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terça-feira, 11 de julho de 2023

O lixo dos ricos

Foi tema no recente teste de Cidadania, a roupa descartada pelos E.U. e Europa que acaba no deserto chileno, a ser queimado numa fogueira permanente, que produz fumo negro interminável. 

A facilidade com que as pessoas, sobretudo as gerações mais jovens, adquirem roupa tornou-se um problema global. São baratas, e estão ao dispor de todos, fisicamente a um clique, vindo mesmo do outro lado do mundo, como da China, sem qualquer dificuldade; por outro lado, a moda acelerou o passo, mudando as tendências sucessivamente, e as redes sociais promovem essa mudança constante, tornando o mecanismo da moda imparável. 

Se por um lado a imprensa martela no tema das alterações climáticas, também contribui para este consumismo exacerbado, afinal as marcas de roupa, as grandes cadeias, são as suas patrocinadoras, o que constitui um contra-senso, denunciam o problema, mas também contribuem para ele. Por vezes, fico espantada com aquelas "notícias" que me surgem no feed, de revistas online, a promover uma peça de roupa, como se fosse notícia, do tipo "O vestido que todas querem usar este verão", indicando a marca do mesmo. Mais não é do que publicidade mascarada. 

Para que a roupa seja muito acessível é produzida em países onde os direitos dos trabalhadores não existem ou são muito diminutos, o que torna o produto anti-ético. E que os materiais usados sejam de fraca qualidade, recaindo na escolha do poliéster, que ao ser queimado, lá no deserto chileno, forma aquelas nuvens negras e tóxicas, nada amigas do ambiente. 

A propósito, o número de pessoas com alergias cutâneas tem crescido imenso, e embora se fale também que poderá dever-se à qualidade do ar, ninguém parece sobressaltar-se com o uso de materiais nas roupas artificiais, sendo que a matéria-prima a ser indicada deveria ser a natural, algodão, linho e lã, biológicos, preferencialmente. 

Não é correcto que o lixo dos ricos seja "vendido" aos mais pobres, aliás, considero isto escandaloso. De qualquer forma, a atmosfera não tem fronteiras, o que torna a expressão "what goes around comes around", nada literal. 

A mudança no mundo, começa em nós, que cada um faça a sua parte, de forma consciente e empática, menos teoria e mais prática.  

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Agenda verde

Há anos que escrevo aqui sobre o meio ambiente e ecologia, partilhando ideias que visam proteger o nosso planeta, e que pratico, aliás, praticamos todos cá em casa. É uma forma de vida, quando se tem consciência dos benefícios e malefícios que as diversas formas de vida trazem. Porém, constato desde há uns tempos que esta agenda verde está a ganhar um impulso suspeito pela parte da elite globalista que visa, mais uma vez, submeter a humanidade. Já falam no aumento de impostos, na proibição de veículos privados, e noutras ideias estapafúrdias, que menciono adiante.

Como em tudo, o caminho do meio é o mais acertado; disseram-me, recentemente, que para economizar água uma determinada pessoa (no caso, com trabalho ambiental) passou a tomar banho dia-sim dia-não; isto para mim é impensável porque não dispenso o meu duche diário. Mas lá está, duche rápido, com chuveiro que mistura água e ar, e com balde na banheira para guardar a água que cai primeiro fria, e ser usada posteriormente. Nem 8 nem 80!

Relativamente aos carros eléctricos, que inicialmente também me pareceu ser uma opção amiga do ambiente, sei agora que são mais poluentes do que os de combustível fóssil, pois são altamente poluentes na produção e tratamento das baterias, quando são descartadas. Haverá, certamente, uma forma de locomoção mais ecológica, e económica, seria preciso que alguém apostasse nisso, mas sei que os lobbies ligados a este sector são extremamente fortes e reactivos. Entretanto há alternativas, como as boleias partilhadas, por exemplo; e quem vive nas cidades, com vasta oferta de transporte público nem sequer precisa de carro, e quando precisa, como já me contaram, para ir de férias, alugam, disseram-me que até fica muito mais económico do que ser proprietário. Porque, convenhamos, uma família de quatro, e quatro carros estacionados à porta, é mesmo demasiado.

Acredito, de facto, que a forma como os países evoluídos vivem actualmente não é sustentável para o planeta, e em segunda instância para nós; quer dizer, a poluição causa doenças, e mortes. Portanto, temos mesmo de mudar o nosso modus vivendi. Outro exemplo, é o da alimentação; agora até sugerem que as pessoas comam insectos e larvas, parece que são nutritivas! Blhec... que as comam eles! Lembra-me há uns anos um episódio com uma amiga blogueira, que já partiu para outra dimensão, em que ela comentava que tinha comido, pela primeira vez, avestruz e perguntava se mais alguém já tinha experimentado, e eu comentei que estava na fase de cortar animais da minha dieta, não de adicionar novos. Portanto, sem querer ofender ninguém, creio que o caminho da evolução humana passa por aí, reduzir a lista de animais, não acrescentar outros. 

E dizem ainda que para alimentar uma população tão extensa a agricultura tem mesmo que ser feita com recursos químicos e sementes geneticamente modificadas. A agricultura biológica e permacultura vêm mostrar que não; ah, mas é mais cara e nem todos podem pagar! Não necessariamente; primeiro, quantos mais produzirem desta forma, maior a oferta, mais descem os preços; segundo, temos também de mudar a forma como nos alimentamos; comemos mal e demais. Ninguém precisa de comer um frango inteiro, como já tenho ouvido dizer. Para mim isto é aberrante, mesmo quando cozinhava carne para toda a família, as porções eram o equivalente à palma da mão, porque a refeição compõe-se de outros alimentos, arroz, batatas, legumes, sopa e sobremesa. Parece-me que essa sofreguidão não é de comida, mas um mecanismo para compensar uma falta qualquer, que cada um deveria analisar num estudo sobre si mesmo. Em suma, se vamos depender das propostas "deles" para solucionar os nossos problemas alimentares, ou comemos porcaria, ou comemos porcaria, e ficamos doentes.

