segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Viver num Postal


Perante a maravilha das fotos da minha amiga norueguesa, comentei "beautiful!, ou que ela respondei "Beautiful and horrific at the same time". 

Viver no meio da natureza, portanto um pouco isolada, e ter a neve pelo meio da casa, olhar em redor e ver aquele manto branco até perder de vista deve ser realmente... claustrofóbico, talvez. Tanto a um nível da vida prática como da mente. 

Já há anos que digo que a neve é linda, como um postal. Viver no meio dela, nem pensar! Mas é bom ter consciência das duas faces da moeda, embora conciliar a beleza com dificuldades e limitações deva ser um desafio extremo. Extremo como ter a casa metade submersa em neve. 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Dica de Almoço Completo Vegetariano

 


Já ia começar a almoçar quando me lembrei de fotografar o prato, para partilhar fora dos moldes habituais. Variar é preciso. O empratamento está assim para o descuidado, reconheço, mas o que lhe falta em visual abunda em sabor, garanto.

A Letícia adora este tipo de refeição, constituído por diversos alimentos, e eu também gosto imenso. Faz-nos lembrar quando vamos ao restaurante com buffet, o que acontece muito raramente, aliás.

Fiz um risotto com um pouco de cebola picadinha e azeite, este risotto já vem preparado, compro a granel. Era de cogumelos e tomate secos. Muito bom. 

Acompanhei com couve-branca em Juliana, salteada em azeite, um dente de alho, temperada com sal e pimenta, e já pronta juntei-lhe sementes de sésamo e cânhamo.

Para o couscous, hidratei uma chávena com água fervente até cobrir, envolvendo com uma colher de sobremesa da sopa de legumes da Koro, cobri com película, ficando assim por 15 minutos; em seguida piquei uma cebola roxa pequenina, vários tomates-cereja cortados aos quartos, e misturei com o couscous, envolvendo tudo, e finalmente reguei com molho vinagrete. Decorei com azeitonas temperadas em azeite, alho e tomilho. 

Fica a ideia para um almoço completo, e bastante simples. 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

A Nossa Capacidade de Regeneração

72-Year Old Turns Back the Hands of Time in Less Than One Year!

A mãe de um amigo meu, que tem 85 anos, continua quase tão ocupada como antes, apenas já não trabalha fora, claro, porém desfruta da reforma, há décadas de forma muito activa, viaja muito e para destinos exóticos e distantes, escreve para um pequeno jornal, faz ilustrações, convive com as amigas e família, cozinha e trata da casa, dá jantaradas para as amigas, filhos e netos, etc. , etc. Tudo menos ficar parada em frente à televisão, que aliás desligou quando começou o circo do terror em 2020, e só lhe fez bem, dado que vivia sozinha, o que constitui um feito ainda mais digno de admiração. 

Portanto, estamos sempre a tempo de recuperar a nossa vida, resgatando algo que foi deixado para trás, ou começando algo que nunca fizemos e queríamos fazer, inclusive a forma física e capacidades perdidas ou negligenciadas. Porque esta vida merece ser vivida plenamente, até ao fim! 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

A Língua é um Reflexo da Inteligência?

Estes dias uma amiga a modos que gozou comigo por eu ter usado uma palavra numa mensagem, que segundo ela parecia saída do Eça (já não consigo lembrar-me de qual, e a nossa conversa no WA vai tão longa que é impossível descobri-la agora), mas recordo que lhe respondi algo como "Que queres, gosto dessas palavras de antanho!" O facto é que na minha boca a gíria soou sempre a falso, mesmo na adolescência, enquanto esse vocabulário que caiu em desuso me sai naturalmente. E só me retraio porque sei que vai originar comentários como os dessa amiga acima mencionada. Mas por vezes não me aguento, e lá vai disso! Que querem? Acho essas palavras lindas, e preciosas, sobretudo por rarearem.

