Acho que vou continuar escrevendo nesse blog, porque, ultimamente, ele tem mais a minha cara, o jeito do descompromisso. Aqui posso relaxar, não preciso pensar se o tema é bom ou não, se tá bem escrito ou não. O texto flui despretensioamente. Aqui posso ser a mulher medrosa e não a figura Dama de Cinzas que não corresponde com meu eu atual.
Sim, confesso, não consigo ficar sem escrever. Nunca quis ser escritora, mas acho que necessito escrever para não enlouquecer. Ainda mais nesse momento em que me sinto bastante só.
Não é novidade para ninguém que não ando bem. E desde que soube da morte de Amy Winehouse, uma ressaca emocional se instalou em mim. Queria muito que a vida fosse uma questão matemática, do tipo "se você tem talento, irá utilizá-lo ao seu favor", "se você batalhou muito, irá conseguir aquilo pelo que lutou", " se errou, você paga", " se acertou, você ganha". Mas a vida não é assim tão matemática. O que vemos para todo lado são pessoas que aparentemente tem tudo e estão infelizes. Já outros, muito felizes com vidas que jamais sentimos vontade de viver.
No domingo tava vendo vídeos no Youtube do último show da Amy na Sérvia. Nossa! Aquilo me deprimiu demais. Ver o quanto as pessoas que ganhavam dinheiro as custas dela, ajudaram a matá-la. Uma mulher naquelas condições jamais poderia sair de casa, muito menos subir num palco para dar um show. Será que os músicos, os produtores do show, enfim, todos não sentiam culpa por estar participando de um circo dos horrores?
Ontem no meu trabalho, ver o jeito como falavam dela, com desprezo, algo como "quem mandou procurar a morte?". E perceber que alguns que falam são pessoas pequenas, mesquinhas, que vivem num mundinho preconceituoso. Sinceramente não tive vontade de argumentar nada. Conversei com uma amiga que senta na minha frente, pois ela sei que entende, afinal sabe que sou uma ex-viciada, os outros não. Sentia que de uma certa forma aquilo tudo era dirigido a mim. Não importa se saí das drogas, se soubesse que sou uma ex-drogada, imediatamente me colocariam um rótulo. E melhor nem pensar que tipo de rótulo...
Essa amiga me disse que quando morreu Renato Russo, de quem ela é fã, o que mais doeu era saber que nunca mais iria escutar nada novo dele, que nunca mais iria ver shows novos. Acho que é isso que um fã sente, abandonado pela arte do seu ídolo. Pouco importa a vida que levava.
Vou deixar um vídeo da Amy, com as imagens que quero me lembrar dela. Um dia ela também foi assim.
Sim, confesso, não consigo ficar sem escrever. Nunca quis ser escritora, mas acho que necessito escrever para não enlouquecer. Ainda mais nesse momento em que me sinto bastante só.
Não é novidade para ninguém que não ando bem. E desde que soube da morte de Amy Winehouse, uma ressaca emocional se instalou em mim. Queria muito que a vida fosse uma questão matemática, do tipo "se você tem talento, irá utilizá-lo ao seu favor", "se você batalhou muito, irá conseguir aquilo pelo que lutou", " se errou, você paga", " se acertou, você ganha". Mas a vida não é assim tão matemática. O que vemos para todo lado são pessoas que aparentemente tem tudo e estão infelizes. Já outros, muito felizes com vidas que jamais sentimos vontade de viver.
No domingo tava vendo vídeos no Youtube do último show da Amy na Sérvia. Nossa! Aquilo me deprimiu demais. Ver o quanto as pessoas que ganhavam dinheiro as custas dela, ajudaram a matá-la. Uma mulher naquelas condições jamais poderia sair de casa, muito menos subir num palco para dar um show. Será que os músicos, os produtores do show, enfim, todos não sentiam culpa por estar participando de um circo dos horrores?
Ontem no meu trabalho, ver o jeito como falavam dela, com desprezo, algo como "quem mandou procurar a morte?". E perceber que alguns que falam são pessoas pequenas, mesquinhas, que vivem num mundinho preconceituoso. Sinceramente não tive vontade de argumentar nada. Conversei com uma amiga que senta na minha frente, pois ela sei que entende, afinal sabe que sou uma ex-viciada, os outros não. Sentia que de uma certa forma aquilo tudo era dirigido a mim. Não importa se saí das drogas, se soubesse que sou uma ex-drogada, imediatamente me colocariam um rótulo. E melhor nem pensar que tipo de rótulo...
Essa amiga me disse que quando morreu Renato Russo, de quem ela é fã, o que mais doeu era saber que nunca mais iria escutar nada novo dele, que nunca mais iria ver shows novos. Acho que é isso que um fã sente, abandonado pela arte do seu ídolo. Pouco importa a vida que levava.
Vou deixar um vídeo da Amy, com as imagens que quero me lembrar dela. Um dia ela também foi assim.