Por fim, outro suposto problema é o excesso de população, que dizem, o planeta não comporta; há poucos anos atrás eu até acreditava nisto, mas não sei, de há um tempo para cá estou mais céptica. Em primeiro lugar, nem sequer tenho a certeza que a população mundial seja aquilo que eles dizem. Em segundo, mesmo que seja, há já quem tenha feito contas interessantes, como por exemplo o Ytuber Daniel Simões, um estudioso destas questões, que afirma: toda a população mundial caberia no estado do Ceará, cada um num espaço equivalente a um pequeno apartamento! E esta, hein?! Quando começamos a puxar o fio das narrativas oficiais, o castelo de cartas desmorona-se dramaticamente.

Vivemos num sistema disfuncional, que por um lado promove os bens materiais, proporcionando meios para que as pessoas sejam acima de tudo consumidoras, e por outro quer beneficiar também com isso, penalizando-as por consumirem excessivamente. 

Quando nós viajamos vamos que nem sardinha em lata nos aviões, já a elite que se reúne para defender a natureza, viaja para este fórum, e aquela reunião, cada um no seu jacto, e fazem-no constantemente. Vivem em mansões onde caberia meia dúzia de famílias, e não apenas possuem uma, mas duas, três, quatro, uma em Londres, outra em Nova York, outra no Havai, Dubai, e nas suas ilhas privadas. A propósito, Al Gore, o supra sumo das alterações climáticas, ainda mantém a mansão que lhe custou 12 milhões de dólares à beira mar! Enfim, o dinheiro que cobra pelas conferências catastróficas está mais seguro à mercê das águas marítimas em subida desenfreada pela orla costeira do que nos bancos, suponho.

Por conseguinte, esta coisa da Agenda Verde mais não é do que condicionar, limitar e delimitar a humanidade. E ainda nos enfiam pela goela a baixo o sentimento de culpa! As fábricas que produzem em todo o mundo, para alimentar o consumismo, enriquecem somente os empresários, e uma dúzia de multimilionários de forma obscena, não quem lá trabalha, por um salário que mal dá para viver.

Por fim, sejamos conscientes do impacto das nossas escolhas, sim, façamos uma reflexão sobre o que podemos melhorar, alteremos hábitos, tendo em vista a defesa da natureza, e da Terra, mas sem nos deixarmos cair noutra canção do bandido. 

O sol quando nasceu, nasceu para todos! 

  

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Viagem no tempo

Enquanto esperávamos a hora do expresso na Rodoviária, o Duarte, que é fascinado por História, perguntou-me, se eu pudesse, qual o período da História que eu gostaria de visitar; de vez em quando faz-me umas perguntas que me fazem pensar mais um bocado. Ainda me faz disto.
Lembrei-me primeiro, e disse-lhe, que viajar para o passado era quase sempre muito perigoso, sobretudo quando se é mulher, mas recordando-me precisamente disso, respondi: ao tempo de Jesus Cristo, para o ouvir falar e talvez seguir durante algum tempo; e também ao de Sidharta Gautama, para o observar em silêncio hipnótico, debaixo da árvore. 
- Ah, querias assistir ao nascimento de duas religiões, conclui ele. Não era por isso, era apenas para estar próxima e sentir a energia daqueles dois seres incríveis. 
Nem sequer me lembrei de me projectar para o futuro, porque se o passado me assusta, então os tempos que hão-de vir atemorizam-me, e isso, definitivamente, era algo que não gostaria de partilhar com ele.
A perspectiva de um mundo apocalíptico não é algo que eu julgue positivo, na educação dos filhos;isso somente lhes tira a esperança no futuro. E destrói-lhes a infância, como afirmou Greta Tunberg.
Creio que positivo é ensiná-los a estar neste mundo fazendo o seu melhor, fazendo a parte deles, porque de facto, esse é o único contributo alcançável.
- Tu não mudas o mundo, faz o que podes, e o teu mundo muda, e com isso o mundo muda contigo.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Pintura abstracta nos céus?

 
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Há uns anos atrás comecei a notar os crescentes rastos no céu, dos aviões. Na altura pensei que fosse natural, apenas vapor, e que se os rastos se multiplicavam, era devido ao número crescente de voos, consequência das companhias aéreas low-cost que começaram a fazer esta rota. Porém, observando os aviões, intrigava-me que uns deixassem rasto, e outros não. E também, a forma como os rastos se dissolviam no céu me parecia estranha, vão-se desfazendo sem desaparecerem, alargando-se numa tela que cobre o céu azul, diluindo-o. E entretanto, comecei a ler sobre geo-engenharia, e a compreender o que realmente se passa. 
De início, apenas alguns sites escreviam sobre o assunto, parecia aquela coisa das teorias da conspiração, coisa de maluquinhos, que é o argumento que se usa quando se pretende ridicularizar alguma coisa, sem sequer esgrimir argumentos sérios. E portanto, os jornais também começaram a falar da geo-engenharia, e a própria Nasa* reconheceu que estão a utilizar a geo-engenharia para manipular o clima. A motivação é boa, supostamente regular o clima, mas na verdade, é uma estratégia que comporta riscos e consequências que ninguém conhece e muitos começam já a denunciar, como causas de mais males do que benefícios. Uma dessas pessoas é Dane Wigington**, que associa esta prática a doenças e desastres da natureza, e se tornou uma espécie de porta-voz do movimento anti geo-engenaharia. 


