sexta-feira, março 30, 2007

Fresquinha, de algodão

- A Sra. fez tudo pela minha cadelinha, queria agradecer-lhe.
- Deixe lá, não pense nisso agora e tente animar-se. O coração já estava muito fraquinho e era muito difícil ela sobreviver...
- Então eu faço umas batinhas frescas de algodão, com um franzidinho à frente, boas para andar por casa quando está muito calor... vou-lhe trazer uma. São tão fresquinhas... têm uma rachinha de lado... fresquinhas, de algodão.

Que bom


Já se vêem papoilas.


Hoje vou oferecer-me

Uma tarde passada com duas filhas (a verdadeira e a amiga do peito)
Uma sessão de cinema com o filme mais idiota que houver, para rir bastante e não pensar em nada
Compras de roupa, se conseguir encontrar calças que me caibam
Em suma, pôr um rio de distância entre a minha tarde e o meu trabalho.

quinta-feira, março 29, 2007

"All Those Yesterdays"

Don't you think you oughtta rest?
Don't you think you oughtta lay you head down?
Don't you think you want to sleep?
Don't you think you oughtta lay your head down tonight?
Don't you think you've done enough?
Oh, don't you think you've got enough, well maybe..
You don't think there's time to stop
There's time enough for you to lay your head down, tonight, tonight
Let it wash away
All those yesterdays
What are you running from?
Taking pills to get along
Creating walls to call your own
So no one catches you? drifting off and
Doing all the things that we all do
Let them wash away
All those yesterdays
All those yesterdays
All those paper plates
You've got time, you've got time to escape
There's still time, it's no crime to escape
It's no crime to escape, it's no crime to escape
There's still time, so escape
It's no crime, crime..

Pearl Jam

Pois

- Não gosto de te ver assim...
- Sim? E o que é que fizeste para o evitar?

quarta-feira, março 28, 2007

Arre

Que até à hora de almoço, com duas amigas, em pleno centro comercial, o tempo é passado a falar do mesmo.
Que ainda faltam dois anos e meio, que não aguentamos mais, que temos que arranjar um negócio e zarpar daqui...

terça-feira, março 27, 2007

Há muito tempo

que não me ria até às lágrimas

http://passeaiflores.blogspot.com

Serve

Qualquer coisa deste género.

segunda-feira, março 26, 2007

Lá se vai o "Excelente"...

Ias-me passando uma rasteira. Acenaste-me com a avaliação, pensavas que me embebedavas e esperavas que alterasse a minha auto-avaliação.
Mas não.
Ficou assim:
"Factores mais influentes na realização dos objectivos (escala de 1 a 5, do que mais dificultou para o que mais facilitou):
- Adaptação do próprio 5
- Direcção e orientação 1
- Formação 1
- Informação e meios informáticos 1
- Instalações e outros recursos materiais 3"
Agora quero ver se manténs a classificação.

sexta-feira, março 23, 2007

Azar

Não, não tenho as medidas da Monica Bellucci (nem medidas, nem nada).
E não é por olhares muito que as minhas ancas passam a ser de sonho...
Ai a merdinha

Inquietação

Há sensações que se colam a mim como uma segunda pele. Parece-me que desde sempre, embora saiba que não é assim. E parece-me que para sempre, por muito que me esforce por ultrapassá-las.
Que não se confunda inquietação com hesitação.

quinta-feira, março 22, 2007

Ontem as paredes falavam comigo

"Quem renuncia ao que está perto, ganha o que está longe."
Lao Tsé
"É preciso um grande caos interior, para parir uma estrela que dança."
Nietzsche

Estação de metro do Parque.

Não há unhas nem pêlos que resistam

"- Tou, Dra. A?"
"- Diga minha querida"
Nesta altura começam por se encarquilhar as minhas unhas dos pés...
"- Queria falar comigo?"
"- Sim, meu amor"
Pronto. Encarquilha-se-me tudo o que tenho de encarquilhável...

3 ou 4 frases depois, despede-se:
"- Um beijinho"

Que foi bater directamente na parede porque eu não lho devolvi.

Prendinha

Sentado no canto da minha secretária para me fazer companhia.

quarta-feira, março 21, 2007

Alternativa à Ota?!