Não sei se mais alguém nota mas a língua portuguesa tem vindo a afunilar-se, parece que quanto mais estrangeirismos se adoptam, anglicismos para ser mais exacta, mais portuguesas são descartadas. Este mau-negócio, revela-se numa troca paupérrima, porquanto sabemos ser a língua inglesa muito limitada, e mais, comparativamente à nossa.

Quanto aos autores portugueses que vendem, nem vou pronunciar nomes que me dá náuseas, não devem, certamente, em nada contribuir para a elevação da língua, uma vez que não o fazem sequer com a elevação das ideias, para começar. Suponho eu, que não os leio, mas se estiver equivocada, corrijam-me por favor. 

Portanto, isto é efectivamente uma marmotinha de rabo-na-boca, não se escreve, não se usa, ninguém fala, cai em desuso. Entretanto, isto de usar a língua na sua potencia máxima, ou ir na onda do que se fala agora (como diz a minha amiga, é estar no presente!), tem implicações reais como por exemplo, o decréscimo da inteligência; pelo menos é uma teoria que o justifica, o facto é que o Q.I. médio da humanidade está a cair, pela primeira vez na História, passo a transcrever, um um artigo de Christophe Clavé, para vossa apreciação:

«O QI médio da população mundial, que sempre aumentou desde o pós-guerra até o final dos anos 90, diminuiu nos últimos vinte anos. É a inversão do efeito Flynn. Parece que o nível de inteligência medido pelos testes diminui nos países mais desenvolvidos. Pode haver muitas causas para esse fenómeno.

Uma delas [das causas] pode ser o empobrecimento da linguagem. Na verdade, vários estudos mostram a diminuição do conhecimento lexical e o empobrecimento da linguagem: não é apenas a redução do vocabulário utilizado, mas também as subtilezas linguísticas que permitem elaborar e formular pensamentos complexos. O desaparecimento gradual dos tempos (subjuntivo, imperfeito, formas compostas do futuro, particípio passado) dá origem a um pensamento quase sempre no presente, limitado ao momento: incapaz de projecções no tempo.

A simplificação dos tutoriais, o desaparecimento das letras maiúsculas e da pontuação são exemplos de «golpes mortais» na precisão e variedade de expressão.

Apenas um exemplo: eliminar a palavra «signorina» (agora obsoleta) não significa apenas abrir mão da estética de uma palavra, mas também promover involuntariamente a ideia de que entre uma menina e uma mulher não existem fases intermediárias.

Menos palavras e menos verbos conjugados significam menos capacidade de expressar emoções e menos capacidade de processar um pensamento.

Estudos têm mostrado que parte da violência nas esferas pública e privada decorre diretamente da incapacidade de descrever as emoções em palavras. Sem palavras para construir um argumento, o pensamento complexo torna-se impossível. Quanto mais pobre a linguagem, mais o pensamento desaparece. A história está cheia de exemplos e muitos livros (Georges Orwell – “1984”; Ray Bradbury – “Fahrenheit 451”) contam como todos os regimes totalitários sempre atrapalharam o pensamento, reduzindo o número e o significado das palavras.

Se não houver pensamentos, não há pensamentos críticos. E não há pensamento sem palavras. Como construir um pensamento hipotético-dedutivo sem o condicional? Como pensar o futuro sem uma conjugação com o futuro? Como é possível captar uma temporalidade, uma sucessão de elementos no tempo, passado ou futuro, e sua duração relativa, sem uma linguagem que distinga entre o que poderia ter sido, o que foi, o que é, o que poderia ser, e o que será depois do que pode ter acontecido, realmente aconteceu?

Caros pais e professores: Façamos com que nossos filhos, nossos alunos falem, leiam e escrevam. Ensinar e praticar o idioma em suas mais diversas formas. Mesmo que pareça complicado. Principalmente se for complicado. Porque nesse esforço existe liberdade. Aqueles que afirmam a necessidade de simplificar a grafia, descartar a linguagem de seus “defeitos”, abolir géneros, tempos, nuances, tudo que cria complexidade, são os verdadeiros arquitetos do empobrecimento da mente humana.

