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Arte Real 35

em percebermos, adentramos a primeira década do século XXI. 2010 já é uma realidade! Que tenhamos um ano repleto de realizações e crescimento, principalmente, no campo espiritual.

“Todo homem tem o dever de procurar redimir-se por esforços próprios, embora buscando a sombra benfazeja de uma Árvore mais fértil, para lhes abastecer a Mente e o Coração, com os bons frutos do conhecimento e do amor, que são os maiores tesouros que se pode alcançar. Essa Árvore benfazeja é a Sublime Sabedoria do Avatara”. Professor Henrique José de Souza S em percebermos, adentramos a primeira década do quando a natureza, revoltada pelos inúmeros descasos e século XXI. 2010 já é uma realidade! Que tenhamos crimes ambientais, praticados por uma humanidade um ano repleto de realizações e crescimento, desespiritualizada e egoísta, resultado da prática do consumismo e do capitalismo voraz, resgatar, violentamente, principalmente, no campo espiritual. Escolhemos, de forma intencional, como Matéria o enorme Carma coletivo acumulado. Ghandi dizia: “Seja você a mudança que você quer da Capa, “Profecias que Atestam a Vinda de Um Grande Mestre”, de autoria do nosso Irmão Wilson Namorato, por ver no mundo!” E é isso que a Maçonaria espera de nós. É ser um tema, que, nos dias atuais, insiste em bater a nossa isso que o mundo espera da Maçonaria. Despertemos, porta. Para os ocidentais, esse é o Advento da Irmãos! Nós somos a Maçonaria! Corroborando tudo que foi dito, na coluna Trabalho, Manifestação do Cristo Universal, já para os orientais, O do Budha Maitreia, embora muito pouco importe o nome as matérias dos Irmãos Anselmo Quadros e Milo Bazaga, que queiram dar para o Avatara do 3º Milênio; a vinda intituladas, respectivamente, “A Grande Missão da desse Ser para os dias atuais já estava registrada nos Maçonaria” e “A Maçonaria Não é Feita à Medida das Ilusões do Neófito”, magistralmente, elucidam esse tema. Ainda, antigos textos sagrados do Vishnu Purana. Assim tem sido todas as vezes que a LEI se ratificando esse importante assunto, brindamos a todos com manifesta no plano terreno, com o Verbo se fazendo carne, o texto de nosso ilustre Irmão Hercule Spoladore, “A Essência”, o qual nos chama à razão para em sacrifício pela evolução da o nosso verdadeiro papel de Iniciado humanidade, melhor diríamos, em “Viver, quando sacro-ofício, e a mesma, em sua maioria, conscientemente, é aproveitar Maçom. Falando em Mestre de Sabedoria, com olhos cobertos pelas vendas da a singular oportunidade de a coluna Os Grandes Iniciados traz a ignorância, do fanatismo e do ascender aos degraus da Vida e a Obra do mais enigmático de materialismo, apedreja-O, crucifica-O. infinita escada da evolução, todos Eles, através da matéria “O Pobre humanidade! De certo, a história em retorno à Casa do Pai!” Misterioso Conde de Saint Germain”. se repetirá e, lamentavelmente, Entender o legado desses Mestres, por si Revista Arte Real ouviremos, mais uma vez: Ele esteve só, já é um grande salto de qualidade em entre nós e não O reconhecemos! nossa caminhada evolucional. Despertemos, Maçons, para o A matéria “A Carroça”, de autor ignorado, é uma verdadeiro objetivo da vida. Iniciados que somos, mister se faz que tenhamos consciência de nossas grande lição de vida e merece ocupar espaço na coluna responsabilidades para com a humanidade, tanto nos Reflexões. Sentimo-nos muitíssimo honrado em poder, aspectos sócio-políticos quanto no espiritual. Querido leitor, que nos recebe na tranquilidade de mensalmente, como veículo de divulgação, levar aos nossos mais um recesso maçônico, o momento é oportuno para diletos leitores essa vasta diversidade de conhecimentos, a refletirmos profundamente e apararmos as arestas de fim de contribuir com seu crescimento cultural. A tarefa é nossa conduta, a fim de construirmos um mundo melhor a árdua, mas prazerosa; a causa é nobre e merece todo e partir desse ano que ora se inicia. Não conseguiremos qualquer sacrifício. Para melhorarmos o quadro caótico da atualidade, antes, porém, faz-se necessário melhorarmos a resultados diferentes agindo, sempre, da mesma forma! Não profetizando, mas pelo que tudo indica, até nós mesmos. Regatemos os reais objetivos de nossa Ordem e porque os sinais já se fazem bem visíveis, o resgate dos cumpramos o papel que a sociedade, atônita, tanto clama e sentimentos de amor ao próximo, solidariedade e espera de nós! Façamos de 2010 um “divisor de águas” para um fraternidade entre os povos, não virá pela livre iniciativa do homem. Acreditamos que ocorrerá, tão somente, mundo mais digno de se viver! ? a b Capa – A Humanidade Pintando Sua Própria Aquarela......Capa Editorial.....................................................................................2 Matéria da Capa - Profecias que Atestam a Vinda de Um Grande Mestre...3 Destaques – A Essência...........................................................5 Informe Cultural – Em Prol da Cultura Maçônica..............7 Os Grandes Iniciados - O Misterioso Conde de Saint Germain.8 Ritos Maçônicos - Ordem Real da Escócia............................10 Trabalhos - A Maçonaria Não é Feita à Medida das Ilusões do Neófito.11 - A Grande Missão da Maçonaria............................................13 Reflexões - A Carroça...............................................................14 Boas Dicas – Site / E-book / Edições Anteriores.....................14 Profecias Que Atestam a Vinda de Um Grande Mestre Wilson Namorato bservam-se, por toda a face da Terra, atualmente para definir a evolução espiritual dos seres que habitam significativos sinais de uma grande mudança! a face da Terra. O 1º, ou externo, é formado pelos Toda a humanidade se encontra num estado de “irremediavelmente perdidos”, ou seja, aqueles que se defrontaram "tensão" e "expectativa". Expectativa de quê? Ninguém com o dantesco portal onde se leem, as seguintes palavras: “lasciate sabe ao certo, mas é um fato e ela existe, como bem ogni speranza, o voi ch'entrate”. Sim, para esses, foram perdidas todas as esperanças. O 2º, dos demonstra a insegurança "prováveis", ou aqueles que lutam pública. Os mais céticos afirmam ser devido à "Todas as vezes, ó filho de Bhârata, como "rari nantes in gurgite vasto" contingente situação atual da que Dharma (a Lei Divina) declina e (raros náufragos nadando num vasto abismo), para se salvarem da sociedade mundial. Alguns Adharma, (a injustiça) se levanta, Eu grande tribulação do presente ciclo, sociólogos afirmam ser devido às armas nucleares, ao me manifesto para a salvação dos que a tudo e a todos ameaça chamado "equilíbrio do bons e destruição dos maus. Para o destruir. O 3º círculo é formado terror", cujo arsenal nuclear é restabelecimento da Lei, Eu nasço em pelos já redimidos ou salvos, ou seja, aqueles que passaram por todas as suficiente para destruir todo o cada Yuga (Idade, Era, Ciclo, etc.)”