terça-feira, 6 de agosto de 2024

Já é agosto, mas eu precisava falar de julho.

O tempo tem se passado e com ele os dias, e eu acabei nem vindo aqui dar o ar da graça. Talvez porque, apesar de estar sem tempo, o tempo tem se passado rápido demais. Talvez porque a alta demanda que preciso cumprir não me tenha deixado sobrar um... tempo? Ou talvez eu esteja extremamente cansado, quem sabe? Freud sabe? A propósito... olá, tudo bem? Como estamos? Se bem, aproveite porque passa...
Chegamos ao capítulo 37 de uma história nada interessante, por isso não há a menor pretensão de bibliografá-la ou televisioná-la. Eu amo o anonimato por achar que há coisas que não dizem respeito ao mundo. Nós somos muito curiosos, e digo isso porque eu também sou muito curioso. Eu também sou movido pela curiosidade e o combustível é informação, mas o acesso ilimitado é prejudicial. Há que se imporem limites.
1 ano, um ano dentro de 17 possibilidades embutidas num todo 37. Veio na décima sexta. Ah, pouco importa. Poderia ter vindo antes? Deveria até, mas cada relógio, muito embora possuam a mesma finalidade, tem sua forma de marcar o tempo. Uns são analógicos, outros digitais, uns a corda. Mas o mais sensacional de tudo isso, a sacada maior é que ninguém acerta a hora, ou seja, o relógio pelo relógio do coleguinha.
Dito isso, meus leitores (eu tenho isso? Haha!), a sua vida não precisa acontecer rigorosamente no mesmo instante com que acontece a do vizinho. É uma parada que vai além da nossa compreensão, muito além da nossa vã sabedoria. Como já comentado, eu sou curioso, no que diz respeito ao acontecimento da vida, sou ansioso também. Mas confesso que soube esperar sem pirar, soube segurar a onda sem deixar a peteca cair.
Se a parada acontecesse como eu desejo, hoje eu não estaria aqui relatando isso, quem sabe eu já não existisse mais... ou talvez não, talvez eu estivesse melhor do que agora e com todos os meus desejos e vontade de vida já concretizados, mas quem é que pode dizer? A gente sempre fica escravo do “e, se”, mas se... talvez não “se”, eu estaria me lamentando sobre o porquê de não retroceder.
A verdade é que executar uma ação ou não, dependendo de como se comportam os dados no tabuleiro, sempre vai nos acorrentar com os grilhões do “e se”, e sabem por quê? Porque isso é viver. Tanto faz se você meteu a cara e fez ou se deixou de fazer, em ambos os casos a vida segue e haverá um evento consequência. O que é melhor: o arrependimento ou o benefício da dúvida? Diz pra mim because I don’t know.

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Yeah, follow the signs!

Oi, e aí?
Não, eu não sei exatamente o porquê de estar escrevendo esse texto, mas tenho certeza absoluta que ele traz uma mensagem importante. Ok que em tudo ele tem um perfil espelhado deste que vos escreve, mas como uma das pouquíssimas e raras vezes, eu não passei, no momento, nenhuma situação que surtisse o efeito estimulante para fazê-lo. Quando não tenho quem observar, estudar e ler, observo a mim mesmo e começo a divagar com a minha mente insana, desejando ter um teclado e uma tela na minha frente para poder transpor todos os pensamentos. Vai que serve para alguém, não é mesmo?
Pode parecer papo de neurótico. Tá de certa forme é, até... mas buscar rotas de desvios ou planos de fugas pode te ajudar a se desvencilhar de situações complicadas. É possível relaxar, se divertir, sem perder a noção do perigo, sem estar completamente rendido às situações adversas. Esteja alerta a qualquer movimento estranho e, mais importante que isso, jamais ignore seus instintos. Jamais dê as costas ao seu senso de perigo... follow the signs.
Não importa muito se é uma via de mão dupla ou se uma via de mão única, de onde eu venho, ao atravessarmos, olhamos para os dois lados. E sendo eu quem sou, eu sempre vou olhar para trás. A arte de observar! Já ouvi chamarem de virtude, já ouvi chamarem de qualidade e, pasmem, já houve quem chamasse de defeito. Há muitas luas, há vários sóis, que somados ultrapassam facilmente a casa dos milhares, eu escrevi sobre a rotina e a necessidade de estar sempre fazer coisas diferentes, quebrando hábitos, rompendo trajetos contínuos, confundindo predadores de vidas.
Ao andar pelas ruas, principalmente se sozinho (a), olhe para os lados, olhe para trás, procure saber quantas pessoas têm à sua frente, meça a distância média de alcance conforme a velocidade das suas passadas, não se distraia pela sinfonia melódica do solo foda que possa estar tocando nos seus fones, seja atento (a), precaver, prevenir é melhor do que remediar. Não conheço nenhum índice que fale sobre acidentes e fatalidades ocorridos por excesso de cuidado, desconheço quem tenha morrido de tal, por excesso de descuido eu já não posso dizer a mesma coisa. Ok, eu não sou assim tão cuidadoso e podemos encerrar por aqui.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