Não há liberdade sem necessidade. Não há beleza sem o pensamento da beleza."

Christophe Clavé, cronista, professor

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Dica de Leitura: A Herança de Eszter

 

Via

Comecei o ano a ler "A herança de Eszter", do húngaro Nobel da Literatura Sandor Márai, com aquela expectativa boa, proporcionada pelo "As velas ardem até ao fim", que adorei, e embora este não atinja o nível do primeiro, gostei imenso. 

Eszter é a protagonista e narradora da história que se desenvolve ao seu redor; solteira, vive na casa da família, com uma parente afastada, de forma tranquila, quase dormente, porém um dia recebe um telegrama de Lajos, o único homem que amou, avisando-a que a vai visitar, com a família. Eszter, que nunca esqueceu Lajos, teve tempo para reviver o passado, compreender e criar expectativas, para esse confronto. Havia contas a ajustar, portanto adivinhava-se um confronto, antes do encontro. Do seu lado surgiram o irmão, um fiel amigo e até um velho amigo de família, também convocados. Que quererá Lajos desta vez? É a pergunta que todos fazem, e contudo, ninguém espera algo de bom, excepto Eszter, que ambivalente, ora teme ora anseia. 

Sandor Marai consegue jogar com a dose certa de informação e suspense, de forma a que a leitura seja fluída mas nunca totalmente saciada. Uma escrita impecável, a construção de personagens condensada e realista, apesar de criar em Lajos um desafio que custa a engolir mas por fim, justificado, verosímil, e isso é que é fascinante.

Uma leitura que obviamente recomendo. 

Título: A Herança de Eszter

Autor: Sandor Márai

Editora: D.Quixote

Nr de Págs:150 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

A vida secreta dos gatos

 

A Becas, quando chegou.

A Kitkat passou o Verão de 2022 praticamente fora de casa. Saia de manhã ou noite e voltava de manhã ou noite, passadas 24 horas, para comer, sempre com imensa pressa, e não se demorava a voltar a sair. No final do Verão veio com uma novidade, começou a entrar pela porta da rua;  dali miava até que alguém ouvia e ia lá abrir. Ou se por acaso, não estivesse ninguém naquela parte da casa que a ouvisse, alguém que passava na rua tocava à campainha, e dizia " É daí? Estava aqui a miar", mas já ela se tinha esgueirado para o interior mostrando que sim, obviamente, era daí! Algumas vezes foi o vizinho que andando no passeio para esticar as pernas, ou enquanto fumava um cigarro, tocava à campanha por ela; uma das vezes, contou-nos, estava ele à porta de casa, e a KitKat foi lá chamá-lo; ele foi atrás dela e tocou. 

Enfim, este novo hábito gerou inicialmente estranheza e hilaridade, mas a mim estava a enervar-me, não bastava já ter que abrir a porta ao carteiro, aos que entregam encomendas, aos meus filhos e marido que se esquecem constantemente da chave, agora também era porteira da gata! Quando ela toda a vida entrou e saiu pelo jardim, dirigindo-se às taças da comida e água sem precisar de miar com o desespero de quem desfalece por inanição.  

Da última vez, depois de lhe despejar a comida na taça, subitamente ocorreu-me o pensamento de quando seria a ultima vez que a veria. Enquanto ela comia, baixei-me e fiz-lhe umas festihas nas costas. 

Posteriormente, vim a saber que o Duarte também teve um pensamento semelhante, por essa altura. Acontece que foi mesmo a última vez que regressou a casa. 

Voltemos agora atrás. No início do Verão trouxemos para casa a Becas, resgatada da rua, com a intenção de lhe encontrarmos uma família que a adoptasse. Podia ser filha da kitkat, de tão semelhantes que eram! Mais de uma vez, assim de repente, chegamos a confundi-las. O mais curioso, ambas tinham um problema no olho esquerdo, embora o da Becas seja muito mais visível. A Kitkat, que instinto maternal nunca mostrou, nunca aceitou a Becas, tal como antes não aceitou a Ellie nem o Niko. 