. provas dolorosas da vida e delas planeta mais de uma centena saíram vitoriosos. Finalmente, o 4º, de vezes. Já os ocultistas Yesus Krishna formado pelos Guias ou Instrutores afirmam que esses "sintomas planetários sociais" são o "inconsciente coletivo", da humanidade. Os que se acham ocultos no interior do Templo prognosticando uma terrível e implacável seleção ou dedicado ao Culto de MELK-TSEDEK, e que outro não é, senão, o separação do joio e do trigo, proveniente de um grande da Universal Eucaristia, o Graal de todos os Graals, sintetizados na Fraternidade Universal da Humanidade. julgamento cíclico da humanidade. Estes últimos seres, a que se refere a citação acima, Em verdade, contudo, podemos, apenas, afirmar que "os tempos esperados já chegaram" e que pouco muito bem sabem o que há de suceder num futuro próximo importa se os homens estejam ou não conscientes disso. e muito mais. Sabem, ainda, a razão por que a Divindade se Ademais, o real conhecimento da causa, que tantas manifestará como face rigorosa (em lugar da amorosa) do repercussões vem fazendo refletir na insegura Eterno e Soberano Senhor dos Universos. De qualquer humanidade, pertence, somente, àqueles que se fizeram forma, para os cegos de espírito, que, obstinadamente, dignos de tais revelações. Já certo discípulo teve ocasião negam esse futuro óbvio, eis alguns remotos e trágicos acontecimentos. Quando a Estrela Baal caiu no lugar onde, de dizer: quatro círculos concêntricos se apresentam O hoje, só existe mar e céu, os dez países, com suas Portas de Ouro e Templos Transparentes, estremeceram como se fossem folhas de uma árvore sacudida pela tormenta. Eis que uma nuvem de fogo e fumaça se elevou dos palácios. Os gritos de horror lançados pela multidão enchiam o ar. Todos buscaram refúgio nos Templos, nas cidades, e o sábio Mu-Ka, apresentando-se, falou: “não vos predisse eu todas essas coisas?”. Os homens e mulheres, cobertos de custosas vestes e pedras preciosas, clamavam: “Mu-Ka salvai-nos!”. Ao que ele replicou: “morrereis com vossos escravos, vossas riquezas, e, de vossas cinzas, surgirão outros povos; se eles, porém, vos imitarem, esquecendo-se de que devem ser superiores não pelo que adquirirem, mas pelo que oferecerem, a mesma sorte lhes caberá; o mais que posso fazer é, justamente, morrer convosco...". As chamas e o fumo afogaram as últimas palavras do Sacerdote, que, de braços abertos para o ocidente, desapareceu nas profundezas do oceano com cerca de 64 milhões de habitantes do imenso continente atlante. Todas as Tradições de valor atestam a vinda de um Ser Divino para a face da Terra. Um Ser portador do Báculo Sacerdotal e da Espada da Lei. A vinda do Monarca Universal, aquele a quem Abraão pagava dízimos e Jesus prestava homenagens, e que, no Antigo Testamento, leva o Título de Rei Melk-Tsedek, Sumo Pontífice do Altíssimo. Aquele que, justamente, com sua Corte, conduziria os Eleitos do Ciclo à Nova Canaã e lhes daria de comer o Pão Espiritual de sua divina filosofia, chamada pelos adeptos de Filosofia Akbelina. Lembremo-nos da promessa de Yesus Krishna, no Bagavad-Gita, a seu discípulo Arjuna: "Todas as vezes, ó filho de Bhârata, que Dharma (a Lei Divina) declina e Adharma, (a injustiça) se levanta, Eu me manifesto para a salvação dos bons e destruição dos maus. Para o restabelecimento da Lei, Eu nasço em cada Yuga (Idade, Era, Ciclo, etc.)”. Foi dessa Fraternidade oculta, em Monte Líbano, que veio uma mensagem destinada ao fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose, Professor Henrique José de Souza, em particular, e ao Movimento por ele criado, de modo geral. Essa mensagem, escrita em castelhano, assim se traduz: "Dizem as prodigiosas Sibilas que o verdadeiro sinal da Era Redentora do Mundo se mostrará pela boca daquele que, falando de LADAK, explicará seu real sentido aos que se fizerem dignos Dele. Mas, primeiro, é necessário que os mais sagrados Montes da Terra, iluminados pelos Deuses, alcancem a dignidade de Mansão das Almas Redimidas, por seus próprios esforços, ainda que aureoladas pela citada palavra LADAK”. Assim, sobressairá o nome de Machu Picchu (no Peru), entrelaçando-se, subterraneamente, com o que se eleva no outro lado, com seu pouco conhecido nome de Ararat (Serra do Roncador), em Mato Grosso. É, assim, o prodigioso marco do Monte Santo mais Excelso, situado ao Sul, cujo nome não é e nem poderá ser conhecido, senão do mesmo Senhor Decifrador da Palavra Perdida. A fenda ou Portal de tão suntuoso Templo não foi até hoje aberta, aguardando, somente, o momento justo em que os Fogos Internos se dignem romper suas colossais e rochosas camadas externas, lançando, para o espaço, o ígneo sinete JHS, como a síntese de todas as sínteses espirituais. Entretanto, os aspectos duais diferem quando o homem fala com o próprio Verbo Divino, e a Mulher acalenta, em seu materno e régio seio, o inextinguível e prodigioso Fogo da Última Raça Humana; o Filho feito carne, porém, nascido de Si mesmo como Pai. O mesmo acontecerá, naquele tempo, ao Dragão de Ouro, como o Poderoso Guardião da Palavra Perdida, que há de vibrar, radiosa e excelsa, no peito do grande Senhor dos Três Mundos, com o seu prodigioso nome de El-Rick, trazendo, em sua mão, o sacrossanto símbolo da 7ª Chave, muito bem assinalado no livro Choan-Ching Chang, que o mesmo Dragão de Ouro escreveu com suas Garras: “Sanctus Sanctorum". Um dos mais transcendentes livros da Terra, o Vishnu Purana, assim, narra em suas inefáveis páginas de comentários: "Assim, na Kali Yuga (idade negra), a decadência moral continuará a sua marcha até que a raça humana se aproxime de sua extinção. Quando o fim de tal Idade estiver próximo, descerá, para a Terra, uma parte daquele Ser Divino, que existe em sua própria Natureza Divina, dotado das oito faculdades supremas. Ele estabelecerá a justiça na Terra, e a mente dos que viverem até o fim, será tão pura como o cristal. Os homens, assim transformados, serão como a semente de uma Nova Raça, que seguirá as Leis da Idade de Ouro (Satya Yuga) ou da pureza, para transformar o mundo”. Na introdução da colossal obra "Doutrina Secreta”, de H. P. Blavatsky, lê-se, com relação à vinda desse Avatara cíclico, da Era de Aquarius: "Desde os Richis indianos a Virgílio, e de Zoroastro à última Sibila, todos, sem exceção, desde o começo da 5ª Raça Mãe (Ariana), profetizaram e prometeram a volta cíclica da Virgem e o nascimento de uma criança divina, que faria renascer a Idade de Ouro ou Satya Yuga sobre a Terra. Logo que as práticas da Lei estiverem na ocasião precisa de terminar o ciclo da Kali Yuga, em que, ainda estamos, um aspecto do Ser Divino, que existe, em virtude de sua própria natureza espiritual, na pessoa de Brahmã (Deus), que é o começo e o fim, o alfa e o ômega, descerá sobre a Terra. Ele nascerá na família de Vishnujasha, como um eminente Filho de Shamballah, Senhor dos Oito Poderes da Yoga. Por seu imenso Poder, destruirá todos aqueles cujo mental é voltado à iniquidade”. A conhecida Sibila de Cumes, no seu último "Canto Ecumênico", prognosticou, desse modo, a vinda desse excelso Messias do fim do ciclo: "A última passagem do canto ecumênico é chegada agora, e a grande sequência das Eras começa novamente. Repousa a Virgem Astreia (Justiça), e o reinado de Saturno recomeça. Desce agora uma Nova Raça dos Mistérios Celestes; ó Casta Lucina, sorri, favoravelmente, ao jovem que terminará a presente Era e propagará a Idade de Ouro pelo mundo. Agora os rebanhos não temerão mais o Leão Feroz, e a serpente deverá morrer, e o veneno da planta traidora deverá perecer. Vinde, então, caro