"Deus não é um conceito muito filosófico, é este mundo visto através dos olhos de uma criança" (OSHO)
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Presságio
A dor
Presságio antigo
Contagem do tempo da “besta”
Adormecida
Esquecida
Nas correntes predadoras do desejo voraz
Ser emergente
Incongruente
Empreendedora figura carismática
Que rasga a terra e a borda em ponto de cruz
Se se fizer ao vento
Será sempre a nau
Encalhada no cais
Retornando ao ventre
Á tormenta das águas
Remontando ao inicio do tempo
Ao tempo
Que demora
Que não lamenta a sorte
De ser um só mar esquecido
Esse inadvertido posto
Universo aquático
Maresia e rebeldia
Brisa marinha desfraldada
Calamidade revoltada
Vontade sua irada
Circuito fechado
Demorado
Devorado
Tempo que o tempo lhe dá
E o silêncio a salgar as viagens demoradas
E o cais adormecido
Sob as marés
Estranguladas
Encurraladas
Rodopios
Arrepios
Inversamente desejáveis
A contornar a força dos ventos
Os cataclismos informais
Os ermos distantes
A surripiar as algas
Que se amarinham nos pés
Crescentes como as marés
Indigentes
Maldizentes
Tornados de raiz imprópria
Abocanhando gente
Sacro o momento resguardado
Num corpo mole
A levantar-se
A remendar com pontos em cruz
Os lamentos escondidos
Metálicos molares
Enfáticos gestos
A furar o pano cru
E um corpo sem mar
Nem céu
Nem terra
Nem véus
Sempre em jeito de contra-fé
Retornando à fé
Reescrita em papiros soltos
No mesmo oceano
O sopro
É Artefacto
Das marés
Ao Giraldoff aqui: http://www.worldartfriends.com/pt/club/poesia/cris%C3%A1lida-ins%C3%B3nia-em-intemporal-inverno
PS: Fizeste-me escrever, pelo que serão palavras tuas, nossas, outras, ou outros tempos, e outros espaços perdidos, esquecidos, ou demorados no nosso tempo?
Presságio antigo
Contagem do tempo da “besta”
Adormecida
Esquecida
Nas correntes predadoras do desejo voraz
Ser emergente
Incongruente
Empreendedora figura carismática
Que rasga a terra e a borda em ponto de cruz
Se se fizer ao vento
Será sempre a nau
Encalhada no cais
Retornando ao ventre
Á tormenta das águas
Remontando ao inicio do tempo
Ao tempo
Que demora
Que não lamenta a sorte
De ser um só mar esquecido
Esse inadvertido posto
Universo aquático
Maresia e rebeldia
Brisa marinha desfraldada
Calamidade revoltada
Vontade sua irada
Circuito fechado
Demorado
Devorado
Tempo que o tempo lhe dá
E o silêncio a salgar as viagens demoradas
E o cais adormecido
Sob as marés
Estranguladas
Encurraladas
Rodopios
Arrepios
Inversamente desejáveis
A contornar a força dos ventos
Os cataclismos informais
Os ermos distantes
A surripiar as algas
Que se amarinham nos pés
Crescentes como as marés
Indigentes
Maldizentes
Tornados de raiz imprópria
Abocanhando gente
Sacro o momento resguardado
Num corpo mole
A levantar-se
A remendar com pontos em cruz
Os lamentos escondidos
Metálicos molares
Enfáticos gestos
A furar o pano cru
E um corpo sem mar
Nem céu
Nem terra
Nem véus
Sempre em jeito de contra-fé
Retornando à fé
Reescrita em papiros soltos
No mesmo oceano
O sopro
É Artefacto
Das marés
Ao Giraldoff aqui: http://www.worldartfriends.com/pt/club/poesia/cris%C3%A1lida-ins%C3%B3nia-em-intemporal-inverno
PS: Fizeste-me escrever, pelo que serão palavras tuas, nossas, outras, ou outros tempos, e outros espaços perdidos, esquecidos, ou demorados no nosso tempo?
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Reflexos
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Ocasionalmente
Estou só e nada me faz voltar atrás para me fazer acompanhada de novo.