I remember you ♫

Ser autocrítico às vezes nos leva sermos duros consigo mesmo. A busca incessante pela perfeição, a necessidade exacerbada por apresentar resultados, bons resultados, faz com que nos penitenciamos, e mais, faz com que passemos a questionar qual o nosso papel nisso tudo. Qual é, vai dizer que em um momento de desespero você nunca se perguntou: qual a razão de tudo isso? O que eu vim fazer aqui? Qual minha missão nessa terra? Eu nasci por quê?
Ah, eu surfo e navego na marola dessas perguntas há anos. E, não, eu não tenho respostas. E, não, eu não sanei minhas dúvidas sobre qual o sentido de eu estar aqui. Não faço a mínima ideia do porquê de ter vindo ao mundo, não sei com que intuito nasci nessa família e nem o que acrescentei nela. Pra falar a verdade, cada círculo que completo com as minhas caminhadas me deixa com uma enorme interrogação na cabeça. E não vai adiantar virar a camiseta do avesso, não se trata do transe da jiboia.
A verdade é que nos últimos tempos tenho me afastado de tudo, até de mim mesmo... seria um spoiler de que eu estaria voltando pra casa? Mas, cara, que casa? Eu não pertenço a lugar nenhum, pelo menos essa é a clara impressão que tenho. E não me vem com esse papo de se encaixar, isso me cansa, me suga energia. Eu sou pequeno, mas não forço caber em lugar nenhum. Eu tenho consciência de que conquisto espaço, eu sei que consigo ficar. Seja pelo amor ou pelo ódio, mas consigo ficar, marcar.
E por falar em marcar, hoje me lembrei de você (que já foi pra casa tão cedo), saiu não disse nem um “té logo, meu amigo querido”... fiquei chateado, muito embora o nosso afastamento tenha se dado, também, pela minha falta de iniciativa de ir encher teu saco. Mas é que não se vai embora assim, do nada, sem se despedir. Considerei de muito mau gosto a brincadeira! É tão estranho tudo isso, você fica naquela expectativa vã de ver um online que nunca mais vai rolar.

Bem, Thatha... você cumpriu a sua missão e finalizou a sua jornada, seja lá qual que tenha sido ela. E eu, bem... eu vou andando em círculo aqui até compreender como que funciona essa parada chamada vida. Até saber, de fato, para onde ela vai me levar... até a hora de também ir pra casa...

Abraços de saudade!

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Recomeços!!! O tempo é relativo em meio a isso tudo?