filho de Deus, grande descendente de Júpiter! O tempo está próximo, vede, o mundo está abalado, inteiramente, e vos saúda a Terra, as profundezas dos mares e o mais alto dos céus.” E, no 1º volume da "Doutrina Secreta", Blavatsky faz a mais significativa de suas profecias: "No século XX, um discípulo mais bem informado, e com qualidades muito superiores, será enviado pelos Mestres de Sabedoria, para dar a provas definitivas e irrefutáveis de que existe uma ciência chamada Gupta Vidya". Com referência ao grande Ser a que Blavatsky faz alusão em sua Obra e que seria enviado pela Grande Fraternidade Branca, é oportuno transcrevermos as palavras gravadas numa lápide, existente na Capelinha do Espírito Santo, em Einfurt, Alemanha, túmulo do Ser, conhecido pelos ocultistas como Saint Germain (São Germano, de maneira aportuguesada, quer dizer "Santo Irmão"; apenas, os verdadeiros iniciados sabem o seu real e eterno nome): "Voltarei ao Mundo em 1º de agosto de 1800, para logo volver ao seio da Terra, donde surgirei em 15 de setembro de 1883, mas me firmando em Espírito e Verdade, em 1900, quando me manifestarei nas bandas do Oriente, para o Ocidente". O Prof. Henrique José de Souza, em seu livro "Ocultismo e Teosofia", escreveu os seguintes prognósticos: "O Divino Avatara de Aquarius, o Maitreia das Tradições, sobrevirá nos anos do ciclo do sol (que começou em 21 de março de 1981 e vai até 2016). Os que se dizem cristãos (referindo-se aos sinceros) reconhecerão, nesse Ser, Aquele que, na Cruz, morreu para o Mundo, na mais dolorosa de todas as tragédias. O Oriente inteiro, por sua vez, o clamará como Yesus Krishna ou como o próprio Gautama, o Buda. Mas os verdadeiros ocultistas e teósofos, nele, reconhecerão o Espírito de Verdade, o sucessor do Manu (JHS), integrado na própria Divindade como Pai, Filho e Espírito Santo, após ter lançado a semente do Novo Ciclo, aurora de Luz e de Esplendor, que virá iluminar a Face da Terra, depois de redimida de suas próprias faltas”. Que dizer dessas tão reveladoras, quão magníficas profecias? Acaso, reconhecem os homens essas sublimes verdades ditas há séculos? E os que, mesmo tomando conhecimento de tais referências, negligente e desgraçadamente, recusam a aceitá-las? Pobre humanidade! ? b A Essência O maçom tem que caminhar uma longa trajetória, para se considerar e ser, na realidade, um verdadeiro Iniciado. Ele, para entrar na Ordem, passará por duas portas. Uma, a porta física do Templo, onde o espera um estranho e intrigante ritual, mas, ao mesmo tempo, belo, um verdadeiro teatro simbólico e sublimado. É o dia do seu recebimento formal na Ordem, uma cerimônia, que quando bem desempenhada pelos Iniciadores, marcar-lo-á de forma indelével na mente. A segunda porta é simbólica. Do ponto de vista mental, é um acesso através de uma pequena fresta, isto é, uma pequena abertura, fechada pelo subconsciente. Uma vez a venda cobrindo a visão, isso fará que o Iniciando desperte e aguce os outros órgãos dos sentidos, e ele, Hercule Spoladore então, enxergará com os olhos da mente e se colocará especialmente numa situação de pura introspecção, uma verdadeira jornada interior, que, para a grande maioria dos Iniciandos, é o reencontro, ou mesmo o primeiro encontro súbito, inesperado e surpreendente com o seu duplo Eu, há muito tempo adormecido, talvez, nunca procurado, ou quem sabe ele nem soubesse da existência de um duplo estado de sua consciência. O profano terá que, justamente, auxiliado por uma técnica iniciática perfeita e bem desempenhada, usando-se de uma ritualística bastante eficiente, fluente e fácil, franquear essa barreira, e passar por ela, mas, para isso, ele terá que se sentir humilde, pequeno, diminuto, ínfimo. A Iniciação nesse primeiro dia de contato com a Maçonaria se consubstancia nesse detalhe. Será, apenas, a conscientização de que existe esse outro estado do Ser, um outro estado da mente. É necessário frisar que não haverá, com essa conscientização, a descoberta instantânea de todo o conhecimento humano, ou maçônico, dos mistérios ou segredos, mas, tão somente, a autorevelação de sua consciência dupla, tomando-se conhecimento de que existe, em cada um de nós, um outro EU. Esse aspecto é, apenas, o começo. Essa revelação não é tudo. A verdadeira Iniciação se processará durante toda a vida, através do estudo, da pesquisa, da meditação, da dedução, do conhecimento adquirido corretamente e do autoaperfeiçoamento. Ela será, praticamente, inatingível em sua totalidade, porque o homem jamais atingirá a perfeição. Ele tenderá a chegar perto; quanto mais perto chegar, mais poderá ser considerado um Iniciado. Já, na própria Antiguidade, o conceito de Iniciação foi se atualizando e se transformando numa forma de conhecimento gradativo, pelo qual o Iniciando receberá, inicialmente, instruções através de mensagens dogmáticas, ainda que hipotéticas. A partir delas, desenvolverá, por seus próprios meios, a sua iluminação interior, pois, apenas, possui a semente ou germe desse conhecimento. Se considerarmos que o Maçom tem duas entradas, para permanecer na Ordem terá, didaticamente, duas saídas para escolher qual delas adotará. Escolherá aquela do seu aprimoramento pessoal, ou, então, a que identifica, apenas, a sua passagem física pela Maçonaria. Terá que escolher a opção correta, e isso será, tão somente, uma decisão sua. O grande mérito seu, de sua mente, será pessoal, intransferível; ninguém conseguirá ensinar, aprenderá sozinho por qual das duas saídas optará. Grande parte dos maçons não percebe ou não quer perceber que está tendo a grande opção, enquanto passa pelos graus simbólicos, aliás, graus que constituem a verdadeira Maçonaria. Infelizmente, esses Maçons constituem a grande maioria e, embevecidos, acham que a Ordem é festa, banquetes, auxílio mútuo, graus, política de Lojas, fachada para outras atividades, belos aventais, distintivos na lapela e outras tantas dicotomias, na verdade, subprodutos ou complementos, que a Ordem coloca à disposição de todos. Alguns, até, acabam descobrindo, através dos anos, que tudo isso não está coerente, não está certo. Mas acham que é tarde demais para mudar. Não têm coragem. Continuarão inertes e coniventes, pois já estão um tanto quanto idosos, e esperam que os Maçons mais jovens mudem tal situação. Puro engano. Um verdadeiro Maçom jamais poderá se considerar idoso, mas, sim, experiente, humilde e sábio, tendo a obrigação de possuir a ousadia e firmeza, para mudar o que pode e deve ser mudado. Felizmente, existem aqueles que descobrem, durante a sua vivência maçônica, que há algo mais profundo, mais abrangente, por trás das mensagens dos rituais, ou das migalhas maçônicas, que as Lojas oferecem em matéria de ensinamentos, de toda aquela ganância em torno do poder maçônico, da bulimia maçônica, também, conhecida por fome exagerada de Graus, sem conhecer, a fundo, o Grau em que se está colado, da filantropia amadora, ingênua e malfeita, da fraternidade hipócrita, que alguns são hábeis em aplicar, enganando outros inocentes e bons Irmãos, da falta de instruções, além de outras inúmeras razões. E decidem mudar, porque descobriram a ESSÊNCIA da natureza da Entidade para a qual foram chamados, transformando, completamente, seu comportamento mental. Passam