A política portuguesa caracteriza-se pelas duas faces dos políticos consoante estejam no governo ou na oposição, no governo dizem sempre que a situação obriga a cautelas e que não se podem satisfazer as expectativas dos cidadãos, já quando estão na oposição prometem satisfazer todos...
Mostrar mensagens com a etiqueta Logro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Logro. Mostrar todas as mensagens
sexta-feira, maio 13, 2022
sexta-feira, fevereiro 01, 2019
PORTUGAL O PAÍS DAS MARAVILHAS
Depois de se ter passado a crise
que vinha de 2009, e com a posse deste governo, o discurso político começou a
ser optimista e até muito cor-de-rosa, como se o antes fosse negro e o presente
fosse radioso.
O fim da austeridade foi
anunciado, a restituição do que tinha sido cortado fez parte da propaganda, e
até se falou de aumentos que não eram nada disso como já se percebeu.
Portugal nestes últimos anos viu
os rendimentos dos portugueses divergirem claramente do que aconteceu na
maioria dos países europeus, apesar dos bons resultados da nossa economia, e
isso deita abaixo o discurso do governo.
Muito em breve seremos, nós os
portugueses, o quinto país mais pobre da União Europeia, ultrapassados por
países como a Estónia, a Lituânia, a Eslováquia, a Eslovénia, a República Checa,
Malta e a Letónia.
Esta divergência de rendimentos
face à média europeia que se verifica desde 2000 até 2018, e neste espaço de
tempo a dívida pública foi aumentando, o que é ainda mais grave e penalizador
para quem nos vem “vendendo o país perfeito”.
Leitura recomendada AQUI
quarta-feira, outubro 24, 2018
VIEIRA DA SILVA E CONVERSA DA TRETA
O chamado travão às reformas antecipadas, que o ministro Vieira da Silva parece ter retirado da manga na
etapa final da discussão do assunto, é de facto uma grande injustiça e uma
retirada de direitos, por muito que ele argumente em sentido contrário.
Mesmo com a melhor das boas
vontades, é difícil aceitar que o ministro diga que as medidas previstas no OE
para 2019 no que toca a despenalização das reformas antecipadas (nos moldes que
ele defende) são um prémio para os trabalhadores com muito longas carreiras
contributivas. Veja-se por exemplo um trabalhador com 63 anos de idade e com 42
anos de contribuições, que apesar de ter mais 2 anos de descontos e mais 3 anos
idade, terá uma penalização maior do que um colega que tenha 60 de idade e 40
de descontos.
Digam-me por favor onde está a
Justiça das medidas em que Vieira da Silva teima? Um trabalhador mais velho e
com mais anos de descontos será mais penalizado do que outro mais novo e com
uma carreira contributiva menor, dizendo o ministro que está a beneficiar as
grandes carreiras contributivas…
Enquanto o ministro e o Governo
continuarem a pretender ignorar que os 40 anos de descontos (36 para a CGA
quando muitos entraram ao serviço) eram o patamar necessário e suficiente para
a reforma por inteiro, estaremos sempre a discutir o sexo dos anjos com tretas
que são facilmente desmontadas. O factor de sustentabilidade foi apenas uma
invenção para baixar artificialmente o valor das reformas.
quarta-feira, outubro 17, 2018
A SER VERDADE ESTAMOS PERANTE MAIS UM LOGRO
Muito se tem falado das reformas
antecipadas e da “benesse” que este governo ia dar a partir do próximo ano, com
a premissa de que bastava ter-se 40 anos de serviço (descontos) e idade
superior a 60 anos para se beneficiar da não penalização do factor de
sustentabilidade, mantendo-se contudo a penalização de 0,5% por cada mês em
falta até aos 66 anos e 5 meses.
Afinal tudo não passou de um
grande logro, que os governantes deixaram que persistisse na opinião pública e
publicada, até hoje, altura em que o ministro Vieira da Silva veio “esclarecer”.
