segunda-feira, 31 de maio de 2010

Prémio para Programa de Intervenção Precoce na Infância no Alentejo

Segundo a LUSA, o Programa de Intervenção Precoce na Infância no Alentejo, que apoia cerca de 2400 crianças com deficiência ou problemas de desenvolvimento e respectivas famílias, recebe, esta quinta-feira, em Genebra, um prémio da Organização Mundial de Saúde (OMS). 

O prémio da OMS ao programa alentejano, implementado em 2000 e já considerado, em 2006, como «exemplo de boas práticas» a nível nacional, foi entregue na capital suíça, por ocasião da 63.ª Assembleia Mundial da Saúde. 

Destinado a «pessoas, instituições ou organizações não governamentais» com um contributo «excepcional na área da Saúde», o prémio, no valor de 15 mil euros, é outorgado pela Fundação para a Saúde dos Emirados Árabes Unidos, a funcionar no âmbito da OMS. 

Apoios chegam a cerca de 2400 crianças 

A Rede de Intervenção Precoce do Alentejo foi criada no âmbito do Programa Nacional de Intervenção Precoce, fruto de uma parceria entre os Ministérios da Saúde, da Educação e da Segurança Social. 

O programa envolve cerca de 300 técnicos, distribuídos por um total de 42 equipas que se deslocam ao terreno, apoiadas por 38 viaturas, e presta cuidados em todo o Alentejo em várias áreas: Saúde, Educação, psicologia ou assistência social. 

Os hospitais, centros de Saúde, creches e escolas são entidades que também integram a rede, que permite apoiar a criança sem a «desenraizar» do contexto onde está inserida.

Bactéria relaxante estimula capacidade cognitiva

A exposição a uma determinada bactéria pode influenciar a capacidade cognitiva. Este é o resultado de um estudo que foi agora apresentado no Congresso da Sociedade Americana de Microbiologia, realizado em San Diego, Califórnia.

Já se sabia que a exposição a certas bactérias presentes no meio ambiente podiam ter qualidades anti-depressivas. Dorothy Matthews e Susan Jenks, investigadoras de Sage Colleges, de Nova Iorque, apresentaram uma dessas bactérias, a Mycobacterium vaccae, um microrganismo da terra que é ingerido e respirado de uma forma natural quando se está no campo em contacto com a natureza.

Experiências anteriores realizadas em ratos tinham demonstrado que a bactéria estimulava o crescimento de determinados neurónios no cérebro, o que provocava uma aumento dos níveis de serotonina e uma diminuição da ansiedade. Visto que a serotonina tem um papel importante na aprendizagem, os investigadores começaram a equacionar se a própria bactéria podia estimular a aprendizagem.

No laboratório, acrescentaram a bactéria à comida de um grupo de ratinhos durante um estudo sobre a sua capacidade de moverem num labirinto. Em comparação com os que não ingeriram a bactéria, estes ratinhos percorriam o labirinto ao dobro da velocidade e com um nível de ansiedade muito inferior aos outros.

Numa segunda experiência, retirou-se a bactéria da dieta dos animais e voltou-se a medir a capacidade de percorrer o labirinto. Apesar de se tornarem mais lentos, continuavam a ser mais rápidos que os outros. Três semanas depois, voltaram a ser analisados e ainda restava alguma vantagem, apesar de não muito significativa, sobre os outros. Isto sugere que o efeito das bactérias é temporal.

Dorothy Matthews acredita que esta investigação indica que a Mycobacterium vaccae desempenha um papel importante nos níveis de ansiedade e no processo de aprendizagem dos mamíferos.

domingo, 30 de maio de 2010

Residências falham na reabilitação de doentes mentais

Dados de estudo europeu mostram que qualidade dos serviços atinge apenas os 50% em sete áreas essenciais na saúde mental.

A reabilitação e a autonomia dos doentes mentais que vivem em residências estão a meio do que seria desejável. Um estudo realizado em 11 países dá a Portugal uma cotação de cerca de 50% nas sete dimensões analisadas, sejam elas a qualidade dos edifícios, a autonomia dos doentes ou os direitos humanos.

Graça Cardoso, a coordenadora nacional do estudo Demobinc diz ao DN que a reabilitação é a principal falha das unidades nacionais. "Os doentes estão parados nestas residências, quando eles precisam de fazer actividades para recuperar", avança, acrescentando que havia uma grande discrepância em termos de qualidade nas 20 unidades analisadas em três anos.

O estudo financiado pela Comissão Europeia foi concluído recentemente, após três anos de investigação em onze centros de 10 países. O objectivo primário não era propriamente estudar as unidades, mas sim "criar um instrumento capaz de avaliar a qualidade de vida e os cuidados prestados a doentes mentais graves em unidades residenciais", refere a médica. O objectivo é que as unidades comecem a aplicar este instrumento - Quality Indicator for Reabilitative Care - daqui por dois ou três meses, quando a versão portuguesa desta ferramenta for disponibilizada online.

