burocrático.

Falando dos bilhetes, quer dos comprados on-line, quer os comprados nos balcões, todos reparamos que têm um código de barras que devia ser lido por um PDA (assistente pessoal digital), ou em caso de inoperacionalidade do equipamento próprio, o vigilante deveria destacar o canto recortado no bilhete para inutilização do mesmo. Pois não vejo os tais PDA’s nos museus, palácios e monumentos que visito, nem vi ainda nenhum bilhete com um canto recortado, nem sequer nos novos bilhetes com fotografias na sua frente, que são cortados sem apelo nem agravo destruindo as imagens que alguns gostam de colecionar.

Outra inovação que era muito bem recebida tem que ver com a informação, que é insuficiente, e que podia ser fornecida por apps fornecidas pelos serviços, grátis ou a preços razoáveis. Claro que para isso devia existir uma rede Wi-Fi disponível em cada museu ou monumento, e simplesmente não existe.

Pode ser que alguém vindo da Secretaria de Estado da Modernização Administrativa, a próxima ministra da Cultura, esteja aberta à inovação, ao contrário da maioria dos responsáveis actuais, que nunca deram qualquer atenção ao assunto.