a entendê-la como uma Escola de Vida, descobrem que sua principal função é político-social, que eles serão, consequentemente, os construtores da futura sociedade mundial, que terão que amadurecer como cidadãos e terão que ser embriões catalisadores dos movimentos de vanguarda, atuando como aglutinadores de ideias, de sonhos, que se tornarão realidades, não responsabilizando Lojas e Irmãos com relação a esse compromisso, que será só deles, pois eles serão o fermento que provocará os fenômenos sociais. A instrospecção, a meditação, a análise exata, o raciocínio transparente e o estudo eficiente e correto da Filosofia, da História, do Simbolismo, do Ritualismo e das coisas pertinentes à Ordem lhes darão o poder do conhecimento, o qual poderá ser repassado ou dividido com os demais adeptos. Ninguém lhes tirará essa riqueza intelectual e, consequentemente, nesse caminho, deslumbrarão toda a espiritualidade que esse estado mental encerra. Descobriram, simplesmente, a ESSÊNCIA porque acabaram de despertar para um mundo novo...Quando chegarem a essa fase mental, o autoconhecimento e a espiritualidade adquiridos farão com que esses Irmãos, mesmo que muitos não se apercebam, estejam alguns passos à frente deles. Considera-se que eles, avançando em seus progressos, penetrarão nas profundezas do subconsciente ou inconsciente, alcançarão a Consciência Cósmica e, indo além, chegarão à superconsciência, o próprio G∴A∴D∴U∴. Uma verdadeira transformação ocorrerá nas suas mentes, percebendo uma sensação que não é de insatisfação com essa humanidade imperfeita, ela é muito mais um sentimento de calma, uma percepção de humildade, de bondade e compreensão, uma entrega de si mesmo a uma força maior, que, embora desconhecida objetivamente, sentem-na presente. E assim, conhecerão a expansão do campo da consciência, verão que as coisas se tornam mais belas e a vida tem mais sentido, não ficando aborrecidos ou irritados, porque esse estado especial desviará sua agressividade instintiva para algo mais construtivo. Esse autoconhecimento é considerado como uma verdadeira catarse, limpeza ou purificação da mente, porque ele mostra, estabelece e orienta a força capaz de criar, reprogramar e incentivar a condução da própria vida. Nesse momento, o Maçom estará preparado para ser um verdadeiro líder e, também, estará no caminho seguro, em direção a sua verdadeira Iniciação Real. Para se chegar a esse estado mental, percorrer-se-á a um caminho tortuoso, difícil, gratificante, mas totalmente individual, pois, somente, o adepto, sem auxílio de quem quer que seja, o alcançará. Esse é o autêntico segredo maçônico. Os sinais, palavras, toques, rituais etc., não são, em realidade, os verdadeiros segredos. O Irmão que chegar a essa situação mental não terá condições, nem que queira, de transmiti-la, descrevê-la ou conceituá-la. Não conseguirá. Será impossível. É inexprimível. É um estado da alma que não estará ao alcance de ninguém, a não ser tão somente de sua psiquê. Será só seu. É o mesmo mecanismo que se observa nas transformações mentais dos gurus, dos santos, dos xamãs, dos jejuadores, de alguns paranormais e dos Grandes Iniciados. Estará em estado de expansão da mente, em ondas cerebrais “alpha” ou “teta”. Acresça-se que não é só a Maçonaria que realiza Iniciações. As grandes Escolas Iniciáticas da Antiguidade, das quais somos herdeiros, e mesmo outras entidades iniciáticas do presente, basicamente, sempre utilizaram técnicas muito semelhantes. Temos que ressaltar que nosso inconsciente, sempre, busca satisfazer nossos desejos instintivos, mas eles são bloqueados por outra parte da mente chamada de superego. Nossa civilização incide nesse fato, onde os conflitos desse bloqueio geram a infelicidade do homem. O Iniciado deverá romper essa barreira. É uma bela e fantástica aventura, essa ruptura. Esse é o ideal superior que ele se proporá a realizar. A sua mente deverá se abrir. Eis a sua tarefa. A trajetória percorrida, para se chegar a esse ideal superior, é muito linda e rica em sabedoria, por causa das observações, incidentes de percurso e das experiências vividas. Quantas lindas verdades ocultas serão descobertas a caminho. O percurso será tão importante quanto o ideal a ser atingido. É uma linda e longa viagem para dentro de SI MESMO. ? b Em Prol da Cultura Maçônica E stivemos no dia 28 de novembro próximo passado na bela cidade de Cabo Frio, a convite do nosso querido Confrade Carlos Alberto dos Santos, Titular da Cadeira nº 14, da Academia Niteroiense Maçônica de Letras, História, Ciências e Artes, e atual Venerável Mestre da A∴R∴L∴S∴ Renascimento nº 08, jurisdicionada ao GOIRJ – COMAB, a fim de, em conjunto com nosso querido Irmão e parceiro em várias empreitadas culturais, João Camanho, MI, 33º, e membro de nossa Loja, a ARLS Rui Barbosa nº 46, Oriente de São Lourenço, MG, GLMMG, proferir a palestra “O Cunho Transcendente da Missão dos Cavaleiros Templários”. Registramos a calorosa acolhida e atenção de parte dos valorosos Irmãos daquela nobre Oficina, que envidaram todos os esforços para o grande êxito do evento. A palestra foi em Loja Aberta e o grande, diversificado e atencioso público Francisco Feitosa foi muito participativo, ajudando-nos a explorar o tema com muita propriedade. A Loja Renascimento é um referencial na divulgação da cultura maçônica naquele estado, promovendo, constantemente, palestras e fóruns culturais e estimulando o estudo e a pesquisa na região. Não poderia ser diferente, pois Cabo Frio teve a honra de ter, em 1976, uma Loja, fundada por um grande ícone da literatura maçônica, o insigne escritor e acadêmico Nicola Aslan, que veio a falecer quatro anos mais tarde. Seu filho é o nosso Eminente Irmão Ítalo Barroso Aslan, Grão-Mestre Adjunto do GOIRJ, escritor e, também, a acadêmico, Titular da Cadeira nº 13, na Academia Niteroiense, que, com o Irmão Carlos Alberto dos Santos, edita, com mestria, o periódico “O Pesquisador Maçônico”, e que, também, pertence à Loja Renascimento. Ao final da palestra, não bastassem as carinhosas considerações de todos pelo tema apresentado, fomos brindados com o privilégio de visitar a biblioteca do saudoso Nicola Aslan. Nicola Aslan, naquela oportunidade, construiu o Templo da Loja no terreno de sua casa, em Cabo Frio, RJ; lamentavelmente, com sua morte, a Loja veio a abater colunas. Mais tarde, na cidade, surge a Loja Renascimento, que recebeu um novo Templo em endereço muito apropriado: Rua Nicola Aslan, nº 133. O Templo antigo foi transformado, sem alterar sua arquitetura, na biblioteca do referido autor, reunindo, em seu acervo, cerca de 4.000 livros, distribuídos em prateleiras que adornam as paredes do antigo Templo. Estivemos, acompanhados de nossas Cunhadas Regina e Lourdes, em visita ao local, e pudemos sorver as energias daquela preciosa coleção, uma ferramenta do ilustre escritor para a criação de suas diversas Obras maçônicas. Fica aqui o merecido registro de nosso agradecimento e reconhecimento pelo belíssimo e altruístico trabalho aos valorosos Irmãos da Loja Renascimento, realizado em prol da cultura maçônica! Um belíssimo exemplo de como se fazer melhor a Maçonaria! ? b O Misterioso Conde de Saint Germain O mais enigmático de todos os Mestres de Sabedoria, que a humanidade já