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O estado de exceção, analisado pelo filósofo Giorgio Agamben (2010, Edições 70), tende a tornar-se cada vez mais o paradigma de governação na política contemporânea, posicionando-se no limiar entre democracia e absolutismo.
2022
Este artigo tem como objetivo realizar uma reflexão sobre a contradição na política federal e estadual paulista de combate à pandemia de Covid-19, esta última relacionada à política educacional do Estado de São Paulo. A essa contradição denominamos de “pós-lógica”. Começamos a nossa análise a partir da abordagem dos conceitos antropológicos de Religião e de Educação e os modelos “necropolíticos” de combate à pandemia. Posteriormente o pensamento de Albert Camus, quanto ao tema da pandemia, serviu de provocação para a continuidade de nossa ponderação. Entretanto, o pensamento existencialista não se demonstrou suficiente para decifrar a “pós-lógica” aplicada à política educacional paulista. Dessa forma, nos apoiamos na mundividência gramsciana para decifrar e refutar a “pós-lógica” de forma crítica. Valendo-se do arcabouço teórico marxista, gramsciano e freireano, nos debruçaremos sobre a temática da Educação. Com uma metodologia crítico-dialética deciframos a necropolítica fundamentada na “pós-lógica” demonstrando que o uso da “pós-verdade” e da “pós-lógica” pelo poder estatal paulista, são tentativas de manipular ideologicamente a maioria da população, tendo por objetivo principal favorecer a manutenção dos interesses mercadológicos nacionais em cumplicidade com a ação do capital internacional. Verificamos ainda que o resultado da política educacional paulista diante da pandemia era totalmente coerente com a política pedagógica estruturada a partir da “Pedagogia das Competências” há mais de 30 anos no Estado. Dessa forma, sugerimos como alternativa pedagógica estruturante o ensino emancipatório preconizado por Paulo Freire. Ele é um caminho concreto de educação humanizadora que pode identificar – a partir dos oprimidos – valores, propostas e modelos educacionais capazes de superar o atual modelo educacional causador das mais variadas formas de injustiça social, as quais se ampliaram em decorrência da pandemia de Covid-19. A estratégia de camuflagem dessa injustiça amplificada, isto é, a “pós-lógica”, contribuiu para colocar em risco o maior direito humano que é o direito à vida.
KÍNESIS - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia, 2012
RESUMO: Parte da análise do conceito de biopoder apresentado por Michel Foucault no curso " Em defesa da sociedade (1975-1976) " e na obra " A vontade de saber " e segue pelo estudo da disciplina e dos dispositivos de segurança nos cursos ministrados nos dois anos seguintes: " Segurança, Território, População (1977-1978) " e " Nascimento da Biopolítica (1978-1979) ". Foucault anuncia a tese de que a soberania perdeu relevância em relação ao biopoder, tese que é aprofundada nos cursos seguintes por meio do estudo da governamentalidade. Nossa pesquisa tem por objetivo explicitar a manobra atual que tem no neoliberalismo o seu modo específico de organização, fazendo um escrutínio dos conceitos de " liberdade " e " competição " que animam o modo como o ocidente governa suas populações. Isso nos permitirá apresentar nossa tese denominada empresariamento da vida, processo que funciona como artifício basilar da governamentalidade neoliberal: produzir sujeitos que incorporam os enunciados da gerência como princípios éticos de constituição de si. Palavras-chave: Biopoder, Governamentalidade e Empresariamento da vida. ABSTRACT: it starts with the analysis of the concept of biopower introduced by Michel Foucault in his public lectures at the Collège de France named " Society must be defended (1975-1976) " and in the book " The will to knowledge " and continues with the study of the discipline and the dispositifs of security in the lectures " Security, territory, population (1977-1978) " and " Birth of biopolitics (1978-1979) ". Foucault announces a thesis that sovereignty had lost relevance in relation to biopower, thesis which is improved in the following lectures through the study of governmentality. Our research aims to describe the current move in which neoliberalism has its specific mode of organization, making an analysis of the concepts of "freedom" and "competition" that mark the way the Western world is governing their populations. This will allow us to introduce our thesis called " entrepreneurializement of life " , a process that serves as the overarching strategy of the neoliberal governmentality: to produce individuals who incorporates the statements of management as ethical principles of the constitution of themselves.
Estudos Teológicos, 2020
Resumo: Neste artigo pretendemos ampliar, deslocar e desdobrar o conceito de necropolítica de Achille Mbembe, aplicando-o a um contexto nacional de um governo de extrema-direita e relacionando-o com a lógica sacrificial que emerge em meio à pandemia. Para isso, primeiramente, apresentamos o conceito de necropolítica, destacando seus elementos estruturantes: a criação ficcional do inimigo e o estado de exceção. A partir disso, mostramos como necropolítica possui uma dimensão religiosa, que pode ser averiguada na sua lógica sacrifi cial. Em tempos de pandemia, concluímos que a necropolítica demonstra mais claramente sua face racista e antidemocrática, permitindo perceber mais claramente no sacrifício expiatório uma face da necrorreligião. Palavras-chave: Necropolítica. Covid-19. Pandemia. Estado de exceção. Sacrifício.