Se fizer sentido que nos radiem dos céus com químicos, e que estes são inócuos para seres humanos e todo o planeta, e aqueles que o habitam, não se preocupem com isto. Mas entretanto, olhem o céu mais vezes, admirem-no e reparem naqueles linhas brancas sobrepostas. Se este cenário for tranquilizador, ainda assim, indague-se o porquê de tudo isto estar a ser feito silenciosamente.


*Nasa 
** Dane Wigington
Revista Visão 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Pela sua saúde...!


Já tinha visto excertos desse documentário, mas não na totalidade. A forma como este mundo funciona é doentia e o seu Senhor é o dinheiro. Descobrir que instituições que pensamos ser fidedignas e que defendem a nossa saúde estão na mão das grandes corporações, deve por-nos em alerta máximo. Deveríamos questionar sempre o que nos dizem ser bom, certo, seguro, e procurar a informação por vias travessas. O espírito crítico é fundamental, para vivermos conscientemente neste planeta.

É de extrema importância que as pessoas vejam, e reflictam no estilo de vida que fazem. Poderá ser um ponto de viragem para uma vida saudável e mais longa.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Moda - a grande poluidora

via

Já notaram que nos filmes do futuro as pessoas estão sempre vestidas de igual? Ou então, vestem uns fatos que parecem de plástico ou de qualquer outra matéria artificial? Não é ficção, é projecção. É uma ideia que, à partida, rejeitamos com repulsa mas receio que não tenhamos outra solução e consequência; estamos num ponto em que exageramos no consumo, e a balança há-de procurar o equilíbrio, passando por um período de carência.

Constantemente saem notícias sobre as alterações climáticas, os desequilíbrios atmosféricos, os recursos naturais que se esgotam, espécies animais que se extinguem (e muitas outras ameaçadas), a poluição, as doenças causadas por ela, enfim, a própria sobrevivência da humanidade está em causa, se continuarmos a viver da forma que temos feito.

Sabemos que a indústria do petróleo é a primeira poluidora, que a industria agro-pecuária também ( é preciso mais de 15 mil litros de água para cada quilo de carne), mas não se fala da industria da moda, que segue imediatamente em segundo lugar depois do petróleo. Para fabricar umas calças são necessários 8.000 litros de água, e para uma t-shirt 2.500, o que é absolutamente espantoso dado o  número incalculável de peças de roupa, fabricadas em todo o mundo. 

Nunca como antes a moda foi tão barata, nunca como antes o apelo ao consumo foi tão grande, de forma que comprar roupa que não se precisa, se tornou banal. Pois não podemos, não devemos. E a própria industria o reconhece, por isso tem investido em formas de reciclar roupa, utilizando a devolvida pelos clientes, utilizando materiais recicláveis, e promovendo até a moda vintage
Embora eu me ponha à parte, porque para mim há décadas que é normal, sempre que pude adquiri em segunda mão (normalmente no estrangeiro, cá praticamente não existia), para a minha geração comprar roupa "usada" era absolutamente impensável. Portanto, é com grande satisfação que vejo as gerações mais novas, alheias a esse preconceito. Estive na semana passada no Porto, e percorri algumas lojas Vintage, com a minha filha, levando ela própria uma lista com as ruas onde as poderíamos encontrar.  A Letícia habituou-se comigo a fazer compras nestas lojas, portanto nada invulgar, mas a minha surpresa foi encontrar estas lojas cheias de jovens clientes, investidos na procura do artigo certo, algo bonito e único. E isso deu-me um pouco mais de esperança acerca do futuro.

As montras das lojas estão, novamente, expondo as colecções da Estação; tentações em formas e cores, do que não precisamos mas que desejamos, para renovar o guarda-roupa, para variar, para compensar um dia menos bom, uma satisfação momentânea. O clima deu a reviravolta que o justifica, mas a situação planetária, não. 
O consumo exacerbado é anti-ambiental, e é esse mantra que devemos repetir para nós mesmos, quando pensarmos em comprar algo que não necessitamos. É mais fácil falar do que fazer, portanto reconheço que já não há tempo para nos mentalizarmos gradualmente, mas se todos condescendermos um pouco que seja, no cômputo geral o impacto será massivo.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

"A alimentação é uma questão de segurança"



Estes dias, ouvi na rádio sobre um estudo em Inglaterra, relativo à obesidade, que lhe atribuía uma série de doenças, entre as quais cancro, e que aumentaria a um número absolutamente assustador nas próximas décadas, sobretudo entre as mulheres. 
E não apenas porque a alimentação e saúde estão intrinsecamente ligadas e são fundamentais à vida humana, mas também porque devemos  proteger o planeta para os nossos filhos e netos, a informação tonar-se vital. 
Não vale a pena desviar o olhar, fazer ouvidos moucos, nem fingir que a realidade não existe, porque se nada fizermos, muito certamente, ela irá bater-nos à porta.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Dia Mundial do Ambiente - e eu não quero ir para Marte!

 
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Hoje é Dia Mundial do Ambiente, e para celebrar a data ficamos a saber que se todas as pessoas do mundo usassem os recursos do planeta como os portugueses, eles acabavam hoje. Calha que nem ginjas, para festejar o dia! 
Talvez noutros países, o consumo dos recursos seja ainda mais acentuado. Mas isso realmente não interessa nem poderá servir de desculpa; consumir o que o planeta produz num ano antes deste terminar, é consumo exacerbado e incomportável, para a Terra. E como um ecologista afirmou num documentário que vi há alguns anos, a Natureza é sábia, quando se depara com algum problema, ela trata de o solucionar. É bom de ver, que o problema aqui somos nós, a raça humana.