conheceu, o Conde de Saint Germain, abrilhanta esta edição. Sua Vida e Obra são cercadas de grande mistério, e seus feitos marcaram sua trajetória terrena. A mais preeminente figura do ocultismo ocidental e uma fascinante personalidade da história, cuja vida assombrosa está cercada de um halo de lenda e mistério. Parece ter ficado, definitivamente, estabelecido que era filho legítimo de Franz Leopold, príncipe Rakoczy da Transilvânia, educado pela família Médici, na Itália, tendo adotado o nome de Saint Germain da localidade de São Germano, no Tirol italiano, onde seu pai tinha terras. Existe uma grande divergência em matéria de datas. Algumas fontes fixam seu nascimento em 28 de maio de Francisco Feitosa 1696, outras em 1710. Da mesma forma, embora os registros da Igreja de Eckernfarde estabeleçam sua morte em 1784, outros autores dão evidências da presença física do Conde depois desta data. Por outro lado, a lenda popular atribuía-lhe vários séculos de idade. De sua primeira juventude, nada é definitivamente conhecido, e, para seus contemporâneos, sua verdadeira identidade foi indecifrável. O literato Horace Walpole, em uma carta datada em 1743, diz dele: "É considerado espanhol, italiano, polonês; alguém que obteve, através do matrimônio, uma grande fortuna no México e fugiu com ela para Constantinopla; um sacerdote; um violinista; um grande nobre". Em 15 de abril de 1758, escrevendo a Frederico, o Grande, Voltaire diz: "Saint Germain é um homem que nunca morre e conhece todas as coisas". É, também, citado como homem de mistério por Frederico, o Grande, Rousseau, Grimm, Von Hessen, Cagliostro e outros. Os testemunhos existentes descrevem-no como de estatura normal, de feições regulares e agradáveis, dotado de grande graça e dignidade de porte e ambidestro a um grau prodigioso. Seu controle e tato perfeitos nas mais díspares situações testemunhavam seu refinamento e cultura inatos. Vestia-se constantemente de negro e tinha predileção pelos diamantes, que usava em profusão. Foi o grande erudito e linguista de sua época. Conhecia a fundo todos os idiomas europeus e podia, também, falar e escrever em árabe, chinês, grego, latim e sânscrito. Sua versatilidade se estendia à química (sobre a qual se embasava sua reputação), à história, à poesia, à pintura e à música. Foi um pintor de notáveis efeitos luminosos, um brilhante crítico de arte, um compositor musical e um hábil violinista. Do ponto de vista oculto, seus conhecimentos alquímicos e herboristas foram, sem dúvida, excepcionais. Pretendia possuir o elixir da longa vida e dominar a transmutação dos metais, tendo descoberto, também, um processo para o tratamento das pedras preciosas. Curava enfermidades com um elixir preparado por ele, possuía amplos conhecimentos relativos a cosméticos e lançou as bases dos processos modernos para a coloração industrial de materiais. Suas faculdades paranormais parecem, também, ter sido de ordem extraordinária. Podia realizar comunicações telepáticas, tinha o dom da clarividência, detectava segredos e afirma-se que podia se tornar invisível. Empregava sistemas de meditação e concentração de origem oriental. Sua atuação na vida europeia pode ser sintetizada da seguinte forma: entre 1731 e 1742, parece ter residido nas cortes da Rússia, Itália e Holanda e como convidado do Xá da Pérsia. Em 1743, é mencionado por Walpole vivendo em Londres, como partidário dos Stuarts destronados. Em 1745, desenvolveu atividades relacionadas com a composição química de corantes na Áustria e na Alemanha. Por volta de 1748, aparece na corte francesa, onde exerceu extraordinária influência e, logo, chegou a ser confidente de Luís XV, que o empregou em missões diplomáticas secretas, segundo provas documentais existentes. Interveio, especialmente, em 1759, em Haia, nas negociações de paz entre a França e a Inglaterra, missão, que lhe granjeou a hostilidade do Duque de Choiseul, Ministro de Assuntos Estrangeiros, tendo, então, que residir, temporariamente, em Londres. Em 1758, o Rei Luís XV lhe havia cedido o Castelo de Cahaborn como residência. Supõe-se que, também, tenha sido empregado por outros governos europeus em missões diplomáticas diversas, e a Senhora Cooper-Oakley cita uma extensa lista de apelidos, adotados a partir de 1710 pelo Conde (Marquês a de Monserrat, Conde de Bellamye, Cavaleiro Weldon, etc.), para encobrir suas atividades. Parece ter atuado nas negociações de paz entre a Alemanha e a Áustria, em 1761, sendo-lhe atribuído, também, um importante papel na conspiração contra o Czar Pedro III, que, em 1762, levou Catarina ao trono, em São Petersburgo. Em 1763, instalou em Tournai uma fábrica para tingir seda, lã e madeiras e, entre 1764 e 1770, é visto na Itália, Rússia, Índia (já havia estado, anteriormente, em Calcutá, em 1756), Egito e, também, na África e Ásia Menor. Depois de viver, novamente, em Paris, em 1774, radicou-se, definitivamente, em Schleswig-Holstein, para cultivar as ciências ocultas junto com seu amigo o “land grave” Charles Von Hesse. Diversas fontes, não obstante a fixação de sua morte, em 1784, afirmam que foi visto em Viena, em 1788, na França, em 1792, 1835 e 1842-45, e em Roma (Leadbeater), em 1901. Teria estado, também, em Buenos Aires, em 1910, e participado de acontecimentos anteriores à guerra de 1914-18 e à Revolução Russa. A tradição ocultista ocidental atribuiu ao Conde de Saint Germain o papel mais proeminente nas atividades rosa-cruzes e maçônicas de sua época, considerando-o um Adepto elevado, que, como emissário da Fraternidade Branca, consagrou-se ao progresso e elevação da humanidade. Acha-se devidamente estabelecido que foi maçom e templário, e as memórias de Cagliostro citam sua iniciação nas mãos de Saint Germain como templário. Também, parece ter tido alguma relação com o Martinismo. Além de ter sido, ocasionalmente, citado por H. P. Blavatsky como possuidor de um manuscrito rosa-cruz cifrado, o mito de sua relação com a Fraternidade Rosa-Cruz mereceu especial atenção (como no caso de Francis Bacon) por parte da teosofia moderna, bem como através de supostas revelações dos anais akhasicos, expostas por distintos autores teosóficos. Saint Germain teria sido, através de sucessivas reencarnações, S. Albano, Proclo, Roger Bacon, Christhian Rosenkreutz (o mítico fundador da Fraternidade), J. Hunyadi, Francis Bacon, Ferdinando Rakoczy e o Barão Hompsech. Também, outros autores, como Cooper-Oakley e M. P. Hall, se identificam, totalmente, com a tese rosa-cruz, sem trazer provas concludentes. A. E. Waite defende, por seu lado, que não existem evidências, nas fontes rosa-cruzes europeias de fins do século XVIII, da participação do Conde nas atividades da Fraternidade, embora reconheça seus grandes poderes ocultos e sua inatacável conduta, através de sua atuação nas cortes europeias, qualificando-o como um verdadeiro cavaleiro de seu tempo. Não o considera um místico ao estilo de Saint-Martin e não aceita o julgamento do land grave Von Hesse de que tivesse sido um grande filósofo, embora o reconheça como um grande amigo da humanidade. ? b Ordem Real da Escócia P rova documental autêntica nos arquivos da Grande Loja permite afirmar que, com exceção da Maçonaria Simbólica, a Ordem Real da Escócia é o mais antigo sistema