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11 dezembro, 2007

o maravilhoso mundo de matriz cristã


Provando que a "war on christmas" não está perdida, o mini-jesus articulado está a esgotar nos Walmart e Target dos EUA. Depois de alguns anos em venda directa - estilo Avon mas desde o púlpito- a One2Believe e a BlessedToys decidiram passar à ofensiva nas grandes superfícies com o repto pacifista de matriz cristã: the battle for the toy box, which side are you on?

10 dezembro, 2007

Bem vistas as coisas, a pobreza (já) é o seu negócio

Mesmo longe da cimeira Europa-África, Gordon Brown quis provar que também é homem para ter as suas preocupações humanitárias, apresentando um plano para conquistar 20 grandes multinacionais para apoiar os países mais pobres no seu esforço de desenvolvimento. Para começar, Brown diz estar já em negociações com empresas como a Vodafone, Google ou Wall-Mart. Sim, leram bem, a Wall-Mart. Aparentemente o primeiro-ministro britânico quer-nos fazer acreditar na responsabilidade social de uma empresa cujas práticas comerciais e laborais deram origem à inédita situação de ter a sua entrada em Inglewood - subúrbio de Los Angeles onde jogam os Lakers - vetada num referendo pela população local . Os argumentos? A destruição do pequeno comércio e a degradação dos salários da região. Como se vê, um currículo exemplar para apoiar os mais pobres dos pobres. Afinal, poucos se podem orgulhar de ter um tão vasto trabalho com a pobreza. Da sua expansão, pelo menos.

27 outubro, 2007

especulação numa ciência oculta


$2,400,000,000,000. 2 milhões de 400 milhões de dólares (ou 2 triliões e 400 biliões?). É até agora a estimativa mais alta do custo da guerra. (disclosure): eu perco-me nos milhares de milhões.

Cada um dá o seu palpite. Há uns meses, o NYTimes fez as suas contas e chegou a 1.2 triliões. Há quem faça contas ao dia (300 milhões de dólares), há quem prefira a longue durée de uma semanita (2 biliões). Até agora, e em investimento aprovado pelo congresso, já se gastaram mais de 350 biliões de usd na ocupação do Iraque. Stiglitz (conselheiro Clinton I, Nobel 2001, autor de Globalization and its Discontents -- mercadoria quentinha) aposta nos 2 triliões. Certo, certo é que longe vai o tempo em que um conselheiro da Casa Branca era despedido por sugerir que o custo total da guerra andaria nos 200 biliões de usd. (NYTimes)

Mas de acordo com estas contas do congresso, e prevendo que os EUA fiquem no Iraque e Afeganistão até 2017, o governo federal Americano enterrará qualquer coisa como 1900 pontes vasco da gama (a 897 milhões de euros cada) ou o equivalente a 4.3 anos do PIB de Portugal (a 229 mil milhões de dólares/ano). Trocado por miúdos, se os EUA decidissem brindar cada cidadão português em nome da paz com soma equivalente, isso dar-nos-ia qualquer coisa como 240 mil dólares. Notem que este truque de bruxaria só inclui o investimento federal, não calculando custos indirectos como o apoio médico aos soldados feridos ou o aumento no preço do petróleo. Só por isso é que é tão optimista: a 200 biliões de dólares/ano, só para o Iraque, mais os custos da ocupação do Afeganistão, não será difícil ultrapassar os 3 biliões de dólares num espaço de 14 anos (2003-2017). Nem vale a pena tentar meter o Irão nestas contas, lá chegaremos.

Eu só sei que não me importaria com os 240 mil dólares. Em nome da paz, claro.

(Hoje houve manifs nas principais cidades americanas)
(Entrevista de Joseph Stiglitz à Rolling Stone)

Um apoio visual, tirado de Crooks&Liars:


Isto são 9 milhões de dólares, à escala humana, e juntando cada nota de dólar.E isto são 315 biliões de dólares. O pontinho preto no canto é a figura anterior. Esta figura vezes 7 e terão a massa física do dinheiro gasto na guerra.

13 outubro, 2007

no banquete das grandes fortunas



nós estamos na sopa dos pobres. O disquinho vermelho é a fortuna de Belmiro de Azevedo, o #407 da lista dos mil milhionários do mundo. É a única fortuna "portuguesa" do lote, com 2.3 mil milhões de dólares. Vista desta forma, a acumulação de riqueza ganha contornos interessantes: os discos mais anafados na Europa continuam a ser no eixo UK-França-Alemanha (bom, mais a Suiça, pois, e a Espanha com o Señor Ortega), mas a torre mais alta está na Rússia (e para perceber isto precisaríamos da dimensão histórica que a lista não tem). E em baixo, big-fat-Bull Gates a vermelho. Mais ao centro, no Nebraska, está o disco de Warren Buffett. Quando fez a doação à Fundação Bill & Melinda Gates, em 2006, a fortuna de Buffett 'valia' 31 mil milhões de dólares; agora está calculada nos 52. De tanto inchar, qualquer dia isto rebenta tudo.

(lista da Forbes aqui)