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2022
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O conceito de necropolítica talvez seja um dos mais citados nas Ciências Humanas contemporâneas. Um conceito cientificamente revolucionário, elástico e que não conhece fronteiras disciplinares tem sido utilizado pela Sociologia, Ciência Política, Antropologia, Direito, Criminologia, Políticas Públicas, além de outras áreas transdisciplinares.
Horizontes ao Sul, 2019
fonte: https://www.picture-alliance.com/content/ A gente tá sendo atacado. Bacurau, 2019. Cena 1: É verão, julho de 2014, Eric Garner, um estadunidense de 44 anos, morador de Staten Island, Nova Iorque, EUA, implora para um policial do Departamento de Polícia de Nova Iorque (NYPD), em frente à uma loja, que pare de perturbá-lo. Essa não seria a primeira vez que o policial procura o horticulturista, negro, pai de seis lhos e avô de treze netos, nos arredores. Após apartar uma briga, o ocial o interpela, alegadamente por vender loosies, cigarros avulsos, sem pagar o devido imposto, violando a legislação do estado de Nova Iorque. A conversa evolui rapidamente para um estrangulamento de menos de vinte segundos, no qual Eric repete diversas vezes Eu não consigo respirar [1], antes de morrer, lmado por um terceiro ocial da NYPD. Rapidamente, outros ociais juntam-se ao policial que estrangula Garner, auxiliando-o na imobilização do homem de porte considerável. A morte do inocente Garner, é, então, lmada e veiculada exaustivamente, decorrendo em protestos nos EUA pelo racismo institucional [2], e, cinco anos depois, frustração e desespero pela liberdade do policial cujas denúncias foram abandonadas. Cena 2: É agosto de 2019 e o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) desce do helicóptero. Sorri voluptuosamente, levanta o punho em riste [3] e salta de felicidade, ao observar a cena recém deagrada na movimentada ponte de 13 quilômetros de extensão. O sequestro de um ônibus de mais de três horas naquela manhã havia feito 39 reféns e seu m encaminhou-se para a morte do sequestrador, Willian Augusto da Silva, de 20 anos, por um atirador do Batalhão de Operações Policiais (BOPE), com seis tiros. Willian portava uma arma de brinquedo, soubemos depois. Já Wilson, que sorri também na entrevista, arma ter comemorado a vida dos reféns, e não a morte de Willian, com sinais evidentes de um distúrbio mental, percebido durante o sequestro, em uma ação denida como "técnica". Passados os parabéns às forças policiais do governo do estado e federal, restam trinta e nove vivos, um morto e a comemoração incontornável do governador.
Estudos Teológicos, 2020
Resumo: Neste artigo pretendemos ampliar, deslocar e desdobrar o conceito de necropolítica de Achille Mbembe, aplicando-o a um contexto nacional de um governo de extrema-direita e relacionando-o com a lógica sacrificial que emerge em meio à pandemia. Para isso, primeiramente, apresentamos o conceito de necropolítica, destacando seus elementos estruturantes: a criação ficcional do inimigo e o estado de exceção. A partir disso, mostramos como necropolítica possui uma dimensão religiosa, que pode ser averiguada na sua lógica sacrifi cial. Em tempos de pandemia, concluímos que a necropolítica demonstra mais claramente sua face racista e antidemocrática, permitindo perceber mais claramente no sacrifício expiatório uma face da necrorreligião. Palavras-chave: Necropolítica. Covid-19. Pandemia. Estado de exceção. Sacrifício.
Paradoxos da Escola e da Sociedade na Contemporaneidade, 2022
ensaio p. 377
Sociedade em Debate, 2019
O debate sobre o Estado Moderno sempre gira em torno de dois campos filosóficos: os tradicionais e os marxistas. Entre os primeiros, o Estado é visto como uma entidade estática, neutra e racional, enquanto para os segundos o Estado é o lugar privilegiado da luta de classes em busca da dominação de suas estruturas de poder. Todavia, tais discussões não levam em consideração o colonialismo e sua lógica de violência que formatou as sociedades e os Estados na periferia do sistema mundo. Portanto, para compreender a necropolítica nas sociedades periféricas, este artigo se propõe a analisar e a propor novas possibilidades de ver, pensar e agir a partir de uma descolonização da mente.