Depois de consultados peritos e actores centrais na saúde mental (doentes e associações), foram escolhidas sete dimensões essenciais na avaliação da qualidade, reunidas em cinco indicadores. Graça Cardoso, que realizou entrevistas aos gestores e utentes das unidades, lamentou o facto de os recursos humanos terem pouca formação, o que afecta a aposta num modelo de recuperação e reabilitação do doente, a sua autonomia e direitos". E recorda a importância de incorporar a família nas actividades. "Muitas vezes os familiares sabem melhor do que nós o que os doentes precisam". Activar os doentes "não é um luxo". Estas dificuldades foram assumidas por Caldas de Almeida, o coordenador nacional para a saúde mental (ver texto ao lado).

Um dos melhores resultados analisados nas 20 unidades nacionais foi a nível dos ambientes. "Há muitas unidades a que fomos com obras recentes", frisa. Mas outros aspectos, como a privacidade, quartos com o mínimo de pessoas, também tendem a falhar.

"Analisámos o ambiente habitacional, em aspectos como acesso a telefone, jornais, televisão ou a qualidade dos equipamentos e decoração", explica a médica. Outro indicador é o ambiente terapêutico, "que avalia a formação do pessoal, objectivos da unidade, a existência de gestores de cada doente".

Os tratamentos e intervenções, em termos de cuidados de saúde como a alimentação, exercício, planos de tratamento que incluem ou não a família também são avaliados. Já as soluções existentes com vista à protecção dos direitos, como a possibilidade de votar, ter informação sobre apoios sociais, fiscais, entre outros, integram a área de Política Social.

Por último, os entrevistadores analisaram a governança clínica, que abrange aspectos como a equipa de gestão, a existência de inspecções, entre outros.

Prémio Dardos

Com o Prémio Dardos se reconhece os valores que cada blogueiro mostra cada dia no seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.

Foi com alguma surpresa que tomei conhecimento de ter recebido este prémio. Sinto-me lisonjeado...

É com muito prazer que recebo este prémio das "mãos" de uma grande profissional e acima de tudo de uma grande pessoa. Este prémio foi-me atribuído pela Elvira, do Blog: http://pontosdevista-ec.blogspot.com/

O Prémio DARDOS tem três regras:

- Exibir a imagem do selo no blog.
- Exibir o link do blog que recebeu a indicação.
- Escolher 15 blogs para dar indicação e avisá-los.

Ofereço com muito carinho e prazer, a:















Muitos mais mereciam estar aqui...

Ser homem é ser responsável. É sentir que colabora na construção do mundo. (ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY)

sábado, 29 de maio de 2010

Brasil: Software Fone Fácil possibilita conversas telefónicas de pessoas surdas

No Brasil, o software Fone Fácil é o primeiro a possibilitar uma conversa entre surdos e “ouvintes”, sem a necessidade de intermediação de terceiros. O aplicativo permite a transformação da fala em mensagens de texto e vice-versa, permitindo a comunicação em tempo real entre dois surdos ou entre um surdo e um “ouvinte”. O objectivo futuro é fazer com que este sistema possa ser utilizado em qualquer tipo de telefone, e não só num smartphone com o aplicativo instalado. Segundo o gerente executivo da Brava Autonomia, Alexandre Andrade, todo o processo terá como base a utilização do plano de dados e não do plano de voz. 

Um dos voluntários para testar o Fone Fácil foi Rafael Emil, presidente da Associação dos Surdos de Pernambuco (ASSPE), Brasil. Rafael salientou a importância da tecnologia para a comunicação dos surdos. “O software permitirá, por exemplo, que o surdo faça o pedido de pizza sem precisar da ajuda de ninguém”, explica. “O bom do Fone Fácil é permitir que o surdo utilize o telemóvel para fazer chamadas telefónicas e não apenas para enviar SMS”.

Apesar de Emil não ter sentido dificuldades na utilização do software, opina que ainda é preciso fazer alguns ajustes no processo de conversão. “A transformação de mensagem para voz funciona a 90%, mas a conversão da voz em mensagens de texto ainda precisa ser melhorada”. Muitas vezes, o software não é capaz de reconhecer a voz do interlocutor e quando o faz, transmite as palavras de forma incorrecta, o que dificulta a compreensão do texto. 

Actualmente, o aplicativo possui um vocabulário com mais de 10 mil palavras, divididas em quatro categorias: solicitação de alimento, chamadas de emergência, marcação de encontros e gramática genérica.

Segundo Alexandre Andrade, estão a ser desenvolvidos esforços no sentido da resolução do problema da conversão. “Há uma série de obstáculos que precisam ser ultrapassados para que possamos oferecer uma solução perfeita. Uma das questões que estamos a tratar é o aprimoramento do processo de conversão da fala em mensagem”. 

Numa fase Inicial, o software funcionará apenas em smartphones com a plataforma Windows Mobile, mas dentro em breve, a Brava Autonomia pretende testar o Fone Fácil noutros sistemas operativos.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Guia sobre Transição da Escola para a Vida Adulta: Jovens com NEE


No passado mês de Dezembro de 2009 foi publicado o livro “Transição da Escola para a Vida Adulta: Jovens com Necessidades Educativas Especiais / Guia de Apoio para a Comunidade Educativa”. O autor é Francisco José Pires Alves, docente de educação especial e aluno do 2º ano de Doutoramento da Universidade Portucalense no Porto.