Gostava de poder fechar os olhos e ver só formas a tentar brilhar no escuro, para que lhes descodificasse os sinais, e as remetesse para o mundo onde guardo todos os meus sonhos...lá está um mundo que quero, um mundo vivo onde as Primaveras são acontecimentos constantes nos meus olhos de menina. Cresci, mas é para lá que volto, sempre que me assusto neste mundo de criaturas prontas a sugar-me todos os poros da minha pele.
(Já nem sei se sou eu que sou, ou se a minha sede de não ser eu).
Caminho e não ando, falo e não me ouço, tenho-me e não me sei no mundo das formas viventes que dão voz às novas formas. Quero e não sei onde buscar a nova ordem onde os quereres são remedeios de todos os meus cansaços.
Acostumada que estou nestes caminhos cruzados, sou centelha ambulante, sou ocasionalmente um sonho a brilhar no outro lado do mundo.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Talvez
Afigura-se-me uma tempestade ao longe
Talvez os ventos tragam boas novas
Talvez o resgate dos vivos
Talvez a contagem dos mortos
Talvez a consumação da vida
Sempre que antevejo uma manhã tardia
Mas sinto o sangue a ferver
E não vejo as mãos as tremer
Talvez seja só um sonho
Talvez me isole do mundo
Talvez seja só miragem
E o deserto a figura carismática
Onde entrego o corpo e liberto a alma
Talvez o resgate dos vivos
Talvez a contagem dos mortos
Talvez a consumação da vida
Sempre que antevejo uma manhã tardia
Mas sinto o sangue a ferver
E não vejo as mãos as tremer
Talvez seja só um sonho
Talvez me isole do mundo
Talvez seja só miragem
E o deserto a figura carismática
Onde entrego o corpo e liberto a alma
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Protagonista
Quero ser protagonista
Simplesmente ser quem sou
Protagonizando o ser
Em ondas rebeldes ver
A revolta que vou dar
Nesse mar que quer ser mar
*
Quero simplesmente ser
Ser quem sou e saber ver
Um palco de tábuas rasas
Rasando os passos que dou
Na história ainda por cumprir
Um mundo por descobrir
*O que faço ou deixo de fazer
É um passo sem medida
Tamanhos os passos da vida
Imensos os tombos que dou
Na tômbola que sempre gira
Na vida que sempre inspira
*A girar, sempre a girar
Rodopio sem parar
Nesse mar que quer ser mar
E eu sempre a naufragar
Quero fecundar o ar
Que m’afronta ao respirar
*
Se as palavras me dissessem
Que a vida é demarcada
Nesse mar que quer ser mar
As rimas que sempre trazem
Seriam por certo o ar
Que me falta inspirar
*********************
Na foto - Rita Silva
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Que ser serei eu?
Acordo de manhã
De cabeça e mente
Sem rumo
Sem definição
Angustiada, pálida
Sem sentido
Sem norte
(Quero, mas não sei
Desejo mas não sinto)
Apelo aos deuses do Olimpo
Misericordiosos
Bondosos
Piedosos
Castos e perfeitos
Não os ouço
Não os sinto
Não os vejo
Não me acodem
Aos meus apelos
(Que ser serei eu?
Porque não me ouvem?)
Crio dúvidas
Dúvidas em mim
De tudo
E de todos
Mas uma certeza tenho
Que nasci e que morrerei!
Não sou indigna demente
Não sou perfeita
Que bom!
Sou um asno
Sem certezas
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Jardins Aquáticos
Sente meu amor
Como a água
Que te lava o corpo
Te mata a sede
Te conduz ao sítio
De todas as nascentes
Onde a alma descansa
Sente meu amor
Como vibra a montanha
Quando acariciada
Pela única bênção
De um paraíso que cedeu
E que nas minhas mãos
Se fez caule, pétalas e flor
Sente meu amor
O perfume que exala
Dos jardins aquáticos
Onde a lua se esconde
E o sol se difunde
Em todas as correntes
Paradas nas minhas mãos
domingo, 1 de janeiro de 2012
Vida lá fora
Vejo as luzes dos candeeiros
Que se acendem
Ouço as vozes
E os sorrisos das crianças
Vejo as águas paradas no Tejo
E ouço ainda a única voz
De um silêncio inquieto
Que eu tão bem conheço
Cá dentro
E a vida lá fora!
Subscrever:
Mensagens (Atom)