Já antes tínhamos encontrado diversas famílias para diversos gatos resgatados mas para a Becas não acontecia, apesar de uma ou outra pessoa se mostrarem interessadas. Foi ficando. Já tínhamos 3 gatos, que nunca escolhi ter (apareceram todos cá em casa), 4 era mesmo de mais. Mas ela ficou. Entretanto a Kitkat foi. Parece que veio para a substituir, não consigo deixar de pensar na coincidência de tudo. Até porque nem sequer acredito em coincidências. 


A Becas está sempre a tentar brincar com os outros. 

Há cerca de 3 semanas, estava a ler no meu quarto e ouço distintamente " toc, toc, toc!", por segundos paralisei assustada. É que eu tinha a certeza de que estava sozinha em casa! Hesitei um pouco mas acabei por me levantar de rompante e abrir a porta resoluta; já o Niko se afastava, em direcção às escadas. Lembrei-me que ele já tinha feito o mesmo antes, no quarto da Letícia. Talvez devido à sombra da luz, ele voltou-se para trás e miou-me, pedia comida. Apesar de ser surdo é o melhor comunicador dos 3 felinos. 

Parece-me que os animais estão a evoluir. Mas é tão óbvio que sim. Eu já os achava muito misteriosos, agora começo a convencer-me que aquele filme "a vida secreta dos animais" talvez não seja apenas ficção, mas antes uma perspectiva que só agora começo a desvendar.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

O Framboeseiro e o Passarito

 

( Gostava de ter registado a ave na framboeseira, mas não houve tempo, a Ellie entrou em moda caça, e ele voou. Felinos. )

Um dos aspectos positivos do meu trabalho no jardim é proporcionar-me olhar para as Estações com uma maior consciência, resultado da atenção que lhe dedico. Sentir o pulsar das Estações, através da análise que faço ao que morre, cresce, floresce, precisa de ser podado, amparado, nutrido, é permitir-me crescer, amadurecer e envelhecer com o reino vegetal, e tem-me dado uma perspectiva diferente, mais lenta, mais paciente. Maravilha-me. 

Não vale a pena apressar-nos, seguir o ritmo natural da vida deveria ser o nosso normal, mas estamos sempre focados no adiante, no futuro, longínquo ou próximo. A Natureza não tem pressa, vai à sua velocidade, variável creio eu, dependendo de outros factores, porém sempre focada em si mesma, sem pressa. 

Estes dias olhava para a framboeseira, bastante despIda das suas folhas verdes e já com alguns galhos acastanhados, onde se vislumbram ainda aqui e acolá algumas framboesas ( foi tão generosa este ano!), e pensei que talvez pudesse avançar com a sua poda. A verdade é que a framboeseira, alimentada pelo compostor que tem junto, e que fica camuflado longos meses pela sua folhagem, tanto produziu frutos como folhas, e ramos que avançaram pelo passeio impedindo aí a passagem. Queria recuperá-lo, pelo menos durante o Inverno e Primavera. Pensei mas não me precipitei. 

Ontem, ao tomar o pequeno-almoço, vejo um passarinho que voa da videira (onde ainda há um cacho de uvas, que deixo para eles), para o pé das framboesas, e debicar aqui e ali; fiquei tão contente por ver aquela pequena criatura a alimentar-se de algo tão bom (suponho que também tenha papilas gustativas!), que decidi deixar o arbusto a ocupar o passeio enquanto estiver produtivo. Só quando os galhos ficarem todos castanhos, procederei à poda. Tal como se deve, qual é a pressa?! 

Mais info sobre o Rubus idaeus, no Jardineiro.net

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Os Melhores Queijos



Se houve alimento de que me custou abdicar foi o queijo. Fez sempre parte da minha alimentação, era assim que se terminava a refeição em casa dos meus pais, o meu pai não prescindia do seu bocadinho de queijo, e quanto mais desagradável o odor, mais apreciava. Aprendi com ele, e o Duarte comigo. Portanto, não é um qualquer queijo que me agrada, e encontrar essa diversidade de sabores nos queijos vegetarianos tem sido uma investigação de anos; desde as marcas industriais mais caras às menos, e oferecidas por pequenas marcas, até aos negócios privados, a expectativa de encontrar um queijo à altura dos queijos propriamente ditos, tem sido, confesso, uma grande frustração. Até encontrar o Muka!

