É curioso registar que os dois candidatos à chefia dos partidos de direita são deputados ao Parlamento Europeu, que têm efectivamente passado mais tempo em Portugal do que em Bruxelas.
Talvez poucos se recordem mas nas últimas eleições internas dos seus partidos os dois agora candidatos, recusaram ir a votos contra os que ganharam as eleições.
Eu sei que anteriormente não lhes cheirava a poder, mas estão agora a reclamar tempo para concorrer à liderança e, poderem apresentar as suas listas.
Se alguém precipitou as coisas foram os agora desafiantes e o Presidente Marcelo R. de Sousa, e o berbicacho não deve atrasar o processo eleitoral que está à porta, que pode (eventualmente, não estou muito confiante) dar lugar à apresentação dum novo Orçamento de Estado e uma aprovação.
Marcelo tem nas mãos a dissolução do Parlamento (que prometeu), e a data das novas eleições que também prometeu ser o mais depressa possível, o que aponta para duas datas, 9 ou 16 de Janeiro, sendo que a segunda é a que mais consenso reúne. Se as dificuldades dos partidos de direita (que eram do conhecimento antecipado dos candidatos), influenciarem a decisão do Presidente e a data das eleições for atirada para mais tarde, então teremos uma clara suspeita de ajuda aos partidos de direita, nomeadamente do seu próprio partido...