O Duarte dizia-me ontem que daqui a alguns anos, será possível comprar um bilhete (de 240.000€!) para ir a Marte, em turismo. Fez-me lembrar aquele outro projecto, de enviar um grupo para o mesmo planeta, só com bilhete de ida, havendo desde já há alguns anos cerca de 100.000 candidatos. O objectivo é instalar uma colónia a fim de preparar o planeta para receber mais terráqueos.
São alternativas, dizem uns, são diversões tresloucadas, digo eu. Quando temos aqui o planeta perfeito para nós, idealizamos colonizar planetas hostis à vida humana, sendo-nos esse esquema servido como sonho maior da humanidade! 

Por que não há-de ser o projecto, tratar cuidadosamente do nosso planeta? Com a responsabilidade de quem sabe que outro planeta igual a este não existe, como plano B. Parece-me muito mais simples, mais saudável, menos dispendioso e menos arriscado. 
Mas não, querem-nos impingir a ideia de que a conquista do espaço nos está destinada, e que é por esse caminho que devemos ir. E que entretanto, nos comportemos tão bem como até agora, alegres consumidores, inconscientes das consequências de um estilo de vida predatório, que enriquece escandalosamente lobbies, corporações e multinacionais. 

Hoje é o Dia Mundial do Ambiente, e embora cada vez mais pessoas mudem a forma de estar neste planeta, sintonizando-se com a natureza e respeitando o planeta como lar único e perfeito, ainda não chega. Temos que o fazer massivamente. E agora. 

quinta-feira, 30 de março de 2017

Reciclar Roupa

 
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Há uns anos, quando surgiram as famosas lojas dos chineses, muitas pessoas começaram a comprar aí roupa e calçado, dizendo que os baixos preços compensavam a baixa-qualidade; que não importava que a roupa se degradasse após algumas lavagens: deita-se fora, e compra-se outra. Também se variava! 
Algum tempo depois, notícias sobre alergias que estas roupas causavam, e más experiências vividas na pele, literalmente, derrotaram esta tendência.
Porém, as grandes cadeias de vestuário também oferecem roupa muita barata ( que, a propósito, também se degrada rapidamente); aliada a uma moda sempre muito actual, com uma grande rotação por estação, oferecendo pelo meio promoções fora de época. Enfim, um pacote irresistível! Que nem sequer foi beliscado pela notícia de um grupo de blogguers de moda, que após visitarem fábricas de roupa em países asiáticos, voltaram indignados com as condições de trabalho que viram. A noticia correu mundo, tornou-se viral, mas depressa caiu no esquecimento. 
As montras são apelativas, os preços igualmente, e as pessoas têm que se vestir, não é? 

Contudo, as marcas sabem que os consumidores estão cada vez mais atentos ao ambiente e impacto que as indústrias têm nele. Escolher uma via que tenha isso em conta é marketing ético, e publicidade é publicidade!

Foi pioneira em 2013, a H&M, ao colocar contentores nas lojas para recolher roupa que os clientes já não usam. Isto deu qualquer coisa como 22 mil toneladas. Seguiu-se a Zara, nas principais cidades espanholas. 
A ideia é voltar a vestir a roupa (em lojas de segunda mão), transformar noutros produtos, e transformar em fibras têxteis para produção de novas peças de roupa. 
Quando 95% da roupa deitada ao lixo pode ser reciclada ou reaproveitada, este projecto torna-se gigantesco e com impacto ambiental digno de nota. 

O conceito das lojas ecoeficientes estende-se à baixa do consumo da água e electricidade, às emissões de dióxido de carbono ( na produção e transporte), às lixeiras e aterros ( destino final). As cadeias multinacionais pretendem implementar este conceito em todas as lojas por todo o mundo. É um investimento de milhões, que sem dúvida trará também às empresas dividendos, seja em forma de economia, seja pela publicidade. 
Posto isto, não deveríamos nós, consumidores, fazer o mesmo? Reduzir no consumo, fazer escolhas mais criteriosas, tendo em conta a produção dos materiais, preferir o Made in Portugal, pagar mais para guardar as boas peças mais tempo. Sentir que as corporações aliviam a nossa consciência, é resultado da publicidade; eles fazem a parte deles, nós fazemos a nossa. 

Via
The huffingtonpost
Revista Ponto Verde , Janeiro-Fevereiro-Março 2017

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Um Mundo melhor para os nossos filhos?


Não concebo o exercício da parentalidade plena, sem a inclusão dos grandes assuntos como a defesa do meio-ambiente. 

O CETA não foi assinado por um triz ( abençoada Bélgica!), mas quase ninguém quer saber. A humanidade continua no seu ritmo autofágico, a maioria de nós vivendo o presente, não se questionando ou preocupando com o futuro das gerações vindouras, filhos e netos. 

Em oposição, os Indígenas continuam a fazer a defesa da Mãe Natureza, #NoDAPL, agora mesmo, por exemplo, e desde há meses, em defesa do rio Missouri que abastece de água 17 milhões de norte-americanos, e do seu território. Porque água é vida e está em risco de ser contaminada com petróleo. São exemplos que nos deveriam inspirar.

Temos que mudar a nossa forma de viver, parar de compactuar com as grandes corporações. A maior revolução, e a mais eficiente, é mudar hábitos de consumo; a mensagem mais clara é aquela que afecta as finanças das corporações. E isso nem sequer nos coloca em perigo, não nos sobrecarrega financeiramente, não nos rouba horas do dia, não nos expõe. 
Tudo pelo contrário.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O Saco do Pão




Apesar de actualmente os sacos de plástico serem cobrados ao cliente, os de papel ainda não. Pelo menos agora as pessoas contentam-se em levar o pão no saco de papel, pois antes a maioria insistia em levar os dois. 