Em Portugal ainda existe uma grande lacuna no que se refere à temática da transição para a vida adulta de pessoas com necessidades especiais e esta questão é bastante pertinente e actual, já que com a publicação do DL n.3 / 2008, de 7 de Janeiro, a TVA dos alunos com Necessidades Especiais, passou a ser um imperativo legal e a ter um carácter obrigatório. Neste sentido, o manual apresenta uma síntese reflexiva sobre a dissertação de Mestrado em Educação Especial do autor, demonstrando ser mais um importante contributo para a Educação Especial.

Este guia de apoio encontra-se disponível nos seguintes sítios da internet:



NAERA faz mostra de trabalhos na área da recreação e lazer

O Núcleo de Alunos de Eng. de Reabilitação vai dinamizar uma amostra de trabalhos na área da recreação e lazer no próximo dia 29 de Maio (Sábado) no Dolce Vita Douro (10h-23h).

Os que estiverem por Vila Real no próximo dia 29 de Maio, poderão ver ao vivo os trabalhos realizados na Unidade Curricular de Tecnologias de Reabilitação. 

Apesar de bastante simples, muitos trabalhos consumiram umas largas horas/dias de trabalho e bastante imaginação.

Para terem uma ideia, apresentamos uma lista exemplificativa dos trabalhos que me estou a lembrar neste momento. 
  • Bicicleta, triciclo eléctrico e trotinete eléctrica adaptadas a cadeiras de rodas
  • Mesa de matraquilhos adaptada
  • Raquete de ping pong adaptada
  • Capacete Wii para controlo do rato de PC
  • Robôs com comando IV alternativos (teclado de conceitos e balança Wii)
  • Carrinhos com telecomando RF adaptado e alternativo (via PC)
  • Pista de carrinhos eléctrica adaptada
  • Gamepad adaptado
  • Bola de Goalboall
  • Jogos adaptados a pessoas cegas:
  • Damas, dominós, jogo de memória (descoberta de pares),
  • Jogo do galo, Mastermind
  • Bonecos didáticos: caracolina Braille, Boneco com digitalizador de fala
  • Brinquedos adaptados
  • Lançador de dados electrónico adaptado
  • Layouts de jogos para teclado de conceitos (ex. Pin ball)
No evento irão estar também algumas interfaces para computador pouco usadas em Portugal nesta área. Por exemplo, o Cymouse (usado em Realidade Virtual) que além de permitir emular o movimento do rato com o movimento da cabeça, permite também associar teclas a esses movimentos. Desta forma será possível interagir com jogos controlados pelo teclado com os movimentos da cabeça.

Vídeo do primeiro trabalho referido: Bicicleta adaptada a cadeira de rodas 


Em cada mil nascimentos, dois bebés serão afectados por paralisia cerebral

A "Associação Sorriso da Rita" promoveu uma "caminhada solidária", em Espinho. A iniciativa pretendeu angariar fundos para apoiar crianças, jovens e adultos com paralisia cerebral. A Associação até tem em curso um projecto piloto para ajudar essas pessoas, mas está à espera de subsídios.


quinta-feira, 27 de maio de 2010

EVERY CHILD IS SPECIAL...

Hoje trago-vos um filme que se chama: "Taare Zameen Par - Every Child is Special", Índia / 2007

Sinopse: Ishaan é um menino incompreendido. Gosta de desenhar, mas não aprende nada na escola. O seu pai vê-o como rebelde e envia-o para um internato. Lá, um professor descobre e mostra a todos que Ishaan tem algumas diferenças e um grande talento.


Todos Somos Diferentes...Simplesmente delicioso...

Sobredotados

Existem actualmente ainda muitas ideias fantasiosas em torno da sobredotação. O sobredotado ainda é visto por muitos como alguém que apresenta um desempenho superior em diversa áreas, que tem sempre boas notas nos testes e que por ter capacidades muito superiores à média não apresenta dificuldades de aprendizagem. Os profissionais da educação, bem como a comunidade científica, sabem bem que isto não corresponde à realidade. Estas crianças, embora dotadas de potencialidade extraordinárias, exprimem dificuldades variadas ao longo da escolaridade, muitas vezes sendo identificadas como alunos problemáticos quer ao nível do seu comportamento na sala de aula, quer ao nível do relacionamento com os pares.

A identificação destas crianças é fundamental na medida em que torna possível a criação de condições para a expressão e desenvolvimento das suas qualidades excepcionais e permite resolver situações problemáticas que frequentemente surgem. As crianças sobredotadas são alunos com necessidades educativas especiais, devendo por isso beneficiar de apoio individualizado no contexto da sala de aula.

Segundo José Renzulli (Instituto de Investigação para a Educação de Alunos Sobredotados, Universidade de Connecticut, USA), os sobredotados apresentam um conjunto de características que os distingue dos outros indivíduos, em diferentes planos. No plano das aprendizagens apresentam: vocabulário avançado para a idade e nível de escolaridade; hábitos de leitura independente, mostrando preferência por livros que normalmente interessam a indivíduos mais velhos; compreensão e domínio rápido da informação e conhecimentos e/ou resultados excepcionais em uma ou mais áreas.

Em termos motivacionais, demonstram grande persistência na realização e finalização de tarefas, buscam frequentemente a perfeição e aborrecem-se com as tarefas de rotina. 

No plano da criatividade apresentam originalidade na resolução de problemas, uma elevada curiosidade face a um grande número de domínios e pouco interesse pelas situações de conformismo.

