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sexta-feira, maio 13, 2022

MILAGRES DA OPOSIÇÃO

A política portuguesa caracteriza-se pelas duas faces dos políticos consoante estejam no governo ou na oposição, no governo dizem sempre que a situação obriga a cautelas e que não se podem satisfazer as expectativas dos cidadãos, já quando estão na oposição prometem satisfazer todos...


 

terça-feira, novembro 02, 2021

OS CANDIDATOS VINDOS DE BRUXELAS

É curioso registar que os dois candidatos à chefia dos partidos de direita são deputados ao Parlamento Europeu, que têm efectivamente passado mais tempo em Portugal do que em Bruxelas.
Talvez poucos se recordem mas nas últimas eleições internas dos seus partidos os dois agora candidatos, recusaram ir a votos contra os que ganharam as eleições. 
Eu sei que anteriormente não lhes cheirava a poder, mas estão agora a reclamar tempo para concorrer à liderança e, poderem apresentar as suas listas. 
Se alguém precipitou as coisas foram os agora desafiantes e o Presidente Marcelo R. de Sousa, e o berbicacho não deve atrasar o processo eleitoral que está à porta, que pode (eventualmente, não estou muito confiante) dar lugar à apresentação dum novo Orçamento de Estado e uma aprovação.
Marcelo tem nas mãos a dissolução do Parlamento (que prometeu), e a data das novas eleições que também prometeu ser o mais depressa possível, o que aponta para duas datas, 9 ou 16 de Janeiro, sendo que a segunda é a que mais consenso reúne. Se as dificuldades dos partidos de direita (que eram do conhecimento antecipado dos candidatos), influenciarem a decisão do Presidente e a data das eleições for atirada para mais tarde, então teremos uma clara suspeita de ajuda aos partidos de direita, nomeadamente do seu próprio partido...  


 

sexta-feira, março 26, 2021

PLANEAMENTO TUGA

Portugal é um país conhecido pelo seu excelente desempenho na tarefa de planeamento. Para tudo, e para nada, constituem-se grupos de trabalho, comissões, e agora Task Forces para idealizar, pensar, organizar, liderar, e sei lá o que mais.
 
Na vacinação tudo começou, aparentemente bem. Era tudo muito simples, com apenas 3 grupos de vacinação, sobretudo ordenados por grupos etários, e as excepções eram apenas para o pessoal da linha da frente e para os portadores de algumas patologias graves, o que foi compreensível e aceite para todos.
 
Como é nossa característica, o que hoje é verdade amanhã já não é, e como os portugueses são todos iguais mas há sempre uns que são mais iguais, e instalou-se a balbúrdia. Os senhores políticos e os seus braços direitos (e esquerdos) passaram a ser prioritários e imprescindíveis (?), e como outros poderes se levantaram, e também foram incluídos todos os órgãos de soberania, e vai daí, mais a módica quantidade de um milhar de pessoas.
 
Se acham que o nosso Governo (?), decidiu que os órgãos de soberania estavam muito sós nas excepções, e vai de colocar na lista de prioritários os docentes e não docentes das nossas escolas e jardins de infância, que serão mais de 250 mil.
 
Será que vão ficar por aqui, e os portugueses com idades entre os 65 e os 79 anos, que é o grupo com menos percentagem de pessoas vacinadas, e que deviam estar já a ser vacinados, poderão ainda via sê-lo em Abril?


 

sexta-feira, outubro 18, 2019

SOCIEDADE CHICLETE


Hoje fui a uma superfície comercial para comprar o Euromilhões, que por acaso é vendido na cafetaria à saída do supermercado. A fila era dumas vinte pessoas, quando cheguei, mas passados uns cinco minutos já só tinha umas quatro pessoas à minha frente, ainda que o cliente ao balcão ser ainda o mesmo de quando cheguei.

O avanço da fila tinha ocorrido pela desistência dos clientes. Desviei a atenção para a moça que estava dentro do balcão e era evidente que estava atrapalhada com a luva que calçava para fazer as sandes, descalçava para fazer os sumos de laranja, calçava de novo para partir um croissant ao meio, e voltava a descalçar para tirar os cafés que transbordaram as chávenas.

À minha esquerda surge um outro funcionário que eu já vira antes na cafetaria, que calmamente começou a retirar louça suja das mesas. Os minutos passavam e depois de dez de espera, a moça estava a atender o segundo cliente, e o funcionário mais antigo passou para dentro do balcão e plantou-se na caixa registando os pedidos que eram feitos à colega, mas ajudar que é bom, nada.

Quinze minutos depois de chegar a fila tinha umas trinta e tal pessoas, apesar das muitas desistências e eu estava em segundo lugar, e foi quando o funcionário decidiu ir para a máquina do Euromilhões e outros jogos, e chamou quem estava na fila para comprar jogo, e lá fui eu ser atendido, mas pelos vistos para jogo eram só três clientes, pelo que a fila não melhorou muito.

