26/01/2016

Demasiadas escolhas


Temos demasiadas escolhas no nosso dia a dia. Vamos ao supermercado e é um corredor inteiro de bolachas. No centro comercial, dezenas e dezenas de lojas de roupa. Vamos comprar um telemóvel novo ou um computador e as escolhas são tantas que nem sabemos por onde começar... E de manhã para escolher a roupa? E nas livrarias ou na biblioteca, então, nem se fala! Como escolher um de entre tantos, tantos livros interessantes?

Ao termos tantas escolhas para fazer no nosso dia a dia, a força de vontade vai para essas coisas. E a força de vontade esgota-se. Estas escolhas sugam-nos a energia que mais tarde precisamos para decisões importantes. É por isso que o Barack Obama usa sempre o mesmo tipo de roupa todos os dias - para não gastar energia logo de manhã a escolher o que vai vestir e assim ficar com energia para tomar decisões muito mais importantes.

Eu também gasto demasiada energia todos os dias a tomar decisões que não interessam... a escolher a roupa que vou vestir, por exemplo. Por enquanto ainda não estou preparada para usar roupa semelhante todos os dias como o presidente Obama, mas posso cortar noutras decisões. 

No yoga, por exemplo. Todas as manhãs em que pratico yoga (e quando pratico à tarde também) perco demasiado tempo a decidir o que é que vou praticar. Se faço ashtanga ou outro estilo, se faço sozinha ou uma aula online, que site online usar, que professor escolher, que aula fazer... Desisto. Desisto de tomar esse tipo de decisão todos os dias. Desisto de passar horas (sim, horas) a navegar por sites de aulas de yoga, a ver as aulas, a fazer listas das aulas que quero fazer. Por isso, cancelei todas as minhas subscrições em sites de aulas de yoga online (continuo a adorá-los, sobretudo o Ekhart Yoga, que tantas vezes já falei aqui). Mas por agora tenho que parar com isso. 

De manhã, pratico ashtanga ou rocket yoga. Tenho 3 videos de hora e meia cada e a minha ideia sempre foi fazê-los cada um duas vezes por semana. Se quiser praticar mais, venha o youtube - a primeira aula que aparecer no youtube que me pareça adequada. Chega de perder tempo a tomar decisões destas.  E assim até poupo dinheiro. 

Estou a sentir uma necessidade imensa de eliminar coisas na minha vida. De vez em quando o bicho do minimalismo pica, e agora é uma dessas alturas. A minha vida é tão mais simples e saborosa com poucas coisas... 

14/01/2016

Assoberbada

É como me tenho sentido nos últimos tempos... Sobretudo desde que comecei a dar aulas regulares de yoga. Assoberbada. Sempre com alguma coisa para fazer. E sem tempo para fazer muitas outras coisas, algumas delas mais importantes... 

Tenho saudades de sair do trabalho e ir para casa... e não sair mais de casa até à manhã seguinte. Fazer um pouco de yoga, verificar os TPCs dos miúdos enquanto o J. trata do jantar, sentar-me no sofá a ver um pouco de tv ou a ler, e ainda ter uma horinha para voltar para o computador para trabalhar ou estudar, antes de ir para a cama a horas decentes. Há uns tempos, este cenário era comum. Agora já não é...

Entre atividades dos miúdos e as minhas aulas de yoga, só tenho 1 dia durante a semana em que não tenho atividades ao fim da tarde. Nos outros dias chego a casa entre as 8 e meia e as 9 da noite. Não dá. Não é esta a vida que quero para mim. 

Por isso, comecei a fazer alterações. Relembrei-me da minimalista que há em mim e comecei a identificar o essencial. O que é essencial para mim? Além da ter tempo de qualidade com a família e tempo para mim própria, tenho o trabalho e o curso de psicologia. Essas coisas são mesmo importantes. Ir ao ginásio, dar aulas de yoga, escrever no blog, e outras coisas, são giras, mas não são essenciais. 

Tive que cortar nalguma coisa. E a primeira coisa onde cortei foi nas aulas de yoga. Dou 4 aulas semanais, o que é demasiado e me impede de estar em casa ao fim da tarde e à hora de jantar. Deixei um dos sítios onde dava aulas e fiquei no outro onde tenho mais alunos; nesse sítio estou a fazer uma substituição até maio, e depois acaba também. Depois, logo se verá.

O que sinto às vezes é que perdi a minha capacidade para dizer "não". Tenho aceite quase tudo o que me aparece à frente... e não pode ser. Quero ter tempo para fazer tudo... incluindo não fazer nada.


