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sábado, 31 de maio de 2014

E então as pessoas passam pela nossa vida...

Dia desses estava pensando no tanto de gente que passou pela minha vida. E percebo que nossa vida é como um hotel, em que as pessoas ficam um tempo e depois se vão. Claro que não estou dizendo que todas as pessoas se vão, mas poucos ficam. E até os que ficam, parecem que também podem ir a qualquer momento. Somos quase que predestinados à solidão, mesmo que queiramos acreditar que temos um grupo de amigo, família, ou relacionamento amoroso para nos fazer companhia pelo resto da vida. Se não for a vida os levando, a morte poderá levá-los e no final a probabilidade da solitude é grande.

Tive algumas amizades que me pareciam muito sólidas daquelas que durariam uma vida, mas de repente as coisas desandaram e não entro aqui no mérito da culpa. Na verdade, quando os relacionamentos deixam de dar certo, algo aconteceu de ambos os lados. Lembro desses amigos que passaram e não me vem saudade quase nenhuma. Eu sou muito voltada para o futuro, então pouco visito o passado, mas é óbvio que estando viva, em um ou outro momento essas lembranças me vem a mente, sem muita nostalgia, apenas como referência.

Tem também aquelas pessoas que nos amam, ou nos admiram e tentam nos agradar ao máximo e não sentimos grande coisa por elas. Não lido muito bem com isso, também não acontece com frequência na minha vida. Mas tenho uma certa dificuldade de lidar com sentimentos que me dedicam e não consigo corresponder. Tem um subgrupo nessa linha que são os bajuladores. Odeio bajulação com todas as minhas forças! Talvez minha aversão a isso seja porque não gosto de pessoas que vivem nos extremos, ou simplesmente por não me sentir confortável com gente que se excede em elogios. Acho o máximo ser elogiada. Quem não gosta? Mas o elogio na hora certa, no momento adequado. São os elogios sinceros que você sabe que tem verdade ali. Já a bajulação é oca, é chata, me dá agonia.

Tem as pessoas que a gente mataria por elas e simplesmente não somos correspondidos. Nessa categoria tenho bastante experiência no decorrer da minha vida. Aconteceu mais no passado que atualmente. Acho que nos últimos anos, de tanto que apanhei nesse sentido, esfriei bastante meus sentimentos. Tem o lado ruim, mas tem o lado bom de não quebrar tanto a cara nesse sentido. Quando percebo que não estou sendo correspondida, rapidamente consigo sair fora, entrar em outra vibe. Mas nem sempre foi assim, já arrastei muita corrente por gente que nem sei se valia a pena, tanto na esfera do amor, quanto da amizade.

Por fim, tem os encontros verdadeiros e correspondidos. E isso vale para a amizade e para o amor. Esses são raros e maravilhosos quando acontecem. Aconteceu comigo, claro.

A maioria dos tipos de relação citados acima, tende a passar. São aquelas pessoas que você amava loucamente e um dia percebe que aquilo esfriou. Os desentendimentos são as maiores causas de afastamento. E tem também aquelas pessoas que simplesmente foram como a água que escorre pelos dedos, suave, sem que você pensasse a respeito. Simplesmente o afastamento foi natural e nessa categoria podemos incluir amigos, parentes, colegas de trabalho e etc. E foi sobre isso que fiquei pensando, sobre o tanto de gente que se foi simplesmente, sem que eu tivesse feito nada, sem que a pessoa tivesse feito alguma coisa. Simplesmente esfriou, acabou. Como um hóspede de hotel que fecha a conta e vai embora, sem dar explicações, sem litígio. E assim nos damos conta do quanto somos sós.