Quando acabei de comprar o jogo saí e olhei para as caixas do supermercado e, apesar de ser um cliente semanal do mesmo, não vi uma única cara conhecida, o que já é normal.

Os trabalhadores destas superfícies são jovens contratados a prazo, com baixos salários, que naturalmente não chegam a aquecer o lugar. A qualidade do serviço prestado ressente-se disso, e a culpa não é dos pobres trabalhadores precários mas sim de quem usa e abusa desta precariedade e dos baixos salários.

Eu já só compro aqui uma pequena parte do que necessito, mas vou passar a evitar cá vir, não só pela baixa qualidade do serviço, mas também porque me sinto cúmplice desta situação. Vou experimentar outras lojas como já fiz para comprar o pão, a carne e o peixe.  



domingo, maio 21, 2017

O OPORTUNISMO DA MALTA DO PAPEL

Já começa a ser habitual ler-se nos jornais "os malabarismos" dos "grandes tubarões", ou melhor, dos nossos empresários de sucesso, que acompanham os governantes nas suas comitivas, que são tantas vezes elogiados e até condecorados, pelos seus feitos empresariais.

Agora ficou a saber-se que o seu patriotismo é exemplar, e que para muitos é melhor pagar poucos impostos e noutro país, do que pagar mais no próprio país. É fácil domiciliar empresas noutros países, ainda que ganhem o dinheiro cá dentro, onde pagam mal aos seus trabalhadores, sendo que estes pagam cá os seus impostos. Estes empresários não se eximem de pedir dinheiro cá dentro, por vezes pedindo ajudas do Estado, perdões fiscais e condições especiais de pagamento do que devem, sabendo que depois vão driblar o fisco e beneficiar outro país onde nem sequer têm actividade produtiva.

Sucedendo aos Panamá Papers aí estão os Malta Papers, ou melhor, a Malta do Papel que explora o país e os seus concidadãos, e anda por aí a "cagar postas de pescada", julgando que o seu oportunismo não cheira mal a léguas de distância. 


terça-feira, setembro 13, 2016

A ÉTICA E OS CÓDIGOS DE CONDUTA

Ainda há poucos dias discutia-se se membros do governo deviam aceitar “ofertas” durante o seu mandato, e havia quem dissesse que algumas eram “socialmente aceites”, outros contrapunham que simplesmente “não há almoços grátis”, e que portanto os governantes deviam seguir as normas instituídas para os funcionários públicos, que estão proibidos de receber ofertas, ponto final.

Em Portugal temos uns políticos que se julgam “acima dos restantes mortais”, e que portanto devem regular-se por normas especiais, podendo ser punidos apenas politicamente por quem os escolheu, e posteriormente pelos eleitores, caso sejam candidatos a uma qualquer eleição.

O caso mais recente de conduta inapropriada de um político, ainda que não punível legalmente, atingiu Durão Barroso, que viu os seus pares (excepto os dirigentes do PSD), colocarem em causa o seu novo “emprego” na Goldman Sachs.


Não devia ser necessário haver códigos de conduta escritos para se perceber o que não é aconselhável, ou passível de críticas fundamentadas, a políticos no activo ou recém-saídos de cargos importantes em instituições nacionais ou internacionais, mas pelos vistos alguns só entendem proibições, porque a sua ética é mais “elástica” do que a dos outros…

Aves Pousadas By Palaciano*

segunda-feira, janeiro 18, 2016

BEM-ESTAR E PRODUTIVIDADE



Os grandes empresários portugueses usam sistematicamente os dados (aldrabados) da produtividade, que são baixos, para justificar os salários de miséria praticados na maioria das empresas nacionais. Fugas aos impostos, economia informal e o recurso aos alçapões permitidos pela lei mascaram resultados que as grandes empresas têm, mas que não são os tornados públicos.

Além do que ganham e não é tributado cá dentro, ainda temos os incentivos ao emprego que conseguem através das ajudas estatais, que à custa da exploração dos empregados e das isenções fiscais ainda aumentam mais o seu pecúlio, já de si muito substancial.

O bem-estar dos trabalhadores é uma miragem para a qual os grandes empresários se estão nas tintas. Na verdade, quanto maior for a multidão de pessoas em risco de pobreza extrema, maiores são as oportunidades destes vampiros conseguirem força de trabalho ao mais baixo custo.

Há quem se admire da insatisfação dos trabalhadores portugueses, quem se diga admirado com a cada vez maior desigualdade existente neste país, ou com o aumento dos trabalhadores que vivem em estado de pobreza, mas o que é que está a ser feito para obviar estas realidades?
 
