"Lembrem-se do saco plástico"
No programa, uma " idazinha" ao Chile, ao Parque Puyehue, coincidência, o nome do hotel onde ficamos em Sao Carlos de Bariloche, na Argentina. Criança que sou, eu e meus porques, pergunto no hotel o que quer dizer : Hue é lugar, Puye, que se diz " puche", é um tipo de peixe. Mas no parque o que nos atraia seriam as fonte termais. André já visitara algumas na Bolivia e eu, na Grecia, mas queríamos conhecer essas. Aduana, filas, cães farejando os carros, sustos por não encontrarmos os documentos do Miguel e Mamãesaimos da Argentina e encontramos paisagens espetaculares na zona fronteiriça.Me parecia chão de areia entre as coniferas, Andre explica que são cinzas vulcânicas, que na ultima erupção no Chile, Bariloche ficou coberta de cinzas. Visto agora, na mata é lindo. Uma extensão enorme de árvores secas. Queimadas ? ou teria sido ainda do Vulcão ? Mas chovia, a altitude aumentando - eu estava "pilotando" um GPS técnico, aprendendo - e a temperatura diminuindo, diminuindo, 1,5°c, a chuva passa a ser neve, uma amostrinha, mas para mim que nunca tinha visto, uma maravilha. Mas seguimos, a volta seria no mesmo dia, a aduana fecha às 20:00hs, para entrar no Chile, muito mais rigor, até as duas bananas para o lanche do Miguel tiveram que ir para o lixo. E um tempo enorme nas filas, entramos. Sol ! E logo percebemos uma mudança na vegetação circundante, maior diversidade, fazendas de gado, chegamos ao Parque e...Decepção ! As tais fontes faziam parte de um enorme complexo hoteleiro, não como imagináramos, locais abertos onde caminhar. O que um grupo de "bichos-do-mato" iria fazer ali ? Hortências à beira da estrada. Adiante, um rio, e paisagens bem semelhantes às nossas, de nossos rios. Estica-se o esqueleto, o pequeno caminha pelas estradas, vazias, de meias, pois recusa sapatos para desespero da Mamãe. E, frustrados, retoma-se a viagem, de volta. Uma fila lenta e enorme de carros, um tempo perdido, aproveitado para estabelecermos conversa com outros viajantes, a familia chilena logo atras de nós pergunta de onde somos, e dizem que acabaram de chegar de uma viagem ao Brasil, à... Buzios ! Pensando que não valera a pena, André pára o carro para fotografarmos a " areia" e quem sabe, pegar uma amostrinha, quando voa pela janela do carro uma sacola plástica. PQP ! Não se pode deixar esse lixo num lugar daqueles, a sacola voando ao vento, Andre correndo atras, Dani segue para tentar ajudar, o Miguel dormindo no carro, tranquilo, a viagem estava dificil para ele, os dentões nascendo, sem frutas para comer, apenas biscoitos e papas industrializadas, que ele não gosta, o sono ajuda a passar, a chegar logo na comida. E correm, a sacola dandouma canseira, até que finalmente ela é pega e nela coletadas algumas amostras do solo. Ao sair com carro, por estarmos bem devagar, vemos uma estradinha sobre as cinzas, em direção a uma "formação rochosa". Vamos ? O carro não tem tração ...Vamos ! E subimos em direção a uma "formação rochosa" e subimos e chegamos a uma das paisagens mais bonitas que eu já vi. Mesmo com céu encoberto que não permitia avistar ao longe, o perto é magnífico ! Paramos onde a estrada passava a beirar um precipicio, medinho, né, não sabemos com aquele solo reage à chuva. Carro bem longe da beirada, Andre sobe até as rochas e nós ficamos aproveitando a Beleza, curtindo o vento que quase nos arrasta, o frio,caminhando,
fotografando.