No plano social e de juízo moral demonstram um apurado juízo crítico face às suas capacidades e às dos outros, interesses e preocupações pelos problemas do mundo, ambições elevadas e maior interesse em relacionar-se com pessoas mais velhas.

Estas são apenas algumas características formuladas de uma maneira muito geral e aberta. A revelação destas características depende muito da organização dos ambientes e oportunidades educativas que lhes forem proporcionadas. Tarefas rotineiras, demasiado dirigidas pelo professor, apoiadas na memória e no pensamento convergente (mais reprodutivo que criativo) transformam crianças desejosas de novas experiências, conhecimentos e desafios em crianças aborrecidas e desinteressadas das actividades escolares. Estes factos exigem que após a identificação destas crianças seja definida uma intervenção educativa por parte do professor, no sentido de adequar a sua prática às necessidades específicas da criança em questão.

Qual o tipo de intervenção educativa que deve ser desenvolvida com alunos sobredotados? A resposta a esta questão será dada num próximo artigo.

Bibliografia consultada: 'Crianças e Jovens Sobredotados'. Intervenção Educativa. Ministério da Educação.

Por: Adriana Campos

Ciclo de Sábados: "Falando com quem Faz: "Transição para a Vida Activa" - Norte


Os ciclos de sábado da Pin- ANDEE, "Falando com quem faz" continuam já neste Sábado dia 29/05/2010.

Desta vez o tema é "Transição para a vida activa" e para dinamizar a sessão contamos com Maria de Belém e Alcinda Almeida.

Esta sessão decorrerá na FPCEUP.

Deixo-vos com a morada: 

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Rua do Dr. Manuel Pereira da Silva, 4200-392 Porto 

Aqui fica o endereço através do qual poderão fazer a vossa inscrição:


E o endereço para consultarem o programa:

http://proinclusao.com.sapo.pt/

TIC: um passo em frente

TIC, Tecnologias de Informação e Comunicação, entraram no vocabulário corrente da comunidade educativa. Professores, alunos, pais e encarregados de educação aprenderam a conviver com as novas ferramentas tecnológicas. Os docentes usam-na diariamente, os estudantes de hoje pertencem à geração do computador e os pais estão cada vez mais sensibilizados para a utilização das TIC. Um uso em que todos saem a ganhar, desde que não sejam cometidos excessos. 

Vasco Sousa, professor do 1.º ciclo numa escola de Albufeira, neste momento está dispensado da componente lectiva para ser coordenador e defende a utilização das TIC sem pestanejar. "É muito benéfico em contexto escolar até por uma questão de motivação e aprendizagem para alunos e professores", afirma. A utilização das novas ferramentas é assim analisada de forma positiva, quanto mais não seja em prol do desenvolvimento do percurso educativo. 

A identificação é uma componente importante. Vasco Sousa explica. O facto de os alunos encontrarem nas escolas um objecto familiar, um computador, que usam por motivos lúdicos em casa, e aperceberem-se das potencialidades desse recurso na aprendizagem é um factor essencial. O ensino fica a ganhar. "As novas tecnologias induzem a melhores aprendizagens", sublinha o docente. E a adaptação não é um processo complexo tanto mais que as novas gerações já nasceram com computadores nas mãos. "Uma criança consegue aprender um malabarismo informático do computador mais rapidamente." Vasco Sousa tinha 30 anos quando teve um computador na escola. Os professores mais novos pertencem à geração das novas tecnologias, os mais velhos "têm sabido adaptar-se" à nova realidade. "Até porque é para aí que caminhamos." 

A Internet tornou-se indispensável e Paula Canha, professora de Biologia e Geologia da Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves, em Odemira, garante que é impossível trabalhar sem ela em quase todas as aulas da Área de Projecto do 12.º ano e também no Clube de Ciências. "Desde os contactos com as universidades e com pessoas que são tutores dos projectos até à pesquisa de informação, já nada funciona bem sem um computador ligado à Internet." As TIC são preciosas para a apresentação de trabalhos. 

Na sua opinião, há professores bem preparados para trabalhar com as TIC e outros nem tanto. "É uma área em que estamos sempre a necessitar de mais formação porque a evolução dos meios disponíveis é muito rápida", sublinha. E nem sempre o factor idade é razão para não querer aprender. A apetência para introduzir inovação é também importante. "Há professores que, independentemente da idade, não estão muito abertos à introdução de tecnologias no seu método de ensino." Paula Canha acrescenta: "Isto não é necessariamente mau, uma vez que, por vezes, são excelentes professores e com resultados muito bons; mas também penso que se isto é possível em Português ou Filosofia, já nas ciências é quase imprescindível acompanhar o avanço das tecnologias." 

PowerPoint, animações em Flash, programa Modellus, plataforma Moodle, Escola Virtual. Alexandre Costa, professor de Físico-Química na Secundária de Loulé, considerado o professor do ano, recorre a várias ferramentas dependendo das situações e meios disponíveis. "A democratização da Internet, conjuntamente com a generalização de jogos multimédia entre as gerações mais jovens, faz com que o docente, na sua prática, tenha de utilizar, entre o seu leque de estratégias, métodos interactivos que envolvem as novas tecnologias". O docente defende uma reflexão sobre a utilização apropriada das TIC. E deixa um reparo: "A utilização das TIC não deve ser vista como um maná que resolve todos os problemas. Uma utilização compulsiva das TIC, forçando a sua utilização mesmo quando não há necessidade da mesma, sem variar estratégias, pode ser mais nefasta que positiva". 