Que mais será preciso para obrigar os nossos governantes a olhar para este problema com olhos de ver? Se as alternativas de cidadania falharem, como tem acontecido, o que poderá acontecer? 


sexta-feira, setembro 04, 2015

TANTA HIPOCRISIA



O problema dos refugiados tem causado muitas paixões, e em boa parte vemos muita hipocrisia à mistura, bem como muitos interesses particulares a virem à tona.

É fácil usar imagens chocantes para puxar ao sentimento das pessoas, porque tudo é dramático na situação dos refugiados, desde a miséria, ao desespero, à tragédia das mortes, passando pelos que se aproveitam da desgraça desta gente, mas há demasiadas questões que nunca são abordadas.

Comecemos pela causa directa desta tragédia imensa, que foi a ingerência nos assuntos internos dos países de origem dos refugiados. Onde estão os responsáveis? Quem são os países que lucram com a exploração das suas matérias primas, e com a venda de armamento para essa zona do globo?

O que faz correr os países ricos europeus, que agora pedem a solidariedade dos parceiros para uma melhor “distribuição do fardo” que são os milhares de refugiados?

Quando estes senhores que se mostraram sempre tão implacáveis com os países que atravessavam dificuldades, e com os seus povos, castigando-os por não serem competitivos, onde estava a “solidariedade” que agora reclamam, ao verem que os refugiados, e muito legitimamente, escolhem os países mais ricos e com melhores níveis de vida, e não os mais pobres e endividados, para refazer as suas vidas?

Respeitar os mais fracos e mais desprotegidos é um dever de todo o ser humano, mas não apenas quando isso nos interessa por motivos económicos ou políticos.  

Foto Manipulada



sexta-feira, fevereiro 28, 2014

TRAMPOLINEIROS

Nos últimos anos temos visto alguns dos políticos que passaram pelo poder passarem para altos cargos em empresas que foram privatizadas, em empresas que têm posições dominantes no mercado, em empresas que fazem grandes negócios com o Estado, e até em instituições internacionais que têm “forçado” alguma da austeridade que nos foi imposta.

Há quem diga que é pela competência que se alcançam aquelas posições, mas também há quem diga que lugares daquela natureza se conseguem com alguns favores ou com obediência cega ao futuro patrão.

Vítor Gaspar é o último exemplo do que foi dito, e se todos se lembram ele também é dos que não gosta de ser chamado político, mesmo tendo passado pelas Finanças, onde foi o bom aluno da troika apesar da sua relutância em o aceitar.


É um facto que não se pode negar, que os políticos que passam pelo governo conseguem alcandorar-se a cargos muitobem remunerados, e que está por provar que seja exclusivamente pela sua competência, porque esta não transparece do seu desempenho em cargos governativos.


sábado, janeiro 11, 2014

SERVIÇO PÚBLICO

Ser governante ou ocupar um alto cargo em instituições públicas devia ser encarado como uma prestação de serviço público, onde em primeiro lugar está sempre o interesse dos cidadãos e não os interesses de alguns ou os interesses próprios.

A actividade política em Portugal, tem sido encarada por parte dos cidadãos como uma actividade onde proliferam indivíduos oportunistas, preenchida por pessoas que defendem os grandes interesses e que são capazes de enganar os eleitores para se alcandorarem no poder.

Infelizmente as coisas são mesmo assim, e é pena que apesar das evidências ainda tenhamos tantos portugueses que se deixam enganar sistematicamente, e muitos outros que tenham desistido de alterar as coisas, abstendo-se de votar e de ter participação cívica.

Nos últimos dias as notícias foram notícia diversos políticos do passado bem recente, em que o governo se submeteu a políticas ditadas por credores e instituições externas, sobrecarregando grande parte dos cidadãos com impostos e cortes salariais e de direitos sociais, que estão em vias de entrar para lugares de relevo nas ditas instituições externas.


Sabemos quais as posições defendidas por estes políticos, sempre alinhadas com a troika, e os processos em que estiveram envolvidos, como as privatizações ou as ajudas aos bancos, e vê-los recrutados agora por instituições de algum modo relacionadas com a sua acção, faz-nos pensar sobre os interesses em causa durante os seus mandatos em funções públicas… 

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

A LIMITAÇÃO DE MANDATOS



Em Portugal as leis servem para ser contornadas, como se pode constatar todos os dias, quer por pessoas quer por empresas que podem contratar os grandes gabinetes de advogados, que em muitos cassos estiveram envolvidos na elaboração das leis.

No caso da lei da limitação de mandatos, está a preparar-se mais um dos atropelos “legais” da lei, perfilando-se já diversos autarcas que atingiram o limite de mandatos, como candidatos a autarquias diferentes como se isso não fosse um claro atropelo ao espírito da lei.

Não sei o que vai ser decidido pelo Tribunal Constitucional neste caso absolutamente claro de inconstitucionalidade, mas a demora da apreciação da constitucionalidade do Orçamento de Estado para 2013, não auguram nada de bom, mas espero estar completamente enganado, pelo bem deste país e da Democracia.