E aí? Será que a gente realmente pode recomeçar do zero, sempre que for necessário? Enquanto concluía mais um plantão, resolvi postar um storie e deixei essa reflexão, pois, apesar de ser um grande entusiasta das discordâncias, em 9 meses me de deparei com 5 recomeços. Recomeços abruptos, impostos em virtude de mudanças de rotas, recomeços necessários.
E isso é tão louco, é como um filho de pais separados que possuem guarda compartilhada. Se liga nessa analogia, isso não é papo de maluco, eu te prometo que não: Um período na casa do pai, outro período na casa da mãe. Imaginemos que esse pai e essa mãe já possuem outro relacionamento, são pessoas diferentes atreladas a pessoas diferentes que irão dividir o tempo com a criança. Qual identidade ela vai ter? Consegue percebeu?
Cada período será como um recomeço, pois terá criações diferentes em ambas as casas. A cada visita ao pai um recomeço. A cada volta à casa da mãe outro recomeço. Horários, costumes, novas regras. Em um é mais mimado, n’outro é tratado com a rédea mais curta e severa. E aí eu pergunto, o que vale mais? Vários recomeços ou uma continuidade? No futebol, pelo menos, não funciona.
Mas a vida não é futebol, é um jogo de tabuleiro em branco, onde o adversário é o destino e você não consegue prever qual será a próxima jogada, pois você é peça do jogo. O preço do amanhã! Um bom filme, assisti faz uns 10 anos ou mais! Esse filme retrata bem o ponto G da questão (porque é óbvio e difícil de entender): O tempo! Eu discordo quando colocam que ele é relativo. Não é.

Uma última pergunta, só para finalizar o texto: temos mesmo tempo para tantos recomeços? Vimos ao longo do texto que recomeços às vezes são impostos e acontecem por falta de alternativa, mas qual é a relatividade do tempo nisso? O que eu acho? Acho que não! O tempo vai embora!

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Um parecer de psiquiatria, por favor...

Os dias têm sido bem pesados. Dias difíceis, puxados, uma carga de estresse emocional bem maior do que quaisquer que eu já tenha experimentado, e lidar com isso têm sido umas das tarefas mais desafiadoras até aqui. Eu sei que na vida tudo é um desafio! Viver é desafiador, pois estamos constantemente lutando, buscando a manutenção deste sopro que comanda a mecânica do nosso corpo, que nos mantém aqui neste plano. E, cara, é um elo bem frágil...
Quando estamos em sintonia, e quando digo sintonia me refiro a todas as esferas, estes obstáculos até sugerem superações com um pouco mais de facilidade. E olha que a carga emocional despejada no que faço é tremenda – eu lido com vidas, meus amigos. Hoje retornava do meu segundo dia de cão em sequência, experimentando os questionamentos do meu particular inferno astral: questionando, discutindo, falando o que calei e imaginando que deveria ter calado coisas que falei...
A propósito, todos fazem exame de consciência diário? Aprendi isso com um velho inspetor do colégio fundamental... Não é sempre que faço, mas é sempre válido fazer. Só questionava e, entre cada passada ligeira, minha mente era tomada por um turbilhão de pensamentos que repercutiam o dia e o quão infernal ele foi, e então o céu desabou. Sem abrigo, sem guarda-chuva, eu parei de lutar, diminuí as passadas, aceitei que perdi porque não tinha como vencer... Na vida também é sábio ter essa consciência...
A chuva ela desce e lava né? Vai levando tudo... Nesse meio tempo aproveitei para repercutir outras questões, pois não é só o trabalho que mexe com o emocional da gente... ele só potencializa ainda mais as coisas. Infelizmente não tive capacidade de aproveitar o momento canalizando a chuva. Ela pode ter lavado os pensamentos, esvaziou a mente por alguns instantes... mas não teve acesso a alguns setores importantes, setor que talvez ela deveria ter acessado e lavado...
Esperemos do tempo e sua imensa borracha, na real eu sempre me entendi melhor com ele nessas circunstâncias. A gente vai ficando velho e desaprende uma porrada de coisas, vejam só... eu fiz esse texto exatamente na sequência em que os parágrafos estão postados. Eu nunca fiz texto assim. Eu costumava ser mais cauteloso com meus segredos, defendia e protegia minhas fraquezas, na savana eu sou aquele Leão "predável", eu virei presa fácil. Tô velho! Velho e cansado.


That’s all folks!

domingo, 23 de julho de 2023

Diz-se que se conta de hoje pra frente, então talvez feliz 3.6. (?)