Alexandre Costa faz mais uma observação relativamente aos quadros interactivos que, sublinha, "representam um grande gasto energético, o que tem implicações ambientais a montante". "Por esse motivo, não considero apropriado que o quadro interactivo seja utilizado como um mero substituto do quadro tradicional a giz, como já vi acontecer", acrescenta. Seja como for, há cada vez mais docentes rendidos às TIC. "Existem professores que se adaptam muito rapidamente às novas tecnologias e fazem a sua auto-formação e outros cuja adaptação é menos expedita e que apenas utilizam as novas tecnologias quando recebem formação específica", refere. 

Cidadania digital 

Rui Alexandre, professor de Educação Tecnológica e de Artes Visuais, olha para as TIC como mais uma ferramenta de apoio "a algo já adquirido de uma forma 'não virtual'". "Se estou a dar um módulo de fotografia, primeiro faço uma introdução teórica, seguida de uma aplicação teórica seguida de uma aplicação prática com máquinas fotográficas analógicas e, por fim, revelação em laboratório". Só depois é que introduz o processo digital com a explicação da linguagem informática, prática de fotografia digital, manipulação digital em computador. Posteriormente, é feita a analogia entre os dois processos: analógico e digital. Rui Alexandre recorre bastante a programas de manipulação de imagem e design vectorial que lhe permitem, na docência, maior experimentalismo e ferramentas de apoio ao aluno. 

O professor recorda o ditado: "quem não recebeu também não pode dar". "Não se pode exigir uma forte adesão dos professores às TIC quando nunca foram preparados para muitos desses recursos. E por recursos entendo não só a linguagem dos programas, como também toda a parte conceptual que envolve o projecto no qual estão contextualizados." Motivação é, em seu entender, o que faz a diferença. "Independentemente da idade só quem tem motivação para se adaptar ao presente, em constante evolução, terá um bom desempenho". 

Tito de Morais, fundador do sítio "Miúdos Seguros na Net", defende que a utilização das TIC na escola deve abranger vários aspectos como a etiqueta, a comunicação, a literacia, o acesso, comércio, lei, direitos e responsabilidades, saúde e bem-estar, segurança digital. Cidadania digital. Mais além do que a simples utilização das TIC. Em seu entender, há ainda um caminho a percorrer quanto à preparação. "Todos os esforços têm-se focado nas infra-estruturas, enquanto os investimentos no domínio da formação e dos conteúdos estão ainda por fazer. Tal, a par da actualização dos curricula, são elementos essenciais para que as TIC na sala de aula sejam uma realidade." "Neste domínio, os professores estão muito entregues a si próprios", acrescenta. 

A sua percepção é que os docentes mais jovens recorrem mais às TIC do que os mais velhos. "A razão para tal, explica-se facilmente pelo facto de os docentes mais jovens já terem nascido rodeados por estas tecnologias e foram formados recorrendo a elas no seu percurso académico." Enquanto os professores mais velhos têm "de se familiarizar com a sua utilização, antes de se sentirem à vontade para as usarem com os seus alunos".

Por: Sara Oliveira

quarta-feira, 26 de maio de 2010

EnPathia: Tecnologia Adaptativa para pessoas com mobilidade reduzida

A Eneso, Tecnologia Adaptativa S. L. é uma empresa de base tecnológica dedicada ao desenvolvimento de ajudas técnicas para pessoas com deficiência.

Tendo surgido em 2008, como um projecto da Universidade de Málaga, a Eneso nasceu com o objectivo de criar produtos tecnologicamente avançados, acessíveis e fáceis de utilizar. Para cumprir esse objectivo, conta com uma equipa multidisciplinar, formada por profissionais dos campos das engenheirias, da reabilitação e da educação.

Na Eneso realiza-se uma aposta firme na investigação e no desenvolvimento, e no diálogo directo com o usuário na hora de conceber, desenhar e melhorar o produto.

Para o desenvolvimento do EnPathia, um sistema patenteado da Eneso para o controlo acessível do computador, a empresa colaborou directamente com profissionais no tratamento psicológico de pessoas com deficiência da Universidade de Málaga e voluntários de diversas associações de pessoas com deficiência testaram o sistema, dando a sua opinião e contribuindo para a o seu aperfeiçoamento.

O EnPathia facilita o acesso ao computador a pessoas com mobilidade reduzida nos membros superiores.

Consiste num sensor de movimento que se fixa através de uma fita, a qualquer parte do corpo em que o usuário tenha mobilidade, como a cabeça, antebraço ou um pé. Mediante movimentos suaves e naturais o usuário pode mover o cursor, fazer clicks de rato, arrastar e largar, escrever texto através de um teclado virtual, substituindo dessa maneira o rato e o teclado convencional.

Pode-se configurar a velocidade e a sensibilidade do sistema de modo a adaptar-lo à experiencia, categoria, tipo de movimento de cada usuário, e também se pode usar de maneira independente ou, com um ou dois botões comerciais que disponham de um conector jack de 3,5mm. Vários usuários podem compartilhar o sistema num mesmo equipamento, criando perfis de cnfiguração personalizados.

O EnPathia funciona com os sistemas operativos Microsoft Windows e GNU / Linux.