David Harvey, geógrafo britânico, professor da City University of New York e especialista em geografia urbana, fez conferência em 29 de setembro de 2010 abordando o tema Neoliberalism and the City no Middlebury College Symposium, "Urban Landscapes: The Politics of Expression". Em sua conferência, David Harvey faz um contraponto entre o ideal de liberdade que a cidade proporcionaria e o que está acontecendo com as cidades contemporâneas como é o caso de Nova Iorque por ele analisada. Para David Harvey, uma das coisas mais fascinantes foi acompanhar a neoliberalização de Nova Iorque que foi à falência em 1975 (HARVEY, David. Neoliberalism and the city. Disponível no website <https://brock.scholarsportal.info/journals/SSJ/article/.../977/947>).
2015
Esta pesquisa é realizada pelo estudo da relação entre Estado, biopoder e liberdade a partir da observação de novos hábitos que fazem parte de práticas sociais para demonstrar que estes elementos integram uma estratégia de poder e, assim, destacar a influência sofrida pela atuação dos mecanismos de biopoder na determinação de políticas públicas e na transformação das práticas sociais. Para tanto, parte-se das relações entre poder-soberania, poder disciplinar e biopoder de modo que o Estado como resultado de relações de poder que o atravessam amplia a observação e o controle sobre as pessoas a partir de políticas públicas que alteram o comportamento dos indivíduos, produzindo novos hábitos, como mostrado com o exemplo brasileiro. Em seguida a liberdade é analisada na perspectiva genealógica, fundamentada no pensamento de Michel Foucault, ao afirmar que entre ela e o poder se estabelece uma relação de necessidade. Tal visão é a base para declarar que os novos hábitos, dentro de práticas sociais, como alimentação, sexo e Internet, são espaços para reação e resistência das pessoas em relação aos mecanismos de biopoder e, por isso, contribuem com o aparecimento de novas verdades. O método observacional foi utilizado pela adequação que ocorre entre ele e o estudo do fenômeno em uma pesquisa teórica que o associa com novos contextos para descobrir suas razões.
2022
O conceito de necropolítica talvez seja um dos mais citados nas Ciências Humanas contemporâneas. Um conceito cientificamente revolucionário, elástico e que não conhece fronteiras disciplinares tem sido utilizado pela Sociologia, Ciência Política, Antropologia, Direito, Criminologia, Políticas Públicas, além de outras áreas transdisciplinares.
Revista Dialectus - Revista de Filosofia
Pretendo mostrar como o tema da biopolítica pode se articular com o tema do niilismo. Para isso, concentrarei a atenção em expor esquematicamente alguns dos principais argumentos de Roberto Esposito que autorizam aquela articulação. Assim, primeiramente, considerarei os elementos constitutivos da comunidade que podem ser interpretados como niilistas. Tendo esse dado como ponto de partida, procurarei mostrar de que modo o paradigma imunitário, longe de resolver a deriva niilista que assombra a comunidade, acaba por acirrá-lo; o que leva a articulação com a questão da biopolítica que, paradoxalmente, sendo uma política da vida se desvirtua numa política de morte e aniquilação do sujeito. Por fim, tomando a questão de uma política da negação, implicada na deriva tanatopolítica, apresento como Esposito crê poder solucionar esse perigo, isto é, por uma assunção da potência afirmativa da negação.
Revista de Filosofia Aurora
O artigo pretende explorar, a partir de Michel Foucault, a ligação entre biopolítica, neoliberalismo e a chamada guerra às drogas, a fim de tentar esclarecer as motivações econômicas e políticas que fundamentam o tipo de combate às drogas que impera no mundo contemporâneo. O Brasil não está distante desse tipo de política que, apoiada em discursos legitimadores, tais como o discurso médico e mesmo o psicologizante, estabelecem não apenas a partilha entre os que devem viver e os que precisam morrer, como também as condições para justificar toda forma de exclusão e desqualificação das populações periféricas, justificativa que, em última instância, também repercute na formulação das leis.
Anais da 6ª Jornada de Ciências Sociais da UFJF, 2020
Este trabalho propõe a análise do atual projeto de reforma da previdência brasileira – Projeto de Emenda Constitucional n. 06/2019 - como uma ferramenta de exercício de necropoder (MBEMBE, 2018), entendido como a forma do exercício do poder soberano capaz de ditar quem é bem-vindo à ordem social e, portanto, deve viver, e quem é visto somente como mão-de-obra ou como corpo explorável e que pode-se deixar morrer por omissão e abandono do Estado ou ser morto e sacrificado pelas forças sociais de extermínio.
Empiria. Revista de metodología de ciencias sociales, 2006
Global Christian Forum - Manado (Indonesia) 2011 - Plenary Session.
Sosyoloji Notları, 2018
The Journal of The Institute of Image Information and Television Engineers, 2018
LARHYSS Journal, 2020
Anais de História de Além-Mar, 2007
Journal of Music History Pedagogy, 2017
Jornal A Tarde, 2023
Computational and Mathematical Methods in Medicine, 2012
Advanced Materials Interfaces, 2014
Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada, 2017
Manuel Larrosa Haro y Javier Santiago Castillo (Coords.) Elecciones y partidos políticos en México 2009, UAM-I, México, 2011
Iranian Journal of Science and Technology, Transactions of Electrical Engineering
International Journal of Data Analysis Techniques and Strategies, 2008