Segundo o Observador, o ministro
terá esclarecido que, a partir de Outubro, altura em que entram em vigor as
tais condições, “só terá acesso à reforma antecipada quem tenha 40 anos de
carreira aos 60 anos de idade. Como acrescenta o jornal “de futuro, uma pessoa
com 64 anos e 43 de descontos para a segurança social (ou para a CGA, ou ainda
para o conjunto dos dois sistemas) não poderá reformar-se antecipadamente,
mesmo que com cortes, uma vez que aos 60 só tinha 39 anos de carreira
contributiva.
Atirar com notícias falsas, ou
incompletas, e deixar que elas se espalhem durante semanas, para só no fim vir
esclarecer em conferência de imprensa, não abona em nada a reputação do
ministro, do governo, e dos partidos que lhe dão suporte parlamentar. Por outro
lado, a medida é injusta, pois penaliza até os mais velhos, como dá para
perceber.
segunda-feira, novembro 24, 2014
ONDE SE SITUAM OS PROBLEMAS DA SEGURANÇA SOCIAL
Tem sido confrangedor ouvir da
boca de pessoas cultas que os portugueses só podem ter diretos que o país, e a
economia nacional, possam pagar. O discurso é sempre o da escassez dos meios,
do país pobre e da inevitabilidade.
Estas pessoas cultas, em regra
defendem os seus interesses e os interesses de quem representam, e tanto estão
na política, como nas grandes empresas, ou na comunicação social, mas também
são os fazedores de opinião deste país.
Por vezes as notícias desmentem
este discurso, e esta gente, mas sobre isso eles não se debruçam, nem para
fazer um simples comentário. Por acaso hoje saiu um título no Jornal de
Negócios que é muito curioso e que diz: “Portugal é o segundo país da OCDE que
concentra nos mais ricos mais transferências sociais em dinheiro”.
Claro que a notícia não teve
grande destaque na restante comunicação social, ou nos espaços de debate. Claro
que a OCDE divulgou este relatório onde revela que Portugal dedica a maior
fatia das transferências sociais pecuniárias, incluindo as pensões de reforma,
aos mais ricos, numa proporção clara de 40% para os 20% mais ricos, e pouco
mais de 10% para os mais pobres.
Os dados deste estudo mostram que
o problema está mais na má distribuição das verbas e dos fundos da Segurança
Social, que em vez de reduzirem as diferenças existentes, as acentuam. O
discurso da inevitabilidade e da escassez de meios não será afinal o maior
problema, mas sim o modo usado para a distribuição das ajudas.
Nota: Claro que hoje não se pode discutir nada disto, porque existe a prisão do Sócrates, e o assunto das pensões vitalícias, os submarinos e o BES são para cair no esquecimento...
quarta-feira, novembro 07, 2012
A CREDIBILIDADE DA MENTIRA
É formidável o modo como este
governo consegue passar a informação, tanto a nível interno como externo,
mascarando a realidade com o recurso a meias verdades.
Veja-se que até Bruxelas vem
agora dizer que os salários reais em Portugal vão aumentar 0,6% em 2012, mais
do dobro do registado na zona euro. Pelos vistos não são apenas uns quantos
parolos internos, mal informados, que engolem todas as petas, pelos vistos
também os génios de Bruxelas vão na cantiga doce do Gaspar.
Reparem bem que se está a falar
de salários reais, e que uma das explicações que li num jornal era que em parte
era devido à devolução de um subsídio aos funcionários públicos e pensionistas.
Todos sabem que esse subsídio, confiscado em 2012, vai ser engolido pelo aumento
da taxa de IRS normal e pela extraordinária, podendo mesmo não chegar para
cobrir as duas, mas ainda assim, na opinião do governo, os funcionários
públicos vão ser aumentados em 2013.
Já se tinha percebido que o génio
Gaspar erra as contas todas, que foi o que fez até agora, mas convencer
Bruxelas de que os portugueses vão ter aumentos reais de 0,6% em 2013, com um
aumento brutal da carga fiscal, é de mestre.
“Quem dá e depois tira, com o
diabo fica, sua mão danifica, sua avó será maldita e sua sogra ressuscita!”
««« - »»»
Humor à Gaspar
Bernard Cretin
««« - »»»
Caricatura - Obama
By Jason Seiler
Subscrever:
Mensagens (Atom)