A caixa do EnPathia contem tudo o que é necessário para se começar a trabalhar:

- Sensor de movimento
- Dispositivo USB para conecxão ao computador
- Fita de sustentação
- CD-ROM com aplicação e manual do usuário
- Guia rápido de instalação

O seu preço é de 214€ *, tornando-o acessível tanto a instituições como a clientes particulares.

(* IVA reduzido a 7%, incluido)

Contactos:

Eneso Tecnologia de Adaptación S.L.
Marie Curie nº8, Empresa 7
Parque Tecnológico de Andalucía ampanillas, Málaga
Site: www.eneso.es
Tel: 902 005 561

Traduzido por: Carina Oliveira (colaboradora permanente do ajudas.com)

16 Por cento dos adolescentes são vítimas de abuso emocional

Um trabalho de investigação promovido pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), que avaliou mais de sete mil adolescentes com idades entre os 15 e os 19 anos, de escolas públicas de todo o país, revela que 16 por cento dos jovens confessam-se vítimas de abuso emocional e 13 por cento de abuso físico.

O estudo teve como objectivo estimar a prevalência de jovens envolvidos em violência (participando em lutas e sendo vítimas de violência física, psicológica ou sexual). Para isso, foram inquiridos alunos de 16 escolas públicas das capitais de distrito portuguesas, através de um questionário anónimo.

Os resultados permitiram concluir que os abusos emocionais são o tipo de violência mais referido entre os adolescentes dos 15 aos 19 anos, tendendo a aumentar com a idade. Da amostra, 13 por cento declararam ser vítimas de abuso físico, sendo que o envolvimento em lutas foi mais comuns nos rapazes, especialmente entre os mais novos. Os abusos sexuais atingem de forma similar rapazes e raparigas, com uma prevalência de 1,9 por cento. Não foram encontradas diferenças entre as regiões nas prevalências dos vários tipos avaliados.

Quanto às características socioeconómicas, o estudo demonstrou que os adolescentes provenientes das famílias mais pobres reportam mais violência física. Por seu lado, os filhos de pais mais escolarizados relatam com mais frequência abusos emocionais. Segundo os investigadores, “estes resultados podem estar relacionados com a forma como os jovens, dependendo do ambiente no qual estão integrados, percepcionam a violência”. É possível que os adolescentes de classes mais altas identifiquem como abuso emocional situações que os jovens de classes mais baixas desvalorizam.

As raparigas que se classificaram como “sem religião” referiram mais frequentemente serem vítimas de abuso físico e emocional, no entanto não se observou associação com o envolvimento em lutas. Outras investigações internacionais sugerem que a religião pode influenciar o comportamento destes, na medida em que, quando praticantes de uma religião, estão envoltos num conjunto de regras e valores que exercem pressão na sua conduta, ainda que de forma subjectiva.

Consumo de substâncias e violência

O consumo de tabaco e cannabis também foi avaliado. Como esperado, uma vez que se conhece a relação entre os diferentes comportamentos de risco, o consumo destas substâncias associou-se a todos os tipos de violência, tanto nos rapazes como nas raparigas.

Os dados deste estudo, referentes a 2000, revestem-se de especial importância numa altura em que o bullying está no centro das atenções por causa de casos extremos que vieram a público. No entanto, de acordo com os autores, importa conhecer o fenómeno de violência nos adolescentes como um todo, uma vez que os casos de maior gravidade são apenas “a ponta do icebergue”.

Os investigadores da FMUP lembram que os abusos podem comprometer a auto-estima, a criação de relações interpessoais saudáveis e o desenvolvimento de sentimentos de confiança em si próprio e nos outros. O trabalho foi publicado no jornal científico espanhol

A importância das Novas tecnologias na Escola dos dias de Hoje

Muitos são os professores que nos dias de hoje se vão queixando de falta de motivação dos seus alunos...

Este tem sido um "problema" que muitos vão proclamando como um dos grandes problemas para a Escola de Hoje...E eu serei forçado a concordar...

Falta muita motivação aos alunos, dizem alguns, eu direi falta de motivação...dos Professores...Falta de empenho em muitos casos...

Passo a fundamentar a minha opinião...Vamos assistindo nos últimos anos a uma evolução magnífica a nível tecnológico, a nossa sociedade a cada dia que passa é confrontada com novos equipamentos, cada vez mais sofisticados...As crianças de hoje "já nascem" rodeadas de tecnologia...

A Escola dos nossos dias, salvo em alguns locais, continua retrógrada em equipamento e...mentalidades...

É certo que com o Plano Tecnológico estamos a construir escolas excepcionais, um excelente investimento...Os Magalhães, apesar de todas as polémicas, também são um bom investimento...Mas  na minha opinião faltou e continua a faltar aquele que deveria ser o maior investimento...

A mudança de mentalidades e de práticas nas nossas Escolas e dos nossos Professores...Aproveitando-me de uma expressão de um livro, não podemos dotar as nossas escolas com os melhores equipamentos, com as melhores condições e continuar a ter "Professauros" a leccionar...

A diferenciação pedagógica tem de ser muito mais que uma palavra...Os professores que dizem não perceber nada de computadores devem ser OBRIGADOS a ter formação nessa área...

