Uma parada que me preocupa bastante é quando somos tomados por comparações
às vezes até fora de contexto, como se fôssemos todos um molde perfeito uns dos
outros e não somos. Não somos, cara. Cada um de nós representa um universo
paralelo, um campo desconhecido dentro do todo. Somos como teclas de um teclado
de computador, cada uma com sua particularidade capaz de ter e desempenhar uma
função de importância dentro do todo.
Até hoje não consigo compreender o real intuito dessas comparações,
se para elevar o moral ou, de repente, uma maneira de derrubar o que já não
está lá muito erguido. Cá pra nós, comentários de pareando os sucessos de um
com o fracasso de outro não me parece, didaticamente, como um meio para um up
de inspiração. Me desculpa, mas o máximo que se consegue é fazer com que a pessoa venha a se sentir uma droga assim...
Somos diferentes! Somos únicos! Pensamos, sentimos e até vemos as
coisas de um modo diferente. Temos nosso próprio tempo e tentar atropelá-lo não
me parece lá uma jogada muito inteligente. Aliás, tudo acaba se tornando uma
grande confusão quando tentamos alinhar tempo, atropelos, paciência e
inteligência, num momento ou n’outro acabamos quebrando a regrinha básica. Seria
resumidamente simples se funcionasse como um espelho, não é? Mas aí não
seríamos originais, particularmente diferentes, únicos!
Abraço.