01/01/2016

O que traz 2016

Bom Ano, caros leitores!!

Já aqui escrevi várias vezes que adoro a semana entre o Natal e a passagem de ano. Para mim, é uma altura de recolhimento e reflexão (agora, é também altura de estudo para os dois exames que vou fazer em janeiro...)

Após o Natal fui uns dias para Vila Nova de Milfontes praticar ashtanga yoga com os meus professores. Foi fantástico, como sempre. Continuei a observar as minhas escolhas alimentares e é incrível como já nem penso em arroz (arroz, que era um dos meus alimentos preferidos... e engordativos). Tem sido mais difícil cortar no chocolate, mas uma coisa de cada vez...

Inspirada pelos escritos da Kimberly Wilson, tracei os meus sonhos para 2016, nas diferentes áreas da minha vida. Primeiro cortei post-its grandes em tiras pequenas. Depois, fui escrevendo o que me veio à cabeça - coisas que gostava de fazer ou melhorar em 2016.



Depois, organizei os post-its em diferentes áreas:

> criatividade
> espiritualidade
> self-care & saúde
> relacionamentos
> carreira
> dinheiro
> casa
> comunidade

E, finalmente, com base nos muitos post-its e na sua distribuição, fiz uns mind-maps para cada uma destas áreas de foco.



Preparei também uma nova agenda. É um caderno A5 quadriculado da Staples, onde desenho calendários mensais, listas de coisas a fazer mensais e semanais, checklists mensais, semanais e diárias, e as páginas diárias com horários e tarefas (mais ou menos como descrevi aqui).

As checklists mensais, semanais e diárias são baseadas num livro da Kimberly Wilson, adaptadas, claro, à minha vida e interesses.



Mensalmente, quero: 

> escrever os meus sonhos para esse mês (não são bem objetivos, são sonhos, mesmo, que poderão tornar-se realidade)
> fazer uma manicure e pedicure (desde que comei a dar aulas de yoga com frequência é que me apercebi da importância de ter as mãos e os pés sempre arranjados)
> fazer uma massagem ou um tratamento facial (preciso relaxar mais!)
> fazer sempre o orçamento mensal (isto não é nada de novo, faço-o sem falhar há anos!)
> fazer voluntariado (dando tempo ou dinheiro; costumo dar dinheiro, donativos, coisas assim; agora, quero dar mais tempo)
> criar alguma coisa (voltar a costurar, acabar trabalhos que deixei a meio, escrever...)

Semanalmente, vou:

> planear as refeições (super importante agora que o J. tem um novo emprego sem sítios para comer ao redor)
> fazer compras de supermercado uma vez por semana (e não dia sim, dia não)
> passar toda a roupa a ferro num só dia, ao mesmo tempo que vejo um filme na tv (de preferência sábado ou domingo à noite; não gosto nada de começar a semana com roupa para passar)
> destralhar aqui e ali, para não acumular
> verificar o orçamento, para ver se está tudo bem encaminhado
> planear a semana seguinte, coisa que também já faço
> ler 1 livro (digamos, em média; há livros que leio num dia, outros, demoro 2 ou mais semanas a acabar; em 2015 li 47 livros, mas em outubro e novembro não li... culpa do curso)
> escrever uma nota de amor (já o fiz, para os meus filhos, e coloquei-a no estojo da escola - tiveram uma surpresa muito boa quando viram o meu papelinho!)
> beber um smoothie (já lá vai o tempo em que bebia todos os dias de manhã, mas não era pequeno-almoço suficiente para mim)
> fazer uma sessão de sprint (trabalho cardiovascular intenso - será uma aula de Jump, que comecei a fazer em novembro e adoro!)
> fazer duas sessões de PEM = Primal Essential Movements; consiste em elevações (comprei uma barra e tudo!), flexões, agachamentos e prancha; comecei a fazer em dezembro e é bom ver a força a aumentar!
> Brincar!! Todos os adultos já foram crianças, mas poucos se lembram disso...

E, finalmente, todos os dias, tenciono:

> praticar yoga e meditação
> comer o mais Primal possível
> apontar as despesas diárias
> planear o dia seguinte
> estar com os miúdos de consciência plena (seja a conversar, a verificar TPCs, a brincar, a passear)
> escrever brain-dumps e gratidão no diário
> ler, de preferência na cama

Ah, gosto deste plano!!
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