Ainda é inverno, mas hoje o dia nasce como mais uma primavera e teria tudo para ser mais um dia, como tenho colocado que é durante muito tempo nos últimos anos, mas não é. Assim como os que antecederam ou hoje não foram também.
Para nós que escrevemos, narramos uma história (algumas de minhas histórias, no caso), a transmissão acaba se dando em harmonia com como estão os sentimentos no momento em que se está produzindo o texto (pelo menos os meus são assim). Por isso, há algumas luas este dia tem sido igual (embora cada um, dentro de sua própria particularidade, seja completamente diferente do outro a começar pela simbologia marcativa).
Êta nós aqui de novo, rapaz! A impressão que tenho é de que não venho aqui há 1 ano. Será mais uma impressão do que uma realidade? Não sei, eu teria que consultar as configurações do blog e não estou muito a fim de fazer isso, então vamos conceder o benefício real da dúvida.
Mas já perceberam que o mundo está sempre mudando e, com ele, tudo ao nosso redor? O nosso humor muda de um dia para o outro, de um minuto para o outro. Há algumas luas eu não tinha cabelos brancos na cabeça e nem na barba, mas hoje eles figuram imponentes, há marcas do tempo, há vários sinais de mudança.
Antigamente a expressão “você não mudou” era recebida com uma espécie de orgulho, por exprimir certa originalidade, manutenção do “eu”; passando da metade da laranja, começamos a encarar isso com certo receio: “mas, peraí, isso é bom ou ruim?”... 3.6 e eu digo que, sim... hoje eu amanheci de um jeito diferente. As mudanças estão aí, elas são reais e acaba se tornando exaustivo remar contra essa correnteza.
3.6 meus caros e minhas caras! É hora de entender que, sim, mudanças existem, fazem parte do processo evolutivo no qual estamos inseridos, seja por vontade própria ou por imposição da existência, e enxergar que se manter estritamente igual significa parar. Óbvio que há o que se preservar, mas não necessariamente sem a tentativa de aperfeiçoar o que sugere... mudanças?!

É isso, é o que tem pra hoje.

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Sim, eu percebi... mas não vou comentar.

Cara! Já faz algum tempo que não venho aqui. Tudo muito bem empoeirado, mas absolutamente como eu deixei. Exatamente igual como eu deixei! Bem, nós somos assim não é mesmo? Temos por hábito deixar as coisas seja de lado, seja em modo espera, seja no esquecimento, nós simplesmente vamos deixando e o que se espera num retorno, numa volta, num lapso de lembrança, é voltar a olhar de lado e encontrar tudo no seu devido lugar e absolutamente como deixamos, exatamente naquele “ponto morto” que deixamos, vamos dizer assim... Olha, honestamente, eu posso confesso que funciona, hein?
Retornei aqui e está tudo igual como estava da última vez que visualizei a página, mas vocês conseguem perceber a mensagem por trás destas duas linhas? Aqui está igual! Funciona com o blog, funciona com um quarto, uma sala de trabalho onde não andou mais ninguém, coisas inanimadas que necessitam de uma intervenção direta de algo ou alguém, de pessoas, para que mudem de lugar, troquem de posição. Mas nós temos por hábito fazermos isso com tudo sem distinção aparente, mas com pessoas não funciona, nem sempre funciona assim, você não vai lembrar, “voltar” e encontrar exatamente como deixou.
Mas lembra que eu comentei numa das últimas conversas que nós agimos sempre motivados por uma reação esperada? Não é exclusivamente assim que acontece, nós também podemos agir motivados por algo ou alguém, mas na maioria das vezes agimos na expectativa de uma reação causada pela ação, uma reação que esperamos como resultado a quem fora endereçada nossa ação. Mas eu falei também que isso nem sempre funciona, e que também podemos nos frustrar, pois a nossa concepção é quase nula de tão pouco significante em torno do que pensa o outro. Falei que quando jogamos com a reação do outro atiramos no escuro.
O fato de não comentar ou perguntar coisas, de não buscar compreender, o que é uma reação esperada, não significa dizer que passou despercebido, batido. Eu vi, percebi e notei, mas nesse grande jogo de ação e reação eu venho tentando quebrar a roda e acabo frustrando algumas expectativas que jogavam como certas algumas reações. Não vai rolar, me desculpa. E eu perdoo por classificar como falta de consideração, como uma criança birrenta que ameaça se jogar no chão se não ganhar o doce, pode se jogar. Não vou reverter sua ação! Deixarei como você deixou, absolutamente igual, mas é possível que eu não esteja igual na volta.

 

Abrindo 2023 e, diferentemente de 2022, desta vez sem promessas.
See you.