Graças a um saco plastico fujão. A partir daí, sempre que algo parecia não ser o que esperávamos, dizíamos : lembre do saco plastico (e de como algo que parece muito ruim pode ser a entrada para algo incrìvelmente bom)
Mais fotos desse dia, estou postando AQUI
e REVIAJANDO nas flores, aqui
No programa, uma " idazinha" ao Chile, ao Parque Puyehue, coincidência, o nome do hotel onde ficamos em Sao Carlos de Bariloche, na Argentina. Criança que sou, eu e meus porques, pergunto no hotel o que quer dizer : Hue é lugar, Puye, que se diz " puche", é um tipo de peixe. Mas no parque o que nos atraia seriam as fonte termais. André já visitara algumas na Bolivia e eu, na Grecia, mas queríamos conhecer essas. Aduana, filas, cães farejando os carros, sustos por não encontrarmos os documentos do Miguel e Mamãesaimos da Argentina e encontramos paisagens espetaculares na zona fronteiriça.Me parecia chão de areia entre as coniferas, Andre explica que são cinzas vulcânicas, que na ultima erupção no Chile, Bariloche ficou coberta de cinzas. Visto agora, na mata é lindo. Uma extensão enorme de árvores secas. Queimadas ? ou teria sido ainda do Vulcão ? Mas chovia, a altitude aumentando - eu estava "pilotando" um GPS técnico, aprendendo - e a temperatura diminuindo, diminuindo, 1,5°c, a chuva passa a ser neve, uma amostrinha, mas para mim que nunca tinha visto, uma maravilha. Mas seguimos, a volta seria no mesmo dia, a aduana fecha às 20:00hs, para entrar no Chile, muito mais rigor, até as duas bananas para o lanche do Miguel tiveram que ir para o lixo. E um tempo enorme nas filas, entramos. Sol ! E logo percebemos uma mudança na vegetação circundante, maior diversidade, fazendas de gado, chegamos ao Parque e...Decepção ! As tais fontes faziam parte de um enorme complexo hoteleiro, não como imagináramos, locais abertos onde caminhar. O que um grupo de "bichos-do-mato" iria fazer ali ? Hortências à beira da estrada. Adiante, um rio, e paisagens bem semelhantes às nossas, de nossos rios. Estica-se o esqueleto, o pequeno caminha pelas estradas, vazias, de meias, pois recusa sapatos para desespero da Mamãe. E, frustrados, retoma-se a viagem, de volta. Uma fila lenta e enorme de carros, um tempo perdido, aproveitado para estabelecermos conversa com outros viajantes, a familia chilena logo atras de nós pergunta de onde somos, e dizem que acabaram de chegar de uma viagem ao Brasil, à... Buzios ! Pensando que não valera a pena, André pára o carro para fotografarmos a " areia" e quem sabe, pegar uma amostrinha, quando voa pela janela do carro uma sacola plástica. PQP ! Não se pode deixar esse lixo num lugar daqueles, a sacola voando ao vento, Andre correndo atras, Dani segue para tentar ajudar, o Miguel dormindo no carro, tranquilo, a viagem estava dificil para ele, os dentões nascendo, sem frutas para comer, apenas biscoitos e papas industrializadas, que ele não gosta, o sono ajuda a passar, a chegar logo na comida. E correm, a sacola dandouma canseira, até que finalmente ela é pega e nela coletadas algumas amostras do solo. Ao sair com carro, por estarmos bem devagar, vemos uma estradinha sobre as cinzas, em direção a uma "formação rochosa". Vamos ? O carro não tem tração ...Vamos ! E subimos em direção a uma "formação rochosa" e subimos e chegamos a uma das paisagens mais bonitas que eu já vi. Mesmo com céu encoberto que não permitia avistar ao longe, o perto é magnífico ! Paramos onde a estrada passava a beirar um precipicio, medinho, né, não sabemos com aquele solo reage à chuva. Carro bem longe da beirada, Andre sobe até as rochas e nós ficamos aproveitando a Beleza, curtindo o vento que quase nos arrasta, o frio,caminhando,
fotografando.
Graças a um saco plastico fujão. A partir daí, sempre que algo parecia não ser o que esperávamos, dizíamos : lembre do saco plastico (e de como algo que parece muito ruim pode ser a entrada para algo incrìvelmente bom)
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