sexta-feira, 29 de março de 2019

Alexandre-Jean Noël (1752-1834), no Museu de Artes Decorativas de Lisboa

Na senda do percurso para o entendimento da pintura do Romantismo em Portugal, seja o de Lisboa, do Tejo, de Sintra, do Porto, e mesmo outros, pensámos que já nos tinhamos referido a Alexandre-Jean Noël (1752-1834) em artigo dedicado, tal como, a seu tempo, sumáriamente fizemos com Nicolas Delerive (1755-1818) e Henri l'Évêque (1769-1832), ou mesmo com Jean-Baptiste Pillement (1728–1808).

Museu de Artes Decorativas de Lisboa.
Sala D. Maria do Museu de Artes Decorativas Portuguesas.
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Todavia tal ainda não tinha acontecido, no entantoo, outros temas, nomeadamente aqueles encomendados por Gérard de Visme, podem ser encontrados em diversos contextos tanto neste blogue, Lisboa e o Tejo, como em Almada Virtual Museum.

Vista da parte ocidental de Lisboa, Alexandre-Jean Noël, início da década de 1790
FRESS

Pintor paisagista, e de marinhas, pré-romântico, ou romântico, barroco para uns, clássico ou neo-clássico para outros, não referenciado por Cyrillo Volkmar Machado, vamos aqui anotar alguns aspectos da sua vida e obra, na perspectiva das existências no Museu de Artes Decorativas de Lisboa.

Vista da parte oriental de Lisboa, Alexandre-Jean Noël, início da década de 1790
FRESS

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Noël, Alexandre Jean (Brie-Comte-Robert 1752 - Paris 1834)

Discípulo de Nicolas-Charles de Silvestre e de seu filho Jacques-Augustin assim como de Joseph Vernet [Claude Joseph Vernet (1714-1789)]; aluno da Academie royale, ganhou o terceiro prémio em 1767, antes de se juntar à expedição científica de Jean Chappe à Califórnia como ilustrador.

Noël regressou a França na década de 1770 e a partir daí dividiu o seu tempo entre França e Portugal, comtinuando a produzir imagens topográficas a óleo, aguarela e guache.

Museu de Artes Decorativas de LIsboa.
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Uma notícia de Lisboa apareceu no London Star,16.XII.1791:

"O Sieur Noel, um pintor francês, que ganhou um confortável livelihiood fazendo desenhos de nossos portos e seus arredores, caiu vítima de sua fúria pela Gallic liberty.  

Baluarte de Alcântara, Alexandre-Jean Noël, 1789
[obra idêntica, Clair de lune, em Amiens, Musée de Picardie].
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Tendo sido frequentemente aconselhado a interromper seus discursos sediciosos, mas em vão, foi preso e colocado a bordo de um navio a pronto a partir, sem questionar para onde.

Rocha do Conde de Óbidos, Alexandre-Jean Noël, 1789.
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Vários de seus compatriotas foram servidos do mesmo modo: modo que o nosso tribunal adopta sem cerimônia."

Rio Tejo e Torre de Belém (efeito de luar), Alexandre-Jean Noël.
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Os pastéis que nos deixou foram sem dúvida influenciados por Pillement [Jean-Baptiste Pillement (1728–1808)], mas as composições são no género Vernet [admirador de Poussin e Lorrain ]. (1)


(1) Dictionary of pastellists before 1800, Alexandre-Jean Noël

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