De 18 a 23 do corrente mês de Junho, esteve em Lisboa uma delegação de Macau tendo à frente o Chefe do Executivo, Dr. Fernando Chui Sai On.
No dia 18, foi inaugurada uma semana de Macau em Lisboa, que se iniciou com a dança do leão tendo sido vivificados seis leõesinhos junto ao Hotel Ritz que a seguir dançaram para quem estava presente.
Seguiu-se uma recepção do Chefe do Executivo. Lá pude reencontrar muitos amigos de Macau que já não via há muito tempo. Tive o privilégio de trocar algumas palavras com o Dr. Chui Sai On. Fiquei impressionado com o modo carinhoso e de apreço com que falou comigo. Tenho bem viva a sua assídua presença e de sua mulher, por sinal muito activa e bonita, nas instalações do Clube Militar de Macau, e das conversas que então fazíamos sobre os mais diversos assuntos.
Devo reiterar que considero Macau como uma das minhas terras naturais, conforme já deixei declarado em anteriores postagens deste blogue.
Fiquei surpreendido quando, mais tarde, uma amiga me enviou um link para o Jornal Tribuna de Macau, de 21 de Junho, diário que, com ousadia e persistência, continua a lutar por manter a presença da língua e da cultura portuguesas em Macau.
Verifiquei então que eu apareço perfeitamente reconhecível postado entre Governadores: o General Garcia Leandro, o homem do 25 de Abril em Macau, o General Rocha Vieira que foi o último governador português e que, em 19 de Dezembro de 1999, entregou Macau à China, e o actual governador, que agora se chama Chefe do Executivo. Ou seja, estão ali três pessoas essenciais à escrita da história de Macau nos últimos 40 anos. Ao fixar-me na observação da fotografia, as recordações soltam-se para nela inserir mentalmente outras pessoas que ali não estão e que, de algum modo, representaram muito para mim, pelo que fizeram por Macau e pelo modo sempre cordial e afável com que me trataram, a mim e à minha família. O Dr. Edmundo Ho, agora a gozar a sua reforma dedicando muito do seu tempo à prática do Golfe, o Eng.º Carlos Melancia, que chegou a Macau determinado em levar para a frente o projecto do aeroporto, muitas vezes disse a expressão “queimar etapas”, e os Drs. Carlos Monjardino e Murteira Nabo que foram encarregados do governo, “acting governors” como se diz em inglês, e que desempenharam muito bem as suas funções, mas que, por razões diversas, não chegaram a ser promovidos a governadores.
Macau é para mim uma terra de afectos e emoções fortes. Por isso, enquanto me for possível, continuarei a manter lá a minha qualidade de residente com os inerentes deveres e direitos.
1 comentário:
Macau está-nos na pele, quer queiramos quer não... :)
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