Em 1994, um estudo da ANA considerou o Montijo a melhor localização para o novo aeroporto e a Ota a pior. O trabalho não foi divulgado pelo actual executivo. E nunca ficou clara a exclusão do Montijo nos estudos feitos posteriormente.
«Avaliada a hipótese de acidente na aproximação ou descolagem e hipotéticas consequências quer para passageiros quer para habitantes no enfiamento das pistas, Rio Frio é o que apresenta menor risco» a curto prazo. Seguido pelo Montijo B, Montijo A e Ota. Numa visão a «médio e longo prazo, a zona do Montijo será melhor pelas limitações de construção na envolvente» (??).
(Portugal Diário)
Ainda me cai um avião no prato da sopa...

terça-feira, março 20, 2007

Dentista

De tanto procurar um dentista que me fizesse esquecer as torturas passadas quando era criança, encontrei. Há mais de dez anos que frequento o mesmo consultório e consigo dizer que entro sem qualquer receio, porque deposito inteira confiança na médica, a única que, até hoje, não me fez doer uma única vez.
Só tenho medo de uma coisa: a este ritmo, vou acabar por ficar sem dentes.
Sim, por muito que, para quem me conhece, isso seja, no mínimo, surpreendente :)

Inválidos do Comércio

Ao contrário do que é habitual, os Inválidos do Comércio são uma instituição de apoio a idosos que os trata como pessoas e se recusa a assumir o papel de "depósito de velhos". Num terreno enorme em pleno coração do Lumiar e com umas instalações dignas de fazer inveja, desde sempre têm tido listas de espera enormes para a entrada de pessoas de idade, sós ou casais. Chegam a proporcionar uma estadia em família, para aqueles casais de idosos que, embora ainda lúcidos, se sentem incapazes de enfrentar o dia-a-dia sem o apoio de pessoal de enfermagem.
Quando era miúda costumava ir com o meu pai ao jardim dos Inválidos, apanhar folhas de amoreira para os bichos da seda. Foi nesses mesmos jardins que o meu pai me pôs ao volante de um Datsun 1200 e me ensinou a acelerar, tinha 9 ou 10 anos de idade. Mais tarde tive uma clínica mesmo em frente àquelas instalações e morei vinte metros acima.
O meu pai sempre foi sócio. Embora soubesse que a perspectiva era mais tarde ter um acesso facilitado à instituição, sempre encarei o facto como longínquo.
Até ontem. No meio de uma qualquer conversa, o meu pai diz-me que anda a tentar inscrever-se e que a lista de espera é grande.
Perspectivam-se visitas mais frequentes àqueles jardins... outro ciclo que se fecha.

segunda-feira, março 19, 2007

Distraída

Ando. Assumidamente.
Caso para perguntar em que mundo é que vivo, quando erro na pergunta "Quando é que Portugal assume a presidência do Conselho Europeu?" e aposto no 1º semestre de 2008...

Queria que fosse sábado outra vez

O pastel de nata morno e o sol a bater-me nas costas numa esplanada de Alcochete, a meio da manhã.

sexta-feira, março 16, 2007

É obra

Tardes a fio passadas sem abrir a boca.
Ver e rever todos os dias os mesmos sites vezes sem conta.
Contar cada minuto que passa e se arrasta no tempo como se fosse uma hora.
(isto começa a parecer o muro das lamentações)

Crime e castigo

É suposto que quem erra, pague por isso. "Cá se fazem, cá se pagam", porque não acredito em Deus nem no Diabo. Aliás, é nesta vida que passamos pelo Inferno, porque depois de mortos podemos enfim descansar.
Nunca frequentei a igreja, mas suponho que começo a parecer-me com quem cumpre a penitência imposta pelo padre, após confessar os seus pecados. Por muito que me pareça levezinho rezar não sei quantos padre-nossos e outras tantas avé-marias, consoante o pecado cometido, gostava que me pusessem um terço na mão e que algumas horas de ladaínha acabassem com isto.
Mas não é possível. Por isso, é preciso aguentar um dia após o outro, com maior ou menor arcaboiço.
Ou não.

quinta-feira, março 15, 2007

AAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!!

TIREM-ME DAQUI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
(já que me tiraram tudo, desde motivação, paciência, gosto pelo que fazia, colegas, papelada, trabalho em geral, porque é que não levam também a secretária e o computador e me deixam ir para casa??!!)