Como podemos nós, enquanto professores, educar futuros adultos responsáveis, críticos e empreendedores se são os próprios professores o principal obstáculo às novas tecnologias?!? Infelizmente ainda vai havendo pessoas que se opõem à introdução das TIC nas salas de aula, porquê?!? porque dessa forma a estratégia de ensino-aprendizagem (se assim posso chamar...) teria de se alterar radicalmente...e isso dá muito trabalho!!!

E enganem-se aqueles que pensam que os professores são "donos do saber", esse tempo já passou...Temos de organizar novas práticas pedagógicas que tornem as nossas salas de aulas apelativas e dinâmicas...

As TIC poderão ajudar nesse sentido...mas as mentalidades terão de ser reformuladas em conjunto...A nossa sociedade exige cada vez mais, pessoas capazes de trabalhar com novas tecnologias e em muitos casos essa condição é quase uma obrigação...

A Escola também não pode ficar para trás ao nível das novas tecnologias...e muito menos a nível das mentalidades...

É fundamental que a Escola de Hoje "cresça" de acordo com as necessidades da Sociedade actual.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Cybertraining - um manual sobre cyberbullying

O desenvolvimento das novas tecnologias da informação e da comunicação veio acrescentar ao problema do bullying novas dimensões e características.

O cyberbullying, nova forma de bullying que envolve o uso das novas tecnologias da informação e da comunicação, é um fenómeno que tem vindo a ser alvo de crescente atenção por parte de agentes educativos, de investigadores e dos próprios meios de comunicação, face à dimensão que pode assumir, em resultado do uso crescente e diversificado destas tecnologias pelas crianças e pelos jovens. O desenvolvimento das novas tecnologias da informação e da comunicação veio acrescentar ao problema do bullying novas dimensões e características. De facto através do email, o SMS e os chats, o YouTube, e as redes sociais, como o Hi5 e o Facebook, tão significativas para os jovens, para além dos enormes benefícios que trouxeram nos planos das relações, da divulgação e da construção dos saberes, vieram igualmente a revelar-se como poderosos instrumentos de agressão e de perseguição.

Embora exista já alguma investigação nacional e europeia relativamente à temática docyberbullying, ainda pouco se sabe sobre o fenómeno, sobre a sua natureza, o que se reflecte na falta de (in)formação para intervir com eficácia preventiva e educativa. 

O projecto europeu CyberTraining: A Research-based Training Manual On Cyberbullyingtem procurado, por um lado, desenvolver uma compreensão aprofundada deste problema e, por outro, fazer face à ausência de programas sistemáticos e consolidados no diagnóstico e intervenção na situação. Trata-se de um trabalho internacional apoiado pela Comunidade Europeia que teve o seu início em Outubro de 2008 e terá o seu término em Outubro 2010, e que tem como objectivo fundamental desenvolver um manual para formadores sobre cyberbullying fundamentado e suportado numa investigação participada, a nível europeu, por especialistas, investigadores e pelos próprios formadores.

Para além da equipa portuguesa - João Amado (coordenação), Teresa Pessoa e Armanda Matos - Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra - estão presentes 6 países europeus1 na concepção e desenvolvimento de um Manual para Formadores na área do cyberbullying, com edição em eBook e impressa em língua inglesa, alemã, portuguesa e espanhola. 

A concepção e desenvolvimento do manual de formação assentou num processo de investigação multinivel que se processou em diversas fases. A primeira fase exigiu a realização de dois estudos: o primeiro consistiu numa análise de necessidades efectuada pela equipa portuguesa junto de formadores de diferentes países; o segundo, desenvolvido pelo Zentrum für Empirische Pädagogische Forschung (zepf) da Universidade de Koblenz - Landau, na Alemanha, pretendeu sistematizar as perspectivas de especialistas acerca do problema do cyberbullying e reunir informação sobre a investigação e os projectos desenvolvidos na Europa em torno desta problemática. As várias fases representaram momentos de investigação no que concerne à definição de conceitos, de materiais e casos de boas práticas nos diversos países que culminaram em relatórios europeus aprofundados relativos à temática do Cyberbullying e que, finalmente, irão servir de base à construção do Manual de formadores O Manual irá incluir: um capítulo sobre questões gerais da formação; um capítulo sobre questões básicas relacionadas com o cyberbullying; um capítulo sobre questões básicas relativas às TIC; um outro capítulo sobre estratégias europeias para fazer face ao problema do cyberbullying; um outro capítulo sobre como trabalhar com pais; um outro capítulo sobre como trabalhar com escolas, um outro capítulo sobre trabalho com crianças e jovens. Este trabalho terminará com uma compilação exaustiva de referências, links e outros recursos para formadores.

Finalmente o Manual constituir-se-á como um instrumento, de cariz essencialmente prático, que visa responder, de forma eficaz, às dificuldades várias com que os formadores se vêem confrontados nas suas actividades de formação e, assim, apresentar-se como um recurso útil e válido, com orientações, recursos e propostas educativas que possam ter um verdadeiro impacto na prevenção do fenómeno de cyberbullying entre crianças e jovens.

