ateologia

No tengo nada contra los hombres que apelan a recursos metafísicos para sobrevivir; en cambio, los que organizan su tráfico –y que además lo hacen con esmero- se sitúan, según mi parecer, en forma radical y definitiva del otro lado de la barricada existencial, lo opuesto al ideal ascético. El comercio de los mundos subyacentes da seguridad a quien lo promociona, pues encuentra, por sí mismo, elementos para reforzar su necesidad de socorro mental. Así como a menudo el psicoanalista cura al prójimo para evitar tener que interrogarse demasiado acerca de sus propias fragilidades, el vicario de los dioses monoteístas impone su propio mundo para reforzar su conversión día a día. Procedimiento de autosugestión...
Ocultar la propia miseria espiritual exacerbando la del prójimo, evitar el espectáculo de la propia, dramatizando la del mundo -Bossuet, predicador emblemático-, son otros tantos subterfugios que hay que denunciar. El creyente, vaya y pase; el que se erige en su pastor, ya es demasiado. Mientras la religión sea un asunto privado, se trata, después de todo, sólo de neurosis, psicosis u otros asuntos personales. Se tienen las perversiones que se tienen, en tanto no pongan en peligro la vida de los demás...

Un Razionale scettico, ateo, idolatra ed apostata scomunicato, a cui generalmente non piace come Religioni e Chiese raccontano Dio, ma a cui piacciono le domande, soprattutto quelle alle quali è possibile dare una risposta, ragionando sulle contrapposizioni:
Metafisica/Fisica,
Credere/Sperimentare,
Religione/Scienza,
Verità/Dimostrazione,
Creazione/Evoluzione,
Anima/Cervello,
Dio/Uomo,
in questa dissertazione, con l'ambizione di poter dialogare sia con i credenti che con i non credenti:
esplicita perché non crede in un Dio creatore dell'Universo e dell'Uomo, ma piuttosto in un Uomo che l'evoluzione ha reso creatore di Dio;
approfondisce gli approcci al credere che ha trovato più interessanti nell'ambito degli ambiti della scienza, della filosofia e della logica matematica;
confronta il proprio pensiero con quello di illustri pensatori atei o agnostici.

Ateologia das origens traz uma audaciosa leitura dos primeiros quatro capítulos do Gênesis. Toma-os como ponto de partida para lidar com temas que vão além da religião, emprega filosofia e teoria literária e para tratar de questões de interesse comum como o casamento, o trabalho, o sexo, a educação, a felicidade e a morte. Fazendo uso de uma abordagem literária que se apoia em sólida teoria, o autor explora nos mitos os espaços de sentidos incertos, os caminhos interpretativos menos explorados, produz uma leitura que enfraquece as produções dogmáticas, as interpretações canonizadas, que retira a tradição bíblica dos domínios eclesiásticos para fazê-la dialogar com o homem ocidental como parte valiosa de seu patrimônio cultural.

Disponível pela Fonte Editorial - 2020

Este artigo apresenta uma proposta para aqueles que, na contemporaneidade, gostariam de ler a Bíblia como literatura. Estuando as peculiaridades narrativas da história da negação de Pedro a Jesus segundo a versão do Evangelho de Lucas, damos uma passo a mais no desenvolvimento da ateologia bíblica, uma abordagem empenhada na análise literária que se apoia na laconicidade das narrativas bíblicas para criar novas leituras, que faz uso da filosofia materialista inspirada em Nietzsche e em Michel Onfray em sua crítica para evitar repetir as leituras canônicas e institucionais, que expõe a pluralidade de caminhos interpretativos possíveis para negar a produção dogmática que trabalha para engessar os sentidos. Partindo do conceito de Richard Rorty de cultura literária, o que aqui se faz é ler a Bíblia como uma inspiradora antologia da experiência humana, uma coletânea de fragmentos textuais que, dentre outras coisas, preserva algo da fé de antigas culturas, da arte desenvolvida por sujeitos históricos que, a seu modo, buscavam suas próprias verdades redentoras.

Desenvolvido a partir de uma comunicação científica apresentada em maio de 2017, na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, este artigo apresenta a visão pessimista de um exegeta sobre sua profissão e traz uma proposta para uma renovação das produções exegéticas em geral. Em poucas palavras, o autor propõe uma análise literária da Bíblia, que aproveita a laconicidade própria da narratividade bíblica para criar novas leituras, que faz um uso inusitado da filosofia materialista e hedonista do escritor francês Michel Onfray em sua hermenêutica para fugir às leituras canônicas e institucionais, e que expõe a pluralidade de caminhos interpretativos possíveis para negar a produção dogmática e inaugurar o que aqui foi chamado de ateologia bíblica.