Mas convenhamos que não é nada ecológico, e continua a ser um encargo financeiro, para as padarias. Urge, por todos os motivos, que voltemos ao uso do saco de pão de pano. Para dar um empurrãozinho, a padaria onde compramos o pão, oferece um saco de pano. Personalizado! Não é uma bela ideia? É assim que se educam as pessoas, recuperando velhos costumes.

Acho que é um óptimo presente de Natal. Aqui.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Era uma vez um Planeta...




Era uma vez um lindo planeta azul. Tudo nele era perfeito e exuberante; um mar rico em vida, reflectindo o azul do céu; uma fauna maravilhosamente diversificada; e uma flora absolutamente gigantesca em variedade, beleza e abundância. 
Depressa se tornou lar do homem, que passou gerações a descobri-lo, a explorá-lo, e a maravilhar-se com tanto esplendor e riqueza. Tudo o que o homem necessitava a natureza dava-lhe. O sol aquecia-o, e fazia crescer a vegetação. O solo dava-lhe nutrientes para que as suas plantações crescessem saudavelmente. A água cristalina saciava-lhe a sede a regava as plantas. O vento refrescava-o, e empurrava as embarcações. Havia um equilibro entre o planeta e o homem, embora o Planeta não fosse do homem, mas este fosse do Planeta. 
Todavia, os homens multiplicaram-se, e por serem muito numerosos começaram a acreditar que eram os donos do planeta, e que este existia unicamente para os servir. Exploraram-lhe exaustivamente os recursos, esgotaram filões, sujaram-lhe as águas puras, maltrataram-lhe o solo, e poluíram o ar, tudo para adquirirem mais coisas, que transformavam noutra coisa, chamada dinheiro. 
O equilíbrio perdeu-se. O homem esqueceu que necessitava do planeta, mas que este não precisava dele, e continuou a maltratá-lo. 
O pior aconteceu quando um dos homens, dominado pela ganância de ter mais, se lembrou de reclamar para si a posse das sementes; já não eram da natureza, ele guardava-as num cofre, e misturou-lhes um pó mágico, para que elas fossem mais resistentes, e ainda mais abundantes. Embora contaminassem tudo à sua volta, embora gerassem plantas estéreis. E vendeu-as por um preço muito alto.

Outro homem lembrou-se de reclamar para si a água. Quem quisesse beber teria que pagá-la. Não poderiam ter poços nos seus quintais, nem sequer recolher água da chuva. A água era dele!

Outro homem, lembrou-se ainda de se apropriar do ar. Quem pretendesse ter uma boa saúde teria que pagar pelo oxigénio mais puro, e por isso teria que adquirir as suas máquinas.

E outro homem ainda, apoderou-se do sol! Chamou-lhe seu, e tudo e todos que necessitassem dele haveriam de pagar bom dinheiro.

O Planeta ia perdendo as suas cores maravilhosas, e adquirindo um tom cinzento. Assim como o homem. Mas este não via nem compreendia que destruindo o planeta se destruía também. 

Qualquer semelhança desta história com a realidade não é pura coincidência. 
O nosso mundo, tal como o conhecemos, está a sofrer imensas transformações. Somos muitos, e pior, temos um estilo de vida incompatível com o que o planeta nos pode dar, e regenerar. Para colmatar, grandes grupos económicos, lobbies poderosíssimos, estão a fazer pressão sobre os governos mundiais para se apropriarem dos bens naturais das nações; pretendem salvaguardar a soberania corporativa, acautelando-se contra processos judiciais por crimes contra o ambiente, mas permitem-se processar o Estado. 

Aceitar a legitimação da mudança do paradigma do poder das grandes empresas coloca-nos num nível inédito de perigosidade. 
Enquanto cidadãos, não podemos permitir que tal aconteça. 

Enquanto mães e pais, preocupamo-nos com a alimentação dos nossos filhos, com a educação, com a saúde, e naturalmente com o futuro deles. Por tudo isso deveríamos estar nas ruas, em massa, a protestar contra a assinatura do Tratado Transatlântico. E no mínimo dos mínimos, assinar a petição. Aqui.

Mais informação:
1. TTIP e CETA, o que são?

2. 1O razões contra o TTIP 

3. Espanha privatiza o sol

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O Revivalismo está na moda!

 
Via

Tudo tem um lado bom. Tudo. Mesmo que por vezes não seja evidente, ou imediatamente identificado. Esta crise trouxe também algumas coisas boas, práticas que tinham caído no esquecimento e foram recuperadas, por exemplo. E ainda que inicialmente o impulsionador fosse económico, o ambiente também beneficia. E como nós precisamos de mudar a nossa forma de estar aqui na Terra, adoptar algumas práticas do tempo das nossas mães e avós, pode ser uma opção muito compensadora.

Algumas propostas:

Cozinhar em casa - Cozinhar está na moda, é ver só a quantidade de programas desta temática e livros dos mais variados autores, que têm sido publicados. A diversidade permite-nos escolher melhor, conhecer receitas práticas e rápidas, para quem não quer, ou não pode, despender muito tempo na cozinha. Cozinhar as nossas refeições permite-nos ter uma alimentação mais sã, utilizar ingredientes mais frescos, e conhecer a origem dos mesmos.

Reparar - Ainda que muitos electrodomésticos sejam, lamentavelmente, produzidos de forma a não poderem ser reparados, a possibilidade existe, até que algum técnico nos diga o contrário. Sendo sempre mais económico, e melhor para o ambiente. Calçado e roupa também merecem tratamento de manutenção e recuperação, existindo costureiras e sapateiros que o façam muito bem.