O estado de exceção, analisado pelo filósofo Giorgio Agamben (2010, Edições 70), tende a tornar-se cada vez mais o paradigma de governação na política contemporânea, posicionando-se no limiar entre democracia e absolutismo.
2022
Este artigo tem como objetivo realizar uma reflexão sobre a contradição na política federal e estadual paulista de combate à pandemia de Covid-19, esta última relacionada à política educacional do Estado de São Paulo. A essa contradição denominamos de “pós-lógica”. Começamos a nossa análise a partir da abordagem dos conceitos antropológicos de Religião e de Educação e os modelos “necropolíticos” de combate à pandemia. Posteriormente o pensamento de Albert Camus, quanto ao tema da pandemia, serviu de provocação para a continuidade de nossa ponderação. Entretanto, o pensamento existencialista não se demonstrou suficiente para decifrar a “pós-lógica” aplicada à política educacional paulista. Dessa forma, nos apoiamos na mundividência gramsciana para decifrar e refutar a “pós-lógica” de forma crítica. Valendo-se do arcabouço teórico marxista, gramsciano e freireano, nos debruçaremos sobre a temática da Educação. Com uma metodologia crítico-dialética deciframos a necropolítica fundamentada na “pós-lógica” demonstrando que o uso da “pós-verdade” e da “pós-lógica” pelo poder estatal paulista, são tentativas de manipular ideologicamente a maioria da população, tendo por objetivo principal favorecer a manutenção dos interesses mercadológicos nacionais em cumplicidade com a ação do capital internacional. Verificamos ainda que o resultado da política educacional paulista diante da pandemia era totalmente coerente com a política pedagógica estruturada a partir da “Pedagogia das Competências” há mais de 30 anos no Estado. Dessa forma, sugerimos como alternativa pedagógica estruturante o ensino emancipatório preconizado por Paulo Freire. Ele é um caminho concreto de educação humanizadora que pode identificar – a partir dos oprimidos – valores, propostas e modelos educacionais capazes de superar o atual modelo educacional causador das mais variadas formas de injustiça social, as quais se ampliaram em decorrência da pandemia de Covid-19. A estratégia de camuflagem dessa injustiça amplificada, isto é, a “pós-lógica”, contribuiu para colocar em risco o maior direito humano que é o direito à vida.
Entendemos por consciência histórica o privilégio do homem moderno de ter plena consciência da historicidade de todo presente e da relatividade de toda opinião.
Atos de Pesquisa em Educação, 2018
A partir de uma analise das relacoes familiares a modernidade e interrogada, aqui, em seu conjunto. As tensoes e as incertezas das relacoes educativas atuais podem ser vinculadas as intromissoes instaveis de dois registros modernos: um, trata-se da regra imperativa, tipica da pre-modernidade, e, outro, da regra negociada e contextualizada, indispensavel a individualizacao. O dilema normativo, hoje, encara assim ambas as regras, a imperativa e a cooperativa. Se a desvalorizacao da norma imperativa permanece evidente, por outro lado, nao consiste em solucao desvalorizar tambem a norma relacional, representando-a como algo que engendra todos os males. Deve-se recusar este falso dilema entre a norma moral ou a norma psicologica, entre o imperativo ou o individualismo, e aprender a manter ambos como partes da regulacao das condutas e das relacoes.
Moringa - Artes do Espetáculo, 2019
Resumo: O ponto central do artigo é a memória e o que dela se projeta como narrativa na construção dramatúrgica de Nelson Rodrigues, Carlos Alberto Soffredini e Luís Alberto de Abreu. Por meio do processo de reconstrução fabular, uma certa ideia de tragicidade que se alinha à noção sustentada na modernidade será consolidada. Os três autores e as peças aqui dispostas estão ligados a um processo memorialístico fragmentado de constituição da narrativa e, nesses casos, representação de um aspecto trágico do homem moderno.
Academia Biology, 2024
2016
Ceren Yayınevi, 2023
papers.ssrn.com
Preprint on Zenodo, 2024
Jurnal Ushuluddin, 2017
in "Vesper", n. 4, primavera-estate 2021, 2021
Husserl Studies, 2023
Nghiên cứu Đông Nam Á, 2022
Journal of Ethnopharmacology, 2014
Movimento, 2008
Indian Journal of Ophthalmology, 2007
Journal of Fluid Mechanics, 2008