Sonhos

Engraçado que o feitio de não conseguir dormir anda-me a passar. Posso até acordar, mas virando-me para o lado, facilmente retomo o sono, coisa que há muito não acontecia.
Pena que o preço a pagar seja ter sonhos tão marcantes, que mais parecem pesadelos. De manhã são tão nítidos que quase os consigo descrever ao pormenor.
Esta noite foi mesmo pesadelo. Acordei transpirada, o coração a saltar-me do peito... Pai, tu não, preciso de ti comigo por muitos mais anos...

quarta-feira, março 14, 2007

Bimbalhadas

Descobri há uns tempos que ando a comer compulsivamente. E a engordar proporcionalmente. O que, na realidade, não me interessa, porque gosto mesmo muito de comer e se alguém não gostar das minhas massas adiposas adicionais, que se lixe.
A Bimby veio viciar-me na cozinha (!!!). Passei a ser uma bimbólica.

Masoquismo

Tenho que parar de fazer coisas que sei que me fazem mal.
Gostar um bocadinho mais de mim.
Doa a quem doer.

Agora esforço-me por todos os dias fazer algo que me saiba bem: ontem comprei um presente para uma amiga especial, hoje há massagem, amanhã logo se vê.

terça-feira, março 13, 2007

30 e tal razões (mais coisa, menos coisa) para me aturarem (ou não)

Como me deram (ao de leve) com a luva branca, e não sou de virar as costas ao desafio, fique a saber, Sr. Asterisco ...


7 coisas que faço bem (esta é sem dúvida a que mais me custa desenvolver...será baixa auto-estima ou tenho andado distraída?)
- apesar das limitações de ordem logística e pessoal (porque me envolvo demasiado pelos meus "pacientes"), acho que faço bem o meu trabalho; o que me enche o peito de orgulho é a mais que frequente frase dos donos dos bichos "Tomáramos nós que no hospital nos tratassem com tanto carinho como a Sra. trata os nossos bichos"
- conduzir, que adoro
- tocar vários instrumentos ao mesmo tempo, ou, em linguagem de função pública, polivalência e flexibilidade: dêem-me uma boa resma de papéis para despachar ou problemas urgentes de índole prática para resolver, e estou como peixe na água
- de uma frase ou palavra, extraio habitualmente o significado total, sentimentos ou emoções: numa palavra, sou bastante perspicaz
- estudar: continuo a gostar e por mim fá-lo-ia até morrer (costela masoquista)
- dar (e detesto receber)
- decorar números de telefone, datas de nascimento, datas de não sei quê, números em geral que não interessam nem ao menino Jesus (só para exemplificar, ainda me lembro do nº de telefone da minha melhor amiga da primária, já lá vão 30 anos): as agendas não são mais que peso adicional na mala.

7 coisas que não posso/não sei fazer

- eu esforço-me, juro que me esforço, mas não cozinho nada de jeito (valha-me Nª Sra. Bimby)
- não sei conduzir devagar: até uma simples marcha-atrás é a abrir
- não sei viver sem música: em casa, no carro, no trabalho, há sempre música ambiente; e associo músicas específicas a fases concretas da vida, umas felizes, outras nem por isso
- dormir como as pessoas normais: a mínima luminosidade no quarto, um espirro da minha filha no quarto dela, os carros de recolha do lixo, um dos meus gatos a utilizar o WC, ou simplesmente virar-me na cama, são motivos para acordar
- vestir-me à senhora: hei-de ter 60 anos e não conseguir calçar saltos altos, usar fatos saia-casaco, pintar-me e arranjar o cabelo (vá lá, que ultimamente já me habituei a usar diariamente perfume, mas mesmo isso, só após descobrir algum que não me agredisse os sentidos)
- sair de casa com a cama por fazer ou a loiça por lavar (pancada, eu sei...)
- prescindir de um livro na mesa de cabeceira, nem que passem semanas sem lhe tocar.

7 coisas que habitualmente digo

- Tudo o que me dá na real gana: raramente meto os travões quando se trata de dizer o que penso
- "Valha-me um burro aos pinotes" é a expressão habitual qundo algo me surpreende
- "Pedaço de mau caminho" para aqueles gajos irresistíveis
- "Elas vêm no ar...", a propósito da tal perspicácia
- "Chorar baba e ranho" que é o que faço quando estou triste ou comovida
- "DA-S!!!!!!!!!"
- em casos de irritação extrema a conduzir, não só digo palavrões, como faço gestos muito "delicados"

7 pessoas para serem celebridades

Acho que não conheço ninguém que mereça tal destino. Até aquela pessoa especial que sempre achei que foi subestimada pela vida, o meu Avô, gosto mais de a recordar simples e discreta, do que badalada.