Jardinar - Ter um pequeno terreno, aonde se possa cultivar uma horta ou fazer é um jardim não tem preço. Cultivar os nossos legumes, ou flores, para alegrar a casa, implica exercício físico, e arejamento mental. As propostas para o jardinagem vertical vão crescendo, possibilitando que a quem falta terreno, possa cultivar uma mini horta, na varanda, por exemplo.

Mezinhas - Nesta época, os meus filhos adoram xarope de cenoura, para a tosse. Mas também canela com mel, que comem às colheradas. E chás. Particularmente, gosto de beber sumo de limão com água morna, de manhã.  A natureza é a nossa primeira farmácia, sendo que frequentemente temos todos os ingredientes em casa, para aliviar dores de garganta, constipações e gripes. Sem contra-indicações.

Caminhar - Há percursos que podemos muito bem fazer a pé, ou de bicicleta. É mais económico, não-poluidor e mais saudável para nós, já que estamos a fazer exercício e apanhar sol; necessitamos diariamente de sol, que nos proporciona vitamina D e previne a Depressão.

Faça-você-mesmo - Há uma série de coisas que podemos ser nós a fazer; costurar uma peça de roupa, tricotar uma gola super moderna, fazer um bolo mais elaborado, até pintar as paredes de casa, ou restaurar um móvel. Não sabe?  Eu também não, porém tricotei um gorro recentemente, tal qual a minha filha queria e não encontrávamos nas lojas. O YouTube está repleto de lições e mestres.

Suponho que seja por estas e outras que por vezes me sinto, como diz o meu filho, antiga. Muito antiga. 


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Guili - A segunda Pele do Seu Bebé


Via GUILI

Há palavras que me tocam particularmente, tal como sustentável, e orgânico, por exemplo. Incluem conceitos que me são caros, e que eu tento cultivar tornando-os uma forma de estar na vida. Portanto, quando estes se conjugam com roupa infantil, o meu interesse activa-se automaticamente.

Creio que não será novidade para ninguém que os casos de alergia de pele estão a aumentar, nomeadamente nas crianças. E isto deve-se ao facto, entre outros, de usarmos variadíssimos produtos que incluem químicos na sua composição e produção. Por conseguinte, o ideal seria privilegiar vestuário o mais natural possível, sobretudo na primeira infância. E com esse objectivo, surge a Guili - uma marca de roupa infantil que se propõe como uma segunda pele, da criança e da natureza.

Os seus produtos de algodão, são por isso tratados desde a semente, com o maior respeito pelo ambiente, pelos trabalhadores envolvidos na produção e confecção, pelo produto em si, e por quem os vai usar.

A longevidade do vestuário e a saúde do seu portador, são de facto levados a sério pela Guili, sendo por isso reconhecida com os selos GOTS e Oeko-Tex, que garantem a filosofia inerente à marca. 

Por fim, a colecção é giríssima, aliando um visual muito estimulante ao conforto da segunda pele.

Para encomendar, e usufruir de 10% nas compras, basta enviar um email para [email protected], com a indicação do Mãe... e muito mais, juntamente com os artigos pretendidos. 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Uma Árvore Nativa no Gandarela


Via Ikebana Flores
 Em Dezembro recebi um presente especial: uma muda nativa foi plantada, em nome do Mãe... e muito mais, na Serra do Gandarela, no Brasil. Apenas porque aceitei o convite do Ikebana Flores, divulgando uma campanha em que acredito. E acredito também que todos os contributos são  importantes, até os mais pequeninos.  
Senti-me imensamente grata por pertencer a este movimento. Quem sabe para a próxima campanha, não se junta a nós?!
"A campanha Plante Uma Árvore” teve mais uma etapa concluída, no dia 29 de novembro de 2014, realizada em Rio Acima – MG no “Pé da Serra do Gandarela”. Ipê branco, ipê Crioulo, ipê amarelo, mogno, jacarandá, sucupira, aroeira, peroba, jequitiba, entre outras mudinhas nativas foram semeadas no bioma do cerrado do Gandarela, em nome de um blogueiro ou site apoiador, contabilizaram 307 mudas nativas plantadas durante todos os plantios.
A Comunidade Mãe e Muito mais publicou um post sobre a campanha Plante Uma Árvore e deixou sua árvore nativa no Gandarela.
A floricultura SP Ikebana Flores irá plantar em nome de todos os blogs e sites que noticiarem essa causa, para informar a população a respeito do monopólio da mineração, que devasta a serra do Gandarela.
Estamos fazendo a nossa parte, e você?
Entramos para a 4ª. fase do plantio e também estamos doando mudas do cerrado durante a campanha, basta vir a Ikebana Flores Av. Getúlio Vargas, 1697, Savassi, Belo Horizonte-MG.
Até o próximo plantio.  AJUDE ESSA CAUSA!  "

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Alugar brinquedos em vez de comprar?

Catavento cortesia de Alugar para Brincar

Tenho a impressão que em cada casa com crianças que conheço, os pais poderiam fazer do quarto de brincar uma loja aberta ao público. Cá em casa, poderíamos. 
É com bastante pena que olho os brinquedos esquecidos e sem uso, frequentemente a desarrumar os espaços, lamentando o dinheiro despendido, que agora me parece ter sido excessivo.

Porém, as crianças precisam de brincar, não apenas para se entreterem, mas porque também fazem exercício físico, desenvolvem a motricidade fina e grossa, a imaginação, a comunicação, o calculo, etc. proporcionando-lhes lições valiosas que aplicarão nas suas vidas.
Portanto, os pais e educadores devem facultar-lhes condições para tal. É também certo que as crianças se cansam muito dos brinquedos. Que exigem uma rotatividade que implica novidade, o que leva ao consumo excessivo. Isto, pesa-me sobremaneira, no entanto, existe agora uma solução excelente para mudar este cenário, que tal, em vez de comprar os brinquedos, apenas alugá-los?