maçônico existente, havendo evidências escritas e impressas de que algumas Lojas da Ordem estavam ativas em Londres antes de 1741. Um maçom ardoroso de nome William Mitchell, que, então, vivia nos Países Baixos (Holanda), em 1750, solicitou uma Carta Constitutiva às autoridades em Londres para reunir uma Loja da Ordem em The Hague (embora a solicitação tenha sido aceita, não se sabe se essa Loja chegou a funcionar durante esse período). Entre 1752-1753, o Irmão Mitchell mudou-se para Edimburgo levando a Carta, editada para ele como Grão-Mestre Provincial em The Hague. Em virtude desse documento, ele fez uma Loja da Ordem Real em Edimburgo; no devido tempo, em julho de 1767, esse corpo se elevou à posição de Grande Loja da Ordem Real da Escócia. No início dos anos de 1800, a Ordem, praticamente, ficou extinta, mas, em 1839, os esforços, para ressuscitá-la, foram bem-sucedidos, e, em 1843, a Grande Loja estava fornecendo Cartas Constitutivas para a fundação de Grandes Lojas Provinciais. Dos mais antigos registros escritos de reuniões, a Ordem alega que o rei dos escoceses era o seu Grão-Mestre hereditário e, sendo assim, um lugar, no Oriente, é guardado vago para ele em toda reunião de cada Grande Loja Provincial, e em todas as reuniões da Grande Loja. A Grande Loja de Edimburgo controla, atualmente, cerca de 85 Grandes Lojas Provinciais, situadas em diversas partes do mundo. A Ordem Real da Escócia contém dois Graus, chamados: O Heredom de Kilwinning e Cavaleiro da Cruz Rósea. Sendo essa Ordem de “Elite”, o ingresso como membro é altamente valioso, e a admissão é feita estritamente por convite. Com os corpos regulares da Ordem tendo o “status” de uma Grande Loja Provincial, é natural que a autoridade imediata seja investida no cargo de Grão-Mestre Provincial, apoiado por uma equipe de oficiais, como se segue: GrãoMestre Provincial Adjunto; Grão-Mestre Provincial Substituto; Primeiro Grande Vigilante Provincial; Segundo Grande Vigilante Provincial; Grande Tesoureiro Provincial; Grande Secretário Provincial; Grande Capelão Provincial; Grande Porta-Espadas Provincial; Grande Porta-Estandarte Provincial; Grande Marechal Provincial; Grande Marechal Provincial Adjunto; Grande Introdutor e Examinador Provincial; Grande Guardião da Torre Provincial; Primeiro Grande Mestre de Banquetes Provincial; Segundo Grande Mestre de Banquetes Provincial; Grande Diretor de Música Provincial; Grande Guarda Provincial; Grande Guarda Provincial Adjunto. As qualificações apresentadas demandam que os futuros candidatos sejam Mestres Maçons com interstício mínimo de cinco anos, apesar de não ser raro insistir em que outras condições de admissão sejam aceitas. Um Irmão recebido no primeiro Grau é vestido com um avental de desenho especial, de pele de cordeiro branco com acabamento em tiras carmesins, possuindo aba triangular Keith B. Jackson com uma franja combinando. O candidato é, também, investido com um cordão carmesim ou cinturão de 4 polegadas de largura, o qual é usado sobre o ombro esquerdo e abaixo do braço direito, sendo colocada uma joia em metal dourado, representando um triângulo triplo, entrelaçado com uma cruz suspensa de compassos estendidos em seu centro. Em promoção ao segundo Grau, o antigo avental é trocado por um de dimensões similares, mas com seu acabamento em carmesim e tira verde-carda, com aba e franjas carmesins. Um cordão idêntico verde é utilizado em lugar do carmesim, do ombro direito e abaixo do braço esquerdo, no qual é colocada uma joia dourada, contendo um triângulo eqüilátero, invertido suspenso por seus compassos estendidos. Usa-se, no lado esquerdo do peito, uma estrela dourada de sete pontas, com a Cruz da Ordem no centro e uma cinta verde-carda, com acabamento dourado, portando as palavras “Virtute et Silentio”, usada ao redor do braço esquerdo, acima do cotovelo. O Heredom de Kilwinning, de acordo com a tradição, teve sua origem durante o reinado de Davi I, no século XII, e é de caráter claramente cristão, presente na forma como a Maçonaria é apresentada. A maior parte do ritual é expressa em estranhos versos antigos de má rima, sendo trabalhada, principalmente, por questões e respostas, tal como nas preleções da Maçonaria Simbólica, mas abraçando aqui elementos e referências encontrados em muitos outros Graus. A escolha de uma característica (para um candidato), típica de algum atributo moral ou virtude, é uma das peculiaridades da Ordem, sendo explicitada, posteriormente, sem o uso de vogais. Em posse dessa característica particular, o candidato é enviado à procura da Palavra Perdida. Cavaleiro da Cruz Rósea, Grau de Cavalaria, parece ter sido instituído pelo rei Robert the Bruce, imediatamente, após a Batalha de Bannockburn, em 1314, para comemorar a bravura de um grupo de cavaleiros e maçons que o haviam ajudado na grande vitória. Ele reviveu o antigo Grau e incorporou os dois sob o título de Ordem Real da Escócia, estabelecendo a cadeira de chefe da Ordem em Kilwinning. Esse Grau remonta ao Antigo e Novo Testamento e culmina na doutrina secreta, inculcada na vida e morte de nosso Salvador. Muitos afirmam que o Cavaleiro da Cruz Rósea contém o cerimonial de admissão, praticado antigamente na mais Antiga Ordem do Cardo. ? (*)Extraído de seu livro: “Além da Maçonaria Simbólica”. Ed. Madras, SP, 2006. a b A Maçonaria Não é Feita à Medida das Ilusões do Neófito C onta-se que perguntaram a Pitágoras, após ter sido iniciado nos Mistérios, o que tinha visto no Templo, tendo ele respondido: “simplesmente nada”. Porém, Pitágoras era Pitágoras. Se, ao sair do Templo egípcio, não tinha visto "nada", não se limitou a sair decepcionado, senão buscando a origem desse "nada"; saiu buscando-a e descobriu que, em si mesmo, não tinha visto "nada mais", que desejos e ilusões. Então, começou seu caminho para a sabedoria. Muitos Irmãos recém-iniciados se afastam da Ordem porque, em suas Lojas, não encontram nada, porque na Maçonaria não se faz "nada"; outros se queixam de que, nas Lojas, fala-se muito de simbolismo e nada mais; alguns falam que é uma Instituição para se fazer amigos e nada mais e que só comparecem aos trabalhos das Lojas para perder tempo e nada mais. Propomos perguntar-nos: o que significa esse "nada" em relação à Maçonaria? Fulano não vai mais à sua Loja porque não encontrou nada... É como é que não encontrou nada? Não encontrou o Templo com seu altar, os móveis, as colunas e a decoração? Não encontrou os Irmãos reunidos na Loja? E como é que diz que não encontrou nada e que o simbolismo não significa nada? Encontrou, então, pelo menos, o simbolismo? E como é que pode dizer que, na Maçonaria, não se faz nada e, na Loja, fala-se muito e nada mais? Então, faz-se algo, ainda que seja nada mais que falar.... Parece que o nada que se encontra na Maçonaria não deve ser tomado ao pé da letra. O neófito que entra no Templo encontra algo, porém não encontra o que busca; isso dá margem a várias perguntas: o "que busca" o profano que solicita ser iniciado? O que a Maçonaria não pode oferecer? O que a Maçonaria pode oferecer? O que encontra o neófito ao dizer que não tem nada? Procuramos responder a estas perguntas de um ponto de vista estritamente pessoal. O que busca o iniciado? Pode solicitar seu ingresso por vários motivos, desde