Por sorte, fiz uma busca por queijos curados no google, antes do Natal, porque também queria para nós uma tábua de queijos, e surgiu-me aquilo que me parecia promissor (aparência e comentários), e melhor, disponibilizava também um kit degustação, que seria perfeito para de uma só vez descobrir qual o queijo que mais nos agradava, para além da diversidade de sabores. Em boa hora. 

  • Meio Cajuberto
  • Meio Cajumelo
  • Meio Veden
  • Meio Veden Fumado
  • 1 mini cremoso de Alho e Ervas (30ml)
Perfeitamente acondicionado, foi-me entregue em casa dentro de poucos dias, com aquele toque que somente os pequenos negócios sabem dar, lindo postal de agradecimento, e decorado com um raminho verde, que só de ver já dá alegria, e na véspera de Natal tivemos a confirmação de que são, simplesmente, os mais deliciosos queijos, e substituem totalmente os outros. 

Têm ainda o aspecto positivo de serem muito saudáveis, como a marca se apresenta: "Os nossos produtos são o resultado da fermentação e do tempo. Utilizamos frutos secos e focamo-nos na simplicidade de métodos de queijaria artesanais e milenares. De lado deixamos os aromas, espessantes, corantes e conservantes."
É puro sabor!

A Muka tem diversos pontos de venda pelo país, pelo que a oferta se torna mais económica e facilitada. Para comer, para oferecer, aconselho mesmo.

( Não se trata de publicidade, gosto de apoiar pequenos negócios independentes, para mais português, e artesanal)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

O Último Moleiro

 Morreu o Moleiro. Eu conhecia-o de vista, mas em menina cheguei a ir ao seu moinho com uma vizinha, que cozia pão. Achava tudo aquilo fascinante, via-se a água a passar por baixo do pequeno edifício decrépito, a mó gigantesca a girar, o grão a ser esmagado, e a farinha a cair num saco, do outro lado. 

Teve em toda a sua vida uma só profissão, a sua infância terminou cedo, herdando de menino o trabalho dos pais. Viveu sempre na mesma casa, que também herdou dos pais, junto ao Ribeiro, e moinho. Não casou, nem teve filhos. 

O Moleiro tinha 62 anos. Andava sempre coberto com uma camada fina de pó branco. Tinha bigode, e um sorriso algo dissimulado, como de alguém que sabe um segredo que mais ninguém conhece. Via-o porque o som inusitado do trote do burro anunciava a sua passagem a certa distância, numa vila onde o transporte comum tem motor. 

Dizem que era um dos últimos moleiros da região, no activo. Lamentam-se, dizem que foi precoce, e tudo isso é pena; suponho que se referem ao óbito e ao desaparecimento de uma profissão antiga. Eu também lamento, gostava da imagem do Moleiro a passar, era algo que me alegrava imenso; como um postal vivo, dava, por momentos, um ar pitoresco à nossa localidade. 

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

A História Não-Contada de Jane Austen| Detrás das Portas Fechadas


O penúltimo post de 2022 foi sobre um livro, pelo que me parece adequado começar 2023 partilhando este belo e interessantíssimo documentário sobre Jane Austen, a célebre autora de "Orgulho e Preconceito", "Sensibilidade e Bom Senso", e "Emma", que se pelo menos não leram, viram os filmes. Talvez esta versão diferente, que traz informação privilegiada, vá despertar a vontade de ler ou reler os seus romances, comigo assim aconteceu. Acho que os lerei com outros olhos, com mais compreensão. De qualquer forma, o documentário, com a qualidade habitual da BBC, per se vale mesmo muito a pena!