1 A Alemanha, que coordena o projecto através do Centro de Investigação Educacional (Zentrum für Forschung empirische Pädagogische, ZEPF). A Bulgária, através da Infoart que desenvolve projectos em tecnologias de edição electrónica, e-learning. A Espanha, através do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação da Universidade de Sevilha (U.S.), da Universidade Autónoma de Madrid e da Universidade de Córdoba. A Inglaterra, através da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Universidade de Surrey. A Irlanda, através do Centro de Investigação e Recursos Anti-Bullying, Trinity College em Dublin. A Suiça, através da Ynternet.org, Instituto dedicado à investigação e formação em eCultura e que tem participado em vários programas de aprendizagem ao longo da vida.

Autismo, ensino estruturado no modelo Teacch

6º Workshop sobre o Autismo, em Lisboa.

Local: Hospital CUF Descobertas, Parque das Nações, Lisboa

Data: 29 de Maio de 2010

Horas: das 10h00 às 17h00 

Os objectivos deste Workshop são: 

Conhecer o modelo Teacch; Aplicá-lo nas salas do Ensino Estruturado; Identificar e organizar as salas, para introdução do modelo; Avaliar os alunos de forma a planear os objectivos de intervenção; Construir materiais para a implementação do modelo Teacch. 

Os destinatários são os Profissionais com intervenção na área da Educação ou da Saúde da criança e/ou do adolescente, os Estudantes de cursos das áreas da Educação ou da Saúde e os Pais ou Encarregados de Educação.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Campeonato Mundial de Boccia em Lisboa

Mundial de Boccia 2010.

Local: Lisboa
Data: 30 de Maio a 10 de Junho de 2010 

Vai ter lugar em Lisboa o Campeonato Mundial de Boccia que receberá atletas de mais de 30 países.

Contactos:
CPISRA - Associação recreativa de paralisia cerebral e desportos internacionais
Im Sande 9
27793 Wildeshausen, Germany
Tel.: +49 4431 94 54 41
Fax: +49 4431 94 54 55

Ciclo de Sábados: "Falando com quem Faz: Respostas Diferenciadas no âmbito dos PIT: uma experiência"


Decorreu durante o último Sábado mais uma iniciativa da PIN - ANDEE, desta vez não pude estar presente mas o resumo ficou assegurado e cheio de qualidade...

"No sábado, dia 22 de Maio a Pin-ANDEE, dinamizou mais um “Falando com quem faz”: O Sol quente de Primavera não afastou os mais de cerca de quarenta participantes para partilhar uma temática pertinente: Respostas Diferenciadas no âmbito dos PIT, uma experiência de uma escola de segundo e terceiro ciclo, partilhada por Jorge Humberto.

O dinamizador iniciou a partilha, com a citação de Mittler (2003) referindo que “o sucesso de qualquer sistema educativo inclusivo ou exclusivo, pode ser melhor pulsado pelos jovens que o estão deixando”, salientando deste modo, que a escola deve dar o seu melhor contributo com a melhor preparação possível. Dentro de uma perspectiva de escola inclusiva que se preconiza, referiu a Inclusão como o objectivo da eficácia na conjugação dos recursos para o envolvimento e participação plena de todos os alunos, porque a inclusão é mais que aprender todos juntos, é oferecer ambientes de aprendizagem adequada, mas promovendo sempre opções educativas de acordo com cada aluno.

A questão que nunca se pode colocar é que não se pode transitar um aluno por não ter as competências essenciais, o mais importante é que ele acompanhe ao máximo as actividades da sua turma num total envolvimento na vida escolar.

Foi ainda salientado a importância da equipa de toda uma instituição no envolvimento de actividades que privilegia em primeiro lugar o tempo e actividades dos alunos com Currículo Especifico Individual, existindo neste projecto diferentes oficinas (Culinária; Jardinagem; Costura; Bricolage), tendo como objectivo principal existir sempre um produto final, valorizando assim a aprendizagem no contexto tornando-a significativa. Estas oficinas têm um propósito crucial na funcionalidade, sendo os apoios antecipatórios em relação à turma e às actividades desta e não compensatório em relação à funcionalidade, de modo a contemplar a plena participação, mesmo em aprendizagens funcionais. Apresentou ainda os leques diversificados de soluções e recursos (humanos e físicos) para a implementação deste projecto.

Com o seu humor peculiar, o dinamizador foi referindo que mais do que preocupado com a legislação ou com um documento normalizado, o mais importante é fazer o que tem que ser feito, ou seja, a necessidade de executar na prática o melhor possível para bem dos alunos que acompanhamos.

Em jeito de conclusão, refiro que de facto as práticas educativas só são verdadeiramente avaliadas quando os alunos saem da escola mais do que quando estão nela, no sentido de nos preocuparmos com as oportunidades que proporcionamos aos alunos com que trabalhamos.

Para além dos recursos, tempos e espaços, o que mais realço nesta partilha é a eficácia e os factores promotores na pertinência da exequibilidade deste projecto, salientando-se aqui o papel da direcção da escola na aposta prioritária a este projecto, a importância fundamental do recurso humano com perfil, dos envolvidos que planificam atempadamente para que as actividades funcionem! Sabe-se e foi referido que muitos professores, dão da sua boa vontade para dar mais tempo à escola, porque muito do que foi apresentado vai para além do que um docente faz no seu horário.

Como questões finais e ainda sem resposta, foi lançada à discussão a transição destes alunos num futuro inclusivo com direito a trabalharem numa empresa ou a aquisição da habitação própria! Porque estas respostas têm que se prolongar para além da realidade educativa."