o mais grosseiro materialismo, o desejo de encontrar protetores para seus negócios de qualquer espécie, até o motivo do mais elevado sentimento de humanismo. Em regra geral, é mistura de tudo, acrescido de curiosidade; e, frequentemente, haverá um sentimento da Milo Bazaga própria imperfeição acrescido do desejo de melhorar-se e aperfeiçoar-se. Não é raro, também, que se espere encontrar, na Maçonaria, um estímulo à ação para compensar a própria falta de atividade; idéias extraordinárias e originais que ponham em funcionamento o pensamento e a imaginação própria. É um dos problemas da Maçonaria que, pelo segredo e discrição, que devem guardar seus integrantes, fazem o profano chegar, geralmente, às nossas portas desconhecendo, realmente, o que o espera, vindo em contrapartida cheio de esperança e ilusões, que vão do inadequado ao absurdo. O que a Maçonaria "não pode oferecer"? A Maçonaria não é feita à medida das ilusões do neófito. Se este procurou uma renovação completa de sua personalidade por meio de um remédio, amostra grátis, que se oferece a todo aquele que entra na Ordem, equivocou-se. Damos-lhe a luz, as ferramentas para trabalhar, mostramos-lhe a pedra bruta e o modo de trabalhar nela. O resto é assunto do neófito. Tem que trabalhar para receber o seu salário, e este lhe é dado segundo a quantidade e a qualidade do seu trabalho. Não pode exigir que se lhe dê tudo de uma só vez, sem fazer o menor esforço. Então, acontece que o neófito não acha o que buscava. Ele buscava um meio cômodo para tornar sua vida mais fácil e agradável, para sentir-se importante sem esforço algum, para viver em paz consigo mesmo. E como não acha o que buscava, diz simplesmente: “não encontrei nada”. Com isso, expressa que tudo o mais que encontra não tem importância para ele e que aquilo que não encontra é o que ele queria, e nada mais. Dizer que a Maçonaria não faz nada é outra maneira de se revelar, que se quer conseguir satisfações de amor próprio a baixo custo. Se, na Maçonaria, estivesse se cristalizando uma obra de autêntico humanismo, poderíamos participar da glória da sua realização, sem que tivéssemos o trabalho de planejar e organizar sua execução. Se a Maçonaria fosse aquilo que querem os que se queixam de não encontrar nada nela, ela seria idêntica às sociedades múltiplas de beneficência e clubes de serviço, cujos principais objetivos parecem ser que seus membros apareçam na imprensa escrita, falada e televisionada a qualquer pretexto. Todas essas satisfações de amor próprio, todas essas ilusões e esperanças vazias é o que a Maçonaria não oferece. Por isso, aqueles que buscam superficialidades não encontram "nada". Do ponto de vista das pessoas mencionadas anteriormente, nada, pois, para elas, o trabalho, o estudo, não são nada, e, se não tiverem a paciência necessária, se afastarão. Quanto mais irreais, fantásticas, forem suas esperanças, mais necessitarão para encontrar o que oferece a Maçonaria: trabalho, ferramentas para executá-lo, salário que somente se obtém trabalhando. O neófito tem que aprender que, na Maçonaria, não encontrará satisfação alguma senão em razão de seu próprio trabalho. Através de seu aprendizado, dar-se-á conta de que, se a Maçonaria lhe der, sem sacrifício, as satisfações que estava procurando, então, sim, poderá dizer que não é nada. Acontece que o homem moderno tem, do trabalho, um conceito muito diferente do que tinham as corporações de construtores da antiguidade. Para a maioria, hoje, o trabalho é escravidão, atividade mecânica, impessoal, algo que se faz porque se tem que viver e comer, e, sem trabalho, não há comida; algo que se faz sem grande satisfação, esperando que o relógio marque a hora da saída. Daí, então, partimos para o descanso, a diversão, as comodidades. São poucos aos quais a sorte reservou um trabalho construtivo, e, menos ainda, existem pessoas capazes de buscar e achar o descanso em uma atividade criadora. O construtor medieval não se preocupava com apressar o tempo para terminar a catedral, mas, sim, detinha-se nos detalhes da construção, acrescentando uma a grande variedade de enfeites e esculturas para a arquitetura, simplesmente, porque sentia o gosto de criar algo de belo e bonito. Nós já não compreendemos, mais, facilmente, este prazer pelo trabalho. Queremos que o trabalho termine o mais depressa possível, para que possamos dedicar-nos a outras atividades nas quais encontramos mais prazer. Necessitamos voltar a descobrir que a vocação artística do homem - a única que lhe dá plena satisfação - não é apêndice pensante da máquina, e sim a de procurar realizar um trabalho criador. O que encontra o neófito ao dizer que não tem nada? Bate à porta do Tempo; abre-se a mesma para ele, e não encontra nada. Para ele, o que é esse "Nada"? Já dissemos, tomar a palavra em sentido estrito é um absurdo. Algo, encontra e, se o pressionamos um pouco, nos dirá: “Não há nada, somente palavras, somente ritualística, somente símbolos, somente ideias antiquadas”. Algo, portanto, encontra, porém não o que buscava. E como o que encontra não é nada em comparação com o que buscava, diz, simplesmente, que não há nada. Porém, esse nada não é somente um fenômeno negativo; é como um gérmen, algo novo e grande. O Irmão que se afasta da Loja queixando-se de não haver encontrado nada, não se limita somente a isso. Afasta-se desgostoso, decepcionado. O encontro com o nada o afetou no mais profundo do seu ser. Não achou o que buscava, porém achou, precisamente, seu próprio desgosto, sua própria decepção. Ainda que se vá de nosso convívio, sua decepção o segue. E ainda que não o confesse, não deixará de pensar, de vez em quando, que, para encontrar algo, necessita-se duas coisas: algo que exista, e alguém que saiba procurar. Ao lado do seu orgulho, porque ele não se deixou enganar, estará a constante inquietude acerca do que terão encontrado os que ficaram, e que ele não soube encontrar. Vê-se, assim, posto, frente a frente, com sua própria insuficiência. Com seu próprio NADA. Se for sincero consigo mesmo, reconhecerá que não encontrou nada em si mesmo. Esse é o ponto onde começa a germinar a ideia maçônica. Se o Irmão chegar a esse ponto. ? b A Grande Missão da Maçonaria A Maçonaria está submetida a provas duríssimas, mas resistirá, heroicamente, a todos os golpes de seus próprios filhos, sairá fortalecida sempre, sempre e sempre. Na senda do Mundo, há nascido uma árvore nefasta e frondosa: a Crueldade, que produziu ditadores, traidores, corruptos e sem princípios, que abusam da confiança do povo em todas as épocas, e de todos os tamanhos, cheios de vaidades e ambições, duros de corações, carentes de escrúpulos, inimigos da liberdade de ação, inimigos, portanto, da Maçonaria, que tem a Verdade e a Justiça como pilares básicos de seu Templo imortal. Mas a Maçonaria tem uma missão a cumprir, e a cumprirá a despeito de todos quantos, contra Ela, se voltem. Em saber esperar e em saber resistir, está sua força, também, em ter a Razão contra tudo que seja Escravidão, Ignorância, Fanatismo e Aviltamento, pois o Grande Arquiteto do Universo exercerá, eternamente, a força derrotando esses inimigos. Sua grande missão é elevar, iluminar, impulsionar e redimir a humanidade. Dar a conhecer que não está só (isolado) do