 " A  Alugar para brincar- é a primeira loja online de aluguer de brinquedos a operar na região Norte.

A Alugar para Brincar dirige-se a todos que queiram proporcionar o máximo de divertimento às crianças dos 0 aos 6 anos. Há brinquedos para todos: particulares, festas, férias, eventos empresariais, salas de espera, organizadores de festa, produtores de catálogos. A sua oferta inclui marcas de referência, privilegiando-se o brincar em família e brinquedos diferenciadores em relação à oferta atual do mercado, de qualidade e duradouros. 

 As condições de segurança são cuidadosamente analisadas para a sua inclusão na oferta, bem como é rigorosa a higienização após cada utilização. A visão da empresa é oferecer mais diversão às crianças e maior qualidade de vida aos seus familiares e demais clientes, disponibilizando um serviço que promove o consumo sustentável, a prática do reuso, a valorização da partilha, a responsabilidade do cuidar e o poupar dinheiro, tempo e espaço.
São mais diversões por menos dinheiro, pois ao alugar um brinquedo, o cliente particular paga em média apenas 20 por cento do seu preço de venda no mercado e todos os meses pode trocar por outro brinquedo!
Para os adultos a preocupação assenta na qualidade e no custo dos brinquedos. Para as crianças o que conta é a quantidade e a variedade, mas depressa se desinteressam, colocam os brinquedos de lado para se entusiasmarem com os novos.
Além disso, muitos dos brinquedos têm um prazo de uso muito curto. Após cumprirem a sua específica tarefa de ensinar e estimular são arrumados. Outros brinquedos a destacar são os das férias: ocupam mais espaço, têm um custo mais elevado e são gozados num período de tempo mais reduzido. Os escorregas, o baloiço, a casa de jardim são alguns exemplos de brinquedos sazonais que só reúnem vantagens em ser alugados!
Para as festas, férias e empresas, os pacotes são personalizados, de acordo com as preferências.
As entregas/recolhas são gratuitas e feitas ao domicílio no Grande Porto, Viana do Castelo, Esposende, Barcelos, Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão.
1, 2, 3 e troca de brinquedo outra vez."

Uma opção a considerar para mudarmos hábitos que se vão provando obsoletos. 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Plante uma árvore!

Via

Acredito que aquela famosa frase, do poeta cubano José Martí: " Plantar uma árvore, ter um filho, escrever um livro", não seja para todos. E não há mal algum nisso; embora a maternidade seja algo maravilhoso, não é obrigatório que todos a sintam dessa forma e tenham vontade de a vivenciar.
Embora a escrita faça parte da nossa vida diária, poucos sentem o desejo de escrever um livro. Mas plantar uma árvore....ah isso, já acredito não ser um apenas um sonho de todos nós, mas também uma obrigação!

A nossa passagem neste planeta provoca muita poluição, desgaste de tudo o que a natureza nós proporciona, deixando uma pegada impressa com uma profundidade que não será apagada antes da próxima geração. Então, creio que todos temos a responsabilidade de tentar minimizar ao máximo a marca que deixamos aqui, porque esta marca, quando falamos do ambiente, não é boa.

Uma marca boa é plantar uma árvore, por exemplo. É ter a noção de que o ar que respiramos não tem fronteiras. Por isso a Amazónia é conhecida como o Pulmão do Mundo. Por isso em todos os países os activistas se manifestam para pressionar os políticos, na defesa do meio-ambiente.

O Mundo é um só, estamos nele agora, é nossa obrigação preservá-lo para as gerações futuras. Não me cansarei de o repetir, as vezes que forem necessárias, e por isso adiro sempre a este tipo de projecto, como a campanha “Plante Uma Árvore”, da Floricultura Ikebana Flores, em parceria com o Coletivo Cirandar, vem semeando ações de plantio na Serra do Gandarela, em Rio Acima-MG, em nome de todos os blogueiros  e sites que abraçam essa causa.


 “Cada postagem, se torna uma muda nativa plantada pela Ikebana Flores no bioma do cerrado da Serra do Gandarela, em Rio Acima- MG”.
 
Nós estamos fazendo a nossa parte, e você? Entramos para a 3ª. fase do plantio, totalizando 242 mudas nativas plantadas ao todo na região: Candeia, Ipê Branco, Ipê Crioulo, Ipê Amarelo, Mogno, Jacarandá, Sucupira, Aroeira, Peroba, Jequitiba, Araça, entre outras.

É só passar pelo Horto, para receber grátis a árvore a plantar. Caso não possa, divulgue a iniciativa da forma que lhe for possível.
Saber que este meu texto se transformou numa nova árvore na Serra do Gandarela, causa-me uma enorme satisfação. É o minímo, não é?!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Meu blogue é neutro em CO2


Há assuntos que me tocam particularmente, e temas ligados ao Ambiente pertencem a esse grupo. Quando o pessoal do Gesto Verde me contactou, dizendo que o meu blog produz quase 3,6 kg de dióxido de carbono por ano, senti-me imediatamente inquieta.
Ele é necessário à vida, mas em excesso torna-se extremamente nocivo, inclusivamente provocando as famigeradas alterações climáticas.

Não gosto nada da ideia de poluir. E pensar que apenas por ter um blog estou a produzir essa quantidade deste gás, deixa-me muito desconfortável. O minímo que poderia fazer era aceitar o desafio, e escrever alertanto sobre o assunto, pois com isso, o Gesto Verde vai plantar mais uma árvore, rumando em direcção às 500 árvores nativas do Brasil, que têm como objectivo plantar.

