O Circo Chegou à Cidade - Parte II: Um Punhado de Ar Fresco!
Sei que conspiram ... Conheço essa chama que arde no peito e leva os homens por esse cais a construir o Novo Mundo.
E tu?
Bem te vejo, mãos calejadas … Imagino-as a desenhar a minha cintura ... Calejadas ... Por redes que rendilham as ruas! Das canastras de fruta meio madura! Da fábrica, apito sonoro que invade o cais às 17h e me desperta do sono diurno ... Ou será dos corpos que percorres com os dedos em noites de suores frios!
Dizem as mulheres do cais, que homens como tu não são dados a amores de poucas horas, nem a camas onde os lençóis são o ar frio….Dizem que andam na Luta, no corpo a corpo, sem navalha, só palavras.
E se te pudesse falar, agora, dizia-te que te consumia por uma braçada de flores, ou por um simples punhado de ar fresco.