mundo. Que seu progresso é o resultado de uma cadeia de homens decididos e virtuosos, assim mesmo, os passos que são dados na senda do progresso são curtos, como exíguo é o tempo que leva a Família Humana na face da Terra, comparado com a idade dos planetas. O trânsito da humanidade pode considerar-se como raiz da árvore que, um dia, luzirá copa frondosa, sustentada por tronco rijo e idoso do qual somos a primeira célula. Dizer que assim como o Sol ilumina os bons e os maus, dá calor a todos sem exceção, assim a Maçonaria deve estender seu amor e sua beneficência a todos quantos a rodeiam, sem distinção, sem malevolência e sem rancores, porque tanto como o Amor é fértil, o Ódio é estéril. Que não se reconheçam mais títulos e vantagens e que não se desvirtue o estreito acatamento à Moral e ao exercício da virtude. Que se seja bom, amoroso, honrado e excessivamente virtuoso. A Maçonaria é a mãe da sabedoria humana. Ela diz ao homem com sublime doçura e amor: “cumpre a tua missão, custe o que custar. O caminho para teu próprio convencimento que queiras seguir não me importa, para isso te deixo em liberdade de consciência, por isso não pugno por nenhuma religião e te convido ao estudo e à meditação sobre o único livro que há estudado o homem profundamente, e de onde ele tem tirado todo o seu conhecimento. Este livro é o Universo a que pertences. Se nele existe um Deus, é Ele a Anselmo Quadros a causa criadora, ordenadora. Se esse Deus não existe e, em seu lugar, só fica a lei da casualidade, será ela a primeira ação geratriz e ordenadora do Universo. E, se nada existe, será esse o ponto de partida e, portanto, totalizador desse Universo. Independentemente do teu pensamento verás que o Universo teve, forçosamente uma origem que escapa aos ditames de tua razão e deve ter, também, um fim posterior que se esgote em si mesmo, um fim cuja natureza a Maçonaria não te revela e não te ensinará a elucidar, porque, humilde, científica e razoável, se conforma que vivas bem toda a tua vida, com o pensamento de que, se a tua morte sobrevivesse a tua alma, terias preparado teu caminho a percorrer em outra vida, e, se não existe essa outra vida, nada haverás perdido em viver bem a presente". Maçonaria cumpre sua missão incansavelmente, com denodo, valor e perseverança. E sua doutrina é o amor. Não há ser no mundo que não melhore em algo sua alma enquanto ama outro ser, ainda que se trate de um amor vulgar. E os que não deixam de amar não seguem amando senão porque é a mais divina e, ao mesmo tempo, a mais profunda virtude humana. Que a Razão e o Amor lutam primeiro com violência em uma alma que se eleva, mas a Sabedoria nasce da paz que acaba de fazer-se entre o Amor e a Razão, e essa paz é tanto mais profunda quanto mais direitos haja cedido a Razão para o Amor. Não chegamos a ser verdadeiramente justos senão desde o dia em que nos vemos reduzidos a buscar, em nós mesmos, o modelo da justiça. A inteligência, ao mostrar-nos, por assim dizer, a imensidade de nossa impotência, nos toma a dor de nossa derrota. Grande é a vontade de Deus, mas não a vemos (como o vento, por exemplo), e isso se reflexiona, é natural, porque todas as dádivas de Deus são invisíveis, como a providência Paternal, que é espírito puro. No fundo da humilde vida do justo, só são inalteráveis e imóveis a Justiça, a Confiança, a Benevolência, a Sinceridade e a Generosidade. A missão da Maçonaria Universal é espargir os postulados do Amor. Ela não tem donos, não é um negócio, não é uma profissão. O amor nos abre os olhos para muitas verdades pacíficas e doces, e nos dá a oportunidade de conhecer e admirar, em um objeto único, o que não havíamos tido, nem em idéia, concebido em mil objetos diversos. E, com isso, alarga-se nosso horizonte e mais se estende o alcance de nosso coração. A Maçonaria é para poucos, mas esses muito fazem pela humanidade. Muitos adentram, logo saem, e continuam sendo Profanos de Avental. Sagrada, Sublime missão é a da Maçonaria! ? b A Carroça C erta manhã, meu pai convidou-me a dar um passeio. Em dada altura, deteve se e, depois de um pequeno silêncio, perguntou-me: - Além do cantar dos pássaros nas árvores, ouves mais alguma coisa? Apurei os ouvidos durante mais alguns segundos e respondi: - Sim, ouço uma carroça. - Isso mesmo – disse o meu pai. É uma carroça vazia. Perguntei-lhe: - Como sabes que está vazia, se, ainda, não a vimos? - Ora – respondeu-me. É muito fácil saber que uma carroça vai vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia, mais barulho faz. Tornei-me adulto e, até hoje, quando ouço uma pessoa a falar demais, a gritar, a intimidar, a tratar o próximo com a a Autor ignorado grosseria, prepotente, a interromper as conversas de toda a gente e a querer demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, parece que, ainda, ecoa-me, nos ouvidos, a voz do meu pai: - Quanto mais a carroça está vazia, mais barulho faz. E a sabedoria dessa voz, que o tempo não consegue esbater, junta-se ao conforto que sinto a partir do momento em que franqueei as colunas da nossa Augusta Ordem, por onde perpassam o silêncio sábio, a fraternidade, a tolerância no sentido da compreensão, a igualdade entre todos os Irmãos, a procura dos caminhos da verdade, que, antecipadamente, sabemos não poder alcançar, mas que, porfiadamente, perseguimos. ? b Site b Clique aqui e conheça o altruístico site Formadores de Opinião. Visitei e recomendo com máximo empenho! a Livros b Tive a honra de receber um exemplar autografado pelo autor da obra literária “A Função do Maçom na Sociedade” do insigne escritor, acadêmico e Eminente Irmão Antônio do Carmo Ferreira, editado pela “A Trolha”, o qual, após lê-lo em um só fôlego, recomendo aos nossos diletos leitores como livro de cabeceira! a Arte Real – Edições Anteriores b As edições anteriores se encontram disponíveis para download em vários sites maçônicos e, também, no site www.entreirmaos.net a b A rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, com registro na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta como mais um canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, diretamente, via Internet, para 14.000 e-mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores. Sentimo-nos muitíssimo honrados em poder contribuir, de forma muito positiva, com a cultura maçônica, incentivando o estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmãos repensarem quanto à importância do momento a que chamamos de “¼ de Hora de Estudos”. Obrigado por prestigiar esse altruístico trabalho. Editor Responsável, Diagramação, Editoração Gráfica e Distribuição: Francisco Feitosa da Fonseca - M∴I∴ - 33º Revisão Ortográfica: João Geraldo de Freitas Camanho - M∴I∴ − 33º Colaboradores nesta edição: Anselmo Quadros – Hercule Spoladore – Keith B. Jackson – Milo Bazaga – Wilson Namorato. Empresas dos Irmãos Patrocinadores: Arte Real Software – CH Dedetizadora – CONCIV - CFC Objetiva Auto Escola – Dirija Rent a Car – Formadores de Opinião - Gráfica Everesty – Ideal Despachos Aduaneiros Ltda – Kit Market - López y López Advogados – Maçonaria Virtual Olheiros.com – Pousada Mantega - Qualizan – Reinaldo Carbonieri Eventos – Saneartec - Santana Pneus – Sysprodata. 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