É no Brasil, sim, mas como eu tenho a noção de que não há fronteiras para a atmosfera, a árvore do Mãe... e muito mais, pode muito bem ficar lá. Agora posso dizer: " O meu blog é neutro em dióxido de carbono, neutralize o seu também; saiba como.

500 árvores, 500 blogs, isto não é nada! Quem me acompanha?

quarta-feira, 7 de março de 2012

Detergente para a máquina da roupa - feito em casa

Convém agitar, antes de usar!
Foi no Pinterest que encontrei a receita para o detergente da máquina de roupa; depois disso, duas ou três blogueiras afirmavam fazê-lo e utilizá-lo, elogiando a sua eficiência na lavagem e economia. Outro factor importante, é um detergente amigo do ambiente.  Um trio irresistível, ao qual não resisti!


Detergente para a máquina da roupa
Ingredientes:
2 litros de água
30 g de bórax
30 g de carbonato de sódio ( Não confundir com bicarbonato de sódio, ou carbonato de cálcio!)
100 g  de sabão rosa ou azul

Como fazer:
Aquecer a água numa panela; cortar o sabão aos quadrados pequenos ( era suposto ralar, mas achei mais prático assim), e juntar à água que deve estar entre o morno-quente. Baixar a temperatura para o mínimo e deixar derreter o sabão, mexendo sempre com uma colher de inox.
Estando derretido, juntar o bórax e o carbonato de sódio, mexendo até estes dois ingredientes se dissolverem; retirar do lume. É importante que durante o arrefecimento mexa sempre até esta mistura engrossar.  
Até esfriar completamente, mexer ocasionalmente.
Estando fria, vazar para um recipiente. Eu utilizei um de amaciador, porque o plástico é bastante forte e a tampa serve de medidor para cada lavagem.

Falei em economia no primeiro parágrafo, não foi? Contas feitas:
bórax - 0,60€ Farmácia
carbonato de sódio - 0,50€ - Farmácia
sabão azul - 0,30€ - Drogaria

Dois litros de detergente dá cerca de 30 lavagens ( uma tampa da embalagem), ficando a 0,5 cêntimos por lavagem.

Reduzi as quantidades da receita original, pois para fazer o teste 2 litros seria suficiente. Demorou cerca de meia hora a preparar este detergente.
A roupa tem saído bem lavada, inclusivamente alguma que tinha nódoas de chocolate. E melhor ainda, desinfectada, pois o Borato de sódio é antisséptico.
Continuo a utilizar amaciador. Que aliás, deve andar com os dias contados!

Até breve!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Eu venero o sol, o vento, o ar, e a água

 (Imagem)
Foi há muitos anos, não  recordo quantos exactamente, mas lembro-me nitidamente da impressão que a visão das centrais nucleares me causaram, ao viajar através de França. E a impressão foi negativa, foi de medo e de desconfiança.

Quando há alguns anos atrás, uma personagem da política nacional se lembrou de construir uma central nuclear em Portugal, eu voltei a sentir o mesmo receio e apreensão. Felizmente a opinião pública não recebeu nada bem o projecto, e este não passou disso mesmo. Deo gratias!

Ao longo dos anos, tenho lido, esporadicamente, sobre a população de Chernobyl; sobre a terra que ficou contaminada, sobre as pessoas que morreram e sobre as crianças que nasceram, doentes e deformadas. A vida continua para muitas dessas vítimas, porém após o desastre, é uma vida de luta pela sobrevivência. E parece-me que o mundo se esqueceu disso; felizmente nem todos os países, como Cuba, por exemplo, que apesar do embargo, apesar da severidade do estilo de vida, ainda possui uma parcela para a solidariedade, recebendo centenas de crianças em hospitais à beira-mar, onde estas fazem curas e tratamentos, durante meses e mesmo anos, longe das suas famílias, sem qualquer custo para estas. 

Obviamente a evolução da raça humana se deve a investigações, estudos e experiências, das quais muitas envolvem enormes riscos; contudo, parece-me que os sucessos nos cegaram impulsionando-nos a maiores riscos, para maiores resultados, dando-nos a pretensão de que podemos dominar aquilo que criamos.

Infelizmente, isso não acontece. Existem imponderáveis, como um sismo por exemplo. E então chegamos à conclusão de que estamos a brincar com o fogo. Que lidamos com forças e conhecimentos mais poderosos do que inicialmente julgamos.  E que não sabemos ao certo como lidar, como resolver, como solucionar os problemas que surgem. E por isso, uma nação inteira treme e ora de medo, e o resto do mundo ajuda como pode, com tecnologia e oração também.

E nessa pausa de expectativa, a China, a França e Alemanha suspendem projectos nucleares. Outros países revêem as suas politicas de gestão e manutenção das centrais nucleares. E nós deixamos a nossa respiração em suspenso.

Se já antes eu achava que deveríamos aproveitar os recursos da natureza para produzirmos energia, aproveitando o sol - através dos painéis solares, aproveitando o calor do solo- geotérmica, aproveitando o vento- turbinas eólicas, e através das ondas do mar, hoje estou ainda mais convicta de que esse é o caminho.

Talvez um dia as casas do futuro sejam totalmente independentes, utilizando a energia que a natureza lhes fornece. E a industria, também. E os países igualmente. Esse é verdadeiramente o tipo de ficção científica que me interessa - que a evolução da raça humana, nos proporcione um planeta seguro, e limpo.

Mais do que venerar a tecnologia, eu venero o sol, o vento, o ar, e a água.

Tenha uma óptima semana!

Este post é dedicado à Rose, uma leitora querida, que vive no Japão.