7 coisas que me atraem nos homens


- a Voz (uma voz que me toque cá dentro, vale por toda a figura)
- as mãos (não só a forma, como a sensibilidade)
- a inteligência, sobretudo se combinada com simpatia, sensibilidade, companheirismo, carácter, honestidade (estes homens não existem, mas tá bem)
- o cabelo revolto e a barba nem muito rapadinha, nem muito grande, tipo Eddie Vedder :)
- a quantidade certa de pelinhos no peito, tipo gajo da Lacoste
- umas boas calças de ganga ruças e descaídas no cu
- jeito para a cozinha (põe-te a pau, Asterisco!!)
Mais uma vez, a corrente vai ser quebrada, porque os meus links já estão quase todos comprometidos...
Depois disto, vão continuar a falar-me?

segunda-feira, março 12, 2007

Sobre a cultura geral

Depois de sexta-feira, fiquei a saber que a estátua do "Desterrado", de Soares dos Reis, se encontra em posição de sentada (e não deitada, como arrisquei) e que a autoria de um livro, cujo título sou incapaz de reproduzir, não é de Mia Couto, mas de José Eduardo Agualusa.
Assisti, incrédula, a quase um terço da plateia do "Um Contra Todos" não saber (!!) que a personagem cujo amigo era um tigre era o Calvin, que o primeiro grupo de Brian Eno antes da sua carreira a solo eram os Roxy Music e que a União Europeia já conta com 27 membros.
Espalhei-me ao comprido na pergunta mais escandalosamente óbvia para uma alfacinha de gema: a que distrito pertence a Serra de Montejunto (Lisboa e não Leiria...). Melhor: a esta mesma pergunta, da categoria de Geografia de Portugal, respondeu acertadamente o concorrente do meio, alemão a viver em Portugal há escassos anos...
E depois de constatar que cultura geral é um conceito absurdamente subjectivo, restou-me uma valente dor de pernas.

quinta-feira, março 08, 2007

Quem lhe manda armar-se aos cucos?!

Por falar em programas em directo, isto até daria vontade de rir se não fosse tão triste: o cuidado que a minha chefe tem em diferir os meus pedidos de dias de férias, em vez de os deferir...
(escreva "autorizado", porra, ao menos não mete a pata na poça)

Lamechice

Isto vai ser escrito de enfiada, porque a lamechice é tanta que convém que saia depressa para não chatear.
Quando se está em baixo, tudo é motivo para chorar, tudo comove a pontos de fazermos figuras tristes.
Ontem à noite dei por mim de pestana bem aberta, ao contrário do que é habitual logo a seguir ao jantar (isto de levantar às 6 e 20 da manhã é o que dá). Não conseguia despegar os olhos da TV. O programa não era dos que habitualmente me prendem a atenção, apenas mais uma gala de comemoração de uma qualquer televisão... ou não, da RTP, dos 50 anos da Televisão.
A propósito das memórias que enchem os 50 anos de existência, cantaram-se medleys com as canções do festival da canção, com os anúncios publicitários, com as séries juvenis, com os jingles de boa-noite. Juntaram-se no palco algumas pessoas que marcaram a infância de quem anda nos 30 e tal como eu. Pessoas cuja imagem se modificou a pontos de estarem irreconhecíveis com o peso da idade (viram a Maria Guinot, de bengala?!).
É inevitável pensar o que os anos nos fizeram a nós. E é inevitável a nostalgia do passado.
(e chorei, e chorei, e chorei...)

terça-feira, março 06, 2007

Felizmente...

... esta semana tem só quatro dias.

E dois já lá vão.

segunda-feira, março 05, 2007

Mãe

Há coisas que se (des)aprendem, porque nos desabituamos delas.
Já me esqueci da última vez que o fizeste (será que o fizeste alguma vez?).
Não to vou dizer, não to vou pedir, mas era bom que, nas poucas vezes que me olhas nos olhos, conseguisses perceber que gostava que me passasses a mão pelo cabelo, me aconchegasses no teu colo e me assegurasses que vai correr tudo bem.